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Universidade do futuro vtk" dw" pc" fq" rnc" pcn" vq0eqo0dt1gu" eq" nc Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste ANO 10 - NÚ ME RO 789 – GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 UEG pretende se transformar em referência no País Polêmica desde que foi anunciada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, a reforma do ensino médio foi aprovada e sancionada em fevereiro pelo presidente Michel Temer. A flexibilização da grade curricular é a grande novidade da reforma. Em Goiás, a implementa- ção das mudanças nas escolas estão acontecendo de maneira gradativa, a partir de reuniões no Conselho Estadual de Educação (CEE), que em breve divulgará novas regras que devem ser observadas pelas escolas. Confira essas e outras informações na reportagem sobre como o Estado vem se preparando para pôr em prática essas mudanças nas páginas 4 e 5 Prestes a completar 18 anos, a Universidade Estadual de Goiás passará por um processo de reformulação, conduzida pelo reitor Haroldo Reimer. A nova fase visa conferir um novo reposicionamento à instituição de ensino ali- cerçado no planejamento estratégico com metas a serem alcançadas a médio e longo prazo. Veja mais informações na Pág. 6 Rede estadual discute mudanças no ensino médio Rede estadual discute mudanças no ensino médio

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Universidade do futuro

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Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

ANO 10 - NÚ ME RO 789 – GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017

UEG pretende se transformarem referência no País

Polêmica desde que foi anunciada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, a reforma do ensino médio foi aprovada e sancionadaem fevereiro pelo presidente Michel Temer. A flexibilização da grade curricular é a grande novidade da reforma. Em Goiás, a implementa-ção das mudanças nas escolas estão acontecendo de maneira gradativa, a partir de reuniões no Conselho Estadual de Educação (CEE),que em breve divulgará novas regras que devem ser observadas pelas escolas. Confira essas e outras informações na reportagem sobrecomo o Estado vem se preparando para pôr em prática essas mudanças nas páginas 4 e 5

O projeto pedagógico Curta aEducação teve sua segunda edição realiza-da no dia 31 de março, na Fasam –Faculdade Sul-Americana. A instituiçãorecebeu 100 crianças de 3 a 5 anos que fre-quentam o Centro Municipal de EducaçãoInfantil (CMEI) Valdivina Guimarães daSilva, de Aparecida de Goiânia, para reali-zar uma série de exercícios lúdicos que pos-sibilitaram a reflexão de temas importantespara o desenvolvimento social dos estudan-tes. A atividade foi dividida em doismomentos, primeiramente foi realizadauma exibição de curtas metragens noAuditório da Faculdade, no Jardim da Luz,

em Goiânia, seguida de oficinas de pinturafacial e escultura de balões.

A diretora do CMEI, Carolina AparecidaMorais Melo, afirmou que a iniciativa da ins-tituição é um momento único para as crian-ças conseguirem aprendizado fora de sala deaula, além de ser um momento para estimu-lar a socialização dos estudantes. “O projeto

também é uma ótima oportunidade para osprofessores entrarem em contato com novastécnicas e modelos pedagógicas que estãosendo desenvolvidas na academia e aplica-los em sala de aula”, explica Carolina.

Segundo Kátia Braga Arruda Silva, coor-denadora do curso de Pedagogia da Fasam,o projeto é interdisciplinar, e a finalidade dos

temas abordados é contribuir com a constru-ção da identidade das crianças envolvidas,além de ser um momento para os acadêmi-cos colocarem em prática o que estão apren-dendo em sala de aula. A seleção dos curtas-metragens, que abordaram temáticas comoresponsabilidade social, ambiental e diversi-dade cultural, foi feita por discentes do cursode Pedagogia sob orientação dos professoresdas disciplinas envolvidas.

O PROJETOO Curta a Educação também atende às

finalidades da instituição de promover açõessociais e maior integração com a comunida-de. De acordo com o diretor administrativo-financeiro da Fasam, Ítalo Oliveira Castro, oobjetivo é que o projeto entre no calendárioanual de eventos da instituição. As próximasedições da iniciativa serão realizadas no pró-ximo semestre deste ano, quando professorese alunos da Fasam irão visitar escolas pararealizar novas atividades pedagógicas comcrianças e professores.

Faculdade recebeu 100 crianças de 3 a 5 anos que frequentam o Centro Municipalde Educação Infantil Valdivina Guimarães da Silva, de Aparecida de Goiânia

Segunda edição do projetoCurta a Educação teve oobjetivo de colaborar com aconstrução social decrianças de 3 a 5 anos

EDUCAÇÃO INFANTIL

Fasam realiza ação pedagógicaPrestes a completar 18 anos, a Universidade

Estadual de Goiás passará por um processo dereformulação, conduzida pelo reitor HaroldoReimer. A nova fase visa conferir um novoreposicionamento à instituição de ensino ali-cerçado no planejamento estratégico commetas a serem alcançadas a médio e longoprazo. Veja mais informações na Pág. 6

Rede estadual discutemudanças no ensino médioRede estadual discutemudanças no ensino médio

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Daniela Rezende

Conhecer o mundo do futebol pormeio de cultura de paz, trabalhar o res-peito aos árbitros, o conhecimento dasregras do futebol, a prática esportiva sau-dável e a prevenção ao uso de drogas e àviolência nas escolas é o que pretende oprojeto “O árbitro e a escola”. A açãoque atendeu 250 alunos nas outras edi-ções amplia as atividades em 2017 para500 crianças e jovens de cinco escolasmunicipais.

Desenvolvido em parceria com aSecretaria Municipal de Educação eEsporte de Goiânia (SME), o Sindicatodos Árbitros de Futebol de Goiás(Safego) e a Federação Goiana deFutebol (FGF), o projeto leva a equipe dearbitragem para contato direto com oseducandos. Árbitros principais e auxilia-res levam apitos, bandeirinhas, cartões eoutros acessórios para uma aula interati-va em quadra.

Os alunos da Escola Municipal VilaRosa receberam o projeto no último dia30.

“Nossos pequenos precisam ouvir oque esses árbitros têm a dizer, pois alémde falar sobre o esporte, eles orientamsobre limites, respeito com os outros,tolerância. Assim, as crianças aprendemsobre regras, por meio do esporte, o queajuda até na sala de aula”, ressalta a dire-tora da instituição, Roberta ChristinaBrandão.

De acordo com Fabrício Vilarinho,

árbitro goiano que integra quadro profis-sional da Federação Internacional deFutebol (Fifa), as atividades desenvolvidascom as crianças oportunizam inserção deprincípios.

“Trabalhamos a forma correta do queé o esporte e a importância do árbitro,conceitos de vida e procuramos ajudar na

transformação social”, relatou.“Gostei muito da palestra com os juí-

zes e aprendi sobre os cartões, como usaro apito e a bandeirinha. Sou torcedor doFlamengo e já fui ao estádio com meu paie irmãos e hoje eu vi como é importantenão brigar no estádio e sim respeitar aspessoas que foram para assistir os jogos

ou trabalhar”, afirmou o aluno Davi daSilva, 9 anos.

PROJETOAs atividades são divididas em três

momentos. Inicialmente, integrantes doquadro de arbitragem goiana visitam aescola e procuram despertar a curiosida-de dos alunos, que tem entre 9 e 15 anos.Carreira e os procedimentos adotados naarbitragem de futebol são abordadosdurante palestra. Em um final de semana,acompanhados de árbitros instrutores doprojeto e professores, os educandosacompanham a partida de futebol sob oponto de vista dos árbitros e de expecta-dores do jogo.

No estádio, os alunos visitam vestiá-rios, conversam com jogadores e árbitros.Além da Escola Municipal Vila Rosa,recebem o projeto neste ano as escolasmunicipais Grande Retiro, MarcosAntônio Dias Batista, HonestinoMonteiro Guimarães e WaterlooPrudente. Ao passar pela palestra e expe-riência no estádio, os educandos retor-nam a escola e produzem trabalhos esco-lares sobre o projeto. Os cinco melhorestextos darão direito a entrada no estádiona final do Campeonato Goiano, acom-panhados da equipe de arbitragem.

De acordo com o presidente daSafego, Luciano Joka, o projeto foi umsucesso nos anos anteriores, o que fez aentidade ampliar a participação dos alu-nos.

“Sempre somos bem recebidos e nota-mos que muitos ficavam tristes por nãoterem a oportunidade de participar dasatividades, principalmente de ir a um jogode futebol, talvez pela primeira vez.Então, resolvemos dobrar a quantidadede jovens e crianças atendidas”, destaca.

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Árbitros ensinam como utilizar instrumentos durante partida de futebol

Cerca de 500 alunos são envolvidos no projeto que busca instaurar paz no esporte

Ações trabalham a culturade paz e o respeito nofutebol com palestra e idaao estádio

Projeto “O árbitro e a escola” amplia atendimento

Aline Cavalcanti

2 GO I Â NIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 GO I Â NIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 7

Educação EM FOCO

O clássico Hiroshima Mon Amour, umdos ícones do cinema francês, está em cartazno Cine Cultura. A obra é dirigida pelocineasta Alain Resnais, com roteiro deMarguerite Duras. Também entra em cartazna sala a produção brasileira Era HotelCambridge, de Eliane Caffé, e o documentá-rio francês Eu Não Sou Negro, do diretorRaoul Peck. O cinema mantém na progra-mação, por mais uma semana, o longa por-tuguês O Ornitólogo, de João Pedro Rodrigues. A produção Eu Não Sou Negro trazuma reflexão de como é ser negro nos Estados Unidos. O longa é baseado no últimolivro Remember This House, de James Baldwin, relatando as vidas e assassinatos doslíderes ativistas que marcaram a história social e política americana. O escritor nãoconseguiu completar sua obra antes de sua morte, e o manuscrito inacabado foi con-fiado ao diretor Raoul Peck, que reúne no filme um rico arquivo de imagens de lutashistóricas, conectando essas lutas por justiça e igualdade com os movimentos atuaisque ainda clamam os mesmos direitos.

Colégio da PM promove festival de animação africana Alunos do 6º ao 9º do Ensino

Fundamental do Colégio da Polícia Militardo Estado de Goiás (CPMG) PolivalenteModelo Vasco dos Reis estão participandodo 1º Festival de Animação Africana da uni-dade de ensino. O evento prossegue até opróximo dia 12. O ensino de História eCultura Africana e Afro-brasileira é obrigató-rio nas instituições de ensino fundamental e médio (Lei 10639/2003), e o colégio está pro-movendo o festival de cinema, que está trabalhando com produções que permitem aosprofessores de diversas disciplinas trabalharem em sala de aula os conteúdos de maneirainterdisciplinar. Um bom filme e uma pipoca quentinha. Com esta combinação os estu-dantes estão assistindo aos filmes na biblioteca da escola. Os longas-metragens foramescolhidos pela professora de História, Patrícia da Silva Soares. Segundo ela, o objetivo éfazer com que os alunos reflitam sobre a história e a cultura africanas.

UEG abre vagas em dois cursos de graduação a distânciaO Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede (Cear) lançou edital para preencher

500 vagas em dois cursos de graduação a distância oferecidos pela UEG. As vagas sãopara Bacharelado em Administração Pública e Licenciatura em Computação. As inscri-ções para a seleção 2017/2 começam no dia 12 de abril e vão até dia 9 de maio. As pro-vas objetivas e de redação estão marcadas para o dia 21 de maio e acontecem simulta-neamente em vários câmpus. A lista de aprovados será divulgada em junho e as aulascomeçam em agosto. Para se inscrever, o estudante precisa acessar o site www.estudeco-nosco.ueg.br a partir do dia 12 de abril. A taxa de inscrição custa R$ 80. Na graduação adistância oferecida pelo Cear, o aluno estuda pela internet, mas precisa comparecer pelomenos uma vez ao mês em uma aula presencial.

Ciranda da Arte realiza Concerto Bandas GoianasA coordenação de Bandas do Ciranda da Arte/Seduce e a Banda Sinfônica do

Estado de Goiás realizam o Concerto Bandas Goianas. O evento ocorrerá no dia 11 deabril, terça-feira, às 20 horas, no Teatro Goiânia, com entrada gratuita. Vão se apresen-tar a Banda Marcial do Colégio Estadual Francisco Maria Dantas, sob a regência domaestro Jackes Douglas e a Banda Sinfônica do Estado de Goiás, sob a regência domaestro convidado Renato Barbosa. Como solistas participarão, André Luiz Oliveira(trombone – Seduce) e Elielson Paulo (tuba – Orquestra Sinfônica de Goiânia). Serãoexecutadas obras tradicionais do repertório de banda marcial e sinfônica.

