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Vôo Noturno EDIÇÃO 04 - ANO 01 JANEIRO 2011 Paracelso O Pai da Botânica Oculta Alberto Magno: O Grande Mestre da Herbologia Mágica A Magia das Fragrâncias em sua vida

voo noturno jan 2011 edição 04

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Jornal sobre Herbologia Mágica

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Vôo Noturno EDIÇÃO 04 - ANO 01 JANEIRO 2011

Paracelso

O Pai da

Botânica Oculta

Alberto Magno: O

Grande Mestre da

Herbologia Mágica

A Magia das Fragrâncias em

sua vida

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Vôo Noturno

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NESTA EDIÇÃO

Vôo Noturno é uma publicação do Blog Mundo Pagão. Todos os direitos reservados. http://mundupagao.blogspot.com/

DÚVIDAS SOBRE HERBOLOGIA MÁGICA?

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Colaboradores desta edição

Babi Guerreiro (Sianna Aset) Natan Brith (Gawen Ausar) Raven Luques McMorrigú

Marcelo Giusepp Lechinski (Saman) - Editor

Editorial Pag 02 Altares Pag 03 Paracelso - O Pai da Botânica Oculta Pag 04 Anúncios e Parcerias Pag 06 Calendário Mágico - Fevereiro Pag 07 Livro do Mês Pag 08 No Caldeirão da Bruxa Pag 09 Encantamentos e Procedimentos Herbais III Pag 11 Bosque de Drusuna - Alberto Magno Pag 12 A Magia das Fragrâncias em sua vida Pag 16 O Tarot e as Ervas II Pag 18 Filme do Mês Pag 19 Vídeos Herbais Pag 19 Ritual do Mês Pag 20 Dicas, Truques e Magias Pag 21 Sala dos Feitiços Pag 21 Edições Anteriores Pag 21

FÓRUM DE HERBOLOGIA MÁGICA

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BRA OS MISTÉRIOS DAS ERVAS E

PLANTAS EM SUA VIDA MÁGICA

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EDITORIAL

Iniciando um novo ciclo de renovações e esperanças. Antes de mais nada agradeço

imensamente aos leitores e colaboradores que contribuem para que esta publicação possa

ser oferecida a todos os que buscam informa-ções sérias sobre a Herbologia.

Para este ano teremos novidades em nosso jornal, no-vas colunas e também estamos disponíveis a quem deseje co-

laborar com artigos sobre o tema aqui proposto, basta para isso, entrar em contato conosco conforme nossos anúncios

no decorrer da publicação.

Em breve teremos o Curso de Herbologia Mágica on line, para maiores informações entre em contato através de

nosso e-mail e fiquem atentos através do nosso blog para di-vulgação de matrículas, valores e data de início.

Já está sendo preparado o segundo especial sobre Sabbats e

outros especiais temáticos, fiquem de olho!!!

Para quem quiser saber mais sobre minha pessoa e meus projetos leia a entrevista realizada por Rafael Noleto no Jornal o Bruxo clicando na capa do mesmo na seção Anún-

cios e Parcerias para realizar o download do exemplar.

A NOVIDADE é o acesso direto aos artigos pelo índice bastan-do clicar nos mesmos para ser direcionado a página desejada. Para retornar ao índice é só clicar no título principal da página

ou link sublinhado e até mesmo em figuras, facilitando sua navegação e interatividade.

Por enquanto é só, apertem os cintos e...

Até nosso próximo embarque!!!

Bênçãos Plenas de Airmid a Senhora das Ervas

Marcelo Giusepp Lechinski (Saman)

SOBRE O AUTOR Bruxo solitário, 39 anos, praticante da arte desde 1998, desen-volvi um a curiosidade e amor pelas ervas após alguns anos de estu-do mágico. Professor de Inglês e tradutor, pude ajudar a levar ao conhecimento do público importantes obras de Scott Cunningham como os livros Vivendo a Wicca, Enciclopédia de Wicca na cozinha e o livro completo dos incensos, óleos e infusões. Atualmente mode-ro comunidades sobre herbalismo no Orkut e mantenho um blog sobre magia e bruxaria em geral chamado mundo pagão.

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Alguns chamam de altar, outros de local de traba-lho. Um altar é uma mesa na qual é o centro de uma cerimônia religiosa. Se a sua magia é de orientação re-ligiosa ou não, está, além disso, entretanto. Por motivos simples o local de trabalho será relacionado como altar. Você necessitará de uma superfície plana, em torno de

60 centímetros quadrados sobre a qual realizará sua magia. Quando trabalhar em ambi-entes abertos ou ao ar livre, toras antigas de madeira, pedras com superfícies planas ou partes limpas no solo são normalmente utilizadas. Dentro de casa o uso de uma peque-na mesa baixa talvez seja necessário, embora a mesa de centro ou a mesa de cabecei-ra também sirva.

A maioria dos altares é eregida voltada para o Norte. Acreditava-se que antigamen-te o Norte era a direção da qual o poder fluía. O Norte é o reino da magia herbal, dos fa-miliares e da meia-noite. Embora alguns Bruxos coloquem seus altares voltados para o Leste, em honra do Sol e da Lua que surgem nesta direção, os melhores resultados sur-girão se ele for colocado voltado para o Norte.

Peque um tecido branco quadrado e coloque-o no altar. Ele deve cair até o chão. Coloque duas velas em dois castiçais idênticos nos dois cantos opostos. Entre elas co-loque o incensário. Diante dele coloque sua faca mágica e á direita desta posição colo-que um vaso ou pote de incenso (para trabalhos gerais use olíbano). Coloque quaisquer outros objetos que sejam necessários (ervas, pedaços de tecidos, agulhas, linhas, óleos) á esquerda do incensário. Certifique-se que os objetos no altar formem uma visão equili-brada.

Se for incorporar sua religião na magia, vai querer colocar uma imagem ou símbolo de sua religião no altar, atrás do incensário, entre as velas. Um crucifixo, uma estátua de um deus ou deusa, etc. servirão bem.

Muitos Bruxos e magos adicionam um vaso com flores frescas para dar vida extra ao altar. Esta é particularmente uma idéia excelente, especialmente se você também co-locar alguns galhos ou ramos das ervas que serão adequadas ao ritual. Por exemplo, um pouco de alecrim concede poder adicional ao altar montado para um ritual de amor.

Um pouco antes de realizar seu primeiro trabalho de magia em seu novo altar fumi-gue a área com fumaça de olíbano. Isto é absolutamente essencial. Se olíbano não esti-ver disponível no momento (a maioria das lojas de ervas e suplementos esotéricos tem) queime folhas de alecrim no carvão, como era costume na antiga Grécia para purificar o ambiente.

Nunca esqueça de que esta é uma magia natural que está realizando. É muito fácil envolver-se no pequeno mundo mágico do ambiente e perder contato direto com a terra. Ande descalço na grama, por entre árvores altas e beba nas vibrações que elas exalam.

Faça viagens para praias e desertos, para rios e outros lugares de beleza e energia

natural. Quanto mais fizer isso, mais será capaz de extrair as forças ocultas da natureza.

Scott Cunningham (Magical Herbalism – LlewellynPublications)

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Altares

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Paracelso - O Pai da Botânica Oculta

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(Paracelso - Felipe Aureolo Teofrasto Bombasto de Hohenheim)

A partir desta edição, em homenagem ao pai da botânica oculta, vamos disponibilizar uma parte da obra Plantas Mágicas para que todos possam conhe-cer um pouco mais sobre este extraordinário homem. Apreciem a viagem com mo-deração...

Antes de iniciar nosso pequeno tratado de Botânica Oculta — ou seja, o estudo das plantas mágicas — baseado nas teorias do magno Paracelso, do divino Paracelso, conforme muitos o chamam, pedimos vênia para traçar, ainda que em largas pinceladas, o perfil do famoso alquimista, do célebre médico revolucionário.

Este homem genial, uma das figuras mais proeminentes que surgiram nos albores da Renascença, nasceu em Einsiedeln (1) no dia 10 de novembro de 1 493. Na pia batismal recebeu o nome de Teofrasto, em memória do pensador grego Teofrasto Tírtamo, de Éreso, por quem o doutor Hohenheim, pai do nosso biografado, nutria pro-funda admiração.

1 - Einsiedeln. (Nossa Senhora dos Eremitas.) Povoado da Suíça situado no fundo de um formoso vale. Nele são fabricados rosários e outros artigos religiosos. Existe ali uma célebre abadia de beneditinos, fundada no século IX, que muitos peregrinos visitam no dia 14 de setembro.

