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W4 LM. TICO ©%? / ©Ur X." 2.052 Novembro de 1956 Ano LU ,^i^-"•JHx*'''/

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W4 LM.TICO ©%? / ©Ur

X." 2.052 — Novembro de 1956 — Ano LU ^i ^-"•JHx*''' /

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^OT^®f&03ra©

* ^h==^

— Não te dizia eu que onde cabe umcabem doit?!

— B além dot ladrõet um moi-quito 11

ôba, torte ! Um cruzeiro I

M~-Éfc2£ÇA, ^

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d O

Meus netinhos:

TT MA das vantagens do regime republicano está em que qual-^ quer cidadão do pais poderá, eventualmente, exercer o go-vêrno, ao passo que na monarquia o cetro e a coroa são privilégiode uma familia.

Qualquer um dos meus netinhos, portanto, poderá vir a ser,no futuro, Presidente da República. Vocês já pensaram nisso? Paratanto, é claro, exigem-se algumas condições, e a principal delas éque o menino de hoje, que sonhar com essa elevada honraria, de-verá ser muito estudioso, aplicado, aproveitando ao máximo as

possibilidades que lhe forem dadas pelos pais e professores, paraformar uma sadia e culta mentalidade-

Se todos os meninos pensassem nas grandes responsabilidadesque poderão cair sobre seus ombros, um dia, seriam todos muito,

estudiosos e aplicados.Num país democrático, como o Bra-

sil, as possibilidades maiores estão fran-queadas a todos. Depende de cada um,

preparar-se para alcançá-las.E não será aos vadios, aos pre-guiçosos, aos displicentes queos altos cargos serão, um dia,confiados...

VOVÔ

\3 K flamMK

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O MANANCIALISTO

aconteceu em um dia dos mais quentes de verão. Trêsviajantes, fatigados por longa caminhada sob o sol incle-

mente, pararam junto a um manancial que ficava à margem docaminho, rodeado de frondosas árvores. O local convidava,

pelo seu frescor, ao repouso sob as árvores amigas.Os viajantes, felizes com o achado, beberam muita água,

^aKj$^èAAA~' \ MBJK

4

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pois tinham muita sede.Depois, sentaram-se,para descansar, nas pe-dras espalhadas à mar-gem do caminho, e repa-raram na seguinte inseri-ção que havia em umadas pedras:

"Parecei-vos

como este manancial".— Que inscrição curió-

sa! — disse um dos pere-grinos. — Quem a teriaposto ali e que significa-do lhe quis dar ? E' difí-cil sabê-lo e, por mais

que tente decifrá-la, nãoo consigo.

Ficaram longo tempodiscutindo e, finalmente,outro dos viajantes, queera comerciante, disse: — Creio que descobri o que ela querdizer. Vejam se tenho razão. O manancial surge e forma umriacho; este, lá longe, recebe água de outros arroios e se con-verte em um rio Assim, — prosseguiu — o homem deve imita-'°, cuidando dos seus negócios e sempre trabalhando sem des-canso para reunir riquezas e se converter em uma pessoa im-Portante... Que dizem da minha interpretação?Novembro — 1956 Ó TICO-TICO 5

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Parece-me aceitável.Não sou da sua opinião — respondeu o mais jovem dos

viajantes. — Para parecer com este manancial — continuou— o homem deve afastar de si os maus instintos, livrar suaalma de qualquer mancha, de modo que sua bondade seja in-cessante e leve seus benefícios a uma grande distância. Estaágua — acrescentou — aplaca a sede dos que, como nós, vie-rem até ela atraídos por sua frescura e pureza. Se fosse elaturva, ou impura, de que nos serviria? Não teríamos podido be-bê-la e até lamentaríamos tê-la encontrado.

Acho que o amigo tem razão — disse o mais velho dosviajantes. — E este é o verdadeiro e fiel sentido da inscrição. A

O TICO-TICO NOVEMBRO — 1956

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fonte, ao dar de beber ao sedento, ensina que o homem devePraticar o bem, cuidando sempre de ser puro e generoso comosuas águas.

Uma vez acordes quanto ao sentido real da inscrição mis-feriosa, ergueram-se os três viajantes, para prosseguir na suajornada

E o manancial lá ficou, para trás, cumprindo a generosamissão de dessedentar os passates, servindo, ainda, de modeloe exemplo a quantos quisessem ser úteis aos seus semelhantes.NOVEMBRO - 1956 O TICO-TICO 7

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Aí CôCei SEU ESTUDOE SIGNIFICAÇÃO

0 AMARELOQUARTA

côr do especto, o amarelo é, por sua vez, quentee estimulante. Sua origem é mineral. No simbolismo sa-

grado, ela é a imagem da inteligência humana iluminada pelarevelação divina, e faz parte dos emblemas da fé; é a razãopela qual, nas iluminuras da idade média, S. Pedro, susten-táculo da Igreja, veste roupagem amarela. Na China, igual-mente, o amarelo é simbolo de espiritualidade.

Os alimentos com essa côr, são a materialização doamor e da sabedoria divina: Job bradava que

"o mau nãoveria as torrentes de manteiga e sal". No plano infernal, oamarelo evoca o satanismo; é a côr da traição, em todos osseus aspectos.

Em vitrais do século VI, a roupagem de Judas é de côramarela. Na França, há muito tempo, costumava-se riscarde amarelo as portas dos traidores.

A medicina considera os raios amarelos como fatores deharmonia e equilíbrio. Eles curam feridas superficiais. Reco-mendam-se exercícios respiratórios perto de meio-dia, horaem que predominam os raios amarelos.

No que diz respeito à alimentação, o amarelo é a côrdos alimentos azotados (nos queijos, sob forma de casei na,no pão, sob forma de glúten). As vitaminas B provêm dasondas amarelas. Aconselham-se os ovos cuja gema é de côramarelo forte: é sinal de que as aves se alimentaram commuita verdura e assim os ovos são mais nutritivos.

O TICO-TICO NOVEMBBO — 1958

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A côr amarela nas. paredes estimula o esforço cerebralem crianças atrazadas e combate a indolência. A tradiçãoafirma que o amarelo, côr quente e tônica, leva à felicidade,exalta os sentimentos artísticos e modera os inclinados àgulodice.

As pedras amarelas naturais, o topázio e o âmbar, sãogeradores de reações harmoniosas. Os melancólicos, sonha-dores, e os que nascem sob o signo da Balança e do Touro,costumam fazer do amarelo sua côr habitual; também aque-

*^ VyVVV{_j3l ____________¦ -fW \Ü /-v \ \v€___

les que têm os intestinos preguiçosos e são anêmicos; en-

quanto que ela não convém aos nervosos. O alaranjado, 5.3côr do espectro, é mais quente que sua visinha. Obtêm-se

por meio de uma mistura de plantas: a cesalpina e a nuba-tinctória. E# aconselhável aos tristes, tímidos, linfáticos, aos

que têm falta de apetite, e às pessoas nascidas sob o signodo Leão.NOVEMBRO — 1856 O TICO-TICO 9

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SAUDAÇÃOA BANDEIRA

RAUL MACHADO

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ÊÊÈSÚ mmmmW

10

BENDITA sejas, bandeira do meu Brasil I Na

Guerra, como na Paz, que para nós serão sem-pre os mesmos o orgulho de te amar e a glóriade te servir I

Como demonstração desse amor, em tempo depaz, nos momentos de consagração da tua rida sim-bóllca, se congregam classes e indivíduos, em comu-nhão heteróclita, para a solene eucaristia do teuculto!

De máo erguida, em continênciaolhar fito na tua p&lpitação colorida ealma enlevada no teu panejamento on-dulante, eníilelram-se as forças armadasao teu serviço, em guarda de honra, parasaudar-te, com o esplendor da expressãomais alta do sentido nacional!

Numa revoada festiva de hinos patrió-ticos em teu louvor, reunem-se, irmana-das, a mocidade das escolas e academias,associações culturais e desportivas, que

vêm trazer-te, como uma ofe-renda de sonho, a própriaalma incendiada no desejo deum Brasil cada vez maisgrandioso e mais belo !

E, completando o conjuntoapoteótico desse quadro civi-co, o teu povo acorre, para ho-menagear-te, graças à com-preensáo que êle tem, do sen-

tido profundo de tua vida de símbolo,feito corpo de um pensamento, formaconcreta de um infinito de noções aos-tratas !

Se assim é, nos tempos de paz, subli-ma-se, nos tempos de guerra, o amor dosteus filhos, que nunca mediram o perigo,nem pouparam sacrifícios de sangue evida para a tua defesa, que é a defesamesma do patrimônio moral e materialda Nação e do seu tesouro inalienável detradições.

Bendito sejas, pois, "auri-verde pen-dão da minha terra", pela glória das tuascores; pelo teu campo verde, manchadoa ouro de sol; pelo teu céu azul, mancha-do a prata de estrelas, e pela beleza, ain-da maior, do teu significado emblema-tico!

Bendita sejas, bandeira do meu Pais,em cujo seio, arfante, bate a vida da Pá-tria, pulsa o coração do Brasil l...

