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Vozdaigreja setembro2015

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Voz da Igreja - setembro 2015

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Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco80510-010 - Curitiba (PR)

Responsável: Stephany Bravos

Fones / Fax: (41) 2105-6343 ou (41) 8700-4752E-mail: [email protected]

Site: www.arquidiocesedecuritiba.org.brApoio e Colaboração: Fone: (41) 2105-6342

Responsável: Aline TozoE-mail: [email protected]

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Agenda Mensal dos Bispos

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.... . 15151515 15

A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de ComunicaçãoCONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispos da Arquidi-ocese de Curitiba: Dom Rafael Biernaski e Dom José Mário Angonese . Chanceler: Élio José Dall'Agnol |Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto. | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander CordeiroLopes | Coordenador geral do clero: Pe. Marcos Honório da Silva | Assessora de Comunicação: StephanyBravos | Jornalista responsável: Stephany Bravos | Revisão: Stephany Bravos - Ana Paula Mira |Colabora-ção voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral Projeto gráfico e diagramação: Editora Exceuni- Aldemir Batista - [email protected] - (41) 3657-2864. Impressão: ATP Gráfica & Editora - Tiragem: 10 mil exemplares.

Expediente

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 20152

01 - Reunião da APAC- Visita ao Seminário Rainha dos Apóstolos

02 - Reunião da Pastoral Presbiteral, naCasa do Clero

- Expediente na Cúria- Visita no Seminário Propedêutico

03 - Reunião dos 15 Setores, na Cúria- Reunião das 12 Comissões, na Cúria

04 - Visita no Seminário São José06 - Missa de Dedicação na Catedral

- Missa na Paróquia Nossa Senhora das Mercês08 - Missa da Padroeira, na Catedral

- Procissão e Missa da Festa da Padroeira, na Catedral09 - Reunião com a Equipe Missionária da Arquidiocese, no

Cenáculo- Expediente na Cúria- Visita no Seminário Bom Pastor

10 - Reunião do Setor Almirante Tamandaré, na ParóquiaNossa Senhora das Graças

- Palestra na Faculdade São Basílio11 - Reunião do Setor Rebouças12 - Dedicação da Paróquia Maria Mãe da Igreja13 - Missa na Paróquia São José das Famílias14 a 16- Reunião do CONSEP em Brasília (DF)17 - Reunião do Setor Colombo, na Paróquia Imaculada

Conceição- Missa de Encerramento da Assembleia Regional da CRB

18 - Reunião dos Padres Jovens, na Casa do Clero- Crisma na Paróquia Santa Efigênia

19 - Palestra no Seminário das CEB’S, na Cúria- Missa da Padroeira, na Paróquia Nossa Senhora da Salete

20 - Missa na Comunidade Vale de Saron- Missa no Encontro de Casais (MCC - Guadalupe)

21 - Formação para a RCC22 - Reunião do Setor Centro... - Missa na Catedral23 - Missa e Visita no Mosteiro Monte Carmelo

- Formação Bíblica, no Santuário Santa Rita24 - Reunião dos Formadores, no Seminário São José

- Missa na Capela Nossa Senhora Aparecida25 a 27- Assembleia do Povo de Deus, na Casa de Retiros Nossa

Senhora do Mossunguê27 - Palestra e Missa no VII Seminário Arquidiocesano de

Catequese, Colégio Bom Jesus (Centro)29 - Palestra na Semana Teológica do Studium Theológico

- Missa na Paróquia São Francisco de Assis, no Xaxim30 - Expediente na Cúria

- Formação Bíblica, no Santuário Santa Rita

01 - Reunião da APAC- Investidura dos MESCES do Setor

Cabral, na Paróquia Nossa Senhora deNazaré

02 - Reunião da Pastoral Presbiteral, na Casa do Clero- Missa de Posse de Pároco, na Paróquia Nossa Senhora

Imaculada Conceição - Atuba03 - Reunião dos 15 Setores, na Cúria

- Reunião das 12 Comissões, na Cúria04 - Missa de Abertura do DNJ, na Paróquia Nossa Senhora do

Rosário de Belém06 - Missa de Dedicação, na Catedral07 - Grito dos Excluídos, na Paróquia Nossa Senhora do

Rosário de Belém- Missa na Catedral

08 - Missa da Padroeira, na Catedral- Missa na Comunidade Toca de Assis

09 - Expediente na Cúria10 - Reunião do Setor Cajuru, na Paróquia São José11 - Reunião do Setor Rebouças, paróquia a definir12 a 13 - Assembleia da Pastoral Carcerária do Regional Sul II, local

a definir16 - Expediente na Cúria17 - Reunião do Setor Colombo, na Paróquia Imaculada Conceição

- Crisma na Paróquia São Marcos19 - Investidura dos MESCES do Setor Pinhais, na Paróquia

São Benedito22 - Reunião do Setor Centro, na Paróquia Senhor Bom Jesus23 - Expediente na Cúria24 - Reunião do Setor Pinhais, na Paróquia a definir

- Reunião dos Formadores, no Seminário São José25 a 27- Assembleia do Povo de Deus, na Casa de Retiros Nossa

Senhora do Mossunguê29 - Expediente na Cúria

- Missa no Hospital São Vicente30 - Missa na Paróquia São Francisco de Assis, no Xaxim

Em um ano tão importante da Arquidiocese de Curitiba, no qual quere-mos ligar definitivamente as chaves da missionariedade em todas as comuni-dades, recebemos em nossas terras a imagem Peregrina de Nossa SenhoraAparecida (agosto/2015 a novembro/2015).

Como o próprio Documento de Aparecida destaca, “Maria é a grande mis-sionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários” (DA269, cf. 320). É, sem dúvida, um modelo do “seguimento de Cristo” (DA 270).

Assim como em outras edições, a Revista Voz da Igreja deste mês destacaa missionariedade nas ações pessoais, pastorais e nos movimentos de nossaIgreja. Ressaltamos, de modo especial a Semana Nacional da Vida “SNV” (Dias:01 a 07 de outubro). Com temas essenciais para a família; queremos nestadata “celebrar o direito à proteção da vida e saúde, à alimentação, ao respei-to e a um nascimento sadio”. Quando anunciamos Cristo Jesus, devemos tera consciência que cada ser humano tem direito a uma vida digna e íntegraperante a sociedade, e isso só se dará se entendermos que é “em cada criatu-ra (que) o Reino se estabelece”.

A juventude também quer construir uma nova sociedade. Para isso, JoãoGuilherme, do Setor Juventude, convida todos os jovens a participarem doDNJ – Dia Nacional da Juventude (05 a 08 de setembro). Participe! Leve seugrupo! Teremos shows, apresentações culturais e muito mais.

Merece destaque também, o texto do Pe. Luciano Torkarski (coordena-dor da Comissão Bíblico-Catequética) com tema “Anunciar o Evangelho comousadia, no itinerário da iniciação a Vida Cristã - O exercício do ministério daPalavra”. Sabemos que nos dias atuais a iniciação cristã deve acontecer deforma criativa e ousada, precisa e aprofundada nos mistérios da Palavra deDeus. Apresentamos, também, com alegria, a Escola de Agentes da Pastoraldo Batismo e a Escola de Coordenadores de Catequese, já ocorridos. E convi-damos para participar do VII Seminário Arquidiocesano de Catequese e daSemana Teológica do Studium Theologicum de Curitiba.

A Igreja “em saída” é uma mãe de coração aberto, que chegue às periferi-as e aos mais necessitados. Somos o Povo de Deus com a missão de transfor-mar o mundo. Uma Igreja em saída chega de forma profunda a diversos ra-mos da sociedade, tais como: educação, seio familiar, a comunidade paroqui-al, entre outros. Setembro é o mês da Bíblia; desta forma a Pastoral do Dízimo trazuma mensagem importantíssima sobre como fazer parte deste projeto de transfor-mação através da oferta que podemos fazer para os projetos missionários.

Voltamos, nessa edição, a refletir sobre a Ideologia de gênero (texto deGilberto Aurélio Bordini). Tratamos também da história da nossa CatedralBasílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais – posto que também cele-bramos a festa de nossa padroeira. Destacamos ainda os trabalhos missio-nários da Paróquia Nossa Senhora das Mercês.

E, por fim, merece relevo a Missa em Ação de Graças pelo Ministério Epis-copal de Dom Rafael Biernaski, agora Bispo da Diocese de Blumenau (SC).Dom Rafael teve uma importantíssima atuação na Arquidiocese de Curitibadurante os cinco anos que esteve como bispo auxiliar e administrador. Deuspreparou o seu coração para que realizasse com dedicação, responsabilidade eempenho o seu serviço. A gratidão, o carinho e amor para com este servo de Deus,estarão sempre nos corações de todos nós da Arquidiocese de Curitiba.

Sejamos, pois, amor em todos os caminhos que percorremos hoje e sem-pre, Amém!

A Imagem PA Imagem PA Imagem PA Imagem PA Imagem Peregrina de Nossaeregrina de Nossaeregrina de Nossaeregrina de Nossaeregrina de NossaSenhora Aparecida está entre nós!Senhora Aparecida está entre nós!Senhora Aparecida está entre nós!Senhora Aparecida está entre nós!Senhora Aparecida está entre nós!

Ação Evangelizadora PE. ALEXSANDER CORDEIRO LOPESMARLON ROZA

Coordenação da Ação Evangelizadorada Arquidiocese de Curitiba

Dom José Antônio PeruzzoArcebispo da Arquidiocese

de Curitiba

Dom José Mário AngoneseBispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba

Região Episcopal Norte

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Arcebispo de Curitiba

DOM JOSÉ ANTÔNIOPERUZZO

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015 3

PPPPPor que procuramos por or que procuramos por or que procuramos por or que procuramos por or que procuramos por DeusDeusDeusDeusDeus?????