O nome de Felipe lhe foi acrescentado, sem dúvida, posteriormente, pois é certo que Paracelso jamais fez uso do mesmo; a alcunha de Aureolus deve ter sido dada por seus admiradores nos últimos anos de sua vida, de vez que até 1 538 não o encontramos em nenhum documento relacionado com sua pessoa. Quanto ao nome fa-moso de Paracelso, existe a opinião de que o mesmo foi dado por seu pai quando ainda jovem, querendo com isto demonstrar que na ocasião já era mais sábio do que Celso, médico célebre contemporâneo do imperador Augusto e autor de um livro de medicina muito mais avançado de quantos havia em sua época.

Já a partir do ano de 1 510 ficou conhecido pelo nome de Paracelso e, embora muito raramente o incluísse em sua assinatura, é certo que o estampou em suas grandes obras filosóficas e religiosas; do mesmo modo seus discípulos o chamavam de Paracelso, nome que sempre apareceu nas controvérsias e nos ataques injuriosos de que foi vítima.

A INFÂNCIA DE PARACELSO

Paracelso era uma criança baixinha, doentia e com tendência ao raquitismo, razão por que exigia os cuida-dos mais esmerados, que lhe eram dispensados pelo seu próprio pai, que nutria por ele uma afeição muito gran-de. O Dr. Hohenheim atribuía uma importância extraordinária aos efeitos salutares do ar livre respirado em plena natureza; por isso, quando o rapaz estava já crescido, fez dele seu companheiro de excursões, conseguindo desta maneira robustecer-lhe o corpo e enriquecer-lhe o espírito.

Foi nessas andanças que Paracelso aprendeu os nomes e as virtudes das ervas e plantas medicinais bem como os diversos modos de usá-las; conheceu os venenos e seus antídotos da mesma forma que a arte de prepa-rar toda espécie de poções medicinais.

Nessa época, na Europa a Farmácia não era ainda reconhecida, ao contrário do que se dava na China, no Egito, na Judéia e na Grécia, milhares de anos antes da era cristã. Com efeito, a primeira farmacopeia pertence a Nuremberga e data de 1 542, o ano seguinte à morte de Paracelso. Por conseguinte, pode-se afirmar que a maio-ria das ervas medicinais, que se receitam em nossos dias, já era conhecida na Idade Média e os religiosos as cul-tivavam com todo cuidado e ciosamente nos jardins dos seus conventos; é por isso que foram conservados até hoje alguns conhecimentos a respeito dos seus usos.

Nas pradarias e bosques próximos ao Rio Sihl, onde existem pântanos em grande quantidade, as sucessi-vas estações fazem florescer e frutificar grande número de plantas. Nos prados crescem a gerenciana, a margari-da, a salva, a anêmona, a camomila, a borragem, a angélica, o funcho, o cominho e a dormideira. Nos bosques abundam as celgas, a aspérula, a beladona, a datura, a violeta e as gramíneas silvestres. Nas ribanceiras, nos declives das grandes elevações de terreno e pelas estradas se encontram a campânula, a dedaleira, a chicória, a centáurea, a verônica, a menta, o tomilho, a verbena, a salsaparrilha, os líquenes, a erva-de-são-joão, a tormenti-lha, a tanchagem e a aveleira silvestre. Nos terrenos lodosos colhem-se as prímulas com manchas de cor malva e violeta, os miosótis, as plantas vulnerárias, os fetos e o rabo-de-cavalo. E nos páramos, a urze, a rosa-dos-alpes, a garança-do-levante, a saxífraga, a luzerna, a pírola e toda espécie de sementes.

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Das próprias memórias de Paracelso se deduz que seu pai foi seu primeiro mestre de latim, de botânica, de al-quimia, de medicina, de cirurgia e de teologia; mas nele atua-ram outras influências de educação, que o doutor Hohe-nheim não pôde infundir. Estas influências foram devidas ao espírito irrequieto da época, da nova era que estava sendo preparada.

Cumpre-nos verificar, agora, como foi que esta manifestação de sua época teve relação com o audaz investigador da Natureza e da Medicina, entre a multidão que continuava apegada ferrenhamente aos métodos filosóficos e às crenças religiosas da Idade Média; cumpre-nos ver como foi que sua inteligência vivaz compreendeu que os velhos ensinamentos estavam fadados a desaparecer e a passar por uma renovação, como todas as demais coisas.

Indiscutivelmente, foi o espírito da Renascença que deu a Paracelso o grande impulso rumo à indução científica e ao método experimental. O encontro deste espírito científico com as correntes espirituais da Reforma, com sua influência sobre a alma dos homens, graças realmente a Lutero, nos fornecerá a explicação da formação de sua personalidade, aparentemente contraditória.

As teorias em voga vinham sendo propagadas ativa-mente já muito tempo antes de Lutero. Duzentos e cincoen-ta anos antes uma alma solitária, Rogério Bacon, te-ve uma visão que iluminou as trevas acumuladas por quinze séculos de ignorância e descobriu a chave do divino tesouro da Natureza.

Em 1 483 nasceu Lutero; dez anos depois, Paracelso; em 1 510 veio à luz o famo-so médico e filósofo milanês, Jerônimo Cardano, e em 1 517 nascia o celebérrimo cirurgião Ambrósio Pare. Copérnico, o astrônomo revolucionário, e Pico de Ia Mirán-dola, foram contemporâneos desta plêiade ilustre. Tudo eclodiu de uma só vez; nova concepção religiosa, nova filosofia, novas ciências, a par de uma grande renovação no mundo da arte.

A INICIAÇÃO DE PARACELSO

Ainda muito jovem, Paracelso foi enviado à famosa escola dos beneditinos do mosteiro de Santo André, no La-vantal, a fim de lhe ser ministrada a instrução religiosa. Foi aqui que ele se tornou amigo do bispo Eberhard Baum-gartner, que era considerado um dos alquimistas mais notáveis de seu tempo. Tamanho foi o ardor com que Paracelso se dedicou aos seus trabalhos de laboratório, tanta a sua força de observação nos fenômenos que estudava, que imedia-tamente se viu em condições insuperáveis para começar a executar um trabalho que se antecipava ao seu século. Além disso, teve a dita de contar com o clima da Caríntia que favoreceu grandemente seu desenvolvimento físico, logrando com isto desfrutar duma saúde quase perfeita.

Logo depois transferiu-se Paracelso para Basileia, onde fez grandes progressos no estudo das Ciências Ocultas. Naqueles tempos era impossível dedicar-se à medicina sem conhecer profundamente a astrologia. A ciência experimen-tal estava ainda por nascer. Todos os conhecimentos que se adquiriam nos colégios ou conventos eram puramente dog-máticos: seus ensinamentos eram conservados respeitosamente durante muitos séculos.

O misticismo e a magia conviviam com as teorias mais antagônicas e os homens mais célebres lhes rendiam ho-menagem. William Howitt, um médico notável, escreveu as seguintes palavras: "O verdadeiro misticismo consiste na re-lação direta entre a inteligência humana e a de Deus. O falso misticismo não procura a verdadeira comunhão entre Deus e o homem. O espírito absorto em Deus está protegido contra todo ataque. A mente que repousa em Deus aclara a inteli-gência".

Este foi o misticismo que Paracelso se esforçou por adquirir: a união de sua alma com o Espírito Divino, a fim de poder conceber o funcionamento deste Espírito Universal dentro da Natureza.

Quando partiu para Basiléia já tinha adquirido a prática das operações cirúrgicas, ajudando seu pai no tratamento de feridos. Em seus Livros e Escritos de Cirurgia nos relata que teve os melhores mestres em dita ciência e que havia lido e meditado os textos dos homens mais célebres, tanto da atualidade como do passado.

Pouco se sabe da estadia de Paracelso em Basiléia; consta unicamente que sua passagem por lá se deu em 1 510. Na ocasião a Universidade era dirigida pelos escolásticos e pedantes da época.

Paracelso percebeu subitamente que nada sairia ganhando com os ensinamentos estúpidos daqueles doutores. "O pó e as cinzas respeitados por estes espíritos estéreis" - escreve ele - "haviam-se preparado e transformado em ma-téria importante".

Paracelso renunciou altaneiramente a terçar armas numa luta com aqueles sábios, guardiães petrificados da ci-ência oficial. O que ele queria era a verdade e não a pedan-teria; a ordem e não a confusão; a experiência científica e não o empirismo.

