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DIMENSES DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO ENSINO SUPERIORUnidade 1 Dimenses do Processo de Ensino e Aprendizagem no Ensino SuperiorPARA COMEAR...Para tratarmos dos assuntos pertinentes nossa disciplina precisamos retomar alguns conceitos. Primeiramente vamos lembrar o que Didtica.Didtica uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto, no qual os objetivos, contedos, mtodos e formas organizativas da aula se relacionam entre si de modo a criar as condies e os modos de garantir aos alunos uma aprendizagem significativa (LIBNEO, 2002, p. 5).A Didtica trabalha com mltiplas dimenses. Dimenso tcnica: organiza, planeja e avalia os contedos de ensino, levando em considerao o tipo de homem, de sociedade e de mundo. Tambm tem outros temas incorporados: - multiculturalismo e sua influncia no currculo;

- contextualizao e interdisciplinaridade;

- as novas tecnologias;

- as relaes da escola com o mundo globalizado.Antoli (1998, p. 84) descreve seu conceito de Didtica:A didtica , e est a caminho de ser, uma cincia e uma tecnologia que se constri, com base na teoria e na prtica, em ambientes organizados de relao e comunicao intencional, nos quais se desenvolvem processos de ensino e aprendizagem para a formao do aluno.Pense nas conceituaes de Libneo (2002) e Antol (1988). Quais so as suas aproximaes? No que divergem? Qual delas est de acordo com o seu conceito de Didtica? Faa esse exerccio!Para ampliarmos nossa discusso podemos falar sobre a prtica educativa, presente na Didtica. Ao analisarmos a prtica da educao do ponto de vista histrico, sob o prisma das experincias empricas, ou nas pesquisas cientficas, um dos pontos que mais se discute com relao ao seu carter fragmentrio, que se apresenta de vrias formas, como podemos ver nos contedos dos componentes curriculares ou nas atividades didticas que se mostram fragmentadas. As vrias atividades e contribuies das disciplinas e do trabalho docente acontecem apenas de forma cumulativa e justaposta, isto , sem haver integrao ou convergncia entre as disciplinas e as atividades, portanto, sem haver nenhuma unidade. Os contedos se apresentam de forma estanque para os alunos, parecendo que no h vida e histria naquilo que aprendem... tudo parece solto e isolado. Voc no concorda com isso?? A impresso que se tem que cada ao docente adquire certo grau de autonomia, cada uma trilha seu prprio caminho, como se cada uma tivesse seu prprio fim.Para Libneo (2002), assim como o fenmeno educativo, o ato didtico tem uma pluridimensionalidade, j que a Didtica no caminha isoladamente no campo dos conhecimentos cientficos e no d conta de resolver seus problemas sem a contribuio de outras cincias da educao. Podemos afirmar que a interdisciplinaridade hoje, um princpio presente na organizao do conhecimento e no h por que a Didtica deixar de discuti-la.

PAUTA DE ENCONTRO NO FORUM

O que voc sabe sobre Interdisciplinaridade?

Registre no frum da disciplina os seus conhecimentos prvios, pois a partir deles que nossa reflexo iniciar. O registro de seus conhecimentos prvios uma oportunidade para voc se auto avaliar quanto s suas aprendizagens ao final da disciplina.NA TELINHA

Diante dessa abertura, convido voc a assistir um vdeo bem interessante, rpido, tematizado por um professor relatando o conceito de interdisciplinaridade atravs um exemplo bem fcil para entender.

Ficha do vdeoFonte: TVE BrasilTtulo: Interdisciplinaridade.Ano: 2009Tempo: min e 11 s.Disponvel em:http:// https://www.youtube.com/watch?v=h6BPwIjif5k&feature=related

Depois de assistir ao vdeo, qual para voc, o conceito de interdisciplinaridade? Quais conceitos prvios voc tem sobre esse assunto? Registre suas reflexes em nosso frum para que possamos trocar ideias.Espero que tenha ficado claro para voc, que a partir de agora trataremos sobre a Interdisciplinaridade. E para compreendermos este conceito e sua prtica necessrio, primeiro, lembrarmos que nas prticas escolares e curriculares, predominam a organizao curricular, que foi instituda no sculo XIX, com a consolidao das universidades modernas e, com a evoluo da pesquisa cientfica, desenvolveu-se no sculo XX. Com isso, a disciplinaridade tem uma histria: nasce, institucionaliza-se, evolui e decai. Seu nascimento advm da sociologia do conhecimento, da reflexo interna de cada disciplina, que expe, seu objeto especfico. Foi assim que a maioria de ns estudou e que ainda est presente nas escolas: o currculo feito por disciplinas, onde cada rea do conhecimento discute seu objeto isoladamente, sem comunicao uma com a outra, havendo inclusive, uma certa rixa entre elas. Cada professor considera a sua disciplina mais importante que as demais. No foi assim, com voc, na escola?Podemos dizer que com a disciplinaridade a linguagem e os conceitos que lhes so prprios, cada disciplina fica isolada, sem relacionar-se com as outras, no perpassando assim, os seus problemas. Pense sobre isso: voc concorda com Morin?De acordo com Fazenda (1994), a interdisciplinaridade surgiu na Frana e na Itlia em meados da dcada de 60, quando movimentos estudantis que, dentre outras coisas, reivindicavam um ensino mais sintonizado com as grandes questes de ordem social, poltica e econmica da poca. Como resposta a tal reivindicao, surgiu a interdisciplinaridade, uma vez que para discusso e soluo dos grandes problemas da poca, uma nica disciplina ou rea do saber no daria conta sozinha.No Brasil a interdisciplinaridade chegou no final da dcada de 60, e influenciou na elaborao da Lei de Diretrizes e Bases N 5.692/71 (BRASIL, 1971). e desde ento vemos suas discusses ampliadas como por exemplo, com a LDB N 9.394/96 (BRASIL, 1996) e com os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 1997), alm claro, nas escolas, pelos professores que tm buscado para sua prtica, uma proposta interdisciplinar.Muito bem! Vamos adiante!Libneo (2002) aponta que h dois sentidos do termo "interdisciplinaridade". a, isto , a interao entre duas ou mais disciplinas, para superar a fragmentao, a compartimentalizao de conhecimentos, como j discutimos acima. Vrios especialistas discutem os vrios campos do conhecimento, buscam resolver um problema, e h a convergncia de vrios conhecimentos para a compreenso da realidade.2). uma prtica e uma atitude de trabalho cientfico, profissional, de construo coletiva do conhecimento e intelectual. o exerccio da capacidade de pensar a realidade, as coisas, os acontecimentos, na sua globalidade. Na escola, a interdisciplinaridade praticada de diversas maneiras, mas principalmente na concepo de currculo e na forma de organizao do trabalho escolar.O prprio Libneo (2002) aponta como ele entende o conceito de interdisciplinaridade:Interdisciplinaridade - Integrao e interao entre as disciplinas limtrofes frente a um problema. Incorpora num mesmo projeto (de ensino ou pesquisa), conceitos e mtodos de vrias disciplinas, que discutem juntos hipteses, metodologias. Por ex., para estudar as causas de um formao de um tumor, promove-se a colaborao de fisilogos, histlogos, imunlogos. Ou o problema a influencia de fatores socioculturais sobre o aproveitamento escolar e ai juntam-se o socilogo, o psiclogo, o pedagogo para discutir hipteses de trabalho e metodologia (LIBNEO, 2002, p. 74).O autor ainda aponta que a Interdisciplinaridade proporciona: dilogo entre as disciplinas para a compreenso mais ampliada de problemas.

superao do fechamento da cincia, da especializao excessiva.

enriquece os vrios especialistas dando mais amplitude ao exerccio profissional.

busca estrutura de conceitos comuns ao estabelecer relaes internas entre as disciplinas psicologia, sociologia, direito, histria, por exemplo).

