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Ana Cláudia Pinheiro - Espedito Magueira de Lima - Helen Fernanda Barbosa Basta

AMBIENTE E SAÚDE

PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E AVALIAÇÃO EM SAÚDE

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Autor

Ana Cláudia Pinheiro Mestre. Professora do Ensino Superior desde 2001. Coordenadora de Cursos de Graduação e Pós-Graduação. Professora nas áreas de Administração, Publicidade, Propaganda e Marketing e Gestão Pública. Coautora do documento: Por um sistema de Ensino/Serviço/Comunidade – Mourad Ibrahim Belaciano e Dione de Oliveira Moura. Participou do Grupo de Estudos sobre formação em saúde – Dep.

Saúde Coletiva, junho/2013 a junho/2014, com o Prof. Mourad Ibrahim Belaciano.

Espedito Mangueira de LimaProfessor do Ensino Superior, Mestre em Educação, Especialista em Saúde Coletiva, Jornalista e Con-sultor atuante por vinte anos no Ministério da Saúde, pelo PNUD, UNESCO e Conselho Nacional de Saúde; Sec. de Atenção a Saúde, no Dep. Atenção Básica; Dep. de Ações Programáticas Estratérgicas; Coordenação Geral da Política Nacional de Humanização – CGPNH. Sec. de Gestão Estratégica e Participativa; Dep. de Apoio à Gestão Participativa – DAGEP (Política Nacional da População Negra). Atuou no PACS e na Educação em Saúde.

Helen Fernanda Barbosa Batista Enfermeira, Pós-graduada em Docência do Nível Superior e Profissional, em Gestão e Orientação Edu-cacional e em Ensino em Saúde (em andamento). Professora no Centro de Educação Profissionalizante em Saúde – SEEDF. Tutora – UnB/Dep. Saúde Coletiva e Leonardo Figueiredo, Cirurgião-Dentista pela USP, Ribeirão Preto-SP. Habilitação em Homeopatia, CFO. Formação em Odontologia Integral Antroposófica, pelo IDEIA, Botucatu (SP).Coordenador Local do Curso de Formação de Odontologia Integral Antroposó-fica, em Brasília. Arte-Educador pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, Brasília. SES/DF – PSF.

RevisãoDanuzia Queiroz

Projeto GráficoNT Editora

Editoração EletrônicaNT Editora

IlustraçãoDaniel de Almeida Motta

CapaNT Editora

NT Editora, uma empresa do Grupo NTSCS Q. 2 – Bl. D – Salas 307 e 308 – Ed. Oscar NiemeyerCEP 70316-900 – Brasília – DFFone: (61) [email protected]

V1.0

Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde. / NT Editora.

-- Brasília: 2015. 199p. : il. ; 21,0 X 29,7 cm.

ISBN

1. Atenção Primária à Saúde. 2. Planejamento. 3. Programação e Avaliação em saúde. 4. Siab. 5. Risco Social.

Copyright © 2015 por NT Editora.Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por

qualquer modo ou meio, seja eletrônico, fotográfico, mecânico ou outros, sem autorização prévia e escrita da NT Editora.

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LEGENDA

ÍCONES

Prezado(a) aluno(a),Ao longo dos seus estudos, você encontrará alguns ícones na coluna lateral do mate-rial didático. A presença desses ícones o(a) ajudará a compreender melhor o conteúdo abordado e também como fazer os exercícios propostos. Conheça os ícones logo abaixo:

Saiba MaisEsse ícone apontará para informações complementares sobre o assunto que você está estudando. Serão curiosidades, temas afins ou exemplos do cotidi-ano que o ajudarão a fixar o conteúdo estudado.

ImportanteO conteúdo indicado com esse ícone tem bastante importância para seus es-tudos. Leia com atenção e, tendo dúvida, pergunte ao seu tutor.

DicasEsse ícone apresenta dicas de estudo.

Exercícios Toda vez que você vir o ícone de exercícios, responda às questões propostas.

Exercícios Ao final das lições, você deverá responder aos exercícios no seu livro.

Bons estudos!

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Sumário

1. REVENDO CONCEITOS ......................................................................................... 91.1 Uma visita ao SUS – princípios e diretrizes ........................................................................101.2 O foco é na atenção primária à saúde .................................................................................151.3 Seu papel na comunidade .......................................................................................................191.4 O trabalho em equipe ...............................................................................................................221.5 Para que tudo aconteça: planejamento ..............................................................................24 2. PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E AVALIAÇÃO......................................... 292.1 Planejar, isso sim é preciso .......................................................................................................292.2 Primeiro passo: o diagnóstico .................................................................................................332.3 O planejamento e o plano de ação ......................................................................................372.4 Planejar para executar ...............................................................................................................432.5 Planejar e executar sem avaliar, não dá! .............................................................................46 3. O SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA (SIAB) ........................ 513.1 O que é o Siab? .............................................................................................................................513.2 Para que e por que um Sistema de Informação? .............................................................543.3 O que é um fluxo de informação? .........................................................................................603.4 O preenchimento dos dados ..................................................................................................613.5 Da coleta ao processamento e uso dos dados .................................................................75

4. O LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES DE VIDA E DE SAÚDE/DOENÇA DA POPULAÇÃO .....................................................................................................824.1 Conhecimentos técnicos e das relações – o ACS como agente de mudança .......824.2 O cadastramento .........................................................................................................................864.3 O mapa de atuação .................................................................................................................................................95

4.4 A visita ao domicílio ...................................................................................................................984.5 Educar para mudar .................................................................................................................. 1024.6 Participação da comunidade ............................................................................................... 1074.7 Atuação intersetorial ............................................................................................................... 108

