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www.ccst.inpe.bro Chefe, CCST INPE São Paulo, Junho 2013 Vulnerabilidades das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas:Região Metropolitana de São Paulo - RMSP Jose A. Marengo Chefe, CCST INPE [email protected]

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www.ccst.inpe.bro

Chefe, CCST INPE

São Paulo, Junho 2013

Vulnerabilidades das Megacidades Brasileiras às

Mudanças Climáticas:Região Metropolitana de

São Paulo - RMSP

Jose A. Marengo

Chefe, CCST INPE

[email protected]

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Principais Desastres Naturais no Brasil 2000-2007

14%

3%

6%

58%

11%8%

Seca Epidemia Temperatura Extrema

Inundação Deslizamento Vendavais

fonte Vulnerabilidade Ambiental / Rozely Santos, organizadora. – Brasilia: MMA, 2007.

Principais Desastres Naturais no Brasil 2000-2007

14%

3%

6%

58%

11%8%

Seca Epidemia Temperatura Extrema

Inundação Deslizamento Vendavais

Desastres naturais no Brasil

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Aumento no custos associados a reconstrução devido a desastres naturais no Brasil (2004-2010)

US$ 65

milhões

US$ 1.5 bilhões

Dados: SIGPLAN - Programa 1029 / PPA 2008-2011 (Resposta aos Desastres e

Reconstrução).

Elaboração: Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos (MP)

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Gerenciamento do risco de desastres e adaptacao as mudancas climaticas

podem inlfuenciar o grau no qual eventos extremos podem gerar impactos

e desastres 4

Desenvolvimento socio-economico interaghe com

variacoes naturais e clima e mudancas climaticas

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1970 2011

Grandes areas urbanas e risco potencial a enchente

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Grandes aeas urbanas e risco a seca

1970 2011

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Desastres Naturais -1930-2006

Número de desastres naturais no mundo: 1930–2006

Source: The OFDA/CRED International Disaster Database:

www.em-dat.net; Université Catholique de Louvain–

Brussels–Belgium

Perda em bilhões de dólares U.S (valores de

2002 ) para os principais desastres

Source: Munich Re, in UNDP 2004

IUCN 2006

Numero de eventos Perdas conomicas

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Aquecimento global é uma realidade: tendências da temperatura do ar de 1901-2005 e 1979–2005 (IPCC 2007)

Temperaturas

médias subiram de

0,7 ºC nos últimos

50 anos no Brasil!

Tmin Inverno

subiu

quase

1 C!

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Cidades e clima

Embora as duas cidades tenham favelas, a capital fluminense tem uma

situação mais frágil, uma vez que mais de um milhão de pessoas vive em

habitações precárias localizadas em baixadas – áreas sujeitas a

inundações. Mas São Paulo deverá sofrer mais enchentes no verão.

“As chuvas deverão concentrar-se na forma de tempestades e, devido à

influência das ilhas de calor, cairão com mais intensidade sobre a área

urbana”, diz Magda Lombardo, estudiosa das ilhas de calor, que

consistem na elevação da temperatura em áreas muito urbanizadas.

Como área costeira, a Região Metropolitana do Rio de Janeiro é

particularmente vulnerável a elevação do nível do mar e a ocorrência de

eventos extremos, como ventos intensos, ondas de tempestade, chuvas

torrenciais e períodos de seca mais prolongados, além de problemas de

saúde na população. Combinados, eles podem produzir efeitos

devastadores, com impactos sociais, econômicos, de infraestrutura e

ecológicos.

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Ilha de calor

Ilha de calor (ou ICU, ilha de calor urbana) é a designação dada à distribuição

espacial e temporal do campo de temperatura sobre a cidade que apresenta um

máximo, definindo uma distribuiçao de isotermas que faz lembrar as curvas de

nível da topografia de uma ilha, dai a origem do nome ilha de calor.

