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DO AR, DO FOGO, DA ÁGUA E DA TERRA MAG #04 dea dea + HI-LOWMANTIC HOT PARADISE FETICHISMO VISUAL HOMESTYLE ESMOLA FOTOGRÁFICA MODA NA MÚSICA NOSTALGIA FASHION E VICE-VERSA UM BARQUINHO A DESLIZAR NO MACIO AZUL DO MAR

WAZAP Mag #04

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Page 1: WAZAP Mag #04

DO AR, DO FOGO, DA ÁGUA E DA TERRA

MAG #04 deusadeusa

+HI-LOWMANTICHOT PARADISE

FETICHISMO VISUALHOMESTYLE

ESMOLA FOTOGRÁFICA

MODA NA MÚSICA

NOSTALGIA FASHION

E VICE-VERSA

UM BARQUINHO A DESLIZAR NO MACIO AZUL DO MAR

Page 2: WAZAP Mag #04

www.ralamoca.com.brBlumenau-SC

Page 3: WAZAP Mag #04
Page 4: WAZAP Mag #04

w w w . e s t u d i o b l a z e . c o m . b r

c r i a ç ã o • f o t o g r a f i a • e d i ç ã o

Page 5: WAZAP Mag #04
Page 6: WAZAP Mag #04

EDITORES

EDU BELTRAMINIFABI CENCI

EXECUTIVA DE CONTAS

ALINE [email protected]

DIRETOR DE FOTOGRAFIA

EDU [email protected]

DIRETORA DE CRIAÇÃO

FABI [email protected]

MARKETING

EVANDRO [email protected]

TRATAMENTO DE IMAGEM

GUILHERME CARLOS SCHÄFFER (BLAZÉ)TEFA BARBIERI

DISTRIBUIÇÃO

BALNEÁRIO CAMBORIÚBLUMENAUBRUSQUEGASPARFLORIANÓPOLISITAJAÍITAPEMAJARAGUÁ DO SULJOINVILLE

STYLING

FELIPE BROCKVELDFERNANDA ISENSEE NASARIOGUILHERME ALBINNORENATA LOPESTHAIS BAADER

ILUSTRAÇÃO

CAMILA SCHMITTFERNANDA WACHHOLZ RAEL BRIAN

BELEZA

JESSICA CIQUELA ALAN PIRES

MODELO

ANA NAZAROJESSICA BENDERJÔNATAS CASTRO

TEXTO

ANDREAS PETER ANDRESSA ALVESANTÔNIO MARASKICÁSSIA GUERRACLEITON PROFETAHENRIQUE UHLMANNJULIANA LEVANDOSKIMONICA POSSELNATÁLIA VICENTINIPAULO MENDESRENATA CECHINELSAMANTHA BERNARDOSUH RIEDIGERTAÍS MENDES LUCENAYASMIN CHIDEN

COLABORADORES WAZAP MAG #04

CAPAfoto EDU BELTRAMINIstyling GUILHERME ALBINNO E RENATA LOPESbeleza ALAN PIRESmodelo ANA NAZARO

+Todos os direitos reservados.Fica expressamente proibida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia do conteúdo editorial.Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não refletem a opinião da [email protected]+WEBSITEwww.wazapmag.com+ FACEBOOKwww.facebook.com/wazapmag+TWITTERwww.twitter.com/wazapmag+ENDEREÇODaniel Pfaffendorf, 85, sl 07, Blumenau, SC

REDAÇÃOMARIANA SPADACCI

Page 7: WAZAP Mag #04

EDITORIALDE UM LADO A INCÓGNITA, DO OUTRO A CERTEZA. DE UM LADO A CIÊNCIA, DO

OUTRO A RELIGIÃO. CHEGAMOS À ESTAÇÃO DO CÉU AZUL, DO CORPO MORENO,

DO SORRISO DESCANSADO E DA ESPERANÇA POR UM NOVO ANO DE PAZ.

O VERÃO NOS PERMITE PASSAR DOS LIMITES E VIVER MOMENTOS ATÍPICOS.

A ROUPA É FRESCA, E A BRISA TAMBÉM. A MODA PERMITE SER, SENTIR E AGIR

COM A LEVEZA DOS MATERIAIS QUE ENFATIZAM O NOSSO ESTILO. PROPOMOS

ALGO DIFERENTE NESTA EDIÇÃO: A LIBERDADE DE EXPRESSÃO DIANTE DESTE

QUE PROMETE SER O ÚLTIMO VERÃO DE TODOS OS TEMPOS. TROUXEMOS À

TONA A MÍSTICA BELEZA DA MULHER BRASILEIRA, REPRESENTADA POR DUAS

MODELOS QUE, AO MESMO TEMPO EM QUE APRESENTAM CARACTERÍSTICAS

FÍSICAS TOTALMENTE DISTINTAS, EQUIVALEM-SE NO JEITINHO BRASILEIRO

DE SER. EM ALGUMAS DAS PÁGINAS QUE SUCEDEM ESTA CARTA,

ENCONTRA-SE, TAMBÉM, UM PROTÓTIPO MASCULINO ALMEJADO POR

TANTAS MULHERES: “MORENO ALTO, BONITO E SENSUAL”. E JÁ QUE

ESTAMOS NA EDIÇÃO DE VERÃO, APROVEITAMOS PARA DESEJAR A TODOS

UM ÓTIMO ANO NOVO, CHEIO DE REALIZAÇÕES. E APROVEITAMOS PARA

AGRADECER ÀQUELES QUE ESTIVERAM CONOSCO NESTE ANO, QUE, APESAR

DE SER O NOSSO PRIMEIRO, FOI MUITO INTENSO. BOAS FESTAS E ATÉ BREVE!

EDU BELTRAMINI E FABI CENCI

TWITTER @cerbrindes: Com minha @wazapmag na mão! Parabéns! A festa foi ótima e a revista é um sucesso! ;)

@thiagoguenther: A @wazapmag está de parabéns. Dá primeira a última página a revista está demaais.EXCELENTE trabalho pessoal! TO ORGULHOSO

@giuliazi: @wazapmag cada vez melhoooooor (:

@GregoryMartins: Essa semana peguei a minha @wazapmag Um conteúdo lindo e um trabalho ótimo de toda equipe!

@julianodorow: @wazapmag bonitona a nova edição! :) Parabéns, gente.

@henriqueuhlmann: Um monte de dica boa de música na @wazapmag 03. O que eu não tenho já vou por pra baixar!

@williantavares_: @wazapmag Mandaram bem demais na nova cara do site / yeah

BLOGEnara TomioTd que é mto bom da água na boca né? Então é isso…a 03 esta deliciosaaa!!!! Bjkasss!

EMAIL Fernanda Mikoseit Adoro de paixão meus parabéns.

REPLY

Page 8: WAZAP Mag #04

COLABORADORES

Renata é produtora de moda, pupila

de Atena, eterna historiadora. Tem 22

anos mas já sonha com lindos cabelos

brancos, harpa ao pé da cama, chaves de

ouro e simbologias no corpo. Na Wazap,

Renata não discorre sobre tendências de

moda e comportamento, ela cria rede de

lembranças e atemporalidade.

Seu blog: www.prefirochampagne.com

Consultora e produtora de moda, Ju

é parceira da Wazap desde a edição

#2, onde foi responsável pelo editorial

“Fetishism”. Super fashionista, fala sobre

seus gostos e sua paixão por moda no

blog “A LIST” (julevandoski.blogspot.com)

e nesta edição ela fala sobre “TREND”.

Estudante de Publicidade e Propaganda,

designer gráfico e editor do blog

FashionBoyz.com. Entusiasta das redes

sociais e ávido por novos projetos e

desafios - não gosta de ficar parado e ver

o mundo parado -, palavras: coletividade e

empreendedorismo. É um dos responsáveis

pelo projeto Coletivo Prisma.

Consultor de moda e imagem, atua

em Florianópolis na própria loja que

leva seu nome e é especializada no

“evening wear”. Sempre curtiu moda e

seus diversificados segmentos.

Estudante de design, Henrique trabalha

com desenho de mobiliário sob

medida dando vida a ambientes sem

personalidade. Hiperativo e viciado

em café, passou a infância brincando

e criando com Lego para, mais tarde,

descobrir que tudo a sua volta -

arquitetura, fotografia e moda - pode

ser objeto de criação.

Extremamente louca por tudo que

se refere a maquiagem, aprendeu a

amar e a executar esta arte. Executa

com muito amor e dedicação todos os

trabalhos, esperando sempre aprender

muito mais da arte de embelezar as

pessoas!

Sob os dizeres de seus pais “vive

criando moda”, idealizou e colocou

no ar o portal WeFashionYou.com

e, paralelo a isso, é redatora da

empresa Fresta, com publicações para

Imaginarium, Lez a Lez, RVB Malhas.

Inclina-se drasticamente à coolhunter,

stylist, poeta & empresária. E, no fim,

tudo se encaixa.

Formanda em Foreign Trade alucinada

pelo surrealismo, inventa desenhos do

universo dos sonhos, com seres oníricos

e lúdicos. Te convida a se perder nessa

dimensão.

Filho de um Eslovaco, mas prefere o samba.

Filho de uma carioca, mas prefere a neve.

Das recordações de infância, playmobil e

monareta. Skate na veia, arte no coração,

amigos pelo mundo e com algumas

histórias para contar. Decora seu espaço

com móveis pés palito, cartazes de cinema

e fotos de lugares por onde caminhou.

Publicitário de formação, documentarista

por opção e contestador por natureza.

Profissional de Educação Física

encantada com as várias facetas

humanas, por isso, sempre atuou com

pessoas de distintas faixas etárias e

nas mais diversas possibilidades de sua

profissão.

É pós-graduanda em Design de

Interação e bacharel em Design Gráfico.

Criadora do projeto MODAnaMÚSICA e

blog homônimo, que hoje é parceiro

da MTV e Swatch na plataforma

MTVPlayground.

www.modanamusica.com

Trazendo heranças do punk rock e do

skateboard, RaelBrian utiliza a colagem

como suporte, utilizando de uma

forma suja os mais diversos materiais

encontrados na rua e em velhos sebos.