'NOVEMBRO — 1»56O TICO-TICO

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Nunca as /Vrf-MAES,fiaafia»i tâ? eOA/T€NT£5 /

A—» ^^kl i *s ^^H ________P\ H_Li ' ^***^*__J^ _^__LX. ^o\^*^om\\\\\\\\W ^?1/7 •/ Jwi J/ V| ______r\ \ *____________ri l ^-^V^ Jv/"^^JK^>

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12 O TICO-TICO NOVEMBRO __ \&

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Gaveiinha do Saber

Existe uma UnguaPara todos os po-vos: o esperanto,íue se vai dlvulgan-w cada ,vez mais.Pou um economistainglês chamado JohnMaynard KeynesPropôs uma só moe-d* internacional, quereceberia o nomeJe Bancor. Se ado-tada, facilitaria, evt-oentemente, as ope-rações comerciais en-tre os países.

•s,«°* 1UTl0» » »•»»»¦Jrtjwe, havia ao*J»a«tros mo* espécie»« ewta onde nm»»rlnhelro fl-*»»». incumbido de*2*MM terra ou na-Ct?mPlr*t*"' ° "**

,"eilJ*lo estive-eo£ f,as embebldas^água daschu-

niolJ»1» floresp^ conseguirão eu-£r^aembaiagem

nir**» reclamandovtimi^va: tem^c* «nteclpada.N°VEMBRo

- ,

Quando a rolha devidro nao sal do vi-dro, usa-se este re-curso: amarra-se umcordão a um trincoe enrola-se (variasvoltas) em torno dopescoço do vidro. Se-gura-se a ponta docordão esticado e faz-se o vidro ir e vir,de uma ponta à ou-tra do cordão. Oatrito produz calor eo gargalo ficandoquente se dilata rdeixa sair a rolha.

•O lstmo de Pana-

má estabelece a li-gaçio da América daSul com a AméricaCentral. Já está, ali-ás. cortado por umcanal — o' grande eimportante Canal doPanamá — que fua comunicação detdois oceanos : oAtlântico e o PacI-fico.

Wfltr%*\\-*ít\z- ~j

O violão teta soaorigem nos antigoialandes. A Espanha •a Itália foram oapaíses onde mais po-polaridade tiveram,e aa Franca estive-ram multo em modaao fim do ano deno».

Com o rádio, a vi-tróla, o toca-dlsco,naturalmente o gra-mofone foi perdendoo prestígio... Quan-do apareceu, entre-tanto representouum avanço extraor-dlnárlo. Foi EmllBerliner quem, emWashington, fabri-cou o primeiro gra-mofone. O fato a-aconteceu no ano de1887.

Os gatos qne sãobanhados dlàriamen-te, têm vida maiscurta, porque se re-tira do seu pilo umacerta gordnra prote-tira contra certasenfermidades. Qaerbem ao sen gatinho?Nfio lhe dê banbotodos os dias!

•Judas hcariotes —

era um dos doze dis-cipulos de Jesus Crls-to. Denunciou por30 dlnhelros (moe-da do tempo) ondeera Cristo encontra-do. Depois se arre-pendeu e se enforcouem uma figueira. Apalavra Judas tor-tou-se sinônimo detraidor.

•Os antigos acredl-

tavam que a Terrafosse inteiramenteplana.

Multas idéias deJúlio Verne eramconsideradas irrea-lisáveis. Quasetodas elas, porém,estão hoje transíor-formadas em coisaspráticas...

For exemplo: quealguém percorresse oglobo terrestreem pouco tempo.

O avião faz Issocom facilidade.. Em1629, o dlrlglvel"Orai Zeppelln", emsua viagem ao redordo mundo, venceu35.234 quilômetrosde percurso em dozedias e melo.

•Além de ser de fá-

cil aquisição, a ba-nana é um alimentoaltamente nutritivo,que deve constar,sempre, de nossa re-feição, principal-mente da das crian-ças e dos Jovens.

•Tamandaré, o glo-

rioso patrono denossa Marinha, eraduma coragem sere-namente lúcida — afôrma de coragemdos verdadeiros he-róis.

B-EfiUm eve merrn-

lhado em igua comsal: se é novo, vaipara o fundo « ficaem posição deitada;se ia é antigo ficainclinado; se e velho,fica boiando. Assimse pode saber a Ida-de de nm ovo, e se oquitandeiro é bonés-to.

956 O TICO-TICO13

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^^t*!*^ /ESTE *>BXE SE /*\ k-—^'^W / CHAMA *ESTERNOf>T/X: \Ak\àkr^5m _f /, fosscVE ofrsfos Wm/Nosqs. ^ ¦

IV 111 / ffAB/TA As PPoFMPftfS PO MAR ^Ai m\ J SUB/NPO 4 SOPERFfCJE NOS PtAS m\

Am^J^k PE TEMPESTADE. M

Im ti &$^T\ AvE ARBicoLA, QUANDo Jovem¦ ¦ / irvao' I $o3E nas arvores com ajudaW ¦ l/ll/i L PESUÁ5ASASPPOV/PASDEW w I klllii (% um ÜAJ"A C(/W/í'

(>yZ ~*m*~ ( ^C^s _ OS ÍÂGART&S, ÇW£ iViS _j^*_ SAO QRANPES ÂPRECtAPOttSV /^v ^F OK&, COSTUMAM VISITARvW_^ °5 ni Nhos onde que-\0>t-t-t-t1__Ci:::i^ ^^^_ /SW/y <?5'<?tf?s <£>Y^-- -"^ ^V A cauda.

14 O TICO-TICO NOVEMBRO __ i95«

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"PATROCÍNIO,

O ABOLICIONISTA"» -.A série "Grandes Brasileiros,', em boa horal\ organizada pelas Edições Melhoramentos,

acaba de aparecer o 21.° volume. "Patroci-nio, o abolicionista", cuja feitura foi confiadaao nosso companheiro João Guimarães, que re-alizou, mais uma vez, alguma coisa de nota-vel para as letra» juvenis de nossa terra.

Levando, como habitualmente, a sério a ta-refa que lhe foi confiada, João Guimarães, o"Professor Camarada" tão apreciado pelas cri-ancas, não se limitou a escrever um esboço bio-

gráfico do pretoglorioso de quese orgulha o Bra-sil.

Fez muito mais:traçou - lhe u mperfil que nadadeixa a desejar,situando o tri-buno negfo egrande jornalis-ta na sua épocae retratando - ocom uma fideli-dade que impres-siona o leitor.

João Guimarães, estudioso e pesquizador.fez questão de que seu pequeno mas excelenteestudo primasse pela exatidão e pela minúciahistórica, e conseguiu com rara felicidade pro-duzir um trabalho sintético em que se nota oseu cuidado e o seu carinho, além do entusiasmocom que redigiu as páginas que assina.

Está, assim, soberbamente enriquecida a"tilísslma série "Grandes Brasileiros", que jàconta com tantas biografias para uso dos estu-dantes e — sem nenhum exagero — dos estu-•Hosos, que nela encontram ainda algo a apren-der.

As ilustrações deste volume sáo de auto-ria de outro antigo companheiro nosso, o dese-nhista Oswaldo Storni, que deu, com sua penade artista, ainda maior brilho e interesse, sePossível, às páginas de "Patrocínio, o abolicio-hista", pela visualização das cenas descritas com^nto realismo pelo talento de João Guimarães.

PASSATEMPOS

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]ono Guimarães

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Aqui estão as soluções dos pas-satempos propostos na edição pas-sada. Confira com as soluões queachou.

NOVEMBRO 1958 O TICO-TICO15

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A MAIS ANTIGA ESTRADADE FERRO DO BRASIL

nu _Ti ' Ir T

JÉTWUf __i_MiÍMiir_i - —*-- *mm\\M mÈÊÊt___J 1 jí ___r ________ l_______R__UI¦MLflHMMpilP^y t IfB <___Pfl_r-___P^___r_^__l

A muitos dos nossos leitores parecerá truque fotográfico o ins-tantâneo que publicamos, no qual se vê um vagão de estrada

de ferro, inteirinho, até com as rodas, sendo erguido por um guui-daste. Mas não é. Trata-se de fotografia verdadeira e mostra o de-

sembarque de uma das muitas unidades elétricas compradas pelaEstrada de Ferro Central do Brasil, para serem postas a transpor-tar os cariocas que moram nos subúrbios e trabalham no centro

da cidade. „ _.-u__.w z aA Estrada de Ferro Central do Brasil, como vocês sabem, e a

mais antiga ferrovia do Brasil. Em março próximo vai comemorarcem anos de existência. No dia 29 de março de 1858 - contem os

historiadores da nossa capital - o Imperador D. Pedro II, quecompareceu acompanhado da Imperatriz D. Teresa Cristina, fez a

sua inauguração. eEstavam presentes muitos grandes homens da época. Tínha-s

erguido um altar, e às dez horas, tendo chegado o Imperador e »

Imperatriz, o Bispo diocesano, D.Manoel do Monte Rodrigues a

Araujo, que era também Conde de Irajá, benzeu a Estação, os car

16 O TICO-TICO NOVEMBRO __ 1956

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ros, ou vagões, e as oito locomotivas que iam ser usadas, e que ti-nham estes nomes: "Imperador", "Imperatriz", "Paulista", "Mi-neira", "Fluminense", "Brasil", "Progresso"' e "Indústria". '

O presidente da Diretoria fez um discurso, o Imperador res-pondeu, houve uma salva de artilharia e três descargas de infanta-ria, vivas e aclamações.

