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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2 GRUPO I - CLASSE IV - Plenário TC-006.166/2007-2 Natureza: Tomada de contas especial Unidade: Comando da 1ª Região Militar Responsáveis: Airton Quintella de Castro Menezes, ex-Ordenador de Despesas e ex-Chefe da Seção de Finanças (CPF 090.632.420-34); Celso Ricardo Souto Maluf, ex-Ordenador de Despesas (CPF 059.065.390-34); Márcio Domeneck Salgado, ex-Chefe da Seção de Finanças (CPF 318.482.147-15); Reinaldo Ezequiel da Costa, ex-Ordenador de Despesas (CPF 030.191.017-00); Adilson Alves Pinheiro, ex-Chefe da Seção de Finanças (CPF 097.156.067-68); Luiz Alberto Caldeira dos Santos, ex-servidor militar da Seção de Finanças (CPF 130.042.807-44); Carlos Geraldo da Silva (falecido), ex-servidor civil da Seção de Finanças (CPF 287.391.677-04); Antenor Rodrigues da Silveira Neto, ex-servidor civil da Seção de Finanças (CPF 306.733.137-00); Eunice Galdino da Costa, ex-servidora civil da Seção de Finanças (CPF 164.267.977-15); Luciane Tinoco da Costa, ex-servidora civil da Seção de Finanças (CPF 037.424.927-05); Vera Lúcia de Almeida Marques, ex-servidora civil da Seção de Finanças (CPF 361.402.367-20) Advogados constituídos nos autos: Natália Eugênia Nuñez (OAB/RJ 145.612); Edson Martins Areias (OAB/RJ 94.105); Eduardo Gonçalves de Castro Menezes Neto (OAB/RJ 142.714); e outros; Edna Laranjeiras (OAB/RJ 100.027); Zairo Lara Filho (OAB/RJ 12.860); Melquiades Soares dos Santos (OAB/RJ 101.827) SUMÁRIO: TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. DESVIO DE RECURSOS MEDIANTE A ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS FALSOS DE PAGAMENTO DE INATIVOS E PENSIONISTAS E EMISSÃO DAS RESPECTIVAS ORDENS BANCÁRIAS POR PARTE DE SERVIDORES DO COMANDO DA 1º REGIÃO MILITAR. CITAÇÕES. ACOLHIMENTO DAS ALEGAÇÕES DE DEFESA DE ALGUNS RESPONSÁVEIS E REJEIÇÃO DE OUTROS. DÉBITO. MULTA. INABILITAÇÃO PARA EXERCÍCIO DE FUNÇAO DE CONFIANÇA. SOLICITAÇÃO DE ARRESTO DE BENS. 1

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

GRUPO I - CLASSE IV - PlenárioTC-006.166/2007-2 Natureza: Tomada de contas especialUnidade: Comando da 1ª Região Militar Responsáveis: Airton Quintella de Castro Menezes, ex-Ordenador de Despesas e ex-Chefe da Seção de Finanças (CPF 090.632.420-34); Celso Ricardo Souto Maluf, ex-Ordenador de Despesas (CPF 059.065.390-34); Márcio Domeneck Salgado, ex-Chefe da Seção de Finanças (CPF 318.482.147-15); Reinaldo Ezequiel da Costa, ex-Ordenador de Despesas (CPF 030.191.017-00); Adilson Alves Pinheiro, ex-Chefe da Seção de Finanças (CPF 097.156.067-68); Luiz Alberto Caldeira dos Santos, ex-servidor militar da Seção de Finanças (CPF 130.042.807-44); Carlos Geraldo da Silva (falecido), ex-servidor civil da Seção de Finanças (CPF 287.391.677-04); Antenor Rodrigues da Silveira Neto, ex-servidor civil da Seção de Finanças (CPF 306.733.137-00); Eunice Galdino da Costa, ex-servidora civil da Seção de Finanças (CPF 164.267.977-15); Luciane Tinoco da Costa, ex-servidora civil da Seção de Finanças (CPF 037.424.927-05); Vera Lúcia de Almeida Marques, ex-servidora civil da Seção de Finanças (CPF 361.402.367-20) Advogados constituídos nos autos: Natália Eugênia Nuñez (OAB/RJ 145.612); Edson Martins Areias (OAB/RJ 94.105); Eduardo Gonçalves de Castro Menezes Neto (OAB/RJ 142.714); e outros; Edna Laranjeiras (OAB/RJ 100.027); Zairo Lara Filho (OAB/RJ 12.860); Melquiades Soares dos Santos (OAB/RJ 101.827)

SUMÁRIO: TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. DESVIO DE RECURSOS MEDIANTE A ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS FALSOS DE PAGAMENTO DE INATIVOS E PENSIONISTAS E EMISSÃO DAS RESPECTIVAS ORDENS BANCÁRIAS POR PARTE DE SERVIDORES DO COMANDO DA 1º REGIÃO MILITAR. CITAÇÕES. ACOLHIMENTO DAS ALEGAÇÕES DE DEFESA DE ALGUNS RESPONSÁVEIS E REJEIÇÃO DE OUTROS. DÉBITO. MULTA. INABILITAÇÃO PARA EXERCÍCIO DE FUNÇAO DE CONFIANÇA. SOLICITAÇÃO DE ARRESTO DE BENS.

RELATÓRIO

Adoto, como relatório a instrução elaborada pela SecexDefesa e o parecer do MP/TCU, parcialmente discordante (peças 111/113 e 115).

“I - INSTRUÇÃO DA SECEXDEFESA1. Trata-se de tomada de contas especial instaurada pela 1ª Inspetoria de Contabilidade e

Finanças do Exército - 1ª ICFEx, com o fim de verificar a ocorrência de pagamentos indevidos no Comando da 1ª Região Militar (1ª RM) consubstanciados no crédito irregular de recursos provenientes de ordens bancárias a pessoas sem vínculo com o Exército, ou com vínculo mas sem direito aos recursos, referentes à movimentação da conta contábil 2.1.1.4.9.01.00 - Depósito de Terceiros, tendo em vista demanda relacionada ao Inquérito Policial Militar - IPM, instaurado pela Portaria 001-E/2, de 1º de outubro de 2003, do Comando da 1ª RM.

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I. HISTÓRICO2. Após a conclusão da fase interna da TCE, cujo Relatório (peça 1, p. 6-14) apontou 70

responsáveis (peça 1, tabela p. 19-20) e pugnou pela irregularidade das contas, o processo foi submetido à então Diretoria de Auditoria (DAud), que concordou em parte com a conclusão da equipe de TCE (peça 32, p. 19).

3. Foram apontadas algumas falhas pela DAud na quantificação do prejuízo ao erário (peça 32, p. 10), falhas estas que foram corrigidas por esta unidade técnica, à exceção da apontada no item 6.1a (peça 32, p. 10), posto não haver necessidade de conversão em reais de valores lançados em cruzeiros reais, vez que o Sistema Débito os atualiza automaticamente.

4. Ponderou ainda a DAud que o Cel. R/1 Celso Ricardo Souto Maluf não deveria ser responsabilizado pecuniariamente, já que o número de ordens bancárias emitidas pela UG era grande e a maioria das constatadas irregulares foram emitidas a partir de 1998, na gestão do Cel. Airton Quintella de Castro Menezes e do Cap. Adilson Alves Pinheiro, razão pela qual excluiu sua responsabilidade.

5. Relatou ainda que o Cel. Reinaldo Ezequiel da Costa pode não ter envolvimento no ‘esquema’ (peça 32, p. 11-12), em virtude dos mesmos fatos elencados acima. Contudo, optou por manter sua responsabilidade ‘em virtude do princípio da prevalência do interesse público ou coletivo sobre o particular’ e considerando que o militar continuou a exercer atividades na UG mesmo após ter passado para a reserva remunerada, atuando em área intimamente ligada com o dano apurado.

6. O Certificado de Auditoria concluiu pela irregularidade da gestão dos responsáveis relativa aos exercícios de 1993 a 2003 (peça 32, p. 28). O Secretário de Economia e Finanças e o Comandante do Exército pronunciaram-se de acordo com o contido no Relatório e no Certificado de Auditoria (peça 33, p. 4-5). O Pronunciamento Ministerial (peça 33, p. 6) consentiu com a Manifestação do Comandante do Exército, apontando a irregularidade das contas e encaminhando o processo a este Tribunal de Contas.

7. Exame preliminar desta Corte de Contas (peça 41, p. 37) informou que a TCE estava devidamente constituída, dando-se assim seguimento ao processo, que teve como primeira medida preliminar a realização de diligências para obtenção de informações necessárias às citações dos responsáveis (peça 41, p. 63; peça 42, p. 1-2).

8. Instrução posterior (peça 42, p. 21-23) propôs novas diligências para a obtenção de informações acerca de responsáveis falecidos, bem como a inclusão dos presentes autos como sobrestante de alguns processos. O Acórdão 956/2009-TCU-2ª Câmara (peça 42, p. 24-25) acolheu as propostas da então 3ª Secex. Aproveita-se o ensejo para trazer aos autos informações acerca dos processos que estão sobrestados em virtude deste processo de TCE:

Processos sobrestadosProcesso Natureza/Situação

007.450/1999-0 Tomada de Contas do Comando da 1ª RM de 1998 - Não julgadas008.096/2000-8 Tomada de Contas do Comando da 1ª RM de 1999 - Não julgadas

011.079/2002-5 Tomada de Contas do Comando da 1ª RM de 2001 - Com recurso de revisão interposto pelo MPTCU

008.140/2003-2 Tomada de Contas do Comando da 1ª RM de 2002 - Com recurso de revisão interposto pelo MPTCU

006.734/2004-7 Tomada de Contas do Comando da 1ª RM de 2003 - Com recurso de revisão interposto pelo MPTCU

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9. Instrução seguinte da 3ª Secex (peça 42, p. 53, e peça 43, p. 1-2) propôs novas diligências, proposta esta que foi complementada pelo Despacho do Diretor da 3ª Secex, com vistas a sanear o processo para a realização das citações (peça 43, p. 5-7).

10. Realizadas as diligências (peça 43, p. 19-43), nova instrução da 3ª Secex (peça 43, p. 46-47) apontou que, apesar de ainda haver pendências em relação a alguns responsáveis falecidos, ‘não mais devem retardar a expedição das citações. Mais ainda porque, dos falecidos, o responsável principal conta com a identificação da inventariante’.

11. Conforme se verá a seguir, chegou-se à conclusão, em momento posterior, de que tais pendências não afetavam o andamento do processo, vez que se propôs e foi aceita pelo Tribunal a exclusão dos beneficiários civis da relação processual. Ou seja, dos falecidos constantes no processo, seria mantida apenas a responsabilidade do Sr. Carlos Geraldo da Silva, servidor civil que exercia suas funções no Setor de Finanças do Comando da 1ª RM, e cuja identificação de sua inventariante já constava dos autos (peça 42, p. 51, e peça 49).

12. Contudo, informou o AUFC instruinte que o processo pendia de medida saneadora essencial, sem a qual as citações poderiam conter vício na identificação das responsabilidades, pois a ficha de qualificação dos responsáveis apresentava incorreções, porquanto imputava responsabilidades a determinados servidores/militares por valores totais, sem a efetiva correspondência com os efetivos períodos de gestão de cada um deles.

13. Dessa forma, propôs o AUFC nova diligência à Diretoria de Auditoria do Exército para que, no prazo de trinta dias, elaborasse novo quadro de ‘Agentes da Administração responsáveis, solidariamente, pelos danos causados’, observando para cada um deles (em especial os militares) os períodos individuais de gestão e a correlação com os valores de cada ordem bancária emitida durante os referidos períodos.

14. Despacho do Diretor da 3ª Secex (peça 43, p. 48-49) complementou a proposta com novas diligências, medida esta acatada pelo Secretário e pelo Ministro-Relator Augusto Sherman (peça 43, p. 50-51).

II. EXAME PRELIMINARDas diligências e da responsabilidade dos civis alheios à Administração15. Inicialmente, deve-se ressaltar que a maioria das diligências efetuadas pela 3ª Secex

foi exclusivamente para realizar a identificação de responsáveis civis (e seus sucessores) alheios à Administração Pública, que forneceram suas contas bancárias para parentes ou amigos pertencentes à Administração Pública, efetivamente participantes da fraude no Comando da 1ª RM.

16. Em que pese as medidas anteriormente adotadas, entende-se, agora, que não se faziam necessárias tantas diligências, uma vez que não se devia responsabilizar os civis que não pertenciam à Administração Pública, porque a participação dessas pessoas não foi relevante para o desvio promovido pelos fraudadores, bem como não obtiveram qualquer proveito dos recursos, visto que estes apenas transitaram por suas contas bancárias.

17. Conforme apurado pelo IPM-Portaria 001-E/2, diversos favorecidos afirmaram que repassaram o dinheiro depositado em suas contas correntes para os militares, ficando apenas com o dinheiro da CPMF, tributo federal existente à época, não obtendo dos favorecidos quaisquer benefícios. Assim, restou comprovado que os recursos não ficaram com os titulares das contas bancárias, tendo sido repassados aos militares fraudadores do erário (peça 8, p. 32 e 35).

18. Cumpre salientar que irregularidade semelhante, do mesmo órgão e com os mesmos responsáveis, está sendo tratada no TC-015.604/2007-6. Naqueles autos, onde foi usada a conta contábil Pessoal a Pagar, ao invés de Depósito de Terceiros, foi proposto o acolhimento prévio das alegações de defesa dos responsáveis civis alheios à Administração pública, medida esta acatada pelo Exmº Ministro-Relator Augusto Sherman em seu Despacho (peça 61, p. 26 - TC-015.604/2007-2), o que reduziu o número de responsáveis de 33 para 11 pessoas, medida salutar para o desfecho do processo.

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19. Enquanto no TC-015.604/2007-6 houve o acolhimento prévio das alegações de defesa dos responsáveis alheios à Administração Pública, entendeu esta Unidade que, neste processo, o melhor caminho, tecnicamente, seria a retirada da relação processual das pessoas estranhas ao Exército (peça 53, p.4), excluindo suas responsabilidades no processo, sem a realização de suas citações e o consequente julgamento de suas contas. Tal medida, análoga à que foi proposta no TC-015.604/2007-2, reduziria o número de responsáveis de 70 para 11 pessoas, possibilitando um desfecho adequado para o presente processo.

20. Deve-se ressaltar que o IPM-Portaria 001-E/2 instaurado para apurar as irregularidades aqui tratadas gerou, juntamente com o IPM 25/04 (tratado no TC-015.604/2007-2), a Ação Penal Militar 062/05-3. Por este motivo, foram trazidos aos autos partes do IPM constante do TC-015.604/2007-2 (peças 50 e 51) e também as alegações finais do Ministério Público Militar (peça 51, p. 7-14), que comprovam que os civis não ficaram com o dinheiro.

21. Assim, a mencionada proposta também teve como base o resultado da Ação Penal Militar 062/05-3, onde todos os responsáveis que não fazem parte da Administração Pública, ou tiveram suas denúncias rejeitadas pela Justiça Militar, ou não houve oferecimento de denúncia pelo Ministério Público Militar, ou foram absolvidos.

22. Desse modo, propôs-se a exclusão processual das pessoas alheias à Administração Pública neste processo, em face da ausência de responsabilidade, de modo a não haver o julgamento das contas daquelas pessoas.

Da quantificação do débito e das responsabilidades dos integrantes da Administração Pública

23. A equipe tomadora de TCE e a Diretoria de Auditoria atuaram equivocadamente quanto ao método de quantificação do débito. Imputaram responsabilidade a todos os servidores que trabalharam no Comando da 1ª RM no período de 1993 a 2003, por todos os pagamentos ocorridos nos 11 anos. Tal medida se mostrou descabida, pois, por exemplo, o Cel. Márcio Domeneck Salgado, que serviu no Comando da 1ª RM somente até 1995, estava sendo responsabilizado por ordens bancárias emitidas nos oito anos posteriores.

24. Apesar de solicitado à DAud, por diligência, novo quadro de ‘Agentes da Administração responsáveis, solidariamente, pelos danos causados’, observando para cada um deles (em especial os militares) os períodos individuais de gestão e sua correlação com os valores de cada ordem bancária emitida durante os referidos períodos, a UG não atendeu plenamente a diligência deste Tribunal, encaminhando para esta unidade técnica apenas uma cópia do Relatório de Auditoria de TCE que já constava nos autos.

25. Assim, tabela adequada de débitos foi confeccionada pela 3ª Secex, com a definição correta dos valores a serem imputados a cada responsável, conforme sua atuação e período de gestão (peça 52).

26. A 3ª Secex discordou da retirada do Sr. Celso Ricardo Souto Maluf do processo, entendendo que este devia ser responsabilizado pelas ordens bancárias emitidas durante sua gestão na 1ª RM, seja como ordenador de despesas, seja como chefe da Divisão Administrativa (peça 30, p. 16). Apesar do IPM-Portaria 001-E/2 (peça 8, p. 14-15) apontar que apenas duas ordens bancárias foram assinadas pelo responsável, tinha este, como ordenador de despesas e chefe da Divisão Administrativa, a obrigação funcional de certificar-se da regularidade do processo de despesa antes da emissão de tais documentos em sua unidade.

27. Portanto, foi proposta a citação dos responsáveis, civis ou militares, pertencentes à Administração Pública, em virtude dos fatos abaixo apresentados:

27.1 servidor civil Antenor Rodrigues da Silveira Neto - responsabilizado em virtude de ter havido a digitação, com a senha do servidor, de ordens bancárias, cujos favorecidos não possuíam direitos a quaisquer dos valores depositados. O IPM-Portaria 001-E/2 (peça 8, p. 50) e as ordens bancárias (peças 12 a 29) comprovam o afirmado;

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27.2 servidor civil Carlos Geraldo da Silva - em virtude de seu falecimento em 14/11/2000, não foi incluído no referido IPM. Contudo, a TCE instaurada o incluiu como responsável, já que ficou constatado sua efetiva participação, devendo seus herdeiros responder pelo débito apurado. Os débitos são do período em que o servidor atuou na unidade com acesso ao sistema Siafi, até a data de seu falecimento (peça 30, p. 21). Com vistas a não haver nova diligência para verificação de seus sucessores e inventariante, a 3ª Secex incluiu nos autos a peça 72 do TC-015.604/2007-6 (peça 49), já que naqueles autos já consta tais informações, sendo inventariante a Srª Lenyr Souza da Silva;

27.3 Cel. Márcio Domeneck Salgado - responsabilizado por ter sido chefe da Seção de Finanças da 1ª RM durante o período elencado na página 14 da peça 8 e na página 17 da peça 30. Nesse período, assinou ordens bancárias e relações de ordens bancárias, resultando no depósito indevido dos valores nas contas bancárias dos favorecidos;

27.4 Cel. Celso Ricardo Souto Maluf - responsabilizado em razão de sua participação na emissão de ordens bancárias que resultaram depósitos indevidos de valores nas contas bancárias dos favorecidos, no período compreendido entre 1994 e 1998, período em que ocupou diversas funções no Comando da 1ª RM (peça 30, p. 16). Nesse período, assinou ordens bancárias e relações de ordens bancárias;

27.5 Cel. Reinaldo Ezequiel da Costa - responsabilizado pelas ordens bancárias emitidas durante sua gestão na 1ª RM como ordenador de despesas (peça 30, p. 13). Nesse período, assinou diversas ordens bancárias e relações de ordens bancárias, resultando no depósito indevido dos valores nas contas bancárias dos favorecidos (peça 7, p. 45-46). Tinha o responsável ainda o dever funcional de verificar a emissão de tais documentos em sua unidade;

27.6 Cap. Adilson Alves Pinheiro - responsabilizado em virtude de ter sido o chefe da Seção de Finanças da 1ª RM, de 1º/10/1998 até 30/9/2003 (Peça 8, p. 15). De acordo com o IPM, diversas ordens bancárias e relações de ordens bancárias foram assinadas pelo responsável. Demais, várias testemunhas afirmaram que os recursos depositados em suas contas foram entregues ao Cap. Adilson (peça 30, p. 15-33). Ressalte-se que o Sr. Adilson Alves Pinheiro foi réu confesso (v. sentença peça 69, p. 1 - TC-015.604/2007-6) e foi condenado pela Justiça Militar a onze anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, pela prática de estelionato, em virtude de fatos tratados neste processo e naquele TC-(peça 69, p. 2 - TC-015.604/2007-6).

27.7 Cel. Airton Quintella de Castro Menezes - responsabilizado pelo período em que ocupou a função de chefe da Seção de Finanças e de ordenador de despesas (peça 30, p. 14-15). De acordo com o Relatório de Auditoria da TCE (peça 32, p. 2-27), exerceu função na maior parte do período em que ocorreram as irregularidades, e, além de sua omissão, houve também sua assinatura em diversas ordens bancárias e relações de ordens bancárias (peça 7, p. 46-50; peça 8, p. 1-14).

27.8 servidora civil Luciane Tinoco da Costa - responsabilizada em virtude de ter havido a digitação, com a senha da servidora, de ordens bancárias cujos favorecidos não possuíam direitos a quaisquer dos valores depositados. O IPM (peça 8, p. 49-50) e as ordens bancárias (peças 12 a 29) comprovam o afirmado;

27.9 servidora civil Vera Lúcia de Almeida Marques - responsabilizada em virtude de ter havido a digitação, com a senha da servidora, de ordens bancárias, cujos favorecidos não possuíam direitos a quaisquer dos valores depositados. O IPM (p. 47-49, peça 8) e as ordens bancárias (peças 12 a 29) comprovam o afirmado.

27.10 servidora civil Eunice Galdino da Costa - responsabilizada em virtude de ter havido a digitação, com a senha da servidora, de ordens bancárias cujos favorecidos não possuíam direitos a quaisquer dos valores depositados. O IPM (peças 7 e 8) e as ordens bancárias (peças 12 a 29) comprovam o afirmado;

27.11 Sgt. Luis Alberto Caldeira dos Santos - responsabilizado por todos os débitos apontados no presente processo, uma vez que trabalhou na Seção de Finanças de 1988 a 1996 (peça 30, p. 19) e permaneceu trabalhando ou comparecendo na seção, mesmo estando aposentado, até

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2003, conforme o IPM-Portaria 001-E/2 (peça 8, p. 33). Ressalte-se que o Sr. Luiz Alberto Caldeira dos Santos foi réu confesso (v. sentença peça 69, p. 1 - TC-015.604/2007-6) e foi condenado pela Justiça Militar a onze anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, pela prática de estelionato, em virtude de fatos tratados neste processo e no TC-015.604/2007-6 (peça 69, p. 3 do TC-015.604/2007-6).

28. Destaque-se que, em virtude da intrincada responsabilização, criou-se uma peça no presente processo (peça 52) com as tabelas de responsabilização por responsável e solidariedade, com vistas a auxiliar a realização das comunicações processuais, evitando-se assim o envio de inúmeros ofícios para o mesmo responsável, o que auxilia também o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa. Os nomes dos civis que não pertencem à Administração Pública foram incluídos nas tabelas demonstrativas de débito, para o caso de a proposta de retirada deles da relação processual não ser acatada pelo Ministro-Relator.