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5Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

5. IDENTIFICANDO RISCO SOCIAL .....................................................................1165.1 Violência, desemprego e (des)proteção da infância .....................................................1165.2 Os processos migratórios .......................................................................................................1335.3 O analfabetismo ........................................................................................................................1355.4 A desnutrição ..............................................................................................................................138

6. CONHECENDO E MAPEANDO ASPECTOS SOCIOPOLÍTICO E AMBIENTAIS 1486.1 Suas finalidades e técnicas ....................................................................................................1486.2 A demografia e suas interpretações ...................................................................................1536.3 Entendendo o conceito de territorialização ....................................................................1556.4 As áreas de abrangências .......................................................................................................1576.5 Os cadastramentos: familiar e territorial ...........................................................................159 7. LIDANDO COM INDICADORES .......................................................................1647.1 O que são indicadores? ...........................................................................................................1647.2 A importância dos indicadores ............................................................................................1667.3 Os indicadores socioeconômicos ........................................................................................1687.4 Os aspectos culturais e epidemiológicos e seus indicadores ...............................................................................................................................1707.5 Os indicadores de saúde .........................................................................................................171

8. A AVALIAÇÃO – INCLUIR OS PLANOS NACIONAIS DE SAÚDE ....................1788.1 A avaliação no processo de planejar e programar ........................................................1788.2 O conceito de avaliação na promoção de saúde e suas estratégias .............................................................................................................................1808.3 Os tipos de avaliação ...............................................................................................................1868.4 Os instrumentos de avaliação ...............................................................................................1878.5 As técnicas de avaliação .........................................................................................................188

GLOSSÁRIO ........................................................................................................... 194

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 198

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APRESENTAÇÃO

7Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

Olá! Seja bem-vindo ao curso de Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde.

Neste curso, você terá a oportunidade de conhecer uma parte muito importante da atuação do Agente Comunitário de Saúde (ACS). Afinal, ele tornou-se um dos principais atores para realização da integração dos serviços de saúde na Atenção Primária à Saúde com a comunidade. Para que esse papel se consolide, no âmbito da equipe multiprofissional ao qual o ACS é um elo entre as políticas de saúde, a gestão, os serviços e a comunidade, é fundamental o entendimento sobre o planejamento e o que é preciso fazer para que o levantamento de informações proporcione um bom diagnóstico, ou seja, um retrato que procura ser fiel às questões de saúde das nossas famílias. Assim, é muito importante que você perceba que esse tema vai proporcionar um entendimento fabuloso de todo o processo de planejamento, programação e avaliação de saúde. E mais ainda, pois o livro, que está dividido em oito lições, pretende contribuir para a construção da sua visão humanística, crítica e consistente quanto ao impacto de sua atuação profissional. Além de ter sido elaborado para trabalhar a sua proatividade, proporcionar uma atuação inovadora e eficiente, buscar soluções com um olhar cuidadoso para o en-frentamento dos desafios que se apresentarem! Então, não perca tempo. Aproveite a oportunidade e se dedique à sua formação com todo empenho e perseverança! Vamos às lições?

Bons estudos,

Ana Cláudia Pinheiro e autores

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9Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

1. REVENDO CONCEITOS

Objetivos

Ao final desta lição, você deverá ser capaz de:

• Reconhecer os princípios e as diretrizes do Sistema Único em Saúde (SUS).

• Compreender o que significa a atenção primária à saúde.

• Reafirmar o seu papel na comunidade.

• Situar-se na equipe de saúde.

• Aproximar-se do conceito de planejamento.

Introdução

Por isso, preste atenção no que temos adiante. Você não pode

imaginar o que vem por aí!

O Gavião e a Coruja

“Contavam que antigamenteEm tempos dos ancestraisEram estórias que ouviramBisavós dos nossos paisPara nós o pai contavaQue todo bicho falavaO que não acontece mais.

Nesse tempo uma corujaOs seus ovinhos chocouCheia de muita alegriaOs filhotinhos olhouEstava muito cansadaMas por ser mãe dedicadaEla dos filhos cuidou.

Um belo dia então saiuPara buscar alimentoOs bichinhos não podiamProver o próprio sustentoAli por perto um gaviãoDe maldoso coraçãoEspreitava muito atento.

Quando avistou o gaviãoEla ficou preocupadaAquela ave de rapinaPoderia armar ciladaE para o mal evitarResolveu então falarPediu toda consternada:

- Gavião meu bom amigoAtenção por um momentoQuero que você prometaSem precisar juramentoPeço pelo amor de DeusProteger os filhos meusEnquanto busco alimento.

O gavião traiçoeiroComeçou arquitetarAlgum plano bem sinistroPra coruja enganarPerguntou fazendo festa:- Como posso na florestaSeus filhos localizar?

A resposta da corujaFoi dita com muito amor- Para encontrar meus filhosPrecisa olhar com ardorTodos os três são amarelosDa floresta são mais belosCuide deles, por favor.

Gavião bicho matreiroFalou sem muito pensar- Se são assim tão bonitosVai ser fácil encontrarEu sou bicho perigosoMas filhote assim formosoNão costumo devorar.

Cada um foi pro seu ladoTranqüilos e sem anseiosEm busca do que comerDe pressa estavam cheiosO gavião atento olhavaEncontrou o que procuravaOs três filhotinhos feios.

Pensou: - Vou aproveitarA palavra empenhadaVou devorar esses bichosSão feios não valem nadaE os três filhotes coitadosForam assim devoradosDentro da mata fechada.

Devagar muito tranqüiloAfastou-se o gaviãoPela floresta imensaSem nenhuma compaixãoA coruja procuravaPor onde ela passavaAchar alimentação.