Voz do PastorEssa interrogação já foi motivo de muitas páginas desde os tempos do Iluminismo. E

sobre tal temática já se repetiram quase todas as opiniões, e também confusões. Ele, Deus,foi já reconhecido como o absoluto, o onipotente, o eterno, o infinito, o ser totalizante. Masfoi também desqualificado como invenção fantasmática dos fracos, como projeção dos nos-sos anseios secretos ou inconscientes, como fonte opiácea de ilusões. E o debate ainda nãoterminou. Para uns, Deus é essencial. Para outros, é desnecessário. Há os que precisam d’Elesomente nos momentos difíceis. Para uns, Ele é um enigma a decifrar (ciência). Para outros,é um mistério a experimentar (fé).

Mas qual é a razão de escolher esse tema para a coluna de hoje? É que muitos leitoresirão às suas igrejas neste domingo e, se forem católicos, ouvirão um texto do evangelho deJoão (Jo 6,24-35). A multidão foi à procura de Jesus. Em embarcações, atravessaram olago para encontrá-Lo. E perguntaram-Lhe: “Quando chegaste aqui?”. E a resposta:“...Vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães evos saciastes” (Jo 6,26). É fácil perceber que uma foi a pergunta; outra foi aresposta. Do que trata essa descontinuidade?

Como outrora, também hoje há multidões que se expressam religiosas. EDeus é lembrado com frequência. Os que anunciavam o fim do fenômenoreligioso se surpreendem e as conquistas da ciência parecem não bastar.Até mesmo os letrados e os bem alentados nos esquemas científicos semostram carentes de transcendência. Na realidade, o que aconteceu nostempos de Jesus ocorre também hoje. Não era a pessoa de Jesus e seusensinamentos que eles procuravam. Buscavam, sim, as vantagens queaquele “milagreiro” poderia lhes ensejar, por isso a resposta crítica doSenhor. Não se tratava de adesão de convertidos. Não havia desejo eesforço em direção a um novo modo de ser e de viver. Buscavam a pró-pria saciedade material. Era uma religiosidade de egoístas.

O problema de ontem continua hoje. As expressões são outras. Aslimitações são as mesmas. Por vezes se expressam em queixas: “Preci-sei de Deus, rezei, mas não me atendeu”; “Até os desonestos têm su-cesso; eu, que creio e me esforço, pareço esquecido por Ele”. Nashoras de dor e sofrimento, nossos apelos são ainda mais dra-máticos.

Não quero aqui apontar erros. Não pretendo fazer cor-reções. Mas gostaria, sim, de propor a mim e ao leitor oque disse o próprio Senhor àqueles que o procuravamcom intenções ambíguas: “Trabalhai não pelo alimentoque se perde, mas pelo alimento que permanece atéa vida eterna”. Essa resposta toca no sentido da vida.Para quem busca a si mesmo, ou se limita àquelesdo próprio convívio, tudo se esvazia com o términoda própria história e existência. Se fez algo de bom,será lembrado por algum tempo, mas se esgota.Por outro lado, “trabalhar para o que permaneceaté a vida eterna” não é mera referência, de im-possível demonstração, daquela vida depois damorte. O sentido é outro. É trazer para o presen-te da vida e da existência aquele mistério expe-rimentado de encontro com Deus.

Sim, se isso se restringir a palavras, claro quetudo permanece no âmbito de uma abstraçãometafísica. Mas, se alguém quer integrar nospassos de sua vida o encontro com Deus, o ca-minho da fé se torna uma possibilidade real,que transfigurou os caminhos de muitos.Quando quiseram falar de sua nova vida, asequações não serviram, mas a paz testemu-nhada ilustrou.

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Arcebispo Emérito de Curitiba

Exaltação da Exaltação da Exaltação da Exaltação da Exaltação da Santa CruzSanta CruzSanta CruzSanta CruzSanta Cruz

DOM PEDRO ANTÔNIOMARCHETTI FEDALTO

Palavra de Dom

PedroNo dia 14 de setembro, acontece a festa

da Exaltação da Santa Cruz.A crucificação de um homem era o casti-

go mais ignominioso, cruel, humilhante paraos maiores e piores criminosos e facínoras.

Só com a morte de Cristo, a cruz foi exal-tada, como diz São Paulo aos Coríntios: “Alinguagem da cruz é loucura para os que seperdem, mas é o poder de Deus para os quese salvam. Nós anunciamos Cristo crucifica-do, que para os judeus é escândalo, para osgentios loucura, mas para aqueles que sãochamados é Cristo, poder e sabedoria” (I cor.1, 18, 23 e 24).

Cristo foi descido da cruz e sepultado.Onde ficou sua cruz? Depois da morte deCristo, no ano setenta, foi destruído o tem-plo de Jerusalém. Os pagãos erigiram nomonte Calvário um templo à deusa Vênus ecolocaram uma estátua de Júpiter. O SantoSepulcro foi coberto de pedras e terra até oséculo quarto, quando Constantino Magnoproclamou o Império Romano cristão, apósa batalha em 313, ven-cendo Maxêncio.

Sua mãe Hele-na, octogenária,foi a Jerusalém

para construir a igreja no lugar do túmulo deCristo.

Foram feitas escavações sobre o túmulode Cristo. Ali encontraram as três cruzes dacrucificação de Cristo e dos dois ladrões.

O Bispo de Jerusalém Macário teve a ideiade levar as três cruzes a uma matrona grave-mente enferma para saber qual seria a cruzde Cristo. Quando a cruz de Cristo tocou aenferma, ficou imediatamente curada. Era 14de setembro de 320. Foi instituída a festa daExaltação da Santa Cruz, a 14 de setembro.

A Santa Cruz foi bem conservada em Jeru-salém; a igreja foi construída sobre o túmulode Cristo, chamada de Santo Sepulcro.

No século VII, Cosroe, o rei da Pérsia, acér-rimo inimigo do Império Romano e da Igreja,armado com forte exército, invadiu Jerusalém.Destruiu igrejas, mosteiros, cometendo asmaiores atrocidades contra os cristãos. Apo-derou-se da Santa Cruz e a levou para a Pér-sia.

Os cristãos enfurecidos exigiram que oImperador de Constantinopla retornasse acruz de Cristo a Jerusalém. Não conseguiu oImperador Heráclio com o diálogo a devolu-ção da cruz. Armou-se e reconquistou a cruz,a 03 de maio de 629. Foi instituída a festa daInvenção da Santa Cruz a 03 de maio.

A reforma litúrgica, depois do ConcílioVaticano II, estabeleceu, entre as duas festas,

a data de 14 de setembro, quan-do foi encontrada a

Cruz em 320.A festa da Exal-

tação da SantaCruz é para os ca-tólicos força e po-

der de Deus.O verdadeiro dis-

cípulo de Cristo éaquele que aceita sua cruz diariamente e acarrega até a morte. “Se alguém quiser virapós mim, negue-se a si mesmo, tome a suacruz e siga-me” (Mc. 8, 34).

Em outra passagem, Cristo afirma: “Aque-le que não toma sua cruz não é digno de mim”(Mt. 10, 38).

Concluindo: Quem de nós não tem suacruz, com doença, conflitos familiares, desem-prego, aposentadoria, que às vezes não dápara os remédios e outras muitas?

Que as cruzes, com o Cristo Crucificado,nas igrejas, nas torres, nos peitos dos Católi-cos e outros lugares, sejam sempre exaltadas.

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015 5

Juventude JOÃO GUILHERME DE MELLO SIMÃOSetor Juventude - Arquidiocese de Curitiba

DNJ 2015DNJ 2015DNJ 2015DNJ 2015DNJ 2015

SETOR JUVENTUDE: [email protected]

(41) 2105-6364 / 2105-6368 / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior.

Olá pessoal! Nesta edição voltamosa falar do Dia Nacional da Juventude2015. Vamos dar mais informações efazer o convite para vocês!

Como já dissemos, o DNJ vem tra-zer o tema Juventude construindo umanova sociedade, ecomo lema “Estou nomeio de vós comoaquele que serve” Lc.22, 27. Para isso, nos-so projeto prevê naprogramação quatrograndes eixos:· Espiritualidade: va-

mos juntos com acomunidade cele-brar a fé. Teremosmomentos de lei-tura orante da pa-lavra de Deus, mo-mento mariano,momento fraternoe com as famílias,etc, iremos rezarbastante;

· Missão: iremos re-alizar pelas ruas daparóquia uma mis-são de visitas às ca-sas, ao comércio,às realidades dobairro;

· Ação social: iremosrealizar com a co-munidade melhori-as de alguns espa-ços comunitárioscomo também rea-lizar oficinas paraas pessoas, ofere-cendo mais que as-sistência, um mate-rial humano;

· Celebração: comoo DNJ é uma cele-bração da juventu-de da Igreja há 30anos, ele tambémé um espaço paracelebrar. Vamos re-alizar shows e apre-sentações culturaispara animar e fes-tejar o evento.O DNJ será realiza-

do de 5 a 8 de setembro, ou seja, desábado à terça-feira. Aqueles jovensque querem participar do DNJ devem che-gar até às 8 horas no sábado para seremacolhidos pela comunidade. A inscrição éR$ 25,00. Aqueles que querem apenas

participar da celebração, será na terça-feira das 14h às 22h e é grátis.

O endereço, todos já sabem: ParóquiaNossa Senhora do Rosário de Belém. R.Amador Bueno, 527 - Cajuru, Curitiba.

Esperamos todos vocês!

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Animação Bíblico-Catequética PE. LUCIANO TOKARSKICoordenador da Pastoral Catequética

ANUNCIAR O EVANUNCIAR O EVANUNCIAR O EVANUNCIAR O EVANUNCIAR O EVANGELHO COMANGELHO COMANGELHO COMANGELHO COMANGELHO COMOUSADIAOUSADIAOUSADIAOUSADIAOUSADIA, NO ITINERÁRIO D, NO ITINERÁRIO D, NO ITINERÁRIO D, NO ITINERÁRIO D, NO ITINERÁRIO DAAAAA

INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃINICIAÇÃO À VIDA CRISTÃINICIAÇÃO À VIDA CRISTÃINICIAÇÃO À VIDA CRISTÃINICIAÇÃO À VIDA CRISTÓO exercício do ministério da Palavra”

“Tua Palavra é a luz de meus pas-sos, a lâmpada de meu caminho” (Sl118,105). A Palavra de Deus, fontede sabedoria e dinamismo, será oponto de partida de nossa reflexão.Vamos deixar-nos tocar, incomodar,modelar e impulsionar por essa Pa-lavra que o Papa Francisco qualifica“de poder libertador e renovador”.