propicia o trabalho em equipe explora fronteiras e zonas intermedirias (biologia, qumica) cria domnios novos de conhecimentos

evidencia o carter comum de certos problemas

possibilita o saber "aplicado".Dessa forma, defende a superao do currculo estruturado por disciplinas, a eliminao das barreiras entre as disciplinas e o mais significativo pensar na incorporao dos conhecimentos ao invs de tomar por emprstimo.Libneo (2002) lembra que essa atitude implica, segundo Ivany Fazenda: busca de alternativas para se conhecer mais e melhor

reciprocidade, troca, dilogo com os outros e consigo mesmo

humildade diante da limitao do prprio saber

envolvimento e comprometimento com projetos comuns

alterao de hbitos j estabelecimentos em relao busca do conhecimento.Ento caro(a) aluno(a), voc j conseguiu se identificar com a prtica da interdisciplinaridade?Sabemos que o termo relativamente novo no meio educacional, mas entre os educadores a ideia no nova. Nas escolas e nas universidades defende-se a prxis, a participao ativa do aluno na sua aprendizagem, discute-se o desenvolvimento das capacidades cognitivas, os processos de pensar, a problematizao da realidade, etc., e nisso tudo est implcita a interdisciplinaridade. Na verdade, pensamos que a interdisciplinaridade uma exigncia de um ensino que se quer critico. Entretanto, a proposta de ensino interdisciplinar s se justifica e se torna vlida se houver a efetivao da sistematizao e consolidao de conhecimentos.Assim, a interdisciplinaridade pode ser vista como processo de conhecimento e ao mesmo tempo como metodologia de trabalho.A questo entender cada disciplina como parte de um todo maior, que o currculo. Vamos das partes do todo e do todo s partes, para reconhecer que as partes so constitutivas do todo, mas no esgotam o todo se tomadas em si mesmas (LIBNEO, 2002, p. 76).Dessa forma, as matrias so a composio dos contedos, mas no tm um fim em si mesmas, cada disciplina do currculo fonte da interdisciplinaridade. Resumindo, a Interdisciplinaridade pressupe a especificidade das disciplinas e no as nega.Podemos entender que a interdisciplinaridade inicia em cada disciplina, em cada objeto de conhecimento que visto nas suas vrias relaes. Significa incluir um tema, um assunto, num contexto maior, isto , numa totalidade, que infinita e inesgotvel. Estuda-se um assunto fazendo parte de um todo orgnico, onde cada elemento, cada aspecto, visto na sua relao com as outras partes. Relaciona-se um conceito a partir das suas vrias relaes e isso demanda um planejamento intencional.Dessa forma, a interdisciplinaridade pode ser entendida como principio, tendo como pressuposto a integrao entre as disciplinas.Muito bem... agora que discutimos a Interdisciplinaridade, vamos trabalhar com os conceitos de multidisciplinaridade e transdisciplinaridade para entendermos a complexidade na qual estamos inseridos.A multidisciplinaridade entende que um problema pode ser estudado por disciplinas diferentes ao mesmo tempo, no havendo porm, uma sobreposio dos seus saberes no estudo da questo analisada. Segundo Almeida Filho (1997) a ideia mais correta para esta viso seria a da justaposio das disciplinas, cada uma cooperando dentro do seu saber para o estudo do elemento em questo. Assim, cada professor coopera com o estudo dentro da sua prpria tica, resultando num estudo sob vrios ngulos, mas no havendo um rompimento entre as fronteiras das diversas disciplinas.Dica legal!

Vale a pena assistir ao vdeo Conhecimento que apresenta uma exposio sobre Einsten na perspectiva multidisciplinar.

Acesse em:

https://www.youtube.com/watch?v=KVU5pu253l0Autores consideram que a multidisciplinaridade institui o inicio do fim da especializao do contedo. Para Morin (2000a) a grande dificuldade nesta linha de trabalho se encontra na difcil localizao da "via de interarticulao" entre as diferentes cincias, pois cada uma delas possui uma linguagem prpria e conceitos especficos que precisam ser traduzidos entre as linguagens.A multidisciplinaridade representa o primeiro movimento de integrao entre os conhecimentos disciplinares. Vrias atividades e prticas de ensino nas escolas so realizadas nesse nvel, porm no as invalida, enquanto reas do conhecimento.De acordo com Japiass (1976) a multidisciplinaridade caracterizada por uma ao simultnea de vrias disciplinas em torno de uma temtica comum, porm mantida de forma fragmentada, uma vez que no h a explorao dos conhecimentos disciplinares nem cooperao entre disciplinas. Voc percebeu a diferena entre interdisciplinaridade e multidisciplinaridade? Fcil, no?Apresento um esquema para melhor visualizao do conceito: cada retngulo representa o domnio terico-metodolgico de uma disciplina. Observe que os conhecimentos so rgidos, se encontram num mesmo nvel hierrquico e no existe nenhum elo que faa com que cada rea se comunique com as outras, o que significa a inexistncia de alguma forma de organizao ou coordenao entre tais conhecimentos.Poder-se-ia dizer que na Multidisciplinaridade as pessoas, no caso as disciplinas do currculo escolar, estudam perto, mas no juntas. A ideia aqui de justaposio (ALMEIDA FILHO, 1997, p. 86).Na Multidisciplinaridade, buscamos as informaes de diversas matrias para estudar um determinado elemento, sem que haja a interligao das disciplinas. Dessa forma, cada matria contribui com suas informaes pertinentes sua rea de conhecimento, sem que haja uma convergncia entre elas.Agora que vimos os conceitos de inter e multidisciplinaridade, vamos passar a discutir o conceito de transdisciplinaridade. Este conceito na educao, discutido por Edgar Morin uma proposta recente, com vinculao complexidade, do pensamento complexo e epistmico, Nesta proposta, as relaes ultrapassam a integrao das diferentes disciplinas, no existindo fronteiras entre reas do conhecimento. Esta integrao se d de tal forma, que quase imperceptvel identificar aonde comea e termina cada disciplina.Voc j fez aquela receita de gelatina colorida com creme de leite e leite condensado? Temos que fazer cada gelatina separadamente e depois de geladas, temos que cort-las e misturar com leite condensado e creme de leite e colocar para gelar. Assim, quando pronta, vemos todas as cores e sabores das vrias gelatinas cortadas, porm compostas e integradas pelos cremes, formando uma nica sobremesa.Assim devemos pensar a transdisciplinaridade. Nesta pedagogia as relaes entre as disciplinas consistem em proporcionar aos alunos, aos adolescentes que vo enfrentar o mundo do terceiro milnio, uma cultura, que lhes possibilitar articular, religar, contextualizar, situar-se num contexto e, se possvel, globalizar, reunir os conhecimentos que foram adquiridos em toda sua vida.Nogueira (2001, p. 189) coloca que [...] a finalidade a ser atingida comum a todas as disciplinas e interdisciplinas. A Transdisciplinaridade busca na Teoria da Complexidade a base para suas referncias tericas, mantendo a ideia de rede e de comunicao entre as diversas reas do conhecimento.Edgar Morin (2000b) acredita que para promover uma nova transdisciplinaridade precisamos de um paradigma que, certamente, permite distinguir, separar, opor e, portanto, disjuntar relativamente estes domnios cientficos, mas que, tambm, possa faz-los se comunicarem entre si, sem haver qualquer perda.O Paradigma da Complexidade que trata da Transdisciplinaridade requer uma reforma do pensamento dentro do processo de ensino/aprendizagem. Para haver esta mudana necessrio que os professores tenham um novo olhar e uma nova viso sobre o conhecimento. Morin (2000b p 34) explica: [...] formar cidados capazes de enfrentar os problemas de seu tempo. E mais: Essa reforma deve comear no Ensino dos professores, ou seja, no processo da sua formao. Na figura abaixo voc poder ver uma representao da Transdisciplinaridade onde cada rea do conhecimento se comunica com as outras e estas entre si, compondo um todo.A Transdisciplinaridade , na sua essncia, transcultural, isto , implica num reconhecimento de que a atual proliferao das disciplinas e especialidades acadmicas e no acadmicas conduz a um crescimento incontestvel de poder associado a detentores desses conhecimentos fragmentados (DAMBRSIO,1997, p. 80).O que voc acha disso? DAmbrsio (1997) considera que este poder agrava a crescente iniquidade entre os indivduos, comunidades, naes e pases e dificulta as pessoas reconhecerem e enfrentarem os problemas e situaes novas que surgem em um mundo complexo como o nosso.PAUTA DE ENCONTRO NO FORUM

Diante das conceituaes, quais lhe chamaram a ateno? Escolha uma delas e produza uma sntese e registre no frum da disciplina. Organize sua contribuio baseando-se em algum autor de sua preferncia.Para complementar o seu entendimento, indico o vdeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=xNUwGo7qpoU