Voltou com muita comidaPro ninho toda ansiosaEla voava com cuidadoPela mata perigosaQuando chegou ao destinoFicou muda perdeu o tinoChorou muito lastimosa.”[...] Au

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1.1 Uma visita ao SUS – princípios e diretrizes

Como você leu nas estrofes do cordel, minha tia Coruja cometeu um erro de

planejamento estratégico e avaliação... Certamente ela não conhecia bem o contexto, a situação. E, para não co-

meter o mesmo erro, vamos começar por uma visitinha à origem do atual

sistema de saúde do nosso país, o SUS.

Imagino que você já deve ter um bom entendimento sobre os princí-pios e as diretrizes do SUS, mas eu precisava de um bom motivo para

me apresentar... Além de poder explicar por que comecei esta lição com o cordel da Coruja e o Gavião cujo triste fim todos conhecem...

Então... Sou o Cleber Coruja. Não sei por que a turma resolveu me dar esse apelido... Talvez por-que eu faça esse tipo meio nerd,

mas não me importo não!

Afinal, os nerds estão com bola cheia. E para provar

que sou nerd gente boa e do tipo sangue bom, escalei um time de primeira para a nos-sa viagem... Então sobe nas minhas asas e vamos nessa!

(Por que será que o nosso Cleber Coruja fala tanto?)

Você já deve ter percebido que para não cometer erros estratégicos é necessário ter um bom entendimento do conjunto de fatores que envolvem uma situação... (Ainda mais quando se tra-ta do futuro e da sobrevivência). Muito bem! O Sistema Único de Saúde (SUS), o nosso SUS, cria-do pela Constituição Federal de 1988, preconiza que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. E você tem ideia dos motivos pelos quais o SUS foi criado? Ele foi criado por que a assistência médica à população era restrita às pessoas que contribuíam com a previdência social e estavam a cargo do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdên-cia Social (Inamps). E todas as outras eram atendidas apenas em serviços filantrópicos, como as Santas Casas de Misericórdia.

Você sabia que a Constituição promulgada em 1988, que contou com ampla participação po-pular e é conhecida como Constituição Cidadã, tem por finalidade máxima construir as condi-ções políticas, econômicas, sociais e culturais que assegurem a concretização ou efetividade dos direitos humanos, em um regime de justiça social?

Ou seja, a nossa constituinte refere-se diretamente aos direitos sociais, como o direito à educa-ção, à saúde, ao trabalho, ao lazer e à aprendizagem.

Preconizar: recomendar; aconselhar; apregoar com louvor.

Serviços filantrópicos: são os serviços prestados pelas Santas Casas.

Santas Casas: são classifi-cadas como hospitais filan-trópicos. Essas instituições são privadas, sem fins lucra-tivos, mas, por terem o título de filantró-picas, são obrigadas a prestarem, no mínimo, 60% de atendimen-to ao SUS.

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11Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

Isso, até surgir o SUS.

Mais especificamente no que diz respeito à saúde, a Constituição apresenta cinco artigos – os de nº 196 a 200. No artigo 196, por exemplo, temos:

A saúde é direito de todos e dever do Estado, ga-rantido mediante políticas sociais e econômicas que vi-

sem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Ou seja:

1º A saúde é direito de todos.

2º O direito à saúde deve ser garantido pelo Estado.

3º E o que garante esse direito são políticas sociais e econômicas com acesso universal e igua-litário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação e para reduzir o risco de doença e de outros agravos.

O Estado deve ser entendido como Poder Público, quer dizer: governo federal, governos esta-duais, o governo do Distrito Federal e os governos municipais.

Já as políticas sociais e econômicas são aquelas que vão contribuir para que o cidadão possa ter dignamente: moradia, alimentação, habitação, educação, lazer, cultura, serviços de saúde e meio ambiente saudável.

Anote aí!

Segundo a Organização Mundial da Saú-de (OMS), saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a au-sência de doenças”.

Constituição: a Constituição de 1988 é a atual Carta Magna da República Federativa do Brasil.

Estado: o “Estado é a instituição por excelência que organiza e governa um povo, sobera-namente, em determinado território”.

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Temos, ainda, no artigo 198 da Constituição que:

As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e devem constituir um sistema único e organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II - Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

III - Participação da comunidade.

Em dezembro de 1990, o artigo 198 da Constituição Federal foi regulamentado pela Lei nº 8.080, conhecida como Lei Orgânica de Saúde ou Lei do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa lei estabe-lece como deve funcionar o sistema de saúde em todo o território nacional e define quem é o gestor em cada esfera de governo.

Ao SUS cabe a tarefa de promover e proteger a saú-de, como direito de todos e dever do Estado, garantindo atenção contínua e com qualidade aos indivíduos e às co-letividades, de acordo com as diferentes necessidades.

Conforme definição do Ministério da Saúde (MS), o SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento am-bulatorial até o transplante de órgãos, garantindo aces-so integral, universal e gratuito para toda a população do país.

Anote...

Em 1990, a Lei Orgânica da Saúde (Lei Federal nº 8.080) definiu no artigo 3º que a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes conforme fluxograma a seguir, entre outros:

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13Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

São princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS)

• Universalidade – o SUS deve atender a todos, sem distinções ou restrições, ofere-cendo toda a atenção necessária, sem qualquer custo. Todos os cidadãos têm direito a consultas, exames, internações e tratamentos nos serviços de saúde, públicos ou privados, contratados pelo gestor público.