A iniciação à vida cristã inspira-se e modela-se pelo anúncio doEvangelho. Sem a es-cuta e o eco da Pala-vra, torna-se inicia-ção falida. A afeiçãoe o assentimentopela pessoa de Je-sus Cristo nascemda ação da Pala-vra proclama-da que caiuem terrafértil. A Pa-lavra faz-nos serdiscípulos de Jesus Cristo hoje!Quanto mais nos alimentamos da Pa-lavra de Deus, mais nos encontra-mos com o Deus da Palavra.

O mandato batismal que o agen-te da iniciação à vida cristã recebeuda Igreja é o exercício do ministérioda Palavra. O catequista, o agente dapastoral do batismo e as coordena-ções devem ser conduzidos pela Pa-lavra. É Deus em seu Verbo, JesusCristo, que nos orienta. Precisamosestar de ouvido atento e coraçãoaberto para escutar, refletir, seguir eviver essa Palavra que nos guia, que

é luz em nosso caminhar.

A leitura e escuta orante da Pala-vra de Deus são fundamentais namaturidade de fé. A experiência daleitura, estudo, meditação e celebra-ção, a partir da Palavra de Deus, é onúcleo central de uma comunidadecristã. Ela gera compromisso de fé edesperta para uma atenção amoro-sa a todos os interlocutores, princi-palmente, os de famílias machuca-das, os que estão à margem da vidae do sistema, os que não conhecem

a Igreja e a sua própria fé. E, assim,ordena o discernimento dos sinaisdos tempos, reaviva o gosto pelavida em comunidade e forma discí-pulos missionários orantes.

A Palavra de Deus dá sentidopara a pessoa, sela a paz na socie-dade, cria consistência fraternal nacomunidade e fortalece a eclesiali-dade das pastorais. Ela é fonte deinspiração e impulso para a consoli-dação do itinerário da iniciação àvida cristã em estilo catecumenal nascomunidades paroquiais de nossaIgreja Particular. A eficácia da Pala-vra não permite espaço para o sa-

cramentalismo, para o improviso eartificialismo catequético.

O agente da iniciação à vida cris-tã é aquele que mergulha nos mis-térios da Palavra. Suas ações, cele-brações, orações, decisões, planeja-mentos, metodologias e criativida-des inspiram-se na Palavra. A Pala-vra desperta a dimensão celebrati-va, profética e missionária da inicia-ção à vida cristã na vida de comuni-dade. “É preciso fundamentar nos-

so compromisso mis-sionário e toda anossa vida na rochada Palavra deDeus” (DA 247).

O agente dainiciação àvida cristã éum anuncia-dor da Pa-lavra deD e u s .Ela o faz

amigo de Jesus Cristo. Assim, eleserá capaz de narrar, com compe-tência, as obras do Deus da miseri-córdia, as ações de Jesus Cristo nosevangelhos e na nossa história devida pessoal e da comunidade. Nãodeixemos que nos roubem a ousa-dia de anunciar a Palavra: ela é “aassepsia da alma, a faxina da mentee a alforria do coração” (Papa Fran-cisco).

Ousemos como Maria, Mãe daPalavra encarnada, ela que nos con-duz às novas oportunidades deevangelização no mundo de hoje.

Mãe Aparecida, rogai por nós!

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015 7

COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: [email protected]

– fones: 2105-6318./ Coordenação: Pe. Luciano Tokarski. Assessoria: Regina Fátima Menon.

DATA: 27 de setembro de 2015

LOCAL: COLÉGIO BOM JESUS (CENTRO)

TEMA: O CATEQUISTA PARA UMA IGREJA MISSIONÁRIA

ORIENTAÇÕES: procure o folder (com a ficha de inscrição, que pode ser

reproduzida) encaminhado para sua paróquia.

Local p/ inscrição: Comissão Bíblico-Catequética – Av. Jaime Reis, 369

VII SEMINÁRIOVII SEMINÁRIOVII SEMINÁRIOVII SEMINÁRIOVII SEMINÁRIOARQUIDIOCESANOARQUIDIOCESANOARQUIDIOCESANOARQUIDIOCESANOARQUIDIOCESANO

DE CADE CADE CADE CADE CATEQUESETEQUESETEQUESETEQUESETEQUESE

No dia 08 de agosto, 96 liderançasde inúmeras paróquias de nossa arqui-diocese concluíram a 1ª Escola deAgentes da Pastoral do Batismo, par-

ESCOLA DE AGENTES DESCOLA DE AGENTES DESCOLA DE AGENTES DESCOLA DE AGENTES DESCOLA DE AGENTES DA PA PA PA PA PASTORAL DO BAASTORAL DO BAASTORAL DO BAASTORAL DO BAASTORAL DO BATISMOTISMOTISMOTISMOTISMOticipando da segunda etapa organizadapela Comissão Bíblico-Catequética!

Muita alegria em constatarmos abusca de formação e informação, para

que seja consolidada a proposta arqui-diocesana para a preparação de paise padrinhos!

Parabéns a todos e a cada um!

ESCOLA DE COORDENADORES DE CAESCOLA DE COORDENADORES DE CAESCOLA DE COORDENADORES DE CAESCOLA DE COORDENADORES DE CAESCOLA DE COORDENADORES DE CATEQUESETEQUESETEQUESETEQUESETEQUESENos dias 24, 25 e 26 de julho pas-

sado, aconteceu a segunda etapa daEscola de Coordenadores de Cateque-se na Casa de Retiros Nossa Senhorado Mossunguê.

Essa Escola já está em sua nona edi-ção e tem formado catequistas paraum ministério muito importante paraas atividades catequéticas nas paróqui-as: o ministério da coordenação.

Os participantes constroem a Esco-la, de forma a assimilar, da melhormaneira possível, como ser um líder,como “cuidar” do seu grupo de cate-quistas, como exercer esse ministérioda melhor maneira, como planejar.

Além disso, também tomam ciência detodas as propostas arquidiocesanas parao itinerário catequético.

Parabéns a todos os que concluí-ram, parabéns pelo ardor ao ministé-rio e ao serviço!

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 20158

Especial

Vida:Vida:Vida:Vida:Vida: anunciaranunciaranunciaranunciaranunciar,,,,,De 01 a 08 de outubro de 2015, vamos celebrar

em todas as nossas comunidades a Semana Nacionalda Vida

A Igreja no Brasil celebra, de 1 a 7 de outubro, aSemana Nacional da Vida (SNV), culminando com oDia do Nascituro, no dia 8 de outubro.

Durante a SNV, as dioceses são convidadas a de-senvolver atividades em torno do tema, focando sem-pre o direito à vida e a preservação da dignidade hu-mana. A Semana Nacional da Vida foi instituída em2005 pela 43ª Assembleia Geral da CNBB. O Dia doNascituro é um dia em homenagem ao novo ser hu-mano, à criança que ainda vive dentro da barriga damãe. A data celebra o direito à proteção da vida esaúde, à alimentação, ao respeito e a um nascimentosadio. O objetivo é suscitar nas consciências, nas fa-mílias e na sociedade o reconhecimento do sentido evalor da vida humana em todos os seus momentos.

Todas as comunidades da nossa Arquidiocese deCuritiba são convidadas a conhecer e utilizar durantea SNV o subsídio HORA DA VIDA. Neste ano de 2015,o convite é para a reflexão em torno da Encíclica Evan-gelium Vitae, o Evangelho da Vida, de São João PauloII, publicada há 20 anos, em 1995, e mais atual doque nunca no que se refere à promoção e valorizaçãoda vida.

Marco para a bioética, essa Encíclica trouxe luz paradificuldades do homem moderno, e traz luz para nos-sa sociedade brasileira inclusive neste momento decrise: não pode haver verdadeira democracia, se nãoé reconhecida a dignidade de cada pessoa e não serespeitam os seus direitos.

Parece ser senso comum que a vida é um valorsuperior e que devemos defendê-la com regras, culti-vando costumes e valores que enalteçam a dignidadepresente nela e tudo que decorre do direito de viver.

Contudo, não é fácil manter a coerência. Por exem-plo: é dolorido falar sobre aborto, é difícil compreen-der a eutanásia, são revoltantes as notícias de fatosque violam a vida; mas precisamos conversar paraconstruirmos uma sociedade realmente voltada aobem comum.

E como instrumento de reforço deste diálogo, nos-sa Arquidiocese de Curitiba terá, durante a SNV, nodia 04 de outubro de 2015, o III Seminário Arquidio-

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015 9

COMISSÃO DA FAMÍLIA E VIDA [email protected]

Fone: (41) 3329-0544./ Coordenação: Afonso e Janete Schiontek.

celebrar e servircelebrar e servircelebrar e servircelebrar e servircelebrar e servirCOMISSÃO FAMÍLIA E VIDA DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

cesano de Promoção e Valorização da Vida. Depois dediscutir o valor da vida embrionária em 2013, e a digni-dade da pessoa humana na sua integralidade em 2014,neste ano o Seminário da Vida vai trazer para o diálogoa Esperança.

Com o tema “Anunciar o Evangelho, Celebrar a Es-perança e Servir a Vida”, as palestras do Seminário daVida, organizadas pela Comissão Família e Vida e queocorrerão na PUC-PR, abordarão a humanização da mor-te como necessidade para divinizar a vida humana emtodas as suas fases, bem como a esperança e o serviçoque geram plenitude de Vida nas realidades difíceis en-frentadas por todas as nossas famílias quando da mor-te de seus entes queridos.