29. Em face dos elementos então detalhados, instrução de peça 53 propôs a retirada da relação processual das pessoas alheias à Administração Pública, em face da ausência de responsabilidade, de modo a não haver o julgamento de suas contas, e a citação dos Srs. Adilson Alves Pinheiro, Luiz Alberto Caldeira dos Santos, Celso Ricardo Souto Maluf, Airton Quintella Castro Menezes, Márcio Domeneck Salgado, Reinaldo Ezequiel da Costa, Luciane Tinoco da Costa, Eunice Galdino da Costa, Vera Lúcia de Almeida Marques e Antenor Rodrigues da Silveira Neto, de acordo com o conteúdo da peça 52 destes autos:

a) retirar da relação processual, excluindo suas responsabilidades no processo, sem o julgamento de suas contas, as pessoas alheias à Administração Pública constantes das páginas 22, 23 e 24 da peça 32 ;

b) citar, solidariamente, de acordo com o Anexo 1 da presente instrução (peça 53), nos termos dos artigos 10, § 1º, 11 e 12, incisos I e II, da Lei 8.443/1992 c/c os artigos 157, 201, § 1º, e 202, incisos I e II, do Regimento Interno do TCU, os responsáveis abaixo identificados para que, no prazo de quinze dias, contados a partir da ciência da citação, apresentem alegações de defesa e/ou recolham aos cofres do Tesouro Nacional as quantias elencadas no Anexo 1 da presente instrução, atualizadas monetariamente a partir das datas especificadas até a data do efetivo recolhimento e abatendo-se valores acaso já satisfeitos, nos termos da legislação vigente, em razão das seguintes ocorrências:

Responsáveis: Adilson Alves Pinheiro, Luiz Alberto Caldeira dos Santos, Celso Ricardo Souto Maluf, Airton Quintella Castro Menezes, Márcio Domeneck Salgado, Reinaldo Ezequiel da Costa, Luciane Tinoco da Costa, Eunice Galdino da Costa, Vera Lúcia de Almeida Marques e Antenor Rodrigues da Silveira Neto

Ocorrência: pagamentos indevidos no Comando da 1ª Região Militar, entre 1993 e 2003;Dispositivos violados: Princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade (art. 37,

caput, Constituição Federal); art. 964 da Lei 3.071/16; art. 876 da Lei 10.406/02; Artigos 107, 108, 109, 124 e 125 do Decreto 98.820/90.

III. CITAÇÕES30. Regularmente citados (ver tabela 1), os responsáveis Eunice Galdino da Costa, Vera

Lúcia de Almeida Marques, Luciane Tinoco da Costa, Carlos Geraldo da Silva (na figura da inventariante), Reinaldo E. da Costa, Airton Quintella de C. Menezes, Celso Ricardo Souto Maluf e Márcio Domeneck Salgado apresentaram alegações de defesa, na forma das peças listadas na última coluna da tabela 1. Por outro lado, os senhores Adilson Alves Pinheiro, Luiz Alberto Caldeira dos Santos e Antenor Rodrigues da Silveira Neto não as apresentaram.

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Tabela 1 - localização de ofícios de citação, ciência de responsáveis e alegações de defesaNome do Responsável Ofício de citação Autos Ciência ADCarlos Geraldo da Silva (falecido) 173/2013-SecexDefesa P. 61 P. 101 P. 75Adilson Alves Pinheiro 057/2013-SecexDefesa P. 63 P. 87 -Luciane Tinoco da Costa 078/2013-SecexDefesa P. 64 P. 86 P. 83Luiz Alberto Caldeira dos Santos 087/2013-SecexDefesa P. 65 P. 88 -Celso Ricardo Souto Maluf 088/2013-SecexDefesa P. 66 P. 89 P. 97Airton Quintella de Castro Menezes 089/2013-SecexDefesa P. 67 P. 90 P. 79Márcio Domeneck Salgado 090/2013-SecexDefesa P. 68 P. 91 P. 77Reinaldo Ezequiel da Costa 091/2013-SecexDefesa P. 69 P. 92 P. 104Eunice Galdino da Costa 092/2013-SecexDefesa P. 70 P. 93 P. 85Vera Lúcia de Almeida Marques 093/2013-SecexDefesa P. 71 P. 94 P. 82Antenor Rodrigues da Silveira Neto 094/2013-SecexDefesa P. 72 P. 95 -

IV. EXAME TÉCNICOAirton Quintella de Castro Menezes Alegações de defesa32. O defendente alegou, preliminarmente, que: a) foi incluído em dois processos perante o TCU (015.604/2007-6 e 006.166/2007-2) que

cobram o mesmo débito, com base em IPM. Na 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro tramita o Processo 2008.51.01.018716-6, tratando do mesmo tema, configurando ‘bis in idem’;

b) aequo modo, tramita na 3ª Auditoria da 1ª CJM a Ação Criminal Militar 62/05-3, sem decisão definitiva transitada em julgado, e por isso não pode ser responsabilizado neste processo de TCE sem que antes haja pronunciamento da Justiça Penal;

c) a responsabilidade há de ser definida pelo Poder Judiciário, pois caracterizaria profunda cizânia e danos irreparáveis decisões antagônicas proferidas pelo TCU e pelo Judiciário;

d) por tal razão, é inviável e impossível ao citado fazer frente a um débito com recursos que não possui e por ser vítima de ações delituosas de meliantes e finórios que, utilizando-se de sofisticados ardis, burlaram a vigilância estatal. Não fosse pelas denúncias anônimas seria impossível detectar a refinada fraude;

e) apura-se no devido processo judicial a participação dos fraudadores, muitos deles a ostentarem sinais externos de riqueza material, e as razões porque imputam ao citado acusações desprovidas de prova ou sequer indícios de fazer parte do esquema ou de haver laborado em omissão dolosa ao deixar de mencionar as ocorrências ou alterações nos depósitos feitos em contas de terceiros, sabidamente irregulares;

33. Após as alegações preliminares, o responsável requer o arquivamento deste processo, por entender que já responde no TC-015.604/2007-6, ou a suspensão do processo até o pronunciamento do Poder Judiciário.

34. Defesa Ad Cautelam: transcreve a defesa apresentada junto à 28ª Vara da Justiça Federal, tal como o fez no TC-015.604/200706. Em síntese:

a) é homem equilibrado e probo que dedicou 37 anos de sua vida ao serviço ativo do Exército, onde transitou sem qualquer mácula até ser colhido pelo nefasto evento que lhe enche de vergonha e revolta. Não amealhou bens materiais incompatíveis com seu soldo e proventos;

b) o volume de papéis para assinatura era grande, chegando a mais de 3 mil a cada ano, e que os servidores que o auxiliavam eram merecedores de confiança;

c) como encarregado do setor financeiro, tinha por encargo, tão somente, a execução do pagamento, da emissão da ordem bancária, já que todo o processo se apresentava montado e revisado pelas seções emissoras, contendo as assinaturas correspondentes;

d) o controle tinha que ser efetuado por amostragem, face à impossibilidade de análise detalhada de cada documento;

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e) o ordenador de despesas não tem como reconhecer, a priori, que uma nota fiscal é fraudada ou não. Existem os agentes designados para tal procedimento, desde a origem até o pagamento. Pelo amplo escopo de suas inúmeras atribuições, não tem como avaliar detalhadamente cada documento que assina, fazendo-o por amostragem;

f) para o OD, o documento apresentado goza da presunção da autenticidade e de fidúcia, sendo usual e necessária a confiança nos colaboradores, máxime num Escalão com duas Divisões compostas por dezessete seções, no qual o OD, além da atribuição de assinar documentos tem ainda que orientar, conduzir, acompanhar seus auxiliares, muitos ainda inexperientes, no cumprimento de suas atribuições;

g) o OD acumulava muitas funções, controlava 17 seções diferentes, e que não existia outra saída a não ser confiar nos subordinados. Segundo ele, cada agente deve responder pelos seus atos, inclusive pelos de induzir seus chefes a equívocos, e que a divisão de tarefas e a especialização deve prevalecer;

h) todos os beneficiários das fraudes capituladas mantinham relações de amizade ou parentesco com os réus Adilson e Caldeira. Nenhum deles, porém, em nenhum momento, se refere ao réu, Coronel Castro Menezes;

i) quanto às ‘adulterações em diversos relatórios de contas bancárias destinadas ao Banco do Brasil’ e ao rubricar ‘duas vias para uma mesma pessoa, porém com divergência na indicação da contas correntes’ reitere-se que todos os documentos dispunham de anexos e assinaturas dos agentes responsáveis, resultando, pois, de ser inferida sua correção. A detecção das fraudes demandaria análise minuciosa de cada documento, o que seria inexequível ante a exiguidade de tempo e o excesso de documentos analisados assinados a cada dia;

j) em nenhuma parte do IPM se aponta o depósito de dinheiros em nome de Castro Menezes, ou de familiares e/ou de pessoas ligadas a ele. Castro Menezes não ostenta sinais de enriquecimento sem causa e não possui patrimônio relevante;

k) a senha fornecida ao OD somente era válida para consultas ou emissão de relatórios. Nenhum documento poderia ser emitido ou adulterado, nada poderia ser registrado, alterado ou fraudado, pois o limite da senha era somente de consulta e emissão de relatórios;

35. Por fim, argumenta que o artigo 80, § 2º, do Decreto-lei 200/67, prescreve que o ordenador de despesas, salvo conivência, não é responsável por prejuízos causados à Fazenda Nacional decorrentes de atos praticados por agente subordinado que exorbitar das ordens recebidas.

Análises36. Inicialmente, cumpre registrar que a defesa apresentada pelo Sr. Airton Quintella é

muito próxima daquela apresentada do TC-015.604/2007-6. Por isso, algumas das análises a seguir será importada da instrução de mérito realizada naquele TC, a exemplo do parágrafo quarenta desta instrução.

37. O Cel. Airton Quintella de Castro Menezes ocupou diversas funções no Comando da 1ª RM, no período de 20/9/1993 a 31/12/2003, passando pelas funções de chefe das seções de Finanças e de Contabilidade até ordenador de despesas e, eventualmente, de chefe da Contadoria e da Divisão Administrativa (peça 30, p. 14-15). Portanto, era conhecedor da rotina administrativa da organização militar que envolvia processos de pagamentos, já que esteve sempre ocupando função afeta a aquela área no período em que ocorreram as irregularidades. Além de omissão no desempenho de suas atribuições, também houve sua assinatura em diversas ordens bancárias e relações de ordens bancárias, contribuindo para o dano causado do erário.

38. A questão preliminar alegada pelo Cel. Castro Menezes não deve ser acolhida, uma vez que não encontra fundamentos que a sustente. Em primeiro lugar, porque os débitos tratados nos TCs 006.166/2007-2 e 015.604/2007-6 se referem a ordens bancárias diversas, além de que os débitos relativos a este TC-referem-se à conta 2.1.2.1.2.01.00 - Pessoal a Pagar, enquanto os relativos a aquele, à conta contábil 2.1.1.4.9.01.00 - Depósito de Terceiros, embora o ‘modus

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operandi’ dos fraudadores tenha sido o mesmo. Logo, resta afastado o ‘bis in idem’, ou seja, a possibilidade de cobrança em duplicidade.

38.1 Segundo, a tramitação de ação de improbidade administrativa perante a 28ª Vara Federal, pelos mesmos fatos tratados nos TCs 006.166/2007-2 e 015.604/2007-6, até poderia constituir um caso de ‘bis in idem’, mas a situação se revolveria durante a fase de execução, em que o órgão encarregado, no caso a AGU, abateria os valores cobrados em duplicidade ou já recolhidos.

38.2 Terceiro, porque o princípio entre a independência das instâncias estabelece, conforme positivado no art. 935 do Código Civil, que em apenas dois casos há repercussão da decisão penal no âmbito civil e administrativo, quais sejam a inexistência do fato ou a negativa da autoria, situações que não se moldam ao presente caso, haja a vista a condenação do responsável em processo penal militar.

38.3 Quarto, porque, ao contrário do alegado, o TCU detém competência assegurada pela constituição para definir a responsabilidade de agentes que causarem prejuízos ao erário, conforme estabelecido no inciso II do art. 71 da Constituição Federal.

38.4 E, derradeiro, o argumento de ser inviável e impossível ao citado fazer frente a um débito com recursos que não possui, não constitui fundamento para excluí-lo da responsabilidade pelo débito, enquanto que a alegação de ser vítima de ações delituosas de meliantes e finórios é desmontada pela sua própria participação no esquema das fraudes, já que foi condenado na Justiça Militar pelo crime de estelionato, conforme se verifica de sentença acostada à peça 68, p. 47-78 do TC-015.604/2007-6.

39. Assim, suas alegações de defesa preliminares devem ser rejeitadas, bem assim o pedido de arquivamento deste processo, por já responder no TC-015.604/2007-6, ou a suspensão até o pronunciamento do Poder Judiciário.

40. Relativamente à defesa ad cautelam, reproduz-se aqui as análises empreendidas nos parágrafos 77 a 83 da peça 83 do TC-015.604/2007-6. In verbis:

77. Repise-se, neste caso, a independência de instâncias, assente no nosso ordenamento jurídico, porquanto o ato praticado pode violar preceito de apenas uma natureza, configurando-se o ato, por exemplo, como desobediência a preceito administrativo e civil, mas sem transgressão a preceito penal. Não se vê assim, qualquer dano irreparável a existir com sentenças distintas, haja vista que se houver ofensas concomitantes a diversas normas, sejam civis, administrativas ou penais, sofrerá o defendente tantas sanções quantas forem as transgressões.

78. Por este motivo, não deve também prosperar o requerimento de suspensão do processo, pois o artigo 935 do Código Civil estabelece apenas dois casos em que há repercussão de decisão penal no âmbito civil e administrativo, que é a inexistência do fato ou a negação de autoria, exceções que não se enquadram ao presente caso, já que o defendente foi condenado na Justiça Militar pelo crime de estelionato.

79. Seria obrigatório o exercício do controle hierárquico por parte do ordenador de despesas, não cabendo aqui a alegação de inviabilidade de controle, já que esta é uma determinação exposta no art. 13 do Decreto-lei 200/67.

80. A ausência de controle por parte do defendente denota sua omissão para o caso. Ademais, não restou comprovado nos autos que o defendente não foi conivente com as irregularidades. Ao contrário, aponta a sentença da Justiça Militar (p. 47-48, peça 68) que houve sim a participação do responsável nas irregularidades, de acordo com trecho transcrito a seguir:

A prova é contundente no sentido de que, como ordenador de despesas, no período compreendido de 01/11/1998 a 30/09/2003, o Cel. Castro Menezes participou de um grande esquema de desvio de verbas na 1ª Região Militar.

O Cap. Adilson Alves Pinheiro e o Sgt. Caldeira confirmam em seus depoimentos, respectivamente, às fls. 648/652 e 663/666, que o Cel. Castro Menezes fazia parte do esquema. Mas não é só. O Cel. Roberto Gomes Abraham, fiscal administrativo do Cmdo da 1ª RM de 1994 a

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2001, afirmou, às fls. 732/733, que o Cel. Castro Menezes, Cap. Adilson, Sgt. Caldeira e o funcionário Carlos, falecido e que fazia parte do esquema, costumavam se reunir após o expediente.

Além disso, o Cap. Amaury revelou às fls. 737/738 que recebeu orientação do Cel. Castro Menezes para que desse conformidade documental, sem restrição, mesmo sem ter todos os documentos para análise.

No entanto, o que mais chama a atenção e que não foi apresentada uma justificativa razoável — e nem poderia — diz respeito ao serviço prestado pelo Sgt. Caldeira no âmbito da 1ª RM, a partir de sua transferência para a reserva em 1988 até o ano de 2003, a pedido do Cel. Castro Menezes. Veja bem, não se está falando de um militar da reserva empregado na administração militar, o que é perfeitamente legal; porém, revela-se inexplicável a situação do Sgt. Caldeira que não possuía qualquer vínculo com o Exército que permitisse a prestação de serviços naquela Organização Militar. Interessante notar que o Cel. Roberto Gomes Abraham, no depoimento acima citado, questionou ao Cel. Castro Menezes por diversas vezes sobre essa situação do Sgt. Caldeira, mas nenhuma medida ele tomou. Ora, como justificar o acesso através de senhas ao Siafi, a dados bancários, por uma pessoa completamente estranha ao serviço, que por diversas vezes, era o primeiro a chegar e o último a sair da seção, ligando e desligando os computadores, tendo acesso a um sistema que deveria ser de uso restrito a pouquíssimos servidores civis e militares.

81. Pelo exposto, não se pode aplicar aqui o art. 80, § 2º do Decreto-lei 200/67, já que restou esclarecida a conivência do defendente com os atos irregulares praticados.

82. Não prospera também a afirmação de que tinha que confiar nos subordinados, já que era sua função exercer a fiscalização sobre os atos praticados. Igualmente, tem também o responsável culpa in eligendo, que é aquela proveniente da má escolha de um representante ou preposto, já que seus auxiliares participaram das irregularidades.

83. Por último, não trouxe o defendente aos autos qualquer documento que corrobore as suas afirmações, de modo diverso, os documentos constantes nos autos apontam exaustivamente para a participação do responsável nas irregularidades.

41. As razões apontadas pela Justiça Militar como fundamentos para condenação do Sr. Castro Menezes não deixam quaisquer dúvidas a respeito de sua participação do esquema de pagamento de ordens bancárias fraudadas, ao tempo que desmonta todas as suas alegações de defesa.

42. Adicionalmente, deve-se destacar que, diversamente do processo penal, a TCE destina-se a apurar os fatos, levantar o prejuízo causado ao erário e identificar os responsáveis. A condenação dos responsáveis, por sua vez, depende do nexo de causalidade entre a conduta do responsável e as irregularidades apontadas, incluindo o dano ao erário, considerando a individualização da conduta e a culpabilidade do agente.

43. Nota-se que todos os aspectos elencados aplicam-se ao caso: o dano ao erário decorreu da emissão e pagamento de ordens bancárias irregulares a terceiras pessoas que não faziam jus aos pagamentos. Assim como os demais militares envolvidos neste processo, o Sr. Castro Menezes participou do esquema de pagamento de OBs irregulares. Essa participação constitui-se em conduta reprovável do responsável e a sua culpabilidade advém tanto do desempenho de sua função pública de forma irregular, acobertando esquema de fraudes, quanto de participar de atos que resultaram em prejuízo ao erário. Portanto, restou caracterizado o nexo de causalidade entre a conduta reprovável do responsável e o prejuízo causado ao erário. Por isso, o Sr. Airton Quintella deve ser condenado a ressarcir o dano, solidariamente com os demais condenados nesta TCE.

Celso Ricardo Souto Maluf Alegações de Defesa44. Em síntese, o Sr. Celso Ricardo apresentou as seguintes alegações de defesa:a) as irregularidades que lhe foram injustamente atribuídas e o exame atento e ponderado

da prova revela a insustentabilidade da responsabilização do defendente;

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b) instaurou-se a TCE para apurar a emissão irregular de ordens de pagamento no exercício de 1998, quando exercia a função de ordenador de despesas da 1ª Região Militar, mas não se provou qualquer conduta dolosa do defendente;

c) o contexto da 1ª RM impedia um controle eficiente, arrastando o defendente para a aflitiva condição de vítima do sistema a que pertencia;

d) não há comprovação da efetiva apropriação de valores públicos; e) o volume de papéis para assinatura era grande, obrigando o ordenador de despesas a

fiscalizar por amostragem, presumindo a regularidade do processo e vendo-se na contingência de confiar nos auxiliares, que até então não inspiravam suspeita;

f) ainda que tenha assinado, em sua rotina funcional, ordens bancárias, algumas das quais com irregularidades, tal circunstância seria insuficiente para atribuir autoria ao defendente. O ordenador de despesas acumulava muitas funções, controlava 17 seções diferentes, e não existia outra saída a não ser confiar nos subordinados;

g) foi absolvido em decisão da Justiça Militar transitada em julgado e deverá ser isentado de qualquer obrigação adicional;

h) a absolvição surgiu como consequência do apurado na globalidade da prova, que apurou um conjunto de fatores que tornava o sistema vulnerável e que não lhe restava alternativa senão confiar em seus subordinados, para cumprir todas as suas funções;

i) não houve comprovação de autoria voluntária, materialidade, dolo e certeza quanto aos valores.

45. Por fim, alegando que o Ministério Público com atribuições na 3ª Auditoria da Justiça Militar não requereu sua condenação nem recorreu da sentença de absolvição, requereu, nos termos do § 2º do artigo 12 da Lei 8.443/1992, que se declare sanado o processo, em relação a ele, isentando-o de responsabilidade.

Análises46. As alegações de defesa apresentadas pelo Sr. Celso Ricardo são muito próximas

daquelas apresentadas em relação ao TC-015.604/2007-6. A participação do responsável nas irregularidades tratadas neste processo de TCE é a mesma descrita naquele TC, com a diferença de que se tratam de ordens bancárias diferentes. Por isso, aplica-se aqui as mesmas análises efetuadas naquele, quais sejam, as constantes dos itens 64 a 72 da peça 83 do TC-015.604/2007-6, a seguir reproduzidas:

64. ANÁLISE: Não devem ser acolhidas as alegações de defesa do senhor Celso Ricardo Souto Maluf, já que este foi Ordenador de Despesas do Comando da 1ª Região Militar em parte de 1995, 1996, 1997 e parte de 1998. A responsabilidade do defendente decorre do exposto no art. 71, inciso II, da Constituição Federal, art. 5º, inciso II da Lei 8.443/92 e art. 90 do Decreto-lei 200/67, já que os atos praticados pelo responsável resultaram em prejuízo ao erário público.

65. Deve ser destacado que a absolvição do defendente teve como amparo o art. 439, letra ‘e’ do CPPM, que trata da absolvição por insuficiência de provas, conforme se vê abaixo:

‘art. 439. O Conselho de Justiça absolverá o acusado, mencionando os motivos na parte expositiva da sentença, desde que reconheça:

a) estar provada a inexistência do fato, ou não haver prova da sua existência; b) não constituir o fato infração penal; c) não existir prova de ter o acusado concorrido para a infração penal; d) existir circunstância que exclua a ilicitude do fato ou a culpabilidade ou imputabilidade

do agente (arts. 38, 39, 42, 48 e 52 do Código Penal Militar); e) não existir prova suficiente para a condenação (grifo nosso); f) estar extinta a punibilidade.’ 66. Tal normativo não constitui fato impeditivo para o prosseguimento deste processo e

julgamento pela irregularidade das contas do responsável, com imputação de débito, já que o artigo 935 do Código Civil estabelece apenas dois casos em que há repercussão de decisão penal no

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âmbito civil e administrativo, que é a inexistência do fato ou a negação de autoria, exceções que não se enquadram ao presente caso. Caso o senhor Celso Ricardo Souto Maluf tivesse sido absolvido com base nas letras ‘a’ ou ‘c’, haveria repercussão obrigatória no presente processo, porém, foi a insuficiência de provas que resultou na absolvição, e não a sua total ausência.