Os clássicos Hiroshima Mon Amour e Era Hotel Cambridge estão em cartaz no Cine Cultura

CENSO ESCOLAR

Redes de ensino podem conferir dados da segunda etapa

As escolas e redes de ensino podem con-ferir os dados sobre rendimento dos estudan-tes no site sistema Educacenso(http://censobasico.inep.gov.br/censoba-sico), do Instituto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).Os relatórios estarão disponíveis para quesejam feitas correções, caso necessário, até odia 18 de abril. A conferência faz parte do ca-lendário do Censo Escolar de 2016.Os gestores de educação têm acesso ao

dados de todas as modalidades e etapas deensino por meio dos relatórios gestores dis-poníveis.Depois desse prazo, não poderão ser rea-

lizadas mais alterações. Os dados informa-dos no módulo Situação do Aluno sãoutilizados no cálculo das taxas de rendi-mento – aprovação, reprovação e abandono–, fundamentais para a verificação e acom-panhamento do rendimento escolar de cada

uma das escolas e dos municípios do país.O Inep prevê que os dados finais estejam

disponíveis no dia 12 de maio.O Censo Escolar é o principal instru-

mento de coleta de informações da educa-ção básica e o mais importantelevantamento estatístico educacional brasi-leiro nessa área.A coleta de dados das escolas tem caráter

declaratório e é dividida em duas etapas. Aprimeira etapa consiste no preenchimento daMatrícula Inicial, quando ocorre a coleta deinformações sobre os estabelecimentos deensino, turmas, alunos e profissionais esco-lares em sala de aula.A segunda etapa ocorre com o preenchi-

mento de informações sobre a Situação doAluno e considera os dados sobre o movi-mento e rendimento escolar dos alunos, aofinal do ano letivo. A conferência que estáaberta faz parte da segunda etapa do Censo.

EditorManoel­Messias­Rodrigues

[email protected]

Fun­da­dor­e­Di­re­tor-Pre­si­den­teSe­bas­ti­ão­Bar­bo­sa­da­Sil­vase­bas­ti­ao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede­de­Notícia­Planalto­Ltda-ME

Fun­da­do­em­7­de­ju­lho­de­1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua­An­tô­nio­de­Mo­ra­is­Ne­to,­Nº­330,­Setor­Castelo­Branco,­Go­i­â­nia­-­Go­i­ás­–­

CEP:­74.403-070­­-­Fo­ne:­(62)­3226-4600

De­par­ta­men­to­Co­mer­cialco­mer­cial@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

62­­99977-6161

Os dados informados no módulo Situação do Aluno nessa etapa são utilizadosno cálculo das taxas de rendimento de aprovação, reprovação e abandono

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Nos últimos dez anos, o Brasilaumentou o acesso de parcelas mais vul-neráveis da população à escola, de acordocom levantamento do movimento Todospela Educação (TPE). De 2005 a 2015, oacesso daqueles que têm de 4 a 17 anosaumentou principalmente entre a popula-ção parda e negra, entre os de baixa rendae entre moradores do campo. Os avançosforam maiores que os registrados entrebrancos, ricos e moradores da cidade. O levantamento foi feito com base nos

dados da Pesquisa Nacional por Amostrade Domicílio (Pnad). Entre os maispobres, em 2005, 86,8% estavam na esco-la, contra 97% dos mais ricos. Em 2015,esses índices passaram, respectivamente,para 93,4% e 98,3%. Entre aqueles quemoram no campo, o acesso subiu de83,8% para 92,5%, enquanto a taxa dosmoradores de zonas urbanas passou de90,9% para 94,6%. O crescimento doacesso entre negros e pardos - que pas-sou, respectivamente, de 87,8% para92,3% e de 88,1% para 93,6% - foi maiorque o da população branca - que passoude 91,2% para 95,3%.Na avaliação do movimento, há uma

redução de desigualdade "importante,embora não suficiente", pois mesmo queos indicadores tenham avançado, aindaestão entre essas populações as maioresconcentrações de crianças e jovens forada escola. "São aqueles que mais preci-sam da educação para superar a exclusãoe a pobreza. Muitos são crianças e jovenscom deficiência e moradores de lugaresermos. Muitos têm gerações na famíliaque nunca pisaram na escola", diz a presi-

dente executiva do Todos pela Educação,Priscila Cruz.Nos últimos dez anos, o Brasil

aumentou o acesso de parcelas mais vul-neráveis da população à escola, de acordocom levantamento do movimento Todospela Educação (TPE). De 2005 a 2015, oacesso daqueles que têm de 4 a 17 anosaumentou principalmente entre a popula-ção parda e negra, entre os de baixa rendae entre moradores do campo. Os avançosforam maiores que os registrados entrebrancos, ricos e moradores da cidade. O levantamento foi feito com base nos

dados da Pesquisa Nacional por Amostrade Domicílio (Pnad). Entre os maispobres, em 2005, 86,8% estavam na esco-la, contra 97% dos mais ricos. Em 2015,esses índices passaram, respectivamente,para 93,4% e 98,3%. Entre aqueles quemoram no campo, o acesso subiu de83,8% para 92,5%, enquanto a taxa dosmoradores de zonas urbanas passou de90,9% para 94,6%. O crescimento do

acesso entre negros e pardos - que pas-sou, respectivamente, de 87,8% para92,3% e de 88,1% para 93,6% - foi maiorque o da população branca - que passoude 91,2% para 95,3%.Na avalição do movimento, há uma

redução de desigualdade "importante,embora não suficiente", pois mesmo queos indicadores tenham avançado, aindaestão entre essas populações as maioresconcentrações de crianças e jovens forada escola. "São aqueles que mais preci-sam da educação para superar a exclusãoe a pobreza. Muitos são crianças e jovenscom deficiência e moradores de lugaresermos. Muitos têm gerações na famíliaque nunca pisaram na escola", diz a presi-dente executiva do Todos pela Educação,Priscila Cruz.O maior avanço dos últimos dez anos

se deu entre os mais novos. Em 2005,72,5% das crianças com 4 e 5 anos esta-vam na escola. Esse percentual passoupara 90,5% em 2015. Entre aqueles com

idade entre 15 e 17 anos, o percentualpassou de 78,8% para 82,6% no mesmoperíodo. A faixa de 6 a 14 anos é tidacomo universalizada, atualmente 98,5%estão na escola. No entanto, isso aindasignifica dizer que há 430 mil adolescen-tes nessa faixa etária fora da escola."Temos que tomar cuidado quando se

diz que estamos quase universalizando.Esse discurso tirou pressão nos gover-nos", diz Priscila. "É a questão que maisdeveria envergonhar os brasileiros, saberque temos 2,5 milhões de crianças ejovens fora da escola em pleno século 21".O TPE estabeleceu, em 2006, metas

para melhorar a educação até 2022, anodo bicentenário da independência doBrasil. A primeira delas é a matrícula depelo menos 98% das crianças e jovens de4 a 17 anos na escola. Para chegar a essepercentual, a entidade estabeleceu metasintermediárias. Para 2015, a meta traçadaera que o país tivesse incluído 96,3%,índice superior à taxa atual de 94,2%.

6GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 3

Prestes a completar 18 anos e adentrara fase da maturidade institucional, aUniversidade Estadual de Goiás (UEG)passa por um processo de reformulação,capitaneado pelo reitor Haroldo Reimer,com o lema “Universidade de Futuro”.Esta nova fase, que visa conferir à institui-ção de ensino o seu reposicionamento,está alicerçada no planejamento estratégi-co que vislumbra metas a serem alcança-das a médio e longo prazo, mais especifi-camente, nos anos 2020 e 2030.A trajetória da Universidade nestas

quase duas décadas de existência impres-siona. Hoje são oferecidos 138 cursos deGraduação, 63 cursos de especialização,11 mestrados e dois doutorados. A UEGestá presente em 39 municípios goianos,levando o aprimoramento intelectual aaproximadamente 20 mil alunos.“Estamos investindo no planejamentocom solidez, o que nos permitirá dar sal-

tos de qualidade nos próximos anos.Temos metas bem elaboradas de desem-penho para serem atingidas em 2020 e2030”, detalha o reitor.Em linhas gerais, adianta Haroldo

Reimer, em 2020 a UEG pretende figurarno ranking elaborado pela Folha de SãoPaulo, entre as 100 melhores universida-des do país. Hoje, ela ocupa a 120ª posi-ção. E ainda marcar presença entre ascinco melhores universidades públicas doCentro-Oeste, no mesmo ranking ondeatualmente ela está na 7ª posição. Em2030, a meta é consolidar-se comoUniversidade referência em ensino, pes-

quisa e extensão em todo território nacio-nal.

PLANEJAMENTOPara conseguir atingir seus objetivos

estratégicos, a universidade está atacandodiversas frentes, que lhe permitem evoluirconstantemente. Uma delas é o investi-mento na formação continuada de seucorpo docente. Ao contar com assessorias especializa-

das em Educação, a universidade tem per-mitido o intercâmbio de informações comreferências nacionais da área, comoBernadete Gatti, que esteve por duas vezes

contribuindo com a formação dos profes-sores da UEG.Os processos de aprendizagem,

comenta o reitor, estão sendo traçadostendo como foco atingir resultados con-cretos. Isso significa que a universidadebusca qualificar o estudante em termosprofissionais, alinhando sua formação àsexpectativas de mercado. “Para isso, prio-rizamos professores que estão sintoniza-dos com as novas linguagens, que sabemalinhar a teoria à prática profissional eque estejam abertos às novas linhas deconhecimento como, por exemplo, a neu-rolinguística”, analisa Reimer.

Outro desafio proposto pela UEG é ode manter presença aproximada com acomunidade e dialogar fortemente com ossegmentos produtivos locais, sendo umimportante mecanismo de promoção demelhores condições evolutivas de taisregiões. Nesse sentido, a instituição bus-cou a habilitação junto ao Pronatec, con-seguindo captar R$ 12 milhões junto aoGoverno Federal, que serão aplicados nooferecimento de cursos técnicos e profis-sionalizantes, aos membros das comuni-dades onde está inserida. Os cursos estãosendo estruturados, com o aproveitamen-to da estrutura física já existente nos cam-pus, e mão de obra parcialmente existentena universidade. As aulas terão inícioainda este ano.Outra forma de contribuir com a evo-

lução econômica regional é a criação delaboratórios que visam suprir com pesqui-sa e tecnologia os Arranjos ProdutivosLocais (APL). A experiência bem sucedidamais recente neste sentido foi a inaugura-ção do Laboratório Biotec, em São Luisde Montes Belos. O laboratório se dedicaao aprimoramento das áreas de reprodu-ção e biotecnologia animal e tem por obje-tivo capacitar trabalhadores rurais da APLdo leite, proporcionando a melhor perfor-mance do gado leiteiro e, consequente-mente, a melhoria da qualidade do leite.Em Goiânia, a UEG firmou parceria

com a Agetop para coordenar os traba-lhos que serão desenvolvidos nos labora-tórios do Centro de Excelência doEsporte. “Contamos com um laboratóriodo movimento humano, que é único em

Goiás. Vamos contribuir fortemente naavaliação física dos atletas”, declarou oreitor. A intenção é buscar junto aoGoverno Federal recursos que possamcontribuir com o trabalho a ser desenvol-vido junto a potenciais atletas de alta per-formance.

REMODELAÇÃOEm seu plano de expansão, consta o

investimento na instalação de um campusem Valparaíso, para atender a uma regiãoque engloba diretamente cerca de 300 milhabitantes. Demais investimentos serãoconcentrados na manutenção e expansãopredial dos campus já existentes.Estudos de mercado também são con-

duzidos para embasar a reformulação dagrade de cursos. Este ano, a abertura do

curso de Medicina Veterinária em SãoLuís de Montes Belos, resultou na maiorconcorrência candidato vaga registradaentre as universidades que oferecem ocurso, atingindo 55 candidatos por vaga.“Isso mostra que estamos ampliando emáreas que possuem tal demanda. Aindaesse ano vamos anunciar a abertura decursos de Direito”, adianta o reitor.Enquanto algumas áreas demandam

novas turmas, outras estão sendo analisa-das quanto à sua necessidade e o seu ren-dimento. Os estudos conduzidos pelaUEG mostram que a permanência dealguns não se justifica pela baixa procura,e outros, pelo mau desempenho nas ava-liações externas, como no Enade. “Cursoque obtiver nota mínima no Enade nãoterá abertura de novas turmas”, alerta.

