Vunesp 2015 Mpe Sp Analista de Promotoria Prova

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vunesp 2015

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  • Concurso Pblico

    001. Prova objetiva

    analista de Promotoria i

    (assistente Jurdico)

    Voc recebeu sua folha de respostas e este caderno contendo 100 questes objetivas.Confiraseusdadosimpressosnacapadestecadernoenafolhaderespostas.Quandoforpermitidoabrirocaderno,verifiqueseestcompletoouseapresenta imperfeies.Casohajaalgum

    problema,informeaofiscaldasala.Leiacuidadosamentetodasasquesteseescolhaarespostaquevocconsideracorreta.Marque,nafolhaderespostas,comcanetadetintaazuloupreta,aletracorrespondentealternativaquevocescolheu.Aduraodaprovade5horas,jincludootempoparaopreenchimentodafolhaderespostas.Sserpermitidaasadadefinitivadasalaedoprdioapstranscorridos75%dotempodeduraodaprova.Aosair,vocentregaraofiscalafolhaderespostaseestecaderno,podendolevarapenasorascunhodegabarito,

    localizadoemsuacarteira,parafuturaconferncia.Atquevocsaiadoprdio,todasasproibieseorientaescontinuamvlidas.

    aguarde a ordem do fiscal Para abrir este caderno de questes.

    21.06.2015

    Nomedocandidato

    Prdio sala Carteira Inscrio

  • 3 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    conhecimentos gerais

    Lngua Portuguesa

    Leia o texto para responder s questes de nmeros 01 a 04.

    O bom debate

    Devemos travar debates em termos racionais ou dese-jvel que a carga moral paute a discusso? A pergunta, como o leitor j deve ter intudo, traioeira.

    Longe de mim sugerir que a razo dispensvel. Se h uma caracterstica que possibilita que vivamos em socieda-des de dezenas de milhes de pessoas com os mais variados backgrounds* culturais e diferentes prioridades, justamente a capacidade de desenvolver tecnologias e estabelecer regras bsicas cuja pertinncia lgica est ao alcance de todos.

    No que diz respeito a debates propriamente ditos, a razo que nos ajuda a buscar evidncias que apoiem nossa tese (ou falseiem a de nossos adversrios) e a discriminar entre argumentos vlidos e falaciosos, possibilitando-nos chegar a concluses slidas.

    O problema que, embora a razo faa tudo isso, ela pssima motivadora. Nosso modo analtico, que opera com algoritmos, clculo probabilstico e lgica formal, um sistema abstrato, lento e que exige reflexo antes de traduzir-se em aes.

    Felizmente, no dependemos s dele. Contamos tambm com um mdulo experiencial. Moldado por milhes de anos de seleo natural, ele intuitivo, baseia-se em emoes e extremamente rpido. No precisamos pensar antes de recu-sar comida estragada ou fugir de ces bravios. A dificuldade aqui que, como as emoes esto no comando, tudo pode adquirir dimenso moral.

    Um bom exemplo o do cigarro. Mais ou menos desde os anos 60, todo fumante sabia que o hbito faz mal sade. Esse conhecimento racional, porm, no era o bas-tante para fazer a maioria abandonar o cigarro. A partir dos anos 90, medida que o ato de fumar foi ganhando contor-nos de falha moral, os ndices de ex-tabagistas cresceram e menos jovens se iniciaram nas libaes fumgenas. O perigo aqui que abrimos espao para discriminaes e estridn-cias que so elas mesmas moralmente injustificveis.

    (Hlio Schwartsman. www.folha.uol.com.br, 04.04.2015. Adaptado)

    *background: a totalidade dos elementos (antecedentes familiares, classe social, educao, experincia etc.) que contriburam para a formao de um indivduo, moldaram sua personalidade e influen-ciam seus rumos (Houaiss).

    01. A partir da leitura do texto, afirma-se corretamente que o bom debate

    (A) guia-se pela moralidade, a qual produto direto do raciocnio lgico.

    (B) orienta-se por uma lgica abstrata, que desencadeia aes imediatas.

    (C) mobiliza o conhecimento racional, combinado com a dimenso moral.

    (D) pauta-se por regras de conduta abstratas, sobre as quais exista consenso.

    (E) prescinde da razo, apoiando-se em juzos com implicaes morais.

    02. Segundo o autor,

    (A) o raciocnio lgico abstrato exige uma espcie de reflexo intraduzvel em aes.

    (B) a anlise lgica e racional no constitui motivao suficiente para alterar hbitos.

    (C) a vantagem do mdulo experiencial sobre a razo que aquele resulta em juzos mais justos.

    (D) a intuio resultante da seleo natural visa dirimir conflitos entre culturas diferentes.

    (E) o convvio de culturas diferentes pressupe a exis-tncia de uma moral comum.

    03. No que diz respeito a debates propriamente ditos, a razo que nos ajuda a buscar evidncias que apoiem nossa tese (ou falseiem a de nossos adversrios) e a discriminar entre argumentos vlidos e falaciosos, possibilitando-nos chegar a concluses slidas.

    No contexto dado, interpreta-se, corretamente, o termo discriminar com o sentido de

    (A) revelar-se intolerante.

    (B) esquivar-se de escolher.

    (C) retificar incorrees.

    (D) julgar precipitadamente.

    (E) perceber diferenas.

    04. Assinale a alternativa em que o trecho do texto est reescrito corretamente, no que se refere ao emprego dos sinais de pontuao.

    (A) A razo que nos ajuda a buscar evidncias que apoiem nossa tese ou falseiem a de nossos adversrios e a discriminar entre argumentos vlidos e falaciosos, para que possamos chegar a concluses slidas.

    (B) No precisamos pensar, antes de recusar comida estragada. Ou fugir de ces bravios. Como as emo-es esto no comando, a dificuldade aqui, que tudo pode adquirir dimenso moral.

    (C) Mais ou menos desde os anos 60, todo fumante sabia: que o hbito faz mal sade; mas esse conhe-cimento, apesar de racional no era o bastante, para fazer a maioria abandonar o cigarro.

    (D) Embora a razo, faa tudo isso, o problema : ela pssima motivadora; nosso modo analtico opera com algoritmos, clculo probabilstico, lgica formal; pois, um sistema abstrato.

    (E) Contamos tambm, com um mdulo experiencial. Moldado por milhes de anos de seleo natural; ele intuitivo, baseado em emoes, e extremamente rpido.

  • 4MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    07. Leia o texto.

    O Procurador-Geral de Justia, no uso de suas atri-buies e atento aos recorrentes pedidos para designa-o de Promotores de Justia para auxiliar na execuo de inquritos civis na rea de tutela do patrimnio p-blico, AVISA aos Promotores de Justia interessados, cujas Promotorias de Justia possuam feitos relaciona-dos mencionada rea de atuao, que manifestem, no prazo de 05 (cinco) dias teis, eventual interesse em receber auxlio do PROJETO ESPECIAL TUTELA COLETIVA.

    (www.mpsp.mp.br. Adaptado)

    Uma frase condizente com as informaes do texto e redigida corretamente, no que se refere concordncia nominal padro, est em:

    (A) Esto autorizados a receber auxlio do PROJETO ESPECIAL TUTELA COLETIVA os Promotores de Justia cujos trabalhos sejam atinente rea de tutela do patrimnio pblico.

    (B) O Procurador-Geral de Justia torna conhecida a oportunidade para que determinados Promotores de Justia solicitem auxlio do PROJETO ESPECIAL TUTELA COLETIVA.

    (C) O PROJETO ESPECIAL TUTELA COLETIVA atende a Promotores de Justia atrelados a Promo-torias de Justia com inquritos civis incluso na rea de tutela do patrimnio pblico.

    (D) A manifestao de interesse em receber auxlio do PROJETO ESPECIAL TUTELA COLETIVA deve ser submetido ao Procurador-Geral de Justia no prazo de cinco dias.

    (E) O Procurador-Geral de Justia faz saber: abertos aos Promotores de Justia empenhados na execu-o de inquritos civis na rea de tutela do patrim-nio a inscrio no PROJETO ESPECIAL TUTELA COLETIVA.

    08. O acento indicativo de crase est empregado correta-mente em:

    (A) Um prazo foi estabelecido para queles que dese-jassem demonstrar interesse em receber o auxlio.

    (B) O Procurador-Geral de Justia atendeu diversas solicitaes que lhe foram encaminhadas.

    (C) O texto citado diz respeito participao em um pro-jeto da rea de Promotoria de Justia.

    (D) Aparentemente, a data partir da qual os interessa-dos recebero o auxlio no foi definida.

    (E) O Procurador-Geral de Justia dirigiu-se quem se interessasse em receber um auxlio especfico.

    05. A concordncia verbal est de acordo com a norma--padro da lngua portuguesa em:

    (A) Devem-se levar a srio a possibilidade de existir discriminaes e estridncias moralmente injustifi-cveis.

    (B) Faz-se um alerta para o risco de que se manifestem discriminaes e estridncias moralmente injustifi-cveis.

    (C) O autor teme que, se abrirmos espao, possa surgir discriminaes e estridncias moralmente injustifi-cveis.

    (D) O filsofo sugere que existe a chance de haverem discriminaes e estridncias moralmente injustifi-cveis.

    (E) Deve-se considerar o perigo de que ocorra discrimi-naes e estridncias, as quais podero ser moral-mente injustificveis.

    06. Leia a tira.

    (Dik Brownie, Hagar. www.folha.uol.com.br, 29.03.2015. Adaptado)

    Considerando a ortografia e a acentuao da norma--padro da lngua portuguesa, as lacunas esto, correta e respectivamente, preenchidas por:

    (A) mal ... por que ... intuto

    (B) mau ... por que ... intuito

    (C) mau ... porque ... intuto

    (D) mal ... porque ... intuito

    (E) mal ... por qu ... intuito

  • 5 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    09. Est redigida com clareza e correo, isenta de vcios de linguagem, a frase:

    (A) Diante do frum, a manifestao de representantes de grupos feministas interrompeu o julgamento, o qual se estendeu por mais de dezesseis horas.

    (B) A mulher prestou queixa contra seu vizinho, que segundo ela, havia insultado seu filho, acusando--lhe injustamente de ter cometido um delito que, na verdade, no havia cometido.

    (C) O parecer final, expedido aps anlise judicial, con-cedeu, conforme consta nos documentos arquivados por esta Promotoria, a concesso de uso do espao pblico pelo requerente.

    (D) Quando a priso temporria decretada, e portanto se expede o mandado de priso do indiciado, em duas vias, sendo que uma delas lhe ser entregue e servir como nota de culpa.

    (E) Em que pesem as incontveis vantagens da internet, usada de maneira indiscriminadamente, capazes de produzir danos irreparveis, pessoas, empresas e rgos pblicos.