Assista-o e complemente a sntese que voc registrou no Frum, ok?Agora vamos comear a discutir outro assunto bastante pertinente nossa disciplina. Vamos falar da comunicao em situao de ensino.PARA.VOC PENSAR MAIS SOBRE O ASSUNTO E A TEMTICA FICAR MAIS VISVEL PARA VOC, TE CONVIDO PARA ASSISTIR O VDEO ABAIXO.

https://www.youtube.com/watch?v=okECchXzr0o&feature=related

ELE TEM DURAO DE 5:13

TTULO: PALAVRA PUXA PDepois de ter visto o vdeo, voc pode conceituar Comunicao?Vamos l, vou te ajudar:Devemos entender Comunicao como processo de transmisso de estmulos e respostas, gerando troca de mensagens entre as pessoas . todo o processo de transmisso e de troca de mensagens entre seres humanos. Fcil no ?Como voc costuma se comunicar com seus colegas e amigos? Existe alguma estratgia para voc se comunicar sem palavras com seus amigos?Devemos pensar que para que haja comunicao devem estar presentes alguns elementos constitudos por: um emissor, que produz e emite uma determinada mensagem, dirigida a um receptor. A mensagem deve ser descodificada pelo sujeito receptor . Para que ocorra a comunicao, tanto o receptor quanto o emissor devem estar no mesmo contexto, ligados por um canal comunicativo. Se o contato e o mesmo contexto no estiverem presentes e se houver algum fator que interfira neste processo, podemos dizer que no ocorre a comunicao.

Ento vamos identificar dois tipos de Comunicao:LINGUAGEM VERBAL: A comunicao verbal plenamente voluntria; as dificuldades de comunicao acontecem quando as palavras tm graus distintos de abstrao e vrios sentidos. O significado das palavras no est nelas mesmas mas, nas pessoas (na capacidade de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras)..LINGUAGEM NO-VERBAL:A comunicao ocorre tambm por elementos no verbais, que so expressos por reaes involuntrias do homem ou por um ato proposital. Podemos citar: os movimentos do rosto e do corpo, os gestos, o movimento dos olhos, o tom da nossa voz, dentre outros. Devemos considerar tambm que os significados de muitos gestos variam de cultura para cultura, de poca para poca, basta lembrarmos de quantas coisas mudaram desde a nossa infncia, ou at mesmo quando assistimos um filme ou documentrio de outras pocas e de outras culturasa) Expresso facial: muitas vezes se torna difcil avaliar as emoes pela expresso facial; s vezes transmitimos espontaneamente os nossos sentimentos, mas muitas vezes as pessoas no deixam transparecer suas emoes pela face.

b) Movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicao. Muitas vezes um olhar fixo pode falar mais que mil palavras, no assim? Pois ento... um olhar pode ser entendido como prova de interesse bem como pode significar ameaa, provocao, desdm.Assim como o olhar fixo bastante significativo, desviar os olhos quando algum est falando conosco pode ser entendido como de maneiras diferentes: pode transmitir a ideia de submisso como a de desinteresse.

c) Movimentos da cabea: um dos indicadores que apontam para reforar e sincronizar a emisso de mensagens. Numa palestra, numa aula, comum vermos as pessoas movimentarem a cabea tanto positiva, quanto negativamente.

d) Postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais nos do pistas seguras para se detectar determinados estados emocionais. Geralmente uma pessoa subalterna, numa situao de confronto com seu superior adota posturas atenciosas e mais rgidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontrados.

e) Comportamentos no verbais da voz: a entoao (qualidade, velocidade e ritmo da voz) muito importante quando queremos nos comunicar. Uma voz que demonstra serenidade geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada.

f) A aparncia: a aparncia de uma pessoa reflete normalmente o tipo de imagem que ela gostaria de passar. O vesturio, o penteado, a maquiagem, os acessrios, postura, gestos, modo de falar, etc., so indicadores que mostram como as pessoas so e de como gostariam de ser tratadas. As relaes interpessoais sero mais simples e fceis se a pessoa fornecer aos outros a sua intencionalidade e se os outros respeitarem esses indicadores.Podemos concluir que a comunicao verbal e a no verbal so elementos essenciais para a interao das pessoas e esto presentes em todos os nossos relacionamentos, quer sejam familiares, profissionais, de lazer, etc.. A forma particular como nos manifestamos a expresso mais objetiva do nosso comportamento, isto , nosso comportamento expressivo. Sabemos que 70% de nossa comunicao de natureza no verbal, enquanto 30% atravs de palavras escritas ou faladas. No nosso dia-a-dia, o tempo todo mostramos aspectos da nossa personalidade. Observar a forma como nos vestimos, o tom de voz que usamos em diferentes situaes, a forma de nos sentarmos ou reagirmos corporalmente nas diferentes situaes nos fornece boas informaes sobre ns mesmos e ao mesmo tempo, quando observamos os outros, seu comportamento expressivo, podemos saber um pouco daquilo que ele e da sua personalidade.INDICAO:

ASSISTA O FILME NO SITE

https://www.youtube.com/watch?v=hMLeqR85Y1o&feature=related

Ele bastante curioso e ilustrativo sobre nossa temtica!!Agora vamos analisar outra questo importante que com relao ao tipos de comunicador-problema. Sim, querido(a) aluno(a)!!! Sabemos que tambm temos problemas com vrios tipos de pessoas, professores, coordenadores, diretores e o pessoal de apoio na escola que tm problemas de comunicao, o que gera alguns problemas no dia-a-dia, no mesmo?Vamos analisar alguns deles:O TMIDO: Este tipo de pessoa costuma falar em voz baixa e tem dificuldade em resolver seus medos internos. Sente-se nervoso, tropea quando fala, tem uma dico e articulao deficientes. Para ele, parece que sempre est sobrando, quando est no coletivo. Apesar de se preparar quando precisa falar em pblico, gagueja e perde-se com frequncia. Emite as palavras com dificuldade e com sacrifcio. Olha para o teto, para o cho ou para o nada, parecendo ter uma cortina nos seus olhos. Seu corpo d sinais evidentes de nervosismo: fica com a boca seca, respirao difcil, transpirao no rosto e nas mos. Segura chaves, canetas ou livros, como se servissem de apoio.EGOCNTRICOO egocntrico aquela pessoa que considera a plateia existe para ouvi-lo e servi-lo. A palavra EU a mais importante no seu vocabulrio. O mundo gira em torno dele e do seu conhecimento. Considera-se a melhor pessoa do planeta, sente-se luminoso e usa a palavra para seduzir que o ouve. Aplica todas as regras da oratria para ser o centro das atenes. Seu objetivo ser elogiado e receber todos os elogios pelas suas ideias e propostas. Voc conhece algum assim, no seu trabalho?? Como voc se sente perto dela? Pense um pouquinho: sabe a pessoa que quando voc olha pra ela, voc tem a impresso que tudo o que ela faz milimetricamente pensado e planejado? A pessoa usa tcnicas para tudo! E pior: se vangloria dos seus feitos, dos ttulos conquistados, dos cursos que fez, etc. Ah. e ele acha que a salvao do planeta est nas suas mos, pois ele tem a sabedoria!. Podemos at fazer uma comparao com um poltico quando est em campanha: ele tem a soluo para todas as mazelas da sociedade.O ERUDITOO tipo erudito bem conhecido! Ele fala difcil, abusa de palavras que ningum sabe o significado, que ningum mais fala. Usa frases de autores famosos para explicar suas ideias. aquele tipo que mesmo sabendo que as pessoas no esto entendendo o que ele diz, insiste em empregar palavras estrangeiras, grias profissionais, linguagem tcnica, porque assim acha que mostra o seu poder, porm o que consegue ser visto como um sujeito arrogante, querendo ser o suprassumo do conhecimento. Quando vai expor suas ideias para o grupo, usa apenas da oratria, fica sentado, sempre com a postura de um professor dando aula. o tipo que acha que tudo o que diz certo, no admite contestaes nem interrupo da sua fala.O MODESTOO modesto aquela pessoa que sempre se dirige ao outro com subservincia. Ele sempre diz na minha modesta opinio, eu acho que.. Normalmente se manifesta dizendo que no tem a mesma cultura ou o mesmo conhecimento que o outro, mas tenta se explicar dizendo que escravo da profisso, se desculpa por tudo, atribui as suas falhas por conta da sua ignorncia.O VERBORRGICOEste tipo prolixo, fala sem parar, achando que sempre suas ideias so as mais interessantes. Ama o som da prpria voz (que horror!!), assim, considera que o silncio um crime. Quando fala sem parar, quer ter a certeza de que esto entendendo o que est falando e sempre pergunta: vocs esto me entendendo? Est tudo claro, no ? Prestem ateno...Este o tipo. Voc conhece?O DESESPERADOEste o tipo que aceita as tarefas, aceita fazer uma aula, dar uma palestra, porm no se prepara. Para ele, planejar perda de tempo e improvisar melhor! Assim, o desesperado no conhece as necessidades das pessoas com quem vai estar, no sabe o que dizer, nem como dizer. Falta-lhe objetividade, coerncia, sntese, fluncia. D uma aula ou uma palestra sem usar recursos audiovisuais porque no sabe us-los. Leva sempre uma pilha de livros para apoio, porm no os usa. Sempre d impresso que tudo feito de improviso, que a palestra ou a aula foi uma proposta de ltima hora, causando desconforto e intranquilidade a quem o ouve.Assim, encerramos a primeira unidade disciplina!!! Nela recordamos o conceito de Didtica, discutimos a Interdisciplinaridade, suas origens e sua proposta na atualidade. Vimos as questes da Multidisciplinaridade e Transdisciplinaridade. Voc ficou com alguma dvida? Se ficar com alguma questo em aberto, releia calmamente o texto, lembrando sempre que todo estudo requer uma busca pessoal para ampliarmos nosso conhecimento.Discutimos tambm sobre Comunicao. Voc entendeu as questes da comunicao verbal e no-verbal. Se identificou? Gostou dos filmes? Espero que sim, porque foram escolhidos especialmente para esclarecer as temticas. Voc entendeu a importncia de conhecermos os tipos que dificultam a comunicao? O que no devemos fazer? Sempre bom saber, para no errar!!