Segundo sua própria declaração pública, Paracelso lera as obras manuscritas do abade Tritêmio, que figuravam na valiosa biblioteca de seu pai, e tão embevecido se sentiu por elas que resolveu transferir-se para WCirzburg, lugar onde o sábio abade se mantinha em contato com seus dis-cfpulos.

Tritêmio ou Tritemius — era assim que se chamava esse abade, por causa do lugar de seu nascimento, que foi Treitenheim, perto de Trier. Mas seu verdadeiro nome era João Heindemberg. Quando ainda muito jovem já era célebre por sua sabedoria; com a idade de vinte e um anos foi eleito abade de Sponheim. Em 1 506 foi designado para o conven-to de São Jaime, perto de Wurzburg, onde morreu em dezembro de 1 516.

Afirmava ele que as forças, secretas da Natureza estavam confiadas a seres espirituais. Grande era o número de seus discípulos e os que julgava dignos, admitia-os em seu laboratório, onde se manipulava toda espécie de experiências de alquimia e de magia. (Continua na próxima edição...)

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Conforme dissemos, Paracelso empreendeu sua grande viagem a Wurzburg. Na ocasião estava algo mais robusto, embora sua compleição continuasse franzina. Quando se fixou na referida cidade, o abade Tritêmio era considerado um bruxo perigoso pela gente ignorante. Penetrara ele certos mistérios da Natureza e do mundo espiri-tual; deu casualmente com alguns fenômenos raros que hoje em dia chamamos de magnetismo e telepatia.

Em certas experiências psíquicas obteve êxitos surpreendentes; talvez tenha sido ele o primeiro que nos falou da transmissão do pensamento à distância. Devem-se a ele os primeiros ensaios da criptografia ou escrita secreta. Era também um grande conhecedor da Cabala, por meio da qual fornecera profundas interpretações das passagens proféticas e místicas da Bíblia. Por isso colocava as Sagradas Escrituras acima de todos os estudos; seus alunos tinham que dedicar-lhes toda sua atenção e todo seu amor.

Com isto, Paracelso ficou influído por todo o resto de sua vida, de vez que o estudo da Bíblia constituiu pos-teriormente uma das tarefas que o ocuparam com mais intensidade. Em seus escritos encontramos o testemunho do seu conhecimento perfeito da linguagem e do profundo significado esotérico do Magno Livro.

Embora seja fato inconteste que estudou as Ciências Ocultas com o abade Tritêmio, chegando a conhecer as forças misteriosas do mundo visível e invisível, não é menos certo que abandonou de repente certas práticas mágicas, por julgá-las indignas e contrárias à divina vontade. Tinha aversão, sobretudo, à necromancia praticada por homens pouco escrupulosos, convencido de que por meio dela só se atraíam forças maléficas. Recusou, igual-mente, todo ganho pessoal que pudesse auferir do exercício da magia, pois esta, segundo pensamento dele, só era permitida quando visasse curar desinteressadamente ou fazer outro bem qualquer a nossos semelhantes.

Foi com este intuito que se lançou às investigações e experiências de magia divina. Discernia perfeitamente o alimento mental e espiritual daquele que era impróprio e enganoso, para conseguir a união de sua alma com a divindade.

Curar os homens conforme Cristo fizera — nisto consistia todo o seu desejo ardente. E quem sabe se a pró-pria comunhão com o Senhor não o credenciaria com este poder sublime? Entrementes, recebia de Deus a graça de saber procurar e encontrar todos os meios de cura com os quais o Criador provera a Natureza.

(Continua na próxima edição...)

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Anúncios e Parcerias

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DIA 01 DE FEVEREIRO - DIA DA DEUSA BRIGID Deusa celta da Sabedoria e da Luz traz em si a tríplice figura da deusa: donzela mãe e anciã. Acenda uma vela que represente a deusa e peça-lhe luz e sabedoria para exercer a bondade e a justiça a partir de agora. DIA 02 DE FEVEREIRO - LAMMAS Conhecido como Lughnassadh ou Lunasa, esse sabat celta era realizado para agradecer à Mãe Terra pe-las boas colheitas e por isso era conhecido como o Festival da Colheita. Neste dia, realize o antigo rito mágico para homenagear as deusas da colheita. Pegue uma espiga de milho e transforme-a em uma bo-neca. Coloque-a num lugar à vista na sua casa. Você também pode fazer um laço de fita vermelha na es-piga e colocá-la atrás da porta de entrada. Assim, a Deusa Mãe vai ajudá-la (o) a colher as coisas boas que você tem plantado. DIA 05 DE FEVEREIRO - DIA DA FADA MADRINHA Essa antiga tradição de Gales lembra-nos de homenagear nossa fada companheira. Ao amanhecer, ofer-te um lindo presente para sua fada madrinha, colocando na janela um arranjo de flores com a maior varie-dade de cores possível, além de doces e balas. DIA 07 DE FEVEREIRO - DIA DE SELENE Essa deusa grega da Lua e da Magia é uma grande auxiliadora das pessoas que acreditam no poder da magia. Quando anoitecer, acenda uma vela branca diante de um espelho, na frente do seu rosto. Enquan-to observa sua imagem refletida, invoque Selene e peça-lhe que abra seus caminhos. DIA 09 DE FEVEREIRO - DIA DE KUAN YIN Na China, Kuan Yin é muito venerada, sendo considerada a grande deusa do Oriente. Para homenagear essa deusa, enterre uma laranja num jardim e ofereça-a a ela. DIA 12 DE FEVEREIRO - FESTIVAL DE DIANA A deusa romana da caça e dos bosques está associada à Lua crescente. Hoje é um dia para pedi prote-ção a essa deusa e força para atingir nossas metas. Peça a alguém para esconder um objeto na casa e saia à procura. Quando encontrar, dia alto: Assim como cacei este objeto, Diana me ajudará a caçar meu objetivo que é (diga o que deseja)! DIA 13 DE FEVEREIRO - FESTIVAL DE PARAENTÁLIA Este é um festival em honra a Vesta, deusa romana do lar, sendo um ritual de purificação. Vista-se de branco hoje e medite alguns minutos, pedindo a Vesta que traga para seu lar harmonia, paz e amor. DIA 14 DE FEVEREIRO - DIA DE SÃO VALENTIM Antigamente era comemorado neste dia o Festival de Amor de Afrodite. O Dia de São Valentim tem a mesma intenção, a de homenagear os enamorados. Toda magia amorosa tem mais poder hoje. Acenda uma vela azul para São Valentim e uma vela rosa para Afrodite. Enquanto observa as velas queimarem lado a lado peça a essas divindades para trazerem para você um amor puro e verdadeiro.

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CALENDÁRIO MÁGICO

Fevereiro

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DIA 15 DE FEVEREIRO - PRIMEIRO DIA DO FESTIVAL DE LUPERCÁLIA Na Roma antiga comemorava-se este festival de fertilidade em homenagem ao deus Pã, conhecido também como Lu-percus, deus dos instintos primitivos e sensuais. Acenda um incenso de ervas, canela ou noz-moscada e relembre mo-mentos felizes de sua vida, atraindo assim mais momentos felizes. DIA 16 DE FEVEREIRO - SEGUNDO DIA DO FESTIVAL DE LUPERCÁLIA DIA 17 DE FEVEREIRO - TERCEIRO DIA DO FESTIVAL DE LUPERCÁLIA DIA 20 DE FEVEREIRO - DIA DA DEUSA TÁCITA Deusa romana do silêncio e da virtude, Tácita protege-nos contra as forças negativas da inveja e do ódio. Acenda uma vela escura em um lugar bem silencioso e peça a Tácita que afaste de você toda inveja, fofoca, falsos ami-gos e más intenções. DIA 20 DE FEVEREIRO - NOITE DE NANNY BLUE Essa pequena fada de Gales pode trazer mensagens reveladoras e avisos importantes através dos sonhos. Dur-ma com um carretel de linha azul ao lado da cama e chame Nanny Blue três vezes antes de se deitar. DIA 23 DE FEVEREIRO - FESTIVAL DE TERMINÁLIA Términus é o deus romano protetor das fronteiras e nesse festival, o chefe da família abençoava as pedras que demarcavam suas propriedades. Proteja seu lar das influências negativas colocando hoje um cristal na porta. Jo-gue sobre ele um pouco de sal grosso.

