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CARACTERIZAÇÃO DE UM FRAGMENTO DE VEGETAÇÃO NATIVA, LOCALIZADO NO CAMPUS DA FACULDADE MUNICIPAL PROFESSOR FRANCO MONTORO (FMPFM), MOGI GUAÇU, SP BELARMINO, Luís Gustavo 1 BARBOSA, Tiago Cavalheiro 2 RESUMO: Atualmente, a preservação da biodiversidade tem se revestido de grande importância, em especial no contexto relacionado à flora. No Brasil o bioma mata atlântica sofreu e ainda sofre muitas explorações e manejos inadequados, o que afeta significativamente a sua preservação, segundo (MMA, 2010) mesmo reduzida e muito fragmentada, estimasse que a Mata Atlântica possua cerca de 20.000 espécies vegetais, o que representa de 33% a 36% das espécies da flora brasileira. Diante deste cenário, o objetivo deste trabalho foi caracterizar um fragmento de vegetação nativa do bioma mata atlântica, afim de identificar o estágio de regeneração da área. Para isso foram adotadas metodologias de amostragem, coleta de informações da área e identificação de espécies, que posteriormente foram comparadas com aspectos legais para se obter um parecer da área de estudo. Obtendo como resultado a identificação das espécies e algumas características relevantes como nome popular e científico, família botânica, diâmetro, grau de ameaça e se a espécie é nativa ou exótica. A partir dos resultados obtidos foi possível concluir que a área se caracteriza como estágio médio de regeneração, conforme disposições da resolução conjunta SMA IBAMA/SP nº 1, de 17 de fevereiro de 1994. Palavras–chave: Caracterização de vegetação nativa, mata atlântica, estágio de regeneração. ¹ Graduando em Engenharia Ambiental, Faculdade Professor Franco Montoro, Mogi-Guaçu-SP. [email protected] ² Professora Dr. Tiago Cavalheiro Barbosa, Faculdade Professor Franco Montoro, Mogi-Guaçu-SP. [email protected] 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 3 4 5 6 7

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CARACTERIZAÇÃO DE UM FRAGMENTO DE VEGETAÇÃO NATIVA, LOCALIZADO NO CAMPUS DA FACULDADE

MUNICIPAL PROFESSOR FRANCO MONTORO (FMPFM), MOGI GUAÇU, SP

BELARMINO, Luís Gustavo1

BARBOSA, Tiago Cavalheiro2

RESUMO: Atualmente, a preservação da biodiversidade tem se revestido de grande importância, em especial no contexto relacionado à flora. No Brasil o bioma mata atlântica sofreu e ainda sofre muitas explorações e manejos inadequados, o que afeta significativamente a sua preservação, segundo (MMA, 2010) mesmo reduzida e muito fragmentada, estimasse que a Mata Atlântica possua cerca de 20.000 espécies vegetais, o que representa de 33% a 36% das espécies da flora brasileira. Diante deste cenário, o objetivo deste trabalho foi caracterizar um fragmento de vegetação nativa do bioma mata atlântica, afim de identificar o estágio de regeneração da área. Para isso foram adotadas metodologias de amostragem, coleta de informações da área e identificação de espécies, que posteriormente foram comparadas com aspectos legais para se obter um parecer da área de estudo. Obtendo como resultado a identificação das espécies e algumas características relevantes como nome popular e científico, família botânica, diâmetro, grau de ameaça e se a espécie é nativa ou exótica. A partir dos resultados obtidos foi possível concluir que a área se caracteriza como estágio médio de regeneração, conforme disposições da resolução conjunta SMA IBAMA/SP nº 1, de 17 de fevereiro de 1994.

Palavras–chave: Caracterização de vegetação nativa, mata atlântica, estágio de regeneração.

ABSTRACT: In the current world sphere is of great importance the preservation of the flora; In Brazil, the Atlantic Forest Biome has suffered and still suffers many inappropriate farms and managements, which significantly affects its preservation, according to (MMA, 2010) even reduced and very fragmented, estimates that the Atlantic forest has about 20,000 species Representing 33% to 36% of the species of the Brazilian flora. In view of this scenario, this study aimed to characterize a fragment of native vegetation of the Atlantic Forest biome, in order to identify the regeneration stage of the area. For this, we adopted methodologies for sampling, collection of information of the area and identification of species, which were subsequently compared with legal aspects to obtain an opinion of the study area. Obtaining as a result the identification of the species and some relevant characteristics such as popular and scientific name, botanical family, diameter, threat status and whether the species is native or exotic, from these results it was possible to conclude that

¹ Graduando em Engenharia Ambiental, Faculdade Professor Franco Montoro, Mogi-Guaçu-SP. [email protected]² Professora Dr. Tiago Cavalheiro Barbosa, Faculdade Professor Franco Montoro, Mogi-Guaçu-SP. [email protected]

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the area is Characterized as a medium stage of regeneration according to the provisions of the joint resolution SMA Ibama/SP No. 1, of February 17, 1994.