Quando nos colocamos em missão para anunciar oEvangelho, a Boa Nova de Jesus Cristo, pregando quedevemos buscar o Reino de Deus como maior tesouro,e mais, que devemos construir esse Reino já aqui nestemundo, temos que ter claro que, em cada criatura, emcada vida gerada, o Reino se estabelece; quando ten-demos para o encontro pleno conosco mesmos e comDeus, percebendo a profundidade da nossa humanida-de, crescendo em valores como os elencados nas bem-aventuranças, enfim, quando nos tornamos mais hu-manos, reconhecendo nossa dignidade e integridade,estabelecemos o Reino de Deus e nos divinizamos emCristo. “Em cada criatura o Reino se estabelece”. Viver éhumanizar-se. Anunciar o Evangelho é anunciar nossahumanidade mergulhada em Deus, é celebrar a espe-rança de dia após dia se encontrar plenamente comnosso eu mais profundo e sair de si para servir o irmãoque também carrega em si o Reino, servindo o grandedom que temos: a Vida! E, na esperança de viver, nosencontramos com a morte, porque na morte encontra-mos a Vida! A Boa Nova da Vida!

Reforçamos e insistimos: celebrem ricamente aSNV - Semana Nacional da Vida – em suas paró-quias e comunidades, e participem do III Seminá-rio Arquidiocesano de Promoção e Valorização daVida no dia 04/10. Saibam mais sobre o evento emwww.seminariodavida.com.br e solicitem o Hora da Vidapara melhor celebrar a SNV.

Foto: Simone Martinhak

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 201510

Formação ANTONIO JOSÉ C. ALMEIDAMembro do Diretório Acadêmico do Studium Theologicum

SEMANA TEOLÓGICASEMANA TEOLÓGICASEMANA TEOLÓGICASEMANA TEOLÓGICASEMANA TEOLÓGICAAnualmente, o Studium Theologicum prepara uma sema-

na de reflexões baseada em algum tema em relevância naatualidade. Em 2015, acontecerá a 37ª Semana Teológica,que é organizada pelo DAST (Diretório Acadêmico do Stu-dium Theologicum). Para este ano, o tema escolhido foi “Mi-sericordiae Vultus”, mesmo nome da Bula de proclamaçãodo Jubileu do Ano da Misericórdia que se iniciará no fim de2015. O evento é destinado aos alunos do Studium e tam-bém a pessoas de fora que tenham ligação com a teologia:leigos, religiosos(as) e sacerdotes. O evento começará no dia28 de setembro e se estenderá até o dia 02 de outubro. Con-fira a programação:

Dia 28/09 (Segunda-feira):8h – Preparação8h30 – Abertura da Semana Teológica9h – Conferência: As manifestações da misericórdia de

Deus nos termos hebraicos. Assessorada pelo Prof. Jacil Ro-drigues de Brito (FAI-SP)

19h30 – Continuação da Conferência da manhã.

Dia 29/09 (Terça-feira):8h30 – Conferência: “Felizes os misericordiosos porque

alcançaram misericórdia” (Mt 5,7). Assessorada por Dom JoséAntônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba.

19h30 – Conferência: Justiça e Evangelização. Assessora-da pelo Pe. Marcial Maçaneiro, SCJ. Doutor em Teologia pelaPontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Dia 30/09 (Quarta-feira):8h30 – Conferência: Misericordias Domini in Aeternum canta-

bo: o Ano da Misericórdia e o quinto centenário do nascimentode Santa Teresa. Assessorada por Dom Bernardo Bonowitz,OCSO, Abade do Mosteiro Nossa Senhora do Novo Mundo.

19h30 – Conferência: A misericórdia na espiritualidadebeneditina. Também assessorada por Dom Bernardo.

Nos dias 01 e 02 de outubro, acontecem as apresenta-ções dos trabalhos de conclusão de curso dos alunos do Stu-dium. Por isso, nos dois últimos dias, a programação é restri-ta aos alunos da faculdade. A programação completa pode

ser vista no site: claretianostudium.com.brAs inscrições devem ser feitas até o dia 21/09, pois temos vagas

limitadas. Elas devem ser feitas pessoalmente no Studium Theolo-gicum, que fica na Av. Getúlio Vargas, 1193 ou pelo e-mail: studiu-mtheologicum. [email protected]. O valor da inscri-ção depende da frequência de participação:

Manhã: R$ 60,00Noite: R$ 40,00Integral: R$ 80,00Mais informações pelo telefone: (41) 3307-7729.Participe!

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

ASSOCIAÇÃO DOS PRESBITEROS DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

CONVOCAÇÃOSão convidados os senhores membros da ASSOCIAÇÃO DOS PRESBÍTEROS DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA a se reunirem em

Assembleia Geral Ordinária, na sede campestre da APAC, na Capital do Estado do Paraná, às 10h00min em primeira chamada e às10h30min em segunda chamada, do dia 13 de outubro de 2015 a fim de tratarem da seguinte ordem do dia:

a) Divulgação do saldo em caixa e demais prestações de contas do financeirob) Eleição da nova diretoria e conselho fiscal.c) Assuntos geraisPedimos aos interessados que inscrevam as chapas candidatas para a eleição. A chapa deverá conter as seguintes funções:

Presidente e vice-presidente; secretário e segundo secretário; tesoureiro e segundo tesoureiro. Conforme o novo estatuto, não háprazo mínimo para a inscrição de novas chapas. Pedimos apenas que nos encaminhem por e-mail a fim de nos organizarmos me-lhor: [email protected]

Pe. Alexsander Cordeiro LopesPresidente da APAC

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015 11

Arquidiocese em MissãoANTONIO ADEMIR MURARO

Uma mãe de Uma mãe de Uma mãe de Uma mãe de Uma mãe de coração abertocoração abertocoração abertocoração abertocoração abertoFoto: Ademir Muraro

A Igreja «em saída» é uma Igrejacom as portas abertas. Sair em direçãoaos outros para chegar às periferiashumanas não significa correr pelo mun-do sem direção nem sentido. Muitasvezes é melhor diminuir o ritmo, pôrde parte a ansiedade para olhar nosolhos e escutar, ou renunciar às urgên-cias para acompanhar quem ficou caí-do à beira do caminho. Às vezes, é comoo pai do filho pródigo, que continuacom as portas abertas para, quandoeste voltar, poder entrar sem dificulda-de. A Igreja é chamada a ser sempre acasa aberta do Pai. Um dos sinais con-cretos desta abertura é ter, por todo olado, igrejas com as portas abertas. As-sim, se alguém quiser seguir uma mo-ção do Espírito e se aproximar à procu-ra de Deus, não esbarrará com a friezaduma porta fechada. Mas há outrasportas que também não se devem fe-char: todos podem participar de algu-ma forma na vida eclesial, todos po-dem fazer parte da comunidade, e nemsequer as portas dos sacramentos sedeveriam fechar por uma razão qual-quer. Isto vale sobretudo quando se tra-ta daquele sacramento que é a «por-ta»: o Batismo. A Eucaristia, emboraconstitua a plenitude da vida sacra-mental, não é um prémio para os per-feitos, mas um remédio generoso e umalimento para os fracos”. Evangelli Gau-dium pg 34 e35

A partir do conhecimento de que anossa Arquidiocese de Curitiba estaria

se preparando para a missão, a Paró-quia de São Braz participou de todosos encontros, “minguado sim”, masparticipamos de todos. Movidos peloEspirito Santo o grupo foi crescendo ecomeçamos a nos mobilizar realizandoreuniões com o CPP – Conselho Pasto-ral Paroquial -, onde apresentamos naíntegra o conteúdo recebido por parteda pastoral arquidiocesana e levantan-do quais seriam os primeiros passos a se-rem dados frente ao trabalho missioná-rio que teria início e não um fim (Esta-do de Missão Permanente). Foi ondesurgiu, antes de mais nada, a necessi-dade de fazer um senso para levantar asprioridades de nossa comunidade.

Então após várias reuniões de trei-namento com pequenos grupos é queestamos realizando a primeira etapa deuma grande batalha de alegria com amissão. A palavra de ordem de nossosmissionários é um semblante semprede alegria sem distinguir raça, credo oucor. Todos somos irmãos.

Nos últimos dias recebemos umacarta modelo da arquidiocese para serentregue aos síndicos, pois nossa regiãotem muitos condomínios, e são nes-tes locais onde começamos a reali-zar a segunda etapa, a visita dentrodos muros onde é necessário a visi-ta missionária.

PAZ E BEM!

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 201512

Comunicação

Catedral Basílica Menor NossaCatedral Basílica Menor NossaCatedral Basílica Menor NossaCatedral Basílica Menor NossaCatedral Basílica Menor NossaBREVE HISTÓRICO

A primeira capelinhaEm meados de 1650, um paulista,

Soares do Vale, desentendeu-se com asautoridades de sua capitania, fugiu deSão Paulo e deu nos “campos de Curi-tyba”, às margens do Rio Atuba. Foi elequem trouxe a primeira imagem deNossa Senhora da Luz. Conta a históriaque a imagem, todas as manhãs, apa-recia voltada para o que hoje é a PraçaTiradentes. Os moradores, então, resol-veram mudar-se para o local que a ima-gem de Nossa Senhora apontava.

Ao chegar ao centro de Curitiba, co-incidiram com o Cacique Tindiquera, datribo dos Tinguis, que os acolheu e, fin-cando seu cajado no chão, exclamou“Core-tuba” (“muito pinhão”). Os ha-bitantes ali fizeram morada e, por vol-ta de 1654, construíram a primeira ca-pelinha em honra da padroeira, muitosimples e de dimensões modestas. Em1668 foi criada a Paróquia de Curitiba,no mesmo ano em que, aos 4 de no-vembro, foi erigido o pelourinho (atualPraça José Borges de Macedo).