DIA 24 DE FEVEREIRO - DIA DAS FONTES As fontes, que voltam a moda hoje, sempre foram um símbolo do princípio feminino e são grandes de-tentoras de poder mágico. Neste dia, jogue uma moeda em uma fonte ou poço e faça um pedido! DIA 25 DE FEVEREIRO - DIA DE NUT Nut é a deusa egípcia do céu, guardiã das estrelas. Nesta noite, olhe para o céu e escolha uma estrela. Fixe seu olhar e faça um pedido. Dessa forma, Nut pode ouvir seu desejo e ajudá-la (o) a realizá-lo.

DIA 27 DE FEVEREIRO - DIA DE GALLY BIRD Originário da Irlanda, Gally Bird é um pássaro azul que vive no mundo das fadas. Hoje, ele visita nosso mundo trazendo prosperidade e boa sorte. Para atrair o pássaro azul da alegria, coloque treze grãos de milho no batente da janela. DIA 28 DE FEVEREIRO - RITUAL DE PURIFICAÇÃO Fevereiro é o mês da purificação. No último dia do mês, coloque uma cabeça de alho em cada uma das janelas de sua casa para protegê-la(o) durante os meses que se aproximam.

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A G R A N D E A R T E D A B R U X A R I A V E R D E - S U G E S T Ã O D O M Ê S

Wicca - A Grande Arte da Bruxaria Verde é o livro ideal para você que sempre quis saber mais a respeito da Antiga Religião e não sabia por onde iniciar a sua busca. Com base em insights, relatos pessoais e observa-ções de uma bruxa especializada, esta obra é uma mistura única de folclore, tradições familiares e técnicas moder-nas. A autora apresenta uma visão geral das práticas wiccans básicas, e o leitor poderá utilizar-se dos rituais e das fórmulas mágicas aqui contidas, a fim de promover a harmonia pessoal com os ciclos da natureza. Nesta obra, o uso do termo verde como um elemento essencial de Bruxaria procede de várias fontes facilmente identificáveis no Paganismo moderno. O verde é a cor usada para descrever o culto à natureza e o uso das ervas, ambos partes integrantes da humanidade desde os tempos remotos. Relaciona-se ao Senhor e à Senhora da Floresta Verde, o Pai Primordial e a Mãe Primordial, a Mãe-Terra e o Senhor do Bosque. Por meio de temas como Bruxas e Ervas; Sabás; Esbás; As Ervas e os Cilcos da Lua; Tratamentos Herbácios; Práticas Mágicas com Ervas; A Relação de uma Bruxa com a Natureza; Ervas em Rituais; O Jardim de Ervas da Bruxa; Ervas e suas Qualidades, entre outros, você tomará conhecimento a respeito de elementos verdes da Bruxaria moderna e de práticas neopagãs. Aqui, os elementos fundamentais da Bruxaria estão abertos a todos os que desejam aprender.

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No Caldeirão da Bruxa

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As Ervas, Astrologia e Correlações

Os árabes foram os primeiros a associar as ervas aos planetas. Na Europa, Nicholas Culpeper (1616-1654), astrôno-mo, médico e ervanário, escreveu o livro Complete Herbal, no qual descreve a combinação das qualidades das ervas com os signos e planetas, distribuindo-as conforme as doen-ças. As ervas colhidas no dia do respectivo planeta eram mais eficazes. Esta classificação é bastante discutida e, até hoje, não há um consenso entre os astrólogos a respeito de correlação entre ervas, signos e planetas. Pietro d'Abano, médico docente de Física, Ciência Natural e Astrologia da U-niversidade de Padova, utilizava os remédios apenas nos mo-mentos oportunos, de acordo com as configurações planetá-rias. As qualidades curativas das ervas estavam associadas

aos planetas e diversas formas de análise dessas associações foram efetuadas para dizer qual pla-neta ou signo regia uma determinada erva. Poderia se associar uma erva ao planeta ou signo atra-vés da estação do ano em que a erva nascia, ou através da qualidade curativa da planta que corres-pondia à parte do corpo regida pelo planeta. Por exemplo, Saturno representa os ossos, e uma planta que curava males de ossos, como artrite, seria regida por Saturno. Outro fator importante em relação à planta era o dia da semana em que esta era colhida, o que influenciava fortemente a cura. Cada dia da semana tem o nome de um planeta; assim, uma planta para artrite deveria ser colhida no dia de Saturno, sábado. Essa é uma das modalidades da astrologia que eu particularmente mais gosto, Astrologia Médica, por justamente aliar as ervas e os astros, algumas das minhas grandes paixões. Como falado acima, não existe um consenso entre astrólogos, nas correlações, no ultimo arti-go onde falei sobre o Banho do Poder Pessoal relatei inclusive minha dificuldade na hora de criar minha própria tabela. Esta ciência preventiva é muito útil, e sinceramente não só como Bruxa, acredito muito nela.

Babi Guerreiro (Sianna Aset) Alta-Sacerdotisa do Coven Amantes de Isis Produz a Linha Guerreira Interior Artesanato Mágico

http://caldeiraodababi.blogspot.com/

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Na tabela a seguir é possível visualizar como Culpeper utilizava as ervas. Fiz um resumo da tabela e deixei somente as ervas mais conhecidas. Erva Planeta Signo Indicação Ranúnculo Áries para espremer pústulas Madressilva Áries estado bilioso Urtiga Áries pleurisia; garganta irritada Anêmona Marte deixa a cabeça leve Cardo-santo Marte Áries aumenta as qualidades atrativas do homem Ruibarbo Áries laxante suave Morango Touro afecções e catarro na garganta Tomilho Touro rouquidão Favas Touro estanca o sangue de um corte Sabugueiro Touro veneno de cobra, queimadura de sol Marroio-negro Gêmeos mordida de cão raivoso; histeria e hipocondria Feno-grego Gêmeos descongestionante dos peitos e do pulmão Inulina Gêmeos tuberculose; combate as febres Aneto Mercúrio Gêmeos fortalece o cérebro Cenoura Gêmeos auxilia a concepção Samambaia Gêmeos baço intumescido, ungüento para cortes ou ferroadas Alfazema Gêmeos dor de cabeça e de dentes Linho Câncer inflamações, tumores, moléstias do peito e pulmões Agrião Câncer limpa o sangue na primavera Pepinos Lua estômago ácido; clareia a pele (esfregando com rodelas) Louro Leão resfriados; reumatismos Quelidônia Leão hemorróidas Nozes Leão dores e inflamações nos ouvidos Alcaravia Virgem auxilia a digestão Marroio-branco Virgem tuberculose; icterícia Aspargo Libra expulsa pedras dos rins Castanhas Libra tosse Margarida Libra pleurisia e pneumonia Hortelã-de-jardim Libra soluços Giesta Escorpião descongestionante do peito Lúpulo Escorpião purifica o sangue e fortifica Tabaco Escorpião dor reumática ou de dente Betônica Sagitário manchas do rosto Borragem Sagitário purifica o sangue Dente-de-leão Sagitário limpa as vias urinárias Musgo Sagitário reduz as inflamações Beterraba Capricórnio queimaduras, vergões e bolhas Cebola Capricórnio tosse; dor de ouvido; aumenta o esperma Amor-perfeito Aquário convulsões infantis Cânhamo Aquário flatulência Nêspera Aquário contra aborto Marmelo Aquário boca inflamada Figo Peixes verrugas e frieiras Sálvia Peixes escurece o cabelo; cura dores de cabeça Chicória Peixes elimina febre Fontes: Plantas e Planetas de Ana Bandeira de Carvalho. The Complete Astrologer. D. Parker e J. Parker. EUA, Mitchel Beazley Limited, 1971.

Bençãos da Senhora das Asas que Curam...

Babi Guerreiro (Sianna Aset)

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ENCANTAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA A UTILIZAÇÃO DAS ERVAS - PARTE III (Scott Cunningham, Magical Herbalism)

Bonecos Herbais Também conhecidos como “Bonecos Vodus”, Apesar de se-rem usados há mais de 4.000 anos. Apenas recentemente foram associados ao vodu. Embora sejam feitos de raízes, batatas, chum-bo, cascas, papel e outros materiais, na magia herbal os bonecos geralmente são feitos de tecidos e ervas. O boneco é feito para re-presentar a pessoa que será ajudada através da magia. Os bonecos são mais frequentemente utilizados para acele-rar a cura e são moldados para atrair dinheiro, amor e todas as ne-cessidades mágicas. Para obter melhores resultados não confec-cione um boneco representando outra pessoa; apenas a si mesmo. Os bonecos são fáceis de fazer: desenhe o contorno de uma figura humana (em torno de 21cm). Transfira este desenho para um

pedaço de tecido duplo na cor apropriada. Corte de modo que você tenha dois pedaços iguais do tecido. Prenda com alfinetes e costure ao redor das bordas. Quando três quartos do boneco estiver costurado, recheie com as ervas encantadas apropriadas ao seu intento. Por exemplo, se preciso de ajuda na recu-peração de um resfriado, vou rechear o boneco com folhas de eucalipto moídas. Uma vez que o boneco esteja pronto, segure-o em sua mão de poder e visualize a sua necessidade. Afirme em palavras sinceras que você confeccionou o boneco apara auxiliar na sua recuperação, para que fique saudável, para atrair dinheiro, etc. As ervas dentro do boneco vão trabalhar na manifestação da sua necessidade. Os bonecos rechea-dos com ervas de cura (por exemplo) representam você “cheio” de saúde. Coloque o boneco no altar. Acenda velas de cores apropriadas e olhe fixamente para ele, visuali-zando a sua necessidade. Coloque o boneco em lugar seguro quando não estiver sendo usado. Depois que ele tiver feito seu trabalho, destrua-o e enterre as ervas e o tecido .