O primeiro trem partiu, o segundo não chegou a sair, e no ter-ceiro o Imperador viajou, indo até à estação de Queimados, comparadas em Engenho Novo, Cascadura, Maxambomba e aqueleponto terminal.

Vocês estão vendo como era pequena e modesta, e mesmo po-bre, a que é hoje tão importante Estrada de Ferro Central do Brasil,a maior estrada de ferro que o país possui, cortando vasto territó-rio, ajudando o progresso, conduzindo milhares e milhares de pes-soas por dia, em seus trens, encurtando distâncias com a velocidadede suas modernas composições, como os trens de aço, o "VeraCruz", e o "Santa Cruz".

Nestes quase cem anos, a Central do Brasil já teve 41 Direto-res, todos esforçados e deséjosos de fazê-la cada vez maior. O pri-ttieiro foi o Conselheiro Cristiano Benedito Ottoni e o atual é o en-genheiro dr. Jair Rego de Oliveira que, à'frente de um grupo deservidores dedicados, vem trabalhando incansavelmente para me-morar mais e mais os serviços da velha estrada de ferro.

Hoje a Central possui material rodante que faz a gente sorrira° pensar naquelas oito máquinas do dia da inauguração. Tem ofi-cinas próprias, longos trechos eletrificados, e não vai só até... Quei-rtlados, mas sim espalha seus ramais pelos vastos espaços do interi-0r brasileiro, entrelaçando cidades e campos num emaranhado deUas de aço, que são os seus trilhos.

, Meio de transporte seguro, rápido, o trem da Central do Brasile ° preferido pelo homem do interior, quer para a remessa do queProduz em suas fazendas, granjas, fábricas, oficinas, quer para êle

esmo viajar, a negócio ou a passeio.E a pequena via-férrea das oito máquinas inauguradas de 1858,

<luando completar,.breve, o centenário, representará, como já hoje,Um dos grandes fatores de progresso e grandeza de nossa terra.

N°VEMBro — i<)56 O TICO-TICO «

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TODA a nobreza do país se

havia reunido em casa dosenhor de Barbanhas, para fes-tejar o aniversário natalicio desua filha, a galante Semíramis.

Esta, bela e sorridente, ou-via Seu noivo, o cavaleiro De-loge, formoso mancebo, cantara meia voz um lindo rondo.

Durante muito tempo o con-de de Barbanhas se havia opôs-to a esse casamento, pois o ca-valeiro era órfão e sem fortu-na; mas, vencido por sua cons-tância, acabara por lhe conce-der a mão da filha.

A refeição ia em meio. Ha-viam já esvaziado inúmerasgarrafas e cada um, um tantoalegre, contava em altas vozesseus feitos.

De repente, ouviram um ru-mor fora da ponte. Prestaramouvidos. Quem poderia viràquela hora tardia, açoitadopelo vento impetuoso?

Uma pancada ecoou portoda a habitação. Alguns cria-dos subiram a ver quem batiaà porta do castelo.

A conversação diminuirá emtorno da mesa. Pouco depoisentrou um pagem e, aprOxi-mando-se do conde, falou-lheem voz baixa. .

— Que entre, disse este. —Senhores — continuou, diri-gindo-se aos convivas — é umcigano que advinha o futuro epede para ser admitido emnossa companhia.

Todos os olhares convergi-ram para a porta e, no limiardela por entre os respostei-

ia O TICO-TICO NOVEMBRO — 1956

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ros, apareceu uma cabeça pálida, mais enérgica. O cigano entrou. Seus olhosbrilharam e a grande barba preta caía-lhe sobre o peito. Sem se importarcom todos os olhares fixos sobre êle, inclinou-se respeitosamente.

Sê benvirido a este castelo, tu qque nos vais distrair — disse o conde,-O cigano aproximou-se dos convivas e, tomando a mão de todos eles, leu ofuturo favorável a cada um.

Chegou finalmente ao conde Barbanhas. Depois de refletir um pouco,disse com voz firme e alta;Um proscnto virá pedir-vos asilo. É um dos nossos. Errante, desgra-

çado, ousou opòr-se a ordens injustas. Hoje virá à vossa porta pedir asiloe proteção.

Que venha ! Aqui encontrará morada e justiça, se a causa merecer.Merece — disse o cigano vagarosamente. — Pois, para não denun-

ciar seus companheiros como conspiradores, deixou-se prender, seu castelofoi devastado e não foi sem grandes riscos que pôde escapar da prisão onde seachava.

Mas quem é esse inimigo, que possui tai, poder? — perguntou o conde.Esse inimigo é... o rei!

Um calafrio percorreu os assistentes.O rei! O tirano !

A crueldade do rei era tão conhecida, que todos tremeram ao ouvirseu nome !

Um séquito de aparelhos de torturas, de forças e cadafalsos acompanha-va aquele nome terrível!E o nome desse proscrito?João de Barros, barão de Lancaster.

E, assim dizendo, o cigano tirou o turbante, a falsa barba e apareceusob as feições do barão de Lacaster.Um grito de surpresa escapou de todas as bocas.

E agora, senhores, façam de mim o que quiserem ! Estou cansado delutar ! Estou velho e preciso de repouso. Desobedeci ao meu soberano que,invejoso dos nossos direitos e regalias, me havia investido do encargo deespionar meus semelhantes. Recusei-me a tal cobardia e eis-me neste beloestado.Ouvia-se fora grande alarido. João de Barros tremeu.

Não tardarão a encontrar-me ! — disse tristemente o conde. Deixai-^e partir, pois não quero que a desgraça entre no vosso castelo!Ouviu-se no páteo o ruído de armas.

. — Senhor, — disse um pagem que acabava de entrar, completamentelransformado, — os soldados do rei querem penetrar aqui!Deixe-os entrar — exclamou o conde.

. O pagem inclinou-se e saiu. O barão estava impaciente, os convidadostremiam. Próximo da porta, ouviram-se passos pesados. Com gesto lento o

N°VEMBRO — 1956 O TICO-TICO 19

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conde calcou um botão e a parede se abriu deixando ver um aposento s*cre-to, contendo provisões.Entre, barão, e nada tema ! — disse o conde delicadamente.

O proscrito apertou-o contra o coração e entrou no esconderijo. A pare-de tornou a fechar-se. Era tempo ! Dois segundos mais tarde, os soldadosdo rei penetraram na sala.Ninguém pode sair daqui! — disse o comandante, com voz impe-riosa...

SENTADA junto à janela, Semíramis estava desolada.

Eram já passados oito dias depois do assalto ao castelo e não tinha maisvisto nem seu pai nem o noivo. Estava receosa, pois ouvira contar as cruel-dades do rei e temia o castigo reservado aos rebeldes.Depois da chegada dos soldados, e terminada a festa tão tristemente,os convidados se haviam dispersado e o conde e o noivo, acusados de altatraição, por terem escondido um rebelde, tinham sido mandados, por ordemdo rei, para uma fortaleza.Caía a noite. A moça, muito triste, ouvia no páteo o vai-vem dos sol-dados. Esteve assim durante muito tempo, quando, de repente, pareceu-lhever alguma cousa, boiando na superfície do rio.Nessa ocasião entrava o barão e Semíramis mostrou-lhe o que acabavade ver. O barão correu ao rio, atirou-se nágua e começou a nadar vigorosa-mente. A moça apreciava este espetáculo estupefacta, quando o barão eri-tou, com voz rouca: .

Uma corda, depressa !Procurou a toda pressa uma corda mas, não a encontrando, atirou-lhea sua comprida "écharpe", prendendo-a a um dos ganchos na parede. Embreve entrava o barão, trazendo um semírames mostrou-lhe o que acabavatas estas palavras:"Deixem passar a justiça do rei".O barão cortou apressadamente as cordas que o amarravam e Semíra-mes viu'seu pai, de olhos cerrados.

Está morto ! — exclamou desesperada.Não se inquiete, senhorita — está simplesmente desfalecido.

Efetivamente, pouco depois, o conde fazia ouvir um profundo suspiro eabria os olhos.Minha filha ! — exclamou e apertou a filha contra o peito.Torno a ver-te, finalmente ! — disse, emocionado. — Fomos julgados.O cavaleiro Deloge foi4 condenado a ficar numa prisão de ferro até à chega-da do rei. Quanto a mim, condenado à morte, puseram-me neste saco e dei-taram-no nágua. Agradeço-lhe, barão — disse voltando-se para o velho —Salvou-me a vida.

Oh ! conde, fui eu o causador de todas as desgraças !Nessa ocasião ouviram passos.Separemo-nos. Escondam-se. Lembre-se, meu pai, que so tenho o se-nhor — acrescentou Semíramis, entre soluços. Os dois homens se afastaram.Pouco depois, entrava a camarista de Semírames completamente transtor-nada.I

20 O TICO-TICO NOVEMBRO — 1056

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soluços. Os dois homens se afastaram. Pouco depois, entrava a camarista deSemíramis completamente transtornada.Não sei o que se passa lá em baixo, disse ela. Os guardas gritam tan-to ! — Ouça, ouça !

Efetivamente, pela porta aberta, Semíramis ouvia gritos estridentes.Depois um grande rumor veio-lhe aos ouvidos.O rei morreu ! O rei morreu !