A faixa de 6 a 14 anos é tida como universalizada, atualmente 98,5% estão na escola. No entanto, isso ainda significadizer que 430 mil adolescentes não frequentam o ambiente escolar, provando que a educação precisa de avanço

PESQUISA

De olho no futuro, reitor dauniversidade investirá naformação continuada e nocorpo docente para que oensino da instituição se tornereconhecido no Brasil

EDUCAÇÃO SUPERIOR

Atualmente a UEG oferece 138 cursos de Graduação, 63 cursos deespecialização, 11 mestrados e dois doutorados, mas predente ampliar o ensino

Reitor da UEG, Haroldo Reimer:“Estamos investindo no planejamentocom solidez que nos permitirá saltos ”

Maior participação junto à comunidade

UEG pretende ser referência emensino, pesquisa e extensão no País

Brasil reduz desigualdade, mas ainda tem 2,5 milhões fora da escolaDe 2005 a 2015, o acesso àescola entre e crianças eadolescentes que têm de 4 a17 anos aumentouprincipalmente entre apopulação parda e negra,mas ainda há muitas pessoassem estudar

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Nos últimos dez anos, o Brasilaumentou o acesso de parcelas mais vul-neráveis da população à escola, de acordocom levantamento do movimento Todospela Educação (TPE). De 2005 a 2015, oacesso daqueles que têm de 4 a 17 anosaumentou principalmente entre a popula-ção parda e negra, entre os de baixa rendae entre moradores do campo. Os avançosforam maiores que os registrados entrebrancos, ricos e moradores da cidade. O levantamento foi feito com base nos

dados da Pesquisa Nacional por Amostrade Domicílio (Pnad). Entre os maispobres, em 2005, 86,8% estavam na esco-la, contra 97% dos mais ricos. Em 2015,esses índices passaram, respectivamente,para 93,4% e 98,3%. Entre aqueles quemoram no campo, o acesso subiu de83,8% para 92,5%, enquanto a taxa dosmoradores de zonas urbanas passou de90,9% para 94,6%. O crescimento doacesso entre negros e pardos - que pas-sou, respectivamente, de 87,8% para92,3% e de 88,1% para 93,6% - foi maiorque o da população branca - que passoude 91,2% para 95,3%.Na avaliação do movimento, há uma

redução de desigualdade "importante,embora não suficiente", pois mesmo queos indicadores tenham avançado, aindaestão entre essas populações as maioresconcentrações de crianças e jovens forada escola. "São aqueles que mais preci-sam da educação para superar a exclusãoe a pobreza. Muitos são crianças e jovenscom deficiência e moradores de lugaresermos. Muitos têm gerações na famíliaque nunca pisaram na escola", diz a presi-

dente executiva do Todos pela Educação,Priscila Cruz.Nos últimos dez anos, o Brasil

aumentou o acesso de parcelas mais vul-neráveis da população à escola, de acordocom levantamento do movimento Todospela Educação (TPE). De 2005 a 2015, oacesso daqueles que têm de 4 a 17 anosaumentou principalmente entre a popula-ção parda e negra, entre os de baixa rendae entre moradores do campo. Os avançosforam maiores que os registrados entrebrancos, ricos e moradores da cidade. O levantamento foi feito com base nos

dados da Pesquisa Nacional por Amostrade Domicílio (Pnad). Entre os maispobres, em 2005, 86,8% estavam na esco-la, contra 97% dos mais ricos. Em 2015,esses índices passaram, respectivamente,para 93,4% e 98,3%. Entre aqueles quemoram no campo, o acesso subiu de83,8% para 92,5%, enquanto a taxa dosmoradores de zonas urbanas passou de90,9% para 94,6%. O crescimento do

acesso entre negros e pardos - que pas-sou, respectivamente, de 87,8% para92,3% e de 88,1% para 93,6% - foi maiorque o da população branca - que passoude 91,2% para 95,3%.Na avalição do movimento, há uma

redução de desigualdade "importante,embora não suficiente", pois mesmo queos indicadores tenham avançado, aindaestão entre essas populações as maioresconcentrações de crianças e jovens forada escola. "São aqueles que mais preci-sam da educação para superar a exclusãoe a pobreza. Muitos são crianças e jovenscom deficiência e moradores de lugaresermos. Muitos têm gerações na famíliaque nunca pisaram na escola", diz a presi-dente executiva do Todos pela Educação,Priscila Cruz.O maior avanço dos últimos dez anos

se deu entre os mais novos. Em 2005,72,5% das crianças com 4 e 5 anos esta-vam na escola. Esse percentual passoupara 90,5% em 2015. Entre aqueles com

idade entre 15 e 17 anos, o percentualpassou de 78,8% para 82,6% no mesmoperíodo. A faixa de 6 a 14 anos é tidacomo universalizada, atualmente 98,5%estão na escola. No entanto, isso aindasignifica dizer que há 430 mil adolescen-tes nessa faixa etária fora da escola."Temos que tomar cuidado quando se

diz que estamos quase universalizando.Esse discurso tirou pressão nos gover-nos", diz Priscila. "É a questão que maisdeveria envergonhar os brasileiros, saberque temos 2,5 milhões de crianças ejovens fora da escola em pleno século 21".O TPE estabeleceu, em 2006, metas

para melhorar a educação até 2022, anodo bicentenário da independência doBrasil. A primeira delas é a matrícula depelo menos 98% das crianças e jovens de4 a 17 anos na escola. Para chegar a essepercentual, a entidade estabeleceu metasintermediárias. Para 2015, a meta traçadaera que o país tivesse incluído 96,3%,índice superior à taxa atual de 94,2%.

6GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 3

Prestes a completar 18 anos e adentrara fase da maturidade institucional, aUniversidade Estadual de Goiás (UEG)passa por um processo de reformulação,capitaneado pelo reitor Haroldo Reimer,com o lema “Universidade de Futuro”.Esta nova fase, que visa conferir à institui-ção de ensino o seu reposicionamento,está alicerçada no planejamento estratégi-co que vislumbra metas a serem alcança-das a médio e longo prazo, mais especifi-camente, nos anos 2020 e 2030.A trajetória da Universidade nestas

quase duas décadas de existência impres-siona. Hoje são oferecidos 138 cursos deGraduação, 63 cursos de especialização,11 mestrados e dois doutorados. A UEGestá presente em 39 municípios goianos,levando o aprimoramento intelectual aaproximadamente 20 mil alunos.“Estamos investindo no planejamentocom solidez, o que nos permitirá dar sal-

tos de qualidade nos próximos anos.Temos metas bem elaboradas de desem-penho para serem atingidas em 2020 e2030”, detalha o reitor.Em linhas gerais, adianta Haroldo

Reimer, em 2020 a UEG pretende figurarno ranking elaborado pela Folha de SãoPaulo, entre as 100 melhores universida-des do país. Hoje, ela ocupa a 120ª posi-ção. E ainda marcar presença entre ascinco melhores universidades públicas doCentro-Oeste, no mesmo ranking ondeatualmente ela está na 7ª posição. Em2030, a meta é consolidar-se comoUniversidade referência em ensino, pes-

quisa e extensão em todo território nacio-nal.

PLANEJAMENTOPara conseguir atingir seus objetivos

estratégicos, a universidade está atacandodiversas frentes, que lhe permitem evoluirconstantemente. Uma delas é o investi-mento na formação continuada de seucorpo docente. Ao contar com assessorias especializa-

das em Educação, a universidade tem per-mitido o intercâmbio de informações comreferências nacionais da área, comoBernadete Gatti, que esteve por duas vezes

contribuindo com a formação dos profes-sores da UEG.Os processos de aprendizagem,

comenta o reitor, estão sendo traçadostendo como foco atingir resultados con-cretos. Isso significa que a universidadebusca qualificar o estudante em termosprofissionais, alinhando sua formação àsexpectativas de mercado. “Para isso, prio-rizamos professores que estão sintoniza-dos com as novas linguagens, que sabemalinhar a teoria à prática profissional eque estejam abertos às novas linhas deconhecimento como, por exemplo, a neu-rolinguística”, analisa Reimer.

Outro desafio proposto pela UEG é ode manter presença aproximada com acomunidade e dialogar fortemente com ossegmentos produtivos locais, sendo umimportante mecanismo de promoção demelhores condições evolutivas de taisregiões. Nesse sentido, a instituição bus-cou a habilitação junto ao Pronatec, con-seguindo captar R$ 12 milhões junto aoGoverno Federal, que serão aplicados nooferecimento de cursos técnicos e profis-sionalizantes, aos membros das comuni-dades onde está inserida. Os cursos estãosendo estruturados, com o aproveitamen-to da estrutura física já existente nos cam-pus, e mão de obra parcialmente existentena universidade. As aulas terão inícioainda este ano.Outra forma de contribuir com a evo-

lução econômica regional é a criação delaboratórios que visam suprir com pesqui-sa e tecnologia os Arranjos ProdutivosLocais (APL). A experiência bem sucedidamais recente neste sentido foi a inaugura-ção do Laboratório Biotec, em São Luisde Montes Belos. O laboratório se dedicaao aprimoramento das áreas de reprodu-ção e biotecnologia animal e tem por obje-tivo capacitar trabalhadores rurais da APLdo leite, proporcionando a melhor perfor-mance do gado leiteiro e, consequente-mente, a melhoria da qualidade do leite.Em Goiânia, a UEG firmou parceria

com a Agetop para coordenar os traba-lhos que serão desenvolvidos nos labora-tórios do Centro de Excelência doEsporte. “Contamos com um laboratóriodo movimento humano, que é único em

Goiás. Vamos contribuir fortemente naavaliação física dos atletas”, declarou oreitor. A intenção é buscar junto aoGoverno Federal recursos que possamcontribuir com o trabalho a ser desenvol-vido junto a potenciais atletas de alta per-formance.

REMODELAÇÃOEm seu plano de expansão, consta o

investimento na instalação de um campusem Valparaíso, para atender a uma regiãoque engloba diretamente cerca de 300 milhabitantes. Demais investimentos serãoconcentrados na manutenção e expansãopredial dos campus já existentes.Estudos de mercado também são con-

duzidos para embasar a reformulação dagrade de cursos. Este ano, a abertura do

curso de Medicina Veterinária em SãoLuís de Montes Belos, resultou na maiorconcorrência candidato vaga registradaentre as universidades que oferecem ocurso, atingindo 55 candidatos por vaga.“Isso mostra que estamos ampliando emáreas que possuem tal demanda. Aindaesse ano vamos anunciar a abertura decursos de Direito”, adianta o reitor.Enquanto algumas áreas demandam

novas turmas, outras estão sendo analisa-das quanto à sua necessidade e o seu ren-dimento. Os estudos conduzidos pelaUEG mostram que a permanência dealguns não se justifica pela baixa procura,e outros, pelo mau desempenho nas ava-liações externas, como no Enade. “Cursoque obtiver nota mínima no Enade nãoterá abertura de novas turmas”, alerta.

A faixa de 6 a 14 anos é tida como universalizada, atualmente 98,5% estão na escola. No entanto, isso ainda significadizer que 430 mil adolescentes não frequentam o ambiente escolar, provando que a educação precisa de avanço

PESQUISA

De olho no futuro, reitor dauniversidade investirá naformação continuada e nocorpo docente para que oensino da instituição se tornereconhecido no Brasil

EDUCAÇÃO SUPERIOR

Atualmente a UEG oferece 138 cursos de Graduação, 63 cursos deespecialização, 11 mestrados e dois doutorados, mas predente ampliar o ensino

Reitor da UEG, Haroldo Reimer:“Estamos investindo no planejamentocom solidez que nos permitirá saltos ”

Maior participação junto à comunidade

UEG pretende ser referência emensino, pesquisa e extensão no País

Brasil reduz desigualdade, mas ainda tem 2,5 milhões fora da escolaDe 2005 a 2015, o acesso àescola entre e crianças eadolescentes que têm de 4 a17 anos aumentouprincipalmente entre apopulação parda e negra,mas ainda há muitas pessoassem estudar

GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 5GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 20174

REFORMA DO ENSINO MÉDIO

Fabiola Rodrigues

Polêmica desde que foi anunciada peloministro da Educação, Mendonça Filho, areforma do ensino médio foi aprovada e san-cionada em fevereiro pelo presidente MichelTemer. A flexibilização da grade curricular éa grande novidade da reforma. A nova legis-lação prevê que o currículo seja 60% preen-chido pela Base Nacional ComumCurricular (BNCC) e que os 40% restantessejam destinados aos chamados itineráriosformativos, em que o estudante poderá esco-lher entre cinco áreas de estudo: linguagens,matemática, ciências da natureza, ciênciashumanas e formação técnica e profissional.O projeto prevê ainda que os alunos esco-lham a área na qual vão se aprofundar já noinício do ensino médio. As escolas não sãoobrigadas a oferecer aos alunos todas as

cinco áreas, mas devem oferecer ao menosum dos itinerários formativos. Durante a tra-mitação na Câmara, o projeto retomou aobrigatoriedade das disciplinas de educaçãofísica, arte, sociologia e filosofia na BaseNacional Comum Curricular, até então forado texto original.Em Goiás, a implementação das mudan-