67. A sentença proferida pela Justiça Militar é clara ao afirmar a participação do servidor, quando diz que:

Verifica-se que o acusado foi o ordenador de despesas nos seguintes períodos: de 27.07.1995 a 30.11.1995, de 01.12.1996 a 31.12.1996 e de 01.01.1997 a 30.09.1998. Nesses períodos, autorizou e legitimou diversas ordens bancárias que favoreceram diversas pessoas que não teriam direito ao recebimento daqueles valores. Contra ele, ‘pesam ainda os depoimentos do Cap. Adilson e do Sgt. Caldeira que o envolvem no esquema, afirmando que o acusado se beneficiava daqueles desvios. (p. 48, peça 68).

68. Apesar disso, optou a Justiça Militar pela absolvição do defendente. Ora, é assente no nosso ordenamento a independência de instâncias, porquanto o ato praticado pode violar preceito de apenas uma natureza, configurando-se o ato, por exemplo, como desobediência a preceito administrativo e civil, mas sem transgressão a preceito penal.

69. No caso em análise, obrigatório seria o controle hierárquico por parte do ordenador de despesas, não cabendo aqui a alegação de inviabilidade de controle, já que esta é uma determinação exposta no art. 13 do Decreto-lei 200/67, verbis:

art. 13 O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente: a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que governam a atividade específica do órgão controlado;

70. Tal controle não foi realizado pelo defendente, o que denota sua omissão para o caso. Ademais, não restou comprovado nos autos que o defendente não foi conivente com as irregularidades. Não prospera também a afirmação de que tinha que confiar nos subordinados, já que era sua função exercer a fiscalização sobre os atos praticados. Igualmente, tem também o responsável culpa in eligendo, que é aquela proveniente da má escolha de um representante ou preposto, já que seus auxiliares participaram das irregularidades.

71. Em outra vertente, cumpre destacar que a Constituição Federal (art. 71, II, in fine) responsabiliza todos aqueles derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público, ou seja, o processo no TCU em muito difere do processo criminal, pois não há necessidade de comprovação nos presentes autos da comprovação da efetiva apropriação de valores públicos, de que houve evolução patrimonial desproporcional, ou até mesmo de dolo por parte do responsável. O que importa para esta Corte de Contas é que os atos praticados pelo defendente contribuíram de forma inequívoca para a consumação do dano ao erário.

72. Em virtude da independência entre a instância criminal e civil ou administrativa, consagrada em nosso ordenamento jurídico, não deve prosperar o pedido de suspensão do processo, bem como não há qualquer problema quanto à divergência de valores entre as ações que tramitam neste Tribunal e na Justiça Federal, visto que possível disparidade se resolve quando da fase de execução, e valores porventura pagos em face de decisão deste Tribunal, poderão ser abatidos do débito apontado pela Justiça Federal, se tiverem o mesmo fato gerador.

47. Adicionalmente, o Sr. Celso Ricardo equivoca-se ao alegar que o exame criterioso desta TCE, tal como ocorreu na Justiça Militar, não gera elementos de convicção no sentido de se considerá-lo responsável por irregularidades, notoriamente praticadas por outros servidores que se valeram da fragilidade do sistema fiscalizador, uma vez que uma decisão condenatória exige indiscutida comprovação de autoria voluntária; que a materialidade pela prova inequívoca de apropriação de valores públicos em proveito pessoal ou de terceiros, com efetiva participação do acusado, não ocorreu neste procedimento; e que a comprovação de dolo específico ou conduta

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intencional e consciente, jamais foi configurada ao longo do processo. Na realidade, o responsável tenta se socorrer de fundamentos inerentes ao processo penal.

48. Mas diversamente do processo penal, a TCE destina-se a apurar os fatos, levantar o prejuízo causado ao erário e identificar os responsáveis. A condenação dos responsáveis, por sua vez, depende do nexo de causalidade entre a conduta do responsável e as irregularidades apontadas, incluindo o dano ao erário, considerando a individualização da conduta e a culpabilidade do agente.

49. Nota-se que todos os aspectos elencados aplicam-se ao caso: o dano ao erário decorreu da emissão e pagamento de ordens bancárias irregulares a terceiras pessoas que não faziam jus aos pagamentos. Assim como os demais militares envolvidos neste processo, o Sr. Celso Ricardo participou do esquema de pagamento de OBs irregulares. Essa participação constitui-se em conduta reprovável do responsável e a sua culpabilidade advém tanto do desempenho de sua função pública de forma irregular, quanto de participar de atos que resultaram em prejuízo ao erário. Portanto, restou caracterizado o nexo de causalidade entre a conduta reprovável do responsável e o prejuízo causado ao erário. Por isso, o Sr. Celso Ricardo deve ser condenado a ressarcir o dano, solidariamente com os demais condenados neste processo.

Márcio Domeneck Salgado Alegações de defesa50. Como antecedentes, alegou que:a) não há comprovação da efetiva apropriação de valores públicos; b) verifica-se o envolvimento de muitos agentes, tomando impossível individualizar

condutas e apurar, corretamente, a responsabilidade individual;c) não se provou, efetivamente, a apropriação de bens ou valores atribuída ao Defendente; d) na Justiça Militar não se procedeu a uma perícia contábil adequada, nem ao exame das

contas bancárias dos envolvidos, tomando, assim, insuficiente e inidôneo, o conjunto probatório, para apoiar decisão aflitiva;

e) o processo judicial terminou em polêmica decisão condenatória, ora em fase de recurso perante o Supremo Tribunal Federal;

f) a sentença condenatória não transitou em julgado, pois além do Defendente, outros acusados dela recorreram e os autos foram remetidos ao Superior Tribunal Militar.

51. Alegou preliminar de inconstitucionalidade por ausência de res judicata:a) o teor do ofício compelindo o Defendente a pagar o valor de R$ 707.062,28 contém

cominação impossível de ser adimplida, pois este vive de proventos da inatividade, modestos e limitados, não possuindo patrimônio que permita pagamento de tal monta;

b) em procedimento análogo, na TCE 015.604/2007-6, instaurada a propósito dos mesmos fatos, o Defendente se viu intimado a pagar R$ 1.575.970,77, valor atualizado até 26/10/2010, igualmente inalcançável. Esta cobrança dupla originada pelos mesmos fatos encerra um autêntico ‘bis in idem’;

c) este procedimento administrativo não deveria se concluir antes de transitar em julgado a sentença a ser proferida pela Justiça Militar, sem embargo da independência das instâncias, pois, uma vez proclamada, de forma definitiva, tanto a inexistência do fato ou de prova de não ter o acusado concorrido para a irregularidade, iníqua seria a decisão administrativa de condenação ao pagamento das quantias que ora são impostas ao Defendente.

52. Alegou segunda preliminar de inconstitucionalidade - Ação Civil Pública:a) este mesmo débito, com outro valor, constitui objeto de Ação Civil Pública, em curso

perante o Juízo da 28ª Vara da Justiça Federal - Processo 0018716-28.2008.4.02.5101. Nesta ação civil pública, o Ministério Público Federal postula o ressarcimento da quantia de R$ 10.863.486,30 que teriam sido desviados do Erário;

b) ao cabo de uma apuração polêmica e açodada, impõe-se a um militar inativo o pagamento de pretendidos débitos que somam, após correção parcial, de uma feita, R$ 707.062,28,

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e de outra R$ 1.575.970,77. Cabe indagar como um inativo que recebe mensalmente cerca de R$10.000,00 líquidos, poderá pagar mais de dois milhões de reais?;

c) não se constatou que o Defendente tenha auferido em proveito próprio, ou concorrido intencionalmente para que terceiros lograssem vantagem ilícita, em decorrência de fraude nas emissões de ordens bancárias, não detectadas pela filtragem deficiente que o sistema proporciona;

d) tampouco sinais de riqueza incompatíveis com a condição de militar vieram a lume, tanto na esfera penal militar como nesta Tomada de Contas. O débito ora cobrado é inviável e impossível de cumprir, pois o Defendente, com os parcos proventos que recebe, levaria 228 meses, ou mais de l9 anos, para saldá-lo.

53. Alegou disparidade do débito:a) outro ponto a contaminar este procedimento, reside na disparidade dos valores exigidos

ao Defendente;b) ele recebeu, neste procedimento, intimação para se defender ou pagar R$ 707.062,28.

No TC-015.60412007-6, a intimação determinava o pagamento de R$ 1.575.970,77, ao passo que perante o Juízo da 28ª Vara Federal, a despeito de inexistir decisão transitada em julgado, pretende-se a quantia de R$ 10.863.486,30;

c) inaceitável exigir do cidadão, ao cabo de procedimentos originados pelos mesmos fatos, valores dispares em patamares absolutamente inatingíveis pelo orçamento de um servidor inativo;

d) pergunta-se qual o débito a ser pago: R$ 707.062,28 aqui exigidos, os R$ 1.575.970,77, objeto do TC-015.604/2007-6, ou os R$ 10.863.486,30 referidos no mandado de citação da 28ª Vara da Justiça Federal? Ou estaria o Defendente obrigado a pagar os três débitos?;

e) por que não aguardar o Supremo Tribunal Federal que decidirá, efetivamente, sobre a existência do alegado débito, seu valor exato, bem como eventuais responsáveis? A absolvição constitui circunstância que, per se, afastaria a obrigação de efetuar qualquer pagamento ou ressarcimento. Não há, pois, a certeza quanto ao responsável pelo cumprimento da obrigação, nem quanto ao valor ou em relação à instância competente para receber.

54. Sintetizou que:a) o exame acurado e criterioso desta TCE não gera elementos de convicção no sentido de

se considerar o Defendente responsável por irregularidades, notadamente praticadas por outros servidores que se valeram da fragilidade do sistema fiscalizador, pois uma decisão condenatória exige: i) indiscutida comprovação de autoria voluntária; ii) materialidade pela prova inequívoca de apropriação de valores públicos em proveito pessoal ou de terceiros, com efetiva participação do acusado, o que não ocorreu neste procedimento; iii) a comprovação de dolo específico ou conduta intencional e consciente, jamais configurado ao longo do processo; iv) decisão judicial condenatória, passada em julgado; e v) certeza quanto aos valores a serem pagos pelos responsáveis;

b) contudo, restou demonstrado que o sistema operacional da 1ª Região Militar se achava comprometido pelo acúmulo de serviço, carga de trabalho insuportável e impossível de ser atendida por reduzido número de servidores, tomando, assim, inexigível conduta diversa, na hipótese do Defendente não detectar irregularidade na documentação submetida à sua assinatura.

55. Por fim, considerando que i) o Ministério Público Militar e o Conselho Especial de Justiça da 3ª Auditoria de Justiça Militar reconheceram dificuldades na apuração das alegadas irregularidades; ii) a sentença condenatória não transitou em julgado em relação ao Defendente; iii) a prova reunida nesta Tomada de Contas se apresenta débil e inconsistente em relação ao Defendente; iv) a existência de ação civil pública, perseguindo este mesmo débito, inviabiliza o prosseguimento deste procedimento administrativo; v) não há certeza em relação ao valor a ser pago, nem à instância competente para o recebimento, requereu a suspensão deste procedimento até que haja decisão definitiva pela 28ª Vara da Justiça Federal, além do julgamento definitivo dos recursos encaminhados ao Supremo Tribunal Federal, pois não é o responsável pelas irregularidades que geraram os débitos ora em cobrança, isentando-o de qualquer obrigação adicional.

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Análises56. O Sr. Márcio Domeneck Salgado foi o chefe da Seção de Finanças da 1ª RM nos

seguintes períodos: de 1º/1/1993 até 31/12/1993; de 21 a 28/2/1994; de 9/7/1994 até 25/9/1994; e de 1º a 31/1/1995 (peça 30, p. 14). Nessa função, assinou ordens bancárias e relações de ordens bancárias, permitindo e contribuindo para que valores fossem depositados em contas correntes de favorecidos inidôneos.

57. Os principais pontos de sua defesa residem no fato de haver ação judicial ainda não transitada em julgado, em relação a ele, e na existência de ação civil pública em trâmite na 28ª Vara da Justiça Federal. Mas tais argumentos são improcedentes, com se demonstrará adiante.

58. Relativamente aos antecedentes alegados pelo responsável, nenhum procede, senão, veja-se: em primeiro lugar, não há como prosperar a alegação de que não houve comprovação da efetiva apropriação de valores públicos, haja a vista a profusão de ordens bancárias à custa do erário.

58.1 Em segundo lugar, nada obstante a grande quantidade de pessoas envolvidas, foi possível individualizar as condutas dos responsáveis e apurar a responsabilidade de cada um.

58.2 Em terceiro, a apropriação de bens ou de valores pelo responsável não é pressuposto de constituição de TCE, mas sim a ocorrência de dano ao erário, o qual contou com participação e contribuição do Sr. Domeneck.

58.3 Em quarto, o fato de a Justiça Militar não ter procedido a uma perícia contábil, nem ao exame das contas bancárias dos envolvidos, caso não tenha feito, também não constitui motivo de impedimento para julgamento das contas especiais do responsável, haja vista a independência entre as instâncias administrativas, civis e penais.

58.4 Em quinto, a alegação de polêmica decisão judicial condenatória não produz consequências perante este processo.

58.5 Por derradeiro, o fato de ainda não haver sentença judicial transitada em julgado também não obsta o prosseguimento da presente TCE, haja vista a independência entre as instâncias administrativas e penais.

59. Relativamente à alegação de inconstitucionalidade pela ausência de res judicata, ou de coisa julgada, inicialmente deve-se afastar a possibilidade de estar havendo cobrança em duplicidade. Os valores apontados no TC-015.604/2207-6 e neste processo se referem a ordens bancárias diferentes, conforme se apontou nos itens 18 e 38 desta instrução. Logo, totalmente improcedente a alegação de ‘bis in idem’.

59.1 Adicionalmente, a alegação de iniquidade da decisão administrativa de condenação ao pagamento das quantias que ora são impostas ao responsável, caso ele venha a ser absolvido pela Justiça Militar, ou pela inexistência do fato, ou provada a sua não participação no fato, não prospera, uma vez que absolvição na esfera criminal por negativa de fato ou de autoria vincularia o procedimento administrativo, obrigatoriamente. Neste possível caso, desconstituir-se-ia a decisão administrativa.

59.2 Assim, a alegação de inconstitucionalidade pela ausência de ‘res judicata’ também deve ser rejeitada.

60. No que se refere à inconstitucionalidade em virtude de existência de uma ação civil pública contra o responsável, também neste caso a alegação é improcedente, haja vista que a tramitação da referida ação na Justiça Federal em nada obsta a apuração do prejuízo ao erário por esta Corte de Contas, conforme já comentado.

60.1 Para a condenação em débito não é necessário que o responsável tenha auferido proveito próprio, ou concorrido intencionalmente para que terceiros lograssem vantagem ilícita em decorrência de fraude nas emissões de ordens bancárias. O que é relevante é a participação do agente no cometimento do dano ao erário. Ademais, ausência de sinais de riqueza incompatíveis com a condição de militar também não é fator impeditivo para condenação em tomada de contas especiais.

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60.2 A incapacidade de pagamento do débito não constitui óbice para condenação em débito. Isso porque a condenação em débito nada tem a ver com a capacidade de pagamento do referido débito. Caso o condenado não possua capacidade financeira para quitar o débito, é evidente que não irá quitá-lo. No entanto, pode ser que venha a obter os recursos. Nunca se sabe sobre o futuro. Contudo, a condenação têm efeitos que vão além dos financeiros. Através da condenação em débito, a sociedade passa a ter ciência que suposta pessoa foi condenada pelo TCU por causar prejuízos ao erário em virtude de exercer função pública de forma condenável, podendo ser, conforme o caso, inabilitada para o desempenho de cargos em comissão e função de confiança na administração pública por certo prazo, entre outras sanções.

61. Relativamente à alegação de disparidade do débito, também não tem o condão de afastar a responsabilidade do responsável. Os valores tratados neste TC-e no TC-015.604/2007-6, que estão sendo cobrados do Sr. Domeneck, solidariamente com outros responsáveis, referem-se a ordens bancárias diferentes, não se constituindo valores repetidos. Quanto aos cobrados na mencionada ação civil pública, não são objeto de apuração por esta TCE. Portanto, resta improcedente a alegação de que não há certeza quanto ao responsável pelo cumprimento da obrigação, nem quanto ao valor ou em relação à instância competente para receber o débito.

62. A propósito, em virtude da independência entre as instâncias criminal, civil e administrativa, consagrada em nosso ordenamento jurídico, não há qualquer problema quanto à divergência de valores entre as ações que tramitam neste Tribunal e na Justiça Federal, visto que possível disparidade se resolve quando da fase de execução, e valores porventura pagos em face de decisão deste Tribunal, poderão ser abatidos do débito apontado pela Justiça Federal, se tiverem o mesmo fato gerador.

63. Equivoca-se o responsável ao afirmar que o exame acurado e criterioso desta TCE não gera elementos de convicção no sentido de se considerá-lo responsável por irregularidades, uma vez que uma decisão condenatória exigiria comprovação de autoria voluntária, prova inequívoca de apropriação de valores públicos em proveito pessoal ou de terceiros, com efetiva participação do acusado, comprovação de dolo específico ou conduta intencional e consciente, e decisão judicial condenatória, passada em julgado. Na realidade, os elementos de convicção estão assentados no dano ao erário, na conduta e participação do agente e do nexo de causalidade entre a conduta e o dano causado.

64. Neste contexto, a Constituição Federal (art. 71, II, in fine) responsabiliza todos aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. Nessa circunstância, o processo no TCU difere do processo criminal, pois não há necessidade de comprovação da efetiva apropriação de valores públicos, de que houve evolução patrimonial desproporcional, ou até mesmo de dolo por parte do responsável. O que importa para esta Corte de Contas é que os atos praticados pelo defendente contribuíram de forma inequívoca para a consumação do dano ao erário.

65. As alegações de que o sistema operacional da 1ª RM se achava comprometido pelo acúmulo de serviço, carga de trabalho insuportável e impossível de ser atendida por reduzido número de servidores, tornando, assim, inexigível conduta diversa, na hipótese do Defendente não detectar irregularidade na documentação submetida à sua assinatura, seria um bom atenuante não fosse a participação do Sr. Domeneck no esquema das fraudes das ordens bancárias, demonstrada a seguir, com base na sentença judicial de 30/7/2009 (P. 68, p. 48-49 do TC-015.604/2007-6). In verbis:

Foi o chefe da seção de finanças da 1ª Região Militar nos seguintes períodos: de 01.01.1993 a 31.12.1993, de 21.02.1994 a 28.02.1994, de 09.07.1994 a 25.09.1994 e de 01.01.1995 a 31.01.1995. Nessa função, assinou ordens bancárias, relacionadas na denúncia, que beneficiaram diversas pessoas sem qualquer vínculo com o Exército que autorizasse o recebimento daqueles valores pagos pela administração militar.

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(...) além dos depoimentos do Cap. Adilson e do Sgt. Caldeira, que o envolve no esquema, existem provas contundentes da sua participação, pois alguns desses ‘laranjas’ possuíam estreito vínculo familiar e afetivo com o Cel. Domeneck.

Constata-se que, entre aqueles, encontram-se Adagmar Almeida de Oliveira, sogra do acusado, Kátia Arnaldo de Azevedo, com quem manteve um relacionamento afetivo e tiveram um filho, Mara Azevedo, irmã de Kátia, Wanderley da Silva Lobo, amigo e frequentador do mesmo Centro Espírita, tudo minuciosamente descrito na peça inaugural.

Todos declararam que cederam seus nomes e respectivas contas a pedido do Cel. Domeneck, que, para cada um, apresentava uma justificativa diferente, sendo que todos devolveram os valores recebidos, em espécie ou deixando diversos cheques assinados com ele.

Como justificar tantas evidências que demonstram total participação no esquema? Verifica-se que os próprios amigos e familiares confirmam que receberam os valores, repassando-os, em seguida, ao Cel. Domeneck. Não há como aceitar as justificativas do acusado (...).

Assim, ao utilizar fraude, consistente no emprego de artifício pela falsificação de ordens bancárias, que ensejaram a obtenção de vantagem ilícita, causando prejuízo à administração militar, praticou o delito de estelionato, na forma continuada, pois obteve as vantagens valendo-se das mesmas circunstâncias, em razão da função exercida e dos meios utilizados.

66. Adicionalmente, entende-se oportuno reproduzir a análise empreendida no TC-015.604/2007-6, em relação ao Sr. Domeneck, a fim de demonstrar que não houve alteração em relação aos fundamentos que foram utilizados para propor sua responsabilização.

40. ANÁLISE: Não devem ser acolhidas as alegações de defesa do responsável, haja vista que o senhor Márcio Domeneck Salgado foi chefe da seção de finanças da 1ª Região Militar em 1993, parte de 1994 e 1995. A responsabilidade do defendente decorre do exposto no art. 71, inciso II, da Constituição Federal, art. 5º, inciso II da Lei 8.443/92 e art. 90 do Decreto-lei 200/67, já que os atos praticados pelo responsável resultaram em prejuízo ao erário público.

41. No caso em tela, obrigatório seria o controle hierárquico por parte do ordenador de despesas, não cabendo aqui a alegação de inviabilidade de controle, já que esta é uma determinação exposta no art. 13 do Decreto-lei 200/67, verbis:

art. 13. O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente: a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que governam a atividade específica do órgão controlado;

42. Tal controle não foi realizado pelo defendente, o que denota sua omissão para o caso. Ademais, não restou comprovado nos autos que o defendente não foi conivente com as irregularidades. Ao contrário, consta em sua própria defesa (p.57, peça 47) que forneceu contas bancárias ao senhor Carlos Geraldo da Silva, servidor falecido que de forma conveniente foi culpado pelo defendente, já que este faleceu e sequer teve a oportunidade de se defender na Justiça Militar ou nos presentes autos.

43. Não prospera também a afirmação de que tinha que confiar nos subordinados, já que era sua função exercer a fiscalização sobre os atos praticados. Igualmente, tem também o responsável culpa in eligendo, que é aquela proveniente da má escolha de um representante ou preposto, já que seus auxiliares participaram das irregularidades.

44. Em outra vertente, cumpre destacar que a Constituição Federal (art. 71, II, in fine) responsabiliza todos aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público, ou seja, o processo no TCU em muito difere do processo criminal, pois não há necessidade de comprovação nos presentes autos da comprovação da efetiva apropriação de valores públicos, de que houve evolução patrimonial desproporcional, ou até mesmo de dolo por parte do responsável. O que importa para esta Corte de Contas é que os atos praticados pelo defendente contribuíram de forma inequívoca para a consumação do dano ao erário.