Com foco no retrato suas obras são uma

desconstrução/construção de rostos na

qual transparecem uma visão critica e

sarcástica sobre a sociedade.

RENATA CECHINEL

JULIANA LEVANDOSKI

PAULO MENDES

ANTÔNIO MARASKI

HENRIQUE UHLMANN

JESSICA CIQUELA

CÁSSIA GUERRA

CAMILA SCHMITT

ANDREAS PETER

ANDRESSA ALVES

MONICA POSSEL

RAEL BRIAN

Page 9: WAZAP Mag #04

Completamente apaixonada por livros e

questionadora compulsiva. Se o mundo

não apresenta soluções, ela busca - com

um sorriso no rosto - as próprias. Não

satisfeita em se tornar uma Jornalista

na metade de 2012, pratica no curso de

Direito o lado racional do ser humano pra

acalmar suas indagações passionais.

É diretor e compositor do Circus

Musicalis. Compôs várias trilhas para

dança, teatro e cinema. Possui uma loja

de instrumentos musicais e passa o dia

envolvido com o que mais ama: música.

Foram os responsáveis pelo styling

do editorial de capa desta edição. Um

cenário paradisíaco, com uma equipe

tão profissional, não poderia ter tido

outro resultado. Renata e Guilherme

são sucintos ao afirmarem que as suas

maiores inspirações encontram-se

na música, na arte, na história e

principalmente, no mundo da moda.

Trabalha com moda há 10 anos,

formada no ramo pela Universidade

Regional de Blumenau, hoje ela

enquadra o time do Programa Evidência

com seu quadro sobre o tema, é

blogueira do Diário do Salto Alto,

fashionista, consultora de imagem e

ainda modelo nas horas vagas!

Passou a infância brincando com a antiga

câmera fotográfica de seu bisavô, mas nunca

imaginou que isso um dia seria seu trabalho

e sua paixão. Formado em Publicidade e

Propaganda, iniciou sua carreria como editor

fotográfico a cerca de 5 anos e atualmente é

certificado em Design Specialist pela Adobe.

Há um ano é sócio do Estúdio Blazé.

O designer e a hairstylist, Felipe

Brockveld e Fernanda Isensee Nasario,

respectivamente, vividos em terra

blumenauense, integram-se num duo

de produção e styling e reverberam suas

dores e amores na moda. Aspirantes a

paquitas, vivem na turbulência do mundo

da arte, moda e música.

Designer formada, editora de imagens,

apaixonada pelo universo da fotografia,

design e arte. Quer conhecer o mundo

e suas facetas, apenas com uma

mochila nas costas.

www.tefabarbieri.tumblr.com

Professora e estudante de Letras que

não cria caso ao se deparar com erros

ortográficos. Bem humorada e com

poucas ambições, ultimamente tem

encontrado a felicidade em pão de mel

e em conversas despretensiosas.

Sempre leu muito e escreveu pouco, e

agora já se sente a vontade para dividir

suas verdades particulares.

É estudante de jornalismo da PUCRS

e produtora do telejornal Band Cidade,

do Grupo Bandeirantes de Comunicação,

em Porto Alegre. Amante de artes

plásticas e skate, tenta sempre vincular

as duas referencias nas suas atividades,

explorando ao máximo a maneira de

transmitir o que lhe é vivido.

É Fashion beauty artist. Assina

campanhas para Colcci, Coca-Cola,

Havan e outras. Trabalha tambem em

eventos de moda por todo Brasil como

o SPFW. Adora liberdade para criar e é

apaixonado por beleza.

Autêntica e com personalidade forte, a

designer de moda acredita que moda é

uma maneira subjetiva de se expressar.

Admiradora de cinema, música, literatura

e arte em geral. Adora estar nas baladas,

observar comportamentos, viajar para

lugares que a inspire e que possa conhecer

pessoas. Formada em estilismo pelo Senai,

está concluindo o curso de moda da FURB.

Publicitária, redatora da agência Escala,

Metra de Blumenau.

Apaixonada por moda, segue as

tendências a risca. Adora pesquisa e

criação. Em seu blog htolook.blogspot.

com posta novidades relacionadas a

moda. participante do SCMC(Santa

Catarina Moda Contemporânea) diz

que foi uma experiência maravilhosa

para sua carreira.Atualmente estuda e

trabalha com moda.

NATÁLIA VICENTINI

CLEITON PROFETA

GUILHERME ALBINNO E RENATA LOPES

SUH RIEDIGER

FELIPE BROCKVELDE FERNANDA ISENSEE NASARIO

TEFA BARBIERI

SAMANTHA BERNARDO

YASMIN CHIDEN

ALAN PIRES

FERNANDA WACHHOLZ

GUILHERME CARLOS SCHÄFFER

TAÍS MENDES LUCENA

THAIS BAADER

Page 10: WAZAP Mag #04

12 CONCEPT

13 BEAUTY

14 MODA NA MÚSICA E VICE-VERSA

16 MODA PARA AS CLASSES ABCDÁRIO

18 UM BARQUINHO A DESLIZAR NO MACIO AZUL DO MAR

21 ILUSTRAÇÃO | CAMILA SCHMITT

22 FAZENDO MODA

24 EDITORIAL | HI~LOWMANTIC

32 JANELA INDISCRETA DA MODA:

EXIBICIONISMOS & VOYEURISMOS FASHION

34 ILUSTRAÇÃO | FERNANDA WACHHOLZ

36 EDITORIAL | DEUSA

48 MIX AND MATCH, BABY

49 TREND

50 FAST AND FURIOUS AND FASHION

52 EDITORIAL | HOT PARADISE

62 ESMOLA FOTOGRÁFICA

63 RELEITURAS QUE IMORTALIZAM

64 FETICHISMO VISUAL

66 HOMESTYLE

68 WE LIKE!

70 CACHÊ MAIOR PARA O PÚBLICO

72 MAIS DO MESMO

73 ILUSTRAÇÃO | RAEL BRIAN

74 UM DIA O MUNDO ACABA

75 ILUSTRAÇÃO | RAEL BRIAN

76 LER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ

78 PROJETO VERÃO PRA VIDA TODA

79 APOCALIPSE NOSSO DE CADA DIA

80 BONS DRINKS

82 MAKING OF

24 36

52

ÍNDICE

Page 11: WAZAP Mag #04

68 WE LIKE!

70 CACHÊ MAIOR PARA O PÚBLICO

72 MAIS DO MESMO

73 ILUSTRAÇÃO | RAEL BRIAN

74 UM DIA O MUNDO ACABA

75 ILUSTRAÇÃO | RAEL BRIAN

76 LER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ

78 PROJETO VERÃO PRA VIDA TODA

79 APOCALIPSE NOSSO DE CADA DIA

80 BONS DRINKS

82 MAKING OF

wazapmag.comWAZAP Mag @wazapmag

EVOLUÇÃO CONSTANTE: atualizamos o layout do blog da WAZAP Mag para que a leitura fique cada vez mais dinâmica e de qualidade. Essa é a primeira de muitas mudanças que estamos planejando para o próximo ano.

Mostramos o trabalho de Clovis Truppel - um ativista da arte, ou artvista - como ele mesmo se chama. Sua linguagem é figurativa e algumas de suas obras são chamadas de geografia fracto-facial, imagens desconstruídas, que em sua essência ainda contém na imagética os traços que identificam sua origem, ou seja, o rosto da pessoa retratada. Vale a pena conferir na íntegra o seu trabalho.

As fotos de Rick Genest, clicadas por Zee  Nunes e com styling de Daniel  Ueda, para a revista Mag!, fizeram o maior sucesso em nosso site.

O Site Acesso Social juntamente com o fotógrafo Márcio Napoli e o maquiador Pietro Fernandes promovem a segunda edição do Concurso de Beleza CATHARINA MODEL. Após o sucesso na primeira edição e a revelação da modelo Joice Tambosi, vencedora do concurso, buscamos mais uma vez a modelo ideal para viajar a Argentina com toda nossa equipe para fotografar um ensaio de alta qualidade.

A ganhadora do concurso também será fotografada por nós da WAZAP em um editorial exclusivo. As inscrições iniciam dia 20 de dezembro a 20 de janeiro pelo site www.acessosocial.com.br. Participe!

ASSISTA AOS VÍDEOS DOS EDITORIAIS DA WAZAP MAG #04. Acesso o Qr-code ao lado e surpreenda-se com o que preparamos pra você.

Page 12: WAZAP Mag #04

Personalidade e atitude são características da mulher Dudalina,que buscou inspiração em Saint-Tropez para este verão.

Sob o olhar da estilista Carolina Schramm, a Wezen, marca blumenauense de moda feminina, levou a modelo Jéssica Alana para o litoral catarinense e capturou cenas lindas, como esta.

Tico Sahyoun, diretor criativo da Mandi & Co, levou os modelos Fabiana Semprebom, Amanda Brandão, Martin Mica e Mihaley para um cenário perfeito: Trancoso, na Bahia. A grife explorou com maestria os rios, mangues, falésias e tribos indígenas do local.

O verão de Jorge Bischoff, grife de sapatos, bolsas e acessórios que traz em sua essência a influência natural, o romance dos anos 40 e a ousadia dos anos 70.

A coleção de verão da Damyller, inspirada nos anos 70 e fotografada em Bodie, na Califórnia, traz muitos vestidos e saias longas, além de pantalonas que surgem com o jeans clarinho, na versão Ligth Denim e oferece caimento perfeito para estas peças.

CONCEPT

Larissa Schmidt, fotografada por Edu Beltramini no centro histórico de Laguna, estampou a campanha Resort 2012 da blumenauense Nakisska, que veste mulheres elegantes no Brasil inteiro.

Fotos divulgação

12 | WAZAP

MODA

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BEAUTYPREPARE-SE PARA A ESTAÇÃO EM QUE AS PESSOAS MAIS NOS OBSERVAM. APOSTE NAS CORES, APAREÇA!

Pó Translucent Pressed Power, da linha de maquiagem Shiseido

Linha de esmaltes Dior Vernis, com

uma incrível riqueza de tons

Nova linha de batons da Yves Saint Laurent: Volipté Sheer Candy

Kit de mini pincéis Les Minis de Chanel, são 6 pincéis para rosto, olhos e lábios, dentro de uma bolsinha exclusiva.