Levou a mão ao coração que parecia querer saltar-lhe ao peito. Se fosseverdade ! Nào, não ! Tal esperança era um sonho, não podia ser !..,Era, no entanto, verdade ! De há muito enfermo, o rei acabava de su-cumbir, envergonhado dos crimes cometidos ou talvez raivoso por não tervencido todos os seus vassalos...Semíramis passou aquele dia muito inquieta.De vez em quando chegavam correios, mas notícia alguma lhe traziam.Finalmente, ouviu-se grande rumor e a multidão se precipitou na sala.

Sou livre ! O rei morreu ! — exclamou um rapaz.Era o cavaleiro Deloge, que fugira da prisão.Pouco tempo depois, celebrava-se, com grande pompa, o casamento deSemíramis com o cavaleiro Deloge. O barão de Lancaster estava vingado:o rei falecera sob o peso de seus crimes

N°VemBRO — 1956 O TICO-TICO 21

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A HISTORIA REGISTRAEM NOVEMBRO

A DISSOLUÇÃO DO CONGRESSO - A3 de Novembro de 1891, o marechal Deodoroda Fonseca, presidente da República, irritadocom certas atitudes de oposição do Congres-so Nacional, decretou a sua dissolução. O ato domarechal teve uma intensa repercussão em todoo país. Todos os governadores dos Estados apro-varam o golpe, exceto o sr. Lauro Sodré, gover-nador do Pará. Em conseqüência do ato deDeodoro, rebentou uma revolta na Armada, che-fiada pelo almirante Custódio José de Melo.O marechal Deodoro, entretanto, com um pa-tríotismo exemplar, preferiu renunciar, a fim deevitar derramamento de sangue. Com a sua re-núncia subiu ao poder o marechal Floriano Pei-xoto, vice-presidente da República.

O ATENTADO CONTRA PRUDENTE DEMORAIS — O presidente da República, Pru-dente de Morais, fora assistir a 5 de Novem-bro del897, à chegada das tropas que regres-savam de Canudos. Ao chegar ao Arsenal deGuerra, um soldado tentou matá-lo, no que foiobstado pelo Minis.ro da Guerra, general Car-los Machado Bittencourt. Este, entretanto, foiatingido peU arma do referido soldado, vindo afalecer. Foi também ferido o marechal Luiz Men-des de Mor. if.

O COMBATE DE PIRAJÁ — A 8 de No-vembro de 1822 trava-se na Bahia, em Pirajá,o combate entre o» brasileiros comandados pelogeneral Labatut e as tropas portuguesas sob as'ordens do general Madeira. A vitória dos na-cionais deve-se a um erro do corneteiro. Tendorecebido ordens de tocar retirada, de propósito

ou por engano deu o toque de avançar, E herói-camente os brasileiros puseram em fuga os lusi-tanos. Foi essa a primeira vitória dos brasilei-ros sobre os remanescentes da metrópole que ten-tavam-se opor à independência do Brasil, pro-clamada a 7 de Setembro daquele ano.

O BAILE DA ILHA FISCAL — O govêríioimperial ofereceu na noite de 9 de Novembrode 1889 um suntuoso baile na Ilha Fiscal, àoficialidade do navio chileno "Almirante Co-chrane". Enquanto se realizava essa festa, quefoi a última da monarquia, o Club Militar, emsessão presidida por Benjamin Constant, lan-cava as bases da revolução que, seis dias depois,proclamaria a República.

A PROCLAMAÇAO DA REPÚBLICA -O marechal Deodoro da Fonseca, à frente datropa e com o apoio da Marinha de Guerra,proclamou a República no dia jl5 de Novem-bro de 1889. O acontecimento foi o resultadode uma série de fatores sociais e políticos di*líceis de afastar pelo governo imperial. A mo*

' narquia no Brasil era uma exceção no continente americano. Depois, certos atos da politíc»dos gabinetes haviam desgostado profundamenteas classes armadas, a que se veio juntar o des-contentamento causado entre fazendeiros e agn-cultores pela abolição da escravatura. Deodorofoi um exemplar modelo de lealdade aos anseioída sua classe. Não fugiu ao cumprimento do seudeveT de soldado e de patriota. Instituído o nov»regime, a família imperial foi desterrada e Deodoro assumiu o poder, na qualidad» de chefe doGoverno Provisório.

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22 O TICO-TICO NOVEMBRO __195«

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N°VEMBRO _ 1956 O TICO-TICO 23

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A HISTORIA REGISTRAEM NOVEMBRO

A DISSOLUÇÃO DO CONGRESSO - A3 de Novembro de 1891, o marechal Deodoroda Fonseca, presidente da República, irritadocom certas atitudes de oposição do Congres-so Nacional, decretou • sua dissolução. O ato domarechal teve uma intensa repercussão em todoo país. Todos os governadores dos Estados apro-varam o golpe, exceto o sr. Lauro Sodré, gover-nador do Pará. Em conseqüência do ato deDeodoro, rebentou uma revolta na Armada, che-fiada pelo almirante Custódio José de Melo.O marechal Deodoro, entretanto, com um pa-triotismo exemplar, preferiu renunciar, a fim deevitar derramamento de sangue. Com a sua re.núncia subiu ao poder o marechal Floriano Pei-xoto, vice-presidente da República.

0 ATENTADO CONTRA PRUDENTE DEMORAIS — O presidente da República, Pru-dente de Morais, fora assistir a 5 de Novem-bro del89., à chegada das tropas que regres-savam de Canudos. Ao chegar ao Arsenal deCuerra, um soldado tentou matá-lo, no que foiobstado pelo Minis'ro da Cuerra, general Car-los Machado Bittencourt. Este, entretanto, foiatingido pela arma do referido soldado, vindo afalecer. Foi também ferido o marechal Luiz Men-des de Moreis.

O COMBATE DE PIRAJÁ - A 8 de No-vembro de 1822 trava-se na Bahia, em Pirajá,o combate entre o» brasileiros comandados pelogeneral Labatut e as tropas portuguesas sob asordens do general Madeira. A vitória dos na-cionais deve-se a um erro do cometeiro. Tendorecebido ordens de tocar retirada, de propósito

ou por engano deu o toque de avançar. E herói-camente os brasileiros puseram em fuga os lusi-tanos. Foi essa a primeira- vitória dos brasilei-ros sobre os remanescentes da metrópole que ten-tavam-se opor à independência do Brasil, pro-clamada a 7 de Setembro daquele ano.

O BAILE DA ILHA FISCAL — O governoimperial ofereceu na noite de 9 de Novembrode 1889 um suntuoso baile na Ilha Fiscal, àoficialidade do navio chileno "Almirante Co-chrane". Enquanto se realizava essa festa, quefoi a última da monarquia, o Club Militar, emsessão presidida por Benjamin Constant, lan-cava as bases da revolução que, seis dias depois,proclamaria a República.

A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA -O marechal Deodoro da Fonseca, à frente datropa e com o apoio da Marinha de Cuerra,proclamou a República no dia J15 de Novem-bro de 1889. O acontecimento foi o resultadode uma série de fatores sociais e políticos di-fíceis de afastar pelo governo imperial. A mo-narquia no Brasil era uma exceção no cominente americano. Depois, certos atos da politicados gabinetes haviam desgostado profundamenteas classes armadas, a que se veio juntar o des-contentamento causado entre fazendeiros e agri<cultores pela abolição da escravatura. Deodorofoi um exemplar modelo de lealdade aos anseiosd« sua classe. Náo fugiu ao cumprimento do seudever de soldado e de patriota. Instituido o novoregime, a família imperial foi desterrada e Deo-doro assumiu o poder, na qualidada de chefe doGoverno Provisório.

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N°VEMBRO1956 O TICO-TICO 23

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24 O TICO-TICO NOVEMBRO — 1956

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DESCUBRA AS DIFERENÇAS!

Olhe bem parao quadro à es-querda e prestetoda atenção aosseus detalhes.Observou tudo ?

Agora, des-cubra, no quadroaqui à direita, 7diferenças exis-

tentes, no_ deta-lhes, embora o

desenho pareça omesmo.

Damos no ro-dapé a solução

NOTA: — Eventuais defeitos de impressão, ou manchas, não devem serconsideradas como "diferenças".

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novembro — i»56 O TICO-TICO 25

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DÁDIVADO CÉU

(RECITATIVO)

IvllNHA terra tem palmeirasOnde canta o sabiá"...E entre elas uma existeComo igual outra não há.

Ê um dom da Providência,Qúe se deve agradecer;Podem ser feitos, tecendoNecessita pr'a viver.

Dá casa, dá vestimenta,Dá com que alimentar,E, por fim, a luz brilhantePara, à noite, o alumiar.

No Brasil, entre outras muitas,Essa esplêndida palmeiraÉ "carnaúba" pra os índios,É, pra nós, carnaubeira.

Seus grossos troncos, ou espiques,Fazem da casa os esteios,Cobrem-na as folhas, e a chuvaNão nos causa mais receios.

Sua fibra resistente,Depois de ser bem tecida,Fornece roupa perfeitaPara trazermos vestida.

Seu palmito é um alimentoQue dá força e dá vigor,Ao nosso corpo animandoCom energia e calor.

Bolsas, esteiras, chapéusPara quem vive e trabalha,Podem ser feitos, tecendoSua proveitosa palha.

Por fim, entre as suas palmas,sejam verdes ou amarelas,Se encontra uma cera forteCom que se fabricam velas.

Carnaubeira graciosa,De porte airoso e gentil,És o mais útil presenteQue Deus já fez ao Brasil!