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45. Em virtude da independência entre a instância criminal e civil ou administrativa, consagrada em nosso ordenamento jurídico, não há qualquer problema quanto à divergência de valores entre as ações que tramitam neste Tribunal e na Justiça Federal, visto que possível disparidade se resolve quando da fase de execução, e valores porventura pagos em face de decisão deste Tribunal, poderão ser abatidos do débito apontado pela Justiça Federal, se tiverem o mesmo fato gerador. Tampouco deve prosperar o requerimento de suspensão do processo, pois o artigo 935 do Código Civil estabelece apenas dois casos em que há repercussão de decisão penal no âmbito civil e administrativo, que é a inexistência do fato ou a negação de autoria, exceções que não se enquadram ao presente caso, já que o defendente foi condenado na Justiça Militar pelo crime de estelionato.

46. Propõe-se, portanto, a rejeição das alegações de defesa do responsável, julgando irregulares suas contas e imputando-lhe débito, de acordo com os valores expostos no Quadro 10 da presente instrução.

67. Portanto, não devem ser acolhidas as alegações de defesa do responsável, haja vista que o senhor Márcio Domeneck Salgado foi chefe da seção de finanças da 1ª RM em 1993, parte de 1994 e 1995. Sua responsabilidade decorre do exposto no art. 71, inciso II, da Constituição Federal, art. 5º, inciso II, da Lei 8.443/92 e art. 90 do Decreto-lei 200/67, já que os atos praticados por ele resultaram em prejuízo ao erário.

68. Assim, propor-se-á a rejeição das alegações de defesa do responsável, o julgamento pela irregularidade de suas contas e sua condenação em débito, solidariamente com os demais condenados nesta TCE, de acordo com os valores apontados na peça 52.

Reinaldo Ezequiel da CostaAlegações de Defesa69. Apresentou as seguintes alegações de defesa:a) fora responsabilizado por suposta conduta ilícita - peculato (art. 303, CPM), concurso

(art. 53, CPM) e crime continuado (art. 80, CPM) - praticada no exercício das atribuições, deveres e responsabilidades de ordenador de despesas do Comando da 1ª Região Militar, nos anos de 1993, 1994, 1995 e 1996, apenas por ter autorizado pagamentos indevidos;

b) após analisar os fatos, decidiu o Exmº Dr. Juiz-Auditor Militar, em ato de convencimento, rejeitar a denúncia oferecida pelo MPM, no que dizia respeito, entre outros denunciados, ao Coronel Reinaldo Ezequiel da Costa, em face de ausência de suporte probatório mínimo. A rejeição, arguta e exercida com muito tirocínio, demonstrou ser da responsabilidade do intérprete da lei a recusa da denúncia quando não houver a descrição do fato tido como ilícito. Restabeleceu S. Exa. a verdade ao demonstrar que a lei exige tal descrição, pois não basta uma simples referência às peças avulsas ou àquilo que se apurou na fase de instrução, é preciso expor textualmente o fato;

c) compete ao OD compulsar os processos e, não havendo ressalvas, como normalmente não existem, autorizar, conforme o caso, os seus pagamentos e/ou cancelamentos. Assim, o ora responsabilizado, no exercício da função de OD não participou do processo de geração de direitos, sendo apenas partícipe, como sói deveria acontecer, do cumprimento de determinações administrativas, haja vista ter a responsabilidade de gerir os recursos da União, postos à disposição da 1ª RM;

d) equivocou-se o órgão fiscalizador originário (1ª ICFEx) ao impingir ao ora responsabilizado parcela dos prejuízos causados à Fazenda Nacional, decorrentes de atos praticados por agentes subordinados que tenham exorbitado das ordens recebidas, uma vez que o mesmo não incorreu em ato ilícito de obtenção/apropriação direta ou indireta de recursos financeiros públicos desviados fraudulentamente, nem, e aí reside o fundamento de defesa, de recebimento de, até mesmo, parte dos recursos desviados;

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e) atente-se não existir prova de fato ou relação de causa e efeito que demonstre ter o mesmo obtido qualquer vantagem ilícita ou ter sido conivente ou facilitador da fraude perpetrada, além de não haver subsídios, na sua espécie, para uma mera definição de conduta inapropriada;

f) vislumbrando a inexistência de prova de fato e consciência e/ou vontade em contribuir para a prática de qualquer infração, até mesmo na esfera administrativa, consoante a Teoria da Imputação Objetiva, há que se falar em Critério de Exclusão onde o agente não deve ser responsabilizado se sua ação baseou-se na crença de que outrem agiria certamente de determinada forma ou de que todas as pessoas seriam razoavelmente responsáveis;

g) na hipótese dessa Egrégia Corte acolher os argumentos suscitados in dúbio pro reo, onde a prova do inquérito não confirmada em juízo não pode ser suficiente para formar o convencimento do julgador, requer-se mandar excluir do rol dos responsáveis o Coronel R/1 Reinaldo Ezequiel da Costa pelo suposto ato de improbidade administrativa - pagamentos indevidos no Cmdo da 1ª RM;

h) firma-se tal certeza, em primeiro lugar, nos atos ilícitos que foram praticados por terceiros, já identificados em processo penal, e que implicaram, dado o seu valor considerável, enriquecimento ilícito. Em segundo lugar, não há prova concreta de sua participação na fraude, que se perpetrara, segundo apurado em IPM, por cerca de um decênio (1993/2003). Em terceiro lugar, a mesma lei que disciplina a necessidade de coibir atos de improbidade administrativa também aponta a necessidade de tornar exigível a prova de tal circunstância.

Análises70. A alegação de que o responsável não teve a denúncia aceita pelo Poder Judiciário não

tem implicância neste processo de TCE. Segundo a defesa do responsável, a rejeição demonstrou ser da responsabilidade do intérprete da lei a recusa da denúncia quando não houver a descrição do fato tido como ilícito. A denúncia contra o Cel. Ezequiel centrou-se no crime de peculato, associado com concussão e crime continuado.

71. Fernando Capez (Curso de Direito Penal, parte especial, vol. 3, 2ª Ed, 2005, p. 398) ensina que o dolo é o elemento subjetivo do crime de peculato, consubstanciado na vontade livre e consciente de agir. Embora o tipo penal contente-se com o dolo eventual, ausente o dolo, exclui-se o tipo penal.

72. Tendo a Justiça Militar considerado ausente o dolo do Cel. Ezequiel, nenhum reparo há de ser feito na citada decisão.

73. Contudo, a situação não se amolda aos processos de TCE desenvolvidos por esta Corte de Contas. Diversamente do processo penal, a TCE destina-se a apurar os fatos, levantar o prejuízo causado ao erário e identificar os responsáveis. A condenação dos responsáveis, por sua vez, depende do nexo de causalidade entre a conduta do responsável e as irregularidades apontadas, incluindo o dano ao erário, considerando a individualização da conduta e a culpabilidade do agente.

74. Para a condenação em débito não é necessário que o responsável tenha auferido em proveito próprio, ou concorrido intencionalmente para que terceiros lograssem vantagem ilícita, em decorrência de fraude nas emissões de ordens bancárias. O que é relevante é participação do agente no cometimento do dano ao erário.

75. Ademais, cumpre destacar que a Constituição Federal (art. 71, II, in fine) responsabiliza todos aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. Nessa circunstância, o processo no TCU difere do processo criminal, pois não há necessidade de comprovação nos presentes autos da efetiva apropriação de valores públicos, de que houve evolução patrimonial desproporcional, ou até mesmo de dolo por parte do responsável. O que importa para esta Corte de Contas é que os atos praticados pelo defendente contribuíram de forma inequívoca para a consumação do dano ao erário.

76. Nota-se que todos os aspectos elencados aplicam-se ao caso: o dano ao erário decorreu da emissão e pagamento de ordens bancárias irregulares a terceiras pessoas que não faziam jus aos pagamentos. Assim como os demais militares envolvidos neste processo, o Cel. Ezequiel participou

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do esquema de pagamento de OBs irregulares por ter assinado diversas ordens bancárias e relação de ordens bancárias fraudadas. Veja-se que ele assinou 32 OBs entre 1993 e 1996, fato que afasta qualquer alegação no sentido de eximir-se de culpa por não lhe poder ser exigida conduta diversa. O nexo de causalidade se forma entre a conduta reprovável do responsável e o prejuízo causado ao erário. Por isso, o Sr. Cel. Ezequiel deve ser condenado a ressarcir o dano, solidariamente com os demais condenados.

77. Sua responsabilidade decorre do exposto no art. 71, inciso II, da Constituição Federal e no art. 5º, inciso II, da Lei 8.443/92, já que os atos por ele praticados resultaram em prejuízo ao erário. Não cabe alegar a legitimidade dos documentos fraudados, e que não havia outra opção senão deferi-los, uma vez que, como ordenador de despesas, deveria ter exercido o controle hierárquico dos demais agentes envolvidos, na forma do art. 13 do Decreto-lei 200/67.

78. Tal controle não foi realizado pelo responsável, o que denota sua omissão para o caso. Não restou comprovado, nos autos, que o defendente não tenha sido conivente com as irregularidades. Não trouxe aos autos nenhuma prova concreta de sua não participação nas irregularidades nem demonstrou exercer qualquer controle com vistas a verificar a ilicitude das OBs fraudulentas, mesmo que na forma de amostragem aleatória. Ademais, o responsável também tem culpa in eligendo, aquela proveniente da má escolha de um representante ou preposto, já que seus auxiliares participaram das irregularidades.

79. Portanto, não devem ser acolhidas as alegações de defesa do responsável, haja vista que o Sr. Reinaldo Ezequiel da Costa foi ordenador despesas da 1ª RM de 1º/5/93 a 30/11/96, tendo, nesse período, assinado mais de trinta ordens bancárias irregulares que resultaram em prejuízo ao erário.

80. Assim, propor-se-á a rejeição das alegações de defesa do responsável, o julgamento pela irregularidade de suas contas e sua condenação em débito, de acordo com os valores apontados na peça 52, solidariamente com os demais responsáveis condenados nesta TCE.

Adilson Alves Pinheiro81. Não apresentou alegações defesa, devendo ser considerado revel, dando-se

prosseguimento ao processo, conforme preceituam o artigo 12, § 3º, da Lei 8.443/1992, c/c o artigo 202, § 8º, do Regimento Interno do TCU.

Análises82. O Cap. Adilson Alves Pinheiro está sendo responsabilizado em virtude de ter sido

chefe da Seção de Finanças da 1ª Região Militar de 1º/10/1998 até 30/11/2003 (peça 8, p. 15). De acordo com o IPM-Portaria 001-E/2 (Res, de 09/10/2003), diversas ordens bancárias e relações de ordens bancárias foram assinadas pelo responsável, bem como várias testemunhas afirmaram que os recursos depositados em suas contas foram entregues ao Cap. Adilson (peça 30, p. 15-33).

83. A propósito, o Cap. Adilson Alves Pinheiro foi réu confesso (v. sentença peça 69, p. 1 do TC-015.604/2007-6) e foi condenado pela Justiça Militar a onze anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, pela prática de estelionato, em virtude de fatos tratados neste processo e no TC-015.604/2007-6 (peça 69, p. 2, do TC-015.604/2007-6).

84. Embora não tenha apresentado alegações de defesa, os elementos constantes dos autos, especialmente a sentença judicial condenatória, apontam para a irregularidade nas contas do Cap. Adilson, exercidas na função de chefe da Seção de Finanças da 1ª Região Militar. Neste propósito, reproduz-se excerto da referida sentença em relação ao responsável Adilson (peça 68, p. 50 do TC-015.604/2007-6), in verbis:

Constata-se que diversos ‘laranjas’ utilizados pelo Cap. Adilson possuíam estreita relação de amizade ou parentesco com ele, como por exemplo: Cacilda Souza da qual era cliente na compra de produtos cosméticos; José Reinaldo Alves de Moura, amigo; Amaro Gomes de Oliveira, padrasto; Vicente Luiz Alves de Moura, amigo; Marcus André Oliveira Pinheiro, filho e Kelly Christina Oliveira Pinheiro, filha. Além desses, declararam que cederam suas contas ao Cap. Adilson as seguintes pessoas: André Luiz Coutinho de Araújo, sogro do Cap. Adilson, Jorge

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

Fernando Rodrigues, João da Silva Lemos Filho e Marilourdes Silva Leal. Acrescentaram que repassaram os valores ao Cap. Adilson. Todos os valores encontram-se minuciosamente descritos na denúncia.

Além disso, o acusado e o Sgt. Caldeira adquiriram de Eva Menezes de Magalhães a embarcação ‘Princesa Evelyn’, inscrita na Capitania dos Portos sob o no. 381-040793-3, através de ordens bancárias oriundas da 1ª Região Militar. Adquiriram, também, um prédio no bairro de São Cristóvão. (grifos não originais)

O acusado declarou detalhadamente em Juízo a sua participação, não deixando qualquer dúvida sobre a sua responsabilidade na prática dos atos acima.

Assim, ao utilizar fraude, consistente no emprego de artifício pela falsificação de ordens bancárias, que ensejaram a obtenção de vantagem ilícita, causando prejuízo a administração militar (...).

85. Assim, propor-se-á o julgamento pela irregularidade de suas contas e sua condenação em débito, solidariamente com os demais condenados nesta TCE, de acordo com os valores apontados na peça 52.

Luiz Alberto Caldeira dos Santos86. Da mesma forma, o senhor Luiz Alberto Caldeira dos Santos não apresentou suas

alegações defesa, devendo ser considerado revel, dando-se prosseguimento ao processo, conforme preceituam o artigo 12, § 3º, da Lei 8.443/1992, c/c o artigo 202, § 8,º do Regimento Interno do TCU.

Análises87. O Sgt. Caldeira está sendo responsabilizado por todos os débitos apontados no

presente processo, vez que trabalhou na Seção de Finanças de 1988 a 1996 (peça 30, p. 19) e permaneceu trabalhando ou comparecendo na seção, mesmo aposentado, até 2003, conforme peça 8, p. 33 (IPM - Portaria 001-E/2).

88. Assim como o Cap. Adilson, o Sgt. Caldeira também foi réu confesso (v. sentença de peça 69, p. 1) tendo sido condenado pela Justiça Militar a onze anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, pela prática de estelionato, em virtude dos mesmos fatos tratados neste processo e no TC-015.604/2007-6 (peça 69, p. 3, do TC-015.604/2997-6).

89. Embora não tenha apresentado suas alegações de defesa, os elementos constantes dos autos, especialmente a sentença judicial condenatória, apontam para a irregularidade nas contas do Sr. Caldeira, exercidas na da Seção de Finanças da 1ª Região Militar. Veja-se excerto da referida sentença em relação ao Sgt. Caldeira (peça 68, p. 51-52 do TC-015.604/2007-6): in verbis,

Constata-se que diversos ‘laranjas’ utilizados pelo Sgt. Caldeira possuíam estreita relação de amizade ou parentesco com ele, como por exemplo: José Alírio, amigo; Jorge Alexandre, sobrinho; Cleusa dos Santos Araújo, irmã; Eliane Vencioneck; Emília Maria de Oliveira Neta; Iran José da Silva e Juvenal Soares do Rego. Acrescentaram que repassaram os valores ao Cap. Adilson. Todos os valores encontram-se minuciosamente descritos na denúncia.

Além disso, o acusado e o Cap. Adilson adquiriram de Eva Menezes de Magalhães a embarcação ‘Princesa Evelyn’, inscrita na Capitania dos Portos sob o no. 381-040793-3, através de ordens bancárias oriundas da 1ª Região Militar. (original não grifado)

O acusado declarou detalhadamente em Juízo a sua participação, não deixando qualquer dúvida sobre a sua responsabilidade na prática dos atos acima.

Assim, ao utilizar fraude, consistente no emprego de artifício pela falsificação de ordens bancárias, que ensejaram a obtenção de vantagem ilícita, causando prejuízo a administração militar (...).

90. Assim, propor-se-á o julgamento pela irregularidade de suas contas e sua condenação em débito, solidariamente com os demais responsáveis condenados nesta TCE, conforme os valores apontados na peça 52.

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

Carlos Geraldo da Silva (falecido)Alegações 91. A defesa do falecido Sr. Carlos Geraldo da Silva reporta-se a documento encaminhado

ao TCU em 14/4/2011, no qual responde à citação similar, tratada no TC-015.604/2007-6 (peça 72, p. 3-11, do TC-015.604/2007-6), reproduzindo-a.

Análises82. Embora se trate de débitos diferentes, advindos de ordens bancárias diferentes, o

modus operandi das pessoas que fraudaram o erário foi o mesmo, inclusive a participação do Sr. Carlos. Assim, aplica-se a aqui a mesma análise empreendida do TC-015.604/2007-6, abaixo reproduzida.

34. ANÁLISE: Cumpre esclarecer que a citação foi realizada para a inventariante, pois o falecido deixou bens, conforme apontado em sua Certidão de Óbito, e já que seus sucessores respondem pelo débito deixado, até o limite do quinhão transmitido pela herança, nos termos do inciso VIII do art. 5º da Lei 8.443/92. Contudo, restou demonstrada a impossibilidade fática da inventariante se defender, inviabilizando assim o pleno exercício do contraditório e ampla defesa. Primeiramente, vê-se que a defesa apresentada pela inventariante não tratou em nenhum momento dos fatos ou do débito imputado, atendo-se exclusivamente ao fato de haver um único bem na família, portanto, impenhorável, o que indica o total desconhecimento acerca dos fatos.

35. Igualmente, de acordo com o documento constante à página 61, peça 71, a inventariante recebeu a primeira citação em 29/03/2011, ou seja, mais de 10 anos após os fatos geradores, visto que, conforme Quadro 4 da presente instrução, o último débito a ser imputado tem como data 30/10/2000. O Senhor Carlos Geraldo da Silva faleceu em 14/11/2000 (p. 16, peça 53). Ademais, a defendente trouxe aos autos documentos que comprovam que não houve evolução patrimonial desproporcional de seu cônjuge (aliás, não existiu evolução patrimonial alguma) (p. 15-51, peça 72). Este Tribunal, ao editar normativo tratando da Tomada de Contas Especial, trouxe no art. 5°, § 4º, regra que dispensa a instauração de tomada de contas especial depois de transcorridos dez anos desde o fato gerador. Tal regra, apesar de não aplicável neste caso, demonstra que tal medida foi adotada por este Tribunal em virtude das dificuldades ou até impossibilidade de se realizar uma adequada quantificação do débito e de se proporcionar o exercício do contraditório e ampla defesa aos envolvidos nos fatos após o decurso de longo período. Se tal dificuldade se apresenta para os gestores envolvidos no processo, impossível seria para pessoas estranhas à Administração Pública e ao processo realizar uma defesa ampla e eficaz.

36. Desse modo, propõe-se arquivar o processo de contas especial do Sr. Carlos Geraldo da Silva, sem julgamento, por falta de pressuposto de desenvolvimento válido do processo, na forma do art. 212 do Regimento Interno do TCU, verbis: ‘art. 212. O Tribunal determinará o arquivamento do processo de prestação ou de tomada de contas, mesmo especial, sem julgamento do mérito, quando verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo’ (grifo nosso).

93. Assim como no TC-015.604/2007-6, pugna-se por arquivar o processo de contas especial do falecido Sr. Carlos Geraldo da Silva, sem julgamento, por falta de pressuposto de desenvolvimento válido do processo, na forma do art. 212 do Regimento Interno do TCU.

Eunice Galdino da Costa, Luciane Tinoco da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques

Alegações de defesa94. Apresentadas nas peças 85, 83 e 82, respectivamente.Análises95. As alegações de defesa apresentadas pelas responsáveis acima identificadas podem ser

acolhidas por esta Corte. Tanto na análise empreendida no TC-015.604/2007-6 quanto no Processo 062/05-3, da 3ª Auditoria da 1ª CJM, restou demonstrado que a participação delas não teve

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influência do cometimento da fraude, vez que apenas fizeram digitação das relações de ordens bancárias.

96. No caso da Justiça Militar, todas foram absolvidas com fundamento na alínea b do artigo 439 do Código de Processo Penal Militar, fato que, por si só, já vincularia este processo em relação a elas, na forma delineada pelo art. 935 do Código Civil. Ademais, consta na sentença trazida aos autos do TC-015.604/2007-6 (peça 65, p. 19-20, do TC-015.604/2007-6) que todas eram servidoras civis que trabalhavam na seção dos acusados, sendo responsáveis pela digitação das ordens bancárias, não havendo nenhuma prova de que tenham participado do esquema de desvio de verbas.

97. Não resta dúvida de que elas realmente foram vítimas dos fraudadores e que não podem ser responsabilizadas, civil ou administrativamente, por qualquer ato praticado. Elas não tinham como função realizar o controle dos atos administrativos praticados. Incumbia a elas apenas o lançamento nos sistemas informatizados das ordens bancárias. Em momento algum exorbitaram de suas funções, apenas cumpriam ordens e efetuavam seu trabalho diário.

98. Não se pode imputar responsabilidades a elas por simplesmente executar atos que, ‘maquiados’, enganaram a todos, por mais de uma década, até mesmo os auditores do controle interno do Exército. Logo, não podem ser responsáveis solidárias por apenas cumprirem ordens e executarem seus trabalhos.

99. Portanto, propor-se-á o acolhimento das alegações de defesa das Sras. Eunice Galdino da Costa, Luciane Tinoco da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques e o julgamento pela regularidade de suas contas especiais.

Antenor Rodrigues da Silveira Neto100. Não apresentou alegações defesa, devendo ser considerado revel, dando-se

prosseguimento ao processo, conforme preceitua o artigo 12, § 3º, da Lei 8.443/1992, c/c o artigo 202, § 8º, do Regimento Interno do TCU.

Análises101. O Sr. Antenor Rodrigues da Silveira Neto está sendo responsabilizado em virtude de

ter havido a digitação, com a senha do servidor, de ordens bancárias, cujos favorecidos não possuíam direitos a quaisquer dos valores depositados.

102. Embora não tenha apresentado alegações de defesa, assim como as Sras. Eunice Galdino da Costa, Luciane Tinoco da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques, era servidor civil e trabalhava na seção dos militares acusados, sendo um dos responsáveis pela digitação das ordens bancárias (peça 65, p. 18, do TC-015.604/2007-6). Logo, deve se aplicar a este o que se aplicar em relação àquelas.

103. Assim como suas colegas servidoras civis, o Sr. Antenor foi absolvido perante a Justiça Militar com fundamento na alínea b do artigo 439 do Código de Processo Penal Militar (peça 65, p. 23, do TC-015.604/2007-6), fato que, por si, já vincula este processo em relação ele, na forma delineada pelo art. 935 do Código Civil. Por isso, nada obstante sua revelia, propor-se-á o julgamento pela regularidade de suas contas especiais.