Linha Nativa SPA do Boticário reformulada. Novos Desodorantes de Colônia com composiçõesexclusivas.

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MODA

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MODA NA MÚSICA E VICE-VERSAPOR MONICA POSSEL

14 | WAZAP

MODA

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O que é moda na música? Durante algum tempo, com pesquisas, conversas e amizades, procurei descobrir como a moda estava inserida na música, e vice-versa. Olhando meus amigos, pessoas diferentes nas ruas, movimentos, cenas e shows descobri que um não vive sem o outro. Foi aí, então, que conheci alguns termos, os quais fizeram grande diferença para minhas pesquisas, estudos e paixões. Tribos urbanas, um termo cunhado pelo sociólogo francês Michel Maffesoli em 1988, o qual diz respeito aos grupos originados nas grandes metrópoles, tais como: punks, góticos, headbangers, rappers, hippies entre muitos outros. A partir daí, conhecendo seus significados, pude perceber o quanto a moda é importante neste meio.

A moda ou a vestimenta reflete aquilo que você é, e na maioria dos casos acontece inconscientemente. Ou seja, a moda é um meio para uma mensagem, que esta pode ser verdadeira ou não. Você já se pegou olhando alguém que estava com um modelito extremamente extravagante na rua e pensou: “essa aí só pode ser uma...”? Ou passou por perto de uma pessoa de chinelos, roupas rasgadas e cabelo desajeitado e pensou: “esse com certeza é um...”? Você não precisa se sentir mal por, em algum momento, ter pensado assim, o importante é ressaltar que a moda nos remete a uma informação. Mas como disse, essa informação pode não ser verdadeira. Maffesoli explica que as pessoas se vestem para demonstrar aquilo que são ou não, e até o que pretendem ser. Dessa forma, querendo conquistar algum tipo de espaço, um grupo ou um meio. Por isso a moda está totalmente ligada às tribos urbanas. Para se caracterizarem como diferentes da sociedade e do meio que vivem, usam e abusam da vestimenta e criam novos personagens, estes que são seguidos pelos seus admiradores, assim formando um novo grupo. Um exemplo é Harajuku, uma rua famosa de Tóquio, no Japão, conhecida por reunir várias tribos urbanas, como Gothic Lolita, Visual Kei, entre outras. Outra tribo que é fortemente caracterizada pela sua vestimenta é a dos góticos. Vestidos e sobretudos pretos, coturnos, crucifixos, entre outros símbolos, são acessórios básicos dessa tribo urbana.

A moda das passarelas, tendências e afins pode ser encontrada nas tribos urbanas, fortes inspirações para as coleções. No último Fashion Rio Verão 2012, pudemos constatar a grife Auslander, do estilista e diretor criativo Ricardo Bräutigam, surgir com uma coleção totalmente inspirada na tribo da Geração Y (Digital Youth, Millennials ou Globalists), esta que ouso chamar de tribo, pois traz pra si informações de diversas outras tribos. Outro ponto interessante do desfile foi a trilha sonora, que trouxe elementos das mais variadas tribos musicais, com um set list que continha R.E.M, Franz Ferdinard, Roxette, Dio, Beatles e Guns N’Roses, resumindo, assim, o conceito da tribo Geração Y.

E na música? Como os artistas musicais e bandas se inspiram para compor seus figurinos? Nestes últimos meses pude acompanhar de perto - devido a uma parceria entre o blog MODAnaMÚSICA e o MTVPlayground - uma plataforma crossmedia que a Swatch e a MTV britânica criaram para proporcionar a interação entre moda e música. Conversando com estilistas de várias celebridades musicais, como Lady Gaga, Katy Perry, entre outros, percebi que mesmo as tops buscam nos movimentos e nas cenas undergound estilo para seus figurinos. Alex Noble é o estilista que criou a jaqueta de couro usada por Gaga no seu último clipe, Judas. Ele não é nada convencional, até porque para criar uma peça para Gaga deveria, ao menos, ter um pezinho na loucura (e isso não é uma crítica!). Ele era um artista novato quando Gaga o chamou para criar para ela, foi assim que Noble conseguiu seu espaço no mundo da moda londrino, indo desfilar na maior semana de moda, a London Fashion Week. Assim como outros estilistas, suas referências para compor estilos de bandas e artistas são as ruas, onde as tribos estão criando e inovando.

Dá para perceber também que hoje não existe mais uma top model com característica forte para se tornar ícone de inspiração para as pessoas, mas sim, podemos afirmar que a grande influência na moda de hoje é o meio musical, que moda e música são parceiras e estão irreversivelmente ligadas. Lembra de Amy Winehouse? Qual foi a menina que não apareceu nas ruas com aquele topete típico?

Foto

s di

vulg

ação

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MODA

Page 16: WAZAP Mag #04

MODA PARA AS CLASSES ABCDÁRIOPOR ANTÔNIO MARASKI

Que as semanas de moda mundo afora lançam as tendências mundiais todo mundo sabe, certo? E que para adquirir aquela peça-desejo, o must-have da temporada e sair dando rasante pelas ruas, fica um pouco difícil se você não for Anna Wintour. Mas a nossa realidade e condição de consumo das principais e melhores labels estão começando a mudar. Isso porque estão se tornando cada vez mais comuns as grandes parcerias entre maisons e redes de fast-fashion, os grandes magazines onde costumamos “garimpar” peças a cada temporada para elaborar looks hiper atuais.

O boom principal destas parcerias foi quando a maison francesa Lanvin não só ocupou as araras da loja de departamentos americana H&M, como virou notícia em 98% da blogosfera especializada em moda. Esta foi apenas uma deixa para outras parcerias surgirem, pois, logo depois, vimos a marca que consagrou o zigue-zage, Missoni, se juntar à Target, conhecida pelos seus low prices. Nem precisamos dizer que foi sucesso absoluto, né? Os mais de 400 itens oriundos desta relação fashion - que variaram de nécessaires a bicicletas - ganharam até uma pop-up store para abrigar toda a coleção.

Outro momento importantíssimo, que celebrou com um lado, digamos, paternal essa história de mixar o luxo com o popular, foi quando o Kaiser - guru e uma espécie de pai da moda, Karl Lagerfeld, que está a frente da eterna Chanel - resolveu desenvolver peças para a Macy´s. Esta foi sua segunda experiência com fast-fashion, pois em 2004, Karl já havia

criado junto à H&M uma coleção quando ainda nem se falava muito em parcerias do gênero (daí o título de guru). Por estes trópicos já consumimos Oscar Metsavath (Osklen), Cris Barros, Pedro Lourenço, Maria Bonita Extra e até Stella McCartney por um preço bem mais acessível do que suas principais coleções desfiladas no calendário de moda.

Em novembro, uma parceria de peso, que também promete ficar para a história da moda, será lançada lá fora. Novamente pela H&M (a que mais pega pesado no quesito parcerias), a aposta da vez é a Versace - coordenada pela platinada Donatella. Juntas celebram o sucesso do casamento fast-fashion+maison mais aguardado por fashionistas do mundo todo, que, por uma pechincha, terão acessos às peças com o DNA da marca.

Quem vive em meio à moda, ou ao menos transita pelo conteúdo digital do gênero, tem observado a frequência destas parcerias. O que nos leva a pensar que as grifes, diante da crise econômica, estariam querendo se popularizar – ainda de forma elitizada - ou dar acesso aos consumidores que não têm a possibilidade de carregar suas sacolas com freqüência. Estranhezas à parte e a princípio de tudo, isso se denomina globalização da moda, ou ainda high-fashion, em um período em que a moda e seus principais meios se veem em grande evidência no mundo. Grifes que já vem atuando no mercado há séculos e precisam se manter no temido mercado atual, de uma maneira ou outra, se sentem ameaçadas e buscam outros meios de se posicionar neste segmento que inspira e exala luxo.

Foto

s di

vulg

ação

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MODA

Page 17: WAZAP Mag #04

Popularizar a marca não é o intuito destas parcerias de sucesso, mas sim a repercussão que gera este tipo de união - parcial de bens - em se tratando de lucros ($). O mais legal, além de manter a essência da marca, é que os estilistas ou grifes que assumem a responsabilidade de fazer parcerias prezam pelo critério de qualidade. Tá certo que existem adaptações que reduzem boa parte do custo-benefício da elaboração das peças, mas não podemos ter o mesmo senso crítico que temos ao adquirir suas peças independentes. Tanto que a coleção H&M+Lanvin, resultou no maior índice de devoluções dos últimos tempos, graças ao acabamento atribuído às roupas. Pequenos detalhes à parte, sabemos que em uma série limitada e inusitada destas, não estamos adquirindo uma peça para a vida inteira – o que logo associamos quando usamos o termo grife -, mas sim uma peça de fashionista-colecionador, aquela que lhe permitiria apenas babar em frente á vitrine da respectiva maison se tivesse cifrões – e qualidade- a mais para montar looks incríveis usando seu estilista idolatrado.

A moda foi lançada, o sucesso está garantido e, para o final deste ano, podemos aguardar nomes como André Lima, Juliana Jabour, Martha Medeiros, Huis Clos e Maria Garcia se unindo à Riachuelo, rede varejista nacional de moda acessível, para celebrarem o final do ano juntos e em grande estilo - seu closet agradece! Pode soltar a Becky Bloom que existe em você, afie o cartão de crédito, leve a quentinha pra enfrentar a fila e garanta um verão (que corre à boca pequena ser o último dos tempos – OMG!) com peças incríveis por aquele precinho camarada. Montagem completamente high-low é a proposta para um verão único e exagerado, se fôssemos levar teorias científicas e metódicas ao pé da letra. Anna Dello Russo é a figura inspiradora da temporada, até porque ela já garantiu e desfilou seu modelito Versace+H&M antes de todos nós, mortais; porém, com a ousadia que só a it-editora consegue reproduzir com garbo e elegância. The last Summer is high fashion, bebê!