AV1Questo 1A _____________no dilui as disciplinas, ao contrrio, mantm sua individualidade. Mas integra as disciplinas a partir da compreenso das mltiplas causas ou fatores que intervm sobre a realidade e trabalha todas as linguagens necessrias para a constituio de conhecimentos. A palavra que completa corretamente a frase :Alternativas 1 - Interdisciplinaridade 2 - Multidisciplinaridade 3 - Pluridisciplinaridade 4 - Transdisciplinaridade 5 - compartimentalizao de conhecimentos.Questo 2Entende que um problema pode ser estudado por disciplinas diferentes ao mesmo tempo, no havendo porm, uma sobreposio dos seus saberes no estudo da questo analisada. Assim, cada professor coopera com o estudo dentro da sua prpria tica, resultando num estudo sob vrios ngulos, mas no havendo um rompimento entre as fronteiras das diversas disciplinas. O conceito se refere a: Alternativas 1 - Interdisciplinaridade. 2 - Transdisciplinaridade. 3 - compartimentalizao de conhecimentos. 4 - Multidisciplinaridade. 5 - Pluridisciplinaridade.Questo 3O Paradigma de Edgar Morin, que tem foco na Transdisciplinaridade denominado: Alternativas 1 - Da transversalidade 2 - Da complexidade 3 - Tradicional 4 - Conservador 5 - UniversalQuesto 4A comunicao no-verbal ocorre por meio de reaes involuntrias do homem ou por um ato proposital. So exemplos, exceto:Alternativas 1 - movimentos do corpo; 2 - os gestos; 3 - o movimento dos olhos, 4 - uso da linguagem oral; 5 - expresses faciais.Questo 5O assunto interdisciplinaridade no ensino superior j h bastante tempo chama ateno dos que pertencem a esse meio, retomando assim, os temas da pedagogia, da modernidade e das novas tarefas da escola e questionando as perspectivas do futuro. So benefcios da interdisciplinaridade, exceto:Alternativas 1 - Dilogo entre as disciplinas para a compreenso mais ampla dos problemas e contedos de ensino. 2 - O professor o sujeito que transmite o conhecimento e o aluno um receptor, a interdisciplinaridade contrria a proposta de Edgar Morin; 3 - Enriquece os vrios especialistas dando mais amplitude ao exerccio profissional. 4 - Busca estruturar conceitos comuns ao estabelecer relaes internas entre as disciplinas que compem o currculo no ensino superior. 5 - A interdisciplinaridade uma exigncia da proposta de ensino critico.

WA2Para Seguir adiante, com a Unidade 2.Vamos ler e refletir sobre os conceitos de renomados autores sobre o que seja paradigma. De acordo com Moraes (1998) paradigmas so todos os modelos e padres compartilhados por grupos sociais, considerando certos aspectos da realidade. A influncia que estes paradigmas exercem na educao leva na busca por conhec-los e identificar quais os desafios que um docente enfrenta hoje para garantir um aprendizado de qualidade.Morin (2000a) aponta que um paradigma significa um tipo de relao muito forte, que pode ser de conjuno ou disjuno, que possui uma natureza lgica entre um conjunto de conceitos- chave.Behrens e Oliari (2007) afirmam que a aceitao ou resistncia a um paradigma reflete diretamente na abordagem terica e prtica da atuao dos profissionais em todas as reas do conhecimento. Para as autoras, o ser humano consolida seus paradigmas e olha o mundo por meio deles e consegue discernir entre o que certo e errado.Para Khun (apud BEHRENS, 2003, p. 27) paradigma a [...] constelao de crenas, valores e tcnicas partilhadas pelos membros de uma comunidade cientfica.Na filosofia platnica o paradigma considerado um mundo de ideias que foi introduzido recentemente como conceito da cincia (BRANDO, 1991).Um paradigma para YUS (2002 p. 25) [...] um conjunto de regras que define qual deve ser o comportamento e a maneira de resolver problemas dentro de alguns limites definidos para que possa ter xito. Nesta perspectiva, pode-se dizer que um paradigma pode definir comportamentos em todas as reas do conhecimento justificando o seu estudo. importante lembrar que toda evoluo social pontuada por cenrios de questionamentos. O momento atual se busca por um novo paradigma na ao docente. Behrens (1996) considera que nesta nova viso o professor precisa ser tico e afetivo, ter um bom relacionamento com seus alunos e colegas; deve experimentar novas metodologias que atendam as exigncias de uma produo do conhecimento alm de ser capaz de trabalhar e aprender com seus pares.PAUTA DE ENCONTRO NO FORUM

Diante do que aprendemos nesta abertura, qual o conceito de paradigma que voc acha mais pertinente para nossas discusses? Pesquise o autor de sua afinidade e registre no frum da disciplina sua contribuio.O Paradigma Tradicional:Os sculos XIX e XX viveram a influncia do pensamento newtoniano cartesiano. De acordo com Behrens (2005) pensava-se na separao da mente e da matria e na fragmentao do conhecimento com o intuito de buscar maior eficcia. Assim, o homem buscou na sua forma de pensar dividir o conhecimento em quantas partes fosse possvel resultando numa viso fragmentada da realidade que vivia. Para Libneo (2002), este modelo acarretou situaes incmodas, uma vez que as regras eram impostas e os contedos e procedimentos didticos no tinham nenhuma relao com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais,No paradigma tradicional o aluno caracterizado como ouvinte, receptivo e passivo, deve aprender sem questionar enquanto que o professor o detentor da verdade e do saber, autoritrio e trata seus alunos desconsiderando suas peculiaridades.O aprofundamento neste tema, por meio da convivncia com os docentes no processo de pesquisa-ao permite perceber que paradigmas podem determinar a ao pedaggica em que muitas pessoas foram formadas e influenciar a opo paradigmtica do professorA metodologia aplicada centra-se na aula expositiva, o contedo apresentado pelo professor como pronto e repetitivo. A voz de comando escute, leia, decore e repita. As avaliaes so realizadas por meio de exerccios para casa e com provas escritas, todas de forma repetitiva, mecnica e decorativa. o reforo, em geral, de uma forma negativa com punies, notas baixas ou positivas com classificaes.De acordo com Libneo (2002) na relao professor-aluno, a autoridade do professor tem lugar de destaque, se exige uma atitude receptiva do aluno, no havendo qualquer interferncia na comunicao entre os mesmos, no decorrer da aula. O professor transmite o contedo na forma de verdade a ser absorvida. Usa a disciplina como o meio mais eficaz para garantir a ateno e o silncio.De acordo com Behrens (2005) a abordagem tradicional pauta-se numa prtica pedaggica que valoriza o ensino humanstico e a cultura geral.Para Alarco (2001 p. 98) [..] pode-se afirmar que na viso tradicional os professores ensinam, transmitem e explicam aos seus alunos a cincia normal disponvel, no investigam propriamente. Na base deste ensino predomina a transmisso e aquisio de conhecimentos, e o bom professor era apenas um bom explicador, [...] o aprendente uma entidade abstrata, sem rosto, nem tempo, nem lugar. A relao entre eles era de superioridade e o objetivo era a imitao do mestre (p. 98).Querido(a) aluno(a)