    10. Leia o poema.

    A Cascata

    A gua feminina canta e danacom suas luas brancas, luas frias,que se desfazem ao sol do meio-dia,e derrama a nudez da claridadee seu fulgor de espelhos e de espadasnas pedras do horizonte.Eu atravesso a ponte e sou o rio.A canoa que passa. Sou os remos.(Jamais deixei de ser a travessia.)E o mundo com seus muros se espalhaentre as guas redondas e entre as sombras.

    (Ldo Ivo. O rumor da noite)

    Assinale a alternativa que apresenta, entre parnteses, o nome correto da figura de linguagem empregada no verso citado.

    (A) Eu atravesso a ponte e sou o rio. (eufemismo).

    (B) A gua feminina canta e dana (personificao).

    (C) E o mundo com seus muros se espalha (pleonasmo).

    (D) e derrama a nudez da claridade (gradao).

    (E) (Jamais deixei de ser a travessia.) (anttese).

    atuaLidades

    11. Depois de dois anos e sete meses de investigaes, a Comisso Nacional da Verdade entrega seu relatrio presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira, em audin-cia no Palcio do Planalto, com a presena dos seis integrantes da CNV. A data de entrega, que coincide com o Dia Mundial dos Direitos Humanos, considerada de grande importncia por trazer luz informaes cole-tadas sobre o perodo mais duro e obscuro da histria recente do pas.

    (O Globo, 10.12.14. Disponvel em: http://goo.gl/H1xfmm. Adaptado)

    Entre as recomendaes desse relatrio, est a

    (A) observao de que o governo federal deve dar pros-seguimento poltica de conciliao nacional, limi-tando a anistia e indenizao queles que no come-teram crimes de sangue.

    (B) proposta de que as Foras Armadas mantenham a comemorao do aniversrio do golpe de 1964, desde que passem a fazer meno aos desaparecidos polticos.

    (C) defesa da manuteno da Lei de Segurana Nacio-nal, promulgada na ditadura, que contribui at os dias de hoje para a garantia da segurana pblica.

    (D) sugesto de que os agentes do Estado envolvidos com episdios de tortura, assassinatos e outros abu-sos sejam investigados, processados e punidos.

    (E) orientao para que o governo federal declare que o Brasil um pas livre da tortura desde 1985, quando teve fim a ditadura militar.

  • 6MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    conhecimentos esPecficos

    direito PenaL

    14. Sobre a aplicao da lei penal, correto afirmar que

    (A) em relao ao tempo do crime, o Cdigo Penal, no artigo 4o, adotou a teoria da ubiquidade.

    (B) para os crimes permanentes, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa, pois considerado tempo do crime todo o perodo em que se desenvolver a ativi-dade criminosa.

    (C) em relao ao lugar do crime, o Cdigo Penal, no artigo 6o, adotou a teoria da atividade.

    (D) a nova lei, que deixa de considerar criminoso deter-minado fato, cessa, em favor do agente, todos os efeitos penais e civis.

    (E) o princpio da retroatividade da lei penal mais ben-fica absoluto, previsto constitucionalmente, sobre-pondo-se at mesmo ultratividade das leis excep-cionais ou temporrias.

    15. Assinale a alternativa correta a respeito da imputabilidade penal.

    (A) Comprovada a doena mental ou o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, o agente ser con-siderado inimputvel para os efeitos legais.

    (B) Aos inimputveis e aos semi-imputveis, compro-vada essa condio por percia mdica, ser subs-tituda a pena por medida de segurana consistente em internao em hospital de custdia e tratamento psiquitrico.

    (C) A imputabilidade um dos elementos da culpabili-dade, ao lado da potencial conscincia sobre a ilici-tude do fato e a exigibilidade de conduta diversa.

    (D) A imputabilidade, de acordo com o Cdigo Penal, pode se dar por doena mental, imaturidade natural ou embriaguez do agente.

    (E) A emoo e a paixo, alm de no afastarem a impu-tabilidade penal do agente, podem ser consideradas como circunstncias agravantes no momento da fixao da pena.

    12. O Conselho de Direitos Humanos da ONU adotou nesta sexta-feira (26) em Genebra, na Sua, uma resoluo que condena os chamados fundos abutres e determina a investigao de suas atividades. A resoluo foi pro-movida pela Argentina, que mantm uma batalha legal com fundos especulativos detentores de ttulos da dvida pblica do pas. Os fundos abutres no vo parar at colocarmos um freio neles, disse o chanceler argentino, Hctor Timerman, ao defender a resoluo, que foi apro-vada por 33 votos a favor, cinco contra e nove absten-es, conforme informou a agncia France Presse.

    (G1, 26.09.14. Disponvel em: http://goo.gl/9eVmg8. Adaptado)

    Em relao Argentina, os chamados fundos abutres

    (A) aceitaram renegociar a dvida argentina, mas a um custo muito alto, praticando uma relao econmica abusiva com o pas sul-americano.

    (B) obrigaram o governo argentino a decretar morat-ria, colocando o pas sul-americano em situao de falncia, sem recursos para financiar as despesas pblicas.

    (C) exigiram do governo dos EUA que considerasse a Argentina um pas falido, o que lhes permitiria resga-tar judicialmente os valores devidos.

    (D) impuseram ao pas a desvalorizao do peso em relao ao dlar, para que as reservas argentinas no exterior contribussem para o pagamento de sua dvida.

    (E) bloquearam na Justia dos EUA os valores que seriam utilizados no pagamento dos credores que aceitaram a proposta de renegociao da dvida argentina.

    13. A epidemia de ebola na frica Ocidental j matou mais de 2 400 pessoas, de um total de 4 784 casos, segundo um balano anunciado nesta sexta-feira (12 de setembro) pela diretora da Organizao Mundial da Sade (OMS), Margaret Chan. No dia 12 de setembro, h 4 784 casos e mais de 2 400 mortos, declarou Chan, em uma coleti-va de imprensa na sede da OMS, em Genebra, de acordo com a AFP. O balano anterior publicado na tera-feira pela OMS informava sobre 2 300 mortos de um total de 4 293 casos em toda a frica Ocidental. Nos trs pases mais afetados, o nmero de casos aumenta mais rpido que a capacidade para trat-los, advertiu nesta sexta--feira Margaret Chan, que pede uma maior mobilizao da comunidade internacional.

    (G1, 12.09.14. Disponvel em: http://goo.gl/ZxY1OT. Adaptado)

    No contexto apresentado, os trs pases mais afetados pela doena foram

    (A) Guin, Libria e Serra Leoa.

    (B) Costa do Marfim, Gana e Camares.

    (C) Angola, Moambique e Arglia.

    (D) Marrocos, Tunsia e Lbia.

    (E) Congo, Cabo Verde e Nigria.

  • 7 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    16. A Lei no 8.072/90 (crimes hediondos)

    (A) define no seu artigo 1o os crimes considerados hediondos, todos previstos no Cdigo Penal, sem prejuzo, contudo, de outros delitos considerados hediondos pela Legislao Penal Especial.

    (B) no permite a interposio de apelao antes do recolhimento do condenado priso, em razo do disposto no seu artigo 2o, 1o (a pena ser cumprida em regime inicial fechado).

    (C) prev progresso de regime para os condenados pela prtica de crime hediondo aps o cumprimento de 1/6 da pena se o apenado for primrio e 2/5 se for reincidente.

    (D) traz no rol do seu art. 1o o crime de roubo impr-prio (art. 157, 1o, CP), o roubo circunstanciado (art. 157, 2o, I, II, III, IV e V, CP) e o roubo qualificado pelo resultado (art. 157, 3o, CP).

    (E) estabelece o prazo de 30 (trinta) dias (podendo ser prorrogado por mais 30 dias) da priso tempor-ria decretada nas investigaes pela prtica de crime hediondo.

    17. Sobre as espcies de pena e regime previstos no Cdigo Penal, tem-se que:

    (A) os condenados por crime hediondo, em razo do princpio da igualdade, iniciaro o cumprimento da pena de acordo com as disposies do pargrafo 2o, do artigo 33, do Cdigo Penal.

    (B) as penas de recluso e deteno podem ter cum-primento iniciado no regime aberto, semiaberto e fechado, conforme o caso.

    (C) para a determinao do regime inicial de cumpri-mento, devem ser considerados os critrios previs-tos no artigo 59, do Cdigo Penal.

    (D) tem o condenado o direito de no ter agravado o seu regime de pena (regresso), podendo, no mximo, ter indeferida a sua progresso de regime.

    (E) se condenado ao cumprimento de pena maior que 4 anos e menor que 8 anos, tem direito o ru, em qualquer hiptese, de inici-la no regime semiaberto.

    18. As penas privativas de liberdade sero substitudas por penas restritivas de direito, observando que

    (A) nos crimes de leso corporal, concordando a vtima e desde que preenchidos os demais requisitos do artigo 44, do Cdigo Penal, a pena corporal poder ser substituda por pena restritiva de direitos.

    (B) a converso da pena corporal em prestao de servi-os comunidade ou entidades pblicas somente poder ocorrer nas condenaes superiores a seis meses de privao de liberdade.

    (C) ao condenado reincidente, em nenhuma hiptese, poder a pena corporal ser substituda por penas restritivas de direitos.

    (D) a prestao pecuniria consiste no pagamento em dinheiro entidade pblica ou privada, com destina-o social, de importncia fixada pelo juiz, no infe-rior a 01 salrio-mnimo e nem superior a 360 sal-rios-mnimos, vedando-se, contudo, o pagamento vtima, que dever buscar reparao civil pelos seus prejuzos acaso suportados.

    (E) nas condenaes superiores a um ano, a pena pri-vativa de liberdade pode ser substituda por duas penas restritivas de direito, vedando-se a converso por multa.

    19. No momento da fixao da pena, dever o juiz

    (A) relegar a fixao do regime inicial da pena, depois de fixado o seu quantum, para o juiz da execuo, a quem compete fiscaliz-la.

    (B) remeter os autos Fazenda Pblica para clculo, fixao e cobrana da pena de multa, posto tratar-se de dvida de valor.

    (C) seguir o critrio trifsico da aplicao da pena que dividido em: pena base, circunstncias atenuantes e agravantes e qualificadoras do delito.

    (D) considerar a menoridade relativa do agente na segunda fase do clculo da pena (circunstncias atenuantes e agravantes).

    (E) considerar a reincidncia do agente na primeira fase do clculo, no momento da anlise dos seus ante-cedentes.

  • 8MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    23. Aproveitando-se da porta que estava apenas encostada, Pedro ingressou sozinho e durante o dia na residncia de Jos, sabendo que no local no havia ningum, subtrain-do dali dois relgios de pulso que depois se apurou esta-rem quebrados. Assinale a alternativa correta a respeito da conduta de Pedro.

    (A) Praticou o crime de furto qualificado pela destreza, j que se aproveitou de um momento em que a casa estava vazia para ali ingressar (artigo 155, 4o, inciso II, CP).