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MODA

Page 18: WAZAP Mag #04

UM BARQUINHO A DESLIZAR NO MACIO AZUL DO MARRELEMBRE CONOSCO OS MOMENTOS MAIS MARCANTES DE VERÕES PASSADOS POR RENATA CECHINEL

Antes mesmo de o homem pisar na lua, em 1969, o cinema já nos revelava uma visão do futuro através de obras como “Metropolis” e “2001 - Uma Odisseia no Espaço”. Porém, já no século XXI, percebemos que Fritz Lang e Stanley Kubrick não estavam tão certos quanto ao nosso estilo de vida atual, considerando que ainda não fomos controlados pelos “computadores-robôs”.

Ao que tudo indica, antes de termos a oportunidade de desfilar por aí com um modelo tecnológico à la Hussein Chalayan, veremos o fim do mundo acontecer ano que vem, em pleno mês de verão! Não sei quanto a vocês, mas neste dia pretendo estar em uma praia exótica, bebendo Margaritas e escutando muito Chá-chá-chá! Brincadeiras à parte, se esta for realmente a última temporada de sol, mar e pouco pano, pretendo fazer dela a melhor.

Chega de seguir tendências fracas. Está na hora de valorizar o que é atemporal e dar mais importância à nostalgia. Talvez não seja desta vez que curtiremos aventuras espaciais usando maiô sexy metalizado estilo Barbarella, ou vestindo as estruturas geométricas da próxima coleção de verão do Pedro Lourenço (ou será da Glória Coelho, ou Reinaldo Lourenço?), mas quem sabe seja tempo de relembrar a infância, olhar para um passado certo e não para um futuro vago. Pegue suas antigas fotos, aquelas de quando a mamãe usava permanente, Reebok branco de botinha era luxo e vinha com cheirinho de chiclete, ficar bronzeado sem pegar sol era simples, fazer cover das Spice Girls ou dos Backstreet Boys era atestado de popularidade no colégio, e assistir Blossom depois do almoço era a sobremesa favorita. Vamos criar um verão totalmente retrofit com o melhor das nossas lembranças.

Na época em que você ainda usava conjuntinho e o seu cachorro levava o nome de alguma celebridade teen da Nickelodeon, aposto que seu pai vestia camisa floral havaiana e sua mãe tinha Lady Di como inspiração. Seu irmão, primo ou vizinho era praticamente um componente da banda Nirvana e as meninas mais velhas usavam barriga de fora e saia college tipo Alicia Silverstone. Naqueles tempos você nem sabia o que era color blocking, mas já usava melissinha com meia (ambas coloridas). Dezembro era o mês mais esperado, porém, antes mesmo das férias acabarem você já estava em euforia

pensando no início das aulas - ou pelo menos na compra do novo material escolar. Durante o verão, queria fazer o maior castelo de areia do mundo, construir uma casa na árvore e nunca ser achado no pique-esconde. Provavelmente seu pai cismava em gravar seus melhores momentos, inclusive você usando roupa de banho trash, colocando o baldinho sujo na boca e correndo pelado na praia. São ótimas lembranças para se recordar da época em que você nem entendia as músicas do É o Tchan e adorava descer na boquinha da garrafa.

Para falar a verdade ainda está cedo para considerarmos nossa infância glamourosa, precisamos de mais tempo para vê-la com olhos de quem aprecia a arte dos anos 20 ou a música dos anos 60. Se os anos 80 voltaram com certa força, os 90 estão engatinhando, tentando adquirir status de nova tendência cult. Recente ou não, antes de grandes explosões e meteoros caírem na Terra, gostaria de recordar momentos e sentimentos vividos, especialmente na época da ingenuidade de verão. Imagens, aromas, sabores... Língua roxa do picolé de carrinho, cheiro de massinha da Estrela, coleção de conchinhas, Rifocina e Merthiolate no machucado, Donkey Kong no Super Nintendo, gosto de biscoitinhos Turma da Mônica, assistir O Mundo de Beakman, pirulito chupeta, camisão com shortinho de lycra, Kinder Ovo por 50 centavos, dedo babado de Push Pop, rabo de cavalo de lado... Era tudo muito simples, sem bares, bebedeiras e paixões.

O desafio para este verão é fácil: Antes de sair por aí fazendo bundalelê, relembre junto com a Wazap seus momentos gostosos na praia, comédias levinhas e looks indiscretos que sua mãe vestia em você (e só ela achava bonito!). Viva mais uma vez estas lembranças e pense no quanto valeu a pena estar aqui!

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Nossa colaboradora Andressa Alves em dois momentos: primeiro (na página ao lado) em 1986, e nesta segunda foto com a irmã, em 1987, ambas tiradas em Navegantes/SC.

Nosso leitor Diego Batista de Blumenau enviou uma foto com seus pais que, coincidentemente, fazem 25 anos de casados em dezembro de 2011. A foto da família é de 1993.

Nossa executiva de contas, Aline Boni e sua irmã, Andréia Boni Hostin, em Penha, no verão de 96.

Suh Riediger nos enviou essa foto de quando ela tinha 5 anos de idade e usava óculos de sol com lente espelhada. Foco para o maiô listrado e o milho, super característico.

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Nossa colaboradora Natália Vicentini exibindo seu sorriso e seu maiô color blocking.

O stylist do editorial de capa da edição #03 da WAZAP, Rafael Althoff, mandou uma foto sua, de seus irmãos e seu pai, num momento “estamos fazendo nosso super castelo de areia”.

O inesquecível verão de 2000, da família Alves e Bastos.

A modelo ruiva do editorial Hi-lowmantic desta edição, eviou sua foto de um verão não muito distante. Na foto, Jessica Bender aparece ao lado de seu primo. Observem que ela fez uma pose e fixou seu olhar num determinado ponto pra fazer carão. Top desde pequena!

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ilustração POR CAMILA SCHMITT | www.wix.com/cahh_schmitt/cadrawme

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FAZENDO MODASUH RIEDIGER LANÇA UM DESAFIO PARA AS LEITORAS DA WAZAP: REINVENTE A SAIA LONGA.

A moda é assim: lança uma tendência e todos usam até cansar, depois disso a tendência vai sendo trabalhada e novas propostas são criadas. Assim foi com a saia longa. Hit absoluto da estação, ela continua em cena e repaginada: estampada, com babados e agora com renda, formando uma transparência nada vulgar e extremamente estilosa.

Passo 1: Coloque a renda na sua frente para medir a altura e a largura. Depois é só cortar.

Passo 3: Para que a saia não fique justa é preciso formar pequenas pregas. É só dobrar o tecido e costurar.

Passo 5: Para dar um toque mais bonito, reproduza os desenhos na barra da renda cortando-os ao redor.

Passo 4: Depois de fazer isso ao redor do cós inteiro da saia, é hora de unir a lateral; se a sua renda for mais fechada, como a minha, basta costurar, mas se ela for mais vazada, dá para usar cola para tecido.

Passo 2: Agora, no cós da saia vamos começar a costurar a renda. Dê pontos pequenos por dentro.

FAÇA VOCÊ

MESMA!

MATERIAIS:* Saia curta

(de preferência alguma que você já tenha);* 1 metro de renda;

* Linha;* Agulha;* Tesoura.

PRONTO!Agora você tem

a saia da página ao lado, fácil e rápido de fazer.

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DICAVocê pode usar a saia com

uma t-shirt, como a Suh vestiu na foto acima, mas

pode também usar à noite, compondo um look

mais festa.

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Hi-lowmantic

fotografia Edu Beltramini e Fabi Cenci tratamento de imagem Tefa Barbieri

styling Felipe Brockveld e Fernanda Isensee beleza Jessica Ciquela

modelo Jessica Bender (Nova Estrela)

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Página anterior Blusa Gripa Saia Calvin KleinSapato Le Lis Blanc Brinco e Pulseira Taggas

Pantalona Grippa Blusa Le Lis Blanc Sapato Calvin Klein Brinco e Cinto Calvin Klein

Página ao lado Blusa Billbao Saia Gripa Toca Acervo

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Vestido Le Lis Blanc Brinco Taggas

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Chapéu Gabriela Lenzi Maiô Morena BakanaXale Le Lis Blanc Brinco e Pulseira Taggas

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Agradecimento Quintal Imóveis

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Para a geração y, tão acostumada a pensar à frente, pode parecer chato um tema que, por obrigatoriedade, se inicia em séculos, milênios, antes da sociedade de moda se firmar. Porém, quando a conversa ruma à noções e desejos do império do efêmero, como o conhecemos hoje, o interesse surge.

Parece banal falar que a primeira função que o homem enxergou na roupa era a de proteção do corpo. Também parece óbvio o fato de que se migrou para a ideia de cobrir-se pelo pudor. Só que não tão explícito assim está a relação entre

a nossa noção atual de roupa e essas acima citadas. Antes as peças protegiam o corpo, o escondiam; hoje a moda trata de traduzi-lo escancarando pele e ossos: é fato que queremos ver e ser vistos.

O indivíduo moda interpreta papel de voyeur e exibicionista, tudo junto e misturado. É o mix and match do comportamento humano, pode-se assim dizer. Dessa noção, a moda tomou o erotismo para si e cada vez mais o nu se vê presente em passarelas, editoriais e fashion videos. É o corpo gritando ser o

POR CÁSSIA GUERRA

JANELA INDISCRETA DA MODA: EXIBICIONISMOS & VOYEURISMOS FASHION

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motivo de todo esse ensaio de vaidades. Dito isso, vale a pena

citar o trabalho clicado pela fotógrafa norte-americana Nicole

Anne Robins, para o blog Ben Trovato (http://bentrovatoblog.

com). The Virgins é uma janela - indiscreta, como diria Hitchcock

- onde modelos exibem-se, são observados e observam.

Sexualidade à flor da pele. Peitos aparentes em tecidos

transparentes e colantes, pernas idem; corpos contorcendo-se em

excitação. É a pura expressão do desejo que temos ao consumir

moda, e, talvez, um retrato de nós mesmos como espectadores

e exibicionistas. O trabalho de Nicole é um exemplo atual do

“nu voyeur e exibicionista” da moda, assim como os cliques de

Henrik Purienne e Nirrimi Hakanson. O primeiro, cuja temática

quase sempre gira em torno de uma “pagação” de peitinho; e

a segunda, cuja fotografia ilustra corpos em destaque, sempre.