A primeira imagem assistiu à fun-dação da Vila de Nossa Senhora da Luze de Bom Jesus dos Pinhais em 29 demarço de 1693, quando foram eleitase tomaram posse as primeiras autori-dades municipais.

A “Antiga Matriz”Em 1720, aproximadamente, com

grande alegria, os moradores da ditavila inauguraram a Antiga Matriz de Cu-ritiba, em estilo colonial português.Muito mais ampla que a anterior, erafeita de barro e de pedra. No altar-mor,a segunda imagem da padroeira, man-dada vir de Portugal, era venerada (hojeé parte do acervo do Museu de ArteSacra da Arquidiocese de Curitiba). Osaltares laterais, talhados em madeira,foram conservados e hoje estão no Me-

morial de Curitiba. Embora bela e im-ponente, durante toda a sua existên-

cia apresentou problemas estruturais.Em 1857, após a construção das tor-res, sua manutenção se tornou inviá-vel, sendo demolida a partir de 1875,quando já se pensava na construção doatual templo, ao qual deu lugar.

O templo atualAo mesmo tempo em que a Antiga

Matriz era demolida,o atual templo deNossa Senhora daLuz era erguido, emparte usando materi-ais da antiga igreja,doação de fiéis, do es-tado e do município.O projeto, realizadoem estilo neo-gótico,é do Conde AlphonseDes Plas, arquitetofrancês.

Foi inauguradaem 7 de setembro de1893, como Matrizde Curitiba, pelo en-tão Vigário AlbertoJosé Gonçalves. Pas-sou a ser Catedral em1894 (30 de setem-

A Antiga Matriz em 1870, quando da chegada dos Voluntários da Pátria após avitória brasileira na Guerra do Paraguai. Fonte: Arquivo Dom Alberto José Gonçalves

A atual Catedral, em 1936, quando uma multidão se aglomerava na PraçaTiradentes para ver a passagem do dirigível Hindenburg sobre Curitiba. Fonte:Arquivo Dom Alberto José Gonçalves

bro), quando to-mou posse o 1º Bis-po Diocesano deCuritiba, Dom Joséde Camargo Barros,instalando oficial-mente a Diocese deCuritiba, erigidapor decreto papalde 1892. Em 6 desetembro de 1909foi solenemente de-dicada pelo entãoBispo DiocesanoDom João Fran-cisco Braga. A par-tir de 10 de maiode 1926, quandoCuritiba foi elevadaà Arquidiocese,

chamou-se Catedral Metropolitana.A imagem atual, que se venera no

Altar-mor, foi mandada fazer em Por-tugal, com pintura policromada em ce-dro do Mar Báltico. Não se sabe ao cer-to a data em que veio para Curitiba;contudo, é sabido que nas festividadesde 1889 era essa a imagem estampadanos estandartes dos festeiros.

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GABRIEL ANTONIO FORGATI*

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015 13

* Aluno da Graduação em História – Memória & Ima-gem – pela Universidade Federal do Paraná (Turmade 2018). Atualmente é Arquivista da Catedral Basí-lica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais –Curitiba/PR (Arquivo Dom Alberto José Gonçalves).

Senhora da Luz dos PinhaisSenhora da Luz dos PinhaisSenhora da Luz dos PinhaisSenhora da Luz dos PinhaisSenhora da Luz dos Pinhais Curitiba - PCuritiba - PCuritiba - PCuritiba - PCuritiba - Paraná – Brasilaraná – Brasilaraná – Brasilaraná – Brasilaraná – Brasil

À esquerda: 1ª imagem da padroeira, do século XVII,hoje no Museu Paranaense. À direita: 2ª imagem dapadroeira, do século XVIII, hoje no Museu de ArteSacra da Arquidiocese de Curitiba. Fonte: ArquivoDom Alberto José Gonçalves

Em 1993, comemoração do 3º Cen-tenário da Fundação de Curitiba e 1ºCentenário da inauguração da Catedral,o papa São João Paulo II – que visitouCuritiba em 1980 – concedeu à igrejao título de Basílica Menor, devido a sua

beleza artística e arquitetônica e impor-tância histórica. Esse título une maisdiretamente esta igreja ao Santo Padree à Santa Sé; é dita “menor” pois asBasílicas Maiores são as Patriarcais,onde o Papa celebra com mais frequ-ência (São Pedro no Vaticano, e SãoJoão de Latrão [Catedral de Roma], SãoPaulo Extramuros e Santa Maria Maior,em Roma).

Em 1995, o mesmo papa São JoãoPaulo II oficialmente proclamou NossaSenhora da Luz dos Pinhais como pa-

droeira de Curitiba e da Arquidiocese,também cedendo à mesma Arquidio-cese licença para celebrar sua soleni-dade – a 8 de setembro – com textoslitúrgicos próprios.

Entre os anos de 2010 e 2013, a Ca-tedral Basílica passou por um severo pro-cesso de restauração, que envolveu todo ocomplexo (templo e Centro Pastoral).

Atual imagem de Nossa Senhora da Luz dosPinhais, que se venera no Altar-mor da

Catedral Basílica. Aqui está representada coma pintura original, antes da restauração 1974-75. Fonte: Arquivo Dom Alberto José Gonçalves

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 201514

Dimensão Missionária

Missão paraMissão paraMissão paraMissão paraMissão para ServirServirServirServirServir

Page 15: Vozdaigreja setembro2015

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015 15

COMISSÃO DIMENSÃO MISSIONÁRIA: [email protected](41) 2105-6375 – Ir. Patrícia / (41) 2105-6376 - Jeferson

Page 16: Vozdaigreja setembro2015

O assunto é...

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 201516

A Igreja PA Igreja PA Igreja PA Igreja PA Igreja Povo de Deusovo de Deusovo de Deusovo de Deusovo de Deus

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Um dos principais desafios de umareligião como é o cristianismo, que temcomo exemplo não apenas de humani-dade e de segmento, mas também desantidade, um homem, uma pessoa, enão uma ideia, ou uma filosofia, é man-ter-se sempre capaz de ser autêntica.Já dissemos aqui neste espaço, no pri-meiro artigo, onde falamos da Campa-nha da Fraternidade deste ano, que opropósito do Concílio Ecumênico Vati-cano II, (1962-1965), foi colocar a Igrejadiante do mundo moderno. Nem con-tra ele, tampouco a ele adaptada. Poisbem. Sendo assim, o cristianismo é si-nônimo de transformação e a Igreja é oseu instrumento para transformar estemundo. Outro desafio enorme parauma Igreja cristã como a Igreja católica,que, sobretudo, a partir de 1891, com aencíclica RERUN NOVARUM do PapaLeão XIII, iniciou a construção de um en-sinamento social e profético, compro-metido com a libertação dos oprimidos,é ser sal e luz para este mundo a sertransformado (Mateus 5, 13-16). Este éum legado exclusivo da Igreja católica,mesmo que sejamos forçados a concor-dar que existe um distanciamento, emalguns momentos um abismo e em ou-tros até certa contradição, entre estelegado e a prática concreta de seu clero.

A Igreja como o Povo de Deus, pre-cisa saber, a exemplo de seu Deus, que

é o mesmo Deus de Moisés, (Êx 3, 7-10)a ouvir, a ver, e a se compadecer, des-cendo de seus altares, saindo destazona de conforto sacramentalista e,baixando no meio dos que são oprimi-dos, para, com eles, chegar à terra ondecorre leite e mel. A Terra Sem Males dosonho Guarani. O nosso Deus é tambémo mesmo de Jeremias, “então, eles se-rão o meu povo e eu serei o Deus deles(...) Farei com eles uma aliança eterna enunca deixarei de fazer-lhe o bem” (Jr32,38. 40). São laços de afeto, de per-tença e de comprometimento. As pro-messas que Deus nos faz, juntamentecom o testemunho dos profetas, nãodeixam margem para dúvidas. A Igrejanão pode ficar indiferente com a explo-ração e o sofrimento da terra e do povoda terra. Sobretudo, a Igreja precisa es-tudar. Para ser a Igreja Povo de Deus,inserida, especialmente no mundo ur-bano, com suas urgências e com seusdesafios, precisa estudar a bíblia e arealidade. São situações que põem àprova a fé cristã. Afinal, como nos diz oPapa Francisco, “Estas situações provo-cam gemidos da irmã terra, que se unemaos gemidos dos abandonados do mun-do, com um lamento que reclama de nósoutro rumo1”. É assim que devemos agircomo filhos e filhas de Deus, como ir-mãos e irmãs de toda a criação. Afinal,está em risco o direito de existir de vá-

rias espécies, incluindo aí algumas et-nias, sobretudo indígenas.

O grande pecado que nos contami-na hoje parece ter três rostos diferen-tes e em cada situação ou lugar, agecomo um demônio a incomodar e a nosdividir. A indiferença, o consumismo ea obediência cega, nos deixam como“montes de ossos secos e sem esperan-ça”, sem alegria e cheios de medo. Quan-do o Papa Francisco propõe uma Igrejaem saída, ele está exatamente queren-do abrir os túmulos da desesperança,reacender em nós a chama profética enos fazer conhecer Deus quem é2. A Igre-ja como o Povo de Deus, como um sópovo, está aqui como uma só nação ditapelo profeta Ezequiel. “Não serão maisduas nações, nem dois reinos separados.Não se contaminarão mais com seus ído-los, com seus horrores e com seus cri-mes. Vou libertá-los das revoltas que oslevaram a pecar. Vou purificá-los, e elesserão meu povo e eu serei o Deus de-les3”. O que não nos faltam hoje são ído-los. Basta aparecer na televisão e ofe-recer facilidades, que troca-se a comu-nidade pela virtualidade. Parece sermais cômodo, porque não comprome-te, mas não transforma e não forma co-munidade verdadeiramente.