Convido voc a buscar em www.google.com.br o texto:

PARADIGMAS EDUCACIONAIS E SUA INFLUNCIA NA PRTICA PEDAGGICA

FLACH, Carla Regina de Camargo

BEHRENS, Marilda Aparecida

Faa a leitura do mesmo e grife as principais informaes. Elas tambm serviro de base para sua avaliaoVamos continuar nossas reflexes agora acerca dos paradigmas educacionais e formao de professores. A professora Marilda Aparecida Behrens (2007) escreveu um artigo bastante elucidativo sobre a temtica e a partir dele vou discutir alguns pontos importantes com voc, ok?Como j vimos, os paradigmas definem as concepes que os professores tm sobre a viso de mundo, de sociedade, de homem e da prpria prtica pedaggica que desenvolvem em sala de aula.Podemos entender os paradigmas da educao de cada tempo histrico a partir dos paradigmas da cincia. Como vimos acima, temos a abordagem conservadora baseada na racionalidade newtoniana cartesiana, e como contraposio, uma abordagem inovadora que tem uma viso da complexidade, da interconexo e da interdependncia.A partir das abordagens paradigmticas, conservadora e inovadora, podemos apresentar as diferentes denominaes para as aes que envolvem a qualificao de professores.Vamos entender a trajetria das abordagens !!!O preparo para ser professor, historicamente, foi focado exclusivamente no domnio do contedo. Assim, o docente precisava ter domnio do conhecimento para ministrar uma ou mais disciplinas. Garcia (apud BEHRENS, 2007, p. 442), analisa a formao conservadora enciclopdica de professores como um processo [...] de transmisso de conhecimentos cientficos e culturais de modo a dotar os professores de uma formao especializada, centrada principalmente no domnio de conceitos e estrutura disciplinar da matria em que especialista. Essa a viso mais ou menos que ainda vemos hoje, no ?J mencionamos acima que partir do sculo XVIII, Descartes, com a obra Discurso do Mtodo, prope o paradigma cartesiano, com um modelo conservador e dominante que prioriza a racionalizao, a fragmentao e a viso linear da Cincia e, por consequncia, influencia tambm a Educao, que herda a viso newtoniano-cartesiana. Nesse paradigma conservador dominante que acompanhou a humanidade e a Educao at grande parte do sculo XX, a formao de professores foi considerada como treinamento ou capacitao.ASSISTA O FILME: DESCARTES. Direo:Descartes (1974), filsofo antecessor de Blaise Pascal na afirmao da racionalidade e do mtodo cientfico. Rossellini extrai trechos inteiros de algumas das obras fundamentais do pensador, como O Discurso do Mtodo (1637) e as Meditaes Metafsicas (1641), para compor as aes dramticas do personagem. So procedimentos tericos de Descartes, cuja funo seria fundar a autonomia do pensamento racional diante da f. Vale dizer que, naquela poca, toda dmarche racionalista tinha de ser, tambm, uma negociao com a autoridade religiosa. Donde, nas Meditaes, Descartes precisar, primeiro, ocupar-se das provas da existncia de Deus, para apenas depois afirmar que o Cogito (a Razo) se sustenta por si s. Eu sou, eu existo, deduz, pelo simples fato de pensar. A concluso entrou para a histria do conhecimento como a frase famosa Penso, logo existo.Na dcada de setenta no sculo XX, o treinamento atendendo ao modelo Fordista de produo visou preparar profissionais para realizar tarefas por meio de modelagem. A Revoluo Industrial exigia o desenvolvimento da competncia tcnica, necessitando do treinamento profissional necessrio para atuar em diversos setores. A formao para competncia tcnica envolveu tanto o mbito acadmico, como o mbito empresarial, ambos ligados necessidade de preparar mo de obra qualificada (BEHRENS, 2007).No Brasil, a ditadura acentua a concepo de qualificao com dois sentidos conservadores, o de modelar ou o de conformar. Na viso tradicional o professor da educao superior, em geral, apresenta-se como um profissional de sucesso que convidado para assumir a docncia, pois, no modelo conservador, acreditava-se que o saber-fazer podia garantir o saber-ensinar.A contribuio de Tavares e Alarco (apud BEHRENS, 2007, p. 443) se torna relevante, quando apontam: O objetivo da aprendizagem visava aquisio dos conhecimentos transmitidos e imitao do mestre, como modelo a seguir. Desse modo, o aluno deixava-se formar, modelar, de acordo com os moldes preestabelecidos. O entendimento de modelagem ou conformao pode ser esclarecido por Zabalza (apud BEHRENS, 2007, p. 443):Formar = modelar. Partindo dessa definio, a formao busca dar forma aos indivduos. Eles so formados na medida em que so modelados, isto , so transformados no tipo de produto que se toma como modelo...Formar = conformar. Esse segundo desvio do sentido original , se possvel, ainda mais grave. Nesse caso, a inteno fazer com que o indivduo aceite e conforme-se com o planejamento de vida e de atividades para o qual foi formado. Logo, o processo de homogeneizao, as condies de mercado de trabalho e a presso dos empregadores levam a pessoa a ter que se conformar(grifo do autor).Sabemos que o treinamento para modelar ou conformar feito de forma estanque, em blocos, a fim de complementar e melhor a atuao dos profissionais por meio de cursos ou palestras. Esses cursos e palestras so feitos atravs de manuais e apostilas que descrevem as atividades ou tarefas a serem cumpridas, independentemente da opinio de quem est fazendo o treinamento, que muitas vezes tem como objetivo a mudana de comportamento dos profissionais.A denominao da qualificao profissional conservadora recebe o nome de capacitao. Este paradigma precisa ser desconstrudo com urgncia, pois sabemos que ele refora a reproduo, a memorizao, a fragmentao do conhecimento, a viso homognea, estereotipada, entre outras caractersticas. Conforme alerta Nvoa (apud BEHRENS, 2007, p. 444).A formao no se constri por acumulao (de cursos, de conhecimento ou de tcnicas), mas sim por um trabalho de reflexividade crtica sobre as prticas e de (re)construo permanente de uma identidade pessoal. E acrescenta: Por isso, to importante investir na pessoa e dar um estatuto ao saber da experincia (grifo do autor).Ao contrrio, o Paradigma da Complexidade defende uma viso crtica, reflexiva e transformadora na Educao e isso requer a interconexo de mltiplas abordagens, vises e abrangncias. Busca disseminar uma nova viso de homem, de sociedade e de mundo, influenciando todos os profissionais, inclusive os professores. Nesse sentido, a formao de docentes para atuar sob a tica da complexidade, necessidade de qualificao permanente, pautada numa viso crtica, reflexiva e transformadora. Todas as reas do conhecimento so chamadas para superar a viso fragmentada que ainda persiste nas universidades. A nova viso prope a rearticulao entre as partes, o que provoca a necessidade de religao (MORIN, 2000b) entre esprito e corpo, homem e mundo, cincia e f, sujeito e objeto, razo e emoo, esprito e matria, entre outras dualidades.Assim, a Educao chamada para superar a abordagem conservadora e positivista para dar lugar a uma formao de professores que leve a uma nova maneira de investigar, de ensinar e de aprender.Na concepo de Tavares e Alarco (apud BEHRENS, 2007, p. 446), na sociedade emergente do conhecimento [...] comea a ser cada vez mais urgente formar e preparar as pessoas para o incerto, para a mutao e para situaes nicas e at chocantes que lhes exijam um maior esforo para a paz e o desenvolvimento de maiores capacidades de resilincia.O caminho da superao exige a busca de caminhos que levem reflexo na e para a ao. (NVOA apud BEHRENS, 2007, p. 446). Assim entendido, qualificar os docentes desafi-los a modificar e transformar seu papel de forma crtica e reflexiva, num processo contnuo, progressivo.Quando falamos em novos paradigmas devemos considerar tambm uma possibilidade de produzir novos conhecimentos, com metodologias diferenciadas das que usualmente so aplicadas. Esse processo de mudana envolve novas atitudes e formao de valores, bem como o enriquecimento das experincias vivenciadas, influenciando dessa forma, o pessoal, o social e o profissional.Na busca de alertar os professores, Garcia (apud BEHRENS, 2007, p. 447) distingue quatro fases no aprender a ser professor.A primeira fase designada como pr-treino acontece no perodo da escolarizao bsica e se caracteriza como o momento em que o aluno aprende a ser professor. Neste perodo de sua formao, toma como exemplo a prtica de seus prprios professores. A segunda denominada como fase de formao inicial corresponde s situaes formais de capacitao docente, como as graduaes que envolvem as licenciaturas. A terceira a fase de iniciao, que equivale aos primeiros anos de exerccio profissional. Neste perodo, os professores aprendem com a sua prpria prtica. A quarta denominada como fase de formao permanente. Ela corresponde formao durante o decorrer de toda a vida dos professores (grifo do autor).O desenvolvimento do professor depende da competncia tcnica, do preparo pedaggico e do compromisso poltico.Para desenvolver sua profisso os docentes devem estar bem informados, mas respeitadores daqueles ignorantes, amveis e atenciosos, mas exigentes e severos se a situao assim o exigir... inteiramente livres de preconceitos e absolutamente justos na forma de lidar com os outros... atentos s necessidades individuais dos alunos, sem negligenciar a turma com um todo... capazes de manter a disciplina e a ordem, embora permitindo a espontaneidade e fantasia... optimista e entusiasta, mesmo acalentando dvidas e apreenses pessoais... capazes de lidar com o imprevisto e, as vezes, mesmo com alunos difceis e mal-educados, sem perder a compostura e o controlo... capazes de sorrir de pareceram estar bem-dispostos nos dias em que no se sentem bem e prefeririam estar noutro lugar qualquer... (DAY, 2001, p. 38-39 apud BEHRENS, 2007, p. 453, grifo do autor).Se o professor conseguir manter o equilbrio entre essas competncias certamente vai desenvolver metodologias e buscar recursos que atendam a Sociedade da Informao. Dessa forma, tanto professores como alunos devem se atualizar e buscar novos conhecimentos em livros e na rede informatizada para que possam produzir conhecimentos significativos para serem aplicados na vida e no com o objetivo exclusivo de fazer provas. Podemos perceber que o foco agora, com a complexidade, outro: fazer o sujeito melhorar a sua vida, as suas relaes e a sua viso de mundo.Quero que voc leia o que nos ensina Zabalza (2004, p. 144):O exerccio da profisso docente requer uma slida formao, no apenas nos contedos cientficos prprios da disciplina, como tambm nos aspectos correspondentes a sua didtica e ao encaminhamento das diversas variveis que caracterizam a docncia.E, acrescenta que a necessidade do desenvolvimento de dupla competncia dos bons professores: a competncia cientfica, como conhecedores fidedignos do mbito cientifico ensinado, e a competncia pedaggica, como pessoas comprometidas com a formao e com a aprendizagem de seus estudantes.Essa citao mesmo muito rica, no ? Peo que a releia mais uma vez e registre no frum seus comentrios.OParadigma da Complexidade diz respeito produo do conhecimento, e utiliza a Metodologia de projetos, a partir da problematizao, em que o professor atua como mediador do processo. Voc sabe quais so as fases da metodologia da problematizao? problematizao