De uma leva mais antiga de artistas que mudaram as noções de

corpo de moda, podemos citar Nan Goldin, a qual tem como forte

característica de sua autoria exatamente o assunto em questão:

corpos. E quer saber o que é mais interessante entre todos esses

nomes por trás das câmeras? Você os sente como voyeur das próprias situações criadas por eles, além de o simples ato de divulgação dos trabalhos ser exibicionismo. É ou não é?

“WHEN THEY WILL STOP STARING?PLEASE DO NOT STOP”

“QUANDO ELES VÃO PARAR DE FICAR OLHANDO?POR FAVOR, NÃO PAREM”

O fato é que queremos os olhos voltados para nossa direção, mas isso – confessemos - dá medo, mas também é fascinante. E a gente se questiona pedindo que não pare, e continuamos a nos enfeitar em espelhos. Incrível o comportamento humano e as conclusões tiradas de voyeurismos fashion, não?

Fotos divulgação

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ilustração POR FERNANDA WACHHOLZ

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fotografia Edu Beltramini e Fabi Cenci tratamento de imagem Guilherme Schäffer styling Guilherme Albinno e Renata Lopes

beleza Alan Pires modelo Ana Nazaro

DO AR, DO FOGO, DA ÁGUA E DA TERRA

deusadeusa

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Página anterior Camisa Miss Valentina para Villa Chic Glamour Hot pants Santa Flor para Villa Chic Glamour Sandália Schutz para Marta Maria Colares Pedra e Prata

Vestido Al Mare

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Vestido Al Mare Sandália Schutz para Marta Maria

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Saia Iorane para Villa Chic GlamourBiquini Cassia Mallmann Colares Pedra e Prata

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Vestido Iorane para Villa Chic Glamour Cinto Villa Chic Glamour Colar e anel Pedra e Prata

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Saída de Praia Luciano NavarroBiquini Cassia Mallmann Anel Pedra e Prata

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Vestido Marta Maria Colar e anéis Pedra e Prata

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Vestido Nakisska Anel Pedra e Prata

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Camisa Tourneé Cinto Villa Chic Glamour Colar Pedra e Prata

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Levanta a mão aí quem já ouviu falar que o mundo acabará em 2012. Tá, isso pode ser sim uma baboseira, afinal de contas não é a primeira vez que passamos por especulações como essa. Várias datas já nos foram dadas, mas ainda estamos aqui (ufa!). E se desta vez não for uma especulação? E se esse for realmente o nosso último verão? Como esta é uma coluna de moda (lê-se fashionista), pense bem: o que faríamos com todos os prints, todas as cores e todas as texturas que temos no nosso armário? A resposta é clara: Mix and match, baby!

Mix and Match nada mais é do que mesclar e combinar (sim, combinar!) peças de diferentes tendências num mesmo look. Atualmente, Marguerita Missoni tem dado aula sobre o

assunto, mesclando os inconfundíveis zigue-zagues da sua família com tudo o que está em voga.

Outra que faz isso com maestria é a linda Blair, do blog Atlantic Pacific. Elas fazem tudo parecer tão harmônico. Mas não tem segredo, bom senso é a chave de tudo e, é claro, personalidade para segurar a produção. E pense bem: ninguém quer acabar seus dias como mero desconhecido, então não passe despercebido daqui pra frente, pois cada ocasião pode ser a última para arrasar.

MIX AND MATCH, BABY

POR JUH LEVANDOSKI

Marguerita Missoni (abaixo) mostrando que sabe tudo de Mix and match.

MIX AND MATCH NADA MAIS É DO QUE MESCLAR E COMBINAR (SIM, COMBINAR!) PEÇAS DE DIFERENTES TENDÊNCIAS

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TRENDMODA MASCULINA MAIS DEMOCRÁTICA E MENOS TRADICIONAL. CONCEITO, SOFISTICAÇÃO E CASUALIDADE

Camiseta masculina Ps Be Case, disponível para compra no recém lançado e-commerce da marca: www.psbecase.mercadoshops.com.br

O jeans apresenta-se em calças e camisas com lavagens com aspecto rústico, desgastado, detonados com puídos e rasgos nas articulações. É uma peça coringa no guarda roupa masculino, aparece em tons diferenciados, com textura, silhuetas e cortes inovadores.

As camisetas e regatas tradicionais vêm renovadas, confeccionadas em malha e bem soltas. As calças coloridas continuam com seu espaço, mas, um pouco mais curtas e com as barras dobradas.

As estampas novas e diferentes ganharam espaço, como as geométricas e os desenhos estilizados.

A cartela de cores também está bem ousada, além das cores tradicionais como preto, cinza, grafite.

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FAST AND FURIOUS AND FASHION

,A MODA ESTÁ ACESSÍVEL A UM MAIOR NUMERO DE CONSUMIDORES, AS INFORMAÇÕES SENDO CADA VEZ MAIS DISSEMINADAS; A AGILIDADE DAS FAST-FASHION E O FUTURO DAS MARCAS. O QUE ESPERAR DESSA NOVA DINÂMICA NO MERCADO DA MODA? POR PAULO MENDES

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Quem diria que Versace estaria à venda em uma loja de departamentos ou que Stella McCartney produziria uma coleção para uma fast-fashion brasileira? Há pouco tempo, comprar em lojas de departamentos era considerado quase heresia, o fim do mundinho fashion. A visão estritamente comercial e a ideia de que os consumidores não aceitavam tão rapidamente as grandes tendências foram levadas ao chão quando deu-se conta de que, em um mundo globalizado, a moda já estava muito mais disseminada do que se imaginava, então os responsáveis pelos grandes magazines de moda começaram a convidar nomes da elite da moda mundial para a criação de suas coleções especiais. H&M e Zara já são experts nisso lá fora, e aqui no Brasil C&A e Riachuelo estão apostando todas as fichas nas grandes colaborações. O foco dessas marcas são os públicos com renda inferior, a tão comentada nova classe média (aqui no Brasil), que tem as mesmas informações que as classes mais altas da pirâmide, mas não possuem renda para obter tais bens de consumo. Além disso, existe a oportunidade de grandes estilistas chegarem às mãos de um número maior de consumidores.

Comenta-se muito o papel dos blogueiros e de suas presenças na fila A dos grandes desfiles internacionais. Podemos dizer que são eles quem tiram as informações da cena fashion e espalham para o mundo de uma forma mais didática. Com isso, mais e mais pessoas estão recebendo informações e, assim, criando uma nova dinâmica no mercado.

Tudo o que chega ao mercado hoje foi pensado há, no mínimo, um ano. Quem vive, vê, pesquisa moda e está envolvido bem antes com essas tendências também anseia por consumir aquilo que viu nas passarelas. É aí que as fast-fashion entram com tudo. Aliando agilidade e informação, esses magazines dispõem as tendências bem antes que outras marcas e por um preço muito menor. Mas o que pode ser considerado o fim do mundo para algumas marcas - e uma queda de lucro -, também pode ser visto como uma forma de inovar, dar um passo à frente na hora da criação e, quem sabe, conquistar novos mercados. A palavra da ordem talvez seja inovação, e, claro, buscar diferenciar-se no mercado, buscando novos nichos que ainda não são atendidos e que possam vir a gerar grandes lucros para as empresas. Todos esses fatores aliados à qualidade mudariam o mercado, mas tudo isso só funciona com uma mudança de visão, é preciso que as empresas abram suas mentes. Não há mais espaço para os velhos paradigmas. Claro que não podemos esquecer que as empresas buscam lucro, e que, comercialmente, algumas peças são mais vendidas que outras; mas assim como há mercado para as camisas pólo também há para as camisetas de caveira. E tudo isso podendo coexistir organicamente: o básico e o diferenciado.

Por mais que ainda convivamos com homens usando pochete, tudo caminha para que no futuro mais e mais homens estejam dobrando as barras de suas calças e – quem sabe? - saindo de casa carregando uma bolsa masculina. Às vezes esses sinais de “fim do mundo” são um alerta, e que o fim não é, necessariamente, um fim ou o declínio de uma marca, e sim uma oportunidade de mudança, de mudar seu comportamento e visão nesse mercado novo. Estamos vivendo uma fase de transição na qual essa nova dinâmica já começa a ser delineada.

VERSACE PARA H&M

TUDO O QUE CHEGA AO MERCADO HOJE FOI PENSADO HÁ, NO MÍNIMO, UM ANO. QUEM VIVE, VÊ, PESQUISA MODA E ESTÁ ENVOLVIDO BEM ANTES COM ESSAS TENDÊNCIAS TAMBÉM ANSEIA POR CONSUMIR AQUILO QUE VIU NAS PASSARELAS.

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Página anterior Calça Coca-Cola para MovingCamiseta Armadillo para Cenário Homem Camisa e cinto Damyller

Bermuda Redley para Cenário HomemCamisa Xadrez Coca-Cola para Moving Boné e cinto Calvin Klein

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Camiseta Calvin Klein Calça Levi’s Óculos Chilli Beans

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Bermuda Damyller Relógio e óculos Chilli Beans

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Bermuda e camiseta Damyller Cinto Calvin Klein Chinelo Colcci

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Camiseta M.Officer Camisa Xadrez e cinco Damyller Calça Redley para Cenário HomemSapato Colcci

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Camiseta Damyller Camisa Xadrez Levi’s Cinto Calvin Klein Bermuda Coca-Cola para Moving Sapato Armadillo para Cenário Homem Relógio e óculos Chilli Beans

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Olhar aguçado, criatividade, bom senso e multiplicidade são algumas das características que definem um bom fotógrafo de moda hoje. Além de exercer com maestria seu trabalho na direção de modelos, noções de iluminação e espaço, o fotógrafo atual não pode limitar-se a viver num pequeno espaço. É necessário buscar inspiração naquilo que temos de mais profundo na nossa imaginação.

Recentemente, o fotógrafo Humberto Furtado provou que faz jus a todas essas características ao embarcar num avião que o levou à África. Com o intuito de registrar a atemporalidade e as singulares características físicas do país e de seus habitantes. Humberto chegou a comprar uma bicicleta, a fim de explorar as estradas que o levariam a diferentes cidades, porém, a venda do seu meio de locomoção se fez necessária a partir do momento em que ele percebeu estar sendo limitado por ela, não podendo clicar com rapidez os momentos com que se deparava.