Infusão A infusão é a origem da “poção” tão falada pelas Bruxas. Ela consis-te no simples processo de imersão das ervas na água. Existem, entretanto, algumas exigências. Não use potes ou panelas de metal quando ferver a água ou durante o processo de coagem, pois eles interferem nos poderes das ervas. Mantenha o líquido coberto durante a infusão para que se perca pouco vapor. Finalmente, encante todas as ervas antes da infusão. Use uma colher de chá de ervas secas para cada xícara de água. A-queça a água até que comece a ferver. Despeje sobre a erva e cubra. Deixe repousar por 9 a 13 minutos. Coe e deixe esfriar antes de usar. As infusões são tomadas como chá, claro, mas também são adicionadas em banhos, esfregadas na mobília e no chão, e usadas para ungir o corpo. Desnecessário dizer para que nunca faça uma infusão com uma planta venenosa.

Banhos Os banhos normalmente são usados na magia herbal, pois eles são um modo fácil de espalhar as ervas pelo corpo todo. Existem dois métodos: um, fazer um sachê de gaze de algodão (use apenas a metade de um para uma xícara da erva encantada apropriada). Colo-que-o no banho morno. Um método melhor exige a preparação de uma infusão (veja acima). Adicione o líquido coado ao banho. Óleos essenciais algumas vezes também são adicionados ao banho. Apenas algumas gotas são suficientemente necessárias para a maioria dos óleos; muitas gotas podem irritar a pela.

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Bosque de Drusuna

Slania!

Desde o início de meus estudos de Feitiçaria, e de Herbologia em específi-

co, um nome sempre foi citado enquanto autoridade em tais estudos e práticas má-

gicas: Alberto Magno. Nascido na Alemanha em 1205, ingressou na vida eclesiásti-

ca, e se dedicava a estudos e experimentos científicos. Publicou obras sobre Medi-

cina, Astrologia e Segredos Mágicos, sendo a mais conhecida o livro "O Grande

Alberto", reeditado inúmeras vezes no correr dos séculos, e que, com o tempo, re-

cebeu um complemento, intitulado "O Pequeno Alberto", supostamente atribuído ao

religioso alemão, que foi canonizado pela Igreja. No século XIII, Alberto de Lauin-

gen, honrado com o título de Grande ( Magno ) pelos intelectuais do seu tempo, era

um fervoroso estudioso e praticante das Ciências Ocultas, desbravando searas até

então tidas como extremamente perigosas, onde as suspeitas de heresia e feitiçari-

a diabólica eram constantes. Mas Alberto logo trouxe ao conhecimento do público

( e da Igreja ) que as ciências sobre as quais se debruçava eram voltadas à pesqui-

sa e experimentação dos fenômenos naturais, tais como as virtudes das ervas, dos

animais, das pedras, das estrelas, dos planetas ( então a Astrologia era aceita pela

Igreja ), etc.

Seus escritos estão na base dos conhecimentos mágicos moder-

nos, junto a obras de Paracelso, Agrippa, entre outros. Alberto Magno é,

portanto, um dos pioneiros Mestres da Magia Natural, publicando livros

( tidos como Grimórios ) onde encontramos as bases de tudo aquilo que

sabemos hoje sobre as virtudes mágicas das ervas, minerais e animais,

encontradas em livros de Bruxaria e Magia, do século XIII até os dias de

hoje. Alberto é, portanto, uns dos precursores do estudo da Analogia

Mágica, que nos permite compor, atualmente, um ritual mágico para ca-

nalizar as energias de um planeta em específico: se temos em nosso

tempo o acesso a livros, sites e demais fontes que contenham tabelas de

correspondências mágicas para buscarmos por ervas, pedras, símbolos,

animais, bem como horas planetárias específicas regidas pelos astros

cujas energias queremos canalizar na composição de um feitiço, amuleto

ou na consagração de um instrumento ritualístico, devemos agradecer a

Alberto Magno.

Abaixo está uma lista contendo as virtudes de algumas ervas, estudadas e analisadas por Alberto Magno, e extraída

do livro ―O Grande e o Pequeno Alberto‖, publicado pela Edições 70 de Portugal. Muitos termos e procedimentos parecerão

arcaicos, e mesmo obsoletos, mas vai de cada qual a análise e interpretação de tal texto, dentro da realidade da ciência vigen-

te no século XIII, assim como no que diz respeito a usos e costumes: algumas receitas trazem enunciados que denunciam os

valores machistas da época, tais como poções para se descobrir se uma jovem mantém ainda sua virgindade, ou receitas para

que o homem domine a vontade de sua esposa, etc. O discurso do poder é

sempre presente em Magia, e não é diferente do que encontramos hoje em

dia, em revistas de simpatias ou mesmo livros de feitiços, onde rituais e po-

ções de amarração e de dominação do desejo do homem, entre outras, são

facilmente encontradas... assim como também encontramos receitas mági-

cas onde o princípio da geração espontânea da Vida ( pensamento vigente

na época, séculos antes da teoria da evolução de Darwin ), que ensinam que

a simples utilização de determinadas ervas na alimentação de certos ani-

mais fêmeas poderia lhes tornar prenhes... portanto, salvaguardadas as dis-

tâncias de tempo, de valores, costumes e usanças, vale sim o estudo de tal

obra, que está, como dito anteriormente, nas raízes da Magia Natural e da

Bruxaria Moderna.

Alberto Magno: O Grande Mestre da Herbologia Mágica

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Herbologia Mágica segundo Alberto Magno

A seguir, está uma lista de ervas exposta no Livro Segundo do Grimório Albertus Magnus, retirada do capítulo I,

intitulado: “Da virtude de algumas Ervas, Pedras e de certos Animais, com a Tábua dos Astros, dos Planetas, e um

Tratado das Maravilhas do Mundo”:

Girassol - Os Caldeus chamam à primeira erva Ireos, os Gregos Mutichiol, e os Latinos Eliotropium. Esta interpretação vem de Elios, que significa o Sol, e de Tropos, que quer dizer ―mudanças‖, porque esta erva vira-se para o Sol ( por isso: ―girassol‖ ). Tem ela u-ma virtude admirável, se a colhermos no mês de Agosto, quando o Sol está no signo de Leão, porque ninguém poderá falar mal, nem prejudicar com más palavras quem a trou-xer consigo, envolvida numa folha de loureiro com um dente de lobo, pelo contrário, não se dirá dele senão bem. Além disso, quem a puser sob a cabeça, durante a noite, verá e conhecerá aqueles que poderiam vir roubá-lo. Mais ainda, se se puder esta erva, da ma-

neira que acima se disse, numa igreja onde estejam mulheres, aquelas que tiverem violado a fidelidade prometida aos seus maridos não conseguirão sair se não a tirarem da igreja. Este segredo é seguro e foi muitas vezes expe-rimentado.

Urtiga – A segunda erva é chamada pelos Caldeus Royb, pelos Gregos Olieribus e pe-los Portugueses Urtiga. Quem tiver esta erva na mão, juntamente com um mil-folhas, ja-mais sentirá medo, e não se aterrorizará à vista de nenhum fantasma. Quem a juntar a sumo de serpentina, e depois de com ele ter esfregado as mãos, lançar o resto na água, facilmente apanhará à mão todos os peixes que aí se encontrarem. Se se tirarem as mãos da água, os peixes voltarão para os lugares onde antes se encontravam.