    (B) Caso Pedro seja primrio, e os relgios, ainda que quebrados, forem de pequeno valor, poder ser con-denado por furto privilegiado (art. 155, 2o, CP).

    (C) Pedro praticou o crime de furto e, em razo de ter ingressado em residncia alheia, no poder ser beneficiado com a substituio da pena corporal por restritiva de direitos, nos termos do artigo 44, III, CP (a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstncias indicam que esta substi-tuio seja suficiente).

    (D) Praticou o crime de invaso de domiclio, previsto no artigo 150, do Cdigo Penal.

    (E) Caso condenado por furto, Pedro poder ter diminui-o da sua pena, desde que fique comprovado que praticou furto famlico (procurava algo que pudesse vender para comprar alimento).

    24. Antnia caminhava pela via pblica, quando Joo se aproximou dela e puxou a bolsa que levava nas mos. Inconformada, a vtima correu atrs de Joo, exigindo que lhe devolvesse a bolsa, quando ento ele desferiu um soco contra o rosto de Antnia, que, em razo disso, caiu ao solo, permitindo a fuga de Joo. Populares escu-taram os gritos de socorro da vtima, perseguiram Joo, conseguindo det-lo at a chegada da polcia. A vtima, que teve sua bolsa recuperada, foi socorrida em razo dos ferimentos provocados por Joo, medicada e em seguida liberada (leses no graves). Sobre a conduta de Joo, correto afirmar que

    (A) praticou o crime de furto qualificado, considerando que Joo subtraiu a bolsa das mos da vtima sem violncia ou ameaa.

    (B) praticou o crime de latrocnio, em razo das leses corporais provocadas na vtima.

    (C) praticou o crime de roubo imprprio.

    (D) praticou o crime de leso corporal, considerando que a bolsa foi recuperada logo em seguida.

    (E) praticou o crime de roubo prprio.

    20. Sobre o concurso de agentes, assinale a alternativa correta.

    (A) O Cdigo Penal adotou a Teoria Dualista para o concurso de agentes.

    (B) Para a punio do autor, coautor e partcipe neces-srio que pratique, cada qual, o ncleo do tipo.

    (C) As circunstncias e as condies de carter pessoal se comunicam entre os agentes.

    (D) Exige como requisitos a pluralidade de agentes e de condutas, relevncia causal de cada conduta, liame subjetivo entre os agentes e identidade de infrao penal.

    (E) Pode funcionar tambm como qualificadora de alguns delitos e, ainda, agravantes genricas em outros.

    21. Sobre as causas de extino de punibilidade, pode-se afirmar que

    (A) o perdo judicial, previsto no inciso IX, art. 107, CP, no se dirige a toda e qualquer infrao penal, mas apenas quelas previamente determinadas pela lei, embora se admita a analogia in bonan partem.

    (B) a hiptese do inciso V, art. 107, CP, que trata do perdo nas aes privadas, no est condicionada aceitao da vtima.

    (C) a perempo, prevista no inciso IV, art. 107, CP, instituto jurdico mediante o qual a vtima ou seu representante, perde o direito de queixa ou de repre-sentao em virtude da inrcia.

    (D) a extino da punibilidade poder ser reconhecida desde o incio das investigaes at a sentena penal condenatria ainda no transitada em julgado.

    (E) o rol constante do artigo 107, do Cdigo Penal, taxativo.

    22. Sobre o feminicdio, introduzido no Cdigo Penal pela Lei no 13.104/2015, assinale a alternativa correta.

    (A) Foi introduzido como um novo crime no Cdigo Penal, incidindo sempre que mulheres figurarem como vtimas de homicdio tentado ou consumado.

    (B) Trata-se de mais uma hiptese de homicdio simples, mas que ter sua pena aumentada em 1/3 pelo fato da vtima ser mulher.

    (C) No foi includo no rol dos crimes hediondos, consi-derando as graves consequncias j estabelecidas nas causas de aumento do 7o do artigo 121, CP.

    (D) Acrescentou uma hiptese de homicdio qualificado no 2o do artigo 121, CP.

    (E) Estabeleceu uma modalidade de homicdio qualifi-cado, mas manteve as penas do homicdio simples, considerando as causas de aumento previstas no 7o do artigo 121, CP.

  • 9 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    25. Josefa teve acesso a arquivos comprovando infidelidade conjugal por parte de Mrio, que vendeu um dos seus computadores sem apagar seus arquivos pessoais. Ciente disso, e sabendo que Mrio era casado, Josefa entrou em contato com ele, por telefone, marcando encontro, no qual ele deveria repassar a ela o valor de R$ 10.000,00 para que no mostrasse aqueles arquivos para a mulher dele. No dia do encontro, Mrio compareceu com o dinheiro, e a polcia, que foi avisada por ele, to logo Josefa guardou o dinheiro na bolsa, deu a ela voz de priso em flagrante. A respeito deste episdio, Josefa

    (A) cometeu o crime de furto dos arquivos de Mrio (art. 155, CP), uma vez que a posse legtima do computador no levou posse legtima dos arquivos pessoais que estavam nele, em concurso material com extorso (art. 158, CP).

    (B) cometeu o crime de ameaa, previsto no artigo 147, CP.

    (C) no cometeu qualquer crime, considerando que os arquivos do computador vendido por Mrio chega-ram em suas mos por descuido dele, que no os apagou quando vendeu o equipamento.

    (D) cometeu o crime de roubo tentado, considerando que para obter o valor de R$ 10.000,00 usou de ameaa contra Mrio (ameaava mostrar os arquivos para a mulher dele).

    (E) cometeu o crime de extorso, previsto no artigo 158, CP.

    26. Em relao aos crimes praticados contra a f pblica, assinale a alternativa correta.

    (A) O crime de falso atestado mdico, previsto no artigo 302, do CP, admite tanto a forma dolosa quanto a forma culposa.

    (B) O crime de falso reconhecimento de firma ou letra (art. 300, CP), por ser crime prprio, no admite coautoria ou participao.

    (C) A falsidade material consistente na omisso de declarao que deveria constar no documento p-blico ou particular ou na insero (direta ou indireta) de declarao falsa ou diversa da que deveria ser nele escrita.

    (D) Os delitos de falso se consumam independentemente do resultado (prejuzo).

    (E) Os testamentos particulares inserem-se no conceito de documento particular para fins de falsificao (art. 298, CP).

    27. Nos crimes contra a Administrao Pblica,

    (A) o crime de peculato doloso (artigo 312, CP) divide-se em peculato-apropriao, peculato-desvio e peculato--furto.

    (B) o funcionrio pblico que exige tributo ou contri-buio social, que sabe ou deveria saber indevido, comete crime de concusso (art. 316, CP).

    (C) o funcionrio que deixa, por indulgncia, de respon-sabilizar subordinado que cometeu infrao no exer-ccio do cargo ou, quando lhe falte competncia, no levar o fato ao conhecimento da autoridade compe-tente comete crime de prevaricao (art. 319, CP).

    (D) o crime de corrupo passiva se consuma no momento em que o funcionrio pblico, em conse-quncia da promessa ou vantagem recebida, retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofcio ou o pra-tica infringindo dever funcional (art. 317, CP).

    (E) o crime de coao no curso do processo (art. 344, CP) se configura quando, na modalidade violncia, resultar leso corporal no coacto.

    28. Assinale a alternativa correta sobre os crimes praticados pelo particular contra a Administrao em geral.

    (A) O crime de resistncia previsto no artigo 329 do CP tem sua pena aplicada sem prejuzo da pena corres-pondente violncia grave.

    (B) O delito de desobedincia, previsto no artigo 330, CP, crime comum, tendo como sujeito ativo qualquer pessoa, com exceo do funcionrio pblico, que mesmo quando no est no exerccio da funo, no perde essa condio para efeitos penais.

    (C) O crime de falso testemunho ou falsa percia (art. 342, CP) admite retratao do agente que poder ser manifestada em qualquer instncia e grau de jurisdio, ocasionando a extino da punibilidade.

    (D) O delito de desacato (art. 331, CP), dado o objeto material (o funcionrio pblico e sua honra), tem como sujeito passivo apenas o funcionrio pblico humilhado.

    (E) O crime de coao no curso do processo (art. 344, CP) no admite violncia, mas apenas ameaa por parte do agente, que busca favorecer interesse pr-prio ou alheio, contra autoridade, parte ou qualquer outra pessoa que funciona ou chamada a intervir em processo judicial, policial, administrativo ou em juzo arbitral.

  • 10MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    32. Nos termos do artigo 149, caput, do Cdigo de Processo Penal, quando houver dvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz

    (A) ordenar, de ofcio ou a requerimento do Ministrio Pblico, o arquivamento da ao penal, dispensvel o exame mdico-legal, ante o disposto no artigo 18 do mesmo diploma legal.

    (B) ordenar, de ofcio ou a requerimento do Ministrio Pblico, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmo ou cnjuge do acusado, seja este submetido a exame mdico-legal.

    (C) ordenar a soltura do acusado, se estiver preso, para comparecimento em manicmio judicirio, onde ser submetido a exame mdico-legal.

    (D) ordenar, a requerimento do Ministrio Pblico, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmo ou cnjuge do acusado, seja este submetido a exame mdico-legal.

    (E) designar data para interrogatrio, ocasio em que determinar o arquivamento da ao penal, condi-cionado a parecer mdico-legal de inimputabilidade mental.

    33. Assinale a alternativa correta quanto ao depoimento de testemunha por carta precatria, disciplinado pelo artigo 222 do Cdigo de Processo Penal.

    (A) H vedao legal colheita do depoimento testemu-nhal deprecado, por meio de videoconferncia.

    (B) A expedio da carta precatria suspende a instru-o criminal.

    (C) Se intimada, por carta precatria, a testemunha que morar fora da jurisdio do juiz, dever comparecer para sua oitiva, pelo Juzo Deprecante, sob pena de conduo coercitiva.

    (D) Anotado prazo razovel para o cumprimento, o seu decurso permite a realizao do julgamento, mas, a todo tempo, a carta precatria, uma vez devolvida, ser junta aos autos.

    (E) Desnecessria a intimao das partes, da expedio da carta precatria, por se tratar de ato ordinatrio.

    direito ProcessuaL PenaL

    29. De acordo com o princpio da presuno de inocncia, previsto no artigo 5o, inciso LVII, da Constituio Federal, explcito no processo penal,

    (A) iniciada a ao penal e feita a citao, o ru no obrigado a comparecer em Juzo e se autoacusar, mas, comparecendo, no tem direito ao silncio.

    (B) em caso de dvida, por aplicao do princpio da prevalncia do interesse da sociedade (in dubio pro societate), condena-se o acusado.

    (C) o nus da prova de inocncia cabe defesa, aps recebimento da denncia ou queixa-crime e conse-quente incio da ao penal.