• Integralidade – o SUS deve ser organizado de forma que garanta a oferta necessária aos indivíduos e à coletividade, independentemente das condições econômicas, da idade, do local de moradia e outros, com ações e serviços de promoção à saúde, de prevenção de doenças, de tratamento e reabilitação.

• Equidade – o SUS deve disponibilizar serviços que promovam a justiça social, que canalizem maior atenção aos que mais necessitam, diferencian-do as necessidades de cada um. A equidade é, portanto, um princípio de justiça social, cujo objetivo é diminuir desigualdades.

• Participação da comunidade – princípio que prevê a organização e a participação da comunidade na gestão do SUS. Essa participação ocorre de maneira oficial e por meio dos Conselhos e das Conferências de Saúde na esfera nacional, estadual e municipal.

Anote...

O Conselho de Saúde é um colegiado permanente e deve estar representado de forma paritária, ou seja, com uma maioria dos representantes dos usuários (50%), com os trabalhadores (25%), gestores e prestadores de serviços (25%). Sua função é formular estratégias para o enfrentamento dos pro-blemas de saúde, controlar a execução das políticas de saúde e observar os aspectos financeiros e econômicos do setor, possuindo, portanto, caráter deliberativo.

Colegiado: é um órgão dirigente cujos membros têm poderes iguais.

Estado: o “Estado é a instituição por excelência que organiza e governa um povo, sobera-namente, em determinado território”.

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Já a Conferência de Saúde reúne-se a cada quatro anos com a representação dos vários segmen-tos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde. É convocada pelo Poder Executivo (Ministério da Saúde, Secretaria Estadual ou Municipal de Saúde) ou, extraordinariamente, pela própria Conferência ou pelo Conselho de Saúde.

• Descentralização – define que o sistema de saúde se organize, tendo uma única direção, com um único gestor em cada esfera de governo. No âmbito nacional, o gestor do SUS é o ministro da Saúde; no estadual, o Secretário Estadual de Saúde; no Distrito Federal/DF, o Secretário de Saúde do DF; e, no município, o Secretário Municipal de Saúde. Cada gestor, em cada esfera de governo, tem atribuições comuns e competências específicas.

Anote também!

Saiba que o município tem papel de destaque, pois é lá que as pessoas moram e as coisas acontecem. Com a finalidade de atender às necessárias redefinições de papéis e atribui-ções das três esferas de gestão (municípios, estados e união) resultantes da implementação do SUS, houve um processo evolutivo de adaptação a esses novos papéis, traduzidos nas Normas Operacionais de Assistência à Saúde (Noas nº 01/01 e Noas nº 01/02).

Mais recentemente as referidas normas foram substituídas por uma nova lógica de pactuação. Assim cada esfera tem seu papel a ser desempenhado, definido no chamado “Pacto pela Saúde”.

• Regionalização – orienta a descentralização das ações e serviços de saúde, além de favorecer a pac-tuação entre os gestores, considerando suas responsabilidades. Tem como objetivo garantir o direito à saúde da população, reduzindo desigualdades sociais e territoriais.

• Hierarquização – é uma forma de organizar os serviços e as ações para atender às diferentes necessi-dades de saúde da população. Dessa forma, têm-se serviços voltados ao atendimento das necessidades mais comuns e frequentes desenvolvidas nos serviços de Atenção Primária à Saúde com ou sem equipes de Saúde da Família. A maioria das necessidades em saúde da população é resolvida nesses serviços.

De acordo com o SUS, a saúde é um direito humano fundamental e uma

conquista do povo brasileiro.

Como você sabe, saúde é um bem muito pre-cioso. Portanto, erros de entendimento e/ou

estratégicos não podem ser cometidos.

Pactuação: ação de pactu-ar. Combinar, ajustar, decidir em pacto.

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15Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

Fazem parte do SUS os centros e os postos de saúde, hospitais – incluindo universitários, labo-ratórios, hemocentros (bancos de sangue), serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Vital Brazil.

E para memorizar... Assinale a alternativa correta.

A Lei que criou o SUS foi:

a. ( ) 8.830/90

b. ( ) 8.070/90

c. ( ) 8.890/90

d. ( ) 8.080/90

...

Se você marcou a alternativa “d”, está correto. Lembre-se de que, em dezembro de 1990, o artigo 198 da Constituição Federal foi regulamentado pela Lei nº 8.080, conhecida como Lei Orgânica de Saúde ou Lei do SUS. Essa lei estabelece como deve funcionar o sistema de saúde em todo o território nacional e define quem é o gestor em cada esfera de governo.

1.2 O foco é na atenção primária à saúde

Aprovada pela Portaria nº 648/GM, de 28 de março de 206, a Política Nacional de Atenção Básica estabeleceu a revisão das diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Assim, a Atenção Primária à Saúde (APS), também conhecida no Brasil como Atenção Básica (AB). É caracterizada pelo desenvolvi-mento de um conjunto de ações de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, no qual a Saúde da Família tornou-se expressão que, dia a dia, ganha corpo no Brasil. Tais ações, desenvolvidas por uma equipe de saúde, são dirigidas a cada pessoa, às famílias e à coletividade ou ao conjunto de pessoas de determinado território.

Além dos princípios e das diretrizes do SUS, a APS também é orientada pelos princípios da acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado (longitudinalidade), responsabilização, humaniza-ção, participação social e coordenação do cuidado. Dessa forma, se bem estruturada e organizada, a AB resolve os problemas de saúde mais comuns e/ou frequentes da população, reduz danos ou so-frimentos e contribui para uma melhor qualidade de vida das pessoas acompanhadas. Assim, temos como princípios fundamentais da AB:

Agravos: sig-nifica qualquer dano à inte-gridade física, mental e social dos indivíduos provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou hete-roinfligidas.