Keywords: Characterization of native vegetation, Atlantic forest, regeneration stage.

1. INTRODUÇÃO

O município de Mogi Guaçu é caracterizado como uma zona de

transição, área de tensão ecológica ou ecótono entre os biomas Cerrado e

Floresta Estacional Semidecidual (IBGE, 2004), sendo encontrado nessa

formação componentes generalistas de flora e fauna. Segundo IBGE (2004), o

termo Floresta Estacional Semidecidual expressa exatamente as

transformações de aspecto ou comportamento da comunidade conforme as

estações do ano. Essa formação é caracterizada por apresentar um dossel

heterogêneo, variando entre 15 e 20 m de altura, contudo há presença de

árvores emergentes de até 25-30 m de altura.

Segundo o Instituto Florestal (IF), o "inventário florestal da vegetação

natural do estado de São Paulo" representa uma séria de atividades que o

Instituto Florestal tem desenvolvido com o objetivo de efetuar o mapeamento e

a avaliação dos remanescentes da vegetação natural do Estado de São Paulo

para que se possa estuda-lo e controlar a dinâmica de suas alterações.

No Estado de São Paulo o projeto Biota-FAPESP, lançado em março de

1999, desenvolve pesquisas em caracterização, conservação, restauração e

uso sustentável da biodiversidade (Biota-FAPESP) com o objetivo de conhecer,

mapear e analisar a biodiversidade do Estado, incluindo a fauna, a flora e os

microrganismos.

O conjunto legal que governa sobre as condições e deveres para a

supressão de vegetação nativa é abordado pela Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo - CETESB. Para fins de licenciamento ambiental

considerou-se as normativas para Mata Atlântica, a Lei Federal 11.428/ 2006,

Decreto Federal 6.660/ 2008, Resolução conjunta SMA/IBAMA 01/1994.

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Conforme previsto nessas legislações, toda atividade que abranja

supressão de vegetação nativa necessita de aprovação do órgão ambiental,

independentemente de seu estágio sucessional.

O processo de troca da vegetação nativa, principalmente de florestas,

pela expansão das cidades, trouxe no interior do Estado a fragmentação dos

ecossistemas florestais, reduzindo-os a pequenos fragmentos, muitos desses

isolados. A degradação dos ecossistemas é causada na maioria das vezes

pela ação antrópica, como ações como o extrativismo, a exploração madeireira

não sustentável e outras inúmeras ações que não visam o meio ambiente.

Raramente encontramos um ecossistema florestal no Estado que esteja

intacto, sem nenhuma ação humana, tornando complicado o debate

sucessional dessas áreas (RODRIGUES, 1999).

Os remanescentes da vegetação original foram compilados no Sistema

de Informações Florestais do Estado de São Paulo – SIFESP, do Instituto

Florestal da SMA/SP e reunidos no Inventário Florestal do Estado de São

Paulo, em 2009.

Segundo dados Instituto Florestal - IF, em Mogi Guaçu, dos 85.500 ha da

área do município, restam apenas 3.701,41 ha preenchidos por matas e

capoeiras, 503,23 por cerrado, 11,86 ha por formações arbóreo-arbustiva-

herbácea em regiões de várzea e 13,47 ha por vegetação não classificada,

totalizando 4.229,97 ha, correspondendo a 4,95% da superfície total municipal.

Ressalta-se que o município também possui 10.789,82 ha de superfície

reflorestada, correspondendo a 12,62% da área total de Mogi Guaçu.

2. OBJETIVO GERAL

Caracterizar um fragmento de vegetação nativa com aproximadamente

5.000 m² presente nas dependências da FMPFM, a partir de metodologia de

ponto quadrante, para fins de licenciamento ambiental.

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3. MATERIAIS E METÓDOS

A área de estudo, cujo fragmento está inserido, está dentro do campus

da instituição de ensino denominada Faculdade Municipal Professor Franco

Montoro (FMPFM), no Município de Mogi Guaçu – SP, conforma apresentado

na Figura 1.

Figura 1. Em vermelho, fragmento de vegetação estudado dentro do campus da FMPFM. Fonte:(Google Earth, 2018).