discusso do projeto

contextualizao

alas dialogadas

pesquisa individual

produo individual

discusso reflexiva

produo coletiva

produo final.E voc sabe qual o resultado desse processo? O resultado o aprendizado pelo aluno!A pesquisa um dos meios de ensino que tem grande importncia em todos os nveis de ensino, inclusive no superior. A partir da pesquisa, o aluno se torna capaz de ter um olhar sobre a realidade, fazendo a conexo entre teoria e prtica, tornando-o emancipado, como sempre pregou Paulo Freire, isto , faz o aluno se tornar fazedor da prpria histria.A pesquisa possibilita que o aluno seja ativo, participativo, produtivo e reconstrutivo, e dessa forma, ele consegue romper com o tradicionalismo e com a barreira frente ao professor, que como j foi dito, atua como mediador do processo. muito bacana trabalhar com a pesquisa. Vale a pena! Mas requer um esforo redobrado por parte do professor, que orienta todo o processo. O aluno se v s voltas com o novo conhecimento, se envolve, e sabe que ser avaliado pelo seu trabalho individual e pelo seu envolvimento.Para subsidiar a sistematizao das novas metodologias do Paradigma da Complexidade, so realizados os contratos didticos, que so discutidos junto dos alunos, que podem intervir durante o processo. O professor apresenta a ementa do curso, a contextualizao, os contedos que sero abordados, a bibliografia e a descrio do processo avaliativo. Com este, as aulas ficam sequenciadas, e os aluno tm uma viso transparente de todo processo (BEHRENS, 1996). No Paradigma da Complexidade, o Portflio um mtodo de ensino e tambm um meio de avaliar, neste o aluno rene todas as suas atividades desenvolvidas em um perodo de tempo e assim analisa a sua prpria aprendizagem, e este tambm permite uma avaliao contnua (BEHRENS, 2006). Legal no ? Espero que voc j tenha feito um Portflio, se no teve a oportunidade, pesquise sobre ele. bastante interessante e uma forma bem completa de avaliar o aluno e mais, todo o processo de pesquisa.Vamos estender um pouco mais da nossa reflexo e vamos discutir a Educao Holstica. Voc j teve informaes sobre ela? bastante interessante, para concluir nosso estudo.No livro A cano da Inteireza - Uma viso holstica da educao Cardoso (1995) esclarece na Introduo, queO paradigma holstico, surgiu da concepo hologrfica do universo, cujas colunas mestras esto nas teorias de David Bohn e Karl Pribram. cada aspecto do Universo contm conhecimentos sobre o(s) todo(s) dentro do(s) qual (is) ele existe (CARDOSO, 1995, p. 11, grifo do autor).O pensamento holstico j estava presente e na antiguidade com os pr-socrticos, especialmente com Herclito e na modernidade.A palavra holstica vem de "holos" ou totalidade e refere-se a um modo de compreender a realidade em funo de totalidades integradas cujas propriedades no podem ser reduzidas a unidades menores, isto , se mantem suas especificidades Baseia-se na compreenso de que existe uma interdependncia entre todos os fenmenos que se relacionam com a vida humana (sejam fsicos, biolgicos, psicolgicos, ambientais, sociais ou ainda espirituais) (CAPRA, 1982).Remetemos-nos a Morin e Le Moigne, (2000c, p. 209), que props uma lgica do vivente, no livro a Inteligncia da Complexidade em que defende um princpio unificador do saber, do conhecimento em torno do homem, valorizando o seu cotidiano, o pessoal, a singularidade, finitude, escolha, sntese, vnculo e totalidade. Para o autor mais do que a ideologia, a utopia teria essa fora de resgatar a totalidade do real.Podemos afirmar tambm, que o Paradigma Holstico nasceu de movimentos que proclamam algumas rupturas, de manifestaes contra a modernidade e sempre atreladas a movimentos sociais de ordem ecolgica, pacifista, feminista, antirracial, humanistas, estudantis, etc. todos contra a viso uma racionalista da vida, e reivindicando valores universais, transcendentais, ontolgicos do Ser, diante do modelo atual de civilizao, que est em crise. A Educao Holstica bebe da fonte da tica, busca o respeito ao ser humano enquanto espcie.A Educao, nessa perspectiva, vai priorizando pela formao do ser humano, na globalidade da sua inteireza e sedimentao da experincia transdisciplinar que congrega os mais diversos campos do saber, no fluxo da coexistncia vigorosa e criadoras entre suas diversidades, o que vai proporcionando o desenvolvimento da compreenso e vivncia cada vez mais ampla da totalidade do nosso ser com o todo do universo/pluriverso. Nossos hemisfrios cerebrais esquerdo e direito religados vo nos tornando seres mais radiantes e equilibrados na relao de abertura terna e evolutiva com ns mesmos, com outros seres (ARAJO, 1999, p. 172).Interessante esta conceituao, voc no achou? Diz respeito essncia do ser humano, sendo bem diferente das demais categorias que conhecemos at ento.Em educao, o paradigma holstico busca a integrao do homem, entendendo-o como o resultado da razo, emoo, cognio, intuio, corpo, mente e esprito (intersubjetividade), tornando-se um modelo abrangente de ser-na, pensar-sobre e viver a realidade (AZENHA; MARQUEZAN, 2000).Voc deve ter pensado que a educao integral da pessoa j foi abordada por outros paradigmas, mas o diferencial da abordagem holstica est na concepo de conscincia ecolgica profunda, que reside na tica e da espiritualidade. Dessa forma a viso holstica, quando fala em educao para a paz, ela diz respeito ecologia profunda, que busca a superao do modelo social presente na modernidade.O interessante que a educao holstica no desconsidera nenhum conhecimento, ela discute e considera a diversidade cultural, a multiculturalidade, v no dilogo entre as culturas, uma possibilidade de unificao dos seus valores.Na viso holstica o educador um mediador, aprende com o aluno, e o estimula atravs do prprio exemplo, com prticas coerentes, atua a partir da totalidade, do encontro com o educando, deve possuir, portanto, algumas caractersticas: inclusividade (nada insignificante), espao interior (meditativo, reflexivo, deve livrar-se do excesso, das verdades absolutas, esvaziar-se significa caminhar livremente, estar aberto para a vida), flexibilidade, plena ateno, humor, talento, pacincia, humildade, disponibilidade, responsabilidade, compromisso, respeito (AZENHA; MARQUEZAN, 2000).DICA

