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Walter Benjamin A obra de Arte na era de sua reprodutibilidade técnica (1935/1936)

Walter Benjamin A obra de Arte na era de sua reprodutibilidade técnica (1935/1936)

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Walter Benjamin

A obra de Arte na era de sua reprodutibilidade técnica (1935/1936)

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Introdução

Modo de produção capitalista e seus reflexos na área da cultura

Teses sobre as tendências evolutivas da arte, nas atuais condições produtivas

Põem de lado numerosos conceitos tradicionais: criatividade e gênio; validade eterna e estilo; forma e conteúdo

Formulação de exigência revolucionárias na política artística

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Reprodutibilidade Técnica

A obra de arte sempre foi reprodutível Novidade: reprodução técnica

– Imprensa: reprodução técnica da escrita– Fotografia: reprodução da imagem– Cinema falado: reprodução da imagem e do som

Reprodução do som – alto padrão de qualidade das técnicas de reprodução

Para estudar esse padrão, nada mais instrutivo que examinar como duas funções – a reprodução da obra de arte e a arte cinematográfica – repercutem uma sobre a outra

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Autenticidade

Mesmo na reprodução mais perfeita, um elemento está ausente: o aqui e agora da obra de arte, sua existência única, no lugar em que ela se encontra.

A história da obra está ausente na reprodução A autenticidade da obra é a quintessência de tudo o

que foi transmitido pela tradição, a partir de sua origem, desde sua duração material até o seu testemunho histórico

Desaparece a autoridade da obra

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Aura

O que se atrofia na era da reprodutibilidade técnica da obra de arte é sua aura

A técnica da reprodução destaca do domínio da tradição o objeto reproduzido

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A aura é a absoluta singularidade do aqui e agora

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Aura

“A aparição única de uma coisa distante, por mais perto que ela esteja”

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Reprodução técnica

Substitui a existência única da obra por uma existência serial

Abalo da tradição Seu agente mais poderoso é o cinema

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A destruição da aura

“No interior de grandes períodos históricos, a forma de percepção das coletividades humanas se transforma ao mesmo tempo que seu modo de existência

Diferentes formas de percepção Crescente difusão e intensidade dos movimentos de

massa Reprodução:

– Fazer as coisas ficarem mais próximas– Possuir o objeto

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Ritual e política

Unicidade da obra de Arte – culto/ritual (religioso ou o culto do Belo)

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Ritual e reprodução

Com a reprodução técnica, a obra de arte se emancipa, pela primeira vez na história, de sua existência parasitária, destacando-se do ritual

A obra de arte reproduzida é cada vez mais a reprodução de uma obra de arte criada para ser reproduzida

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Autenticidade

A fotografia pode ser feita em um grande número de cópias

A idéia de autenticidade da cópia não faz sentido Mas, no momento em que o critério da autenticidade

deixa de aplicar-se à produção artística, toda a função social da arte se transforma.

Em vez de fundar-se no ritual, ela passa a funda-se em outra práxis: a política

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O filme é uma criação da coletividade

A reprodutibilidade técnica do filme tem seu fundamento imediato na técnica de sua produção. Esta não apenas permite, da forma mais imediata, a difusão em massa da obra cinematográfica, como a torna obrigatória. A difusão se torna obrigatória, porque a produção de um filme é tão cara que um consumidor, que poderia, por exemplo, pagar um quadro, não pode pagar um filme.

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Valor de culto e de exposição

A história da Arte está entre esses dois polos

Pré-história – magia – valor de culto

O que importa nessas imagens é que elas existam, e não que sejam vistas

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Culto e exposição

À medida que as obras de arte se emancipam do seu uso ritual, aumentam as ocasiões para que elas sejam expostas

De Instrumento mágico para obra de arte

Refuncionalização da arte

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Técnica

Nas sociedades primitivas a técnica se fundia com o ritual

Na nossa sociedade a técnica se emancipa A técnica refuncionaliza a arte Exige um novo aprendizado Uma nova percepção Torna-se uma segunda natureza humana Exige uma nova percepção

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Cinema

O filme serve para exercitar o homem nas novas percepções e reações exigidas por um aparelho técnico cujo papel cresce cada vez mais em sua vida cotidiana. Fazer do gigantesco aparelho técnico do nosso tempo o objeto das inervações humanas – é essa a tarefa histórica cuja realização dá ao cinema o seu verdadeiro sentido.

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Fotografia

Com a fotografia, o valor de culto começa a recuar, em todas as frentes, diante do valor de exposição

Retrato: último sopro do culto (culto da saudade)

Fotos como autos da história – orientam a recepção num sentido determinado

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Valor de eternidade

Menor reprodução – obras eternas – menor perfectibilidade

Cinemas – a arte mas perfectível (Chaplin)

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Fotografia e Cinema como Arte

Discussão se a fotografai ahavia alterado a natureza da arte Retomaram a questão quando surgiu o cinema Para dar o caráter de arte ao cinema introduzem a idéia de

culto “É a tendência estéril de copiar o mundo exterior, com suas

ruas, interiores, estações e restaurantes, automóveis e praças, que têm impedido o cinema de incorporar-se ao domínio da arte. “O cinema ainda não compreendeu seu verdadeiro sentido, suas verdadeiras possibilidades....Seu sentido está na sua faculdade característica de exprimir, por meios naturais e com uma incomparável força de persuasão, a dimensão do fantástico, do miraculoso e do sobrenatural”.

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Cinema e manipulação

http://www.youtube.com/watch?v=ubSTSICa7y8&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=nnq5cQMiAB8