V. CONCLUSÃO104. Em face dos elementos narrados na presente instrução, propõe-se que seja declarada

a revelia dos Srs. Adilson Alves Pinheiro, Luiz Alberto Caldeira dos Santos e Antenor Rodrigues da Silveira Neto; o acolhimento das alegações de defesa das Sras. Luciane Tinoco da Costa, Eunice Galdino da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques; o arquivamento das contas do Sr. Carlos Geraldo da Silva (falecido), sem julgamento, em virtude da impossibilidade do exercício pleno do contraditório e da ampla defesa; e a rejeição das alegações de defesa dos Srs. Celso Ricardo Souto Maluf, Airton Quintella Castro Menezes, Márcio Domeneck Salgado e Reinaldo Ezequiel da Costa.

105. Assim, deverão ser julgadas regulares as contas das Sras. Luciane Tinoco da Costa, Eunice Galdino da Costa, Vera Lúcia de Almeida Marques e do Sr. Antenor Rodrigues da Silveira Neto. Por outro lado, deverão ser julgadas irregulares as contas dos Srs. Adilson Alves Pinheiro,

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Luiz Alberto Caldeira dos Santos, Celso Ricardo Souto Maluf, Airton Quintella Castro Menezes, Márcio Domeneck Salgado e Reinaldo Ezequiel da Costa, imputando-lhes os débitos correspondentes e aplicando-lhes a multa prevista no art. 57 da Lei 8.443/92.

106. Adicionalmente, reputa-se adequado ao presente caso que sejam os Srs. Adilson Alves Pinheiro, Airton Quintella Castro Menezes, Celso Ricardo Souto Maluf, Luiz Alberto Caldeira dos Santos, Márcio Domeneck Salgado e Reinaldo Ezequiel da Costa inabilitados para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública, conforme previsto no art. 60 da Lei 8.443/1992. Outra medida salutar seria o arresto dos bens dos militares que forem julgados em débito, com base no art. 61 da Lei 8.443/1992.

107. Relativamente à boa-fé dos responsáveis, inexistem nos autos fatos capazes de caracterizar que eles tenham atuado com boa-fé, não podendo a mesma ser presumida, o que conduz à aplicação imediata das disposições consignadas no art. 202, § 6º, do RI/TCU e no art. 3º da Decisão Normativa TCU 35/2000, que dispõe que a não configuração da boa-fé nos autos do processo já constitui, de per si, razão suficiente para o julgamento pela irregularidade das contas.

VI. BENEFÍCIOS DAS AÇÕES DE CONTROLE EXTERNO108. Entre os benefícios do exame desta tomada de contas especial, pode-se mencionar

débito e sanção imputados pelo Tribunal, conforme indicado nos itens 42.1 e 42.2 das Orientações para benefícios do controle constantes do anexo da Portaria - Segecex 10, de 30/3/2012, e cujo montante, atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora atinge R$   29.729.094,14.

VII. PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO109. Diante do exposto, submetem-se os autos à consideração superior,

propondo ao Tribunal:a) considerar revéis os Srs. Adilson Alves Pinheiro, Luiz Alberto Caldeira dos Santos e

Antenor Rodrigues da Silveira Neto, dando-se prosseguimento ao processo, conforme preceitua o artigo 12, § 3º, da Lei 8.443/1992 c/c o artigo 202, § 8º, do Regimento Interno do TCU, mantendo-se suas responsabilidades quanto aos pagamentos indevidos no âmbito da 1ª Região Militar;

b) arquivar o processo de contas especial do falecido Sr. Carlos Geraldo da Silva, sem julgamento, por falta de pressuposto de desenvolvimento válido do processo, na forma do art. 212 do Regimento Interno do TCU;

c) acolher as alegações de defesa das Sras. Luciane Tinoco da Costa, Eunice Galdino da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques, tendo em vista que seus argumentos foram suficientes para descaracterizar as irregularidades a elas imputadas neste processo, aproveitando-as a favor do Sr. Antenor Rodrigues da Silveira Neto;

d) julgar regulares as contas das Sras. Luciane Tinoco da Costa, Eunice Galdino da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques, bem assim do Sr. Antenor Rodrigues da Silveira Neto, nos termos dos artigos 1º, inciso I, 16, inciso I, 17 e 23, inciso I, da Lei 8.443/92, considerando que as contas destes responsáveis não evidenciam impropriedades;

e) rejeitar as alegações de defesa apresentadas pelos responsáveis Srs. Celso Ricardo Souto Maluf, Airton Quintella Castro Menezes, Márcio Domeneck Salgado e Reinaldo Ezequiel da Costa, tendo em vista que seus argumentos não foram suficientes para descaracterizar as irregularidades a eles imputadas no presente processo;

f) com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso III, alíneas ‘b’, ‘c’ e ‘d’, e § 2º, da Lei 8.443/1992 c/c os arts. 19 e 23, inciso III, da mesma lei, e com os arts. 1º, inciso I, 209, incisos II, III e IV, 210 e 214, inciso III, do Regimento Interno, que sejam julgadas irregulares as contas dos Srs. Adilson Alves Pinheiro (CPF 097.156.067-68), na condição de chefe da Seção de Finanças, Airton Quintella de Castro Menezes (CPF 090.632.420-34), na condição de chefe da Seção de Finanças e de ordenador de despesas, Celso Ricardo Souto Maluf (CPF 059.065.390-34), na condição de chefe da seção de finanças, Luiz Alberto Caldeira dos Santos (CPF 130.042.807-44), na condição de auxiliar na Seção de Finanças, Márcio Domeneck Salgado (CPF 318.482.147-15), na condição de chefe da Seção de Finanças, e Reinaldo Ezequiel da Costa (CPF 030.191.017-

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00), na condição de ordenador de despesas da 1ª RM, e condená-los, em solidariedade, ao pagamento das quantias a seguir especificadas, com a fixação do prazo de quinze dias, a contar das notificações, para que comprovem, perante este Tribunal (art. 214, inciso III, alínea ‘a’, do Regimento Interno), o recolhimento das dívidas aos cofres do Tesouro Nacional, atualizadas monetariamente e acrescidas dos juros de mora, calculados a partir das datas discriminadas, até a data dos recolhimentos, na forma prevista na legislação em vigor:

f.1) Solidariedade entre Reinaldo Ezequiel da Costa, Marcio Domeneck Salgado e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

DATA Ordem bancária VALOR26/8/1993 93OB00420 49.560,6617/9/1993 93OB00456 112.834,0016/8/1994 94OB05610 4.632,0019/9/1994 94OB06105 3.240,00

Valor atualizado até 15/08/2013: R$ 120.968,99f.2) Solidariedade entre Reinaldo Ezequiel da Costa e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

DATA Ordem bancária VALOR14/6/1995 95OB05633 21.176,5224/7/1995 95OB07532 21.843,1812/12/1995 95OB12663 24.737,39

18/12/1995 95OB13165 17.235,8918/12/1995 95OB13166 22.848,35

Valor atualizado até 15/08/2013: R$ 1.027.131,31 f.3) Solidariedade entre Reinaldo Ezequiel da Costa, Airton Quintella de Castro Menezes e

Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

DATA Ordem Bancária VALOR

10/3/1994 94OB00072

241,1611/3/1994 94OB0071

6314,33

26/4/1994 94OB02986

412,5126/4/1994 94OB2970 834,2218/11/199

494OB0710

04.981,33

18/11/1994

94OB07101

5.215,9020/12/199

494OB0823

07.815,29

20/12/1994

94OB08231

8.129,3324/4/1996 96OB0163

213.480,2

526/4/1996 96OB01870

320,528/5/1996

96OB020121.312,5

0

DATA Ordem Bancária VALOR

15/5/1996 96OB02352

400,0027/5/1996 96OB0253

94.458,00

27/5/1996 96OB02538

4.938,1327/5/1996 96OB0253

75.142,00

9/7/1996 96OB03565

15.125,0018/7/1996 96OB1266

112.185,2

36/8/1996 96OB04134

22.431,1213/8/1996 96OB0437

59.145,23

22/8/1996 96OB04572

8.940,4026/9/1996 96OB0538

3834,64

23/10/1996

96OB05749

1.997,8914/11/199

696OB0614

0903,40

Valor atualizado até 15/08/2013: R$ 1.305.022,00

f.4) Solidariedade entre Márcio Domeneck Salgado e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

DATA Ordem bancária VALORES19/1/1995 95OB00064 12.135,20

Valor atualizado até 15/08/2013: R$ 135.147,82

f.5) Solidariedade entre Márcio Domeneck Salgado, Airton Quintella de Castro Menezes e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

DATA Ordem bancária VALORES11/11/1993 93OB07883 213.462,1714/12/1993 93OB09164 493.600,11

Valor atualizado até 15/08/2013: R$ 39.911,73

f.6) Solidariedade entre Celso Ricardo Souto Maluf e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:DATA Ordem bancária VALORES

28/9/1995 95OB00582 12.453,1524/10/1995 95OB10183 9.538,461/11/1995 95OB10379 9.652,808/11/1995 95OB10680 15.234,503/2/1997 97OB00076 3.521,887/2/1997 97OB00414 5.500,641/4/1997 97OB01312 2.867,62

Valor atualizado até 15/08/2013: R$ 428.491,43

f.7) Solidariedade entre Celso Ricardo Souto Maluf, Airton Quintella de Castro Menezes e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

DATA Ordem bancária VALORES23/12/1996 96OB07540 5.183,0023/12/1996 96OB07538 5.803,0018/2/1998 98OB00783 4.544,004/9/1998 98OB05119 5.387,29

Valor atualizado até 15/08/2013: R$ 153.550,78

f.8) Solidariedade entre Adilson Alves Pinheiro, Airton Quintella de Castro Menezes e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

DATA Ordem bancária VALOR24/12/199

898OB08334 14.020,70

26/1/1999 1999OB000292 9.318,7026/1/1999 1999OB000293 9.594,4626/1/1999 1999OB000294 9.564,958/2/1999 1999OB000415 10.115,39

1999OB000413 10.198,438/2/1999 1999OB000412 8.763,228/2/1999 1999OB000411 9.174,388/2/1999 1999OB000416 9.282,458/2/1999 1999OB000414 9.654,2210/2/1999 1999OB000524 7.592,979/3/1999 1999OB000684 8.417,64

DATA Ordem bancária VALOR9/3/1999 1999OB000687 8.768,229/3/1999 1999OB000685 9.787,239/3/1999 1999OB000686 9.915,7730/3/1999 1999OB000962 10.225,17

1999OB000961 11.165,681999OB000963 11.176,711999OB000960 11.776,52

31/3/1999 1999OB000978 9.353,521999OB000976 9.591,181999OB000977 10.427,00

8/4/1999 1999OB001102 9.523,908/4/1999 1999OB000999 9.542,178/4/1999 1999OB001000 9.987,56

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

DATA Ordem bancária VALOR8/4/1999 1999OB000998 10.189,238/4/1999 1999OB001001 10.983,1115/4/1999 1999OB001347 10.123,4416/4/1999 1999OB001348 10.982,1110/5/1999 1999OB001905 9.209,60

1999OB001904 9.522,071999OB001903 9.591,18

14/5/1999 1999OB002167 7.310,721999OB002168 8.155,00

17/5/1999 1999OB002178 8.235,121999OB002193 8.688,92

21/5/1999 1999OB002298 8.006,2221/5/1999 1999OB002297 8.745,0021/5/1999 1999OB002296 8.845,3321/5/1999 1999OB002293 8.930,1121/5/1999 1999OB002291 9.145,1321/5/1999 1999OB002295 9.213,4321/5/1999 1999OB002294 9.280,2321/5/1999 1999OB002292 9.989,322/6/1999 1999OB002396 10.928,124/6/1999 1999OB002397 10.367,0522/6/1999 1999OB003064 11.680,2729/6/1999 1999OB000551 8.385,94

1999OB000552 8.406,561999OB000553 9.855,151999OB002398 11.748,051999OB003175 11.748,05

17.386,1211/8/1999 1999OB004201 11.838,2811/8/1999 1999OB004203 9.113,23

1999OB004205 9.445,181999OB004202 10.485,16

13/8/1999 1999OB004207 12.977,3824/8/1999 1999OB004486 8.297,70

1999OB004485 9.929,8411/9/1999 1999OB004204 9.283,4422/9/1999 1999OB004934 9.008,2322/9/1999 1999OB004933 9.457,3222/9/1999 1999OB004935 9.722,1122/9/1999 1999OB004932 9.890,286/10/1999 1999OB005076 9.183,236/10/1999 1999OB005075 9.890,2821/10/199

91999OB005431 8.790,15

21/10/1999

1999OB005429 9.113,23

21/10/1999

1999OB005430 9.283,44

21/10/1999

1999OB005432 9.445,18

10/11/1999

1999OB005621 9.421,571999OB005622 9.462,43

1999OB005623 9.547,4816/11/199

91999OB005637 10.333,561999OB005638 10.364,201999OB005639 10.510,39

25/11/1999

1999OB005882 9.725,901999OB005861 9.999,00

26/11/1999

1999OB006101 10.165,921999OB006100 10.405,421999OB006099 10.442,32

3/12/1999 1999OB006556 9.038,571999OB006557 9.349,621999OB006552 10.395,161999OB006554 10.540,21

19.596,446/12/1999 1999OB006612 10.258,0913/12/199

91999OB007253 8.197,331999OB007252 8.804,591999OB007250 10.156,901999OB007251 10.881,96

15/12/1999

1999OB007355 9.008,23

15/12/1999

1999OB007354 9.457,32

15/12/1999

1999OB007356 9.722,11

15/12/1999

1999OB007353 9.890,28

16/12/1999

1999OB007393 9.004,521999OB007392 9.430,90

20/12/1999

1999OB007427 8.993,781999OB007428 9.499,051999OB007430 10.192,021999OB007431 10.674,311999OB007429 10.726,64

22/12/1999

1999OB007959 9.547,481999OB007967 10.192,121999OB007960 10.333,561999OB007963 10.510,39

29/12/1999

1999OB008782 10.711,411999OB008781 11.448,96

5/1/2000 2000OB000034 9.471,112000OB000032 10.629,502000OB000033 10.726,64

7/1/2000 2000OB000047 9.108,777/1/2000 2000OB000050 9.113,237/1/2000 2000OB000046 9.288,557/1/2000 2000OB000049 9.885,4421/2/2000 2000OB000328 9.108,7721/2/2000 2000OB000320 9.113,2321/2/2000 2000OB000322 9.283,4421/2/2000 2000OB000324 9.288,5521/2/2000 2000OB000321 9.457,3221/2/2000 2000OB000323 9.722,11

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

21/2/2000 2000OB000327 9.783,7721/2/2000 2000OB000325 9.885,4421/2/2000 2000OB000320 9.890,2810/3/2000 2000OB000535 9.462,43

2000OB000534 9.831,362000OB000533 9.843,762000OB000532 9.978,16

16/3/2000 2000OB000604 8.649,612000OB000603 8.671,752000OB000605 9.038,572000OB000602 9.421,57

21/3/2000 2000OB000738 8.932,1121/3/2000 2000OB000735 9.045,2321/3/2000 2000OB000734 9.128,7721/3/2000 2000OB000736 9.383,0021/3/2000 2000OB000741 9.407,2321/3/2000 2000OB000740 9.445,0021/3/2000 2000OB000737 9.709,1321/3/2000 2000OB000739 9.781,054/4/2000 2000OB000875 9.483,88

2000OB000874 9.566,902000OB000876 9.638,71

14/4/2000 2000OB001046 9.762,4717/4/2000 2000OB001047 9.483,88

2000OB001048 9.638,7117/4/2000 2000OB001055 6.815,0017/4/2000 2001OB000039 7.500,003/5/2000 2000OB001148 6.503,66

2000OB001150 7.092,462000OB001151 7.551,642000OB001149 7.757,442000OB001147 7.984,86

26/5/2000 2000OB001450 6.112,0026/5/2000 2000OB001449 6.283,002/6/2000 2000OB001625 8.139,62

2000OB001626 8.525,9216/6/2000 2000OB001849 7.551,64

2000OB001850 8.329,8619/6/2000 2000OB001854 8.902,7221/6/2000 2000OB001953 8.516,23

2000OB001851 8.525,922000OB001954 9.932,56

21/7/2000 2000OB002580 6.281,2821/7/2000 2000OB002578 7.193,4421/7/2000 2000OB002579 8.283,1221/7/2000 2000OB002581 8.709,005/9/2000 2000OB003174 6.001,285/9/2000 2000OB003171 7.118,005/9/2000 2000OB003173 7.119,135/9/2000 2000OB003172 7.280,976/9/2000 2000OB003176 6.283,006/9/2000 2000OB003178 6.128,106/9/2000 2000OB003175 6.419,80

6/9/2000 2000OB003177 6.918,556/9/2000 2000OB003179 7.123,1630/11/200

02000OB005013 6.280,97

30/11/2000

2000OB005015 6.283,00

30/11/2000

2000OB005014 7.119,13

5/12/2000 2000OB005044 5.118,178/1/2001 2001OB000040 6.001,288/1/2001 2001OB000044 6.280,978/1/2001 2001OB000046 6.722,118/1/2001 2001OB000043 7.119,238/1/2001 2001OB000041 7.128,108/1/2001 2001OB000045 7.199,138/1/2001 2001OB001054 7.500,008/1/2001 2001OB000042 6.123,1014/2/2001 2001OB000295 6.001,2814/2/2001 2001OB000297 6.123,1014/2/2001 2001OB000299 6.280,9714/2/2001 2001OB000301 6.722,1114/2/2001 2001OB000296 7.128,1014/2/2001 2001OB000300 7.199,1314/2/2001 2001OB000296 8.129,2514/2/2001 2001OB000294 5.419,8014/2/2001 2001OB000302 15.918,7814/2/2001 2001OB000303 17.411,1327/3/2001 2001OB000715 7.302,2827/3/2001 2001OB000713 7.335,5027/3/2001 2001OB000712 8.118,9527/3/2001 2001OB000714 8.128,0928/3/2001 2001OB000725 7.128,3928/3/2001 2001OB000726 7.183,4528/3/2001 2001OB000724 8.119,2228/3/2001 2001OB000727 8.293,4526/4/2001 2001OB001292 9.370,7626/4/2001 2001OB001290 9.496,7126/4/2001 2001OB001291 9.542,3127/4/2001 2001OB001306 8.908,444/5/2001 2001OB001308 7.280,974/5/2001 2001OB001311 8.918,554/5/2001 2001OB001407 8.922,814/5/2001 2001OB001406 8.962,444/5/2001 2001OB001409 9.512,884/5/2001 2001OB001408 9.876,934/5/2001 2001OB001310 7.801,284/5/2001 2001OB001315 7.929,154/5/2001 2001OB001309 8.119,134/5/2001 2001OB001405 8.119,234/5/2001 2001OB001312 8.128,104/5/2001 2001OB001314 8.933,004/5/2001 2001OB001313 9.123,169/5/2001 2001OB001418 6.928,17

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

9/5/2001 2001OB001419 8.283,14 11/6/2001 2001OB000505 4.850,00

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

11/6/2001 2001OB000502 5.033,20 11/6/2001 2001OB000503 8.428,12

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

11/6/2001 2001OB000504 10.936,0013/6/2001 2001OB002025 10.503,3913/6/2001 2001OB002024 11.312,0113/6/2001 2001OB002023 12.409,0027/6/2001 2001OB002133 7.128,1027/6/2001 2001OB002130 7.419,8027/6/2001 2001OB002132 7.918,5527/6/2001 2001OB002134 8.123,1627/6/2001 2001OB002131 8.283,1412/7/2001 2001OB002357 8.027,0212/7/2001 2001OB002355 8.046,6112/7/2001 2001OB002354 8.237,2012/7/2001 2001OB002356 10.223,0823/7/2001 2001OB000791 4.870,0025/7/2001 2001OB000792 4.850,0025/7/2001 2001OB000790 5.033,0022/8/2001 2001OB002908 5.918,22

2001OB002910 6.128,112001OB002907 6.709,492001OB002905 6.829,132001OB002906 7.001,142001OB002909 7.410,99

21/9/2001 2001OB003462 8.027,0221/9/2001 2001OB003464 8.046,6121/9/2001 2001OB003463 8.149,2221/9/2001 2001OB003461 9.552,362/10/2001 2001OB003620 6.635,402/10/2001 2001OB003615 6.660,082/10/2001 2001OB003618 6.962,172/10/2001 2001OB003623 7.821,642/10/2001 2001OB003617 7.918,552/10/2001 2001OB003616 8.283,142/10/2001 2001OB003622 8.735,652/10/2001 2001OB003619 9.584,332/10/2001 2001OB003621 9.618,1618/10/200

12001OB003983 6.419,172001OB003985 6.722,132001OB003986 7.419,802001OB003982 9.115,872001OB003984 9.712,13

16/11/2001

2001OB004359 6.405,442001OB004354 6.915,132001OB004355 7.413,212001OB004356 7.500,002001OB004358 8.129,452001OB004357 8.222,05

21/11/2001

2001OB004363 5.893,00

21/11/2001

2001OB004366 6.001,28

21/11/2001

2001OB004364 6.972,14

21/11/200 2001OB004365 7.421,31

123/11/200

12001OB004491 9.345,94

23/11/2001

2001OB004492 9.906,18

5/12/2001 2001OB004815 8.722,135/12/2001 2001OB004816 8.826,1911/12/200

12001OB005129 9.209,42

11/12/2001

2001OB005128 9.252,51

11/12/2001

2001OB005127 9.480,52

12/12/2001

2001OB005132 6.115,87

12/12/2001

2001OB005138 7.128,10

12/12/2001

2001OB005139 8.123,16

12/12/2001

2001OB005134 8.413,21

12/12/2001

2001OB005130 9.115,87

12/12/2001

2001OB005135 9.222,05

12/12/2001

2001OB005137 9.405,44

12/12/2001

2001OB005136 9.419,17

12/12/2001

2001OB005133 9.722,13

12/12/2001

2001OB005131 9.915,13

17/12/2001

2001OB005448 8.313,69

17/12/2001

2001OB005446 8.544,88

17/12/2001

2001OB005447 8.848,86

19/12/2001

2001OB005618 8.001,28

19/12/2001

2001OB005619 8.283,14

19/12/2001

2001OB005614 8.893,00

19/12/2001

2001OB005617 8.972,14

19/12/2001

2001OB005616 9.001,16

19/12/2001

2001OB005613 9.128,14

19/12/2001

2001OB005615 9.228,15

19/12/200 2001OB005612 9.918,55

31

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

119/12/200

12001OB005620 9.929,88

5/2/2002 2002OB003980 9.123,167/2/2002 2002OB000208 9.809,847/2/2002 2002OB000207 10.484,347/2/2002 2002OB000209 11.846,1219/2/2002 2002OB000240 7.119,2319/2/2002 2002OB000242 7.793,4319/2/2002 2002OB000241 8.283,1422/2/2002 2002OB000293 9.781,8822/2/2002 2002OB000294 9.745,5925/2/2002 2002OB000296 7.001,14