É ao Reino de Deus que devemosservir e é a Jesus de Nazaré que deve-mos seguir para chegarmos a Deus, pois,

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015 17

JOÃO SANTIAGO. TEÓLOGO, POETA E MILITANTE Coordenador da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Curitiba

para transformar o mundopara transformar o mundopara transformar o mundopara transformar o mundopara transformar o mundo“Nenhum outro jamais viu a Deus4”. Atransformação do mundo, como nospede o Concílio Vaticano II, nos exige aconsciência de que é o serviço que nosfaz autênticos cristãos. E que o serviçoda caridade e a pratica da misericórdia,é quem nos salva. Ninguém salva a nin-guém e ninguém se salva sozinho. Oshomens e mulheres se salvam em co-munhão, vivendo em comunidade e so-lidários uns com os outros. É de Jesusde Nazaré que nos vem o essencial,pois, “Ele existia antes de todas as ou-tras coisas. Moisés e o Batista recebe-ram dele sua luz e sua verdade5”. É distoque precisamos saber para que, comobatizados/as, sintamos a dignidade deser Igreja. Mas, o que é a Igreja? A Igre-ja Povo de Deus, proposta pelo Vatica-no II, nasce da força e do vigor proféti-cos e comunitários de Jesus de Nazaré eque engravidam todo o Novo Testamento.

No modelo eclesial neotestamentá-rio, as Igrejas que vão nascendo nãose constituem em “Igrejas de”, materia-lizando uma suposta Igreja universalque as precede, mas “Igrejas em”, amesma e única Igreja, que está toda (in-teira) na Igreja local, que se configura,não como uma filial ou cópia de umasuposta “Igreja mãe”, mas como umaIgreja diferente, com rosto próprio, cul-turalmente nova, universal nas particu-laridades6.

A Igreja, como O Povo de Deus, é amesma, tanto na comunidade, como namatriz ou na catedral, ou em nossas ca-sas, de onde surgem todos os dons paratoda a Igreja. Estas referências nos ser-vem para trazer presente à memória aprática de Jesus de Nazaré, que, embo-ra santo, Deus, Filho de Deus, que emtudo se fez humano, menos no pecado,para servir à humanidade. Hoje, opon-do-se à Igreja Povo de Deus, comunida-de de comunidades, negando-a e atécombatendo-a, está a Igreja hierárqui-ca, que busca e ostenta o poder. Maispropícia a ser servida do que a servir.Esta, contudo, não é a Igreja de Jesusde Nazaré, tampouco a Igreja do PapaFrancisco, e de nosso Arcebispo DomJosé Antonio Peruzzo. Parece até sermais fácil, ou seria mais conveniente?Trocar esta “Memória Coletiva”, queestá aí para servir, para testemunharnossa caminhada, pela “Amnésia Cole-tiva7” que quer reduzir o Povo de Deusa um povo sem esperança, sem histó-ria, sem Deus e sem rumo, portanto.

Concluindo esta reflexão, mas con-tinuando a caminhada, rumo ao Reinodefinitivo, é importante trazer presen-te a memória e a inteligência amorosado Padre e Teólogo Jesuíta, João Batis-ta Libânio8, que escolheu Curitiba parafazer a passagem rumo aos braços deDeus. Assim diz ele, “A nova concepção

de Povo de Deus alimenta liberdade ecriatividade na relação entre as Igrejasparticulares e a cúria de Roma, superan-do o centralismo romano e a dependên-cia dos bispos em relação ao Papa9”. Estaé a síntese do desejo do Papa Franciscopara a Igreja e que precisa chegar a to-dos os cantos. Que Nossa Senhora doCarmo nos abençoe e nos dê a cora-gem profética necessária para transfor-marmos este mundo em um lugar comosonhou o profeta Amós, em Técua, “Euquero, isto sim, é ver brotar o direitocomo água e correr a justiça como tor-rente que não seca10”. Amém!

- Bíblia Sagrada. Nova Bíblia Pastoral. SãoPaulo: Paulus, 2014.

- BRIGEHNTI, Agenor; ARROYO, FranciscoMerlos (org.). O Concílio Vaticano II: Ba-talha perdida ou esperança renovada?São Paulo: Paulus, 2015.

- SMITH, Mark S. O memorial de Deus – His-tória, memória e a experiência do divino noAntigo Testamento. São Paulo: Paulus, 2006.

- THEÍSSEN, Gerd. O Novo Testamento. Pe-trópolis-RJ: vozes, 2007.

(FOOTNOTES)1 Carta Encíclica LAUDATO SI – Sobre o cui-

dado da casa comum, Nº 53.2 Ver o capítulo 37 de Ezequiel.3 Ver Ezequiel 37, 22-24.4 Ver Evangelho de João 1,18.5 Ver THEÍSSEN, 2007, p. 116.6 Ver BRIGHENTI, in O Concílio Vaticano II:

Batalha perdida ou esperança renovada? P. 312.7 Ver SMITH, Mark S. O Memorial de Deus, p. 24.8 João Batista Libânio, Padre e Teólogo jesu-

íta, nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1932.Vítima de infarto faleceu na manhã de 30 dejaneiro de 2014, em Curitiba, Paraná.

9 Ver LIBÂNIO, in O Concílio Vaticano II: Batalhaperdida ou esperança renovada? P. 333.

10 Ver Amós, 5,24.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 201518

Educação JADILSON MENDONÇADiácono e professor

FFFFFamília e escola como parceirasamília e escola como parceirasamília e escola como parceirasamília e escola como parceirasamília e escola como parceirasno no no no no Processo de EducarProcesso de EducarProcesso de EducarProcesso de EducarProcesso de Educar

PASTORAL DA EDUCAÇÃO: [email protected]

Coordenador: Marilena Arns de Oliveira.

Assim, diante do insucesso de umaluno, a escola e a família passam a secobrar: “Onde estamos falhando?”. Afamília questiona a escola por ser ela aresponsável pelo ensino. A escola ques-tiona a família pelo fato de que a pri-meira educação deve vir de casa, o pro-blema dos malsucedidos só pode vir defora. Todos têm razão, mas ninguémestá certo.

O problema não está separadamen-te em nenhum dos lados, muito me-nos nos estudantes - razão de ser darelação entre a escola e a família. Cri-anças e jovens são levados para a esco-la com o objetivo de que aprendam osconteúdos e desenvolvam competên-cias que os preparem para a vida. Oseducadores esperam que cheguem àsala de aula interessados emaprender, prontos para o con-vívio social e para o traba-lho. Quando as expecta-tivas dos dois lados sefrustram, surge umcírculo vicioso de

reclamações recíprocas que devem serevitadas com a adoção de atitudes decorresponsabilidade.

No início de cada ano escolar, as cri-anças e seus responsáveis devem serinformados sobre quais atividades se-rão realizadas em classe e em casa, deque recursos elas farão uso, que apren-dizagem se espera em cada disciplinae que novas habilidades desenvolverão.Esse é o momento, ainda, para que to-dos apresentem demandas e sugestões.Ao promover esse encontro, os profes-sores, em conjunto com a direção e acoordenação, precisam ter clareza dasexpectativas de aprendizagem e das ati-vidades previstas na proposta curricu-lar, realizadas num projeto pedagógicoefetivo. Isso já é um bom começo. Nes-ses encontros, os pais ou responsáveis

participam da análise dos resultados doperíodo anterior e recebem instrumen-tos e critérios para acompanhar emcasa o desenvolvimento dos filhos noperíodo seguinte e para ouvir as per-cepções pessoais dos estudantes sobrea vida escolar. No caso de omissão dafamília, esse acompanhamento deveser feito por um educador de referên-cia, pelos pais de um amigo do estu-dante ou de outra forma sugerida peloconselho escolar. Há escolas que já fa-zem isso e as que começarem a fazerestarão constituindo de fato uma co-munidade pela primeira vez - e isso nãoé pouca coisa. A Pastoral da Educaçãocontribui para essa relação por meioda formação nas semanas pedagógicase escola de pais quando solicitada.

Page 19: Vozdaigreja setembro2015

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015 19

Dízimo CLOVIS VENÂNCIOMembro da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo

Mensagem da equipe arquidiocesana da PMensagem da equipe arquidiocesana da PMensagem da equipe arquidiocesana da PMensagem da equipe arquidiocesana da PMensagem da equipe arquidiocesana da Pastoral do Dízimoastoral do Dízimoastoral do Dízimoastoral do Dízimoastoral do Dízimo

Setembro: Mês da BíbliaSetembro: Mês da BíbliaSetembro: Mês da BíbliaSetembro: Mês da BíbliaSetembro: Mês da Bíblia

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO. Coordenador da Comissão:João Coraiola Filho./ Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon.

ATENÇÃO!Vem aí o 15º Seminário

Arquidiocesano daPastoral do Dízimo

Data:18 de outubro de 2015 –

(Domingo)Local:

Casa de Retiros Nossa Senhorado Mossunguê – Curitiba

Número de Vagas: 180 pessoasAssessor: A definir

Informações e Inscrições:Centro de Pastoral da

Arquidiocese –Av. Jaime Reis,369 – Alto de São Francisco –

Tel.: 2105-6353

Foto: http://br.freepik.comA este título revela-se, especialmen-

te, o grande empenho de nossa Igreja

Católica em conscientizar a todos so-

bre a necessidade do conhecimento

das Sagradas Escrituras em geral, bem

como a prática diária dos ensinamen-

tos ali contidos, que são verdadeiros

apelos do Criador aos homens e, em

seu conjunto, caracterizam a realização

da vontade de Deus relativamente ao

gênero humano e a todas as suas cria-

turas.

Com efeito, os textos bíblicos (73

Livros do Antigo e Novo Testamento)

são de inspiração divina, mas é nos 27

Livros que compõem o Novo Testamen-

to que nos são revelados os ensinamen-

tos do Verbo Encarnado de Deus, Jesus

Cristo, por meio da expressão escrita

de seus Apóstolos, ou seja, os Santos

Evangelhos, as Cartas Apostólicas e os

“Atos dos Apóstolos”.