ças está acontecendo de maneira gradativa, apartir de reuniões no Conselho Estadual deEducação (CEE), que em breve divulgará aoseducadores o regras que devem ser observa-das pelas escolas.As definições concretas sobre as mudan-

ças do ensino médio acontecerão após aregulamentação da BNCC, pois ela vai defi-nir quais matérias são obrigatórias nos trêsanos do ensino. Por isso, o superintendenteExecutivo do CEE, Marcos Elias, esclareceque as decisões concretas sobre as modifica-ções do ensino não foram tomadas por com-

pleto, já que algumas regras não estão aindaestabelecidas. Mas ele afirma que o CEE temtrabalhado para que as escolas gradativa-mente se preparem para oferecer o novo ensi-no médio.“Temos que criar as condições pedagógi-

cas e estruturais na escola. É exatamente issoque estamos fazendo através de várias reu-niões semanais. O estado precisa ter condi-ções de no início do ano letivo de 2018 ofere-cer ensino com os dois formatos que caracte-rizam a reforma do ensino médio, que são aflexibilidade na escolha das matérias para afutura formação acadêmica ou profissionali-zante através de curso técnico”, destacaMarcos Elias.Até outubro o Conselho Nacional de

Educação (CNE) definirá a BNCC. Até lá, asescolas podem trabalhar com carga horáriaanual de 800 horas/aula. Porém a partir de2018 o ensino médio deverá ter no mínimo

1000 horas/aula por ano. Pela lei, em 2022todas as escolas devem oferecer essa cargahorária mínima de 1000 horas/aula em cadaano do ensino médio. O Plano Nacional deEducação (PLN) exige que até 2024 50% dasescolas de ensino médio no Brasil ofereçamcarga horária de no mínimo 1.400horas/aula.Marcos Elias frisa que a rede estadual

está se preparando para por essas novasregras em prática.“No estado atualmente temos mais de 40

escolas estaduais funcionando em tempointegral. As mudanças da reforma quando setornarem obrigatórias não nos pegará de sur-presa, estamos mudando paulatinamente eisso é fundamental para que o estudante nãoseja prejudicado”, explica.Estabelecidas as regras do CNE até o

segundo semestre letivo, a partir do ano quevem as escolas já vão adotar os eixos infor-

mativos, ou seja, o estudante ao ingressar noensino médio terá uma carga horária unifica-da e a outra será focada em áreas do conhe-cimento que ele poderá escolher para suafutura carreia estudantil ou técnica profissio-nalizante. A carga horária da BNCC nãoultrapassará 60% da somatória das matériasobrigatórias, que são português, matemáticae inglês. As outras disciplinas serão optativase completarão o currículo do aluno.O CEE busca agora definir questões bási-

cas, principalmente orientar as escolas doEstado sobre a reforma, que será aplicadagradativamente. Até mesmo porque não hápossibilidade de total mudança sem a forma-lização da BNCC, já que ela é crucial para asdemais modificações na reforma.“Criamos uma equipe de conselheiros e

estamos estudando para apresentar em breveuma proposta de normas e resoluções paratodo o Conselho com o objetivo de que todas

as escolas tenham acesso às regras referen-tes às mudanças, pois quando forem oficia-lizadas pela BNCC todos os diretores, coor-denadores e professores saberão como tra-balhar com aluno”, diz o superintendenteexecutivo.Com a flexibilidade do currículo o estu-

dante terá autonomia para escolher maté-rias que o ajudem em seu processo de for-mação. Um dos objetivos da reforma é ten-tar resgatar no estudante o desejo pelosestudos, já que a evasão escolar nessa faseaumenta a cada ano no País.Para Marcos Elias, a tentativa dessa

mudança é um grande sinal de que a edu-cação de um modo geral pode melhorar,mas ele confessa que tem medo de quetodas as mudanças não saiam do projeto.“Acredito que as transformações no

ensino serão positivas para o estudante.Essa possibilidade de flexibilização do cur-rículo na escola é muito positiva e faz parteda formação do aluno, porque na educa-ção básica atualmente não existe essaopção de escolha de matérias. Desejo queessas mudanças se tornem de fato realida-de”, observa o superintendente executivo.

Goiás prepara mudanças gradativas

Definições concretassobre as mudanças doensino médioacontecerão após aregulamentação da BaseNacional ComumCurricular, que trará asmatérias obrigatórias

Superintendente Executivo do CEE, MarcosElias: a rede estadual está se preparandopara colocar as novas regras em prática

A ideia de oferecer ensino médio comcurso técnico foi instituída no ColégioEstadual Lyceu, no Centro de Goiânia,uma das escolas que estão se preparandopara oferecer o novo ensino médio. Aescola começou a oferecer no início desteano o Médio Tec, que é o ensino de nívelmédio junto com curso técnico. Nessecaso, o estudante passa o dia todo naescola e ao concluir os três anos terá ocertificado de administrador, já que ocurso profissionalizante ofertado no colé-gio é o de Administração.Para o diretor do Lyceu, Edjar Júnior,

esse modelo de aprendizado mesclando aeducação tradicional com a profissionali-zação representa um avanço.“Estamos nos adequando aos novos

métodos de ensino. Acredito que serãomuito bem-vindos principalmente pelodesestímulo dos alunos para estudar.Espero que todo nosso trabalho sirvapara contribuir com a melhor formaçãode cada estudante”, diz o diretor.Desde 2012 o Colégio Lyceu é uma

escola de tempo integral para estudantesdo nível médio e Edjar Júnior conta que,mesmo assim, terá que adequar algumasmudanças na escola por causa da flexibi-lização do currículo escolar.“Sabemos que mesmo sendo uma

instituição de tempo integral vamos pre-cisar reformular o planejamento pedagó-gico até o ano que vem. Porém estamosesperando que essa reestruturação bene-ficie todo o ambiente escolar”, relata o

diretor.No Colégio Estadual José Lobo,

localizado no Setor Rodoviário, emGoiânia, que também oferece aulas paraestudantes do nível médio, ainda nãohouve nenhum tipo de mudança relativaà reforma do ensino médio. Segundo adiretora da escola, Maura Alves, a coor-denação e a diretora foram informadasno final do ano passado pela SecretariaEstadual de Educação sobre o aumentoda carga horária que deverá ser oferecidae a flexibilização do currículo escolar,mas ainda não teve nenhuma modifica-ção referente ao que está proposto.“Na nossa escola ainda não foi

implantada nenhuma mudança na partepedagógica ou carga horária. Vamosaguardar o que será proposto nos próxi-mos meses”, relata a diretora.Para Maura Alves, as propostas da

reforma do ensino médio parecem rele-vantes e satisfatórias para o estudante,mas observa que o professor pode ficarprejudicado.“Nosso atual ensino é muito engessa-

do e o aluno estuda matérias que futura-mente nem servirão para a profissão queele atuará. Com a flexibilidade do currícu-lo, os estudantes poderão desenvolvermelhor suas habilidades. Por outro ladotemos que saber como ficará a carreira doprofessor, já que nem todas as disciplinasatuais existirão. Essa situação é um casosério a se pensar também”, observaMaura Alves.

Flexibilização tenta darmotivação ao estudante

Diretor do colégio Lyceu, Edjar Júnior:“Estamos nos adequando aos novosmétodos de ensino em nossa escola”

Diretora do colégio José Lobo, MauraAlves: “Estudantes desenvolverãomelhor suas habilidades”

Page 5: vtkd wp cf qr ncp cnv q0eqo0dt1gue qn c objetivo de ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/04/09-04-2017... · como o Estado vem se preparando para pôr em prática essas

GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 5GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 20174

REFORMA DO ENSINO MÉDIO

Fabiola Rodrigues

Polêmica desde que foi anunciada peloministro da Educação, Mendonça Filho, areforma do ensino médio foi aprovada e san-cionada em fevereiro pelo presidente MichelTemer. A flexibilização da grade curricular éa grande novidade da reforma. A nova legis-lação prevê que o currículo seja 60% preen-chido pela Base Nacional ComumCurricular (BNCC) e que os 40% restantessejam destinados aos chamados itineráriosformativos, em que o estudante poderá esco-lher entre cinco áreas de estudo: linguagens,matemática, ciências da natureza, ciênciashumanas e formação técnica e profissional.O projeto prevê ainda que os alunos esco-lham a área na qual vão se aprofundar já noinício do ensino médio. As escolas não sãoobrigadas a oferecer aos alunos todas as

cinco áreas, mas devem oferecer ao menosum dos itinerários formativos. Durante a tra-mitação na Câmara, o projeto retomou aobrigatoriedade das disciplinas de educaçãofísica, arte, sociologia e filosofia na BaseNacional Comum Curricular, até então forado texto original.Em Goiás, a implementação das mudan-

ças está acontecendo de maneira gradativa, apartir de reuniões no Conselho Estadual deEducação (CEE), que em breve divulgará aoseducadores o regras que devem ser observa-das pelas escolas.As definições concretas sobre as mudan-

ças do ensino médio acontecerão após aregulamentação da BNCC, pois ela vai defi-nir quais matérias são obrigatórias nos trêsanos do ensino. Por isso, o superintendenteExecutivo do CEE, Marcos Elias, esclareceque as decisões concretas sobre as modifica-ções do ensino não foram tomadas por com-

pleto, já que algumas regras não estão aindaestabelecidas. Mas ele afirma que o CEE temtrabalhado para que as escolas gradativa-mente se preparem para oferecer o novo ensi-no médio.“Temos que criar as condições pedagógi-

cas e estruturais na escola. É exatamente issoque estamos fazendo através de várias reu-niões semanais. O estado precisa ter condi-ções de no início do ano letivo de 2018 ofere-cer ensino com os dois formatos que caracte-rizam a reforma do ensino médio, que são aflexibilidade na escolha das matérias para afutura formação acadêmica ou profissionali-zante através de curso técnico”, destacaMarcos Elias.Até outubro o Conselho Nacional de

Educação (CNE) definirá a BNCC. Até lá, asescolas podem trabalhar com carga horáriaanual de 800 horas/aula. Porém a partir de2018 o ensino médio deverá ter no mínimo

1000 horas/aula por ano. Pela lei, em 2022todas as escolas devem oferecer essa cargahorária mínima de 1000 horas/aula em cadaano do ensino médio. O Plano Nacional deEducação (PLN) exige que até 2024 50% dasescolas de ensino médio no Brasil ofereçamcarga horária de no mínimo 1.400horas/aula.Marcos Elias frisa que a rede estadual

está se preparando para por essas novasregras em prática.“No estado atualmente temos mais de 40

escolas estaduais funcionando em tempointegral. As mudanças da reforma quando setornarem obrigatórias não nos pegará de sur-presa, estamos mudando paulatinamente eisso é fundamental para que o estudante nãoseja prejudicado”, explica.Estabelecidas as regras do CNE até o

segundo semestre letivo, a partir do ano quevem as escolas já vão adotar os eixos infor-

mativos, ou seja, o estudante ao ingressar noensino médio terá uma carga horária unifica-da e a outra será focada em áreas do conhe-cimento que ele poderá escolher para suafutura carreia estudantil ou técnica profissio-nalizante. A carga horária da BNCC nãoultrapassará 60% da somatória das matériasobrigatórias, que são português, matemáticae inglês. As outras disciplinas serão optativase completarão o currículo do aluno.O CEE busca agora definir questões bási-

cas, principalmente orientar as escolas doEstado sobre a reforma, que será aplicadagradativamente. Até mesmo porque não hápossibilidade de total mudança sem a forma-lização da BNCC, já que ela é crucial para asdemais modificações na reforma.“Criamos uma equipe de conselheiros e

estamos estudando para apresentar em breveuma proposta de normas e resoluções paratodo o Conselho com o objetivo de que todas

as escolas tenham acesso às regras referen-tes às mudanças, pois quando forem oficia-lizadas pela BNCC todos os diretores, coor-denadores e professores saberão como tra-balhar com aluno”, diz o superintendenteexecutivo.Com a flexibilidade do currículo o estu-

dante terá autonomia para escolher maté-rias que o ajudem em seu processo de for-mação. Um dos objetivos da reforma é ten-tar resgatar no estudante o desejo pelosestudos, já que a evasão escolar nessa faseaumenta a cada ano no País.Para Marcos Elias, a tentativa dessa

mudança é um grande sinal de que a edu-cação de um modo geral pode melhorar,mas ele confessa que tem medo de quetodas as mudanças não saiam do projeto.“Acredito que as transformações no

ensino serão positivas para o estudante.Essa possibilidade de flexibilização do cur-rículo na escola é muito positiva e faz parteda formação do aluno, porque na educa-ção básica atualmente não existe essaopção de escolha de matérias. Desejo queessas mudanças se tornem de fato realida-de”, observa o superintendente executivo.