Há um contraste térmico entre a area mais urbanizada e menos urbanizada ou

periférica, que inclusive pode ser area agrícola. Alterações da umidade do ar, da

precipitação e do vento também estão associadas à presença de ilha de calor

urbana. Em geral, nas cidades de latitudes médias e altas (onde o clima é mais

frio)

A origem das ilhas de calor decorre da simples presença de edificações e das

alterações da paisagem feitas pelo homem nas cidades. A superfície urbana

apresenta particularidades em relação à menor capacidade térmica e densidade

dos materiais utilizados nas construções urbanas: asfalto, concreto, telhas, solo

exposto, presença de vegetação nos parques, ruas, avenidas, bulevares e

também, alterações do albedo (reflexão das ondas curtas solares) devido às

sombras projetadas das construções e à impermeabilização da superfície do solo

que implica aumento da velocidade do escoamento superficial da água de chuva

e maior risco de cheias das baixadas, varzeas etc

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Crescimento urbano -RMSP

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Mooca

Brás Sé

Lapa

Saúde

Source: Environmental Atlas of São Paulo

Ilhas de calor em São

Paulo:

Pontos quentes da cidade

Enquanto a brisa sopra na

periferia, o centro de São Paulo

ferve. Um novo mapeamento

acusa diferenças de até 10 graus

de temperatura, conforme a área

da capital paulista. Este é o

fenômeno das ilhas de calor,

típico da urbanização

desenfreada.

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Tendências nas freqüências (em %) de noites quentes (TN90P) e frias (TN10P), e de dias

quentes (TX90P) e frios (TX10P) em Campinas e Água Funda, São Paulo. Índices são

definidos em Vincent et al. (2005). (Fonte: T. Ambrizzi, IAG/USP).

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Tendencias observadas de indices de extremos de chuva R10 e R5xday durante 1951-2002.

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Numero de dias com pp>10 mm (R10 mm) Dias secos consecutivos (CDD)

Contribuicao de dias muito humedos (R95pTOT)

Tendencias observadas de indices de extremos de chuva R10 e R5xday durante 1951-2010 (Donat et al 2013).

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Rx5Day - DJF Rx5Day - JJA

Rx5Day - MAM Rx5Day - SON

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Inundações na cidade de São Paulo em Fevereiro de 2010

Episódios de chuvas intensas: São Paulo

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Fevereiro de 2011

Episódios de chuvas intensas: São Paulo

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Verão de 2012

Episódios de chuvas intensas: São Paulo

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Verão de 2013

Episódios de chuvas intensas: São Paulo

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CDD

2010-40

CDD

2041-70

CDD

2071-2100

R10

2010-40

R10

2041-70

R10

2071-2100

Chuva

2010-40

Chuva

2041-70

Chuva

2071-2100

Mudanças

esperadas de

chuvas e

extremos de

chuva para o

futuro relativo

ao presente

(1961-1990),

cenário de

emissões A1B,

derivadas do

model regional

Eta-CPTEC 40

km. (Marengo

et al 2010)

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Aumentos osbervados na chuva de SP

Fonte: M. Silva Dias, IAG-USP

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Eventos de Chuvas Intensas na Cidade de

São Paulo estão se tornando mais frequentes

...

Fonte: Estação Meteorológica do IAG-USP; análise: Julia Reid, INPE

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Resposta dos Raios a Mudanças Climáticas em

escala Urbana: cidade de São Paulo Raios

Urbanização

Pinto and Pinto, JGR, 2008

Incidência de Raios X Temperatura por

Década (1950 - 2000)

R2 = 0,762

10

12

14

16

18

20

17,5 18 18,5 19 19,5

Temperatura (C)

# R

aio

s (

/10

.00

0)

