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Vou Contar o que eu nunca vi no sertão nem na cidade
Nunca vi guerra sem tiro, nem cadeia sem grade
Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade
Nunca vi mãe amorosa do filho não ter saudade.
Nunca vi homem pequeno que não fosse papudo
Eu nunca vi um doutor fazer falar quem é mudo
Nunca vi um boiadeiro carregar dinheiro miúdo
Nunca vi homem direito vestir calça de veludo.
Eu nunca vi um carioca que não fosse bom sambista
Nunca vi um Pernanbucano que não fosse bom passista
Nunca vi um Paraibano que não fosse repentista
Nunca vi um deputado apanhar de Jornalista.
Nunca vi um Catarinense depois de velho aprendendo
Nunca vi um Matogrossense de medo andar tremendo
Eu nunca vi um gaúcho pra laçar precisar treino
Eu nunca vi um Goiano por paixão beber veneno.
Nunca vi um fazendeiro andar em cavalo que mancaNunca vi um fazendeiro andar em cavalo que manca
Pra fechar boca de sogra não vi chave não vi trancaPra fechar boca de sogra não vi chave não vi tranca
Pra terminar meus versos vou falar botando bancaPra terminar meus versos vou falar botando banca
Quero ver meus inimigos levantar bandeira branca. Quero ver meus inimigos levantar bandeira branca.
Imagens colhidas na INTERNET
Música: “Bandeira Branca” (Tião Carreiro e Pardinho)
Texto: “Bandeira Branca”(Tião Carreiro)