EU STÓ RGI O

WANDERLEY

26 O TICO-TICO NOVEMBRO 1956

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BANHO MARIAOs antigos alquimistas atribuíam à pro-

fetisa Maria, irmã de Moisés, o libertador do

povo hebreu, um livro de receitas e ensina-mentos, no qual constava o processo de pre-paro de certas misturas levando os ingredi-entes ao fogo não diretamente, mas dentrode outro vaso contendo água que fervia.

Daí é que parece ter provindo o termoacima.

ANTENADo latim é que se origina a palavra an-

tena (antenna). Dava-se êsse nome a umaantiga vara de madeira, usada nas embarca-ções, para suster erguida a vela triangular,ou seja o que nós chamamos mastro.

Hoje, o significado se estende a outrosobjetos. Dizemos antena tudo o que se alon-ga, para efeito de captação de sons, por exem-pio. A significação mudou muito. %

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METEOROA palavra meteoro nos vem do grego.

Tá metéora, expressão grega, tem como signi-ficado literal o seguinte: coisa que está noalto, no ar, no espaço. Hoje chamamos me-teoro ao fenômeno que tem lugar na atmos-fera e, em sentido figurado, aquilo que bri-^lha, fulgura rapidamente. Há meteoros aquo-*sos, luminosos, aéreos: chuva, arco-íris, nu-vens, relâmpagos, etc.

Novembro — 1!)56 O TICO-TICO 27

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DÁTRIA és tú, bfbresta I1 Sois vós, regat? fontes!És tu, natureza ersío /Sois vós, grandes'fontes!

Páttríu/ escola amadaQue\ ,r*strúis e que me ensinas!És tú^ontanha azulada!Sois s' ridentes campinas!

Pátria és tu, ô lar MdoOnde vivo com tf's pais fÉs tu, canteiro f$°!Sois vós, grandesr^zais I

Pátrfok vós, lindos montes!És tüço céu de anil!

. ' Sois f; cachoeiras e fontes IPátffs tu, ó meu Brasil!

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ANTÔNIOCARLOS

ANTÔNIO

Carlos Ribeiro deAndrada Machado e Silva— irmão de José Bonifácio,

o Patriarca da Independência —loi uma das figuras.de maior re-levo e de mais acentuada proje-ção na história cultural e políticado Império.

Nascido a 1 de Novembro de1773, em Santos, formou-se emdireito na Universidade de Co-Imbra (Portugal). Começou suacarreira como Juiz de Fora, na suacidade natal.

Ao rebentar em Pernambuco arevolução republicana de 1817,ocupava Antônio Carlos a Ouvi-doria de Olinda. Aderindo ao mo-vimento, fer parte, nos primeirosdias da vitória, da Comissão dosCinco, encarregada de aconselharo Governo Provisório.

E' da sua lavra a Lei Orgânicadaquela República. Esmagado omovimento, foi preso e recolhidoa ferros às cadeias da Bahia, comFrei Caneca, Domingos José Mar-tins, Teotônio Jorge e outros.

Escapando do patlbulo, pelaanistia provocada em face da Re-volução Constitucionalista do Por-to, deixou Pernambuco, regressan-od à sua Província.

Eleito

deputado às Cortes deLisboa, em 1821, como re-presentante de São Paulo, li-

der da bancada brasileira, bateu-se com os mais notáveis oradoresda Assembléia.

Defendendo as aspirações doBrasil, Antônio Carlos pronun-ciou dlscurgos violentos que cau-saram pânico entre os portu-guêses.

Recusou-se a assinara Constituição de Por-tugal e, acompanhadode outros deputados,abandonou a Assem-bléia, retirou-se paraa Inglaterra e. de Tal-mouth, lançou umManifesto explicandoa sua atitude e a dosseus companheiros.

Voltando ao Brasil,foi eleito deputado àAssembléia Constituln-te, dissolvida víolen-t a men te pelo Imperador Pedro I, a 12 de No-vembro de 1823. Com os Irmãos, José Bonifácioe Martim Francisco, foi deportado, ficando naEuropa até 1828, quando voltou ao Brasil.

Dez anos depois entra para a Câmara, co-mo deputado em oposição ao Partido Conser-vador. Era temido pelos adversários, ferlndo-osde frente com os seus discursos memoráveis.

Em 1840, foi um dos chefes do movimentoque se. batia pela maioridade de Pedro II, e,apezar da tremenda hostilidade que recebeu oseu projeto declarando maior o Imperador me-nino, Antônio Carlos venceu a jornada. A 23 deJulho, Pedro II, com quinze anos, assumia a dl-réção suprema dos destinos do Império.

Ministro do Império, no primeiro Gabineteformado pelo monarca, foi pouco depois apeadodo poder. Na luta que travava com, AurelianoCoutinho, êste ganhou as preferências de PedroII e, convidado pelo monarca, organizou novoGabinete'.

Antônio Carlos não mais voltou ao poder.Ainda foi deputado por São Paulo, senador porPernambuco e membro do Conselho do Impe-rador. Pertenceu ao Instituto Histórico, deixandovárias obras sobre assuntos sociais e políticos,além de poesias escritas nos cárceres da Bahia.Faleceu o grande Andrada a 5 de Dezembro de1845. Antônio Carlos foi, incontestavelmente,um vulto solar do Império. Dos três Andradas,foi êle o mais bravo, o mais arrojado, o mais vi-brante. Entrou para a História gloriíicado erespeitado.

AMÉRICO PALHA

30 O TICO-TICO NOVEMBRO 1956

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33 O TICO-TICO NOVEMBRO — 195Í

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Jj^f EMBRANDT Harmenas Van Ryn, conhecido apenas por seu primeiro nome,

S foi um dos grandes orgulhos da pequena Holanda.Filho de um moleiro, nascido mesmo num moinho, no dia 15 de Julho de

1606, pouco se sabe da sua infância, a não ser que era um aluno poucoaplicado porém de grandes idéias, não podendo adaptar-se à dura disciplinado estudo.

Rembrandt teve como primeiro mestre o grande Van Swanenbuch. Depois,em Amsterdan, recebeu lições de Lastenau.

Porém só em 1637 com 25 anos Rembrandt abriu seu atelier, onde pintou "São

Pedro na prisão". Em 1632 Rembrandt concebeu "A lição de Anatomia" que

bastou para lhe dar a celebridade da noite para o dia.Casou-se com Saskia Van Uylenburgh, que foi toda sua inspiração. Pintou

inúmeros retratos de sua esposa. Deu à esposa grandes riquezas, a ponto deser comentada sua vida pelos visinhos.

Um de seus grandes quadros foi"'Noturna".

Rembrandt,possuidor de uma técnicatoda sua, pintou cerca de 500 telas,estão distribuídas pelos museus demundo.

0 grande filho do mo-leiro faleceu na misériae quase cego, porém em1852 a Holanda ergueuU|n momento em sua me-mória.

que (^^¦^^^Y X

r , >^ >v 0^ ^ A^ovemBRO 1956 O TICO-TICO

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Continuação do número anterior

AS fadas apreciaram muito aquilo tudo, e ã sobremesa distribuíram a to-dos os convidados pequenas pedras preciosas.

Procederam ao batismo no salão de honra do palácio. A princesa, vesti-da de púrpura e prata, com uma coroa de ouro na cabeça e os dedos carre-gados de anéis riquíssimos, íoi conduzida sobre um coxim de veludo.

Atrás dela ia a ama levando o filho. Ia depois uma larga fileira de pa-gens, guardas, homens de armas e arautos.O grande Bonzo, que era o primeiro sacerdote do país, esperava a prin-cesa tendo a seu lado dois bonzos de classe inferior segurando, um, uma taçade mármore, outro, uma bandeja com três ovos. O grande Bonzo quebrou o

primeiro ovo nos pés da princesinha, outro nas mãos e o terceiro no rosto.A princesa não gostou disso e começou a gritar. Os dois bonzos infe-riores apressaram-se a enxugá-la e,a fada Lumiana aproximou-se:

Princesa — disse — teu nascimento foi maravilhoso, e teu nomeserá Maravilhosa. O grande Bonzo disse então:Princesa Maravilhosa, que o céu te conceda longos dias !

Pouco depois as fadas se despediram; o Rei e toda a corte foram acom-panhá-las até à porta. Aí, a pescadora, aproveitando a ocasião, aproximou-se do bonzo e pediu-lhe que ungisse também com os ovos mágicos seu filho.

O sacerdote se pôs a rir de uma ambição tão extravagante, porque aque-Ia honra só era reservada aos grandes do reino. Mas, refletindo, e observan-do que a ama da princesa merecia certas atenções, dispunha-se a satisfazê-Ia quando, de repente, saiu da taça de mármore uma fumaça azulada e, nomeio dessa fumaça, apareceu a fada Oraminetta, na sua carruagem puxadapor parelhas de ratinhos brancos.O Bonzo, assustado, fugiu da sala, mas a pescadora, encantada, caiu de

joelhos. A fada, descendo do carro, veio contemplar de perto o menino comar de tristeza.O menino, sem ser absolutamente feio, não tinha um só traço de beleza-Mas suas cores rosadas e seu ar sadio davam desejo de estimá-lo. Todo o seucorpo já indicava vigor pouco comum e sua mãe, apesar de forte, mal o po*dia carregar. Oraminetta disse então:

Tu te chamará* "Sem Malícia" e terás o que tua mãe desejou — bra'ço forte e bom coração,

A fada deu à pescadora um bálsamo para curar instantaneamente aídentadas e desapareceu.A partir desse dia a vida do Rei e da Rainha foi muito feliz. A Princes*crescia rapidamente e ainda mais depressa ia se desenvolvendo nela um &

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Pirito admirável. Com seis meses de idade já falava e descutla sobre todos osassuntos.