Acesse: Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/visao-holistica-um-paradigma-premente-a-formacao-educacional/61679/#ixzz2BkbjJZnoO grande desafio para a Educao romper e superar a viso do mercado que busca trabalhadores com qualidades que atendam a burocracia, nega a criatividade e a liberdade e valoriza a robotizao. Assim, a Educao exerce um papel fundamental ao promover o conhecimento, pois s atravs dele que o indivduo vai conseguir negar essa lgica da economia globalizante. E o que essa lgica da economia globalizante? a concentrao em excesso de renda nas mos de poucos (as multinacionais que exploram nossos recursos e remetem seus lucros para o exterior sem pagar impostos), que explora, que submete, que coage, que exclui, que depreda por ganncia e ambio (AZENHA, MARQUEZAN, 2000).Devemos pensar: Neste contexto, a quem a educao est servindo? Sabemos que nos moldes atuais, a prioridade do ter e no do ser.. justamente essa a lgica do mercado. Ento, basicamente, a educao est servindo a ele. O que voc achou disso? Voc concorda com a ideia?No entanto, sabemos que o conhecimento promove a emancipao e a viso critica do sujeito, e assim que deve ser!!!Eu sempre digo para meus alunos: o objetivo da educao no formar o sujeito, mas sim, instrumentaliz-lo para que ele possa se posicionar criticamente diante do mundo. ele conseguir ver a explorao do capital e no render-se a ele!! Deve sim, procurar libertar-se conscientemente das garras do poder e, junto com seus pares, buscar novas possibilidades de transformao social.O domnio do conhecimento sistematizado e das atuais tecnologias, como a informtica, a Internet e outras informaes, que devem ser oportunizadas, desde que resguardada sua leitura crtica - deve promov-lo, enquanto ser, ao patamar da dignidade, do acesso cultura, da qualidade de vida, de valores humanizadores para a sua sobrevivncia, enquanto espcie, e da sobrevivncia do planeta, enquanto ser integrante do universo, que nos hospeda e no qual vivemos (AZENHA, MARQUEZAN, 2000).Para as autoras acima citadas, as universidades e, consequentemente, as escolas nunca foram to cobradas como agora. A forma como o professor formado reflete na sua prtica, e as prticas so contraditrias, uma vez que o discurso no combina com a ao. Outro paradoxo so as relaes que se observa no interior das universidades e das escolas: o discurso o da democratizao, da descentralizao do poder, da socializao do conhecimento, mas a prtica pela via oposta. A gesto democrtica anda a passos lentos, necessitando avanar em muitos aspectos, dentre eles, a formao dos professores e as polticas de incluso.Sabemos que as relaes internas no so democrticas (o professor o dono da verdade e no pode ser contestado, o aluno o recipiente passivo do repasse e acmulo de contedos fragmentados). Lembra do Paradigma Tradicional??O poder verticalizado (nas universidades a compartimentalizao se d via centros, departamentos, etc...; na escola a direo ainda tem a ltima palavra a despeito da maioria), o conhecimento no socializado, na medida em que est concentrado nas mos de poucos. Haja vista a dificuldade de acesso aos cursos de formao continuada, ao "stricto sensu", que exigem a aprovao de um projeto de pesquisa antecipado, o aceite prvio de um professor orientador, seleo em entrevista oral e/ou por escrito, enfim uma srie de normas que para quem no conhece o "sistema", a excluso o mais bvio (AZENHA, MARQUEZAN, 2000). Sabemos que parte dessas dificuldades reside na falta de um projeto poltico-pedaggico para as licenciaturas, que precisa ser definido considerando as novas exigncias do conhecimento.A professora Berhens, em seu trabalho no curso de Mestrado em Educao, na Pontifcia Universidade Catlica do Paran delineia a abordagem holstica da seguinte forma:ESCOLA Deve ser um lugar que:

proporcione condies de um relacionamento entre as pessoas;

o ensino acontece com facilidade, sem complicaes;

fornecido um ensino competente;

se constri o saber;

tenha viso criativa e ousada;

existe a participao: comunidade professor aluno direo;

forme pessoas competentes;

todos devem ter acesso

o ambiente seja agradvel.Se analisarmos item por item veremos que a maioria das nossas escolas esto longe de ter das caractersticas acima elencadas, no mesmo? Basta pensarmos nas escolas pblicas, que em razo de sucateamento, formao de professores e polticas pblicas, no conseguem se manter num patamar desejvel de um lugar para o ensino e aprendizagem.ALUNOA viso holstica almeja um novo tipo de aluno: sua autoimagem prioridade;

deve ser um aluno: interessado, crtico, questionador, comprometido, autnomo; tolerante, contextualizador, participativo;

com liberdade de escolha;

que respeite s individualidades;

aberto mudanas; encorajado a estar atento, indagar, explorar, procurar o significado e testar os limites.E o que podemos dizer do perfil do aluno? Todos os educadores almejam trabalhar com alunos que tm essas caractersticas. Infelizmente os alunos se mostram desinteressados, apticos, com baixa autoestima e muitas vezes no tem oportunidade de se expressarem como querem.PROFESSORProfessor dentro da viso holstica um grande desafio

Ele deve agir como um facilitador da aprendizagem

Deve ter autonomia e ser sensvel para que possa suprir as necessidades dos alunos

Deve buscar a transformao pessoal.

Trabalhar em conjunto.

Estar aberto para as mudanas.

Deve possuir um relacionamento harmnico.

Deve ser dinmico e criativo.

Agir com o um bom terapeuta e desenvolver bons relacionamentos.

Respeitar a autonomia do aluno.

O verdadeiro professor intui o nvel de disposio, em seguida avalia, questiona, conduz e proporciona tempo para assimilao e se houver necessidade recua.Os professores... ah... os professores!!! Releia os itens acima; quais vocs acha que esto de acordo com a viso holstica? Se analisarmos cada um deles, vermos que em razo da carga horria, da formao inicial, da formao contnua, do salrio, etc.. o que temos hoje, s professores desatualizados, desanimados, individualistas, voltados para o copismo e muitas vezes, com trabalhos descontextualizados com a realidade dos alunos.METODOLOGIAA abordagem Holstica prope:

Uma metodologia transpessoal mais humana e rigorosa nos conhecimentos.