2002OB000298 8.217,282002OB000299 8.410,232002OB000297 9.198,17

27/2/2002 2002OB000304 7.500,0014/3/2002 2002OB000409 7.889,2214/3/2002 2002OB000410 8.485,1514/3/2002 2002OB000408 8.813,2814/3/2002 2001OB000411 9.118,2915/3/2002 2002OB000417 6.228,17

2002OB000415 7.888,222002OB000416 8.283,14

8/4/2002 2002OB000640 8.123,008/4/2002 2002OB000641 8.503,1715/4/2002 2002OB000685 8.129,44

2002OB000684 8.207,222002OB000687 8.913,572002OB000686 9.928,17

18/4/2002 2002OB000739 8.933,222002OB000738 9.428,32

7/5/2002 2002OB000939 9.026,687/5/2002 2002OB000938 9.408,487/5/2002 2002OB000940 9.839,8028/5/2002 2002OB001058 7.885,4928/5/2002 2002OB001050 7.998,2228/5/2002 2002OB001051 8.123,8528/5/2002 2002OB001059 8.916,2828/5/2002 2002OB001052 9.828,3228/5/2002 2002OB001054 9.843,2828/5/2002 2002OB001056 9.843,6528/5/2002 2002OB001055 10.019,556/6/2002 2002OB001134 7.969,286/6/2002 2002OB001133 9.590,066/6/2002 2002OB001132 10.517,2028/6/2002 2002OB001326 7.040,1628/6/2002 2002OB001324 7.392,0028/6/2002 2002OB001323 8.006,8828/6/2002 2002OB001325 8.110,981/7/2002 2002OB001327 9.230,281/7/2002 2002OB001331 7.500,001/7/2002 2002OB001330 7.931,14

1/7/2002 2002OB001328 8.238,171/7/2002 2002OB001329 8.973,143/7/2002 2002OB001334 9.104,173/7/2002 20020B001336 8.913,113/7/2002 2002OB001333 8.985,133/7/2002 2002OB001335 9.383,286/8/2002 2002OB001826 7.998,227/8/2002 2002OB001859 6.985,0912/8/2002 2002OB001856 7.885,49

2002OB001857 8.916,282002OB001906 9.843,65

13/8/2002 2002OB001979 8.972,1413/9/2002 2002OB002299 7.988,0013/9/2002 2002OB002296 9.118,1413/9/2002 2002OB002302 8.785,0013/9/2002 2002OB002297 8.983,1713/9/2002 20020B002301 9.005,1713/9/2002 2002OB002295 9.108,2313/9/2002 2002OB002303 9.233,1713/9/2002 2002OB002298 9.444,0013/9/2002 2002OB002300 9.898,0013/9/2002 2002OB002294 10.006,4723/9/2002 2002OB002345 8.974,55

2002OB002344 9.145,222002OB002346 9.287,44

11/10/2002

2002OB002643 8.783,142002OB002638 8.983,4720020B002641 8.991,552002OB002639 9.103,172002OB002640 9.793,442002OB002642 9.839,45

15/10/2002

2002OB002834 8.931,992002OB002835 9.108,432002OB002833 9.117,002002OB002831 9.293,172002OB002832 9.483,222002OB002830 9.946,14

12/11/2002

2002OB003424 7.000,00

12/11/2002

2002OB003426 7.000,00

12/11/2002

2002OB003425 7.000,00

12/11/2002

2002OB003429 8.866,77

12/11/2002

20020B003427 8.914,54

12/11/2002

2002OB003431 9.876,56

12/11/2002

2002OB003430 9.987,53

12/11/2002

2002OB003433 9.990,30

32

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

12/11/2002

2002OB003432 10.136,44 12/11/2002

2002OB003428 10.758,35

33

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

19/11/2002

2002OB003618 7.500,00

19/11/2002

2002OB003622 7.850,14

19/11/2002

2002OB003625 8.145,22

19/11/2002

2002OB003624 8.780,45

19/11/2002

2002OB004820 8.919,23

19/11/2002

2002OB003623 8.958,43

19/11/2002

2002OB003619 9.103,45

19/11/2002

2002OB003621 9.785,16

4/12/2002 2002OB003978 10.893,654/12/2002 2002OB003977 10.953,215/12/2002 2002OB003979 8.192,175/12/2002 2002OB003981 8.517,0017/12/200

22002OB004801 7.654,33

17/12/2002

2002OB004799 7.833,48

17/12/2002

2002OB004803 7.938,00

17/12/2002

2002OB004800 8.946,10

17/12/2002

2002OB004797 8.953,65

17/12/2002

2002OB004802 9.810,34

17/12/2002

2002OB004798 10.755,80

17/12/2002

2002OB004796 10.885,46

17/12/2002

2002OB004795 10.937,10

18/12/2002

2002OB004826 6.000,00

18/12/2002

2002OB004829 6.400,00

18/12/2002

2002OB004828 6.500,00

18/12/2002

2002OB004827 7.500,00

18/12/2002

2002OB004825 7.500,00

18/12/2002

2002OB004823 7.878,14

18/12/2002

2002OB004822 8.700,00

18/12/2002

2002OB004818 8.793,17

18/12/2002

2002OB004824 9.273,23

18/12/2002

2002OB004817 9.473,93

18/12/2002

2002OB004816 9.538,07

18/12/2002

2002OB004820 9.783,22

18/12/2002

2002OB004821 9.817,44

18/12/2002

2002OB004819 9.873,19

18/12/2002

2002OB004830 10.648,12

18/2/2003 2003OB000334 4.000,0018/2/2003 2003OB000321 6.000,0018/2/2003 2003OB000320 7.500,0018/2/2003 2003OB000335 8.793,1718/2/2003 2003OB000314 9.083,4418/2/2003 2003OB000319 9.267,3718/2/2003 2003OB000337 9.293,2818/2/2003 2003OB000316 9.473,9318/2/2003 2003OB000315 9.538,0718/2/2003 2003OB000329 9.654,3318/2/2003 2003OB000317 9.783,2218/2/2003 2003OB000330 9.810,3418/2/2003 2003OB000318 9.817,4418/2/2003 2003OB000327 9.833,4818/2/2003 2003OB000336 9.843,1718/2/2003 2003OB000332 9.873,1918/2/2003 2003OB000333 9.878,1418/2/2003 2003OB000331 9.938,0018/2/2003 2003OB000328 9.946,1018/2/2003 2003OB000324 9.953,6518/2/2003 2003OB000326 10.648,1218/2/2003 2003OB000325 10.755,8018/2/2003 2003OB000323 10.885,4618/2/2003 20030B000322 10.937,1014/3/2003 2003OB000549 8.123,14

2003OB000545 8.883,472003OB000540 8.983,172003OB000541 9.122,192003OB000547 9.139,192003OB000538 9.277,4720030B000554 9.278,552003OB000550 9.419,782003OB000539 9.431,752003OB000552 9.714,112003OB000551 9.788,932003OB000542 9.893,232003OB000544 9.915,002003OB000543 10.133,142003OB000537 10.177,74

34

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

2003OB000536 10.428,302003OB000546 10.428,33

11/4/2003 2003OB000942 8.549,882003OB000945 8.555,252003OB000944 8.654,122003OB000937 8.893,452003OB000936 9.003,652003OB000928 9.088,622003OB000931 9.122,452003OB000940 9.156,222003OB000943 9.279,662003OB000935 9.419,782003OB000932 9.454,012003OB000933 9.458,732003OB000941 9.488,442003OB000939 9.756,442003OB000934 9.777,142003OB000930 10.015,552003OB000938 10.022,662003OB000927 10.033,502003OB000929 10.351,42

15/5/2003 2003OB001468 9.535,302003OB001466 9.563,362003OB001467 10.165,04

16/5/2003 2003OB001535 4.000,0016/5/2003 2003OB001534 6.000,0016/5/2003 2003OB001533 7.500,0016/5/2003 2003OB001541 8.916,4516/5/2003 2003OB001543 9.008,1316/5/2003 2003OB001544 9.117,2316/5/2003 2003OB001539 9.119,2116/5/2003 2003OB001536 9.408,3616/5/2003 2003OB001542 9.481,2316/5/2003 2003OB001538 9.515,4316/5/2003 2003OB001545 9.545,9316/5/2003 2003OB001546 9.783,2216/5/2003 2003OB001548 9.816,1416/5/2003 2003OB001549 9.817,0716/5/2003 2003OB001537 10.122,1716/5/2003 20030B001547 10.423,3316/5/2003 2003OB001540 10.815,2319/5/2003 2003OB001552 9.413,23

2003OB001553 9.419,232003OB001554 9.728,132003OB001551 9.803,162003OB001550 9.815,13

3/6/2003 2003OB001954 6.755,202003OB001955 12.390,37

11/6/2003 2003OB002069 9.483,772003OB002070 9.643,232003OB002072 9.817,492003OB002071 14.658,22

13/6/2003 2003OB002274 7.916,23

2003OB002272 8.788,432003OB002273 8.818,452003OB002280 8.983,182003OB002281 9.003,192003OB002276 9.008,132003OB002271 9.100,172003OB002282 9.117,232003OB002277 9.413,222003OB002286 9.413,2820030B002283 9.423,382003OB002285 9.455,122003OB002284 9.543,182003OB002275 9.602,382003OB002278 9.715,452003OB002279 9.903,44

1/7/2003 2003OB002691 9.715,032003OB002690 9.836,332003OB002689 16.934,14

8/7/2003 2003OB002769 8.690,502003OB002772 8.898,392003OB002768 8.915,142003OB002771 9.158,442003OB002773 9.458,112003OB002774 10.458,232003OB002770 11.940,26

18/7/2003 2003OB003227 4.500,0018/7/2003 2003OB003228 6.000,0018/7/2003 2003OB003229 6.500,0018/7/2003 2003OB003230 7.856,9818/7/2003 2003OB003233 8.952,1418/7/2003 2003OB003234 8.952,3118/7/2003 2003OB003231 9.116,2218/7/2003 2003OB003232 9.456,2118/7/2003 20030B003226 22.040,4225/7/2003 2003OB003439 7.856,42

2003OB003438 8.459,882003OB003436 11.393,452003OB003435 11.568,772003OB003437 19.637,98

6/8/2003 2003OB003760 11.024,8215/8/2003 2003OB004144 7.856,23

2003OB004138 8.403,2320030B004088 8.417,602003OB004145 8.478,992003OB004132 8.773,172003OB004142 8.803,232003OB004137 8.843,992003OB004140 8.933,172003OB004143 8.953,432003OB004135 9.008,452003OB004139 9.119,452003OB004134 9.128,282003OB004136 9.128,45

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

2003OB004133 9.715,44 2003OB004089 11.024,82

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20030B004131 12.653,042003OB004141 17.895,44

2/9/2003 2003OB004574 9.364,382003OB004576 9.383,132003OB004575 11.485,22

4/9/2003 2003OB004650 4.980,002003OB004651 4.980,002003OB004654 10.854,1120030B004656 11.952,332003OB004653 13.228,1420030B004652 18.548,22

11/9/2003 2003OB004719 8.928,12

2003OB004723 8.935,112003OB004725 8.993,562003OB004729 9.008,472003OB004728 9.427,112003OB004721 9.452,662003OB004717 9.485,232003OB004718 9.493,002003OB004727 9.643,882003OB004722 9.728,452003OB004724 9.977,422003OB004720 10.129,882003OB004726 11.555,44

Valor atualizado até15/08/2013: R$ 26.518.870,08

g) aplicar, com fundamento no artigo 57 da Lei 8.443/1992 c/c o artigo 267 do Regimento Interno do TCU, multa aos senhores Adilson Alves Pinheiro, Airton Quintella Castro Menezes, Celso Ricardo Souto Maluf, Luiz Alberto Caldeira dos Santos, Márcio Domeneck Salgado e Reinaldo Ezequiel da Costa, fixando o prazo de quinze dias, a partir da notificação, para que, nos termos do artigo 214, inciso III, alínea ‘a’, do Regimento Interno do TCU, comprovem perante este Tribunal o recolhimento aos cofres do Tesouro Nacional do valor atualizado monetariamente desde a data do acórdão até a do efetivo recolhimento, se for pago após o vencimento, na forma da legislação em vigor;

h) autorizar, desde logo, a cobrança judicial das dívidas nos termos do artigo 28, inciso II, da Lei 8.443/1992 c/c o artigo 219, inciso II, do Regimento Interno do TCU, caso não atendidas as notificações;

i) inabilitar, oportunamente, nos termos do art. 60 da Lei 8.443/1992, os Srs. Adilson Alves Pinheiro, Airton Quintella Castro Menezes, Celso Ricardo Souto Maluf, Luiz Alberto Caldeira dos Santos, Márcio Domeneck Salgado e Reinaldo Ezequiel da Costa para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública;

j) solicitar, via MP/TCU, à Advocacia-Geral da União (AGU) que arreste os bens dos responsáveis que forem julgados em débito, com base no art. 61 da Lei 8.443/1992;

k) encaminhar cópia do Relatório, Voto e Acórdão que vierem a ser proferidos para o Comando da 1ª Região Militar, para o Superior Tribunal Militar para subsídio ao Processo 0000002-81.2004.7.01.0301, e para a 28ª Vara da Justiça Federal, de modo a subsidiar o Processo 2008.51.01.018716-66006;

l) dar ciência aos responsáveis, por meio de seus representantes legais, da decisão que vier a ser proferida.”

II - PARECER DO MP/TCU

“(...)4. Concordo parcialmente com a proposta de encaminhamento da SecexDefesa. Detalho, a

seguir, minha única discordância com relação à referida proposta, além de uma alteração e um acréscimo a serem efetivados na futura deliberação que vier a julgar esta TCE.

5. Por entender que os servidores civis que foram arrolados neste processo demonstraram que apenas emitiram ordens bancárias em cumprimento a ordens de militares aos quais eram subordinados ou cederam suas senhas para que outros emitissem esses documentos no Siafi, a unidade técnica propôs o julgamento pela regularidade das contas das Srªs Luciane Tinoco da Costa, Eunice Galdino da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques, bem como do Sr. Antenor Rodrigues da Silveira Neto (revel nesta TCE).

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

6. Considero, em discordância com o entendimento manifestado pela SecexDefesa, reprovável a conduta dos mencionados servidores civis, que não tiveram o devido cuidado no manuseio de suas senhas no Siafi (vide termos de depoimento à peça 51 - p. 1-6). Essa falta de zelo, aliada ao ambiente no qual se desenvolveu a fraude ao longo de vários anos - onde havia conivência e participação de determinados militares do Cmdo 1ª RM -, contribuiu para a ocorrência do desvio dos recursos públicos. Assim, não pode este Tribunal atestar a total regularidade dos atos praticados por esses quatro servidores, cujo descuido na utilização de senhas de sistema tão relevante para a gestão financeira da União, como o Siafi, promoveu meios para que a fraude se concretizasse.

7. Proponho, assim, que essa falha se reflita no julgamento pela regularidade com ressalva das contas das Srªs Luciane Tinoco da Costa, Eunice Galdino da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques, e do Sr. Antenor Rodrigues da Silveira Neto, que devem ter suas defesas acolhidas apenas parcialmente. Esses servidores lograram êxito, tão somente, em demonstrar que não participaram ativamente da fraude, tendo servido como instrumento para a prática das irregularidades cometidas pelos militares mal intencionados.

8. No que tange à gradação das multas a serem impostas aos militares que contam com proposta de julgamento pela irregularidade de suas contas, sugiro que, no momento oportuno, sejam avaliadas as patentes e as respectivas participações dos Srs. Adilson Alves Pinheiro, Luiz Alberto Caldeira dos Santos, Celso Ricardo Souto Maluf, Airton Quintella Castro Menezes, Márcio Domeneck Salgado e Reinaldo Ezequiel da Costa na fraude que acarretou os danos ao erário.

9. As patentes dos militares encontram-se descritas no início da sentença proferida em 30/7/2009 pela Justiça Militar da União (peça 68, p. 29-54, e peça 69, p. 1-5, ambas do TC-015.604/2007-6), sendo que as participações de alguns deles foram assim comentadas no bojo dessa decisão:

Importante é que ficou demonstrado o acordo de vontades que permitiu o enorme desvio de verba pertencente à administração militar e a participação de cada um deles: o Cel. Castro Menezes como chefe do grupo, que na condição de ordenador de despesas e comandante da unidade militar, convidou o Sgt. Caldeira para colocar em prática o esquema, chamando ‘laranjas’, e protegendo-o, mantendo-o na função, apesar de ter sido questionado por essa atitude. Na condição de comandante dava inteira segurança e proteção ao esquema e aos seus colaboradores; o Cel. Domeneck, além de ter sido ordenador de despesas, também fornecia os nomes dos ‘laranjas’; por fim, o Cap. Adilson e o Sgt. Caldeira indicavam nomes dos ‘laranjas’ e colocavam em prática o esquema.’ (peça 68, p. 54, e peça 69, p.1, ambas do TC-015.604/2007-6)

10. Com relação às contas anuais do Cmdo 1ª RM dos exercícios de 1998, 1999, 2001, 2002 e 2003, mencionadas no quadro do item 8 da instrução da SecexDefesa e no quadro a seguir, cabe acostar aos respectivos processos cópia da deliberação que vier a julgar esta TCE:

Processo Natureza/Situação

007.450/1999-0 Tomada de Contas (TC) do Cmdo 1ª RM de 1998 - sobrestado o julgamento das contas dos Srs. Adilson Alves Pinheiro, Airton Quintella de Castro Menezes e Celso Ricardo Souto Maluf por força do Acórdão 1.069/2012-TCU-2ª Câmara

008.096/2000-8 TC-do Cmdo 1ª RM de 1999 - contas de todos os responsáveis sobrestadas por determinação do relator, Ministro André Luís de Carvalho

011.079/2002-5 TC-do Cmdo 1ª RM de 2001 - com recurso de revisão interposto por este membro do Ministério Público de Contas, pendente de apreciação pelo TCU

008.140/2003-2 TC-do Cmdo 1ª RM de 2002 - com recurso de revisão interposto por este membro do Ministério Público de Contas, pendente de apreciação pelo TCU

006.734/2004-7 TC-do Cmdo 1ª RM de 2003 - com recurso de revisão interposto por este membro do Ministério Público de Contas, pendente de apreciação pelo TCU

11. A SecexDefesa trouxe, no item 18 de sua instrução, notícia de que tramita neste

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

Tribunal a TCE autuada no TC-015.604/2007-6 - ainda não apreciada pelo TCU, na qual me pronunciei por meio de parecer -, por meio da qual estão sendo apuradas responsabilidades de servidores do Cmdo 1ª RM pelo cometimento de irregularidades semelhantes às que deram causa à instauração deste processo. Cabe, portanto, anexar cópia da deliberação que for exarada nestes autos ao mencionado TC.

12. Tendo em vista os argumentos anteriormente expostos neste parecer, este membro do Ministério Público de Contas apresenta uma alteração, uma discordância e um acréscimo em relação à proposta de encaminhamento constante da instrução da SecexDefesa à peça 111:

I - alteração na proposta constante do item 109, letra ‘c’:c) acolher parcialmente as alegações de defesa das Sras. Luciane Tinoco da Costa,

Eunice Galdino da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques, aproveitando-as em favor do Sr. Antenor Rodrigues da Silveira Neto (revel);

II - discordância em relação à proposta constante do item 109, letra ‘d’:g) com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso II, 18 e 23, inciso II, da Lei 8.443/1992,

c/c os arts. 1º, inciso I, 208 e 214, inciso II, do Regimento Interno/TCU, julgar regulares com ressalva as contas do Sr. Antenor Rodrigues da Silveira Neto e das Srª s Luciane Tinoco da Costa, Eunice Galdino da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques, dando-lhes quitação;

III - acréscimo: acostar cópia da deliberação que vier a julgar esta TCE aos TCs 007.450/1999-0, 008.096/2000-8, 011.079/2002-5, 008.140/2003-2 e 006.734/2004-7 (contas do Cmdo 1ª RM dos exercícios de 1998, 1999, 2001, 2002 e 2003, respectivamente), bem como ao TC-015.604/2007-6.”