Verbasco – Os Caldeus chamam à terceira erva Loromborot, os Gregos Allomos, e os Por-

tugueses Cajado-de-pastor ( ou Verbasco ); depois de misturada e diluída em sumo de

mandrágora, se em seguida for dada a uma cadela, ou a qualquer outro animal fêmea, esta

ficará prenha e fará um pequeno animal do seu gênero e da sua espécie. Se se agarrar

num dos dentes maxilares deste animal, fazendo-o tocar carne ou aflorar vinho, aqueles

que a comerem ou o beberem brigarão com os outros, e aqueles que quiserem acalmá-los

e restabelecer entre eles a paz dar-lhes-ão suco de verbena e imediatamente ficarão tão

tranqüilos como estavam antes.

Celidônia – A quarta erva é chamada Aquilaire pelos Caldeus, porque nasce no tempo em que as águias fazem os seus ninhos; pelos Gregos Valis e pelos Portugueses Celidónia. Esta erva também aparece quando as andorinhas fazem os ninhos. Quem a trouxer consi-go com o coração de uma toupeira será inatingível por qualquer inimigo, e saberá sair-se bem de todos os negócios e processos. Se for posta da maneira que se referiu sobre a cabeça de um doente, se este estiver para morrer, cantará em voz alta; se estiver para se curar, chorará.

Pervinca – A quinta, que os Caldeus chamam Itetisi ou Iteris, os Gregos Vorax, os Lati-nos e os Portugueses Pervinca, reduzida a pó, com vermes da terra, dá amor aos ho-mens e às mulheres, se estes a comerem misturada na carne, mas se se lançar este composto com um pouco de enxofre num tanque, todos os peixes que aí estiverem, mor-rerão. Se a derem a um búfalo, este morrerá imediatamente. Este segredo foi experimen-tado pelos modernos. Se a lançarem no fogo, este tornar-se-á imediatamente azulado.

Gatária – A sexta chama-se em Caldeu Bicith, em Grego Retus e em Português Nepenta

( ou “Gatária” ). Esta erva, se for misturada com uma pedra que se encontra no ninho das

poupas e se com ela se esfregar o ventre de um animal fêmea, tem a virtude de o tornar

prenhe e o animal que nascer será muito negro. Se for posta no nariz de alguns animais,

estes cairão mortos por terra, e erguer-se-ão pouco tempo depois. Ou então, se esfregar-

mos com ela o lugar onde se encontram as abelhas, estas não sairão, ou, pelo contrário,

reunir-se-ão todas aí; se as abelhas estiverem sufocadas ou quase mortas, basta pô-las

nessa composição, e uma hora depois voltarão à vida. A mesma coisa acontece quando se põem moscas afoga-

das sob cinzas quentes: pouco tempo depois reviverão.

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Língua-de-cão – A sétima erva chama-se em Caldeu Algeil, em Grego Orum, e em Portu-guês Língua-de-cão. Ponha-se esta erva no lugar que se quiser, com o coração e a matriz de uma pequena rã, e imediatamente todos os cães das redondezas se juntarão aí. Se al-guém a puser sob o dedo grande do pé, impedirá os cães de morderem, ou, se for pendura-da ao pescoço de um cão, este andará à volta até cair morto. Tudo o que se acaba de dizer foi experimentado no nosso tempo.

Meimendro – Chama-se à oitava Mansesa em Caldeu, Ventosin em Grego e em Português Meimendro. Tomai esta erva, misturai-a com Reagal e Hermodactiles, depois dai-a a comer no meio de qualquer coisa a um cão enraivecido: este morrerá imediatamente. Se puserdes o seu suco numa taça de prata, ela quebrar-se-á em pedaços, ou, então, se se misturar esta erva com sangue de uma jovem lebre, guardando-a na sua pele, todas as lebres que estive-rem à volta juntar-se-ão no local onde ela se encontrar até que a afastem.

Lírio – Os Caldeus chamam à nona Ango, os Gregos Amala e os Portugueses Lírio. Se amassardes esta erva quando o Sol estiver no signo de Leão, e se a misturardes com su-co de loureiro e depois a puserdes durante algum tempo sob esterco, engendrar-se-ão vermes; os quais, sendo reduzidos a pó, e postos à volta do pescoço ou mesmo no vestu-ário de alguém, impedirão o sono enquanto aí permanecerem. Ou, então, se se esfregar alguém com os vermes que nascerão do esterco desta composição, essa pessoa ficará imediatamente com febre. Quem puser lírio, como acima foi descrito, num recipiente onde se encontre leite de vaca e em seguida tapar esse recipiente com uma pele de vaca da mesma cor, todas as que estiverem nas redondezas perderão o seu leite. Esta experiên-cia foi feita neste tempo.

Visco de Carvalho – A décima é chamada pelos Caldeus Luperax, pelos Gregos Eli-sena e pelos Portugueses Visco. Cresce nas árvores bem abertas e, quando associada a uma outra, que se chama Sylphium, abre toda a espécie de fechaduras. Se a pendu-rarmos numa árvore com uma asa de andorinha, todos os pássaros à distância de du-as léguas e meia se juntarão aí, o que já experimentei e provei eu próprio muitas ve-zes.

Centáurea – Os Caldeus chamam à décima primeira Isiphilon, os Gregos Orlegonia e

os Portugueses Centáurea. Os mágicos asseguram que esta erva tem uma maravi-

lhosa virtude: porque e for misturada com o sangue de uma poupa fêmea e posta nu-

ma lâmpada com azeite, todos os que lá se encontrarem imaginarão ser mágicos,

porque verão os seus pés no ar e a cabeça no chão; se for lançada ao fogo quando

as estrelas brilham, parecerá que elas correm umas atrás das outras, e que se entre-

chocam. Ou, então, se for posta sob o nariz de alguém, essa pessoa terá um medo tal

que fugirá, correndo com todas as suas forças. Este segredo é certo e verdadeiro.

Sálvia – Em Caldeu chama-se à décima segunda Colorio ou Coloricon, em Grego

Clamor, em Latim Salvia e em Português Salva ( ou Sálvia ). Esta erva, quando a-

podrece sob esterco num frasquinho de vidro, forma um certo verme, ou um pássa-

ro, que tem a cauda como um melro; se com o seu sangue se esfregar o estômago

de alguém, essa pessoa perderá a consciência durante mais de quinze dias. Se

esse verme for queimado e as suas cinzas lançadas ao fogo, imediatamente se ou-

virá como que um horrível trovão. Ou, então, se esse pó for posto numa lâmpada,

que se acenda em seguida, parecerá que todo o quarto está cheio de serpentes.

Esta experiência foi feita muitas vezes.

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Verbena – Os Caldeus chamam à décima terceira Olphanas, os Gregos Helioron e os Portugueses Verbena. Esta erva, segundo os mágicos, quando colhida no perío-do em que o Sol está no signo do Carneiro, e misturada com o grão de peónica de um ano, cura aqueles que sofrem de epilepsia. Se for posta em terra estrumada durante sete semanas, formar-se-ão vermes que, ao tocarem os homens, os farão morrer. Se for posta num pombal todos os pombos das redondezas se ajuntarão aí. Ou, então, se for exposto ao Sol pó desta composição, ele parecerá azulado. Se se lançar deste pó num grupo ou entre dois amantes, pouco tempo depois haverá en-tre eles diferendos e discussões.

Melissa – A décima quarta chama-se em Caldeu Celeyos, em Grego Casini, em Latim e em Português Melissa ( erva-cidreira ), de que fala Macer. Se se amassar esta erva verde lançando-a, com suco de cipreste de um ano, em sopa ou numa papa, estas aparecerão cheias de vermes, e quem a trouxer consigo será doce, agradável, inatingível pelos inimigos. Se esta erva for pendurada ao pescoço de um boi, ele seguirá quem lha tiver pendurado. Ou, então, se se temperar nesse sumo, misturado com a terceira parte do suor de um homem ruivo uma correia de couro, esta romper-se-á imediatamente pelo meio.

Rosa – Os Caldeus chamam à décima quinta Elgerisa, os Gregos Ysaphinus e os Portugueses Rosa. Esta planta dá uma flor que é muito conhecida. Pegai um dos seus grãos, um grão de mostarda e o pé de uma doninha, pendurai-os numa árvo-re, e é seguro que esta se tornará estéril e jamais dará fruto. Se se puser este composto em redes, todos os peixes cairão nelas. Ou, então, se se lançar esta composição junto de uma couve seca e morta, esta reverdecerá no espaço de um meio-dia. E, ainda, se a pusermos numa lâmpada acesa, todos os que estiverem presentes parecerão ser negros como diabos. Se este pó for misturado com azeite e enxofre vivo, e esfregado numa casa enquanto o Sol luz, parecerá que ela está em chamas.