    (D) surge como sua decorrncia lgica, a indispensabi-lidade da medida cautelar extrema, de priso, ainda que desnecessria instruo e ordem pblica.

    (E) presume-se inocente o acusado at pronunciamento de culpa, por sentena condenatria, transitada em julgado.

    30. O arquivamento de Inqurito Policial ocorre

    (A) por ordem do chefe de Polcia, dado o seu carter administrativo.

    (B) por ordem da autoridade judiciria, por falta de base para a denncia.

    (C) mediante requisio do Ministrio Pblico, autori-dade policial, por falta de justa causa para a ao penal.

    (D) pela autoridade policial, a pedido do curador especial nomeado para o inidiciado, noticiada a sua inimpu-tabilidade penal.

    (E) por ordem da autoridade policial, constatada a au-sncia de indcios de autoria delitiva.

    31. Para delimitao de competncia, entende-se por foro supletivo ou foro subsidirio, previsto no artigo 72, caput, do Cdigo de Processo Penal,

    (A) o do juzo prevento, na infrao continuada ou per-manente, praticada em territrio de duas ou mais jurisdies.

    (B) o do lugar da infrao qual cominada pena mais grave.

    (C) o de domiclio ou residncia do ru, porque desco-nhecido o lugar da infrao penal.

    (D) o da residncia da vtima, porque desconhecidos o paradeiro do ru, o local da consumao do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o ltimo ato de execuo.

    (E) o do juzo da distribuio, porque desconhecidos o paradeiro do ru, o local da consumao do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o ltimo ato de execuo.

  • 11 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    36. Greice, vtima de delito previsto no artigo 147 do Cdigo Penal, com pena mxima de 6 (seis) meses de deteno, formulou pedido de concesso de medidas protetivas de afastamento e proibio de contato, previstas no artigo 22, incisos II e III, da Lei no 11.340/06, deferidas judicial-mente. Noticiado o descumprimento das medidas proteti-vas, o ofensor Emerson, primrio, foi preso em flagrante delito, quando, em novo episdio de violncia domstica e familiar, ameaava Greice de morte, aps t-la agre-dido fisicamente, com emprego de uma faca, causando--lhe leses de natureza leve. Ao receber o auto de priso em flagrante, nos termos dos artigos 310 e seguintes do Cdigo de Processo Penal, o juiz

    (A) converter a priso em flagrante em preventiva porque: a) presentes os requisitos do artigo 312 do Cdigo de Processo Penal; b) insuficientes as medi-das cautelares diversas da priso e; c) adequada a cautelar extrema para garantir a execuo das medi-das protetivas de urgncia, descumpridas, em crime envolvendo violncia domstica e familiar contra a mulher, nos termos do artigo 313, inciso III, do Cdigo de Processo Penal.

    (B) relaxar o flagrante, pela ilegalidade da priso, vez que o descumprimento de medidas protetivas enseja, to somente, reparao civil.

    (C) conceder liberdade provisria, porque o indiciado primrio, sem notcia de condenao por crime doloso, por sentena transitada em julgado, ante a exigncia do artigo 313, inciso I, do Cdigo de Pro-cesso Penal, nica aplicvel Lei Maria da Penha.

    (D) conceder liberdade provisria, porque as penas mximas cominadas aos delitos de ameaa e leso corporal leve afastam a adequao da priso pre-ventiva, ante a exigncia do artigo 313, inciso I, do Cdigo de Processo Penal, nica aplicvel Lei Maria da Penha.

    (E) ouvir o Ministrio Pblico, em 24 horas, nos ter-mos do disposto no artigo 25 da Lei no 11.340/06, sob pena de nulidade absoluta e relaxamento do flagrante.

    34. Em crime de ao penal pblica, membro do Ministrio Pblico, com fundamento no artigo 16 do Cdigo de Processo Penal, formulou pedido de retorno do inqurito policial, para realizao de diligncias, imprescindveis ao oferecimento da denncia, concretizado, aps, pelo mesmo Promotor de Justia. Revela-se, assim:

    (A) a suspeio do Promotor de Justia, porque, como sujeito e parte na relao processual, j teve con-tato com a prova, impondo-se, pela aplicao dos princpios da unidade e da indivisibilidade do Minis-trio Pblico, o oferecimento da denncia por outro membro.

    (B) uma situao regular, desde que declinada, na cota de oferecimento, pelo membro do Ministrio Pblico, que no h motivo que ensejaria declarao de sus-peio, ex officio, por contato direto com a prova, na primeira fase da persecuo penal.

    (C) uma situao regular, desde que designado, pelo Procurador Geral de Justia, o mesmo Promotor de Justia que participou da fase investigatria criminal, para o oferecimento de denncia, por inteligncia do artigo 258 do Cdigo de Processo Penal.

    (D) o impedimento do Promotor de Justia que partici-pou da fase investigatria criminal, ainda que esta tenha sido conduzida por autoridade policial, para oferecimento da denncia, nos termos do artigo 258 do Cdigo de Processo Penal, que estabelece como uma de suas hipteses, a atuao nas duas fases da persecuo penal.

    (E) uma situao regular, porque a participao de membro do Ministrio Pblico, na fase investigatria criminal, no acarreta o seu impedimento ou suspei-o para o oferecimento de denncia.

    35. A priso em flagrante, cautelar, realiza-se

    (A) sem necessidade de avaliao posterior por auto-ridade judiciria, porque pode ser relaxada, a qual-quer tempo, pela autoridade policial.

    (B) diante de aparente tipicidade (fumus boni juris), mas confirmados ilicitude e culpabilidade.

    (C) no momento em que est ocorrendo ou termina de ocorrer o crime.

    (D) mediante expedio de mandado de priso pela autoridade judiciria.

    (E) nica e to somente pela polcia judiciria.

  • 12MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    39. Getlio foi denunciado pela prtica do delito de furto simples, descrito pelo artigo 155, caput, do Cdigo Penal, e, encerrada a instruo, aps confisso e oitiva de teste-munhas presenciais do fato, restou demonstrado que ele agiu em concurso com Diocleciano, que fugiu na posse dos bens subtrados da vtima. Assim, por prova existente nos autos, comprovou-se circunstncia qualificadora, descrita pelo 4o, inciso IV, do precitado dispositivo legal, no descrita na denncia, e, portanto, deve o Ministrio Pblico, nos termos do artigo 384, caput, do Cdigo de Processo Penal (mutatio libelli):

    (A) aditar a denncia, no prazo de 5 (cinco) dias, redu-zindo-se a termo o aditamento, quando feito oral-mente.

    (B) oferecer alegaes finais, com pedido de absolvio do ru, nos termos do artigo 386, inciso VII, do Cdigo de Processo Penal, porque no comprovados os fatos, como narrados na denncia.

    (C) requerer o encaminhamento dos autos ao Procura-dor Geral de Justia, nos termos do artigo 28 do C-digo de Processo Penal, porque precluso o momento para formao da opinio delicti.

    (D) oferecer alegaes finais, com pedido de condena-o do ru, pela prtica do delito descrito no artigo 155, 4o, inciso IV, do Cdigo Penal, diante da con-fisso espontnea do ru, corroborada pelos depoi-mentos testemunhais, ante o disposto no artigo 197 do Cdigo de Processo Penal.

    (E) requerer a converso do julgamento em diligncia, com vistas localizao de Diocleciano, para que seja indiciado, e, posteriormente, denunciado, diante do princpio da indivisibilidade da ao penal.

    40. Com relao ao desaforamento de processo de compe-tncia do Tribunal do Jri, previsto nos artigos 427 e 428 do Cdigo de Processo Penal, correto afirmar que

    (A) ofende aos princpios do juiz e promotor natural e, portanto, no foi recepcionado pela Constituio Federal.

    (B) ocorre em duas hipteses taxativas: 1. se o interesse da ordem pblica o reclamar e 2. se houver dvida quanto imparcialidade do jri.

    (C) pode ser requerido, exclusivamente, pelo Ministrio Pblico.

    (D) constitui deciso que altera competncia fixada pelos critrios do artigo 69 do Cdigo de Processo Penal.

    (E) no lhe pode ser atribudo efeito suspensivo, ainda que em carter excepcional.

    37. Consoante atual redao do artigo 323 do Cdigo de Processo Penal, no ser concedida fiana, to somente:

    (A) I. nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares; II. nos crimes contra a ordem constitu-cional e o Estado Democrtico; III. nos crimes co-metidos contra a honra do Presidente da Repblica.

    (B) I. nos crimes de tortura, trfico ilcito de entorpecen-tes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como hediondos; II. nos crimes de racismo; III. nos crimes de lavagem de dinheiro.

    (C) I. nos crimes de racismo; II. nos crimes de tortura, trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, ter-rorismo e nos definidos como hediondos; III. nos crimes de violncia domstica e familiar contra a mulher, criana, adolescente, idoso, enfermo e pessoa com deficincia.

    (D) I. nos crimes de racismo; II. nos crimes de tortura, trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, ter-rorismo e nos definidos como hediondos; III. nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou mili tares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrtico.

    (E) I. nos crimes de tortura, trfico ilcito de entorpecen-tes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como hediondos; II. nos crimes de racismo; III. nos crimes cometidos por reincidentes em crimes dolosos.

    38. Nos termos do artigo 366 do Cdigo de Processo Penal, se o acusado, citado por edital, no comparecer nem constituir advogado:

    (A) ficar suspenso o processo, podendo o juiz determi-nar a produo antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar a priso preventiva, nos termos do artigo 312.

    (B) ficaro suspensos o processo e o curso prescricio-nal, podendo o juiz determinar a produo anteci-pada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar a priso preventiva, nos termos do artigo 312.

    (C) ser determinada vista ao Ministrio Pblico, sob pena de nulidade absoluta.

    (D) os autos permanecero arquivados em Cartrio, por perodo de 180 (cento e oitenta) dias, para renova-o de diligncias de localizao, pela imprescindibi-lidade da citao pessoal no processo penal.

    (E) ser determinada vista Defensoria Pblica, para oferecimento de resposta, em respeito ao princpio da ampla defesa.

  • 13 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    tuteLa de interesses difusos

    44. Acerca dos direitos bsicos do consumidor, afirma-se que

    (A) h possibilidade de modificao das clusulas con-tratuais que estabeleam prestaes desproporcio-nais ou sua reviso em razo de fatos surgidos antes da formao do contrato e que as tornem inquas.

    (B) a educao e a divulgao sobre o consumo ade-quado dos produtos e servios configuram um des-ses direitos, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contrataes.

    (C) eles no excluem outros que derivem de tratados ou convenes internacionais de que o Brasil seja signatrio, dispensando-se aqueles resultantes dos costumes e equidade.

    (D) a informao adequada sobre os diferentes produtos deve ser clara quanto especificao das caracte-rsticas e qualidade, sem a meno a tributos inci-dentes e preo.