Aumento de

30% por grau

Descargas elétricas na RMSP

‘flashes’/km2/ano

50

60

70 80

90

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Legend

Municipal Limits

State_limits

USO_SOLO_Manipulavel_EMPLASA

<all other values>

Uso_Solo

AREA_URBANIZADA

ATERRO_SANITARIO

CAMPO

CAPOEIRA

CHACARA

EQUIPAMENTO_URBANO

ESPELHO_D_AGUA

FAVELA

HORTIFRUTIGRANJEIRO

INDUSTRIA

LIXAO

LOTEAMENTO_DESOCUPADO

MATA

MINERACAO

MOV_TERRA_SOLO_EXPOSTO

OUTRO_USO

REFLORESTAMENTO

RESERVATORIO_DE_RETENCAO

RODOVIA

VEGETACAO_DE_VARZEA

Hipsometric

<VALUE>

75 - 300

300.0000001 - 600

600.0000001 - 700

700.0000001 - 800

800.0000001 - 850

850.0000001 - 1.5

Legend

Municipal Limits

State_limits

USO_SOLO_Manipulavel_EMPLASA

<all other values>

Uso_Solo

AREA_URBANIZADA

ATERRO_SANITARIO

CAMPO

CAPOEIRA

CHACARA

EQUIPAMENTO_URBANO

ESPELHO_D_AGUA

FAVELA

HORTIFRUTIGRANJEIRO

INDUSTRIA

LIXAO

LOTEAMENTO_DESOCUPADO

MATA

MINERACAO

MOV_TERRA_SOLO_EXPOSTO

OUTRO_USO

REFLORESTAMENTO

RESERVATORIO_DE_RETENCAO

RODOVIA

VEGETACAO_DE_VARZEA

Hipsometric

<VALUE>

75 - 300

300.0000001 - 600

600.0000001 - 700

700.0000001 - 800

800.0000001 - 850

850.0000001 - 1.5

Legend

Municipal Limits

State_limits

USO_SOLO_Manipulavel_EMPLASA

<all other values>

Uso_Solo

AREA_URBANIZADA

ATERRO_SANITARIO

CAMPO

CAPOEIRA

CHACARA

EQUIPAMENTO_URBANO

ESPELHO_D_AGUA

FAVELA

HORTIFRUTIGRANJEIRO

INDUSTRIA

LIXAO

LOTEAMENTO_DESOCUPADO

MATA

MINERACAO

MOV_TERRA_SOLO_EXPOSTO

OUTRO_USO

REFLORESTAMENTO

RESERVATORIO_DE_RETENCAO

RODOVIA

VEGETACAO_DE_VARZEA

Hipsometric

<VALUE>

75 - 300

300.0000001 - 600

600.0000001 - 700

700.0000001 - 800

800.0000001 - 850

850.0000001 - 1.5

Air Pollution

Air Pollution Map

Heavy Traffic Area

Legend

Municipal Limits

State_limits

USO_SOLO_Manipulavel_EMPLASA

<all other values>

Uso_Solo

AREA_URBANIZADA

ATERRO_SANITARIO

CAMPO

CAPOEIRA

CHACARA

EQUIPAMENTO_URBANO

ESPELHO_D_AGUA

FAVELA

HORTIFRUTIGRANJEIRO

INDUSTRIA

LIXAO

LOTEAMENTO_DESOCUPADO

MATA

MINERACAO

MOV_TERRA_SOLO_EXPOSTO

OUTRO_USO

REFLORESTAMENTO

RESERVATORIO_DE_RETENCAO

RODOVIA

VEGETACAO_DE_VARZEA

Hipsometric

Type Of Impact

Health

Adaptation Strategies

Improvement of Health and Social Services

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2030-40 2050-60

2080-90 R20

2080-90 2050-60

2030-40 CDD

CDD-Dias secos consecutivos

R20-Dias com chuva maior a 20 mm

Índices de extremos de

chuva para Água Funda-

SP (observados e

projeções para a RMSP)

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TN90-Noites

quentes

2030-40 2050-60

2080-90

Índices de extremos de

temperatura para Água

Funda-SP (observados

e projeções para a

RMSP)

2030-40 2050-60

2030-40 TN10-Noites

frias

TN10-% noites frias

TN90-% noites quentes

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Sumário das projeções Climáticas RMSP

Fonte: Jose Marengo, CCST INPE

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Enchentes urbanas em Sao Paulo tem aumentado

Shades of grey: terrains with a slope of 15-20° Shades of black: : terrains with a slope above 30°

Point of inundations are mainly located in areas in white, or areas of lower terrains and rivers like Tiete, Pinheiros, Aricanduva and Tamamduateí.