Quanto a Sem Malícia, gritou muito, antes de se acostumar a ser mordidotodos os dias pela Princesa, mas, tendo observado que sua mãe chorava seo via chorar, nunca mais chorou. Felizmente, o balsamo dado pela fada acal-mava facilmente as dores. A Rainha acabou por tomar amizade ao menino,c todos os dias dava-lhe doces.

CAPITULO VI

Quando chegou a época de desmamar a Princesa, despediram a pescado-ta, dando-lhe um bom pagamento; mas Sem Malícia ficou no palácio, comoPagem da princesa Maravilhosa.

Esta crescia, cada vez mais bonita e mais inteligente, mas cada dia ma-hifestava mais maldade. Agora já não mordia, mas batia e beliscava o pobreSem Malícia, que tudo suportava com paciência.

Sem Malícia no seu cargo de pagem, tinha que andar vestido de cetim.com manto e espada, e aprender uma porção de coisas para não fazer figu-m teia na Corte.

Estudava muito e tinha grande dificuldade em aprender a ler. Em com-Itensação, causava espanto aos mestres pela facilidade com que aprendia to-

dos os exercícios deforça e como, empoucos dias, se tor-nava perito em qual-quer um.

Sem Malícia eraobrigado também ater aulas de dança,história, desenho evárias ciências, jun-tamente com a Prin-cesa. Esta, cada vezmais caprichosa, sóestudava quandoqueria. En tão, osmestres, que não po-podiam castiga - la,resolveram que, toda

ir -•,- .rs-i vez que ela não sou-^</ í A ^J^ I besse a lição, dariam

uma sova em.. .Sem

B^^^S_HEtÍm

"i\Mctsa Maravilhota" desenvolvia-se cada vei mais bonita. Malícia.

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Ciente diso, a Princesa, ás vezes, só para ter o gosto de ver o pagem apa-nhar sova, fingia que não sabia as lições.

Sem Malícia bem que procurava escapar ao castigo, escondendo-se; masa Princesa procurava-o até achar.

Entretanto, Sem Malícia, apesar de tudo isso, em vez de criar ódio à Prin-cesa, cada vez gostava mais dela e procurava desculpá-la.

O bom rapazinho só de a ver perdoava-lhe tudo. Achava-a tão bonita,tinha-lhe tanta amizade!

CAPITULO VII ,:

Quando Maravilhosa completou 16 anos o Rei morreu. Ela não demons- ;trou pezar nem sentimento; ao contrário: notando que os vestidos de luto 1lhe assentavam bem, ficou muito alegre.

Nessa época, uma forte tempestade destruiu o bote do pai de Sem Ma- jlicia, que estava a bordo com a mulher. Morreram ambos e, assim, ficou o pa-gem* órfão. Sem Malícia quase morreu também, de desgosto. Esteve umaporção de dias sem comer e chorando tanto, que só de vê-lo dava pena.

Só Maravilhosa, não se comoveu com aquela mágua e até ria-se do pa- I

gem, que, ao se ver só no mundo, concentrou todas as suas simpatias nela.Mas, pouco a pouco, o gênio da Princesa tornou-se tão perverso, que

ninguém podia suportá-la. A própria Rainha foi forçada a reconhecer quea filha tinha mau coração. Era a criatiíra mais formosa deste mundo, amais elegante, a mais espirituosa e instruída, cantava muito bem, de fazer in-veja aos rouxinóis, dançava com elegância sem rival, sabia pintar, bordar,mas era tão orgulhosa quanto bela e tão egoista quanto graciosa.

O sofrimento de todas as criaturas, em vez de provocar a sua piedade,causava-lhe prazer. Ela ria, recusando esmola aos pobres famintos, depena-va, vivos, os passarinhos que conseguia apanhar, mandava chicotear osescravos...

Não tinha amizade a pessoa alguma e não.respeitava nem a Rainha,sua mãe. Em suma, Maravilhosa era má, tinha mau coração.

A Rainha reconhecendo isto, com grande pezar, lembrou-se das palavrasda fada Lumiana e arrependeu-se do seu esquecimento na ocasião de apre-sentar-lhe os seus desejos.

Mas, em todo caso, a pobre mãe não perdeu a esperança; imaginou quecom alguns conselhos sua filha perdesse os seus defeitos. E, depois de refle-tir longamente, mandou chamar Maravilhosa.

CAPÍTULO VII

A Princesa, que estava judiando de uma linda borboleta, mandou-lhe di-zer que esperasse, mas distraiu-se, falando, e a borboleta conseguiu fugir.

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Isso enraiveceu a menina, demodo que ela se apresentou à Rai-nr»a, já de mau humor.

A soberana estava Aa sala dotrono, sentada sob o docel doura-do, tendo em torno dê si as suasdamas de honor, seus guardas efidalgos.

Maravilhosa entrou, olhou paratodos com ar de pouco caso e diri-giu-se para o trono. Estava maislinda do que nunca, e o pagemSem Malicia, que a acompanhava,fitava-a, deslumbrado.

—- Minha filha — disse a Rainhacom solenidade — tenho que lhefazer algumas observações.— A mim? — perguntou a Prin-cesa, com arrogância.A Rainha fez sinal que sim.7- Ah ! Nesse caso — disse aprincesa — faça-me o favor de

guardar o sermão para logo, queeu agora não estou para ouvi-la...Disse isto com maneiras insolen-

j*s, diante de todos os fidalgos, quenao puderam suster gestos de cen-*ura para tão grande falta de res-Pfito. a Rainha ficou um instante

^silêncio, estupefacta com tantaudácia: depois exclamou:j.

~~* Ah. Maravilhosa, minha fi-a! Você ainda ha de me fazermorrer de desgosto.-—"a °ra — murmurou a Princesaüm d?Cnte semPre tem <lue morrer

güeuSta Vez a Rainha> zangada, er-com » do trono e> dirigindo-sesa. g*í

ameaçador para a Prince-¦*"" Isto é demais ! Eu...

(Continua) O paxtm "Sem Malícia"

N°VEMBRO _ 1956 O TICO-TICO 37

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ALGUMAS NOÇÕES ÚTEISSOBRE OS MINERAIS —III —

RaymundoGalvão

MBUCÜmOCOM

a designação de "chutos argyros", o que significa prata viva,300 anos antes de Cristo já Teofrasto mencionava a xistência do

que, segundo êle, poderia ser preparado pela simples flutuação do ci-nábrio no vinagre, em recipiente de cobre.

Mais tarde, Discórides o chamou "Hydor argyros" e é daí que advemo termo Hydrargyrium, nome pelo qual ainda hoje é conhecido o metal-

Devido, talvez, ao seu aspecto físico ou, ainda, pelo simples, fato dedividir-se em pequeninas gotas brilhantes quando triturado, o que podeser facilitado pela adição de substância gordurosa o fato é que o mes-cúrio exerceu sempre um grande fascínio sobre os alquimistas.

fi, também, conhecido por nós como azougue, o que nos faz lembrarvivacidade, rapidez de movimentos, características estas que se relacio-nam com o deus da mitologia, o Mercúrio mensageiro ágil e infatigavelde Zeus.

O metal é encontrado livre em pouquíssimas quantidades, sendo osulfeto, formando o minério cinábrio,- a fonte principal de sua extração.Do cinábrio o mercúrio é obtido por processos de ustulação que recebemo nome das localidades onde foram primitivamente praticadas, isto é,Idria, na Itália eAlmaden, na Espanha. As minas desta última cidadesão de tal grandeza que, segundo alguns autores, vêm sendo exploradasdesde o ano 415 antes de Cristo.

Branco prateado, muito brilhante, gozao mercúrio do privilégio de ser o único metalem estado líquido, à temperatura ordinária.

E' um bom solvente parasódio, ouro, prata, zinco e mui-tos outros metais, sendo que assoluções resultantes são cha-madas amálgamas. O amàl-gama de estanho, porexemplo, já teve gran-de emprego no pra-tear dos espelhos e osde ouro, cobre e zín-co, são modernamenteutilizados na clínicaodontológica para asobturações de cáriesdentárias.