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Importante destacar que a APS torna possível uma longa relação entre a equipe de saúde e os usuários independentemente da presença ou da ausência de problemas de saúde. Isso é o que cha-mamos de atenção longitudinal, o que possibilita a manutenção do foco na pessoa, e não na doença, ou seja, a AB cuida da pessoa e não da doença.

Para refletir

Na atenção básica, o foco é a pessoa e não a doença.

Sabe por que isso é possível? Por que, com o passar do tempo, usuários e equipe da AB passam a se conhecer melhor, fortalecendo a relação de vínculo, o que depende tanto dos movimentos da equipe quanto dos usuários. Vale destacar que a base desse vínculo é o compromisso do profissional com a saúde daqueles que o procuram. Já, para o usuário, o vínculo se dará quando ele perceber que a equipe contribui para a melhoria da sua saúde e da sua qualidade de vida.

Assim, tanto há situações que podem ser facilitadoras quanto outras que se configuram como dificultadoras. Um bom exemplo pode ser observado a partir do horário e os dias de atendimento da Unidade Básica de Saúde (UBS); a sua localização; haver ou não acesso facilitado para pessoas com deficiência física; entre outras coisas.

Anote...

Para que o vínculo vá se construindo, as ações e os serviços de saúde devem ser pautados pelo princípio da humaniza-ção. Isso significa que as questões de gênero (feminino e masculino), crença, cultura, preferência política, etnia, raça, orientação sexual, populações específicas (índios, quilom-bolas, ribeirinhos, etc.) precisam ser respeitadas e conside-radas na organização das práticas de saúde. Significa dizer que essas práticas devem estar relacionadas ao compro-misso com os direitos do cidadão.

Atenção lon-gitudinal: é empregada no sentido de “uma relação pessoal de longa duração entre os profissionais de saúde e os pacientes em suas unidades de saúde”.

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17Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

Esse princípio, o da humanização, concretiza-se, por exemplo, pelo acolhimento, ou seja, um modo de agir que dá atenção a todos que procuram os serviços, não só ouvindo suas necessidades, mas percebendo aquilo que muitas vezes não é dito.

Para refletir

O acolhimento não está restrito a um espaço ou local. É uma postura ética. Não pressupõe hora nem um profissional específico para fazê-lo. O acolhimento implica com-partilhamento de saberes, necessidades, possibilidades, angústias ou formas alternativas para o enfrentamento dos problemas.

Embora a APS tenha a capacidade de resolver grande parte dos problemas de saúde da popula-ção, em algumas situações haverá a necessidade de referenciar seus usuários a outros serviços de saúde.

O importante é que, mesmo nesses momentos, a APS desempenha a função de coordenação do cuidado, ou seja, esse papel é entendido como a capacidade de responsabilizar-se pelo usuário.

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E agora vamos ver se você fixou alguns conceitos...

Pode-se afirmar que a Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.

Assim, assinale V ou F em relação às características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica.

( ) Programação e implementação das atividades, priorizando a solução dos problemas de saúde mais frequentes.

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19Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

( ) Desenvolvimento de ações educativas que possam interferir no processo de saúde-do-ença da população e ampliar a participação da comunidade na defesa da qualidade de vida.

( ) Assistência básica integral e contínua, com garantia de acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial.

( ) Desenvolvimento prioritário de ações curativas focalizadas no atendimento às urgên-cias médicas.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a:

A) F V F F. C) V F F F.

B) F V V V. D) V V V F.

...

Se, por acaso, você não marcou a alternativa “d”...

A Atenção Primária à Saúde (APS), também conhecida no Brasil como Atenção Básica (AB), é caracte-rizada pelo desenvolvimento de um conjunto de ações de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde e educação em saúde que trataremos em uma lição mais adiante.

Para saber mais: BRASIL. Portaria n. 648, de 28 de março de 2006. Brasília: Ministério da Saú-de, 2006. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2006/GM/GM-648.htm> Acesso em: 14 out. 2014.

1.3 Seu papel na comunidade

Olá! Eu me chamo Carlos Santiago, sou Agente Comunitário de Saúde e amigo do Cleber Coruja. Ele me convidou para apresentar alguns pontos da lição sobre Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde. Neste tópico, vamos falar do

quanto é incrível o nosso trabalho.

Dessa maneira, ele (o usuário do serviço ou o consumidor) participa do processo de tra-balho e de modo geral é responsável, juntamente com os profissionais de saúde, pelo êxito ou fracasso das ações de saúde. Enfim, é o trabalhador da saúde quem comanda a forma pela qual se dará a assistência ao usuário, podendo ser orientada por parâmetros humanitários, acolhedores, de respeito às singularidades e à diversidade humana ou por parâmetros burocráticos, impessoais, hierarquizados e desumanizados.

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Nosso trabalho é considerado extensão dos serviços de saúde dentro das comunidades, já que somos um membro da comunidade, possuímos um envolvimento pessoal com ela, a comunida-de. Na verdade, somos um personagem fundamental, pois estamos mais próximo dos problemas que a afetam. Além de nos destacarmos pela capacidade de nos comunicar com as pessoas e pela lideran-ça natural que exercemos. É a nossa ação que favorece a transformação das situações-problema que afetam a qualidade de vida das famílias, como as associadas ao saneamento básico, destinação do lixo, condições precárias de moradia, situações de exclusão social, desemprego, violência intrafamiliar, drogas lícitas e ilícitas, acidentes, etc.

Enfim, o nosso trabalho tem como principal objetivo contribuir para a qualidade de vida das pessoas e da

comunidade. Para que isso aconteça, precisamos estar alerta.