    (E) tendo mais de um autor a ofensa, responder pela reparao do dano aquele que a ele deu causa, cul-posamente.

    45. As prticas comerciais referentes oferta, nas relaes de consumo, estabelecem que

    (A) na hiptese de oferta ou venda por telefone, deve constar o nome do fabricante e endereo na embala-gem, sendo despicienda a meno a outros impres-sos utilizados na transao comercial.

    (B) os fabricantes e os importadores devero assegu-rar a oferta de componentes e peas de reposio, ainda que cessada a fabricao do produto, por perodo indeterminado.

    (C) a oferta e a apresentao de produtos ou servios devem assegurar informaes corretas e claras e, no caso de produtos refrigerados oferecidos ao con-sumidor, sero facultativamente gravadas de forma indelvel.

    (D) proibida a publicao de bens e servios por tele-fone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a origina.

    (E) o fornecedor do produto ou servio tem responsa-bilidade subsidiria pelos atos praticados por seus representantes autnomos.

    41. O prazo da Apelao, nas hipteses previstas no artigo 593 do Cdigo de Processo Penal, de

    (A) 2 (dois) dias.

    (B) 15 (quinze) dias.

    (C) 5 (cinco) dias.

    (D) 10 (dez) dias.

    (E) 24 (vinte e quatro) horas.

    42. Sobre o benefcio da remio, disciplinado pelos artigos 126 a 130 da Lei de Execuo Penal e que permite o desconto do tempo de pena privativa de liberdade pelo trabalho ou estudo, assinale a alternativa correta.

    (A) Restringe-se ao condenado que cumpre regime fechado.

    (B) Se interrompido o trabalho ou estudo, por acidente incapacitante, cessa o direito remio.

    (C) So inacumulveis horas dirias de trabalho e de estudo, para fins de remio.

    (D) A remio declarada pelo juiz da execuo, dispen-sada a oitiva da defesa e do Ministrio Pblico.

    (E) Ocorre na proporo de trs dias de trabalho ou de estudo por um dia de pena.

    43. Diz o artigo 76, caput, da Lei no 9.099/95 (Juizados Especiais Criminais) que Havendo representao ou tratando-se de crime de ao penal pblica incondicio-nada, no sendo caso de arquivamento, o Ministrio P-blico poder propor a aplicao imediata de pena restriti-va de direitos ou multa, a ser especificada na proposta.

    No se admitir a proposta, nos termos do 2o, se ficar comprovado:

    (A) ter sido o agente beneficiado, anteriormente, no prazo de 10 (dez) anos, pela aplicao de pena res-tritiva ou multa.

    (B) ter o agente descumprido condies de suspenso condicional do processo.

    (C) no indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstncias, ser necessria e suficiente a adoo da medida.

    (D) no tiver sido realizada a composio civil dos danos.

    (E) ter sido o autor da infrao condenado, pela prtica de crime ou contraveno penal, pena privativa de liberdade ou restritivas de direitos, por sentena definitiva.

  • 14MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    48. Sobre as sanes administrativas aplicveis s infraes das normas de defesa do consumidor, correto afirmar que

    (A) a pendncia de ao judicial, na qual se discuta a imposio de penalidade administrativa, no obsta a ocorrncia de reincidncia at o trnsito em julgado da sentena.

    (B) a pena de interveno administrativa ser aplicada sempre que as circunstncias de fato desaconselha-rem a cassao de licena, a interdio ou a suspen-so de atividade.

    (C) a multa ser imposta em montante nunca inferior a trezentos e no superior a quatro milhes de vezes o valor do Bnus do Tesouro Nacional.

    (D) podero ser aplicadas cumulativamente, afastada a medida cautelar incidental de procedimento adminis-trativo.

    (E) a pena de multa, graduada de acordo com a natureza da infrao, ser aplicada mediante procedimento judicial, com reverso dos valores para os fundos nacionais de compensao pecuniria do consumi-dor e equiparados.

    49. O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econmico (MJ), ou rgo federal que venha substitu-lo, o organismo de coor-denao da poltica do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe

    (A) requisitar ao Ministrio Pblico documentos e peas importantes para fins de adoo de medidas admi-nistrativas.

    (B) coordenar, elaborar e rever as regras da poltica estadual de proteo ao consumidor.

    (C) incentivar a formao de entidades de defesa do consumidor pela populao, vedada a participao de recursos financeiros.

    (D) informar, conscientizar e motivar o consumidor atra-vs dos diferentes meios de comunicao.

    (E) instaurar inqurito policial para apreciao de delito contra os consumidores, nos termos de sua atuao.

    46. Assinale a alternativa que se coaduna com os princpios da Poltica Nacional das Relaes de Consumo, dentre outros.

    (A) Educao e informao de fornecedores e consumi-dores, quanto aos seus direitos e deveres, com vis-tas melhoria do mercado de consumo.

    (B) Operacionalizao de estratgias voltadas eficin-cia dos servios pblicos e privados.

    (C) Ao governamental no sentido de proteger efetiva-mente o consumidor por iniciativa indireta e primria.

    (D) Respeito dignidade do consumidor, sade e reali-dade setorial-econmica.

    (E) Compatibilizao da proteo do consumidor com a necessidade de desenvolvimento social e cultural, para viabilizao dos princpios referentes ordem econmica.

    47. Assinale a alternativa correta, na temtica da desconsi-derao da personalidade jur dica nas relaes de con-sumo.

    (A) As sociedades coligadas tm responsabilidade objetiva.

    (B) As sociedades consorciadas so subsidiariamente responsveis pelas obrigaes derivadas das rela-es de consumo.

    (C) Poder ser desconsiderada a pessoa jurdica quando sua personalidade for impedimento efetivao dos direitos dos consumidores, sujeita a avaliao dos rgos de defesa do consumidor.

    (D) As sociedades integrantes dos grupos societrios so responsveis solidariamente pelas obrigaes decorrentes das relaes de consumo.

    (E) Ser efetivada quando houver falncia, estado de insolvncia, encerramento ou inatividade da pessoa jurdica provocados por m administrao.

  • 15 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    53. Em relao Ao Civil Pblica, correto afirmar que

    (A) admitir-se- o litisconsrcio necessrio entre os Ministrios Pblicos da Unio, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida essa lei.

    (B) as associaes no so legitimadas a promover a Ao Civil.

    (C) visa tambm prevenir e reparar danos morais e patri-moniais causados ao patrimnio pblico e social.

    (D) a ao ser proposta no foro do ru, cujo juzo ter competncia funcional para processar e julgar a causa.

    (E) um importantssimo instrumento de defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais.

    54. O idoso goza de todos os direitos fundamentais ineren-tes pessoa humana, sem prejuzo da proteo integral, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades para a preservao de sua sade fsica e mental e seu aperfeioamento moral, in-telectual, espiritual e social, em condies de liberdade e dignidade. Nesse aspecto,

    (A) nos veculos de transporte coletivo, sero reservados 20% (vinte por cento) dos assentos para os idosos, sem necessidade de identificar com a placa de reser-vado preferencialmente para idosos, para evitar cons-trangimentos.

    (B) a garantia de prioridade ao idoso compreende, dentre outros, o atendimento preferencial imediato e indivi-dualizado junto aos rgos pblicos e privados pres-tadores de servios populao.

    (C) compete ao Ministrio Pblico zelar pelo efetivo res-peito aos direitos e garantias legais assegurados ao idoso, promovendo somente as medidas judiciais.

    (D) a famlia ou o poder pblico tm obrigao de asse-gurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivao do direito vida, sade, alimentao, educa-o, cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, ao respeito e convivncia familiar e comunitria.

    (E) assegurada a ateno integral sade do idoso, por intermdio do SUS, o que autoriza a discrimina-o do idoso nos planos de sade pela cobrana de valores diferenciados em razo da idade.

    50. A Poltica Nacional do Meio Ambiente visar

    (A) a definio de reas prioritrias de ao governa-mental relativa qualidade e ao equilbrio ecolgico, atendendo aos interesses municipais.

    (B) o uso de tecnologias mitigadoras no manejo do meio ambiente, divulgao de dados e informaes ambientais quando autorizadas por lei.

    (C) a orientao somente das atividades empresariais pblicas que sero exercidas em consonncia com as diretrizes da Poltica Nacional do Meio Ambiente.

    (D) ao estabelecimento de critrios e padres de qua-lidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais.

    (E) o fomento do desenvolvimento econmico, com observncia nos casos estabelecidos em lei com-plementar, da preservao da qualidade do meio ambiente.

    51. Assinale a alternativa com o instrumento da Poltica Nacional do Meio Ambiente que prev uma obrigao legal prvia instalao de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente e que possui como uma de suas mais expressivas caractersticas a participao social na tomada de deciso.

    (A) O sistema nacional de informaes sobre o meio ambiente.

    (B) O licenciamento.

    (C) O zoneamento ambiental.

    (D) A avaliao de impactos ambientais.

    (E) Os incentivos produo e instalao de equipa-mentos e a criao ou absoro de tecnologia, volta-dos para a melhoria da qualidade ambiental.

    52. Princpio, como esclarece Celso Antnio Bandeira de Mello, o mandamento nuclear de um determinado sistema, o alicerce do sistema jurdico, aquela dis-posio fundamental que influencia e repercute sobre todas as demais normas do sistema. Pode-se indi-car como princpio ambiental, que objetiva capacitar a comunidade para a participao ativa na defesa do meio ambiente, o princpio da

    (A) educao ambiental.

    (B) preveno de danos e degradaes ambientais.

    (C) funo social e ambiental da propriedade.

    (D) garantia do desenvolvimento econmico e social ecologicamente sustentado.

    (E) disponibilidade do interesse pblico e particular na proteo do meio ambiente.

  • 16MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    58. Em relao filiao e demonstrao de parentesco, assinale a alternativa correta.

    (A) Basta o adultrio da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presuno legal da paternidade.

    (B) A prova da impotncia do cnjuge para gerar, poca da concepo, no ilide a presuno da paternidade.

    (C) No basta a confisso materna para excluir a pater-nidade.

    (D) Qualquer pessoa pode vindicar estado contrrio ao que resulta do registro de nascimento.

    (E) Prescreve em quatro anos o direito do marido de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher.

    59. A respeito do parcelamento do solo urbano e do registro do loteamento, correto afirmar:

    (A) o processo de loteamento e os contratos deposita-dos em Cartrio podero ser examinados desde que haja autorizao judicial.

    (B) aps o registro no poder mais haver seu cance-lamento, exceto por deciso judicial transitada em julgado.

    (C) aprovado o projeto de loteamento, o loteador dever submet-lo ao registro imobilirio de imediato, sob pena de no mais faz-lo.

    (D) desde a data de registro, passam a integrar o domnio do Municpio as vias e praas constantes do projeto e do memorial descritivo.

    (E) o Ministrio Pblico ser ouvido em qualquer caso em que houver pedido de registro de loteamento.