Por que a África? Nós não sabemos – e acreditamos que nem ele mesmo saiba – mas, com certeza, essa é uma ideia que o Humberto alimenta há anos, simplesmente pelo fato de poder agregar ainda mais valor ao seu olhar.

ESMOLA FOTOGRÁFICA

“A DIFERENÇA ENTRE UM VIAJANTE E UM TURISTA: O TURISTA NÃO SABE ONDE FOI E O VIAJANTE NÃO SABER PARA ONDE VAI”

www.esmolafotografica.tumblr.com

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www.esmolafotografica.tumblr.com

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Interessante como a humanidade procura sempre evoluir através de criações, construções e descobertas cada vez mais futurísticas e cibernéticas. Mas ainda bem que essa regra não se aplica a tudo. O balé tem nas coreografias mais antigas as suas mais belas criações. Essas são chamadas balé de repertório, nas quais artistas e autores consagrados são imortalizados por meio de releituras ou representações de suas obras.

O Ballet Coppélia, por exemplo, é um balé cômico-sentimental, com coreografia original de Arthur Saint-Léon, libretto de Saint-Léon e Charles Nuitter, e música de Léo Delibes. Baseia-se numa história de E.T.A. Hoffmann, intitulada “Der Sandmann”, publicada em 1815. Sua estreia foi em 1870, na Ópera de Paris, e passará por uma releitura na cidade de Blumenau, Santa Catarina, em Dezembro deste ano. A história traz vibrações, muitas cores e personagens, tratando de temas cotidianos, porém originais, como o amor, o ciúme, a curiosidade, a mentira, o perdão e principalmente os sonhos.

A obra é centralizada em Dr. Coppélius, um criador de bonecas, a boneca Coppélia e o casal Swanilda e Franz. A trama desenvolve-se por meio de curiosidades como a de saber o que há de tão misterioso na casa de Coppélius até a descoberta de suas criações - que nada mais são do que bonecas. No desenrolar da história muitas revelações e celebrações encantam o público.

RELEITURAS QUEIMORTALIZAMPOR ANDRESSA ALVES

Esta fantástica peça será interpretada por bailarinas da Master Ballet Cia. de Dança Rita Albuquerque - que desenvolve este trabalho desde 2008, em Blumenau - e por bailarinos convidados de outras companhias. Conceituada, esta escola de balé possui como idealizadora uma eterna bailarina e estudiosa do assunto: Rita de Albuquerque, que possui uma trajetória profissional intensa e cheia de conquistas. Segundo Rita, suas maiores conquistas são os prêmios obtidos por suas alunas em diversos festivais e competições de dança, prova da evolução constante do seu trabalho. A filosofia da Master Ballet e Cia. de Dança Rita Albuquerque é acreditar na superação e na evolução individual na Arte do Balé.

Mais informações sobre este espetáculo no blog: www.ciaritaalbuquerque.blogspost.com

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FETICHISMO VISUAL

A tarde do feriado de finados ainda estava ensolarada no centro de Porto Alegre. Quando cheguei ao apartamento onde se encontrava meu entrevistado, fui recebida com simplicidade, um pouco de timidez e um possível receio. Essa foi a segunda vez que encontrei formalmente Lucas Cunha, a primeira foi quando lhe fui apresentada numa exposição coletiva de artistas, no hotel Blue Tree Towers, onde uma grande fotografia me chamou a atenção: uma figura feminina com uma máscara de luta livre mexicana e as mãos e corpo cobertos por uma curiosa coloração rosa-chiclete, de nome La Mistica, tinha a assinatura dele. Sentada no sofá dentro do seu quarto, pude reencontrar a imagem que me fez marcar o seu trabalho para sempre, e o Lucas estava ali, totalmente disposto a falar sobre a arte de fazer fotografia e that’s it.

Assim que cheguei, Lucas fechou as janelas de um trabalho que estava concluindo - uma possível nova campanha publicitária-, afirmando que era um conteúdo secreto e que, até a sua divulgação, não poderia ser apresentado a ninguém que não estivesse trabalhando nele. Perfeito. Ética profissional é sempre ética profissional. Retomando a conversa, pude conhecer, de maneira amigável, a essência dos seus trabalhos, sempre observando a necessidade que ele possui de expressar o que lhe é belo, simétrico ou que lhe traga algum significado. “O bonito vem dos elementos da sua própria vivencia” – afirmou. Então todo aquele diálogo começou a fazer um pouco de sentido. Quando começou a dizer suas preferências, parte que se conclui o porquê dos seus trabalhos, inclui-se las luchas libres mexicanas, filmes junkie, a dor e a exposição de ferimentos e uma visão apocalíptica

POR YASMIN CHIDEN

LUCAS CUNHA ADMITE QUE PASSOU POR DIFERENTES ÁREAS ARTÍSTICAS, ATÉ DECIDIR APROFUNDAR SUA EXPERIÊNCIA FOTOGRÁFICA POR UMA NECESSIDADE DE REGISTRAR O QUE LHE É BELO. AOS 24 ANOS, LUCAS TEM SEU PONTO DE VISTA REGISTRADO POR DIVERSAS CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS, SEM DEIXAR DE PRODUZIR OS RECORTES DO TEMPO E DE SUA CRIATIVIDADE EM ESPAÇOS QUE ELE JAMAIS POSSUIRÁ NOVAMENTE.

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e envolvente de como o profano pode se tornar divino. Desse jeito percebe-se o olhar divertido do artista ao transformar objetos considerados violentos em figuras que pretendem instigar uma visão redentora sobre arte.

Lucas ainda destacou um ponto coerente na maneira de se fotografar hoje em dia: a necessidade maior de que se tem de registrar o momento do que senti-lo realmente, sem perceber que o instante que se bate a foto é um fragmento que já não pertence mais a uma linha de tempo e não se vê: “fotografar é não ver, pois o momento exato que você fotografa você não vê, que é quando seu obturador fecha. Então se você viu aquela imagem, você não fotografou”.

Apesar dos cargos distintos, a missão de registrar essa entrevista ficou aos meus cuidados, e para ilustrá-la, pensei muito no que poderíamos fazer que tivesse um gancho com a edição da revista, que é o apocalipse. Sem saber direito o que queria, decidi juntamente com Lucas, que foi bastante paciente com a minha

limitada experiência fotográfica, que sairíamos pelo centro da cidade. Como já era noite, poderíamos ter resultados interessantes. Com uma máscara na mão (uma das diversas que ele possui no seu acervo de materiais) saímos em direção à Catedral Metropolitana de Porto Alegre, ou Igreja Mãe de Deus (popularmente conhecida), e assim que acertamos as configurações da minha Nikon d3100 começamos a marcar aquele dia que havia se passado, dessa vez com o artista posicionado na frente da minha lente.

Voltando ao apartamento onde se encontravam meus pertences, já estava sentindo saudade do enigmático artista que ainda me deixou inúmeras dúvidas sobre a sua visão de pensamento, mas nenhuma sobre fotografia. As fotos selecionadas para ilustrar a entrevistas foram os únicos recortes do tempo já perdido no espaço, do dia que passei conversando com Lucas Cunha e - pode parecer fetichismo (e acho fielmente que sim) - que toda vez que eu olho para elas eu sinto próximo o tempo que passamos e que não teremos novamente.

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HOMESTYLECOMPROU SEU APARTAMENTO E TEM AGORA A DIFÍCIL TAREFA DE DECORÁ-LO? CALMA, NÃO É NADA DESESPERADOR, NÓS TROUXEMOS ALGUMAS DICAS POR HENRIQUE UHLMANN

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Criar, mudar, agir. Que tal começar de dentro pra fora? Da sua casa para o mundo. Um lugar que, independente da tendência ditada pela moda, deve ser acolhedor, confortável e inspirador, cheio de beleza e estilo. Sem esquecer do mais importante: tem que ter a sua cara.

O que torna tudo mais fácil é que não existem regras. Você pode misturar à vontade. O importante é dar ao espaço sua personalidade. Desde o estilo cosmopolita dos lofts nova-iorquinos, com conceitos de ambientes que se integram e se complementam com os tons cinzas industriais, até o jeito de morar escandinavo, com a sobriedade e energia das madeiras e seus tons sóbrios, mas sempre com um toque de cor. Pra não errar, escolha tons neutros para o mobiliário e dê vida à sua decoração com flores e plantas. Brinque com objetos e cores vibrantes, e use o truque do papel de parede: traz alegria para qualquer ambiente. Não precisa tirar muito do que já tem, ou melhor, não tire nada, apenas dê continuidade. Parta do meio, reforme e aprimore. Um bom espaço de circulação é essencial para a harmonização do ambiente. E não esqueça de manter a funcionalidade: sofás continuam sendo os bons sofás, armários para abrigar as diversas coisas que acumulamos, gavetas para empilhar os papéis que conquistamos, e por aí afora... A lista não tem fim.

Anda precisando de algumas inspirações? Use peças garimpadas que trazem consigo uma história. Aqueles livros antigos? Empilhados tornam-se mesas de apoio. O velho sofá aposentado ganha vida com revestimento em um novo tecido, e aquela antiga mesa de costura de sua avó ou bisavó? Ah, ela torna-se uma excelente mesa de trabalho.

O importante é seu ambiente não se perder de você mesmo. Além de fácil e barato, tudo ganha um tom poético. Ouse e aproveite. Divirta-se!

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Não é novidade que o mercado fonográfico vem mudando à velocidade da luz. E, por incrível que pareça, até o conceito de “jabá” vem sendo modificado. Para quem não sabe o que é “jabá”, uma breve explicação: no início dos anos 40, executivos de gravadoras, como Leonard Chess (que você pode ver no maravilhoso filme Cadillac Records), começaram a oferecer suborno para convencerem radialistas a tocarem músicas de negros nas rádios. Ao serem tocadas nas rádios as músicas viravam sucessos imediatamente. Isso edificou todo o esquema do mercado fonográfico, esquema que logo migrou para toda a imprensa, programas de auditório, trilhas de novelas e tudo mais o que você puder imaginar. Portanto, caros amigos, sinto em dizer por ser a mais tocada ou coisa parecida, esse prêmio nada mais é que fruto de um jabá. Não é segredo, não é teoria, nunca foi feito de forma obscura, apenas - como a maioria das coisas do mundo - passa despercebida pela maioria das pessoas e, logicamente, essas pessoas que não percebem são as que mais consomem os produtos ditados pelo tal jabá. Mas isso é outra história.