Serpentina – A décima sexta é chamada pelos Caldeus Cartulin, pelos Gregos Quin-quefolium e pelos Portugueses Serpentina. Esta erva é bastante conhecida. Se for enterrada com um folha de trevo, formar-se-ão serpentes vermelhas e verdes; estas, depois de reduzidas a pó e colocadas numa lâmpada acesa, farão ver serpentes a toda a volta; ou, então, se for posta sob a cabeça de alguém que esteja deitado, tal pessoa não dormirá mais enquanto ela ali estiver. A maneira de usar os segredos que se acabam de mostrar é conhecer a influência dos bons ou maus planetas, com os seus dias e as suas horas. ( ... )‖

Extraído de: “O Grande e o Pequeno Alberto”, de Alberto Magno

Edições 70 ( Portugal ), 1977, pp 149-155.

Bendiciones del Cuervo y del Aker...

Raven Luques McMorrigú - Bruxo de Tradição Ibérica e Galaico-Lusitana Hereditária, Sorgin – Bruxo de Tradi-ção Basca – e Iniciado na Bruxaria Moura Andaluz. Também Sacerdote da Religião Pagã Celtibérica e Lusi-tana,Tarólogo, Quiromante, Cafeomante, Oniromante, Perfumista e Iniciado nas Runas Ibéricas. Contato: [email protected] http://iberiaeterna.blogspot.com

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Um pouco de história... De fato, o perfume é muito mais do que um prazer dos sentidos. É também uma mensagem, algo do próprio ser humano, projetando no ex-terior seu “eu” profundo, seus gostos, suas aspirações secretas. A his-

tória do perfume começou quando o homem primitivo aprendeu a fazer o fogo e descobriu que certas plantas desprendiam fragrâncias agradáveis quando eram queimadas. Passaram, pois, a oferecê-las aos deuses como forma de agradecimento. O nome “Perfume” deriva do latim “per f u m u m ” o u “ p r o f u m u m ” , q u e s i g n i f i c a “ a t r a v é s d o f u m o ” . Todos os templos da Babilônia, Assíria, Egito, Roma e Grécia tinham seus perfumistas exclusi-vos. Os mais antigos frascos de perfumes de que se tem notícia datam de 5000 A.C. Eram fabrica-dos na Mesopotâmia e no Egito com alabastro e pedra, por serem os materiais preferidos, devido a não serem porosos. Existem várias lendas que envolvem o surgimento do perfume. Uma delas relata que o perfume foi uma criação da Deusa Vênus (mitologia Grega), que certa vez teria ferido o dedo e dele caído uma gota de sangue sobre uma rosa. Cupido (Deus do Amor) por sua vez, beijou a rosa e teria selado a alquimia, transformando o sangue de Vênus em fragrância. A histó-ria do perfume remonta há três mil anos e as lendas que envolvem sua criação vão mais longe a-inda. Na antigüidade, as fragrâncias florais costumavam ser produzidas na capital mundial dos perfumes, a Babilônia. Ali já havia sido criada a água de colônia, obtida pela maceração (esmagamento) de pétalas de rosas.

Seu perfume pessoal

Se for possível, faça sempre seus perfumes na Lua Nova. Nunca faça perfumes no seu perí-odo menstrual, pois a sua energia, o modo como você se sente, vai passar para o seu perfume. Para um perfume de boa qualidade, use sempre utensílios de vidro, tanto o funil, como o copo

medidor. Todo o material para a produção de seus perfumes pode ser adquirido em lojas especia-lizadas, que já tem os produtos especiais, como o fixador, em frascos com a quantidade adequa-

da para preparar um litro de perfume. Esta é a quantidade da receita apresentada a seguir:

Ingredientes:

800 ml de álcool de cereais 20 ml de polipropilenoglicol 30 ml de fixador de âmbar

50 ml de essência de sua preferência (pode ser uma combi-nação de várias)

100 ml de água mineral sem gás um vidro escuro com capacidade para dois litros (para que

o perfume tenha bastante espaço para “se criar”) Um copinho medidor para a essência

Um funil para colocar os líquidos no vidro escuro Frascos pequenos próprios para perfume

Como fazer: Coloque no vidro escuro, na ordem a seguir, com muito cuidado e suavidade: o álcool de cereais, o polipropilenoglicol e o fixador de âmbar. Deixe repousar por duas horas. No copo medi-dor, junte as essências escolhidas até atingir a quantidade de 50 ml e coloque no vidro. Agite bem e deixe descansar por nove dias em local onde não haja luz. Ao fim destes dias, acrescente a água mineral e agite bastante. Deixe repousar mais um dia no escuro antes de usar. Distribua o perfume em vidros pequenos para facilitar seu manuseio.

A Magia das Fragrâncias em sua vida

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A seguir, escolha a essência que mais se adapta à sua personalidade: Violeta Para quem quer impulsionar projetos em fase de planejamento, desen-volver dinamismo, ambição e disposição. Verbena Para pessoas tradicionais, amorosas, determinadas e que querem i-déias para desenvolver formas de arte mais ousadas.

Cítricos Para pessoas que atravessam fases difíceis e não querem se deixar abater, ou que precisam de descanso e entusiasmo com a própria vida. Acácia Para pessoas sensíveis ao extremo que precisam não dar “tanto ouvido” ao que lhe falam. Melho-ra o astral e ajuda a decidir o melhor em uma situação duvidosa. Sândalo Para aumentar o magnetismo e não passar despercebido (a). Para cultivar amizades e conseguir seus ideais. Favorece o poder de liderança. Frutas Para pessoas que são críticas demais e que por vezes acabam se machucando por isso, ou para pessoas reservadas que querem se entregar para a emoção. Almíscar Para pessoas que têm dons artísticos múltiplos, mas não sabem qual caminho seguir. Romantismo e emoções duradouras também são favorecidos. Absinto Para pessoas profundas que vivem intensamente e por vezes so-frem com isso; para deixar de pensar que tudo é um mistério e descontrair-se mais. Cedro Para pessoas joviais, esportistas e que amam a diversão de um bom papo. Faz com que a pessoa seja menos radical em suas opiniões e que seja ainda mais querida. Jasmim Para pessoas sérias, persistentes e sofisticadas. Para quem é tímido e prudente e não deixa as emoções virem à tona.

Lavanda Para quem é prático e original demais, adora novidades e se apaixona por tudo que faz. Esta fragrância traz equilíbrio e calma. Flor de Laranjeira Para pessoas sonhadoras, intuitivas e tímidas. Para quem busca harmonia com a natureza e se choca quando vê que nem o mundo.

Agora você tem nas mãos uma ferramenta maravilhosa para atrair para sua vida tudo aqui-lo que desejar, não se esquecendo de direcionar a sua intenção, determinação e visualização na hora de confeccionar o seu perfume pessoal.

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O Tarot e as Ervas - Parte II

Arcano 8 – A Justiça: Corresponde ao signo Astrológico Libra. Significado da Carta – Equilíbrio, justiça, mediação e raciocínio. A necessidade de pe-sar as coisas, encontrar justiça e soluções racionais, e para a razão e o pensamento tomarem precedência sobre a emoção, embora, ás vezes, a Justiça precisa ser aplica-da com misericórdia. Necessidade de uma mente equilibrada.

Ervas – Mirta, Rosa e Hortelã.

Arcano 9 – O Eremita: Corresponde ao signo Astrológico de Virgem. Significado da Carta – Introspecção, paciência, meditação e sabedoria. Olhar para dentro para buscar respostas apropriadas. Entendimento que é encontrado por meio da medita-ção ou do auto-exame e avaliação. Pode também ser o fechamento de um ciclo ou perío-do da vida, e uma retirada de energias correspondentes.

Ervas – Sálvia, Gualtéria e tomilho.

Arcano 10 – A Roda da Fortuna: Corresponde ao Planeta Astrológico Júpiter, regente do signo de Sagitário. Significado da Carta – Prosperidade, crescimento, mudança e sucesso. Significa que um novo capítulo está começando, uma decisão importante está para ser tomada, uma nova seqüência da sorte está começando. Quanto mais você está consciente de seu próprio poder sobre o destino, mais claras as coisas parecerão.

Ervas – Cedro, Noz moscada e cravo.

Arcano 11 – A Força: Corresponde ao Signo Astrológico de Leão. Significado da Carta – Coragem, auto-estima e vivacidade. A força e a resistência neces-sária para atingir o autocontrole. Os obstáculos que são superados por meio da força de vontade, resultando em um sentimento de domínio. Com frequencia, possibilidades cri-ativas ou construtivas.