    60. Havendo a extino de uma fundao de direito privado, seu patrimnio ser

    (A) incorporado a outra fundao, designada por juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante, salvo disposio em contrrio no ato constitutivo, ou no estatuto.

    (B) vendido, e o que remanescer do seu patrimnio ser devolvido Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da Unio.

    (C) vendido, e o valor apurado ser rateado entre seus colaboradores, salvo disposio em contrrio no ato constitutivo, ou no estatuto.

    (D) incorporado ao patrimnio do Ministrio Pblico estadual, para a obteno de recursos para a fiscali-zao de outras fundaes.

    (E) destinado entidade de fins no econmicos, desig-nada no estatuto, ou, omisso este, por deliberao dos associados, instituio municipal, estadual ou federal, de fins idnticos ou semelhantes.

    55. Sem prejuzo das penalidades definidas pela legislao federal, estadual e municipal, o no cumprimento das medidas necessrias preservao ou correo dos inconvenientes e danos causados pela degradao da qualidade ambiental sujeitar os transgressores a

    (A) indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade, comprovada a existncia de culpa.

    (B) responsabilizao somente na esfera penal.

    (C) restrio de participao em licitaes relacionadas a atividade danosa.

    (D) multa, que poder ser cobrada, de forma concomi-tante, pela Unio, Estados e Municpios.

    (E) perda ou suspenso de participao em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crdito.

    direito civiL

    56. No que diz respeito deserdao dos descendentes por seus ascendentes, assinale a alternativa correta.

    (A) As causas de deserdao so exemplificativas, podendo o testador ter razes particulares para excluir o herdeiro.

    (B) O direito de provar a causa da deserdao extingue--se no prazo de quatro anos, a contar da data da abertura da sucesso.

    (C) Valer a deserdao feita pelo autor da herana, em documento particular outro, que no o testamento, desde que reconhecido pelos demais herdeiros.

    (D) A deserdao pode ser ordenada em testamento, sem a indicao dos motivos.

    (E) Ao herdeiro institudo, ou quele a quem aproveite a deserdao, incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador.

    57. nulo o casamento contrado

    (A) pelo incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequvoco, o consentimento.

    (B) por infringncia de impedimento legal.

    (C) por incompetncia da autoridade celebrante.

    (D) por quem no completou a idade mnima para casar.

    (E) pelo menor em idade nbil, quando no autorizado por seu representante legal.

  • 17 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    64. A respeito da curatela de interditos e da atuao do Ministrio Pblico, assinale a alternativa correta.

    (A) O rgo do Ministrio Pblico poder requerer a interdio no caso de anomalia psquica do cura-telado.

    (B) A sentena de interdio produz efeito desde logo, embora sujeita apelao, desde que o procedimento tenha o Ministrio Pblico como curador lide.

    (C) Quando a interdio for requerida pelo rgo do Ministrio Pblico, o juiz o nomear como curador lide.

    (D) Tendo a interdio sido requerida pelo Ministrio Pblico, o interditado no ter direito a contestar o feito.

    (E) No haver percia nos feitos de iniciativa do Minis-trio Pblico, porque este j se fundamenta em laudo mdico.

    65. Os embargos de declarao no rito ordinrio sero opos-tos no prazo de

    (A) 5 dias em primeira instncia e 10 dias em segunda instncia, em petio dirigida ao juiz ou relator, no interrompendo o prazo de outros recursos para a parte contrria.

    (B) 10 dias, com preparo, em petio dirigida ao juiz ou relator, interrompendo o prazo de outros recursos, por qualquer das partes.

    (C) 5 dias, sem preparo, em petio dirigida ao juiz ou relator, interrompendo o prazo de outros recursos, por qualquer das partes.

    (D) 10 dias, sem preparo, em petio dirigida ao juiz ou relator, interrompendo o prazo de outros recursos para a parte contrria.

    (E) 15 dias, com preparo, em petio dirigida ao juiz ou relator, no interrompendo o prazo de outros recur-sos para a parte contrria.

    66. Considerando que o Ministrio Pblico props ao para a decretao de nulidade de casamento, fundamentado no fato de que somente um dos contraentes era enfermo mental e o contraiu sem o necessrio discernimento para os atos da vida civil, em relao aos cnjuges haver

    (A) oposio, sendo ambos os demandados.

    (B) assistncia, sendo ambos os demandados.

    (C) litisconsrcio necessrio, sendo ambos os deman-dados.

    (D) chamamento ao processo, se somente um deles for demandado.

    (E) denunciao da lide, se somente um deles for demandado.

    61. Quanto obrigao de pagar alimentos, assinale a alter-nativa correta.

    (A) Para a manuteno dos filhos, contribuir apenas o cnjuge que no estiver com a sua guarda.

    (B) O cnjuge considerado culpado em separao litigiosa no ter direito a alimentos, ainda que o necessitar.

    (C) Pode o credor renunciar ao direito a alimentos, sendo o respectivo crdito passvel de compensao.

    (D) O novo casamento do cnjuge devedor acarreta a diminuio da obrigao constante da sentena de divrcio.

    (E) Com o casamento, a unio estvel ou o concubinato do credor cessa o dever de prestar alimentos.

    62. A respeito da decadncia, assinale a alternativa correta.

    (A) No corre a decadncia contra os que se acharem servindo nas Foras Armadas, em tempo de guerra.

    (B) Em qualquer caso pode ser interrompida ou suspensa.

    (C) Quando a ao se originar de fato que deva ser apurado no juzo criminal, no correr a decadncia antes da respectiva sentena definitiva.

    (D) No pode ser reconhecida de ofcio, quando conven-cional.

    (E) Fixada em lei, pode ser renunciada pela parte a quem aproveita.

    direito ProcessuaL civiL

    63. Quanto ao procedimento de busca e apreenso, assinale a alternativa correta.

    (A) Caber quanto a coisas, mas no para pessoas.

    (B) O mandado ser cumprido por dois oficiais de justia.

    (C) Por sua natureza, nenhum ato acontecer em segredo de justia.

    (D) A coisa procurada no precisar estar descrita no mandado, bastando a indicao da parte na diligncia.

    (E) A indicao do local da diligncia caber ao oficial de justia.

  • 18MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    direito administrativo

    70. Nos moldes da Lei no 9.790/99, considerando atendidos os demais requisitos legais, pode-se afirmar que so pas-sveis de qualificao como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico

    (A) as fundaes pblicas cujo objeto seja a promoo da cultura, a defesa e a conservao do patrimnio hist rico e artstico.

    (B) as pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, que tenham por finalidade a promoo do desenvolvimento econmico e social e o combate pobreza.

    (C) as Organizaes Sociais que tenham por finalidade a promoo do voluntariado.

    (D) os sindicatos, as associaes de classe ou de repre-sentao de categoria profissional que se dediquem promoo da assistncia social.

    (E) as sociedades comerciais cuja finalidade seja a promoo da cultura, a defesa e a conservao do patrimnio histrico e artstico.

    71. Assinale a alternativa correta a respeito da polcia admi-nistrativa.

    (A) A concesso de licena exemplo de ato discricio-nrio decorrente do seu exerccio.

    (B) No pode acarretar limitaes ao exerccio de direi-tos individuais do cidado.

    (C) A autoexecutoriedade e a coercibilidade so dois de seus atributos.

    (D) atividade tpica do Poder Executivo, no sendo exercida pelos demais Poderes.

    (E) Impe suas sanes sobre atividades individuais que caracterizem ilcitos penais e administrativos.

    72. Na hiptese de concesso de permisso para explorao de uma atividade, que depois venha a ser incompatvel com nova lei de zoneamento, correto afirmar que o referido ato administrativo ser extinto por meio da

    (A) renncia.

    (B) cassao.

    (C) revogao.

    (D) invalidao.

    (E) caducidade.

    67. O cancelamento unilateral de penso alimentcia de filho que atingiu a maioridade, sem que haja deciso judicial, viola, com maior intensidade, o(s) princpio(s)

    (A) do devido processo legal.

    (B) da isonomia.

    (C) da boa-f e lealdade processual.

    (D) do contraditrio e da ampla defesa.

    (E) da inafastabilidade do controle judicial.

    68. Havendo modificao de competncia no curso de um processo, em razo de incompetncia absoluta, os atos processuais j praticados

    (A) so ineficazes, devendo a ao prosseguir com nova citao.

    (B) so anulveis.

    (C) esto automaticamente invalidados.

    (D) podem ser ratificados pelo juzo competente.

    (E) quando forem decisrios sero nulos.

    69. Considerando o ato judicial que determine o cumprimento imediato de sentena no caso de controvrsia sobre os limites da execuo, assinale a alternativa correta.

    (A) cabvel agravo de instrumento contra o ato que determinou o cumprimento.

    (B) Deve ser impugnado por meio de embargos exe-cuo.

    (C) No caber recurso algum, posto tratar-se de mero impulso processual, cumprindo a parte apenas o que for incontroverso.

    (D) passvel de apelao, impugnando-se todo o cum-primento.

    (E) Apenas embargos declaratrios podero solucionar a questo.

  • 19 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    75. A respeito da encampao nos contratos de concesso de servio pblico, correto afirmar que

    (A) medida facultativa da concessionria.

    (B) deve ser precedida de lei autorizativa especfica e de pagamento da indenizao.

    (C) no permitida por lei.

    (D) medida impositiva do poder concedente aps o trmino da concesso.

    (E) ocorre durante a concesso, por motivo de interesse pblico, sem direito indenizao.

    direito constitucionaL e ministrio PbLico

    76. Assinale a alternativa que corretamente disserta sobre direitos ou garantias individuais ou coletivos previstos na Constituio Federal de 1988.

    (A) Os tratados e convenes internacionais sobre direi-tos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por um quinto dos votos dos respectivos membros, sero equiva-lentes s emendas constitucionais.

    (B) Conceder-se- habeas data sempre que a falta de norma regulamentadora torne invivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prer-rogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania.

    (C) Qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao consumidor, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucum-bncia.

    (D) Todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de inte-resse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado.

    (E) A lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a prtica da tortura, o trfico il-cito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo, os crimes dolosos contra a vida e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os man-dantes, os executores e os que, podendo evit-los, se omitirem.

    73. A respeito do processo e do procedimento judicial pre-vistos, expressamente, na Lei de Licitaes e Contratos (Lei no 8.666/93), correto afirmar que

    (A) na hiptese de a notcia do crime ser constatada nos autos do processo judicial, o juiz remeter cpias e documentos pertinentes para o Delegado de Polcia e determinar a instaurao do competente inqurito policial.

    (B) ouvidas as testemunhas da acusao e da defesa e praticadas as diligncias instrutrias deferidas ou ordenadas pelo juiz, os autos sero imediatamente remetidos concluso para a sentena.