No meu texto anterior sobre o Kaiser Chiefs, relatei o conceito de rentabilizar o esforço dos fãs. E, prestando atenção, vi que muitos artistas têm promovido concursos na internet, deixando para trás emissoras de tv e rádios, vendendo o peixe sem atravessadores. O cantor, compositor, instrumentista, diretor de teatro e cinema e bebedor compulsivo de Coca-cola Zero Oswaldo Montenegro está oferecendo 30 mil reais em prêmios

(15 mil para o fã que produzir o melhor videoclipe para sua nova música “Eu Quero Ser feliz Agora”, com júri formado por Paulo Mendonça - diretor geral do Canal Brasil, Paulo Fontenelle - diretor de cinema e TV, Paloma Duarte entre outros) e mais 15 mil para o clipe que tiver mais acessos no Youtube. Grande sacada, né? Para facilitar, pode-se utilizar qualquer recurso áudio visual. De câmeras de celular a full HD; de animação a fotografia. Para fãs e não-fãs com um pouco de sorte e talento pode ser uma experiência produtiva. Para o artista é uma nova opção de divulgação, e o melhor: sem pagar para a corrupta indústria.

Participa do concurso quem quer, acessa o vídeo no Youtube quem quer. É a democratização do jabá! Para saber mais: www.oswaldomontenegro.com.br/concurso

CACHÊ MAIOR PARA O PÚBLICOPOR CLEITON PROFETA

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MAIS DO MESMOPOR ANDREAS PETER

Profecias e meteoros. Pestes e a bomba nuclear. Wall Street e a crise na Europa. O mundo já esteve à beira do caos muitas vezes, agora é 2012. Novamente o fim pode estar próximo. O meu e o seu fim. O fim do planeta Terra.

Existem várias teorias para o fim do mundo. Muitas pessoas visualizam o céu vermelho, se abrindo, ou uma imagem adorada sorrindo e um campo de flores loteado pelo dinheiro. Há quem veja o fim do mundo como a conta que o planeta está cobrando pela passividade do homem em relação aos crimes ambientais que se cometem contra ele. Há também os ufólogos - não nos esqueçamos dos ufólogos!

Algumas pessoas não têm opinião sobre o assunto. Outros tantos não têm opinião sobre quase nada, repercutem apenas o que a mídia de massa lhes oferece. Não importam os motivos, apenas creem na invasão dos mares, arranha-céus despencando, estátuas debaixo d’água, e até mesmo o Cristo Redentor sucumbe diante de forças da natureza ou da imaginação de Hollywood.

Existem também os que não estão nem aí para esse papo de calendário Maia e fim do Mundo. Preferem o campeonato brasileiro e o horário de verão, afinal, se em 2014 tem copa do mundo e Deus é brasileiro, o mundo não pode acabar no ano que vem!

O FIM DO MUNDO NÃO É O FIM DO MUNDO

A estação do sol chegou. Calor, roupas leves, chinelos, brisa, cerveja e amigos à beira do mar. Ou, talvez você prefira o frio e a neve em cenários bucólicos, se tiver condições para isso. De qualquer maneira, suas merecidas férias. Uma pausa antes de começar um novo ano, de novos projetos, objetivos e batalhas. Um novo ciclo, como no calendário Maia.

Para os pessimistas esse ciclo é derradeiro. Já alguns neomodernos aguardam passivamente o fim do mundo com

seus olhos arregalados, chupando pirulitos coloridos. Os fanáticos acreditam que serão salvos por alguma divindade, e que o homem pagará, finalmente, por seus pecados. Para muitos, esse ciclo representa conscientização, mudanças, responsabilidades, ideias e ações. Dividir esforços na busca por um planeta sustentável, que reinventa suas indústrias, investe em formas renováveis de energia e preserva os recursos naturais. Uma nova fase onde as pessoas compreendam que os 70% da água potável do mundo, destinada a irrigação de campos de soja que viram ração animal, farão falta num futuro muito próximo. Que existem muitos filmes que abordam a questão ambiental, que são tão importantes para a informação e inteligência do ser humano quanto os blockbusters de Roland Emmerich são para o entretenimento e a indústria da mídia.

Um novo ciclo onde as NOSSAS ações cidadãs e sustentáveis sejam rotineiras e descomplicadas. Trocar os carros pelas bikes e prestar atenção no debate sobre o novo Código Florestal são bons exemplos.

Então, se todos fizerem sua parte e o mundo não acabar, chegará o verão de 2012, e quem sabe você esteja novamente curtindo suas férias, contemplando o planeta maravilhoso em que vive e curtindo sua cervejinha à beira-mar. Só não esqueça do protetor solar.

DIVIDIR ESFORÇOS NA BUSCA POR UM PLANETA SUSTENTÁVEL, QUE REINVENTA SUAS INDÚSTRIAS, INVESTE EM FORMAS RENOVÁVEIS DE ENERGIA E PRESERVA OS RECURSOS NATURAIS.

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ilustração POR RAEL BRIAN | www.raelbrian.blogspot.com

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UM DIA O MUNDO ACABA

Começo citando um trecho do compositor Luiz Vicentini, que é meu pai: “se o fim do mundo é amanhã eu tenho que acordar bem cedo, amigo. Fazer em 24 horas o que não fiz nos meus 36 anos”. Saber viver é, talvez, a tarefa mais difícil do ser humano. Não basta acordar, escovar os dentes, bater a maçã e a aveia no liquidificador e vestir um sorrisinho amigável quando entra no escritório pra encarar as 8 horas diárias. O legal, o interessante mesmo é acordar todos os dias para o último dia da sua vida. Acordar de bem consigo mesmo porque você quer fazer de todos os dias, dias especiais, e não porque as obrigações te fazem levantar da cama. Não precisamos de nenhum Nostradamus fazendo previsões sobre o fim do mundo e nos alertando que ele pode chegar. Não é necessária nenhuma teoria, um dia o mundo acaba mesmo. Pra mim, pra você. O que nos diferencia é somente o tempo que vai levar pra que isso aconteça. Por isso é que sou obrigada a lembrar de Renato Russo, quando ele diz que “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Na verdade não há mesmo. Talvez o amanhã não exista, talvez o dinheiro nunca seja o suficiente para comprar o apartamento dos sonhos – mas sair do aluguel para um lugar que você possa chamar de seu já é também uma grande conquista; talvez você não fale mais com uma pessoa que você ama porque em um momento de fraqueza e raiva ela teve um “piripaque” e resolveu falar tudo aquilo que você não queria ouvir. Mesmo assim, se valer a pena, insista. Poucas pessoas no mundo valem realmente a pena. Se você conhece alguém que te entende com os olhos, que se encanta com as coisas simples da vida e que te ama sem pedir nada em troca, agarre-a com força. Não deixa ela ir pra longe. Nem tudo que é nosso volta.

Hoje eu acordei, sacudi a poeira – aquela que de tanto tempo parada fica até grossa, sabe? – e resolvi fazer mudanças radicais na minha vida. O que vale é estar o tempo todo reinventando, para reinventar uma vida melhor, para reinventar o bem. Larguei um emprego que me dava muito dinheiro por um estágio que vai me dar mais tempo para ser feliz. Troca justa? Eu achei que sim. Sempre que a escolha for justificada pela felicidade, sim. Eu acho justo. Resolvi trocar notinhas verdes a mais na minha carteira por um abraço mais demorado nos amigos, por mais dias de sol, mais amor no coração, menos cabelo branco, mais leveza no dia a dia. Se o mundo acabar no final deste verão ou daqui a mil anos vou estar com um sorriso no rosto. O que importa é estar vivendo muito intensamente o ontem, o hoje e o amanhã. E nas encruzilhadas da vida escolher o que te faz bem.

POR NATÁLIA VICENTINI

AINDA TEM TEMPO PRA ESCOLHER O QUE TE FAZ BEM!

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ilustração POR RAEL BRIAN | www.raelbrian.blogspot.com

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Quantos livros você já leu este ano? Quantos deles foram por obrigação e quantos foram por desejo? Vivemos em um país onde o hábito da leitura é muito fraco, encontrar alguém que lê por livre e espontânea vontade não é fácil.

Há muito tempo se fala sobre a importância da leitura, e o governo federal vem criando vários projetos para incentivar crianças, jovens e adultos a entrarem no universo literário. Que ler é bom e faz bem todos já sabem. O que poucos sabem é que ler o que quiser é melhor ainda.

Na escola nos empurram os clássicos: Machado de Assis, José de Alencar, Eça de Queiroz, entre outros finados.

Longe de mim querer desmerecer esses grandes autores, mas quando se tem 15 anos eles não passam de grandes chatos que precisam detalhar em três páginas o vaso de flores no canto da sala. Adolescentes são imediatistas, cheios de energia, vão entender mais tarde que as três páginas dedicadas ao vaso têm seu valor. Eles querem linguagens e histórias dinâmicas e - o principal - querem se encontrar nas histórias, se identificar com os personagens. É aí que entram as sagas como Crepúsculo, Harry Potter, O Diário da Princesa, entre outros best-sellers juvenis.

Ver um jovem - que vive mais que ninguém a era da internet – com seu computador desligado e de olhos vidrados em um livro é muito esperançoso. Só é triste saber que muita gente vai desdenhar todo esse feito por ele estar lendo um livro da moda, inclusive seus professores que, ao invés de apoiar o jovem leitor, tem a coragem de dizer “vai ler um livro decente!”. O que esse professor não sabe, e as pessoas que torcem o nariz para os best-sellers também não, é que isso forma leitores. Quem leu todos os livros de Harry Potter não vai querer parar por aí, vai querer ler mais, conhecer mais e um dia - quem sabe - terá maturidade suficiente para desfrutar de um clássico do Machado de Assis, por exemplo.

Para os adultos a história é outra. Tem muita gente que lê autores difíceis, não entende nada e sai por aí dizendo que o livro é ótimo só para ganhar a imagem de intelectual. Do outro lado, tem aquele cara que leu Marley e eu, se sentiu verdadeiramente tocado pelo livro e é visto como um alienado.

