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Heróis do mar Retratos de quatro portugueses que dedicam a sua vida aos oceanos FIGURAS SOCIEDADE O ‘puto’ focado Tiago Pires, 28 anos, surfista profissional POR PEDRO MIGUEL SANTOS É inevitável comparar Saca a um verda- deiro descobridor português no que toca ao surf mundial. Obstinado, luta- dor, incansável e outros tantos adjecti- vos, usados por familiares e amigos, descrevem o porquê de se ter tornado o menino-maravilha da modalidade. Começou a «apanhar ondas» aos 11 anos e, dois anos depois, entrava no recém-criado Campeonato Nacional de Esperanças, numa altura em que a modalidade ganhou fulgor. Depressa se apercebeu de que é no mar que quer viver e, aos 16 anos, conhece o seu men- tor, amigo e actual agente – José Seabra – com quem se treina e prepara o ataque às provas internacionais. Foi vice-campeão mundial Pró Júnior, em 2000, e, nesse ano, lançou-se no circuito de qualificação da Associação de Surfistas Profissionais, que organiza o mundial da modalidade, o WCT. Em 2005 e 2006, levou a Ericeira ao rubro, ven- cendo em casa. Mesmo assim, porém, falhou a entrada no mundial. O ano passado foi de glória – tornou-se o primeiro português da história a competir no WCT e, numa exibição histórica, na Indonésia, bateu o seu ídolo, Kelly Slatter, que o considerou «um surfista que não se pode su- bestimar». Este ano figura a meio da tabela dos melhores do planeta e mantém o seu objectivo de se tornar campeão do mundo. 130 v27 DE NOVEMBRO DE 2008 FOTO: GETTY

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FIGURAS Retratos de quatro portugueses que dedicam a sua vida aos oceanos SOCIEDADE Tiago Pires, 28 anos, surfista profissional 130 v 27 DE NOVEMBRO DE 2008 POR PEDRO MIGUEL SANTOS FOTO: GETTY

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Heróis do marRetratos de quatro portugueses que dedicam a sua vida aos oceanos

FIGURAS SOCIEDADE

O ‘puto’ focadoTiago Pires, 28 anos, surfista profissional

POR PEDRO MIGUEL SANTOS

É inevitável comparar Saca a um verda-deiro descobridor português no que toca ao surf mundial. Obstinado, luta-dor, incansável e outros tantos adjecti-

vos, usados por familiares e amigos, descrevem o porquê de se ter tornado o menino-maravilha da modalidade.

Começou a «apanhar ondas» aos 11 anos e, dois anos depois, entrava no recém-criado Campeonato Nacional de Esperanças, numa altura em que a modalidade ganhou fulgor. Depressa se apercebeu de que é no mar que quer viver e, aos 16 anos, conhece o seu men-tor, amigo e actual agente – José Seabra – com quem se treina e prepara o ataque às provas internacionais. Foi vice-campeão mundial Pró Júnior, em 2000, e, nesse ano, lançou-se no circuito de qualificação da Associação de Surfistas Profissionais, que organiza o mundial da modalidade, o WCT.

Em 2005 e 2006, levou a Ericeira ao rubro, ven-cendo em casa. Mesmo assim, porém, falhou a entrada no mundial. O ano passado foi de glória – tornou-se o primeiro português da história a competir no WCT e, numa exibição histórica, na Indonésia, bateu o seu ídolo, Kelly Slatter, que o considerou «um surfista que não se pode su-bestimar». Este ano figura a meio da tabela dos melhores do planeta e mantém o seu objectivo de se tornar campeão do mundo.

130 v 27 DE NOVEMBRO DE 2008

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