Goiás prepara mudanças gradativas

Definições concretassobre as mudanças doensino médioacontecerão após aregulamentação da BaseNacional ComumCurricular, que trará asmatérias obrigatórias

Superintendente Executivo do CEE, MarcosElias: a rede estadual está se preparandopara colocar as novas regras em prática

A ideia de oferecer ensino médio comcurso técnico foi instituída no ColégioEstadual Lyceu, no Centro de Goiânia,uma das escolas que estão se preparandopara oferecer o novo ensino médio. Aescola começou a oferecer no início desteano o Médio Tec, que é o ensino de nívelmédio junto com curso técnico. Nessecaso, o estudante passa o dia todo naescola e ao concluir os três anos terá ocertificado de administrador, já que ocurso profissionalizante ofertado no colé-gio é o de Administração.Para o diretor do Lyceu, Edjar Júnior,

esse modelo de aprendizado mesclando aeducação tradicional com a profissionali-zação representa um avanço.“Estamos nos adequando aos novos

métodos de ensino. Acredito que serãomuito bem-vindos principalmente pelodesestímulo dos alunos para estudar.Espero que todo nosso trabalho sirvapara contribuir com a melhor formaçãode cada estudante”, diz o diretor.Desde 2012 o Colégio Lyceu é uma

escola de tempo integral para estudantesdo nível médio e Edjar Júnior conta que,mesmo assim, terá que adequar algumasmudanças na escola por causa da flexibi-lização do currículo escolar.“Sabemos que mesmo sendo uma

instituição de tempo integral vamos pre-cisar reformular o planejamento pedagó-gico até o ano que vem. Porém estamosesperando que essa reestruturação bene-ficie todo o ambiente escolar”, relata o

diretor.No Colégio Estadual José Lobo,

localizado no Setor Rodoviário, emGoiânia, que também oferece aulas paraestudantes do nível médio, ainda nãohouve nenhum tipo de mudança relativaà reforma do ensino médio. Segundo adiretora da escola, Maura Alves, a coor-denação e a diretora foram informadasno final do ano passado pela SecretariaEstadual de Educação sobre o aumentoda carga horária que deverá ser oferecidae a flexibilização do currículo escolar,mas ainda não teve nenhuma modifica-ção referente ao que está proposto.“Na nossa escola ainda não foi

implantada nenhuma mudança na partepedagógica ou carga horária. Vamosaguardar o que será proposto nos próxi-mos meses”, relata a diretora.Para Maura Alves, as propostas da

reforma do ensino médio parecem rele-vantes e satisfatórias para o estudante,mas observa que o professor pode ficarprejudicado.“Nosso atual ensino é muito engessa-

do e o aluno estuda matérias que futura-mente nem servirão para a profissão queele atuará. Com a flexibilidade do currícu-lo, os estudantes poderão desenvolvermelhor suas habilidades. Por outro ladotemos que saber como ficará a carreira doprofessor, já que nem todas as disciplinasatuais existirão. Essa situação é um casosério a se pensar também”, observaMaura Alves.

Flexibilização tenta darmotivação ao estudante

Diretor do colégio Lyceu, Edjar Júnior:“Estamos nos adequando aos novosmétodos de ensino em nossa escola”

Diretora do colégio José Lobo, MauraAlves: “Estudantes desenvolverãomelhor suas habilidades”

Page 6: vtkd wp cf qr ncp cnv q0eqo0dt1gue qn c objetivo de ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/04/09-04-2017... · como o Estado vem se preparando para pôr em prática essas

Nos últimos dez anos, o Brasilaumentou o acesso de parcelas mais vul-neráveis da população à escola, de acordocom levantamento do movimento Todospela Educação (TPE). De 2005 a 2015, oacesso daqueles que têm de 4 a 17 anosaumentou principalmente entre a popula-ção parda e negra, entre os de baixa rendae entre moradores do campo. Os avançosforam maiores que os registrados entrebrancos, ricos e moradores da cidade. O levantamento foi feito com base nos

dados da Pesquisa Nacional por Amostrade Domicílio (Pnad). Entre os maispobres, em 2005, 86,8% estavam na esco-la, contra 97% dos mais ricos. Em 2015,esses índices passaram, respectivamente,para 93,4% e 98,3%. Entre aqueles quemoram no campo, o acesso subiu de83,8% para 92,5%, enquanto a taxa dosmoradores de zonas urbanas passou de90,9% para 94,6%. O crescimento doacesso entre negros e pardos - que pas-sou, respectivamente, de 87,8% para92,3% e de 88,1% para 93,6% - foi maiorque o da população branca - que passoude 91,2% para 95,3%.Na avaliação do movimento, há uma

redução de desigualdade "importante,embora não suficiente", pois mesmo queos indicadores tenham avançado, aindaestão entre essas populações as maioresconcentrações de crianças e jovens forada escola. "São aqueles que mais preci-sam da educação para superar a exclusãoe a pobreza. Muitos são crianças e jovenscom deficiência e moradores de lugaresermos. Muitos têm gerações na famíliaque nunca pisaram na escola", diz a presi-

dente executiva do Todos pela Educação,Priscila Cruz.Nos últimos dez anos, o Brasil

aumentou o acesso de parcelas mais vul-neráveis da população à escola, de acordocom levantamento do movimento Todospela Educação (TPE). De 2005 a 2015, oacesso daqueles que têm de 4 a 17 anosaumentou principalmente entre a popula-ção parda e negra, entre os de baixa rendae entre moradores do campo. Os avançosforam maiores que os registrados entrebrancos, ricos e moradores da cidade. O levantamento foi feito com base nos

dados da Pesquisa Nacional por Amostrade Domicílio (Pnad). Entre os maispobres, em 2005, 86,8% estavam na esco-la, contra 97% dos mais ricos. Em 2015,esses índices passaram, respectivamente,para 93,4% e 98,3%. Entre aqueles quemoram no campo, o acesso subiu de83,8% para 92,5%, enquanto a taxa dosmoradores de zonas urbanas passou de90,9% para 94,6%. O crescimento do

acesso entre negros e pardos - que pas-sou, respectivamente, de 87,8% para92,3% e de 88,1% para 93,6% - foi maiorque o da população branca - que passoude 91,2% para 95,3%.Na avalição do movimento, há uma

redução de desigualdade "importante,embora não suficiente", pois mesmo queos indicadores tenham avançado, aindaestão entre essas populações as maioresconcentrações de crianças e jovens forada escola. "São aqueles que mais preci-sam da educação para superar a exclusãoe a pobreza. Muitos são crianças e jovenscom deficiência e moradores de lugaresermos. Muitos têm gerações na famíliaque nunca pisaram na escola", diz a presi-dente executiva do Todos pela Educação,Priscila Cruz.O maior avanço dos últimos dez anos

se deu entre os mais novos. Em 2005,72,5% das crianças com 4 e 5 anos esta-vam na escola. Esse percentual passoupara 90,5% em 2015. Entre aqueles com

idade entre 15 e 17 anos, o percentualpassou de 78,8% para 82,6% no mesmoperíodo. A faixa de 6 a 14 anos é tidacomo universalizada, atualmente 98,5%estão na escola. No entanto, isso aindasignifica dizer que há 430 mil adolescen-tes nessa faixa etária fora da escola."Temos que tomar cuidado quando se

diz que estamos quase universalizando.Esse discurso tirou pressão nos gover-nos", diz Priscila. "É a questão que maisdeveria envergonhar os brasileiros, saberque temos 2,5 milhões de crianças ejovens fora da escola em pleno século 21".O TPE estabeleceu, em 2006, metas

para melhorar a educação até 2022, anodo bicentenário da independência doBrasil. A primeira delas é a matrícula depelo menos 98% das crianças e jovens de4 a 17 anos na escola. Para chegar a essepercentual, a entidade estabeleceu metasintermediárias. Para 2015, a meta traçadaera que o país tivesse incluído 96,3%,índice superior à taxa atual de 94,2%.

6GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 3

Prestes a completar 18 anos e adentrara fase da maturidade institucional, aUniversidade Estadual de Goiás (UEG)passa por um processo de reformulação,capitaneado pelo reitor Haroldo Reimer,com o lema “Universidade de Futuro”.Esta nova fase, que visa conferir à institui-ção de ensino o seu reposicionamento,está alicerçada no planejamento estratégi-co que vislumbra metas a serem alcança-das a médio e longo prazo, mais especifi-camente, nos anos 2020 e 2030.A trajetória da Universidade nestas

quase duas décadas de existência impres-siona. Hoje são oferecidos 138 cursos deGraduação, 63 cursos de especialização,11 mestrados e dois doutorados. A UEGestá presente em 39 municípios goianos,levando o aprimoramento intelectual aaproximadamente 20 mil alunos.“Estamos investindo no planejamentocom solidez, o que nos permitirá dar sal-

tos de qualidade nos próximos anos.Temos metas bem elaboradas de desem-penho para serem atingidas em 2020 e2030”, detalha o reitor.Em linhas gerais, adianta Haroldo

Reimer, em 2020 a UEG pretende figurarno ranking elaborado pela Folha de SãoPaulo, entre as 100 melhores universida-des do país. Hoje, ela ocupa a 120ª posi-ção. E ainda marcar presença entre ascinco melhores universidades públicas doCentro-Oeste, no mesmo ranking ondeatualmente ela está na 7ª posição. Em2030, a meta é consolidar-se comoUniversidade referência em ensino, pes-

quisa e extensão em todo território nacio-nal.

PLANEJAMENTOPara conseguir atingir seus objetivos

estratégicos, a universidade está atacandodiversas frentes, que lhe permitem evoluirconstantemente. Uma delas é o investi-mento na formação continuada de seucorpo docente. Ao contar com assessorias especializa-

das em Educação, a universidade tem per-mitido o intercâmbio de informações comreferências nacionais da área, comoBernadete Gatti, que esteve por duas vezes

contribuindo com a formação dos profes-sores da UEG.Os processos de aprendizagem,

comenta o reitor, estão sendo traçadostendo como foco atingir resultados con-cretos. Isso significa que a universidadebusca qualificar o estudante em termosprofissionais, alinhando sua formação àsexpectativas de mercado. “Para isso, prio-rizamos professores que estão sintoniza-dos com as novas linguagens, que sabemalinhar a teoria à prática profissional eque estejam abertos às novas linhas deconhecimento como, por exemplo, a neu-rolinguística”, analisa Reimer.

Outro desafio proposto pela UEG é ode manter presença aproximada com acomunidade e dialogar fortemente com ossegmentos produtivos locais, sendo umimportante mecanismo de promoção demelhores condições evolutivas de taisregiões. Nesse sentido, a instituição bus-cou a habilitação junto ao Pronatec, con-seguindo captar R$ 12 milhões junto aoGoverno Federal, que serão aplicados nooferecimento de cursos técnicos e profis-sionalizantes, aos membros das comuni-dades onde está inserida. Os cursos estãosendo estruturados, com o aproveitamen-to da estrutura física já existente nos cam-pus, e mão de obra parcialmente existentena universidade. As aulas terão inícioainda este ano.Outra forma de contribuir com a evo-

lução econômica regional é a criação delaboratórios que visam suprir com pesqui-sa e tecnologia os Arranjos ProdutivosLocais (APL). A experiência bem sucedidamais recente neste sentido foi a inaugura-ção do Laboratório Biotec, em São Luisde Montes Belos. O laboratório se dedicaao aprimoramento das áreas de reprodu-ção e biotecnologia animal e tem por obje-tivo capacitar trabalhadores rurais da APLdo leite, proporcionando a melhor perfor-mance do gado leiteiro e, consequente-mente, a melhoria da qualidade do leite.Em Goiânia, a UEG firmou parceria

com a Agetop para coordenar os traba-lhos que serão desenvolvidos nos labora-tórios do Centro de Excelência doEsporte. “Contamos com um laboratóriodo movimento humano, que é único em

Goiás. Vamos contribuir fortemente naavaliação física dos atletas”, declarou oreitor. A intenção é buscar junto aoGoverno Federal recursos que possamcontribuir com o trabalho a ser desenvol-vido junto a potenciais atletas de alta per-formance.