A indústria béli-ca serve-se de quanti-d a d e s considera-veis do mercúrio, na

38 O TICO-TICO NOVEMBRO 1956

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Preparação do fulminato com o qual são confeccionados os detonadoresde granadas e outras armas de guerra. „ „„„„„.„Bo mercúrio são conhecidos dois óxidos, o mercurico e ometean^,os quais, por sua vez, dão origem a duas espécies de sais. Um üêies o cio-reto mercurico, também chamado su blimado corrosivo, ou solimão, venenoviolentíssimo, presta valioso auxílio à cirurgia como antisépticosob ator-ma da conhecida água sublimada. Ê, também, utilizado para tornar impu-trescíveis as madeiras, na preparação das cores de anilina e na estampa-gem do algodão. A absorção dos compostos de mercúrio reaUza-se direta-mente, através da pele. Este fato, associado ao seu valor ^«séptico,

le-vou os químicos ao estudo de compostos orgânicos menos^ toxicos resui-tando daí o aparecimento de numerosos derivados sintéticos de S™*femprego na clínica. Muito nossa conhecida, por exemplo, è a soiuçaooemercüriocromo, cuja ação bacterlostática e bactericida «e exerce auran-te certo tempo sobre a pele. Não pára aí, todavia, o emprego do mer-

Çurio no campo da medicina. Também o calomelano, um outro J&i,Teveja a sua fase áurea, sem contar outras formas farmacêuticas, tetócomo

empiastros e pomadas, em que esse metal era incluído comsucessoa Seu concurso tem sido de um valor incalculável na totorteacao*eta»trumentos e aparelhos científicos, merecendo destaque os termômetros ebarômetros. O primeiro, muito útil na tomada de temperaturase osegundp, no medir a pressão atmosférica com o que é conseguida nao so a previsão do tempo, mas o cálculo das altitudes. O mercúrio é cons^e^°como o líquido termométrico por excelência, condição que f

deve ao tatode poder ser obtido químicamente puro e, também, por ser o liquido quese dilata mais uniformemente. Foi utilizando-se do mercúrio que Tomcelli, em 1643, pôde levar a efeito a sua célebre experi&wia com

^pro-pressão atmosférica.

(Continua na pag. "Nos-

sos Concursos").

39NOVEMBRO — 1956 O TICO-TICO

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GOSTARAM DO BRINQUEDOC/w.

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Exija o legítimo de

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PETRO-LOVO

N?VEMBRO — 1.56 O TICO-TICO

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Hotw comamCONCURSO N.° 353

Recorte os quatropedaços negros, comtodo o cuidado, etrate de reuni-los,colando-os em um»folha de bloco, demodo a formar umafigura muito suaconhecida, emsilhueta branca sò-bre fundo escuro.

Feito isto, remetaa "Nossos Concur*sos", Redação de "OTICO-TICO" — ruaSenador Dantas, 155.° andar — Rio deJaneiro — D. F. eaguarde a soluçãona edição de Janei*ro de 1957.

O MERCÚRIO (Conclusão)

O oxido mercúrico, entre outros usos, costuma ser empregado na co-loração de porcelanas, Além disso, formando com o cloreto de sódio, existen*te na água do mar, um composto muito venenoso, tem sido empregado n*pintura do costado de navios, impcdindo-se, assim, a proliferação, ali, deplantas e animais marinhos. Quando se trabalha com mercúrio, são neces*sários cuidados e precauções, não só pela grande toxidade que êle apresen*ta como, também, oelo poder de atacar diferentes metais.

Em sua presença, portanto,, devencilhe-se de anéis, relógios e outrasjóias, se não quiser perdéVlos irremediavelmente.

Por todo este mês estará à venda o bonito"ALMANAQUE DE CIRANDINHA"

o primeiro anuário dedicado às meninas, no Brasil.

42 O TICO-TICO NOVEMBRO 195"

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QUADRO DE HONRAFORAM CLASSIFICADOS. POR SORTE, PARA SAIRNO QUADRO DE HONRA, OS SEGUINTES CONCOR-RENTES QUE ENVIARAM SOLUÇÕES CERTAS DEUM DOS DOIS ÚLTIMOS CONCURSOS.

— ALCIDES CORDEIRO — Petrópolis — Es-tado do Rio.

— ERNESTO MARINHO — Três Rios — Es-tado do Rio.

— OLGA LUIZA DANTAS — Salvador ¦— .Bahia.

— PELICIA MARIA DONATO — Piedade —Rio — D.P.

— GENNY CASTANHEIRA — Recife — Per-nambuco.

— ARIOVALDO PINTO DIAS — Botafogo —Rio — D.F.

— RAMIRO CAMPÊLO QUEIROZ — Valen-ca — Bahia.

-— HILDA MEDINA — Curitiba — Paraná.—- RADAMÉS PELUFFO — Santos São

Paulo.19 -i CACILDA MANTUA BARROS — Realen-

RO — Rio — D.F.l* — JUVENIL M. GONÇALVES FILHO — Co-

nacabána — Rio — D.F.12 — ORLANDO CURVELLO — Grajaú — Rio

D.F.13 — MARIA APARECIDA BALTAZAR — Vol-

ta Redonda — Estado do Rio.14 — SILVIO P. MONTES-CLAROS — Belo

Horizonte — Minas.15 — CAIO CÉSAR MOREIRA PIRES — Porto

Alegre — Rio Grande do Sul.16 — REGINA COELI MIGUELINI — Castelo

Espirito Santo.17 — ERNESTO LUIZ CONCEIÇÃO — Lapa —Rio —D.F.

to — BENÉ MONTENEGRO — S. Paulo — Es-tado de São Paulo.19 — IVONNE R. P. DA COSTA — Niterói —Estado do Rio.**° — RUBENS PARANHOS — Encantado —•Rio — D.F.

SOLUÇÃO EXATA DOCONCURSO N". 3S1

L^^.PALAVRAS CRUZADAS

Solução do número passado

HORIZONTAIS: 1 — Ca-

ma; 5 — Banana; 6 —Fina-

do; 7 — Venus; 8 — Lar;

9 — Asa.

VERTICAIS: 1 — Canela;2 _ Ananás; í — Madura;4 — Anos; 9 — B. I. V.

ÍEVISIA INFANTIL MENSAL

UMA HJII.1CAÇA0 DA S.A.-0 MALHO"

.J.tw.í.TIQlWIWyÍ-CIIANWNHA* t "UNOUIiNHO"

I1ISSMS:urram a. o* «oii»» i «n*»

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IMÉMM AVULIOi .UMMHIM:

N°VEMBRO — 1956 O TICO-TICO 43

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BANDEIRA BRASILEIRANABOR FERNANDES

•->. h ! Bandeira puríssima, a Pátria,^ Numa grande alegria sem par,Comemora o teu dia altaneiro,A cantar, a cantar, a cantar!...

Quanta Glória traduz o teu vulto,Pano verde repleto de estrelas !...Quanto amor distinguimos imbuído,Nesses hinos, canções tão singelas !...

Quando buscas o cume de um mastro,Na mais lenta e soberba subida,O teu povo vibrante proclama:— Pano verde, Bandeira querida!

Quê de histórias, quê feitos recordaO teu povo com garbo gentil!Simbolizas a Glória passadaE o faustoso porvir do Brasil.

ó Bandeira puríssima, a Pátria,Numa grande alegria sem par,Comemora o teu dia altaneiro,A cantar, a cantar, a cantar !...

NOVEMBROQ TODOS OS SANTOSS FINADOSS St.a SílviaD S. ClaroS S. SilVanoT S. LeonardoQ S. FlorêncioQ S. OodofredoS St.0 Orestes

10 S S. Justo11 D S. Martlnho12 S St.0 Aurélio13 T S. Nicolau14 Q. St.a Filomena15 Q PROCL. DA REPÚBLICA16 S St.a Gertrudes17 S St.0 Alfeu18 D St.0 Odom19 S S. Crispim20 T St.0 Otávio21 Q APRESENTAÇÃO DE N. S»22 Q St.a Cecília23 S S. Clemente24 S S. João da Cruz25 D S. Gonçalo26 S S. Conrado27 T St.a Delfina28 Q St.a Lucrécia29 Q S. Saturnino30 S St.0 André

KWí NÂO FALHA

FAZ DOS FRACOS FORTES. INFALÍVEL NOSCASOS DE ESGOTAMENTO:

ANEMIADEBILIDADE NERVOSA — DíSÔNIAFALTA DE APETITE

E OUTROS SINTOMAS DE FRAQUEZA OROA-NICA DE CRIANÇAS E ADULTOS.

44 O TICO-TICO NOVEMBRO — 1956

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SEU" túsToti _____-3_____,., ,, i, ni-, - - - ¦ ¦ , ¦ • —¦

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C4MPEONATOde PESCA

A 50. OOO *o \í_íNCEDoQ

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^Ut >4„,^ firJ>^ "H%-

O grande inventor e seu amigo Biruta tomaram umas férias e foram passá-las ef1

Puia-Pula, a praia mais bela do mundo. Mal lá chegaram, encontraram a aventuro,

num cartaz extremamente convidativo e tentador.

Seu Nestor teve logo uma idéia extravagante. Inventou logo qualquer coisa, qu

iiruta aprovou imediatamente. E no dia do campeonato de pesca, estavam os dois,''

ss e fortes, belos e formosos, na praia, para agir.

O TICO-TICO NOVEMBRO — ^

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SE(J ttesro-2. kTTnve NTOgJ

A toguo estava fria como picolé de banana dágua em junho. Mas a idéia de Nes-«Or ef0 *- ¦roo boa, que eles enfrentaram o gelo e tudo, mergulhando na ponte Três PeY-

** mm*mv§• c"oção do arquiteto Ronald, super-modernista.

Ay=yM 4i"^-^_í_Sfc-!_É.

I U'3y o,

0 ve* em boixo dágua, começaram a se locomover, como verdadeiros homens-Peixinhos fugiam assustados, vendo aqueles dois animais estranhos, feios pra

NOtom

VEmbrqpernas de polvo e corpo de gafanhoto norueguês.