    (C) qualquer pessoa tem competncia para provocar, para os efeitos dessa Lei, a iniciativa do Poder Judicirio, fornecendo-lhe informaes sobre o fato e sua autoria, bem como as circunstncias em que se deu a ocorrncia.

    (D) os crimes definidos nessa Lei so de ao penal pblica incondicionada, cabendo ao Ministrio Pblico promov-la.

    (E) se a denncia ao Ministrio Pblico foi feita por comunicao verbal, o Promotor mandar o denun-ciante retornar posteriormente com a denncia por escrito.

    74. Considerando o que estabelece, expressamente, a Lei de Improbidade Administrativa (Lei no 8.429/92), correto afirmar que

    (A) ser punido com a pena de demisso, a bem do servio pblico, sem prejuzo de outras sanes cabveis, o agente pblico que se recusar a prestar declarao dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

    (B) quando o ato de improbidade causar leso ao patrimnio pblico ou ensejar enriquecimento ilcito do agente ou de particular, caber autoridade admi nistrativa responsvel pelo inqurito decretar a indisponibilidade dos bens do indiciado.

    (C) a sentena que julgar procedente ao civil de repa-rao de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinar o pagamento ou a reverso dos bens, conforme o caso, em favor de Fundo gerido pelo Ministrio Pblico.

    (D) na fixao das penas previstas na Lei de Improbi-dade, o juiz levar em conta a extenso do dano cau-sado, o grau de culpabilidade do agente e o proveito patrimonial obtido pelo beneficirio do delito.

    (E) no caso de enriquecimento ilcito, alm de ficar sujeito pena criminal prevista nessa Lei, perder o agente pblico ou terceiro beneficirio os bens ou valores acrescidos ao seu patrimnio.

  • 20MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    79. Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, que ocupou a Presidncia daquela Corte, frustrou o carter competitivo de licitao que tinha por objeto a compra de equipamen-tos de informtica, mediante ajuste com empresa privada, no intuito de obter para si vantagem decorrente da adjudicao do objeto da licitao, consistente em rece-bimento de 10% do valor dos equipamentos adquiridos. Tal conduta, entre outras previses, crime previsto pela Lei Federal no 8.666/93, como crime comum, de compe-tncia para julgamento do

    (A) Tribunal de Justia do Distrito Federal e Territrios.

    (B) juzo de 1a instncia do Distrito Federal.

    (C) Supremo Tribunal Federal.

    (D) Superior Tribunal de Justia.

    (E) Tribunal Superior do Trabalho.

    80. Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre aspecto previsto pela Lei Federal no 8.625/93, que institui a Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico.

    (A) Ao cnjuge sobrevivente e, em sua falta, aos herdeiros ou dependentes de membro do Ministrio Pblico, ainda que aposentado ou em disponibili-dade, ser pago o auxlio-funeral, em importncia igual a dois meses de vencimentos ou proventos percebidos pelo falecido.

    (B) Caso o Chefe do Poder Executivo no efetive a nomeao do Procurador-Geral de Justia, nos quinze dias que se seguirem ao recebimento da lista trplice, ser investido automaticamente no cargo o membro do Ministrio Pblico mais velho, para exerccio do mandato.

    (C) As atividades exercidas em organismos estatais afetos rea de atuao do Ministrio Pblico, em Centro de Estudo e Aperfeioamento de Ministrio Pblico, em entidades de representao de classe, e o exerccio de cargos de confiana na sua admi-nistrao e nos rgos auxiliares constituem acu-mulao de cargo que deve observar os parmetros constitucionais.

    (D) As decises do Ministrio Pblico fundadas em sua autonomia funcional, administrativa e financeira, obedecidas as formalidades legais, tm eficcia ple-na e executoriedade imediata, ressalvada a compe-tncia constitucional do Poder Judicirio e do Tribu-nal de Contas.

    (E) O Ministrio Pblico elaborar sua proposta ora-mentria dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias, encaminhando-a direta-mente ao Presidente da Assembleia Legislativa, que a submeter ao Poder Legislativo.

    77. No Ttulo VIII, da Ordem Social, prev a Constituio Federal que a seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social, competindo ao Poder Pblico, nos termos da lei, organizar a seguri-dade social, com base, dentre outros, no(s) seguinte(s) objetivo(s):

    (A) redutibilidade excepcional dos benefcios e servios.

    (B) uniformidade e equivalncia dos benefcios e servi-os s populaes urbanas e rurais.

    (C) unicidade da base de financiamento.

    (D) delegao e descentralizao da prestao dos benefcios e servios.

    (E) seletividade da cobertura e do atendimento.

    78. Tramita, atualmente, no Congresso Nacional, Proposta de Emenda Constitucional de alterao do art. 228, que passaria a vigorar com o seguinte teor: Art. 228. So penalmente inimputveis os menores de dezesseis anos, sujeitos s normas da legislao especial. Considerando as previses constitucionais acerca do processo legisla-tivo e o entendimento do Supremo Tribunal Federal, correto afirmar que

    (A) a proposta ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando--se aprovada se obtiver, em ambos, dois teros dos votos dos respectivos membros, seguindo para a sano presidencial.

    (B) o parecer emitido pela Comisso de Constituio e Justia da Cmara, que considerou constitucional a Proposta de Emenda Constitucional em questo, possui carter vinculante, impedindo que se discuta sobre a constitucionalidade da Proposta de Emenda Constitucional, caso esta venha a ser aprovada, no mbito do Poder Judicirio.

    (C) a Proposta de Emenda Constitucional poder ser considerada aprovada se mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Fede-rao manifestar-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros, favoravelmente aprova-o da proposta.

    (D) se a Cmara dos Deputados rejeitar a Proposta de Emenda Constitucional, poder o Senado Federal, por iniciativa de maioria absoluta de seus membros, repropor a referida proposta, ainda que na mesma sesso legislativa.

    (E) somente o parlamentar poderia impetrar mandado de segurana com a finalidade de coibir os atos pra-ticados no processo de aprovao de tal emenda constitucional incompatveis com disposies consti-tucionais que disciplinam o processo legislativo, ale-gando que no ser objeto de deliberao Proposta de Emenda Constitucional tendente a abolir direitos e garantias individuais.

  • 21 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    direito da infncia e da Juventude

    82. Com relao ao direito fundamental de crianas e ado-lescentes liberdade, ao respeito e dignidade, como pessoas em desenvolvimento, previsto nos artigos 15 a 18 do Estatuto da Criana e do Adolescente, correto afirmar que

    (A) a explorao sexual atinge o direito integridade fsica, psquica e moral da criana e do adolescente e assim deve ser entendido como preocupao da famlia, nica responsvel pela sua erradicao.

    (B) compete ao Poder Pblico, sem intromisso da socie-dade civil, velar pela dignidade da criana e do ado-lescente, pondo-os a salvo de tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatrio ou constrangedor.

    (C) o direito liberdade se divide em liberdade da pessoa fsica, liberdade de pensamento, liberdade de expres-so coletiva, liberdade de ao profissional e liberdade de contedo poltico, econmico e social.

    (D) o direito ao respeito se restringe inviolabilidade da integridade psquica da criana e do adolescente, como forma de garantir a sua intimidade e privaci-dade.

    (E) ao facultar aos adolescentes que tenham entre catorze e dezoito anos de idade o direito a voto, o artigo 16, inciso VI, do Estatuto da Criana e do Ado-lescente busca garantir sua participao na vida familiar e comunitria.

    83. A colocao da criana e/ou do adolescente em famlia substituta, nos termos ao artigo 28 do Estatuto da Crian-a e do Adolescente, regida pela seguinte premissa:

    (A) faz-se por procedimento em que o adolescente, maior de 12 (doze) anos, ser ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estgio de desen-volvimento e grau de compreenso sobre as impli-caes da medida, e ter sua opinio considerada, sem exigncia de consentimento.

    (B) na apreciao do pedido, levar-se- em conta o grau de parentesco e a relao de afinidade ou de afeti-vidade, a fim de evitar ou minorar as consequncias decorrentes da medida.

    (C) faz-se por procedimento em que a criana ser ouvi-da pelo Ministrio Pblico, que reduzir a termo sua opinio sobre a medida, para utilizao em razes recursais, se necessrio.

    (D) seguindo a linha de preocupao com o superior inte resse da criana e do adolescente, a capacidade financeira da famlia substituta ser considerada como elemento de principal relevncia na anlise da necessidade de separao de grupo de irmos.

    (E) independentemente da situao jurdica da criana e do adolescente, far-se- mediante guarda ou adoo.

    81. A respeito dos Planos e Programas de Atuao Institu-cional do Ministrio Pblico do Estado de So Paulo, pre-vistos na Lei Complementar Estadual no 734/93, correto afirmar que

    (A) o Plano Geral de Atuao ser estabelecido pelo Procurador-Geral de Justia, com a participao dos Centros de Apoio Operacional, das Procuradorias e Promotorias de Justia, ouvidos o rgo Especial do Colgio de Procuradores de Justia e o Conselho Superior do Ministrio Pblico.

    (B) para execuo do Plano Geral de Atuao sero esta belecidos Programas de Atuao das Promoto-rias de Justia; Programas de Atuao Integrada de Promotorias de Justia; Programas de Atuao da Procuradoria de Justia junto aos Tribunais; e Pro-jetos Especiais.

    (C) a atuao do Ministrio Pblico deve levar em conta os objetivos e as diretrizes institucionais estabeleci-dos anualmente no Plano Geral de Atuao, destina-dos a viabilizar a consecuo de metas prioritrias nas diversas reas de suas atribuies legais, me-diante ato do Procurador-Geral da Repblica.

    (D) os Projetos Especiais sero estabelecidos por Ato do Procurador-Geral de Justia em vista de altera-es legislativas, de circunstncias emergenciais, ou de determinao de reviso de procedimentos pelo Conselho Nacional do Ministrio Pblico.

    (E) os Programas de Atuao das Promotorias de Jus-tia, que sero por elas elaborados, especificaro as providncias judiciais e extrajudiciais necessrias sua concretizao, a forma de participao dos rgos do Ministrio Pblico neles envolvidos e os meios e recursos para sua execuo, visando ao atendimento das metas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Ministrio Pblico.

  • 22MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    86. Disciplinando a participao do Ministrio Pblico como custos legis, correto afirmar, nos termos do artigo 202 do Estatuto da Criana e do Adolescente, que, nos pro-cessos e procedimentos em que no for parte,(A) o Ministrio Pblico ter cincia de atos processuais,

    decises interlocutrias e sentenas antes do trnsito em julgado.

    (B) o Ministrio Pblico ser citado e ter vista dos autos, pelo prazo de 5 (cinco) dias, para extrao de cpias reprogrficas necessrias ao ajuizamento de aes cveis previstas no artigo 201 do mencionado diploma legal.