REMODELAÇÃOEm seu plano de expansão, consta o

investimento na instalação de um campusem Valparaíso, para atender a uma regiãoque engloba diretamente cerca de 300 milhabitantes. Demais investimentos serãoconcentrados na manutenção e expansãopredial dos campus já existentes.Estudos de mercado também são con-

duzidos para embasar a reformulação dagrade de cursos. Este ano, a abertura do

curso de Medicina Veterinária em SãoLuís de Montes Belos, resultou na maiorconcorrência candidato vaga registradaentre as universidades que oferecem ocurso, atingindo 55 candidatos por vaga.“Isso mostra que estamos ampliando emáreas que possuem tal demanda. Aindaesse ano vamos anunciar a abertura decursos de Direito”, adianta o reitor.Enquanto algumas áreas demandam

novas turmas, outras estão sendo analisa-das quanto à sua necessidade e o seu ren-dimento. Os estudos conduzidos pelaUEG mostram que a permanência dealguns não se justifica pela baixa procura,e outros, pelo mau desempenho nas ava-liações externas, como no Enade. “Cursoque obtiver nota mínima no Enade nãoterá abertura de novas turmas”, alerta.

A faixa de 6 a 14 anos é tida como universalizada, atualmente 98,5% estão na escola. No entanto, isso ainda significadizer que 430 mil adolescentes não frequentam o ambiente escolar, provando que a educação precisa de avanço

PESQUISA

De olho no futuro, reitor dauniversidade investirá naformação continuada e nocorpo docente para que oensino da instituição se tornereconhecido no Brasil

EDUCAÇÃO SUPERIOR

Atualmente a UEG oferece 138 cursos de Graduação, 63 cursos deespecialização, 11 mestrados e dois doutorados, mas predente ampliar o ensino

Reitor da UEG, Haroldo Reimer:“Estamos investindo no planejamentocom solidez que nos permitirá saltos ”

Maior participação junto à comunidade

UEG pretende ser referência emensino, pesquisa e extensão no País

Brasil reduz desigualdade, mas ainda tem 2,5 milhões fora da escolaDe 2005 a 2015, o acesso àescola entre e crianças eadolescentes que têm de 4 a17 anos aumentouprincipalmente entre apopulação parda e negra,mas ainda há muitas pessoassem estudar

Page 7: vtkd wp cf qr ncp cnv q0eqo0dt1gue qn c objetivo de ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/04/09-04-2017... · como o Estado vem se preparando para pôr em prática essas

Daniela Rezende

Conhecer o mundo do futebol pormeio de cultura de paz, trabalhar o res-peito aos árbitros, o conhecimento dasregras do futebol, a prática esportiva sau-dável e a prevenção ao uso de drogas e àviolência nas escolas é o que pretende oprojeto “O árbitro e a escola”. A açãoque atendeu 250 alunos nas outras edi-ções amplia as atividades em 2017 para500 crianças e jovens de cinco escolasmunicipais.

Desenvolvido em parceria com aSecretaria Municipal de Educação eEsporte de Goiânia (SME), o Sindicatodos Árbitros de Futebol de Goiás(Safego) e a Federação Goiana deFutebol (FGF), o projeto leva a equipe dearbitragem para contato direto com oseducandos. Árbitros principais e auxilia-res levam apitos, bandeirinhas, cartões eoutros acessórios para uma aula interati-va em quadra.

Os alunos da Escola Municipal VilaRosa receberam o projeto no último dia30.

“Nossos pequenos precisam ouvir oque esses árbitros têm a dizer, pois alémde falar sobre o esporte, eles orientamsobre limites, respeito com os outros,tolerância. Assim, as crianças aprendemsobre regras, por meio do esporte, o queajuda até na sala de aula”, ressalta a dire-tora da instituição, Roberta ChristinaBrandão.

De acordo com Fabrício Vilarinho,

árbitro goiano que integra quadro profis-sional da Federação Internacional deFutebol (Fifa), as atividades desenvolvidascom as crianças oportunizam inserção deprincípios.

“Trabalhamos a forma correta do queé o esporte e a importância do árbitro,conceitos de vida e procuramos ajudar na

transformação social”, relatou.“Gostei muito da palestra com os juí-

zes e aprendi sobre os cartões, como usaro apito e a bandeirinha. Sou torcedor doFlamengo e já fui ao estádio com meu paie irmãos e hoje eu vi como é importantenão brigar no estádio e sim respeitar aspessoas que foram para assistir os jogos

ou trabalhar”, afirmou o aluno Davi daSilva, 9 anos.

PROJETOAs atividades são divididas em três

momentos. Inicialmente, integrantes doquadro de arbitragem goiana visitam aescola e procuram despertar a curiosida-de dos alunos, que tem entre 9 e 15 anos.Carreira e os procedimentos adotados naarbitragem de futebol são abordadosdurante palestra. Em um final de semana,acompanhados de árbitros instrutores doprojeto e professores, os educandosacompanham a partida de futebol sob oponto de vista dos árbitros e de expecta-dores do jogo.

No estádio, os alunos visitam vestiá-rios, conversam com jogadores e árbitros.Além da Escola Municipal Vila Rosa,recebem o projeto neste ano as escolasmunicipais Grande Retiro, MarcosAntônio Dias Batista, HonestinoMonteiro Guimarães e WaterlooPrudente. Ao passar pela palestra e expe-riência no estádio, os educandos retor-nam a escola e produzem trabalhos esco-lares sobre o projeto. Os cinco melhorestextos darão direito a entrada no estádiona final do Campeonato Goiano, acom-panhados da equipe de arbitragem.

De acordo com o presidente daSafego, Luciano Joka, o projeto foi umsucesso nos anos anteriores, o que fez aentidade ampliar a participação dos alu-nos.

“Sempre somos bem recebidos e nota-mos que muitos ficavam tristes por nãoterem a oportunidade de participar dasatividades, principalmente de ir a um jogode futebol, talvez pela primeira vez.Então, resolvemos dobrar a quantidadede jovens e crianças atendidas”, destaca.

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Árbitros ensinam como utilizar instrumentos durante partida de futebol

Cerca de 500 alunos são envolvidos no projeto que busca instaurar paz no esporte

Ações trabalham a culturade paz e o respeito nofutebol com palestra e idaao estádio

Projeto “O árbitro e a escola” amplia atendimento

Aline Cavalcanti

2 GO I Â NIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 GO I Â NIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 7

Educação EM FOCO

O clássico Hiroshima Mon Amour, umdos ícones do cinema francês, está em cartazno Cine Cultura. A obra é dirigida pelocineasta Alain Resnais, com roteiro deMarguerite Duras. Também entra em cartazna sala a produção brasileira Era HotelCambridge, de Eliane Caffé, e o documentá-rio francês Eu Não Sou Negro, do diretorRaoul Peck. O cinema mantém na progra-mação, por mais uma semana, o longa por-tuguês O Ornitólogo, de João Pedro Rodrigues. A produção Eu Não Sou Negro trazuma reflexão de como é ser negro nos Estados Unidos. O longa é baseado no últimolivro Remember This House, de James Baldwin, relatando as vidas e assassinatos doslíderes ativistas que marcaram a história social e política americana. O escritor nãoconseguiu completar sua obra antes de sua morte, e o manuscrito inacabado foi con-fiado ao diretor Raoul Peck, que reúne no filme um rico arquivo de imagens de lutashistóricas, conectando essas lutas por justiça e igualdade com os movimentos atuaisque ainda clamam os mesmos direitos.

Colégio da PM promove festival de animação africana Alunos do 6º ao 9º do Ensino

Fundamental do Colégio da Polícia Militardo Estado de Goiás (CPMG) PolivalenteModelo Vasco dos Reis estão participandodo 1º Festival de Animação Africana da uni-dade de ensino. O evento prossegue até opróximo dia 12. O ensino de História eCultura Africana e Afro-brasileira é obrigató-rio nas instituições de ensino fundamental e médio (Lei 10639/2003), e o colégio está pro-movendo o festival de cinema, que está trabalhando com produções que permitem aosprofessores de diversas disciplinas trabalharem em sala de aula os conteúdos de maneirainterdisciplinar. Um bom filme e uma pipoca quentinha. Com esta combinação os estu-dantes estão assistindo aos filmes na biblioteca da escola. Os longas-metragens foramescolhidos pela professora de História, Patrícia da Silva Soares. Segundo ela, o objetivo éfazer com que os alunos reflitam sobre a história e a cultura africanas.

UEG abre vagas em dois cursos de graduação a distânciaO Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede (Cear) lançou edital para preencher

500 vagas em dois cursos de graduação a distância oferecidos pela UEG. As vagas sãopara Bacharelado em Administração Pública e Licenciatura em Computação. As inscri-ções para a seleção 2017/2 começam no dia 12 de abril e vão até dia 9 de maio. As pro-vas objetivas e de redação estão marcadas para o dia 21 de maio e acontecem simulta-neamente em vários câmpus. A lista de aprovados será divulgada em junho e as aulascomeçam em agosto. Para se inscrever, o estudante precisa acessar o site www.estudeco-nosco.ueg.br a partir do dia 12 de abril. A taxa de inscrição custa R$ 80. Na graduação adistância oferecida pelo Cear, o aluno estuda pela internet, mas precisa comparecer pelomenos uma vez ao mês em uma aula presencial.

Ciranda da Arte realiza Concerto Bandas GoianasA coordenação de Bandas do Ciranda da Arte/Seduce e a Banda Sinfônica do

Estado de Goiás realizam o Concerto Bandas Goianas. O evento ocorrerá no dia 11 deabril, terça-feira, às 20 horas, no Teatro Goiânia, com entrada gratuita. Vão se apresen-tar a Banda Marcial do Colégio Estadual Francisco Maria Dantas, sob a regência domaestro Jackes Douglas e a Banda Sinfônica do Estado de Goiás, sob a regência domaestro convidado Renato Barbosa. Como solistas participarão, André Luiz Oliveira(trombone – Seduce) e Elielson Paulo (tuba – Orquestra Sinfônica de Goiânia). Serãoexecutadas obras tradicionais do repertório de banda marcial e sinfônica.

Os clássicos Hiroshima Mon Amour e Era Hotel Cambridge estão em cartaz no Cine Cultura

CENSO ESCOLAR

Redes de ensino podem conferir dados da segunda etapa

As escolas e redes de ensino podem con-ferir os dados sobre rendimento dos estudan-tes no site sistema Educacenso(http://censobasico.inep.gov.br/censoba-sico), do Instituto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).Os relatórios estarão disponíveis para quesejam feitas correções, caso necessário, até odia 18 de abril. A conferência faz parte do ca-lendário do Censo Escolar de 2016.Os gestores de educação têm acesso ao

dados de todas as modalidades e etapas deensino por meio dos relatórios gestores dis-poníveis.Depois desse prazo, não poderão ser rea-

lizadas mais alterações. Os dados informa-dos no módulo Situação do Aluno sãoutilizados no cálculo das taxas de rendi-mento – aprovação, reprovação e abandono–, fundamentais para a verificação e acom-panhamento do rendimento escolar de cada

uma das escolas e dos municípios do país.O Inep prevê que os dados finais estejam

disponíveis no dia 12 de maio.O Censo Escolar é o principal instru-

mento de coleta de informações da educa-ção básica e o mais importantelevantamento estatístico educacional brasi-leiro nessa área.A coleta de dados das escolas tem caráter

declaratório e é dividida em duas etapas. Aprimeira etapa consiste no preenchimento daMatrícula Inicial, quando ocorre a coleta deinformações sobre os estabelecimentos deensino, turmas, alunos e profissionais esco-lares em sala de aula.A segunda etapa ocorre com o preenchi-

mento de informações sobre a Situação doAluno e considera os dados sobre o movi-mento e rendimento escolar dos alunos, aofinal do ano letivo. A conferência que estáaberta faz parte da segunda etapa do Censo.