É o relatório.PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO

Trata-se de tomada de contas instaurada pela 1ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército (1ª ICFEx), em decorrência de pagamentos indevidos realizados no Comando da 1ª Região Militar (Cmdo 1ª RM) por meio do crédito irregular de recursos provenientes de ordens bancárias emitidas em favor de pessoas sem vínculo com o Exército, ou com vínculo, mas sem direito aos recursos, referentes à movimentação da conta contábil 2.1.1.4.9.01.00 - Depósito de Terceiros, no período de 1993 a 2003. 2. As irregularidades foram apuradas por meio de Inquérito Policial Militar (IPM), concluído em 2003. 3. Segundo constatado, inicialmente eram forjadas Folhas de Pagamento Complementares de Inativos e Pensionistas na Seção de Finanças, como se fossem provenientes da Seção de Inativos e Pensionistas. A documentação falsa era entregue aos digitadores do setor financeiro, que faziam o lançamento no Siafi e depois emitiam ordens bancárias e relações de ordens bancárias. Essas ordens bancárias, após serem assinadas pelo Ordenador de Despesa e pelo Encarregado do Setor Financeiro (Chefe da Seção), eram encaminhadas para o banco, que depositava as quantias estipuladas em contas correntes de terceiros (“laranjas”). Alternativamente, os pagamentos eram feitos mediante a emissão de ordens bancárias para bancos, sob a falsa alegação de que se tratava de correção de inconsistências em pagamentos (fls. 42/43 - peça 07). A fim de concretizar a fraude, diversos procedimentos de controle previstos em norma não eram realizados ou então eram realizados em sequência invertida (fls. 34/37 - peça 07).4. Também foi verificado que, ao longo do período, os servidores nomeados como fiscais administrativos, nos termos do Regulamento de Administração do Exército (Decreto 98.820/90), foram orientados pelos superiores a executar apenas o controle de patrimônio, deixando de fiscalizar a área contábil e financeira (fls. 37/38 e 40 - peça 07). Essa incumbência foi transferida para o Encarregado

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de Suporte Documental, servidor diretamente subordinado ao Ordenador de Despesas da unidade, que acumulava as funções. 5. Constatou-se, ainda, que a fraude era operacionalizada pelo Capitão Adilson Alves Pinheiro, pelo Sargento Luiz Alberto Caldeira dos Santos e pelo servidor civil Carlos Geraldo da Silva (falecido), com o concurso dos superiores Coronel Airton Quintella de Castro Menezes (ex-Ordenador de Despesas e ex-Chefe das Seção de Finanças), Coronel Celso Ricardo Souto Maluf (ex-Ordenador de Despesas), Coronel Márcio Domeneck Salgado (ex-Chefe da Seção de Finanças) e Coronel Reinaldo Ezequiel da Costa (ex-Ordenador de Despesas).6. É de se ressaltar que, em 1999, o Sargento Luiz Alberto Caldeira dos Santos passou à reserva remunerada, mas continuou frequentando a unidade com credencial especial e executando atividades no Siafi até 2003, inclusive com a senha do Coronel Castro Menezes, mesmo sem ter vínculo com o serviço ativo e sem ser contratado como prestador de tarefa por tempo certo. Indagado por subordinado a respeito da situação, o Coronel Airton Quintella de Castro Menezes alegou que entraves burocráticos vinham impedindo a formalização da contratação do Sargento Caldeira (fls. 40 -peça 07 e fls. 13 - peça 08). Como pode ser observado na relação de débitos contida na proposta de encaminhamento do relatório, a partir de 1999, a fraude se intensificou. 7. De acordo com o relatório de TCE do Controle Interno do Exército, quando passou à reserva remunerada, o Coronel Reinaldo Ezequiel da Costa também continuou a atuar na unidade e, a partir de agosto de 1997, foi alocado na Seção de Inativos e Pensionistas como prestador de tarefa por tempo certo (fls. 12 - peça 32).8. Duas servidoras civis da Seção de Finanças, responsáveis pela digitação de ordens bancárias, Eunice Galdino da Costa e Vera Lúcia de Almeida Marques, afirmaram em depoimento que haviam sido constrangidas pelo Capitão Adilson a disponibilizar suas senhas do Siafi para uso coletivo (fls. 32 - peça 08). A equipe encarregada do IPM efetuou o confronto dos registros de entrada na unidade e de emissão de ordens bancárias indevidas, para constatar a entrada do Sargento Caldeira antes do início do expediente e a emissão de ordens bancárias em horários anteriores à chegada das servidoras, bem como a emissão de ordens bancárias em dias em que estas se encontravam afastadas, ao mesmo tempo em que havia registro da presença do ex-militar na unidade (fls. 35, 47 e 49 – peça 08). 9. A disponibilização de senhas do Siafi para uso coletivo também foi verificada no caso dos servidores Luciane Tinoco da Costa e Antenor Rodrigues da Silveira Neto.10. A perícia contábil executada durante o IPM revelou o desvio de R$ 6.164.839,56, em valores históricos, entre 1993 e 2003, na conta “Depósitos de Terceiros”. Os técnicos responsáveis pela apuração registraram a dificuldade de quantificação do valor exato ante o desaparecimento de vários documentos e levantaram a possibilidade de que o prejuízo pudesse vir a atingir valor mais elevado (fls. 33 e 35 - peça 07).11. É de se ressaltar que os mesmos responsáveis arrolados nesta TCE respondem por prejuízo decorrente da emissão de ordens bancárias no Siafi, destinadas ao pagamento de movimentação de pessoal (ajuda de custo, bagagem e passagens), com base em documentação falsa, assim como da realização de pagamentos indevidos utilizando-se a conta contábil de fornecedores. Essa questão foi tratada no TC-015.604/2007-6, julgado pelo Acórdão 3035/2014-Plenário, com contas irregulares, condenação dos responsáveis militares em débito, aplicação de multa, inabilitação para o exercício de função de confiança ou cargo em comissão e arresto de bens. 12. No âmbito deste Tribunal, foram citados solidariamente os servidores militares e civis mencionados acima, conforme o período de atuação na Seção de Finanças. Os terceiros cedentes das contas bancárias (aproximadamente 60 pessoas) não foram incluídos na relação processual. Conforme suscitado pelo IPM e, posteriormente, verificado pela Justiça Militar, não ficou comprovado beneficiamento relevante dessas pessoas. Ademais, em parte dos casos, o terceiro não foi localizado ou era falecido.

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13. Os Srs. Adilson Alves Pinheiro, Luiz Alberto Caldeira dos Santos e Antenor Rodrigues da Silveira Neto quedaram-se revéis. No tocante aos demais responsáveis, a SecexDefesa não acolheu as alegações dos servidores militares, mas acatou o arrazoado apresentado pelos servidores civis.14. No encaminhamento, foi proposto julgar irregulares as contas dos militares envolvidos, condená-los em débito, aplicar-lhes multa, inabilitá-los para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública Federal e solicitar o arresto dos respectivos bens.15. Com relação a quatro servidores civis, entendeu-se que suas contas deveriam ser julgadas regulares com quitação plena, visto que sua participação se limitou à cessão de senhas seguindo o comando dos superiores militares.16. No caso do servidor civil Carlos Geraldo da Silva, sugeriu-se o arquivamento das contas sem julgamento de mérito, em vista da impossibilidade do exercício pleno do contraditório e da ampla defesa pela inventariante, uma vez que o falecimento ocorreu em 2001, o IPM foi realizado em 2003 e a citação foi expedida em 2011. 17. O MP/TCU discordou apenas do mérito das contas dos servidores civis, propondo a regularidade com ressalva ante o descuido na utilização de senhas de acesso ao Siafi.18. Conforme avalio, as proposições da unidade técnica, com a alteração sugerida pelo Parquet, podem ser acolhidas. Não obstante tal concordância, penso ser cabível tecer comentários adicionais.19. As defesas dos servidores militares se concentraram em alegar a sobreposição deste processo com o TC-015.604/2007-6 e com processos em trâmite na Justiça; a grande quantidade de ordens bancárias processadas na seção, impossibilitando o controle individual da documentação e a confiança nas verificações efetuadas pelos subordinados.20. Esses e outros argumentos foram examinados e rejeitados pela SecexDefesa, cujas análises e conclusões adoto como razões de decidir.21. De fato, não há como acolher as alegações produzidas. Não se verifica a sobreposição com o TC-015.604/2007-6, já que os dois processos tratam do desvio de recursos de contas contábeis diferentes, apesar do emprego do mesmo modus operandi. No tocante aos processos judiciais, incide o princípio da independência das instâncias, consoante minuciosamente explanado na instrução.22. Também não se pode aceitar a argumentação relativa ao elevado número de OBs processadas e ao abuso de confiança por parte de subordinados. Como ficou claro na descrição acima, houve efetivamente a montagem de uma sistemática destinada a encobrir o desvio de recursos, o que somente poderia ser operacionalizado com a anuência dos superiores. Nesse contexto, normas foram infringidas, controles foram abandonados, procedimentos foram invertidos, fiscais foram afastados e pessoas foram alocadas em postos-chave para a concretização da fraude. Não é crível que tal esquema pudesse se desenvolver durante 10 anos, com tantas inconsistências e tamanha abrangência, sem que o ordenador de despesas e o chefe da seção de finanças tomassem conhecimento dos fatos.23. A grosso modo, a cadeia hierárquica atuou da seguinte forma:

- Coronel Reinaldo Ezequiel da Costa: Ordenador de Despesas de 1993 a 1996;- Coronel Celso Ricardo Maluf: Ordenador de Despesas em períodos ao longo de 1995 e

1996; e de janeiro de 1997 até setembro de 1998;- Coronel Airton Quintella de Castro Menezes: Chefe da Seção de Finanças de 1994 a

1998; Ordenador de Despesas em períodos ao longo de 1993 e a partir de novembro de 1998 até setembro de 2003;

- Coronel Márcio Domeneck Salgado: Chefe da Seção de Finanças em 1993, em períodos ao longo de 1994 e em períodos ao longo de 1995;

- Capitão Adilson Alves Pinheiro: Chefe da Seção de Finanças em janeiro de 1996 e de outubro de 1998 até setembro de 2003.24. Consoante demonstrado nos autos, esses agentes assinaram as ordens bancárias e as relações de ordens bancárias que geraram os pagamentos indevidos.

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25. Cabe ressaltar que, em sua defesa, o Coronel Celso Ricardo Maluf alegou que fora absolvido das imputações em ação penal. Contudo, a unidade técnica anotou que a absolvição se deu por falta de provas e não por negativa de autoria ou negativa do fato. Assim, além de não estarem caracterizadas as hipóteses que levariam ao afastamento de sua responsabilidade no âmbito do processo de controle externo, permanece o fato de que o defendente assinou ordens bancárias calcadas em documentos falsos, motivo pelo qual deve responder pelo débito correspondente aos pagamentos indevidos por ele autorizados. Esses pagamentos, em valores atualizados até agosto de 2013, atingiam a quantia de R$ 582.042,21, segundo cálculos da SecexDefesa. 26. De sua vez, o Sargento Luiz Alberto Caldeira dos Santos participou da fraude mediante a digitação de ordens bancárias indevidas com sua senha e a de outros servidores durante todo o período em que ocorreram os fatos. É de se notar que, na Justiça Militar, o responsável admitiu ter praticado tais irregularidades. 27. Por conseguinte, concordo com a propostas formuladas pela SecexDefesa no tocante aos servidores militares. Deixo de acolher a sugestão do MP/TCU no sentido de gradação da multa em função da patente, pois entendo que a sanção deva ser dosada conforme a participação dos responsáveis na materialização do débito.28. Com referência aos servidores civis Eunice Galdino da Costa, Vera Lúcia de Almeida Marques, Luciane Tinoco da Costa e Antenor Rodrigues da Silveira Neto, acolho a proposta de Ministério Público no sentido de apor ressalva em suas contas. Embora se possa reconhecer alguma hipossuficiência em sua posição na Seção de Finanças, não se pode esquecer que era obrigação regulamentar dos servidores manter a senha de acesso ao Siafi restrita ao uso pessoal, em vez de disponibilizá-la para uso coletivo. 29. As ocorrências descritas nestes autos são graves, já que envolvem a formulação e a implantação de uma sistemática de desvio de recursos da União por agentes públicos originalmente incumbidos de promover sua boa e regular aplicação. Até agosto de 2013, o valor atualizado do dano ultrapassava a cifra de R$ 30 milhões (vide atualizações contidas na relação de débitos constante da proposta de encaminhamento da instrução transcrita no relatório). Diante disso, apresentam-se adequadas as propostas de inabilitação dos responsáveis e de solicitação de arresto de bens.

Feitos os comentários cabíveis, manifesto-me por que o Tribunal aprove o acórdão que ora submeto à apreciação deste Colegiado.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 4 de fevereiro de 2015.

AUGUSTO SHERMAN CAVALCANTI Relator

ACÓRDÃO Nº 183/2015 - TCU - Plenário

1. Processo TC-006.166/2007-22. Grupo: I – Classe: IV – Assunto: Tomada de Contas Especial. 3. Responsáveis: Airton Quintella de Castro Menezes, ex-Ordenador de Despesas e ex-Chefe da Seção de Finanças (CPF 090.632.420-34); Celso Ricardo Souto Maluf, ex-Ordenador de Despesas (CPF 059.065.390-34); Márcio Domeneck Salgado, ex-Chefe da Seção de Finanças (CPF 318.482.147-15); Reinaldo Ezequiel da Costa, ex-Ordenador de Despesas (CPF 030.191.017-00); Adilson Alves Pinheiro, ex-Chefe da Seção de Finanças (CPF 097.156.067-68); Luiz Alberto Caldeira dos Santos, ex-servidor militar da Seção de Finanças (CPF 130.042.807-44); Carlos Geraldo

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da Silva (falecido), ex-servidor civil da Seção de Finanças (CPF 287.391.677-04); Antenor Rodrigues da Silveira Neto, ex-servidor civil da Seção de Finanças (CPF 306.733.137-00); Eunice Galdino da Costa, ex-servidora civil da Seção de Finanças (CPF 164.267.977-15); Luciane Tinoco da Costa, ex-servidora civil da Seção de Finanças (CPF 037.424.927-05); Vera Lúcia de Almeida Marques, ex-servidora civil da Seção de Finanças (CPF 361.402.367-20).4. Unidade: Comando da 1ª Região Militar.5. Relator: Ministro-Substituto Augusto Sherman Cavalcanti.6. Representante do Ministério Público: Procurador Sergio Ricardo Costa Caribé.7. Unidade técnica: Secretaria de Controle Externo da Defesa Nacional e da Segurança Pública (SecexDefesa).8. Advogados constituídos nos autos: Natália Eugênia Nuñez (OAB/RJ 145.612); Edson Martins Areias (OAB/RJ 94.105); Eduardo Gonçalves de Castro Menezes Neto (OAB/RJ 142.714); e outros; Edna Laranjeiras (OAB/RJ 100.027); Zairo Lara Filho (OAB/RJ 12.860); Melquiades Soares dos Santos (OAB/RJ 101.827).

9. Acórdão:VISTOS, relatados e discutidos estes autos de tomada de contas, instaurada pela 1ª Inspetoria de

Contabilidade e Finanças do Exército (1ª ICFEx), em decorrência de pagamentos indevidos realizados no Comando da 1ª Região Militar (Cmdo 1ª RM) por meio do crédito irregular de recursos provenientes de ordens bancárias emitidas em favor de pessoas sem vínculo com o Exército, ou com vínculo, mas sem direito aos recursos, referentes à movimentação da conta contábil 2.1.1.4.9.01.00 - Depósito de Terceiros, no período de 1993 a 2003,

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo Relator, em:

9.1. julgar irregulares as contas dos Srs. Airton Quintella de Castro Menezes, Celso Ricardo Souto Maluf, Márcio Domeneck Salgado, Reinaldo Ezequiel da Costa, Adilson Alves Pinheiro e Luiz Alberto Caldeira dos Santos, com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso III, alíneas “b”, “c” e “d”, 19, caput, e 23, inciso III, da Lei 8.443/92, e condená-los em débito, conforme solidariedade especificada nos itens abaixo, fixando-lhes o prazo de quinze dias, a contar da notificação, para que comprovem perante este Tribunal, nos termos do art. 214, inciso III, alínea “a”, do Regimento Interno, o recolhimento, aos cofres do Tesouro Nacional, das importâncias especificadas nas tabelas abaixo, devidamente atualizadas e acrescidas dos juros de mora pertinentes, calculados a partir das datas indicadas, até a data do efetivo recolhimento, na forma da legislação em vigor;

9.1.1. Responsáveis solidários: Reinaldo Ezequiel da Costa, Marcio Domeneck Salgado e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

DATA Ordem bancária VALOR26/8/1993 93OB00420 49.560,6617/9/1993 93OB00456 112.834,00

16/8/1994 94OB05610 4.632,0019/9/1994 94OB06105 3.240,00

9.1.2. Responsáveis solidários: Reinaldo Ezequiel da Costa e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:DATA Ordem

bancáriaVALOR

14/6/1995 95OB05633 21.176,5224/7/1995 95OB07532 21.843,1812/12/199

595OB12663 24.737,39

DATA Ordem bancária

VALOR 18/12/199

95OB13165 17.235,8918/12/199

595OB13166 22.848,35

9.1.3. Responsáveis solidários: Reinaldo Ezequiel da Costa, Airton Quintella de Castro Menezes e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

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DATA Ordem bancária VALOR10/3/1994 94OB00072 241,1611/3/1994 94OB00716 314,3326/4/1994 94OB02986 412,5126/4/1994 94OB2970 834,2218/11/199

494OB07100 4.981,33

18/11/1994

94OB07101 5.215,9020/12/199

494OB08230 7.815,29

20/12/1994

94OB08231 8.129,3324/4/1996 96OB01632 13.480,2526/4/1996 96OB01870 320,528/5/1996 96OB02012 21.312,50

DATA Ordem bancária VALOR15/5/1996 96OB02352 400,0027/5/1996 96OB02539 4.458,0027/5/1996 96OB02538 4.938,1327/5/1996 96OB02537 5.142,009/7/1996 96OB03565 15.125,0018/7/1996 96OB12661 12.185,236/8/1996 96OB04134 22.431,1213/8/1996 96OB04375 9.145,2322/8/1996 96OB04572 8.940,4026/9/1996 96OB05383 834,6423/10/199

696OB05749 1.997,89

14/11/1996

96OB06140 903,40

9.1.4. Responsáveis solidários: Márcio Domeneck Salgado e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:DATA Ordem bancária VALOR

19/1/1995 95OB00064 12.135,20

9.1.5. Responsáveis solidários: Márcio Domeneck Salgado, Airton Quintella de Castro Menezes e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

DATA Ordem bancária VALOR11/11/1993 93OB07883 213.462,1714/12/1993 93OB09164 493.600,11

9.1.6. Responsáveis solidários: Celso Ricardo Souto Maluf e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

DATA Ordem bancária VALOR

28/9/1995 95OB00582 12.453,1524/10/199

595OB10183 9.538,46

1/11/1995 95OB10379 9.652,808/11/1995 95OB10680 15.234,50

DATA Ordem bancária VALOR

3/2/1997 97OB00076 3.521,887/2/1997 97OB00414 5.500,641/4/1997 97OB01312 2.867,62

Valor atualizado até 15/08/2013: R$ 428.491,43

9.1.7. Responsáveis solidários: Celso Ricardo Souto Maluf, Airton Quintella de Castro Menezes e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

DATA Ordem bancária VALOR23/12/1996 96OB07540 5.183,0023/12/1996 96OB07538 5.803,00

18/2/1998 98OB00783 4.544,004/9/1998 98OB05119 5.387,29

9.1.8. Responsáveis solidários: Adilson Alves Pinheiro, Airton Quintella de Castro Menezes e Luiz Alberto Caldeira dos Santos:

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DATA Ordem bancária VALOR

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DATA Ordem bancária VALOR24/12/199

898OB08334 14.020,70

26/1/1999 1999OB000292 9.318,7026/1/1999 1999OB000293 9.594,4626/1/1999 1999OB000294 9.564,958/2/1999 1999OB000415 10.115,39

1999OB000413 10.198,438/2/1999 1999OB000412 8.763,228/2/1999 1999OB000411 9.174,388/2/1999 1999OB000416 9.282,458/2/1999 1999OB000414 9.654,2210/2/1999 1999OB000524 7.592,979/3/1999 1999OB000684 8.417,649/3/1999 1999OB000687 8.768,229/3/1999 1999OB000685 9.787,239/3/1999 1999OB000686 9.915,7730/3/1999 1999OB000962 10.225,17

1999OB000961 11.165,681999OB000963 11.176,711999OB000960 11.776,52

31/3/1999 1999OB000978 9.353,521999OB000976 9.591,181999OB000977 10.427,00

8/4/1999 1999OB001102 9.523,908/4/1999 1999OB000999 9.542,178/4/1999 1999OB001000 9.987,568/4/1999 1999OB000998 10.189,238/4/1999 1999OB001001 10.983,1115/4/1999 1999OB001347 10.123,4416/4/1999 1999OB001348 10.982,1110/5/1999 1999OB001905 9.209,60

1999OB001904 9.522,071999OB001903 9.591,18

14/5/1999 1999OB002167 7.310,721999OB002168 8.155,00

17/5/1999 1999OB002178 8.235,121999OB002193 8.688,92

21/5/1999 1999OB002298 8.006,2221/5/1999 1999OB002297 8.745,0021/5/1999 1999OB002296 8.845,3321/5/1999 1999OB002293 8.930,1121/5/1999 1999OB002291 9.145,1321/5/1999 1999OB002295 9.213,4321/5/1999 1999OB002294 9.280,2321/5/1999 1999OB002292 9.989,322/6/1999 1999OB002396 10.928,124/6/1999 1999OB002397 10.367,0522/6/1999 1999OB003064 11.680,2729/6/1999 1999OB000551 8.385,94

1999OB000552 8.406,561999OB000553 9.855,151999OB002398 11.748,05

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DATA Ordem bancária VALOR1999OB003175 11.748,05

17.386,1211/8/1999 1999OB004201 11.838,2811/8/1999 1999OB004203 9.113,23

1999OB004205 9.445,181999OB004202 10.485,16

13/8/1999 1999OB004207 12.977,3824/8/1999 1999OB004486 8.297,70

1999OB004485 9.929,8411/9/1999 1999OB004204 9.283,4422/9/1999 1999OB004934 9.008,2322/9/1999 1999OB004933 9.457,3222/9/1999 1999OB004935 9.722,1122/9/1999 1999OB004932 9.890,286/10/1999 1999OB005076 9.183,236/10/1999 1999OB005075 9.890,2821/10/199

91999OB005431 8.790,15

21/10/1999

1999OB005429 9.113,23

21/10/1999

1999OB005430 9.283,44

21/10/1999

1999OB005432 9.445,18

10/11/1999

1999OB005621 9.421,571999OB005622 9.462,431999OB005623 9.547,48

16/11/1999

1999OB005637 10.333,561999OB005638 10.364,201999OB005639 10.510,39

25/11/1999

1999OB005882 9.725,901999OB005861 9.999,00

26/11/1999

1999OB006101 10.165,921999OB006100 10.405,421999OB006099 10.442,32

3/12/1999 1999OB006556 9.038,571999OB006557 9.349,621999OB006552 10.395,161999OB006554 10.540,21

19.596,446/12/1999 1999OB006612 10.258,0913/12/199

91999OB007253 8.197,331999OB007252 8.804,591999OB007250 10.156,901999OB007251 10.881,96

15/12/1999

1999OB007355 9.008,23

15/12/1999

1999OB007354 9.457,32

15/12/1999

1999OB007356 9.722,11

15/12/199 1999OB007353 9.890,28

916/12/199

91999OB007393 9.004,521999OB007392 9.430,90

20/12/1999

1999OB007427 8.993,781999OB007428 9.499,051999OB007430 10.192,021999OB007431 10.674,311999OB007429 10.726,64

22/12/1999

1999OB007959 9.547,481999OB007967 10.192,121999OB007960 10.333,561999OB007963 10.510,39

29/12/1999

1999OB008782 10.711,411999OB008781 11.448,96

5/1/2000 2000OB000034 9.471,112000OB000032 10.629,502000OB000033 10.726,64

7/1/2000 2000OB000047 9.108,777/1/2000 2000OB000050 9.113,237/1/2000 2000OB000046 9.288,557/1/2000 2000OB000049 9.885,4421/2/2000 2000OB000328 9.108,7721/2/2000 2000OB000320 9.113,2321/2/2000 2000OB000322 9.283,4421/2/2000 2000OB000324 9.288,5521/2/2000 2000OB000321 9.457,3221/2/2000 2000OB000323 9.722,1121/2/2000 2000OB000327 9.783,7721/2/2000 2000OB000325 9.885,4421/2/2000 2000OB000320 9.890,2810/3/2000 2000OB000535 9.462,43

2000OB000534 9.831,362000OB000533 9.843,762000OB000532 9.978,16

16/3/2000 2000OB000604 8.649,612000OB000603 8.671,752000OB000605 9.038,572000OB000602 9.421,57

21/3/2000 2000OB000738 8.932,1121/3/2000 2000OB000735 9.045,2321/3/2000 2000OB000734 9.128,7721/3/2000 2000OB000736 9.383,0021/3/2000 2000OB000741 9.407,2321/3/2000 2000OB000740 9.445,0021/3/2000 2000OB000737 9.709,1321/3/2000 2000OB000739 9.781,054/4/2000 2000OB000875 9.483,88