Para refletir

Lembre que o ACS tem papel muito importante no acolhimento, pois ele é o membro da equi-pe que faz parte da comunidade, o que ajuda a criar confiança e vínculo, facilitando o contato direto com todos os membros da ESF.

Anote!

Para realizar um bom trabalho, você precisa:

• Conhecer o território.

• Conhecer não só os problemas da comunidade, mas tam-bém suas potencialidades de crescer e se desenvolver social e economicamente.

• Ser ativo e ter iniciativa.

• Gostar de aprender coisas novas.

• Observar as pessoas, as coisas, os ambientes.

• Agir com respeito e ética perante a comunidade e os demais profissionais.

Além do mais, todas as famílias e pessoas do seu território devem ser acompanhadas por meio da visita domiciliar, momento em que se desenvolvem ações de educação em saúde. Todavia sua atuação não está tão somente restrita ao domicílio, mas também aos diversos espaços comunitários.

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21Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

Dessa forma, pode-se dizer que o ACS deve estar atento para identificar áreas e situações de risco individual e coletivo; deve encaminhar as pessoas aos serviços de saúde sempre que necessário; deve orientar as pessoas, de acordo com as instruções da equipe de saúde; e deve acompanhar a situ-ação de saúde das pessoas, para ajudá-las a conseguir bons resultados.

Saiba um pouco mais...

Situações de risco são aquelas em que uma pessoa ou um grupo de pessoas “corre p e r i g o ”, isto é, tem maior possibilidade ou chance de adoecer ou até mesmo de morrer. Enfrentam situa-ções de risco:

• Bebês que, ao nascer, têm menos de dois quilos e meio.

• Bebês de mães que fumam, bebem bebidas alcoólicas e usam drogas na gravidez.

• Crianças desnutridas.

• Gestantes que não fazem o pré-natal.

• Gestantes que fumam.

• Gestantes com diabetes e/ou pressão alta.

• Acamados.

• Pessoas que precisam de cuidadores, mas não possuem alguém que exerça essa função.

• Pessoas com deficiência que não têm acesso às ações e aos serviços de saúde, sejam estes de promoção, proteção, diagnóstico, tratamento ou reabilitação.

• Pessoas em situação de violência.

• Pessoas que estão com peso acima da média e vida sedentária com ou sem uso do tabaco ou do álcool.

Para que você entenda melhor, existem situações de risco que afetam a pessoa individualmente e, portanto, adotam-se soluções individuais quando há aquelas que atingem um número maior de pessoas em uma mesma comunidade. No que se refere à coletividade, exigirá a mobilização coletiva que se dá por meio de participação da comunidade integrada às autoridades e aos serviços públicos. Assim, os Conselhos de Saúde (locais, municipais, estaduais e nacional) e as Conferências são espaços que permitem a participação democrática e organizada da comunidade na busca de soluções.

Para fixar, vamos exercitar!Quanto às situações de risco, assinale V ou F:

1. ( ) Gestantes que não fazem o pré-natal.

2. ( ) Bebês de mães que fumam, bebem bebidas alcoólicas e usam drogas na gravidez.

3. ( ) Crianças desnutridas.

4. ( ) Bebês que, ao nascer, têm mais de dois quilos e meio.

...

Comentário: você está de parabéns se assinalou falso o item quatro, pois bebês em situação de risco pesam menos de dois quilos e meio.

Risco: proba-bilidade de perigo, gerado com ameaça física para o homem e/ou para o meio ambiente.

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1.4 O trabalho em equipe

Você sabia que a equipe de saú-de é formada por pessoas com histórias, formações, saberes e

práticas diferentes?

Enfim, o nosso trabalho tem como principal objetivo contribuir para a qualidade de vida das pessoas e da comunidade. Para que isso

aconteça, precisamos estar alerta.

E mais ainda! Nessa equipe de trabalho, há, permanentemente, movimentos de articulação e/ou desarticulação; ânimo e/ou desânimo, invenção e/ou resistência à mudança, crença e/ou descrença no trabalho. Afinal, a equipe é viva e, por isso, está sempre em processo de mudança.

Nesse sentido, é importante destacar que o fato de as pessoas trabalharem juntas não significa que elas constituam uma equipe. Na verdade, as pessoas aprendem a estar em uma equipe como se fosse um time. Ou seja: a equipe, no sentido de time, precisa ser construída. Para que a construção seja possível, os profissionais envolvidos com a tarefa, precisam aprender um “jeito-equipe” de atuar. Assim, organizam-se em torno de projetos terapêuticos para assistir aos usuários na sua integralida-de. Por isso, é importante que cada membro da equipe tome para si a tarefa de cuidar do usuário, reconhecendo principalmente que, para abordar a complexidade do trabalho em saúde, diferentes olhares, saberes e fazeres não só são necessários, como determinantes ao sucesso da tarefa.

Mas qual é, exatamente, o nosso lugar na equipe de saúde?

Veja bem, para dar conta dos cuidados da saúde da população em determinado território, a unidade de saúde deve estar organizada de modo que seus profissionais sejam organizados por funções e possam assumir responsabilidades que, embora diferentes, sejam, também, com-plementares. Um bom e clássico exemplo é o trabalho da enfermagem. Preste atenção! Mesmo que a atribuição da enfermeira da unidade de saúde seja realizar consultas de enfermagem, ela compartilha com você, assim como com os demais membros da equipe, uma série de outras res-ponsabilidades e objetivos.