1ÔM O TICO-TICO 47

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SE(J feSTOU VJmMQzf

A brincadeira inventada por Nestor -- que inventa coisas sérias mas também ' <

venta bobogens — consistia em passar um trote nos concorrentes. Caminhando f\ <

baixo dágua, iam pondo coisas nos anzóis que iam encontrando.

Ti

Aqui, botavam uma bota, acolá botavam um cartaz, fazendo troça do pesc«

Mesmo em baixo dágua os dois soltavam gostosas gargalhadas aquáticas e sub*

nes, que se perdiam na imensidão oceânica. f

48 O TICO-TICO NOVEMBRO

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SEU ttesTofc ioíi^íüwj*¦¦¦¦ »i»ih HIIWI ¦¦Hl—^——iM !!¦ ma " mmtmammat \

Mas, é bem certo o ditado que diz que ri melhor quem ri por último, combinadoCOn> o outro que diz que o feitiço às vezes vira contra o feiticeiro. Lá pelas tantas,

°m eles apanhados pelos anzóis, e devidamente pescados !

E quem riu por último foi o Zé Batoque, que os pescou e dependurou junto dos

f PClXeS' "•"*> considerado, para todos os efeitos, vencedor do campeonato, porque

• Se9uira pescar uma coisa inédita: dois homens-rãs !

5í ^Mbro _ 1956 O TICO-TICO **

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NOS meados do ano de 1540 ai-

guns nobres viajantes holan-deses, regressando da América, in-troduziram na Europa espécimes deuma fruta que os caraíbas chama-vam "ana-ana", o que significa "per-fume dos perfumes".

Orgulhosos da sua aquisição, tra-taram de fazer oferta de um dessesananases ao imperador Carlos V.Foram, porém, infelizes nessa ini-ciativa: o presente inspirou a maiordesconfiança, e só a intervenção deamigos que eles tinham na corte, eque garantiram a inocência de suasintenções, pôde fazer com que esca-passem ao enforcamento.

Depois disso, mais de cem anos seescoaram sem que se voltasse a fa-lar no abacaxi.

Entretanto, alguns botânicos, emsegredo, durante esse tempo, trata-ram de fazer a aclimação do vege-tal, e em 1670 um jardineiro inglêsteve a sorte de ver na sua planta-ção um desses frutos

Levou-o sem demora ao Rei CarioII, e aquilo que tinha sido acolhidcom cólera pelo imperador da Alemãnha, provocou o entusiasmo do rei dInglaterra; cumuloeste o doador de presentes e, para qunão fosse esquecidojamais aquele acon-tecimento, mandoupintar um quadroem tamanho natu-ral, representando obotânico fazendo-lheentrega do ananás.

TURAS DEA GOSTOSA

Passaram-se mais cem anos, du*rante os quais o fruto recaiu no oi-vido.

Em 1733 êle reapareceu n»França.

Luiz XV, a quem tinham levadoduas mudas da planta, confiou-a aodiretor do horto de Versailles, uCcerto M. Le Normand. Para dizer »verdade, o rei assim agiu apenas po*delicadeza para com os ofertantes,não pensando absolutamente que °seu jardineiro levasse a coisa a sé-rio. Ora, este era um homem muit°consciencioso e cuidou das muda5com tanto carinho e desvelo quê a5plantas prosperaram.

Cheio de alegria, vendo-as frutifl'ficar, correu a mostrar os frutos a"seu senhor.

Vejam, agora, o estranho destiladessa bromeliácea: diante do pri'meiro abacaxi os alemães soltara^1gritos de horror, os ingleses ficarãopasmos de admiração e os francesa"quase

estourarão1de rir. Durantemeses nada foi col1'siderado tão engr*'çado, em VersailleS'como o abacaxi de ***Le Normand.

Quando, porém, °|que tanto zom&*'vam puderam p1^

Bvar o fruto, e conb^cer o seu perfumesabor deliciosos,

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caram confundidos lIdaí por diante a afl9'Inás passou a receb^|a estima a que ti»*1direito.

NOVEMBRO — l9

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&TCO-WCO. BOIÂO e 4Z£/T0iVA-VOU COMUNÍCAR AO RECO-RECOE AO AZEITONA, AS MINHAS

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"v—V^ INTENÇÕES. ^s—S-S

PESSOAL, AMANHA VOU COMEÇAR

A PROCURAR BRILHANTES NO -

RIACHO OO CACHIMBO. *\ RIACHO DO cwhk-idl^j-

0 BOLAO JA'COMEÇOU A GARIMPAR,AMANHA "VAMOS AJUDÁ-LO" AENCONTRAR UM BRILHANTE.

^ATE' AGORA, SO"ENCONTREI

>EDRAS- VOU TENTAR MAIS

^jr lUMAVEZ^ZT

y.1 vaaa/// ENCONTREI UM BRI^LHANTe.' ESSE DEVE VALER 1

UM Milhão de cruzeiros. "

BOLÃO, VOCÊ NÀO ACHA «UE ° BRILHANTE VQUe VOCÊ ENCONTROU E'MUITO PARECI**DO COM AS MAÇANETAS OE VIDRO, DA*PORTAS DAQUI DE CASA 7

N°VEMBRO -BRO — 1956

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SIO TICO-TICO

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AVENTURAS DE ZÉ MACACO

Faustina saiu às compras e entregou Mal, porém, fechou a porta, o guardião doà casa à guarda do fiel "Serrote". lar começou a se sentir muito sozinho...

\Sx»> ^y^-^oVlb3 / / A?' r^ Y^rl igk/¦^vvC./

'—^- «r^m?., Sra j...e tratou de chamar alguns Os amigos tomaram logo conta da casa, sem *

amigos para se distrair. menor cerimônia, indo até à cozinha, onde fizeramuma festa 1

Quando, & noite o casal Macaco regressou, teve a mais canina de todas as surpresas, pois até na cama havia amigos do "Serrote", dormindo!

52 O TICO-TICO NOVEMBRO —• lfl

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/f / PETRÓLEO

533VEMaRo _ 1956

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PETRÓLEO(Ilustração na página anterior,

O petróleo, uma das maiores riquezas que a natureza criouno seio da terra em benefício do homem, é conhecido des-de a antigüidade, mas sua importância industrial data

da segunda metade do século XIX.O petróleo é o mineral combustível de mais alto valor. Sen-

do distilado a uma temperatura de 200.° produz a valiosa ga-solina e sob uma temperatura superior a 200.° se transformaem querozene.

Há petróleo em quantidades diferentes nas diversas regiõesda Terra. Encontra-se guardado em cavidades naturais em vá-rias profundidades, no seio das camadas que formam a crostaterrestre.

Embora alguns geólogos tenham afirmado não existir pe-tróleo em território brasileiro, em 21 de Janeiro de 1939, em Lo-bato, no Recôncavo Baiano, de uma profundidade de 214 metrosjorrou petróleo, atingindo a altura de 30 metros.

Com tal sucesso, outros poços foram abertos na mesmaregião. Ficou assim provada a existência de petróleo em nossogrande país e seus depósitos estão localizados principalmentena Bahia. l

Também no Amazonas, em Nova Olinda, já foi encontradopetróleo, mas a muitp grande profundidade. E em muita-» outrasregiões há indício de "ouro negro", como em Minas Gerais, SãoPaulo, Acre, Mato Grosso, Amapá, Pará, etc...

Os campos petrolíferos que se encontram em exploraçãoestão situados na Bahia e são eles: Lobato, Candeias, Aratú,Itaparica, D. João, Agua Grande, Pedras, Paramirim do Venci'mento, Mata de São João e Pojuca-

No campo de Pojuca, o mais recentemente aberto, o poçoPc-1 tem uma produção avaliada em 500 barris por dia, con-tendo cada barril cerca de 159 litros de "ouro negro".

(Continua)

.. NOVEMBRO —- l9SO TICO-TICO

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iXLNJURAS DE CHIQUINHO * á^^V^j

n U™ dia, Chiquinho resolveu construir um E pôs mãos à obra. Arranjou umas lentes,

•""Hh telescópio. E explicou: — Meu chapa, fez -"¦¦ «¦'""'do, colocou-as nele, calculou, pia-*u luero yêr as estrê|as Mujtas estrê|a_ Mbe „ejou . . . E, tudo acabado, meteu-se por uma

X"0 é ? Muitas, muitas, mesmo ! . . ««da, para ficar mais perto do ceu . . .

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vo f„ Cm ' * * ° sucesso não foi completo . . .Vocês estão vendo. E o que lhe meteu mais ra

0 °' que Benjamim ainda zombou dele: —Você viu um bocado de estrelas, nao viu.

"¦«¦¦o dia !

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Falaram tanto em Marte, e na sua aproximação da Terra, que Chiquinho ficou impressK»' I

nado, e deu para se interessar profundamente pela astronomia.

Benjamim chegava a dizer que êle estava "no mundo da lua", mas Chiquinho, camarad*não ligava importância às chacotas do amigo, que chamava de "noite sem lua".

E tão interessado estava nos planetas À noite, pegava Benjamim para * |

estrêlos que vivia na "terrasse" do edifício falava de constelações, da Via-Lótea, do

observando o céu e fazendo cálculos de dis- Maior, do Escorpião, do Cruzeiro do Sul. •¦•.

tâncias, falando em anos-luz, etc. Benjamim não entendia nada de noa

».«GRAFICA PIMENTA DE MELLO S. A. —