2000OB000874 9.566,902000OB000876 9.638,71

14/4/2000 2000OB001046 9.762,4717/4/2000 2000OB001047 9.483,88

2000OB001048 9.638,7117/4/2000 2000OB001055 6.815,00

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

17/4/2000 2001OB000039 7.500,003/5/2000 2000OB001148 6.503,66

2000OB001150 7.092,462000OB001151 7.551,642000OB001149 7.757,442000OB001147 7.984,86

26/5/2000 2000OB001450 6.112,0026/5/2000 2000OB001449 6.283,002/6/2000 2000OB001625 8.139,62

2000OB001626 8.525,9216/6/2000 2000OB001849 7.551,64

2000OB001850 8.329,8619/6/2000 2000OB001854 8.902,7221/6/2000 2000OB001953 8.516,23

2000OB001851 8.525,922000OB001954 9.932,56

21/7/2000 2000OB002580 6.281,2821/7/2000 2000OB002578 7.193,4421/7/2000 2000OB002579 8.283,1221/7/2000 2000OB002581 8.709,005/9/2000 2000OB003174 6.001,285/9/2000 2000OB003171 7.118,005/9/2000 2000OB003173 7.119,135/9/2000 2000OB003172 7.280,976/9/2000 2000OB003176 6.283,006/9/2000 2000OB003178 6.128,106/9/2000 2000OB003175 6.419,806/9/2000 2000OB003177 6.918,556/9/2000 2000OB003179 7.123,1630/11/200

02000OB005013 6.280,97

30/11/2000

2000OB005015 6.283,00

30/11/2000

2000OB005014 7.119,13

5/12/2000 2000OB005044 5.118,178/1/2001 2001OB000040 6.001,288/1/2001 2001OB000044 6.280,978/1/2001 2001OB000046 6.722,118/1/2001 2001OB000043 7.119,238/1/2001 2001OB000041 7.128,108/1/2001 2001OB000045 7.199,138/1/2001 2001OB001054 7.500,008/1/2001 2001OB000042 6.123,1014/2/2001 2001OB000295 6.001,2814/2/2001 2001OB000297 6.123,1014/2/2001 2001OB000299 6.280,9714/2/2001 2001OB000301 6.722,1114/2/2001 2001OB000296 7.128,1014/2/2001 2001OB000300 7.199,1314/2/2001 2001OB000296 8.129,2514/2/2001 2001OB000294 5.419,8014/2/2001 2001OB000302 15.918,78

14/2/2001 2001OB000303 17.411,1327/3/2001 2001OB000715 7.302,2827/3/2001 2001OB000713 7.335,5027/3/2001 2001OB000712 8.118,9527/3/2001 2001OB000714 8.128,0928/3/2001 2001OB000725 7.128,3928/3/2001 2001OB000726 7.183,4528/3/2001 2001OB000724 8.119,2228/3/2001 2001OB000727 8.293,4526/4/2001 2001OB001292 9.370,7626/4/2001 2001OB001290 9.496,7126/4/2001 2001OB001291 9.542,3127/4/2001 2001OB001306 8.908,444/5/2001 2001OB001308 7.280,974/5/2001 2001OB001311 8.918,554/5/2001 2001OB001407 8.922,814/5/2001 2001OB001406 8.962,444/5/2001 2001OB001409 9.512,884/5/2001 2001OB001408 9.876,934/5/2001 2001OB001310 7.801,284/5/2001 2001OB001315 7.929,154/5/2001 2001OB001309 8.119,134/5/2001 2001OB001405 8.119,234/5/2001 2001OB001312 8.128,104/5/2001 2001OB001314 8.933,004/5/2001 2001OB001313 9.123,169/5/2001 2001OB001418 6.928,179/5/2001 2001OB001419 8.283,1411/6/2001 2001OB000505 4.850,0011/6/2001 2001OB000502 5.033,2011/6/2001 2001OB000503 8.428,1211/6/2001 2001OB000504 10.936,0013/6/2001 2001OB002025 10.503,3913/6/2001 2001OB002024 11.312,0113/6/2001 2001OB002023 12.409,0027/6/2001 2001OB002133 7.128,1027/6/2001 2001OB002130 7.419,8027/6/2001 2001OB002132 7.918,5527/6/2001 2001OB002134 8.123,1627/6/2001 2001OB002131 8.283,1412/7/2001 2001OB002357 8.027,0212/7/2001 2001OB002355 8.046,6112/7/2001 2001OB002354 8.237,2012/7/2001 2001OB002356 10.223,0823/7/2001 2001OB000791 4.870,0025/7/2001 2001OB000792 4.850,0025/7/2001 2001OB000790 5.033,0022/8/2001 2001OB002908 5.918,22

2001OB002910 6.128,112001OB002907 6.709,492001OB002905 6.829,132001OB002906 7.001,142001OB002909 7.410,99

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

21/9/2001 2001OB003462 8.027,0221/9/2001 2001OB003464 8.046,6121/9/2001 2001OB003463 8.149,2221/9/2001 2001OB003461 9.552,362/10/2001 2001OB003620 6.635,402/10/2001 2001OB003615 6.660,082/10/2001 2001OB003618 6.962,172/10/2001 2001OB003623 7.821,642/10/2001 2001OB003617 7.918,552/10/2001 2001OB003616 8.283,142/10/2001 2001OB003622 8.735,652/10/2001 2001OB003619 9.584,332/10/2001 2001OB003621 9.618,1618/10/200

12001OB003983 6.419,172001OB003985 6.722,132001OB003986 7.419,802001OB003982 9.115,872001OB003984 9.712,13

16/11/2001

2001OB004359 6.405,442001OB004354 6.915,132001OB004355 7.413,212001OB004356 7.500,002001OB004358 8.129,452001OB004357 8.222,05

21/11/2001

2001OB004363 5.893,00

21/11/2001

2001OB004366 6.001,28

21/11/2001

2001OB004364 6.972,14

21/11/2001

2001OB004365 7.421,31

23/11/2001

2001OB004491 9.345,94

23/11/2001

2001OB004492 9.906,18

5/12/2001 2001OB004815 8.722,135/12/2001 2001OB004816 8.826,1911/12/200

12001OB005129 9.209,42

11/12/2001

2001OB005128 9.252,51

11/12/2001

2001OB005127 9.480,52

12/12/2001

2001OB005132 6.115,87

12/12/2001

2001OB005138 7.128,10

12/12/2001

2001OB005139 8.123,16

12/12/2001

2001OB005134 8.413,21

12/12/200 2001OB005130 9.115,87

112/12/200

12001OB005135 9.222,05

12/12/2001

2001OB005137 9.405,44

12/12/2001

2001OB005136 9.419,17

12/12/2001

2001OB005133 9.722,13

12/12/2001

2001OB005131 9.915,13

17/12/2001

2001OB005448 8.313,69

17/12/2001

2001OB005446 8.544,88

17/12/2001

2001OB005447 8.848,86

19/12/2001

2001OB005618 8.001,28

19/12/2001

2001OB005619 8.283,14

19/12/2001

2001OB005614 8.893,00

19/12/2001

2001OB005617 8.972,14

19/12/2001

2001OB005616 9.001,16

19/12/2001

2001OB005613 9.128,14

19/12/2001

2001OB005615 9.228,15

19/12/2001

2001OB005612 9.918,55

19/12/2001

2001OB005620 9.929,88

5/2/2002 2002OB003980 9.123,167/2/2002 2002OB000208 9.809,847/2/2002 2002OB000207 10.484,347/2/2002 2002OB000209 11.846,1219/2/2002 2002OB000240 7.119,2319/2/2002 2002OB000242 7.793,4319/2/2002 2002OB000241 8.283,1422/2/2002 2002OB000293 9.781,8822/2/2002 2002OB000294 9.745,5925/2/2002 2002OB000296 7.001,14

2002OB000298 8.217,282002OB000299 8.410,232002OB000297 9.198,17

27/2/2002 2002OB000304 7.500,0014/3/2002 2002OB000409 7.889,2214/3/2002 2002OB000410 8.485,1514/3/2002 2002OB000408 8.813,2814/3/2002 2001OB000411 9.118,2915/3/2002 2002OB000417 6.228,17

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

2002OB000415 7.888,222002OB000416 8.283,14

8/4/2002 2002OB000640 8.123,008/4/2002 2002OB000641 8.503,1715/4/2002 2002OB000685 8.129,44

2002OB000684 8.207,222002OB000687 8.913,572002OB000686 9.928,17

18/4/2002 2002OB000739 8.933,222002OB000738 9.428,32

7/5/2002 2002OB000939 9.026,687/5/2002 2002OB000938 9.408,487/5/2002 2002OB000940 9.839,8028/5/2002 2002OB001058 7.885,4928/5/2002 2002OB001050 7.998,2228/5/2002 2002OB001051 8.123,8528/5/2002 2002OB001059 8.916,2828/5/2002 2002OB001052 9.828,3228/5/2002 2002OB001054 9.843,2828/5/2002 2002OB001056 9.843,6528/5/2002 2002OB001055 10.019,556/6/2002 2002OB001134 7.969,286/6/2002 2002OB001133 9.590,066/6/2002 2002OB001132 10.517,2028/6/2002 2002OB001326 7.040,1628/6/2002 2002OB001324 7.392,0028/6/2002 2002OB001323 8.006,8828/6/2002 2002OB001325 8.110,981/7/2002 2002OB001327 9.230,281/7/2002 2002OB001331 7.500,001/7/2002 2002OB001330 7.931,141/7/2002 2002OB001328 8.238,171/7/2002 2002OB001329 8.973,143/7/2002 2002OB001334 9.104,173/7/2002 20020B001336 8.913,113/7/2002 2002OB001333 8.985,133/7/2002 2002OB001335 9.383,286/8/2002 2002OB001826 7.998,227/8/2002 2002OB001859 6.985,0912/8/2002 2002OB001856 7.885,49

2002OB001857 8.916,282002OB001906 9.843,65

13/8/2002 2002OB001979 8.972,1413/9/2002 2002OB002299 7.988,0013/9/2002 2002OB002296 9.118,1413/9/2002 2002OB002302 8.785,0013/9/2002 2002OB002297 8.983,1713/9/2002 20020B002301 9.005,1713/9/2002 2002OB002295 9.108,2313/9/2002 2002OB002303 9.233,1713/9/2002 2002OB002298 9.444,0013/9/2002 2002OB002300 9.898,0013/9/2002 2002OB002294 10.006,47

23/9/2002 2002OB002345 8.974,552002OB002344 9.145,222002OB002346 9.287,44

11/10/2002

2002OB002643 8.783,142002OB002638 8.983,4720020B002641 8.991,552002OB002639 9.103,172002OB002640 9.793,442002OB002642 9.839,45

15/10/2002

2002OB002834 8.931,992002OB002835 9.108,432002OB002833 9.117,002002OB002831 9.293,172002OB002832 9.483,222002OB002830 9.946,14

12/11/2002

2002OB003424 7.000,00

12/11/2002

2002OB003426 7.000,00

12/11/2002

2002OB003425 7.000,00

12/11/2002

2002OB003429 8.866,77

12/11/2002

20020B003427 8.914,54

12/11/2002

2002OB003431 9.876,56

12/11/2002

2002OB003430 9.987,53

12/11/2002

2002OB003433 9.990,30

12/11/2002

2002OB003432 10.136,44

12/11/2002

2002OB003428 10.758,35

19/11/2002

2002OB003618 7.500,00

19/11/2002

2002OB003622 7.850,14

19/11/2002

2002OB003625 8.145,22

19/11/2002

2002OB003624 8.780,45

19/11/2002

2002OB004820 8.919,23

19/11/2002

2002OB003623 8.958,43

19/11/2002

2002OB003619 9.103,45

19/11/2002

2002OB003621 9.785,16

4/12/2002 2002OB003978 10.893,654/12/2002 2002OB003977 10.953,215/12/2002 2002OB003979 8.192,17

52

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

5/12/2002 2002OB003981 8.517,00 17/12/2002

2002OB004801 7.654,33

53

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

17/12/2002

2002OB004799 7.833,48

17/12/2002

2002OB004803 7.938,00

17/12/2002

2002OB004800 8.946,10

17/12/2002

2002OB004797 8.953,65

17/12/2002

2002OB004802 9.810,34

17/12/2002

2002OB004798 10.755,80

17/12/2002

2002OB004796 10.885,46

17/12/2002

2002OB004795 10.937,10

18/12/2002

2002OB004826 6.000,00

18/12/2002

2002OB004829 6.400,00

18/12/2002

2002OB004828 6.500,00

18/12/2002

2002OB004827 7.500,00

18/12/2002

2002OB004825 7.500,00

18/12/2002

2002OB004823 7.878,14

18/12/2002

2002OB004822 8.700,00

18/12/2002

2002OB004818 8.793,17

18/12/2002

2002OB004824 9.273,23

18/12/2002

2002OB004817 9.473,93

18/12/2002

2002OB004816 9.538,07

18/12/2002

2002OB004820 9.783,22

18/12/2002

2002OB004821 9.817,44

18/12/2002

2002OB004819 9.873,19

18/12/2002

2002OB004830 10.648,12

18/2/2003 2003OB000334 4.000,0018/2/2003 2003OB000321 6.000,0018/2/2003 2003OB000320 7.500,0018/2/2003 2003OB000335 8.793,1718/2/2003 2003OB000314 9.083,4418/2/2003 2003OB000319 9.267,3718/2/2003 2003OB000337 9.293,2818/2/2003 2003OB000316 9.473,93

18/2/2003 2003OB000315 9.538,0718/2/2003 2003OB000329 9.654,3318/2/2003 2003OB000317 9.783,2218/2/2003 2003OB000330 9.810,3418/2/2003 2003OB000318 9.817,4418/2/2003 2003OB000327 9.833,4818/2/2003 2003OB000336 9.843,1718/2/2003 2003OB000332 9.873,1918/2/2003 2003OB000333 9.878,1418/2/2003 2003OB000331 9.938,0018/2/2003 2003OB000328 9.946,1018/2/2003 2003OB000324 9.953,6518/2/2003 2003OB000326 10.648,1218/2/2003 2003OB000325 10.755,8018/2/2003 2003OB000323 10.885,4618/2/2003 20030B000322 10.937,1014/3/2003 2003OB000549 8.123,14

2003OB000545 8.883,472003OB000540 8.983,172003OB000541 9.122,192003OB000547 9.139,192003OB000538 9.277,4720030B000554 9.278,552003OB000550 9.419,782003OB000539 9.431,752003OB000552 9.714,112003OB000551 9.788,932003OB000542 9.893,232003OB000544 9.915,002003OB000543 10.133,142003OB000537 10.177,742003OB000536 10.428,302003OB000546 10.428,33

11/4/2003 2003OB000942 8.549,882003OB000945 8.555,252003OB000944 8.654,122003OB000937 8.893,452003OB000936 9.003,652003OB000928 9.088,622003OB000931 9.122,452003OB000940 9.156,222003OB000943 9.279,662003OB000935 9.419,782003OB000932 9.454,012003OB000933 9.458,732003OB000941 9.488,442003OB000939 9.756,442003OB000934 9.777,142003OB000930 10.015,552003OB000938 10.022,662003OB000927 10.033,502003OB000929 10.351,42

15/5/2003 2003OB001468 9.535,30

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

2003OB001466 9.563,362003OB001467 10.165,04

16/5/2003 2003OB001535 4.000,0016/5/2003 2003OB001534 6.000,0016/5/2003 2003OB001533 7.500,0016/5/2003 2003OB001541 8.916,4516/5/2003 2003OB001543 9.008,1316/5/2003 2003OB001544 9.117,2316/5/2003 2003OB001539 9.119,2116/5/2003 2003OB001536 9.408,3616/5/2003 2003OB001542 9.481,2316/5/2003 2003OB001538 9.515,4316/5/2003 2003OB001545 9.545,9316/5/2003 2003OB001546 9.783,2216/5/2003 2003OB001548 9.816,1416/5/2003 2003OB001549 9.817,0716/5/2003 2003OB001537 10.122,1716/5/2003 20030B001547 10.423,3316/5/2003 2003OB001540 10.815,2319/5/2003 2003OB001552 9.413,23

2003OB001553 9.419,232003OB001554 9.728,132003OB001551 9.803,162003OB001550 9.815,13

3/6/2003 2003OB001954 6.755,202003OB001955 12.390,37

11/6/2003 2003OB002069 9.483,772003OB002070 9.643,232003OB002072 9.817,492003OB002071 14.658,22

13/6/2003 2003OB002274 7.916,232003OB002272 8.788,432003OB002273 8.818,452003OB002280 8.983,182003OB002281 9.003,192003OB002276 9.008,132003OB002271 9.100,172003OB002282 9.117,232003OB002277 9.413,222003OB002286 9.413,2820030B002283 9.423,382003OB002285 9.455,122003OB002284 9.543,182003OB002275 9.602,382003OB002278 9.715,452003OB002279 9.903,44

1/7/2003 2003OB002691 9.715,032003OB002690 9.836,332003OB002689 16.934,14

8/7/2003 2003OB002769 8.690,502003OB002772 8.898,392003OB002768 8.915,142003OB002771 9.158,44

2003OB002773 9.458,112003OB002774 10.458,232003OB002770 11.940,26

18/7/2003 2003OB003227 4.500,0018/7/2003 2003OB003228 6.000,0018/7/2003 2003OB003229 6.500,0018/7/2003 2003OB003230 7.856,9818/7/2003 2003OB003233 8.952,1418/7/2003 2003OB003234 8.952,3118/7/2003 2003OB003231 9.116,2218/7/2003 2003OB003232 9.456,2118/7/2003 20030B003226 22.040,4225/7/2003 2003OB003439 7.856,42

2003OB003438 8.459,882003OB003436 11.393,452003OB003435 11.568,772003OB003437 19.637,98

6/8/2003 2003OB003760 11.024,8215/8/2003 2003OB004144 7.856,23

2003OB004138 8.403,2320030B004088 8.417,602003OB004145 8.478,992003OB004132 8.773,172003OB004142 8.803,232003OB004137 8.843,992003OB004140 8.933,172003OB004143 8.953,432003OB004135 9.008,452003OB004139 9.119,452003OB004134 9.128,282003OB004136 9.128,452003OB004133 9.715,442003OB004089 11.024,8220030B004131 12.653,042003OB004141 17.895,44

2/9/2003 2003OB004574 9.364,382003OB004576 9.383,132003OB004575 11.485,22

4/9/2003 2003OB004650 4.980,002003OB004651 4.980,002003OB004654 10.854,1120030B004656 11.952,332003OB004653 13.228,1420030B004652 18.548,22

11/9/2003 2003OB004719 8.928,122003OB004723 8.935,112003OB004725 8.993,562003OB004729 9.008,472003OB004728 9.427,112003OB004721 9.452,662003OB004717 9.485,232003OB004718 9.493,002003OB004727 9.643,88

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

2003OB004722 9.728,45 2003OB004724 9.977,42

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

2003OB004720 10.129,88 2003OB004726 11.555,44

9.2. aplicar, com fundamento no art. 57 da Lei 8.443/92, aos responsáveis relacionados no quadro a seguir, a correspondente multa, fixando-lhes o prazo de quinze dias, a partir da notificação, para que, nos termos do artigo 214, inciso III, alínea “a”, do Regimento Interno do TCU, comprovem, perante este Tribunal, o recolhimento aos cofres do Tesouro Nacional do valor, atualizado monetariamente desde a data do presente acórdão até a do efetivo recolhimento, se paga após o vencimento, na forma da legislação em vigor:

Responsável MultaLuiz Alberto Caldeira dos Santos R$ 900.000,00Airton Quintella de Castro Menezes R$ 900.000,00Adilson Alves Pinheiro R$ 800.000,00Reinaldo Ezequiel da Costa R$ 250.000,00Celso Ricardo Souto Maluf R$ 50.000,00Márcio Domeneck Salgado R$ 30.000,00

9.3. autorizar, desde logo, nos termos do art. 28, inciso II, da Lei 8.443/92, a cobrança judicial das dívidas, caso não atendidas as notificações;

9.4. considerar graves as irregularidades praticadas e, com fundamento no art. 60 da Lei 8.443/92, inabilitar os Srs. Airton Quintella de Castro Menezes, Celso Ricardo Souto Maluf, Márcio Domeneck Salgado, Reinaldo Ezequiel da Costa, Adilson Alves Pinheiro e Luiz Alberto Caldeira dos Santos para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública Federal, pelo período de cinco anos, dando-se ciência ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

9.5. solicitar à Advocacia-Geral da União (AGU), por intermédio do Ministério Público/TCU, com fundamento no art. 61 da Lei 8.443/92, a adoção das medidas necessárias ao arresto dos bens dos Srs. Airton Quintella de Castro Menezes, Celso Ricardo Souto Maluf, Márcio Domeneck Salgado, Reinaldo Ezequiel da Costa, Adilson Alves Pinheiro e Luiz Alberto Caldeira dos Santos, tantos quantos bastem para o pagamento do débito indicado neste acórdão;

9.6. julgar regulares com ressalva as contas das Sras. Eunice Galdino da Costa, Vera Lúcia de Almeida Marques e Luciane Tinoco da Costa, bem como do Sr. Antenor Rodrigues da Silveira Neto, com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso II, 18 e 23, inciso II, da Lei 8.443/92, dando-lhes quitação;

9.7. arquivar a tomada de contas especial do Sr. Carlos Geraldo da Silva, sem julgamento de mérito, por falta de pressuposto de desenvolvimento válido do processo, na forma do art. 212 do Regimento Interno do TCU;

9.8. encaminhar cópia deste acórdão, acompanhado dos elementos pertinentes, ao Comando da 1ª Região Militar e ao Superior Tribunal Militar para subsídio ao Processo 0000002-81.2004.7.01.0301, bem como à 28ª Vara da Justiça Federal, de modo a subsidiar o Processo 2008.51.01.018716-66006;

9.9. remeter cópia dos elementos pertinentes à Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, para ajuizamento das ações civis e penais que entender cabíveis em face do disposto no art. 16, § 3º, da Lei 8.443/92; e

9.10. juntar cópia deste acórdão aos TCs 007.450/1999-0, 008.096/2000-8, 011.079/2002-5, 008.140/2003-2 e 006.734/2004-7 (contas do Cmdo 1ª RM dos exercícios de 1998, 1999, 2001, 2002 e 2003, respectivamente).

10. Ata n° 4/2015 – Plenário.11. Data da Sessão: 4/2/2015 – Ordinária.

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 006.166/2007-2

12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-0183-04/15-P.13. Especificação do quorum: 13.1. Ministros presentes: Aroldo Cedraz (Presidente), Walton Alencar Rodrigues, Benjamin Zymler, Augusto Nardes, Raimundo Carreiro, Bruno Dantas e Vital do Rêgo.13.2. Ministro-Substituto convocado: André Luís de Carvalho.13.3. Ministros-Substitutos presentes: Augusto Sherman Cavalcanti (Relator) e Marcos Bemquerer Costa.

(Assinado Eletronicamente)AROLDO CEDRAZ

(Assinado Eletronicamente)AUGUSTO SHERMAN CAVALCANTI

Presidente Relator

Fui presente:

(Assinado Eletronicamente)PAULO SOARES BUGARIN

Procurador-Geral

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