EditorManoel­Messias­Rodrigues

[email protected]

Fun­da­dor­e­Di­re­tor-Pre­si­den­teSe­bas­ti­ão­Bar­bo­sa­da­Sil­vase­bas­ti­ao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede­de­Notícia­Planalto­Ltda-ME

Fun­da­do­em­7­de­ju­lho­de­1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua­An­tô­nio­de­Mo­ra­is­Ne­to,­Nº­330,­Setor­Castelo­Branco,­Go­i­â­nia­-­Go­i­ás­–­

CEP:­74.403-070­­-­Fo­ne:­(62)­3226-4600

De­par­ta­men­to­Co­mer­cialco­mer­cial@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

62­­99977-6161

Os dados informados no módulo Situação do Aluno nessa etapa são utilizadosno cálculo das taxas de rendimento de aprovação, reprovação e abandono

Nos últimos dez anos, o Brasilaumentou o acesso de parcelas mais vul-neráveis da população à escola, de acordocom levantamento do movimento Todospela Educação (TPE). De 2005 a 2015, oacesso daqueles que têm de 4 a 17 anosaumentou principalmente entre a popula-ção parda e negra, entre os de baixa rendae entre moradores do campo. Os avançosforam maiores que os registrados entrebrancos, ricos e moradores da cidade. O levantamento foi feito com base nos

dados da Pesquisa Nacional por Amostrade Domicílio (Pnad). Entre os maispobres, em 2005, 86,8% estavam na esco-la, contra 97% dos mais ricos. Em 2015,esses índices passaram, respectivamente,para 93,4% e 98,3%. Entre aqueles quemoram no campo, o acesso subiu de83,8% para 92,5%, enquanto a taxa dosmoradores de zonas urbanas passou de90,9% para 94,6%. O crescimento doacesso entre negros e pardos - que pas-sou, respectivamente, de 87,8% para92,3% e de 88,1% para 93,6% - foi maiorque o da população branca - que passoude 91,2% para 95,3%.Na avaliação do movimento, há uma

redução de desigualdade "importante,embora não suficiente", pois mesmo queos indicadores tenham avançado, aindaestão entre essas populações as maioresconcentrações de crianças e jovens forada escola. "São aqueles que mais preci-sam da educação para superar a exclusãoe a pobreza. Muitos são crianças e jovenscom deficiência e moradores de lugaresermos. Muitos têm gerações na famíliaque nunca pisaram na escola", diz a presi-

dente executiva do Todos pela Educação,Priscila Cruz.Nos últimos dez anos, o Brasil

aumentou o acesso de parcelas mais vul-neráveis da população à escola, de acordocom levantamento do movimento Todospela Educação (TPE). De 2005 a 2015, oacesso daqueles que têm de 4 a 17 anosaumentou principalmente entre a popula-ção parda e negra, entre os de baixa rendae entre moradores do campo. Os avançosforam maiores que os registrados entrebrancos, ricos e moradores da cidade. O levantamento foi feito com base nos

dados da Pesquisa Nacional por Amostrade Domicílio (Pnad). Entre os maispobres, em 2005, 86,8% estavam na esco-la, contra 97% dos mais ricos. Em 2015,esses índices passaram, respectivamente,para 93,4% e 98,3%. Entre aqueles quemoram no campo, o acesso subiu de83,8% para 92,5%, enquanto a taxa dosmoradores de zonas urbanas passou de90,9% para 94,6%. O crescimento do

acesso entre negros e pardos - que pas-sou, respectivamente, de 87,8% para92,3% e de 88,1% para 93,6% - foi maiorque o da população branca - que passoude 91,2% para 95,3%.Na avalição do movimento, há uma

redução de desigualdade "importante,embora não suficiente", pois mesmo queos indicadores tenham avançado, aindaestão entre essas populações as maioresconcentrações de crianças e jovens forada escola. "São aqueles que mais preci-sam da educação para superar a exclusãoe a pobreza. Muitos são crianças e jovenscom deficiência e moradores de lugaresermos. Muitos têm gerações na famíliaque nunca pisaram na escola", diz a presi-dente executiva do Todos pela Educação,Priscila Cruz.O maior avanço dos últimos dez anos

se deu entre os mais novos. Em 2005,72,5% das crianças com 4 e 5 anos esta-vam na escola. Esse percentual passoupara 90,5% em 2015. Entre aqueles com

idade entre 15 e 17 anos, o percentualpassou de 78,8% para 82,6% no mesmoperíodo. A faixa de 6 a 14 anos é tidacomo universalizada, atualmente 98,5%estão na escola. No entanto, isso aindasignifica dizer que há 430 mil adolescen-tes nessa faixa etária fora da escola."Temos que tomar cuidado quando se

diz que estamos quase universalizando.Esse discurso tirou pressão nos gover-nos", diz Priscila. "É a questão que maisdeveria envergonhar os brasileiros, saberque temos 2,5 milhões de crianças ejovens fora da escola em pleno século 21".O TPE estabeleceu, em 2006, metas

para melhorar a educação até 2022, anodo bicentenário da independência doBrasil. A primeira delas é a matrícula depelo menos 98% das crianças e jovens de4 a 17 anos na escola. Para chegar a essepercentual, a entidade estabeleceu metasintermediárias. Para 2015, a meta traçadaera que o país tivesse incluído 96,3%,índice superior à taxa atual de 94,2%.

6GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 3

Prestes a completar 18 anos e adentrara fase da maturidade institucional, aUniversidade Estadual de Goiás (UEG)passa por um processo de reformulação,capitaneado pelo reitor Haroldo Reimer,com o lema “Universidade de Futuro”.Esta nova fase, que visa conferir à institui-ção de ensino o seu reposicionamento,está alicerçada no planejamento estratégi-co que vislumbra metas a serem alcança-das a médio e longo prazo, mais especifi-camente, nos anos 2020 e 2030.A trajetória da Universidade nestas

quase duas décadas de existência impres-siona. Hoje são oferecidos 138 cursos deGraduação, 63 cursos de especialização,11 mestrados e dois doutorados. A UEGestá presente em 39 municípios goianos,levando o aprimoramento intelectual aaproximadamente 20 mil alunos.“Estamos investindo no planejamentocom solidez, o que nos permitirá dar sal-

tos de qualidade nos próximos anos.Temos metas bem elaboradas de desem-penho para serem atingidas em 2020 e2030”, detalha o reitor.Em linhas gerais, adianta Haroldo

Reimer, em 2020 a UEG pretende figurarno ranking elaborado pela Folha de SãoPaulo, entre as 100 melhores universida-des do país. Hoje, ela ocupa a 120ª posi-ção. E ainda marcar presença entre ascinco melhores universidades públicas doCentro-Oeste, no mesmo ranking ondeatualmente ela está na 7ª posição. Em2030, a meta é consolidar-se comoUniversidade referência em ensino, pes-

quisa e extensão em todo território nacio-nal.

PLANEJAMENTOPara conseguir atingir seus objetivos

estratégicos, a universidade está atacandodiversas frentes, que lhe permitem evoluirconstantemente. Uma delas é o investi-mento na formação continuada de seucorpo docente. Ao contar com assessorias especializa-

das em Educação, a universidade tem per-mitido o intercâmbio de informações comreferências nacionais da área, comoBernadete Gatti, que esteve por duas vezes

contribuindo com a formação dos profes-sores da UEG.Os processos de aprendizagem,

comenta o reitor, estão sendo traçadostendo como foco atingir resultados con-cretos. Isso significa que a universidadebusca qualificar o estudante em termosprofissionais, alinhando sua formação àsexpectativas de mercado. “Para isso, prio-rizamos professores que estão sintoniza-dos com as novas linguagens, que sabemalinhar a teoria à prática profissional eque estejam abertos às novas linhas deconhecimento como, por exemplo, a neu-rolinguística”, analisa Reimer.

Outro desafio proposto pela UEG é ode manter presença aproximada com acomunidade e dialogar fortemente com ossegmentos produtivos locais, sendo umimportante mecanismo de promoção demelhores condições evolutivas de taisregiões. Nesse sentido, a instituição bus-cou a habilitação junto ao Pronatec, con-seguindo captar R$ 12 milhões junto aoGoverno Federal, que serão aplicados nooferecimento de cursos técnicos e profis-sionalizantes, aos membros das comuni-dades onde está inserida. Os cursos estãosendo estruturados, com o aproveitamen-to da estrutura física já existente nos cam-pus, e mão de obra parcialmente existentena universidade. As aulas terão inícioainda este ano.Outra forma de contribuir com a evo-

lução econômica regional é a criação delaboratórios que visam suprir com pesqui-sa e tecnologia os Arranjos ProdutivosLocais (APL). A experiência bem sucedidamais recente neste sentido foi a inaugura-ção do Laboratório Biotec, em São Luisde Montes Belos. O laboratório se dedicaao aprimoramento das áreas de reprodu-ção e biotecnologia animal e tem por obje-tivo capacitar trabalhadores rurais da APLdo leite, proporcionando a melhor perfor-mance do gado leiteiro e, consequente-mente, a melhoria da qualidade do leite.Em Goiânia, a UEG firmou parceria

com a Agetop para coordenar os traba-lhos que serão desenvolvidos nos labora-tórios do Centro de Excelência doEsporte. “Contamos com um laboratóriodo movimento humano, que é único em

Goiás. Vamos contribuir fortemente naavaliação física dos atletas”, declarou oreitor. A intenção é buscar junto aoGoverno Federal recursos que possamcontribuir com o trabalho a ser desenvol-vido junto a potenciais atletas de alta per-formance.

REMODELAÇÃOEm seu plano de expansão, consta o

investimento na instalação de um campusem Valparaíso, para atender a uma regiãoque engloba diretamente cerca de 300 milhabitantes. Demais investimentos serãoconcentrados na manutenção e expansãopredial dos campus já existentes.Estudos de mercado também são con-

duzidos para embasar a reformulação dagrade de cursos. Este ano, a abertura do

curso de Medicina Veterinária em SãoLuís de Montes Belos, resultou na maiorconcorrência candidato vaga registradaentre as universidades que oferecem ocurso, atingindo 55 candidatos por vaga.“Isso mostra que estamos ampliando emáreas que possuem tal demanda. Aindaesse ano vamos anunciar a abertura decursos de Direito”, adianta o reitor.Enquanto algumas áreas demandam

novas turmas, outras estão sendo analisa-das quanto à sua necessidade e o seu ren-dimento. Os estudos conduzidos pelaUEG mostram que a permanência dealguns não se justifica pela baixa procura,e outros, pelo mau desempenho nas ava-liações externas, como no Enade. “Cursoque obtiver nota mínima no Enade nãoterá abertura de novas turmas”, alerta.

A faixa de 6 a 14 anos é tida como universalizada, atualmente 98,5% estão na escola. No entanto, isso ainda significadizer que 430 mil adolescentes não frequentam o ambiente escolar, provando que a educação precisa de avanço

PESQUISA

De olho no futuro, reitor dauniversidade investirá naformação continuada e nocorpo docente para que oensino da instituição se tornereconhecido no Brasil

EDUCAÇÃO SUPERIOR

Atualmente a UEG oferece 138 cursos de Graduação, 63 cursos deespecialização, 11 mestrados e dois doutorados, mas predente ampliar o ensino

Reitor da UEG, Haroldo Reimer:“Estamos investindo no planejamentocom solidez que nos permitirá saltos ”

Maior participação junto à comunidade

UEG pretende ser referência emensino, pesquisa e extensão no País

Brasil reduz desigualdade, mas ainda tem 2,5 milhões fora da escolaDe 2005 a 2015, o acesso àescola entre e crianças eadolescentes que têm de 4 a17 anos aumentouprincipalmente entre apopulação parda e negra,mas ainda há muitas pessoassem estudar

Page 8: vtkd wp cf qr ncp cnv q0eqo0dt1gue qn c objetivo de ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/04/09-04-2017... · como o Estado vem se preparando para pôr em prática essas

Daniela Rezende

Conhecer o mundo do futebol pormeio de cultura de paz, trabalhar o res-peito aos árbitros, o conhecimento dasregras do futebol, a prática esportiva sau-dável e a prevenção ao uso de drogas e àviolência nas escolas é o que pretende oprojeto “O árbitro e a escola”. A açãoque atendeu 250 alunos nas outras edi-ções amplia as atividades em 2017 para500 crianças e jovens de cinco escolasmunicipais.

Desenvolvido em parceria com aSecretaria Municipal de Educação eEsporte de Goiânia (SME), o Sindicatodos Árbitros de Futebol de Goiás(Safego) e a Federação Goiana deFutebol (FGF), o projeto leva a equipe dearbitragem para contato direto com oseducandos. Árbitros principais e auxilia-res levam apitos, bandeirinhas, cartões eoutros acessórios para uma aula interati-va em quadra.

Os alunos da Escola Municipal VilaRosa receberam o projeto no último dia30.

“Nossos pequenos precisam ouvir oque esses árbitros têm a dizer, pois alémde falar sobre o esporte, eles orientamsobre limites, respeito com os outros,tolerância. Assim, as crianças aprendemsobre regras, por meio do esporte, o queajuda até na sala de aula”, ressalta a dire-tora da instituição, Roberta ChristinaBrandão.

De acordo com Fabrício Vilarinho,

árbitro goiano que integra quadro profis-sional da Federação Internacional deFutebol (Fifa), as atividades desenvolvidascom as crianças oportunizam inserção deprincípios.