Ervas – Alecrim, Zimbro e Laranja.

Natan Brith (Gawen Ausar) é Alto Sacerdote do Coven Amantes de Ísis, Tarólogo, Numerólogo e trabalha com Magia Egípcia

(Heka). Autor dos blogs Falo - O Sagrado Masculino e Respeito Gay, trabalha também com culto ao Falo e o resgaste da masculi-

nidade sagrada .

Contato: [email protected] http://falosagradomasculino.blogspot.com/

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Arcano 12 – O Enforcado: Corresponde ao Planeta Astrológico Netuno, regente do signo de Peixes. Significado da Carta – Amor incondicional, doação e sacrifício. Um tempo de maior com-preensão, um ponto decisivo quando o controle do ego consciente se rende ao mundo interno desconhecido. Um sacrifício terá que ser feito para obter algo de maior valor.

Ervas – Artemísia, Mirra e Valeriana.

Arcano 13 – A Morte: Corresponde ao Signo Astrológico de Escorpião. Significado da Carta – Eliminação, libertação, morte/renascimento. Anuncia o fim inevitá-vel de algo, mas com a promessa de um novo começo. A dor sofrida sob o efeito da mor-te está relacionada com a vontade ou com falta de vontade do buscador para se render à inevitável mudança.

Ervas – Cipreste, Arruda e Mirra.

Arcano 14 – A Temperança: Corresponde ao Signo Astrológico de Sagitário. Significado da Carta – Síntese, sinergia e transmutação. Pode simplesmente ser ajuste ou equilíbrio dentro da situação questionada. Em um nível superior, graça ou poder de fontes desconhecidas. Ocasionalmente, uma influência espiritual direta em funciona-mento dentro da questão.

Ervas – Hissopo, Angélica e Bergamota.

(Continua na próxima edição...)

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A V A T A R - S U G E S T Ã O D O M Ê S

No futuro, Jake é o ex-fuzileiro naval paraplégico enviado a um planeta chamado Pandora.

Lá, além da riqueza em biodiversidade, existe também a raça humanóide Na'vi, com sua própria lín-

gua e cultura. O que evidentemente entra em choque com os humanos da Terra.

O filme todo é uma lição de compreensão e amor pelos seres vivos e mágicos, a comu-

nhão com a Natureza, a Mãe Terra Eywa, o respeito e veneração por tudo que ela nos concede.

Uma ótima oportunidade de reflexão para perceber o mal que causamos ao planeta e sua

consequência ecológica. Assista não só pela beleza das cores, mas pelo drama de ver a floresta

destruída e o desrespeito aos seres mágicos que nela habita. Boa viagem!!!

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nado a proposta de nosso editorial com um breve resu-

mo sobre você e uma foto para publicação. Se o mesmo

for aprovado será publicado nas edições seguintes, de

acordo com o tema e disponibilidade.

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Assunto: artigo para publicação

Video clips sobre Herbologia

Indico dois vídeos em Inglês sobre a confecção de velas,

chás e incensos pra cura, vale a pena conferir para quem

entende o idioma.

Full Healing Crafting Part 1 (Candle Magic/Herbal Teas/Incense)

http://www.youtube.com/watch?v=O3VIZ7hnKlQ

Full Healing Crafting Part 2 (Candle Magic/Herbal Teas/Incense)

http://www.youtube.com/watch?v=eAWEby8Skvg

Page 20: voo noturno jan 2011 edição 04

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Ritual do Mês

FEVEREIRO

Ritual dos Quatro Elementos

O ritual dos quatro elementos é essencial e de sua simplicidade nasce o resultado perfei-to, nele trabalhamos com os quatro elementos fundamentais da Magia. Fevereiro traz esse ritual ancestral, bom para ser feito o ano todo. O RITUAL Sempre que quiser harmonizar seu lar, Ou um desejo realizar, Faça um pequenino altar Em homenagem aos elementais. Para os Gnomos coloque uma pedra, Para as Sereias, água com essência, Para os Silfos acenda um incenso, Para as Salamandras, uma vela. Depois faça a seguinte oração: Em nome do Amor e da Magia, Que eu alcance sem demora, Que mais desejo agora, Em nome da Água que tudo permeia, Á Terra que tudo da forma, Ao Arque tudo clareia, Ao Fogo que tudo transforma.

JANEIRO Em Janeiro, deve-se homenagear a Janus, o Deus cujas faces olham para o Passa-do e para o Futuro. Foi do nome deste Deus que se originou a palavra Janeiro. Uma vez que ele é o Deus dos recome-ços, é um nome bastante apropriado para este mês: é tempo de refletir; de afastar de uma vez por todas as energias passadas e estagnadas. Faça isso pedindo ao Deus Janus, que assim como Ele, possamos olhar com coragem os tempos futuros sem esquecer a sabedoria adquirida no passado. O RITUAL Janus rege os portais (uma alusão ao passado - o tempo antes de cruzar o portal - e ao futuro - o tempo depois de o portal ser cruza-do). Por isso, um antigo ritual romano para assegurar a vinda de novas energias consistia em acender, sob o batente da porta de entrada de casa, uma vela de cor escura, representa tudo aquilo de que você quer se livrar (lembre-se de nunca desejar o mal de ninguém!). Quando esta vela estiver na metade, a-cenda, ao seu lado, uma vela de cor clara, re-presentando a vinda de novas energias e tudo aquilo que você quer atrair no ano que se inicia. Faça este ritual e garanta a proteção de Janus por todo o ano.

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AMULETO PROTETOR PARA O AMOR

Este amuleto deve ser dependurado na por-ta do seu quarto toda vez que você sentir

que algum olho gordo anda rondando o seu relacionamento, pois tem o poder de afastar

a inveja e a maledicência.

Ingredientes

01 xícara de cascas de alho 01 olho de tigre

01 punhado de folhas secas de arruda 01 sacolinha de veludo preto

Modo de Fazer

Na primeira noite da lua minguante, coloque os ingredientes dentro da sacolinha e amar-re-a com uma fita preta, enquanto recita o

seguinte encantamento:

Olhos da inveja e da perfídia Afastem-se daqui agora!

O meu amor dorme comigo tranqüilo Longe do mal lá de fora!

Extraído do livro A Casa da Bruxa, Már-cia Frazão, Editora

Planeta, Capitulo 4 - O Quarto.

SALA DOS

FEITIÇOS

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co através do nosso e-mail: [email protected]

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Dicas, Truques e

Magias

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Jornal Vôo Noturno Suplemento Especial

Ed. 01 Ed. 02 Ed. 03 Supl 01 Supl02 Ed. Especial 01

Para atrair os espíritos guardiães, costuma-se enfeitar a casa no último mês do Ano com um arranjo feito com todos os tipos de

conchas. Coloque no centro do arranjo uma vela verde. Quando o final do Ano se aproximar acenda a vela e peça que seus guardi-ães mágicos protejam seu lar durante todo o Ano que vai entrar.

Dizem que se colocarmos balas e doces no batente da janela na última noite do Ano, os Elfos agradecerão a oferenda trazendo

sorte e prosperidade durante todo o Ano.

A sorte é a semente de nossos desejos. É preciso saber plantá-la. Escolha um desejo, de prefe-rência um daqueles que você persegue há tempos. Faça en-tão um buraco em um jardim, formule seu desejo em pala-

vras e, para cada palavra pro-nunciada, jogue uma semente de flor. Depois tampe o buraco e aguarde, você terá uma agra-

dável surpresa.

Você sabia que o nome Fevereiro deriva, segundo algumas fon-tes, da Deusa romana Februa? Outra versão afirma derivar do

Deus Februs, correspondente a Hades ou Plutão!!!

Domingo é o dia consagrado aos Deuses Solares como Hélios, Apolo e Mitras. Por esta razão é um ótimo dia para se fazer qual-quer ritual de prosperidade. Uma boa maneira de harmonizar-se com as energias deste dia é acender um incenso de canela, de

preferência por volta do meio dia..

Enterre um pequeno objeto de prata o mais próximo possível da porta de entrada de sua casa. Esta antiga prática traz sorte e

prosperidade para o seu lar...

Sol em Peixes: dia 19 fevereiro. Quando o Sol entra no signo de Peixes é um momento de interiorizar-se e refletir. As energias tor-nan-se delicadas e instáveis. Um dia propício para meditar e rela-

xar. Incenso do dia: Lótus.