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23Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

Para melhor compreender o que estamos dizendo, observe mais adiante o quadro ilustrativo tanto de ações específicas quanto das ações comuns aos profissionais da equipe da unidade de saúde. Interessante é que você observará na leitura do quadro que muitas atividades são comuns a todos da equipe. E mais que isso, poderá exercitar seu olhar no sentido de avaliar se as atividades comuns estão acontecendo de modo articulado. E, se estiver, teremos um bom indicador de trabalho em equipe, pois, quando as ações são realizadas em conjunto, elas trazem maior benefício para todos.

Você também vai poder observar que as atividades de planejamento e avaliação são comuns a todos os membros da equipe e também, se realizadas em conjunto, trarão benefícios tanto aos mem-bros da equipe quanto ao trabalho da equipe como um todo.

Exercício de fixação

Complete a frase.

As atividades de _________________ e ________________ são comuns a todos os mem-bros da ________________ e, se realizadas em ____________________, trarão benefícios ao _____________________ da equipe como um todo.

...

Para que esse exercício de fixação cumpra a função de lhe fazer refletir, você deve ter completado a frase , na ordem correta que é: avaliação – planejamento – equipe – conjunto – trabalho.

Quadro 1

* Enfermeiro – pode prescrever observando a legislação vigente.

** Cirurgião-dentista – pode prescrever observando a legislação vigente.

*** Realizar cadastramento das famílias é uma atribuição do ACS, mas pode ser desenvolvida pelos demais membros da equipe de saúde.

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Para refletir

As atividades de planejamento e avaliação são comuns a todos os membros da equipe e tam-bém, se realizadas em conjunto, trarão benefícios tanto aos membros da equipe quanto ao ra-balho da equipe como um todo.

Atenção!Embora já tenha sido dito anteriormente, o ACS é muito importante ao desenvolvimento das ações da comunidade, tanto pode integrar uma ESF quan-to uma equipe do PACS. Vai depender da realidade do município. Importante é saber que o seu trabalho é o mesmo em qualquer uma das situações.

Saiba mais...

Já no que se refere à saúde indígena, temos a Po-lítica Nacional de Atenção à Saúde dos Povos In-dígenas, aprovada pela Portaria MS nº 254/2002, que integra a Política Nacional de Saúde. Política essa que tanto atende tanto as determinações da Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990) quanto a Constituição Federal (art. 231), que reconhece aos povos indígenas suas especificidades étnicas e culturais, quanto estabelece seus direitos so-ciais. Esse conjunto de normas tem por objetivo estabelecer mecanismos específicos para atenção à saúde dessa população, formando um subsiste-ma no interior do Sistema Único de Saúde, que está organizado em 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

Assim, semelhante aos ACS, temos os Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e os Agentes Indígenas de Saneamento (Aisan), que, no âmbito da Atenção Primária a Saúde (APS), atuam nos DSEI e compõem as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI).

1.5 Para que tudo aconteça: planejamento

Você já conheceu o conto da mãe coruja que acha seus filhos os mais lindos do mundo, não é verdade? Como eu disse

anteriormente, penso que minha tia cometeu um erro de planejamento e

avaliação exemplificado pelas rimas do cordel. E agora vamos entender por que

eu cheguei a essa conclusão.

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25Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

De acordo com o Glossário Temático da Promoção em Saúde, planejamento em saúde é o “processo sistemático que permite reconhecer projetos e estabelecer alianças, aumentar a capacidade de aná-lise e seleção dos meios e recursos necessários para atingir objetivos desejados, assim como definir a aplicação mais eficaz e eficiente desses recursos em situação concreta. É a reflexão que precede e preside a ação”. (Fonte: Glossário Temático. Promoção da Saúde. Disponível em: <http://bvsms.sau-de.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_promocao_saude_1ed.pdf>. Acesso em: 2 nov. 2014)

- E é justamente aí que está o erro da minha tia coruja. Sua reflexão sobre o problema a induziu a um erro gravíssimo, ou seja, o erro que ela cometeu foi o de planejar sua ação a partir de uma ava-liação inadequada.

Conclusão: planejar envolve preparação e organização do que será feito. Assim como é necessário acompanhar a execução e, se necessário, reformular decisões já tomadas, redirecionando sua exe-cução e, ao término, avaliar o resultado.

E para não esquecer...

Assinale a alternativa incorreta.

1. ( ) A ACS tanto pode integrar a ESF quanto do PACS.

2. ( ) A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas foi aprovada pela Portaria MS nº 254/2002.

3. ( ) A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas tanto atende às determina-ções da Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990) quanto atende à Constituição Federal (art. 231);

4. ( ) O ASC está apto a atender à população indígena.

...

Você fez uma revisão nos termos da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e sabe que os ASC não estão aptos a atender aos povos indígenas, mas sim os AIS juntamente com os Aisan, que, no âmbito da APS, atuam nos DSEI e compõem as equipes multidisciplinares de saúde indígena (EMSI).

Importante observar que, durante o acompanhamento da execução das ações, faz-se necessá-ria a verificação para constatar se os objetivos pretendidos estão sendo alcançados. No caso de não estarem sendo, pode-se intervir a tempo de modificar o resultado, alcançando assim seu objetivo, lembrando que, quanto mais complexo for o problema, maior a necessidade do planejamento das ações para que seja possível garantir os objetivos ou o resultado. Mais adiante, veremos que são mui-tas as formas de elaborar um bom planejamento.

Já sei que vamos ter muito o que aprender sobre pla-nejamento, não é mesmo?

Vamos lá!

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Parabéns,

você finalizou esta lição!

Agora responda às questões ao lado.

- Afinal, quanto mais complexo for o problema, maior a necessidade do planejamento das ações para que seja possível assegurar os objetivos ou o resultado. E isso requer conhecimento e reflexão...