De fato, a própria vida de Nosso

Senhor Jesus Cristo e seus ensinamen-

tos, contidos nos Evangelhos, constitu-

em a manifestação concreta da vonta-

de de Deus para todos nós, seus filhos.

Portanto, fica evidente que o seguimen-

to de Jesus implica, necessariamente,

na adoção de seu modo de pensar e

agir, ou seja, vida simples e humilde,

convivência fraternal e sem predomí-

nios de uns sobre os outros, mas como

servidores uns dos outros. Igualmente,

Jesus sempre nos ensinou a desapegar-

mo-nos dos bens materiais e ambições

pessoais exageradas ditadas pelo ego-

ísmo humano que nos isola e impede

o surgimento do Espírito Comunitário

autêntico.

Dentro desse mesmo propósito da

Igreja Católica no Brasil, de conscienti-

zar a todos sobre a necessidade de co-

nhecer mais e melhor a Bíblia, coinci-

dentemente em nossa Arquidiocese de

Curitiba há já alguns anos que, também

no mês de setembro, por meio da Pas-

toral do Dízimo, procura-se incentivar

todas as Paróquias a realizarem em seu

âmbito uma Celebração Especial da

Partilha, quando toda a liturgia do ter-

ceiro Domingo do mês é previamente

preparada para a realização das Santas

Missas, de modo a contribuir para o

processo de conscientização sobre o

Dízimo e as Ofertas como instrumen-

tos concretos de partilha e de partici-

pação na comunidade eclesial.

Concluindo essa nossa mensagem,

propomos ainda que analisemos nossa

prática cristã em nossas comunidades,

famílias e outros círculos de convivên-

cia. Será que a Palavra de Deus nos ins-

pira a viver de modo diferente, com prá-

ticas condizentes com aquilo que ouvi-

mos, meditamos e rezamos? Que seja-

mos transformados para viver a Pala-

vra de Deus com a firmeza de fé do pro-

feta, com o realismo exigido por Jesus

e prontos a praticar o que professamos.

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 201520

Ideologia de Gênero

O Processo de desconstrução da O Processo de desconstrução da O Processo de desconstrução da O Processo de desconstrução da O Processo de desconstrução da Ideologia de gêneroIdeologia de gêneroIdeologia de gêneroIdeologia de gêneroIdeologia de gênero

GILBERTO AURÉLIO BORDINI*

Neste artigo daremos continuidadesobre a desconstrução da Ideologia deGênero.

Primeiramente partimos do pontoem que a ideologia de gênero nega oué indiferente à criação vinda de Deus,procurando excluir Deus como criadordo universo e de todas as coisas paracentrar o poder de criação no própriohomem, como centro dessa criação.

Ao criar o universo, Deus estabele-ce uma organização que se encontra nachamada lei eterna que ordena e orga-niza a criação. No pensamento greco-romano, existia já uma importante re-flexão sobre a lei eterna, particularmen-te nos estoicos, que a adequavam so-bre a ordem cósmica.

Para Santo Tomás, a lei eterna nãoé só o plano da criação, mas, também,o plano que vem atuando da providên-cia divina. Define lei eterna como a ra-zão da divina sabedoria que move tudoao fim devido (I-II, q. 93, a. 1).

O Concílio Vaticano II fala de umanorma suprema da vida hu-mana, objetiva e universal,por meio da qual Deus, comoum designo de sabedoria e deamor, ordena, dirige e gover-na todo o mundo e os cami-nhos da comunidade huma-na (Dignitatis humanae, n. 3;Veritatis splendor, n. 43).

Evidentemente, quandose nega a lei eterna, a potên-cia de Deus em criar o univer-so e o homem, automatica-mente se nega a existência dele.

A lei natural é colocada em xe-que pela ideologia de gênero que subs-titui o centro do universo, a qual foi co-locada por Deus, pelo próprio homem,que se torna o centro de suas ações ede seu querer, podendo fazer o que de-sejar sem se preocupar com uma lei mo-ral.

É por meio da lei natural que o ho-mem participa da lei eterna, sendo queessa lei natural, consiste na “luz da in-teligência infusa em nós por Deus. Gra-ças a esta conhecemos o que se devefazer e o que se deve evitar. Esta luz eesta lei, Deus a deu na criação” (VS. n.40). Esta consiste na luz da inteligênciainfusa em nós por Deus. Graças a isso,conhecemos o que se deve cumprir e oque se deve evitar. Essa luz e essa leiforam-nos dadas na criação.

O argumento da lei natural comoresposta à teoria de gênero nos leva auma perspectiva em relação à naturezado ser humano, como questiona a ide-ologia de gênero, se ela é inata, vindoda própria natureza com a qual o ho-mem foi criado, ou se é adquirida peloprocesso cultural que transformariaessa natureza.

A resposta a ser usada nesse casovem do filósofo e teólogo alemão Ro-bert Spaemann1, que analisa a questãoda natureza, do natural e da segundanatureza no âmbito filosófico em rela-ção ao agir do homem, mas que usare-mos como argumento para uma críticaà ideologia de gênero.

Segundo ele, “se entende que estesconceitos jogam certo papel, lá onde setrata de exprimir um juízo sobre a efi-cácia das ações”. E continua: “Agir con-tra a própria natureza é, de qualquermaneira, cansativo, admitindo que sejapossível. E quem não conhece e despre-za a lei da natureza vai à falência certa-mente nos próprios objetivos”2.

Dessa maneira, fica evidente o pro-cesso de desconstrução que sorrateira-mente propõe a ideologia de gênero emrelação à natureza humana. A intençãoé tornar a criatura humana livre das

convenções determinadas

pela história, chegando, por uma supo-sição, a negar como também nega a exis-tência da lei natural, a teoria da evolu-ção, principalmente as teorias de Da-rwin a partir da seleção natural, paramostrar que a evolução não se mostrana espécie, mas no gênero.

A partir dessa desconstrução, a ide-ologia de gênero projeta mudanças embusca de uma cultura “mundializada”,como afirma Marguerite Peeters, queatinja a todos para que todos possampassar a pensar de um modo igual, pro-pondo uma mudança cultural em largaescala, imposta artificialmente. O obje-tivo é que as pessoas, primeiramente,tomem consciência dos problemas quenão estão resolvidos ainda, com umacarga de informações dadas pela mídiana tentativa de formar a consciênciapara essa nova ideia que se apresentacomo justa diante dos conflitos3.

Essa mudança cultural que propõea ideologia de gênero somente vai serrealizada a partir de uma imposição quemude a mentalidade e o comportamen-to, por meio da propaganda, dos lobbi-es, ou como na venda de um produto,

que fica vários dias em evidência atéque a pessoa decida comprar, ou seja,busca com empenho uma mudança deconsciência em que passe a ser normalaceitar algo a que muitos estão aderin-do, a partir de uma formação da cons-ciência em uma direção errada, utilizan-do técnicas e estratégias “doces e sedu-toras” por meio da educação4.

No fundo, a ideologia de gêneroquer instaurar nas culturas um proces-so de negação, em que impere uma im-posição política e cultural e uma des-construção da verdade, sobressaindo-se uma mentira sobre o verdadeiro sen-tido do que significa a paridade.

Dentro desse processo de negaçãodas convenções, a ideologia de gênerorecusa o uso da razão, afirmando deuma maneira arbitrária que tudo é umaconstrução social, um mero produto dodiscurso, uma construção dos fins opressi-vos, em que a razão recusa conhecer o queé verdadeiro, bom e amável.

Recusa também a consciência, ouseja, a negação da realidade me-

diante um discurso que temcomo objetivo permitir ao indi-

víduo fugir do empenho pesso-al, de colocar em jogo a própriaexistência, fugindo de si mesmoe das exigências da realidade edo amor, de violar os fins e deexplorar identidades sem es-sência, ou seja, de empenhar aprópria consciência na nega-ção.

Por fim, a ideologia de gê-nero recusa o coração, o

amor. Desconstrói as condições dodom em si, o feminino e o masculino,querendo fazer de todas as pessoashumanas cidadãos igualitários, atacan-do a maternidade como se fosse umainjustiça social, reduzindo a vocação dohomem e da mulher às suas funçõessociais, fazendo das relações um con-trato e não uma relação que nasce daprópria natureza humana5.

Fonte: Artigo cedido peloStudium Theologicum de Curitiba.

* Pe. Gilberto Aurélio Bordini é Doutor em TEOLOGIApela PONTIFICIA UNIVERSITÁ DELLA SANTA CROCE,

Itália(2011), Representante do Corpo Docente doStudium Theologicum de Curitiba e Sacerdote da

Arquidiocese de Curitiba.

(FOOTNOTES)1 A sua tese principal está fundamentada na

personalidade como base da dignidade dapessoa humana.

2 SPAEMANN, Robert, Cos’è il naturale. Na-tura, Persona, agire morale, Rosemberg&Sellier, Torino 2012, p. 56.

3 Cf. PEETERS, Marguerite. Il Gender. Umaquestione política e culturale, San Paolo,Milano 2014, pp. 83-90.

4 Cf. Ibidem, pp. 90-94.5 Cf. PEETERS, Marguerite, op. Cit., pp. 116-122.

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015

PPPPParóquia Nossa Senhora das Mercêsaróquia Nossa Senhora das Mercêsaróquia Nossa Senhora das Mercêsaróquia Nossa Senhora das Mercêsaróquia Nossa Senhora das Mercês

21

Paróquia em destaque

Mercês é uma palavra provenientedo latim, que significa graça, benefícioe proteção. A invocação à Nossa Se-nhora das Mercês data aproximada-mente de 1218, quando os maometa-nos dominavam parte da Península Ibé-rica e nos mares da França e Itália as-saltavam as embarcações para roubar,matar e levar para o cativeiro da Áfri-ca, homens, mulheres e crianças queencontravam.

Os cristãos capturados eram subme-tidos a trabalhos forçados e à dura es-cravidão, da qual podiam livrar-se re-nunciando à fé cristã e abraçando asdoutrinas e costumes muçulmanos.