    (C) o Ministrio Pblico atuar obrigatoriamente na defe-sa dos direitos e interesses de que cuida o mencio-nado diploma legal, hiptese em que ter vista dos autos depois das partes, podendo juntar documentos e requerer diligncias, usando os recursos cabveis.

    (D) o Ministrio Pblico ser intimado de todos os atos processuais, o que permitir acesso a todo local onde se encontrem crianas e adolescentes.

    (E) o Ministrio Pblico ser intimado e poder fazer recomendaes visando melhoria dos servios pblicos e de relevncia pblica afetos criana e ao adolescente, fixando prazo razovel para sua perfeita adequao.

    direito comerciaL e emPresariaL

    87. Assinale a alternativa que est em consonncia com as disposies do Cdigo Civil, acerca do estabelecimento.

    (A) O estabelecimento, por representar o complexo de bens organizado para o exerccio da empresa, por empresrio, ou por sociedade empresria, no pode ser objeto unitrio de direitos e de negcios jurdicos, translativos ou constitutivos, ainda que sejam com-patveis com a sua natureza.

    (B) O contrato que tenha por objeto a alienao, o usu-fruto ou o arrendamento do estabelecimento s pro-duzir efeitos quanto a terceiros to logo seja aver-bado margem da inscrio do empresrio, ou da sociedade empresria, no Registro Pblico de Em-presas Mercantis, independentemente de publicao na imprensa oficial.

    (C) Se ao alienante no restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficcia da alienao do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento desses, de modo exclusivamente expresso, em trinta dias a partir de sua notificao.

    (D) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dbitos anteriores transferncia, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de dois anos, a partir, quanto aos crditos ven-cidos, da publicao, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

    (E) Salvo disposio em contrrio, a transferncia importa a sub-rogao do adquirente nos contratos estipula-dos para explorao do estabelecimento, se no tive-rem carter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicao da transferncia, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.

    84. J.A., criana de 7 (sete) anos de idade, permaneceu sob os cuidados de Zenaide, sua av materna, desde o fale-cimento dos pais, h 5 (cinco) anos, mostrando-se adap-tada ao lar familiar, bem constitudo. Ajuizada a ao de guarda pela av materna, viva, com pedido de antecipa-o de tutela, o Juiz de Direito encaminhou os autos em vista ao Ministrio Pblico.

    Considerando o exposto, assinale a alternativa que apre-senta a manifestao inicial do Ministrio Pblico, nos termos dos artigos 33 e seguintes do Estatuto da Criana e do Adolescente.

    (A) O Ministrio Pblico requereu o deferimento da liminar de guarda, como forma de regularizar a posse de fato, com o reconhecimento do menor como dependente da av materna, inclusive para fins previdencirios.

    (B) O Ministrio Pblico requereu a nomeao da av materna como representante legal do menor para a prtica de determinados atos, por exemplo, matrcula em escola e acompanhamento mdico.

    (C) O Ministrio Pblico requereu a citao dos avs paternos, para manifestao de interesse na ao de guarda, porque os avs paternos e maternos possuem os mesmos direitos com relao ao menor.

    (D) O Ministrio Pblico requereu o indeferimento da inicial, por falta de interesse processual, porque h impedimento legal adoo por ascendentes, no artigo 42, 1o do Estatuto da Criana e do Adoles-cente.

    (E) O Ministrio Pblico requereu o indeferimento da liminar e o abrigamento do menor, diante de situao de risco, porque a av materna, durante cinco anos, exerceu a posse de fato, sem regulariz-la.

    85. Considera-se ato infracional

    (A) a sentena que aplica medida socioeducativa ao adolescente.

    (B) a extino da medida socioeducativa pela realizao de sua finalidade.

    (C) a medida aplicvel aos pais ou responsvel pelo descumprimento de seus deveres acerca da criana e do adolescente, em relao aos quais exeram seu poder.

    (D) o descumprimento de medida socioeducativa aplicada ao adolescente.

    (E) a conduta praticada por adolescente, descrita como crime ou contraveno penal.

  • 23 MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    direitos Humanos

    91. Assinale a alternativa que corretamente disserta sobre aspectos conceituais dos direitos humanos em sua evo-luo histrica.

    (A) Os direitos humanos da terceira dimenso marcam a passagem de um Estado autoritrio para um Estado de Direito e, nesse contexto, o respeito s liberdades indi-viduais, em uma perspectiva de absentesmo estatal, fruto do pensamento liberal-burgus do sculo XVIII.

    (B) Os direitos de quarta dimenso, ou direitos de liber-dade, tm como titular o indivduo, so oponveis ao Estado, traduzem-se como faculdades ou atributos da pessoa e ostentam uma subjetividade que seu trao mais caracterstico, sendo, assim, direitos de resistncia ou oposio ao Estado.

    (C) Os direitos fundamentais da primeira dimenso so marcados pela alterao da sociedade por profundas mudanas na comunidade internacional, identifican-do-se consequentes alteraes nas relaes eco-nmico-sociais, sobretudo na sociedade de massa, fruto do desenvolvimento tecnolgico e cientfico.

    (D) Os direitos da quinta dimenso so direitos transindi-viduais que transcendem os interesses do indivduo e passam a se preocupar com o gnero humano, com altssimo teor de humanismo e universalidade, inserin-do-se o ser humano em uma coletividade que passa a ter direitos de solidariedade ou de fraternidade.

    (E) A evidenciao de direitos sociais, culturais e eco-nmicos, correspondendo aos direitos de igualdade, sob o prisma substancial, real e material, e no meramente formal, mostra-se marcante nos docu-mentos pertencentes ao que se convencionou classi-ficar como segunda dimenso dos direitos humanos.

    92. A Corte Interamericana de Direitos Humanos uma insti-tuio judicial autnoma cujo objetivo aplicar e interpre-tar a Conveno Americana, exercendo, dentre outras, a funo contenciosa, na qual se encontra a resoluo de casos contenciosos e o mecanismo de superviso de sentenas. Para que um caso possa ser submetido deciso da Corte, necessrio que ele seja apresentado

    (A) por um dos Estados-Parte ou pela Comisso Intera-mericana de Direitos Humanos.

    (B) pelo prprio interessado ou por uma entidade inter-nacional de direitos humanos devidamente reconhe-cida como tal pela Corte.

    (C) por um Estado-Nao, integrante ou no do Sistema Internacional de Proteo aos Direitos Humanos.

    (D) pela Comisso Interamericana de Direitos Humanos ou por entidade de direitos humanos sediada no pas onde o caso ocorreu.

    (E) por um dos Estados-Parte, pela Comisso Interame-ricana de Direitos Humanos, ou pelo interessado ou seus sucessores.

    88. Considerando-se as sociedades coligadas, nos termos expressos pelo Cdigo Civil, a sociedade de cujo capital outra sociedade participa com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem control-la, denominada

    (A) minoritria.

    (B) filiada.

    (C) de simples participao.

    (D) preferencial.

    (E) subsidiria.

    89. A ao revocatria, no processo falimentar, dever ser proposta pelo administrador judicial, por qualquer credor ou pelo Ministrio Pblico, no prazo de 3 anos. Conta-se o referido prazo

    (A) anteriormente data do pedido de falncia.

    (B) anteriormente data da prtica do ato que se pre-tenda revogar.

    (C) da prtica do ato que se pretenda revogar.

    (D) da data em que for decretada a falncia.

    (E) do pedido de falncia.

    90. Assinale a alternativa correta no que diz respeito socie-dade cooperativa, segundo o regramento que lhe con-ferido pelo Cdigo Civil.

    (A) Impe limitao ao nmero mximo de scios.

    (B) sempre empresria, independentemente de seu objeto.

    (C) A responsabilidade dos scios pode ser limitada ou ilimitada.

    (D) O quorum para funcionamento e deliberao da assembleia geral fundado pelo capital social repre-sentado e no pelo nmero de scios presentes reunio.

    (E) Pode ser constituda na configurao de sociedade em comandita simples.

  • 24MPSP1501/001-AnProm-AssistJur

    95. Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre o Sistema nico de Assistncia Social, regido pela lei que organiza a Assistncia Social (Lei Federal no 8.742/93).

    (A) So consideradas de assessoramento aquelas enti-dades que, de forma continuada, permanente e pla-nejada, prestam servios, executam programas ou projetos e concedem benefcios de prestao social bsica ou especial, dirigidos s famlias e indivduos em situaes de vulnerabilidade ou risco social e pessoal.

    (B) A organizao da assistncia social tem como dire-trizes a descentralizao poltico-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, com comando nico das aes em cada esfera de governo e a primazia da responsabilidade do cidado e das entidades privadas na conduo da poltica de assis-tncia social em cada esfera de governo.

    (C) O funcionamento das entidades e organizaes de assistncia social depende de prvia inscrio no respectivo Conselho Estadual de Assistncia Social, ou no Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal, conforme o caso.

    (D) O CREAS a unidade pblica municipal, de base territorial, localizada em reas com maiores ndi-ces de vulnerabilidade e risco social, destinada articulao dos servios socioassistenciais no seu territrio de abrangncia e prestao de servios, programas e projetos socioassistenciais de proteo social bsica s famlias.

    (E) A gesto das aes na rea de assistncia social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, com objetivo, dentre outros, de con-solidar a gesto compartilhada, o cofinanciamento e a cooperao tcnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteo social no contributiva.

    93. A Conveno Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia, com seu Protocolo Facultativo, assinada em Nova York, em 2007, o nico documento interna-cional de direitos humanos considerado com status de emenda constitucional no ordenamento jurdico nacional, pois

    (A) foi aprovada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por dois teros dos votos dos respec-tivos membros, conforme procedimento previsto no art. 5o, 3o da Constituio Federal, introduzido pela Emenda Constitucional no 45/04.

    (B) foi aprovada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos res-pectivos membros, conforme procedimento previsto no art. 5o, 3o da Constituio Federal, introduzido pela Emenda Constitucional no 45/04.

    (C) o nico caso em que o Supremo Tribunal Fede-ral j se pronunciou favoravelmente tese de que o art. 5o, 2o, ao prever que direitos e garantias expressos na Constituio no excluem outros de-correntes do regime e dos princpios por ela adota-dos, basta para que uma conveno internacional sobre direitos humanos seja considerada equiva-lente emenda constitucional.

    (D) h previso expressa, constante de disposio da Emenda Constitucional no 45/04, que os tratados e convenes de direitos humanos, mesmo que aprova-dos por qurum de maioria simples, possuiro status de emenda constitucional, face ao carter material-mente constitucional de seus contedos.

    (E) o nico caso em que o Supremo Tribunal Federal j se pronunciou acerca do status das convenes de direitos humanos, encampando a tese de que tero status de emenda constitucional se versarem sobre direitos expressamente previstos na Constitui-o Federal.

    94. O Sistema nico de Sade ser financiado

    (A) por meio de percentual, a ser fixado por lei com-plementar, que incidir sobre o impost