A interdisciplinaridade

A busca da construo do conhecimento

Um mtodo dialtico, dinmico e criativo

Baseado nas experincias

Uso da tecnologia apropriada

Utilizao das artes

Uma reflexo silenciosa

mtodo da resoluo dos conflitos

A continuidade dos conhecimentos em lugar de matrias

A busca da natureza do aprendizado em vez de mtodos de instruo

Dar nfase no aprender-aprender

Empenho pela educao total do crebro.Voltemos questo do professor. Se voc concorda com os meus comentrios, voc h de convir que tambm com relao s metodologias, estamos longe dos meios e fins da Educao Holstica.AVALIAOA avaliao deve ser feita atravs da auto avaliao.Sabemos que a auto avaliao uma prtica difcil e que necessita de um exerccio dirio na escola e na vida, ento as escolas ainda tm muito que avanar para chegar a um amadurecimento capaz de fazer os seus alunos e professores adotarem a prtica da auto avaliao.Pode-se citar como exemplo de pedagogia holstica, a Pedagogia Waldorf, que a que conta com a maior divulgao no mundo ocidental, e tem o seu fundamento nos trabalhos noolgicos do pensador Rudolf Steiner.A Pedagogia Waldorf tem como objetivo desenvolver a personalidade de forma equilibrada, fazendo florescer na criana a clareza do raciocnio, o equilbrio emocional e a iniciativa de ao. Para esta Pedagogia, por exemplo, as crianas antes de entrarem na 1 srie, no devem aprender a ler porque no se exige o pensamento abstrato e intelectual antes da faixa etria da escolaridade.Para ficar mais claro para voc, elaborei um quadro comparativo que sintetiza os elementos caracterizadores que diferenciam a educao vigente e/ou tradicional e os propsitos da educao holstica:Quadro 1 Educao Tradicional Educao HolsticaEducao TradicionalEducao Holstica

Viso reducionistaGlobalidade da pessoa

Viso mecanicista materialistaViso espiritualista

Relao UnilateralInter-relaes

InstruoFornece ao homem o conhecimento e uso dos objetos necessrios para a vida profissional

EducaoDesperta e desenvolve no homem os valores da natureza humana.

Competio individualCooperao entre grupos

ExclusoIncluso

Cognio humana/Verbal-lingustica e lgico- matemtica

Cognio humanaPreconiza as mltiplas inteligncias

Padronizao Contextualizao

Aprendizagem/repetio e memorizao dos contedosAprendizagem/equilbrio entre contedo-processo

Conhecimento = nfase nos contedos estticos e acabadosConhecimento = resultado de construo global

Avaliao: predominncia mtodo quantitativoAvaliao/predominncia mtodo qualitativo.

Proposta Pedaggica DisciplinarProposta Pedaggica Transdisciplinar

Currculo Tradicional: Visto como um meio em si mesmoCurrculo Holstico: tenta estabelecer unidade mente-corpo, conexo entre pensamento linear e a intuio, indivduo-natureza, eu-transpessoalidade.

Voltada para mercado do trabalhoVoltada para programas de ao social

Princpio Pedaggico: Saber FazerPrincpio Pedaggico: Aprender a Aprender

Ensino-aprendizagem: professor-alunoEnsino-aprendizagem: flexvel e sistmico

Contedo padronizadoContedo contextualizado

Centra-se em respostas corretasExplora questes reflexivo-provocativas

Ignora as diversidadesIgnora as diversidades

Organizao escolar: hierarquia e rigidezOrganizao escolar: princpio de companheirismo e interdependncia

Papel do Professor: ensinarPapel do professor: aprendiz

Fonte: Do autor (2012)Espero que este quadro tenha ficado elucidativo para voc! Procurei deixar claro quais so as caractersticas da Educao Holstica, que merece uma reflexo mais profunda, se voc quiser ampliar a sua formao nesta viso.Para ajudar voc, vou indicar abaixo, o marco referencial sobre a abordagem e a compreenso holstica e a viso macro do ser humano, em estudiosos pesquisadores conceituados tais como:

Quadro 2 Compreenso holstica e viso macroAUTORESPECIFICIDADE

Edgar Morinsobre a complexidade dos conhecimentos

Paulo Freirea prtica pedaggica crtico-reflexiva na ao docente

Rafael Yusa introduo de temas transversais no currculo.

Roberto Cremaexplica as idias essenciais sobre o Holismo

Denis Brandoonde Viso Holstica em Psicologia e Educao se intercalam como proposta inovadora

Francisco Di Biasebusca unidade mente-natureza

Maria Luiza Pontes Cardoso, Ubiratan D?Ambrsio e Pierre Weilcomentam a introduo dos valores espirituais na prtica pedaggica apoiados numa slida base filosfica

Huberto Rohdeneducao integral, dentre outros interconectados com a temtica.

Fonte: Do autor (2012)Espero este quadro possa te ajudar quando voc for estudar sobre a Educao Holstica ou ainda, se voc trabalha com formao de professores, voc possa us-lo nas suas aulas e estudos.Encerramos aqui nossa disciplina. Espero que ela tenha sido bastante interessante para voc e que voc possa aplicar esse conhecimento no seu cotidiano e na sua vida profissional. Saber nunca demais e saber aplicar o conhecimento melhor ainda!!Foi bom estar com voc!! Sucesso!!ALARCO, Isabel. Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed, 2001.ALMEIDA FILHO, N. Transdisciplinaridade e sade coletiva. Cincia e Sade Coletiva, v. 11, n. 12. 1997.ANTOL, Vicen Benedito. A didtica como espao e rea do conhecimento: fundamentao terica e pesquisa didtica. In: FAZENDA, Ivani. Didtica e interdisciplinaridade. Campinas: Papirus, 1998. (Coleo Prxis) .ARAJO, Miguel Almir L. de.Abordagem Holstica na Educao. In: Sitientibus, Feira de Santana, n. 21, p. 159-176, jul./dez. 1999.AZENHA, E. 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AV2Questo 1O paradigma representa a totalidade de crenas, valores e tcnicas partilhadas pelos membros de uma comunidade cientfica. O paradigma que conhecimento torna-se a verdade absoluta e o professor transmissor :Alternativas 1 - Da Complexidade 2 - Tradicional 3 - Emergente 4 - Inovador 5 - TecnicistaQuesto 2Nota: No gerada Morin (2000) apresenta na epistemologia da complexidade, no seu sentido prprio, a capacidade de interligar, ou seja, a capacidade de juntar e reconstruir aquilo que nunca deveria ser separado. So caractersticas desse paradigma, exceto:Alternativas 1 - Defende uma viso crtica, reflexiva e transformadora na Educao; 2 - Dissemina uma nova viso de homem, de sociedade e de mundo, influenciando todos os profissionais, inclusive os professores. 3 - Busca a superao da viso fragmentada do currculo escolar; 4 - Busca promover uma reforma do pensamento, da educao e da cincia; 5 - Privilegia a separao, a especificidade em detrimento da ligao e da contextualizao.Questo 3Uma das prticas difundidas pelo Paradigma da Complexidade : Alternativas 1 - Instruo Programada 2 - Contrato Didtico 3 - Aulas expositivas no dialogadas 4 - Ensino individualizado 5 - Teoria do Conhecimento Clssico.Questo 4A educao holstica tem por finalidade restabelecer as conexes de todas as esferas da vida. Assinale a alternativa incorreta em relao ao estudante no currculo holstico: Alternativas 1 - Analisa essas relaes, para tomar conscincia das mesmas, com as habilidades necessrias para transform-las, quando necessrio. 2 - A educao holstica tem como base a interconexo, a globalizao, desenvolvendo vises do processo ensino aprendizagem, que estimulem conexes entre as disciplinas, 3 - O propsito da Educao Holstica desenvolver as potencialidades do ser humano, estimulando-o a agir com passividade buscando a compreenso de sua dependncia em relao ao professor. 4 - O aluno visto como um ser humano global: corpo,mente, emoes e esprito. 5 - Compreende a realidade em funo de totalidades integradasQuesto 5A educao holstica tem uma viso mais construtiva, buscando o significado transcendente e o processo evolutivo da conscincia humana, analise as alternativas apresentadas abaixo e assinale a incorreta: Alternativas 1 - Considera a diversidade cultural, a multiculturalidade, v no dilogo entre as culturas, uma possibilidade de unificao dos seus valores. 2 - A educao holstica centra-se na criao de uma comunidade de aprendizagem que estimule o crescimento do envolvimento criativo e interrogativo da pessoa humana. 3 - O estudante no currculo holstico analisa essas relaes, para tomar conscincia das mesmas, com as habilidades necessrias para transform-las; 4 - A educao holstica baseia-se na compreenso de que existe uma dependncia entre todos os fenmenos que se relacionam com a vida humana (sejam fsicos, biolgicos, psicolgicos, ambientais, sociais ou ainda espirituais) dificultando a transformao. 5 - Defende um princpio unificador do saber