Justamente por isso, vimos resumidamente nesta lição que o SUS prega o acesso ao atendimen-to público de saúde para toda a população brasileira.

- Que a AB caracteriza-se por um conjunto de ações para promoção e proteção da saúde, pre-venção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde e da educação.

- Que o papel do ACS é muito importante no acolhimento, pois ele é o membro da equipe que faz parte da comunidade, o que ajuda a criar confiança e vínculo, facilitando contato direto com todos os membros da Equipe de Saúde da Família.

- Que, no trabalho em equipe, é preciso aprender o jeito-equipe de ser.

- E , até aqui, que planejamento é um processo sistemático.

Assim, veja se você se sente apto a identificar:

• Quais são os princípios e as diretrizes do SUS.

• O que é atenção primária à saúde.

• Qual o seu papel na comunidade e na equipe de saúde.

• Aproximar-se do conceito de planejamento.

Parabéns! Você finalizou os estudos desta lição! Até a próxima!

Exercícios

Questão 01 – Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde é:

a) Tão somente ausência de doença.

b) Um estado de bem-estar emocional.

c) Um estado de completo bem-estar físico, mental e social.

d) Um estado de bem-estar geral.

Questão 02 – Em dezembro de 1990, o artigo 198 da Constituição Federal foi regulamen-tado pela Lei nº 8.080, conhecida como Lei Orgânica de Saúde ou Lei do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao SUS cabe a tarefa de promover e proteger a saúde, como direito de todos e dever do Estado, garantindo atenção contínua e com qualidade aos indivíduos e às coletividades, de acordo com as diferentes necessidades, por meio de alguns princípios. Entre eles, o princípio deve disponibilizar serviços que promovam a justiça social, que ca-nalizem maior atenção aos mais necessitados, diferenciando as necessidades de cada um, portanto, um princípio de justiça social cujo objetivo é diminuir desigualdades. O nome desse princípio é:

a) Integralidade. c) Universalidade.

b) Equidade. d) Intersetorialidade.

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27Planejamento, Programação e Avaliação de Saúde

Questão 03 – A Atenção Primária à Saúde (APS) também é conhecida como Atenção Bási-ca e caracteriza-se pelo desenvolvimento de um conjunto de ações de promoção e prote-ção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. Também é orientada por princípios, exceto:

a) Vínculo. c) Longitudinalidade.

b) Acessibilidade. d) Centralidade.

Questão 04 – O trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS) é considerado uma ex-tensão dos serviços de saúde dentro da comunidade. Para que ele desenvolva sua ativida-de de prevenção e promoção no âmbito do SUS, o artigo 198 da Constituição Federal foi regulamentado por qual lei?

a) Lei nº 8.080 /1990.

b) Lei nº 10.507/2002.

c) Lei nº 8.142/1990.

d) Lei nº 10.520/2006.

Questão 05 – O Conselho de Saúde é um colegiado permanente e deve estar representado de forma paritária, ou seja, com uma maioria dos representantes dos usuários (50%), com os trabalhadores (25%), com os gestores e prestadores de serviços (25%). Sua função é:

a) controlar as estratégias para execução das políticas de saúde.

b) avaliar os aspectos financeiros do setor.

c) formular estratégias para o enfrentamento dos problemas de saúde.

d) exercer a função econômica do setor.

Questão 06 – Em relação ao vínculo, assinale a alternativa incorreta.

a) Com o passar do tempo, usuários e equipe da AB passam a se conhecer melhor.

b) A base do vínculo deveria ser o compromisso profissional com a saúde dos usuários.

c) Para o usuário dos serviços de saúde, o vínculo se dá quando ele perceber que a equipe contribui para a melhoria da sua saúde e da sua qualidade de vida.

d) Para que o vínculo vá se construindo, as ações e os serviços de saúde devem ser pauta-dos pelo princípio da humanização.

Questão 07 – Em relação à situação de risco, marque V (verdadeiro) ou F (falso) e assinale a alternativa correta:

( ) Estão em situação de risco os bebês que nascem com menos de dois quilos e meio.

( ) Bebês com mães fumantes e usuárias de drogas não nascem em situação de risco.

( ) Gestantes com diabetes ou pressão alta estão em situação de risco.

( ) Pessoas em situação de violência não estão em situação de risco.

a) V – V – F – F.

b) V – F – V – F.

c) F – F – V – V.

d) F – V – F – V.

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Questão 08 – Quanto à saúde indígena, é correto afirmar, exceto:

a) A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, aprovada pela Portaria MS nº 254/2002, não integra a Política Nacional de Saúde.

b) A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas tanto atende às determina-ções da Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990) quanto à Constituição Federal (art. 231).

c) A Política reconhece nos povos indígenas suas especificidades étnicas e culturais, quan-do estabelece seus direitos sociais.

d) O conjunto de normas tem por objetivo estabelecer mecanismos específicos para a atenção à saúde dessa população, formando um subsistema no interior do Sistema Único de Saúde, que está organizado em 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei).

Questão 09 – São comuns aos membros da equipe de saúde, exceto

a) Realizar planejamento.

b) Realizar visita domiciliar.

c) Realizar cadastramento das famílias.

d) Realizar avaliação.

Questão 10 – Assinale a alternativa incorreta em relação ao planejamento em saúde:

a) É o processo sistemático que permite reconhecer projetos e estabelecer alianças.

b) Permite aumentar a capacidade de análise e a seleção dos meios e dos recursos neces-sários para atingir objetivos desejados.

c) Permite definir a aplicação mais eficaz e eficiente desses recursos em situação concreta.

d) É um processo, mas não envolve preparação e organização.

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