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Regime hidrológico Walter Collischonn IPH UFRGS

Walter Collischonn IPH UFRGS

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Page 1: Walter Collischonn IPH UFRGS

Regime hidrológico

Walter Collischonn

IPH UFRGS

Page 2: Walter Collischonn IPH UFRGS

Regimes hidrológicos

Diferentes regimes hidrológicos

Aspectos importantes do regime hidrológico

Regime hidrológico e manutenção dos ecossistemas

Alterações do regime hidrológico

Page 3: Walter Collischonn IPH UFRGS

Efeito da sazonalidade

Análise comparativa de dois rios com comportamento muito distinto: Rio Paraguai em Amolar e rio Uruguai em Iraí

Page 4: Walter Collischonn IPH UFRGS

Amolar

Rio Paraguai – Serra do Amolar MS Foto Sandro Diord

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Amolar

Posto fluviométrico

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Page 8: Walter Collischonn IPH UFRGS

Seção transversal rio Paraguai Posto Amolar R

égua

flu

vio

mét

rica

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Page 10: Walter Collischonn IPH UFRGS

Conexão entre rio e planície durante a cheia

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Rio Paraguai em Amolar

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Rio Paraguai em Amolar

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Rio Paraguai em Amolar

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Rio Paraguai em Amolar

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Rio Paraguai em Amolar

Page 17: Walter Collischonn IPH UFRGS

Rio Paraguai em Amolar

Page 18: Walter Collischonn IPH UFRGS

Rio Paraguai em Amolar

Page 19: Walter Collischonn IPH UFRGS

Previsibilidade do pulso de cheia

Cheias ocorrem sempre na mesma época do ano.

Há apenas uma cheia por ano.

Cheias são demoradas.

Conexão entre rio e planície é previsível e duradoura.

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Rio Uruguai em Uruguaiana

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Rio Uruguai em Uruguaiana

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Rio Uruguai em Uruguaiana

Page 23: Walter Collischonn IPH UFRGS

Rio Uruguai em Uruguaiana

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Rio Uruguai em Uruguaiana

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Rio Uruguai em Uruguaiana

Page 26: Walter Collischonn IPH UFRGS

Previsibilidade do pulso de cheia

Cheias ocorrem em qualquer época do ano.

Pode haver várias cheias por ano.

Cheias são rápidas.

Conexão entre rio e planície é imprevisível e efêmera.

Page 27: Walter Collischonn IPH UFRGS

Rio Paraguai em

Amolar: Forte

relação entre as

cotas defasadas de

1 ano

Rio Uruguai em

Uruguaiana: Não

há relação entre

as cotas defasadas

de 1 ano

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Aspectos do regime hidrológico

Sazonalidade

Variabilidade

Número de picos de nível e vazão

Magnitude dos picos de vazão

Magnitude das vazões mínimas

Duração das estiagens

Época de ocorrência de cheias e estiagens

E mais ...

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Regimes hidrológicos no Brasil

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30/8/2012 14:42 Vazões Ambientais Christopher Souza 30

Rio Madeira em Porto Velho (RO)

• Sazonalidade • Regularidade • Previsibilidade

S O N D J F M A M J J A S0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

4

4.5

x 104 Hidrogramas do posto 15400000

Q(m

³/s)

67-68

75-76

83-84

90-91

98-99

04-05

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30/8/2012 14:42 Vazões Ambientais Christopher Souza 31

Rio Paraguai em Cáceres (MT)

• Regularidade inferior a do rio Madeira • Sazonalidade • Mínimas quase sempre iguais

S O N D J F M A M J J A S0

500

1000

1500

2000

2500

Hidrogramas do posto 66070004

Q(m

³/s)

65-66

73-74

81-82

89-90

97-98

04-05

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30/8/2012 14:42 Vazões Ambientais Christopher Souza 32

Rio Grande na Faz. Boqueirão (BA)

• Regularidade • Sazonalidade • Relação Max/Min

S O N D J F M A M J J A S0

100

200

300

400

500

600

700

800

Hidrogramas do posto 46902000

Q(m

³/s)

33-34

48-49

63-64

77-78

92-93

05-06

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30/8/2012 14:42 Vazões Ambientais Christopher Souza 33

Rio Juruena em Fontanilhas (MT)

• Regularidade • Sazonalidade • Relação Max/Min

S O N D J F M A M J J A S0

500

1000

1500

2000

Hidrogramas do posto 17093000

Q(m

³/s)

78-79

84-85

90-91

96-97

02-03

06-07

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30/8/2012 14:42 Vazões Ambientais Christopher Souza 34

Rio Jaguaribe em Iguatu (CE)