Você corre o risco de perder amigos em certos grupos se falar que é leitor de Paulo Coelho, Sidney Sheldon e que ama ler livros que viraram filmes de Hollywood. Ora, que bobagem! Se Paulo Coelho não agrada a crítica, ele pode muito bem agradar (e agrada mesmo!) milhares de pessoas. Falar mal de um autor pode ser um direito seu, mas falar mal de quem lê esse autor, não.

O preconceito literário é tão ignorante quanto qualquer outro tipo de preconceito. Ler é importante. Prazer na leitura é mais importante ainda, e quem julga o que é bom ou ruim é o leitor, por isso deixo o recado: Vá ler o que quiser!

LER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZUM DESABAFO SOBRE O PRECONCEITO LITERÁRIO POR SAMANTHA BERNARDO

VOCÊ CORRE O RISCO DE PERDER AMIGOS EM CERTOS GRUPOS SE FALAR QUE É LEITOR DE PAULO COELHO, SIDNEY SHELDON E QUE AMA LER LIVROS QUE VIRARAM FILMES DE HOLLYWOOD.

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SE NÃO NÓS, QUEM?

AMOR FORA DE HORA

SIGUR RÓS E VERSÃO DE LUXO

Alemanha Ocidental, início dos anos 60. Bernward Vesper e Gudrun

Ensslin são colegas de faculdade que iniciam um relacionamento

amoroso. Apaixonados pela palavra escrita, eles resolvem fundar

uma editora. A primeira publicação é um antigo trabalho do pai de

Bernward, um polêmico autor nazista. O livro logo é atacado, mas

Bernward defende a habilidade como escritor do pai, mesmo com o

peso de seu passado. Não demora muito para que ele passe a também

questionar a participação do pai no Terceiro Reich de Adolf Hitler.

“Um Lugar Impossível Para o Encontro Perfeito”.

Uma jovem mulher, amante dos livros, e um rapaz do interior se

esbarram repetidamente no cemitério. Um local completamente

inusitado para um encontro. Certo dia, um sorriso nasce nos lábios

dos dois e eles ficam deslumbrados um pelo outro. É o início de

uma paixão irrefreável. Com um romantismo agitado e um humor

revelador, este livro combina o choque de culturas com uma história

de amor terno e desenfreado.

Lançado oficialmente em novembro, “INNI“, o novo álbum ao vivo,

marca o retorno do Sigur Rós, que estava parado desde o seu último

álbum de estúdio, o ótimo ”Með suð í eyrum við spilum endalaust”

de 2008. O novo lançamento inclui também um documentário de 75

minutos de duração que mostra o último show da banda em 2008,

antes de seu hiato indefinido. O novo albúm conta com uma vesão

especial e limitada, onde acompanha dvd, cds, vinis com efeito de luz

e fotografias.

www.sigur-ros.co.uk

DIRETOR Andrés VeielELENCOAugust Diehl, Lena Lauzemis, Alexander Fehling, Thomas Thieme

KATARINA MAZETTI 2011

Islândia

Alemanha

Posr-Rock e Experimental

Drama

FILME

LIVRO

MÚSICA

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Sabe quando não nos olhamos no espelho e temos certeza de que estamos bem em todos os aspectos (seguros, bonitos, altivos...)? Pois é, isso quase nunca acontece porque estamos tão influenciados pelo poder da mídia em nos impor padrões de beleza e moda que não nos damos mais conta de quem somos nós.

Pode parecer piegas, mas descobrimos que a beleza é relativa - e fica em segundo plano - se não estiver acompanhada com o fato de termos saúde. Cientificamente saúde tem diversas definições, porém, cada um de nós tem um conceito próprio para a palavra, pois a ligamos a uma gama de fatores que somente através de nossas individualidades conseguimos enumerar e considerar o resultado: tenho saúde ou não. Apesar de estar muito associada à ausência de doenças (pelo senso comum), já se tem como definição mais abrangente o bem estar físico, mental e social, determinado por condições biológicas, sociais, econômicas, culturais, educacionais, políticas e ambientais, por exemplo. Com a difusão da comunicação através de mídias diversas, todos

sabemos pelo menos o básico do que “devemos ou não” fazer para obter um estado de saúde básico.

Já que também depende de nós – não exclusivamente de nós, pois o Estado, através de políticas públicas de saúde, tem grande responsabilidade em sua promoção, prevenção e recuperação – podemos começar agora mesmo por adotar pequenas mudanças em nosso estilo de vida. Algumas modificações na dieta, como o consumo de alimentos saudáveis, o hábito de manter alguma atividade física de lazer, praticar exercícios físicos, abandonar vícios - como fumar - e diminuir o consumo de álcool, manter uma postura ereta, tomar corretamente medicamentos e assim por diante. Você não precisa abandonar drasticamente nada do que costuma fazer, ou adotar todas as mudanças da noite para o dia. Afinal, tudo o que for gradual e realizado com prazer tem mais sucesso de se tornar realidade e passar a ser seu novo estilo de vida.

Dê o primeiro passo. E não esqueça que moda mesmo é ter saúde!

PROJETO VERÃO PRA VIDA TODA MODA MESMO É TER SAUDE,

POR ANDRESSA ALVES

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APOCALIPSE NOSSO DE CADA DIANão faz muito tempo, eu (re)descobri a Maitena, uma

cartunista argentina. Descobri o sentido absoluto de tudo que ela satiriza. É o tipo de humor que você se encontra, os homens debocham, ou não entendem, e faz as mulheres se olharem com ar de cumplicidade pura, do tipo ”eu sei o que você está passando, colega”. É o humor dos relacionamentos. Todos eles. Conflitos com você mesma, sua mãe, sua irmã, seu namorado, possível pretendente ou relacionamento-sério-não-rotulado-via-facebook. Reflexão que, quando vem dos outros, é capaz de arrancar boas risadas, mas que quando acontece com a gente parece não ter graça nenhuma. Sabe quando vem à sua cabeça uma situação idiota e você caracteriza “na hora foi engraçado”? Nos relacionamentos também é assim, só que ao avesso. Algo do tipo “na hora foi como o fim do mundo”. A verdade é que não foi e você está aqui para contar e dramatizar a história com acentos na voz e pausas descontroladas, entre um gole e outro de chope, para tentar parar de rir. Quando chegamos a uma fase da vida mais “adultinha” e tudo à sua volta conspira para uma rotina necessária, na qual até o descanso está prontamente planejado

no seu cronograma, todo e qualquer evento casual e inesperado pode ser caracterizado como o fim do mundo: vozes elevadas e em desacordo, excessos de calorias, dúvidas existenciais sobre o que vestir, cachorro doente, empregada que falta, mãe que mora longe, cachorro muito doente, janta que queima, amiga que toma decisões estranhas e espera seu aval, texto atrasado para a revista... enfim!

Catástrofes, apocalipses e juízos finais à parte, a verdade é que minha querida Maitena tem muito sobre o que falar, porque o sexo dos cromossomos XX é capaz de transformar qualquer gota d’água em oceano. Não que isso seja uma desvantagem. De forma alguma. Poder mergulhar em emoções, questionamentos e relacionamentos como se não houvesse amanhã é uma coisa nossa. E nós agüentamos, queremos assim. Tanto é que, mesmo depois de desmoronar, afundar e entrar no mais alto nível de desespero, vamos abraçar e pedir desculpas por aquela briga sem sentido, comer outro pedaço de bolo, receber elogios pela roupa, querer adotar mais um cachorro, ligar para a mãe avisando que no fim de semana ela vai ter visita, perceber que sua amiga tinha mesmo razão e colocar um ponto final no texto.

POR TAÍS MENDES

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YAMAZAKIMais caro do Japão, Single Malt é uma

virgem de 50 anos. O Yamazaki de 50 anos de idade é um dos uísques mais caros do

planeta. O lote inteiro é composto por apenas 150 garrafas, cada uma com 700

ml. Para deliciar uma dose dele em casa é preciso desembolsar $12.892,00. O uísque

é de uma profunda cor âmbar, quase bronze, e, supostamente, tem um sabor

frutado forte.

BONS DRINKS

BOMBAY SAPPHIRE

VODKA CRYSTAL HEAD

Considerado atualmente como o melhor gim do mundo, o Bombay Sapphire conquistou os apreciadores da bebida inglesa não somente pela qualidade e sabor excepcionalmente equilibrado, mas também pela hipnotizante garrafa azul translúcida e brilhante na cor de uma safira. Para celebrar um natal animado foi lançada uma Edição Limitada desenhada por House of Hackney. Por £ 35 ($ 55) você pode apreciar o melhor gim que existe.

CHAMPAGNE MOËT ROSÉChampagne Moët Rosé Impérial Personalizada

Jeroboam 3000ml, customizada à mão com Swarovski Elements.

As garrafas Moët Personalizadas são perfeitas para surpreender neste fim de ano, na festa de Réveillon, em aniversários, casamentos,

noivados, premiações, presentes corporativos ou qualquer celebração que peça um toque

pessoal e exclusivo.

CHIVAS REGAL A marca de uísque escocês Chivas Regal

encomendou ao ilustrador nova-iorquino Dan Funderburgh o design de uma caixa especial para ser lançada no período de festas. A marca não divulgou o valor da

bebida na embalagem comemorativa, porém o uísque 12 anos na caixa convencional de

papelão custa R$ 99,90, no Brasil.

BAKONVodca Bakon, da destilaria americana Black Rock Spirits, tem realmente sabor de bacon! Muito usada na elaboração de coquetéis, embora pareça mais fácil colocá-la no seu hambúrguer.

Você pode até não beber, mas se curte caveiras vai morrer de desejo por essa vodca. E não pense que isso é “blasfêmia”, afinal, a empresa que a produz pensou primeiro no desenvolvimento da garrafa (que levou dois anos para ficar pronta) e só depois no líquido que iria enchê-la, tá?A vodca que habita esse crânio é feita com água glacial do Canadá, destilada 4 vezes e não contém absolutamente nenhum aditivo, ou seja, é pura, pura e deve ser bem saborosa. A Crystal Head não está à venda no Brasil, mas é facilmente encontrada nos Duty Frees.

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