Costa et al., 2012

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Areas of Risk of Leptospirosis Areas of Risk of Landslides in 2030

Most vulnerable Areas: Serra da Cantareira, Serra do Mar and São Lourenço da Serra (unstable terrains)

Most vulnerable areas (in red): near rivers and points of flooding (dots in red)

Projected changes in rainfall extremes and urban expansion lead to projected increased

in the risk of landslides and flood–related leptospirosis

Young et al., 2012 Saldiva et al., 2012

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Legenda - Classificação HAND-declividade

Região Metropolitana de SP – Mapeamento das áreas de risco (HAND para inundação e declividade para deslizamento)

Areas vulneráveis a deslizamentos de terra

30

00

00

m E

Créditos: Grupo HAND, CCST – INPE Coordenador: Antonio Donato Nobre

Especialistas: Grasiela Rodrigues e André Silveira Mapa produzido pelo modelo de ambientes HAND (Nobre et al, 2010) com base num MDT fornecido por Andrea Young do NEPO/UNICAMP e produzido pelo Centro de Estudos da Metrópole que obteve as curvas de nível da Emplasa com base nos dados do IBGE.

D Hand < 5,3m 21,63% 5,3 < Hand < 15m 12,58% Hand > 15m e Declividade <= 10˚ 35,80% Hand > 15m e 10˚ < Declividade <= 20˚ 13,44% Hand > 15m e 20˚ < Declividade <= 30˚ 14,20% Hand > 15m e Declividade > 30˚ 2,32%

Área

MDT com resolução horizontal de 30 m e vertical de 5 m

Areas vulneráveis a enchentes

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Impactos Econômicos de Desastres Naturais em Megacidades:

Caso das Inundações em São Paulo, Brasil (Haddad e Teixeira 2013)

Cada ponto de alagamento formado na cidade de São Paulo após uma

chuva forte provoca um prejuízo diário de mais de R$ 1 milhão ao país.

Com 749 pontos de alagamento identificados na cidade, as

perdas anuais no âmbito do município chegam a quase R$ 336

milhões. E, com o espraiamento dos efeitos pelas longas cadeias de

produção e renda, o prejuízo vai a mais de R$ 762 milhões em escala

nacional

1. as enchentes contribuem para reduzir o crescimento da cidade e o

bem-estar da população;

2. os alagamentos aumentam os custos das empresas instaladas em

São Paulo e prejudicam sua competitividade nos mercados doméstico

e internacional;

3. os efeitos não são apenas locais, mas se espraiam por meio de

longas cadeias de produção e renda;

4. para avaliar todos os efeitos, é preciso considerar as interações

internas e externas ao sistema urbano; e,

5. dado o espraiamento dos efeitos, a busca por soluções requer a

coordenação de esforços dos poderes municipal, estadual e federal."

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Considerações finais:

A gestão pública eficaz, voltada para a sustentabilidade, está a

reclamar um novo tipo de governante, que oriente a sua atuação com

base em informação qualificada.

A complexidade da questão ambiental que hoje enfrentamos não

deixa espaço para a ignorância e o oportunismo eleitoral. Além da

informação e da ética, os novos gestores deverão ter a capacidade

lidar com o antagônico, com grupos conflitantes, gerados a partir dos

enormes interesses econômicos que impulsionam o mercado.

A importância do tema ambiental tem o potencial de modificar a atual

forma que hoje pensamos política e os políticos. Neste contexto,

podemos transformar o desafio ambiental, hoje dominado por um

elenco de tragédias, em uma forma de repensar o mundo e as

relações entre os povos.