• Irregularidade • Sazonalidade • Intermitente

S O N D J F M A M J J A S0

500

1000

1500

2000

2500

Hidrogramas do posto 36160000

Q(m

³/s)

12-13

31-32

50-51

69-70

88-89

05-06

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30/8/2012 14:42 Vazões Ambientais Christopher Souza 35

Rio Uruguai em Uruguaiana (RS)

• Irregularidade • Pouca sazonalidade • Relação Max/Min

S O N D J F M A M J J A S0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

x 104 Hidrogramas do posto 77150000

Q(m

³/s)

42-43

55-56

68-69

81-82

94-95

05-06

Page 36: Walter Collischonn IPH UFRGS

Mauro Ribeiro (2006)

Importância ambiental do regime hidrológico

Page 37: Walter Collischonn IPH UFRGS

Importância ambiental do regime hidrológico

Page 38: Walter Collischonn IPH UFRGS

Importância das cheias

Muitos peixes passam pelas lagoas da planície durante uma ou mais fases da vida

Muitos peixes desovam no rio, mas os ovos eclodem na planície

Áreas inundadas são muito produtivas e ricas em nutrientes. A estratégia de sobrevivência de muitas espécies aquáticas inclui a exploração destas áreas.

Page 39: Walter Collischonn IPH UFRGS

Importância das cheias

Moldam o leito do rio, criando a diversidade de ambientes (bancos de areia, remansos, locais mais rasos e mais fundos, zonas de acumulação de detritos, etc.)

Page 40: Walter Collischonn IPH UFRGS

Importância das estiagens

Page 41: Walter Collischonn IPH UFRGS

Importância das estiagens

Velocidades mais baixas (importante para fase juvenil da vida de alguns peixes)

Concentram alimento para predadores

Criam situações extremas para as espécies invasoras e exóticas (“peneira”)

Page 42: Walter Collischonn IPH UFRGS

Importância da previsibilidade

Rios com cheias previsíveis (que ocorrem todos os anos, na mesma época) são mais produtivos.

Em rios tropicais com largas planícies inundáveis os peixes podem adquirir 75% do seu ganho de peso anual durante sua permanência na planície

Page 43: Walter Collischonn IPH UFRGS

Justificativa pela biologia evolutiva

As espécies que fazem parte de um ecossistema evoluíram ao longo de muitos anos para tirar proveito do meio ambiente, inclusive do regime hidrológico. Qualquer alteração no regime deverá ser prejudicial.

“A natureza não é apenas mais complexa do que nossa conhecimento permite avaliar, ela é mais complexa do que nosso conhecimento poderá permitir avaliar.”

Page 44: Walter Collischonn IPH UFRGS

Cheias favorecem certas espécies

Agostinho et al., 2004 Reviews in Fish Biology and Fisheries v. 14 pp.11-19.

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Alterações do regime hidrológico

Rio São Francisco

Rio Cuiabá

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Rio São Francisco

1977 Sobradinho

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Hidrograma São Francisco

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Hidrograma São Francisco antes da construção de Sobradinho

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Hidrograma São Francisco depois da construção de Sobradinho

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Conseqüências no rio São Francisco

Problemas de estabilidade da praia (falta de sedimentos como areia)

Diminuição da produção de plâncton (falta de sedimentos finos)

Diminuição de produção de peixes e da atividade pesqueira (diminuição da frequência das cheias e da conexão com lagos marginais)

Possivelmente redução no número de espécies (diversidade biológica)

Page 51: Walter Collischonn IPH UFRGS

Rio Cuiabá

Page 52: Walter Collischonn IPH UFRGS

Bacia do Alto Paraguai

800 metros

100 metros

Rio Cuiabá

Rio Paraguai

Page 53: Walter Collischonn IPH UFRGS

O Pantanal durante as

cheias

Page 54: Walter Collischonn IPH UFRGS

O Pantanal durante as

estiagens

Page 55: Walter Collischonn IPH UFRGS

Área: 427 Km²

Volume útil: 2.9b m³

Barragem do Manso

Operação iniciada entre 1999 e 2000

Page 56: Walter Collischonn IPH UFRGS

Simulação (muito simplificada) do efeito da barragem do Manso sobre o

hidrograma do rio Manso

Diminuição da vazão durante as cheias

Vazões mínimas mais altas

Alteração do tempo de ocorrência da primeira cheia do ano

Page 57: Walter Collischonn IPH UFRGS

Novas vazões de cheia podem

não ser suficientes para

inundar a planície

Simulação (muito simplificada) do efeito da barragem do Manso sobre o

hidrograma do rio Cuiabá

Vazões de

estiagem muito altas