Nossa Senhora, compadecida dosseus filhos e filhas, aparece a três jo-vens: Pedro, Raimundo e Jaime e osconvida para que fundem uma Ordemencarregada de socorrer os pobres cris-tãos e mantê-los na fé e nos costumes.A Ordem nasceu, cresceu e espalhou-se pelo mundo inteiro, tendo como ca-risma o resgate dos cativos cristãos daescravidão dos maometanos. Desse fatosurgiu a devoção a Nossa Senhora dasMercês, cuja imagem, tem o MeninoJesus ao colo e anjinhos a seus pés e,nas mãos, trazem uma corrente. Istosignifica que Nossa Senhora e os anji-nhos estão juntos a Jesus, interceden-do pela nossa libertação de tantos ma-les e escravidões do mundo moderno.A festa litúrgica de Nossa Senhora dasMercês é celebrada no dia 24 de se-tembro.

Por volta de 1920, os Freis Capu-chinhos, procedentes de Veneza (Itália),chegaram ao bairro e com a inaugura-ção da Igreja das Mercês no dia 29 desetembro de 1929, a devoção à NossaSenhora das Mercês se solidificou.

A imagem de Nossa Senhora dasMercês foi esculpida em madeira peloartista italiano Giacomo Scopoli e estána Igreja desde sua inauguração.

Quem são os Freis Capuchinhos?Os Freis Capuchinhos querem seguir

os passos de Jesus Cristo, a exemplo deSão Francisco de Assis. Eles têm esteideal de vida: viver e agir de acordo como Evangelho como irmãos em fraterni-dade, partilhando as alegrias e as difi-culdades, rezando juntos e cultivando

a simplicidade. Atuam em diversoscampos: missões populares, pregaçãode retiros, confissões, bênçãos de pes-soas, objetos e veículos, capelaniashospitalares, promoção social, orientaçãoespiritual e psicológica, entre outras.

FFFFFesta da Pesta da Pesta da Pesta da Pesta da Padroeira Nossaadroeira Nossaadroeira Nossaadroeira Nossaadroeira NossaSenhora das MercêsSenhora das MercêsSenhora das MercêsSenhora das MercêsSenhora das Mercês

A Festa da Padroeira Nossa Senhoradas Mercês é celebrada com a novena quevai do dia 15/09 ao dia 23/09 e o encerra-mento se dá com a Coroação de NossaSenhora no dia 24/09, sempre às 19h.

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 201522

Liturgia

Os Jubileus na Os Jubileus na Os Jubileus na Os Jubileus na Os Jubileus na História da IgrejaHistória da IgrejaHistória da IgrejaHistória da IgrejaHistória da Igreja

ANDRÉ FLORCOVSKISeminarista do 3º Ano de Teologia

Foto: http://www.iubilaeummisericordiae.va/content/gdm/pt.html

No contexto da preparação para oJubileu Extraordinário da Misericórdia,que se iniciará no dia 08 de dezembrodeste ano, é importante aprofundar-mos o significado desse tempo especi-al de graça para a vida da Igreja.

O Jubileu tem origem na tradiçãohebraica (Lv 25,8-17). A cada cinquen-ta anos, celebrava-se um ano especialde reconciliação e perdão: os escravoseram libertos e os terrenos arrendadoseram devolvidos aos seus donos. O iní-cio deste ano jubilar era marcado pelotoque de uma corneta de chifre de car-neiro (yobel, donde o termo jubileu).

Na tradição cristã, o primeiro Jubi-leu foi celebrado em 1300, convocadopelo Papa Bonifácio VIII. A nota carac-terística desse primeiro Jubileu foi aperegrinação à Basílica de São Pedro.Nos anos seguintes, acrescentam-se asperegrinações às Basílicas de São Joãodo Latrão, São Paulo Fora-dos-murose Santa Maria Maior, conhecidas comoas quatro Basílicas Maiores.

A partir de 1475, os Jubileus passa-ram a ser celebrados a cada 25 anos, enão a cada 50. O motivo dessa mudan-ça era a baixa expectativa de vida daépoca: muitas pessoas morriam semnunca ter podido participar de um Ju-

bileu. Alguns teólogos sugeriram cele-brar o Jubileu a cada 33 anos (em re-cordação aos anos da vida terrena deCristo), mas o Papa Sisto IV fixa o rit-mo de 25 anos, que permanece até hoje(são os chamados Jubileus Ordinários).

Em 1500, o cerimoniário do PapaAlexandre VI, Johannes Burckardt, re-forma os ritos do Jubileu, acrescentan-do os ritos de abertura e fechamentoda Porta Santa nas quatro BasílicasMaiores, que permanecem praticamen-te iguais até hoje.

As Portas Santas são abertas apenasdurante os Jubileus, sendo muradas duranteo restante do tempo. A parede que lacra-va a Porta era quebrada pelo Papa naabertura do Jubileu e novamente cons-truída em sua conclusão. A partir de1975, não é mais o Papa a quebrar aparede ou a levantar uma nova: a pa-rede continua sendo feita, mas o Papaapenas abre e fecha a Porta Santa.

O último Jubileu foi celebrado peloPapa São João Paulo II no ano 2000.Foi um evento de grande importânciapara a vida da Igreja, pois abria um novomilênio. Por isso, foi precedido de trêsanos de preparação, cada um dedica-do a uma das Pessoas da SantíssimaTrindade (1997 foi o Ano de Jesus Cris-

to, 1998 o Ano do Espírito Santo e 1999o Ano de Deus Pai).

Além dos Jubileus Ordinários cele-brados a cada 25 anos, o Papa podeconvocar um Jubileu Extraordinárioquando julgar oportuno, como é o casodo Jubileu da Misericórdia que iremoscelebrar. O último Jubileu Extraordiná-rio foi celebrado pelo Papa São JoãoPaulo II em 1983, recordando os 1950anos da morte de Cristo. Ficou conhe-cido como Ano Santo da Redenção.

A novidade do Jubileu da Misericór-dia é a possibilidade de abrir uma Por-ta Santa em cada diocese, de preferên-cia na Catedral. Consequentemente, ascelebrações jubilares (peregrinações àPorta Santa por grupos: sacerdotes, re-ligiosos, jovens, catequistas etc.) se re-alizarão também nas dioceses. Assim,“o Jubileu será celebrado, quer emRoma, quer nas Igrejas particulares,como sinal visível da comunhão da Igre-ja inteira” (Misericordiae vultus, n. 3).

Que esse Jubileu seja tempo favo-rável para “a Igreja reencontrar o sentidoda missão que o Senhor lhe confiou no diade Páscoa: ser sinal e instrumento da mise-ricórdia do Pai” (Papa Francisco, Homilianas I Vésperas do Domingo da Miseri-córdia, 11 de abril de 2015).

COMISSÃO LITÚRGICA: [email protected](41) 2105-6363./ Coordenação: Pe. Maurício Gomes dos Anjos.

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Painel do Leitor

Imagem PImagem PImagem PImagem PImagem Peregrina de eregrina de eregrina de eregrina de eregrina de NossaNossaNossaNossaNossaSenhora AparecidaSenhora AparecidaSenhora AparecidaSenhora AparecidaSenhora Aparecida chega à Curitiba chega à Curitiba chega à Curitiba chega à Curitiba chega à Curitiba

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2015 23

A Catedral Basílica acolheuno dia 07, a Imagem Peregrinade Nossa Senhora Aparecida.Dom Peruzzo abençoou a Ima-gem dando início à peregrina-ção em Curitiba. Aos pés daMãe Aparecida, fiéis e devotosqueriam tocá-la e levar umafoto para suas casas. A Ima-gem já passou por diversos lo-cais do setor Centro, como es-cola, hospital, presídio e pra-ças e ficará até o dia 20 de no-vembro peregrinando pelos 15setores da Arquidiocese.

Fotos: Stephany Bravos, Pe. Waldir Zanon, Pascom Senhor Bom Jesus, FAE e Brener Pereira

Missa em Ação de Graças pelo MinistérioMissa em Ação de Graças pelo MinistérioMissa em Ação de Graças pelo MinistérioMissa em Ação de Graças pelo MinistérioMissa em Ação de Graças pelo MinistérioEpiscopal de Episcopal de Episcopal de Episcopal de Episcopal de Dom Rafael BiernaskiDom Rafael BiernaskiDom Rafael BiernaskiDom Rafael BiernaskiDom Rafael Biernaski

No dia 27 foi celebrada, na CatedralBasílica de Curitiba, Missa em Ação deGraças pelo Ministério Episcopal deDom Rafael Biernaski em nossa Arqui-diocese. Dom Rafael foi nomeado no dia24 de junho, pelo Papa Francisco, bispoda Diocese de Blumenau (SC). Dom Ra-fael teve uma importantíssima atuaçãona Igreja do Paraná, antes de tudo porser um pastor segundo o coração deDeus; um homem muito preparado noâmbito teológico e pastoral, humano eacolhedor, próximo das pessoas e quesabe se fazer amigo de todos. No Regi-onal Sul 2, dom Rafael foi Secretário noperíodo 2011 a 2015 e Bispo referencialdo Serviço de Animação Vocacional(SAV). Durante os cinco anos que este-ve como bispo auxiliar e administrador

de nossa Arquidiocese, Deus preparouo seu coração para que realizasse comdedicação, responsabilidade e empenhoo seu serviço. Somos sempre gratos peloseu pastoreio em nossa Arquidiocese.

De nacionalidade brasileira e des-cendência italiana, nosso querido ar-cebispo emérito, Dom Pedro Fedalto,completou no dia 11 de agosto 89 anosde vida e de histórias. Dom Pedro fica-rá para sempre na memória das pessoasque compartilham de sua trajetória.

Dom PDom PDom PDom PDom Pedro Fedro Fedro Fedro Fedro Fedaltoedaltoedaltoedaltoedaltocompleta 89completa 89completa 89completa 89completa 89anos de vidaanos de vidaanos de vidaanos de vidaanos de vida

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