“Trabalhamos a forma correta do queé o esporte e a importância do árbitro,conceitos de vida e procuramos ajudar na

transformação social”, relatou.“Gostei muito da palestra com os juí-

zes e aprendi sobre os cartões, como usaro apito e a bandeirinha. Sou torcedor doFlamengo e já fui ao estádio com meu paie irmãos e hoje eu vi como é importantenão brigar no estádio e sim respeitar aspessoas que foram para assistir os jogos

ou trabalhar”, afirmou o aluno Davi daSilva, 9 anos.

PROJETOAs atividades são divididas em três

momentos. Inicialmente, integrantes doquadro de arbitragem goiana visitam aescola e procuram despertar a curiosida-de dos alunos, que tem entre 9 e 15 anos.Carreira e os procedimentos adotados naarbitragem de futebol são abordadosdurante palestra. Em um final de semana,acompanhados de árbitros instrutores doprojeto e professores, os educandosacompanham a partida de futebol sob oponto de vista dos árbitros e de expecta-dores do jogo.

No estádio, os alunos visitam vestiá-rios, conversam com jogadores e árbitros.Além da Escola Municipal Vila Rosa,recebem o projeto neste ano as escolasmunicipais Grande Retiro, MarcosAntônio Dias Batista, HonestinoMonteiro Guimarães e WaterlooPrudente. Ao passar pela palestra e expe-riência no estádio, os educandos retor-nam a escola e produzem trabalhos esco-lares sobre o projeto. Os cinco melhorestextos darão direito a entrada no estádiona final do Campeonato Goiano, acom-panhados da equipe de arbitragem.

De acordo com o presidente daSafego, Luciano Joka, o projeto foi umsucesso nos anos anteriores, o que fez aentidade ampliar a participação dos alu-nos.

“Sempre somos bem recebidos e nota-mos que muitos ficavam tristes por nãoterem a oportunidade de participar dasatividades, principalmente de ir a um jogode futebol, talvez pela primeira vez.Então, resolvemos dobrar a quantidadede jovens e crianças atendidas”, destaca.

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Árbitros ensinam como utilizar instrumentos durante partida de futebol

Cerca de 500 alunos são envolvidos no projeto que busca instaurar paz no esporte

Ações trabalham a culturade paz e o respeito nofutebol com palestra e idaao estádio

Projeto “O árbitro e a escola” amplia atendimento

Aline Cavalcanti

2 GO I Â NIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 GO I Â NIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017 7

Educação EM FOCO

O clássico Hiroshima Mon Amour, umdos ícones do cinema francês, está em cartazno Cine Cultura. A obra é dirigida pelocineasta Alain Resnais, com roteiro deMarguerite Duras. Também entra em cartazna sala a produção brasileira Era HotelCambridge, de Eliane Caffé, e o documentá-rio francês Eu Não Sou Negro, do diretorRaoul Peck. O cinema mantém na progra-mação, por mais uma semana, o longa por-tuguês O Ornitólogo, de João Pedro Rodrigues. A produção Eu Não Sou Negro trazuma reflexão de como é ser negro nos Estados Unidos. O longa é baseado no últimolivro Remember This House, de James Baldwin, relatando as vidas e assassinatos doslíderes ativistas que marcaram a história social e política americana. O escritor nãoconseguiu completar sua obra antes de sua morte, e o manuscrito inacabado foi con-fiado ao diretor Raoul Peck, que reúne no filme um rico arquivo de imagens de lutashistóricas, conectando essas lutas por justiça e igualdade com os movimentos atuaisque ainda clamam os mesmos direitos.

Colégio da PM promove festival de animação africana Alunos do 6º ao 9º do Ensino

Fundamental do Colégio da Polícia Militardo Estado de Goiás (CPMG) PolivalenteModelo Vasco dos Reis estão participandodo 1º Festival de Animação Africana da uni-dade de ensino. O evento prossegue até opróximo dia 12. O ensino de História eCultura Africana e Afro-brasileira é obrigató-rio nas instituições de ensino fundamental e médio (Lei 10639/2003), e o colégio está pro-movendo o festival de cinema, que está trabalhando com produções que permitem aosprofessores de diversas disciplinas trabalharem em sala de aula os conteúdos de maneirainterdisciplinar. Um bom filme e uma pipoca quentinha. Com esta combinação os estu-dantes estão assistindo aos filmes na biblioteca da escola. Os longas-metragens foramescolhidos pela professora de História, Patrícia da Silva Soares. Segundo ela, o objetivo éfazer com que os alunos reflitam sobre a história e a cultura africanas.

UEG abre vagas em dois cursos de graduação a distânciaO Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede (Cear) lançou edital para preencher

500 vagas em dois cursos de graduação a distância oferecidos pela UEG. As vagas sãopara Bacharelado em Administração Pública e Licenciatura em Computação. As inscri-ções para a seleção 2017/2 começam no dia 12 de abril e vão até dia 9 de maio. As pro-vas objetivas e de redação estão marcadas para o dia 21 de maio e acontecem simulta-neamente em vários câmpus. A lista de aprovados será divulgada em junho e as aulascomeçam em agosto. Para se inscrever, o estudante precisa acessar o site www.estudeco-nosco.ueg.br a partir do dia 12 de abril. A taxa de inscrição custa R$ 80. Na graduação adistância oferecida pelo Cear, o aluno estuda pela internet, mas precisa comparecer pelomenos uma vez ao mês em uma aula presencial.

Ciranda da Arte realiza Concerto Bandas GoianasA coordenação de Bandas do Ciranda da Arte/Seduce e a Banda Sinfônica do

Estado de Goiás realizam o Concerto Bandas Goianas. O evento ocorrerá no dia 11 deabril, terça-feira, às 20 horas, no Teatro Goiânia, com entrada gratuita. Vão se apresen-tar a Banda Marcial do Colégio Estadual Francisco Maria Dantas, sob a regência domaestro Jackes Douglas e a Banda Sinfônica do Estado de Goiás, sob a regência domaestro convidado Renato Barbosa. Como solistas participarão, André Luiz Oliveira(trombone – Seduce) e Elielson Paulo (tuba – Orquestra Sinfônica de Goiânia). Serãoexecutadas obras tradicionais do repertório de banda marcial e sinfônica.

Os clássicos Hiroshima Mon Amour e Era Hotel Cambridge estão em cartaz no Cine Cultura

CENSO ESCOLAR

Redes de ensino podem conferir dados da segunda etapa

As escolas e redes de ensino podem con-ferir os dados sobre rendimento dos estudan-tes no site sistema Educacenso(http://censobasico.inep.gov.br/censoba-sico), do Instituto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).Os relatórios estarão disponíveis para quesejam feitas correções, caso necessário, até odia 18 de abril. A conferência faz parte do ca-lendário do Censo Escolar de 2016.Os gestores de educação têm acesso ao

dados de todas as modalidades e etapas deensino por meio dos relatórios gestores dis-poníveis.Depois desse prazo, não poderão ser rea-

lizadas mais alterações. Os dados informa-dos no módulo Situação do Aluno sãoutilizados no cálculo das taxas de rendi-mento – aprovação, reprovação e abandono–, fundamentais para a verificação e acom-panhamento do rendimento escolar de cada

uma das escolas e dos municípios do país.O Inep prevê que os dados finais estejam

disponíveis no dia 12 de maio.O Censo Escolar é o principal instru-

mento de coleta de informações da educa-ção básica e o mais importantelevantamento estatístico educacional brasi-leiro nessa área.A coleta de dados das escolas tem caráter

declaratório e é dividida em duas etapas. Aprimeira etapa consiste no preenchimento daMatrícula Inicial, quando ocorre a coleta deinformações sobre os estabelecimentos deensino, turmas, alunos e profissionais esco-lares em sala de aula.A segunda etapa ocorre com o preenchi-

mento de informações sobre a Situação doAluno e considera os dados sobre o movi-mento e rendimento escolar dos alunos, aofinal do ano letivo. A conferência que estáaberta faz parte da segunda etapa do Censo.

EditorManoel­Messias­Rodrigues

[email protected]

Fun­da­dor­e­Di­re­tor-Pre­si­den­teSe­bas­ti­ão­Bar­bo­sa­da­Sil­vase­bas­ti­ao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi­ta­do­e­im­pres­so­porRede­de­Notícia­Planalto­Ltda-ME

Fun­da­do­em­7­de­ju­lho­de­1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua­An­tô­nio­de­Mo­ra­is­Ne­to,­Nº­330,­Setor­Castelo­Branco,­Go­i­â­nia­-­Go­i­ás­–­

CEP:­74.403-070­­-­Fo­ne:­(62)­3226-4600

De­par­ta­men­to­Co­mer­cialco­mer­cial@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

62­­99977-6161

Os dados informados no módulo Situação do Aluno nessa etapa são utilizadosno cálculo das taxas de rendimento de aprovação, reprovação e abandono

Universidade do futuro

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Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

ANO 10 - NÚ ME RO 789 – GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 2017

UEG pretende se transformarem referência no País

GOIÂNIA, 9 A 15 DE ABRIL DE 20178

Polêmica desde que foi anunciada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, a reforma do ensino médio foi aprovada e sancionadaem fevereiro pelo presidente Michel Temer. A flexibilização da grade curricular é a grande novidade da reforma. Em Goiás, a implementa-ção das mudanças nas escolas estão acontecendo de maneira gradativa, a partir de reuniões no Conselho Estadual de Educação (CEE),que em breve divulgará novas regras que devem ser observadas pelas escolas. Confira essas e outras informações na reportagem sobrecomo o Estado vem se preparando para pôr em prática essas mudanças nas páginas 4 e 5

O projeto pedagógico Curta aEducação teve sua segunda edição realiza-da no dia 31 de março, na Fasam –Faculdade Sul-Americana. A instituiçãorecebeu 100 crianças de 3 a 5 anos que fre-quentam o Centro Municipal de EducaçãoInfantil (CMEI) Valdivina Guimarães daSilva, de Aparecida de Goiânia, para reali-zar uma série de exercícios lúdicos que pos-sibilitaram a reflexão de temas importantespara o desenvolvimento social dos estudan-tes. A atividade foi dividida em doismomentos, primeiramente foi realizadauma exibição de curtas metragens noAuditório da Faculdade, no Jardim da Luz,

em Goiânia, seguida de oficinas de pinturafacial e escultura de balões.

A diretora do CMEI, Carolina AparecidaMorais Melo, afirmou que a iniciativa da ins-tituição é um momento único para as crian-ças conseguirem aprendizado fora de sala deaula, além de ser um momento para estimu-lar a socialização dos estudantes. “O projeto

também é uma ótima oportunidade para osprofessores entrarem em contato com novastécnicas e modelos pedagógicas que estãosendo desenvolvidas na academia e aplica-los em sala de aula”, explica Carolina.

Segundo Kátia Braga Arruda Silva, coor-denadora do curso de Pedagogia da Fasam,o projeto é interdisciplinar, e a finalidade dos

temas abordados é contribuir com a constru-ção da identidade das crianças envolvidas,além de ser um momento para os acadêmi-cos colocarem em prática o que estão apren-dendo em sala de aula. A seleção dos curtas-metragens, que abordaram temáticas comoresponsabilidade social, ambiental e diversi-dade cultural, foi feita por discentes do cursode Pedagogia sob orientação dos professoresdas disciplinas envolvidas.

O PROJETOO Curta a Educação também atende às

finalidades da instituição de promover açõessociais e maior integração com a comunida-de. De acordo com o diretor administrativo-financeiro da Fasam, Ítalo Oliveira Castro, oobjetivo é que o projeto entre no calendárioanual de eventos da instituição. As próximasedições da iniciativa serão realizadas no pró-ximo semestre deste ano, quando professorese alunos da Fasam irão visitar escolas pararealizar novas atividades pedagógicas comcrianças e professores.

Faculdade recebeu 100 crianças de 3 a 5 anos que frequentam o Centro Municipalde Educação Infantil Valdivina Guimarães da Silva, de Aparecida de Goiânia

Segunda edição do projetoCurta a Educação teve oobjetivo de colaborar com aconstrução social decrianças de 3 a 5 anos

EDUCAÇÃO INFANTIL

Fasam realiza ação pedagógicaPrestes a completar 18 anos, a Universidade

Estadual de Goiás passará por um processo dereformulação, conduzida pelo reitor HaroldoReimer. A nova fase visa conferir um novoreposicionamento à instituição de ensino ali-cerçado no planejamento estratégico commetas a serem alcançadas a médio e longoprazo. Veja mais informações na Pág. 6

Rede estadual discutemudanças no ensino médioRede estadual discutemudanças no ensino médio