Para a caracterização da vegetação foi adotada a metodologia de ponto-

quadrante, é um método que elimina a alocação de uma parcela para

amostragem, oferecendo maior agilidade em sua execução (Durigan, 2003),

que consiste no estabelecimento de inúmeros pontos na comunidade pesquisa,

os quais atuam como centro de um plano cartesiano que define quatro

quadrantes.

É importante que a distância entre os pontos seja determinada de

maneira a evitar que um mesmo indivíduo seja amostrado em dois pontos

distintos. Uma forma de determinar a distância entre os pontos é a realização

de uma mensuração prévia de no mínimo cinquenta distâncias entre dois

indivíduos ao longo de uma comunidade (Martins 1991), visando registrar as

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maiores distâncias existentes na fitocenose. Posteriormente, é calculada a

distância média destas 50 aferições, a qual é elevada ao quadrado para a

obtenção de um valor de distância mínima para o estabelecimento dos pontos

ao longo do transecto. Em cada quadrante é marcado e identificado o indivíduo

mais próximo do ponto central que atenda aos critérios de inclusão da

amostragem e, em seguida, é registrada a distância deste em relação ao ponto

central do quadrante. Em estudos de vegetação, são registradas, ainda, a

altura e a circunferência ou o diâmetro da planta (Brower & Zar 1984, Martins

1991, Durigan 2004).

Segundo Martins (1991), a frequência absoluta para estudos utilizando

ponto- quadrante pode ser calculada como o número de pontos em que

determinada espécie ocorre divido ao número total de pontos usados para

amostragem da comunidade.

Em muitas ocasiões, o estabelecimento de parcelas ou transectos se

torna impraticável por demandar um tempo excessivamente grande. Nesta

situação, pode-se empregar metodologias como a do ponto-quadrante sem que

ocorra perda de informação ou acurácia na amostragem (Brower & Zar 1984).

Para a identificação das espécies da área contamos com o auxílio de um

funcionário da secretaria de agricultura, abastecimento e meio ambiente

(SAAMA) que trabalha no viveiro de mudas nativas da faculdade, seu auxilio foi

de grande valia, pois o mesmo tem amplo conhecimento de espécies; para

aferir a veracidade das espécies e afim de identificar seus nomes científicos,

foram retiradas amostras das folhas das arvores e identificadas com o auxílio

dos livros “Árvores brasileiras. Manual de Identificação e cultivo de plantas

arbóreas nativas do Brasil” (LORENZI, 2000), grande referência na

identificação de espécies nativas brasileiras.

Para aferir as medidas de PAP foi utilizada fita métrica graduada e trena

métrica, posteriormente obteve-se o valor do DAP através de conversão dos

valores de PAP para DAP; também foram aferidas algumas medições de altura

do dossel utilizando-se uma vara graduada, afim de calcular-se a altura média

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do dossel. E para a coleta de coordenadas geográficas foi utilizado um GPS de

mão (Garmin- Gpsmap 64s).

Com todos os indivíduos identificados a nível de espécie foi possível

realizar o laudo de caracterização de vegetação, dando um parecer técnico

sobre as espécies e consequentemente o estágio sucessional do fragmento de

vegetação conforme disposição da resolução conjunta SMA IBAMA/SP nº 1, de

17 de fevereiro de 1994.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃOPara fins de localização precisa foram realizadas coletas de três pontos

de coordenadas geográficas da área, dividas dentro da área estudada, a

primeira realizada ao iniciar a caracterização, a segunda em um ponto dentro

da mata, aproximadamente no meio do fragmento, e o último ponto ao fim da

caracterização.

Latitude/longitude

22°22'41,4"/46°53'57,1"

22°22'44,6"/46°53'57,4"

22°22'44,6"/46°53'57,2"

A listagem a seguir apresenta as espécies amostradas e identificadas da

área de estudo, apresentando as características de nome popular, nome

científico, família botânica, perímetro medido em metros, perímetro a altura do

peito (PAP) 1,30m a partir do chão e diâmetro medido em metros, diâmetro a

altura do peito (DAP), 1,30 m a partir do chão, status de ameaça (IUCN) e se o

indivíduo se enquadra como espécie nativa ou exótica (N./Ex.)

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Nome Popular Nome Científico Família PAP(m) DAP(m)PONTO 1Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 0,96Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 0,27Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 0,86Mangueira Mangifera indica (L.) Anacardiaceae 3PONTO 2Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 1,14Pau Viola Cyntharexyllum myrianthum (Cham.) Verbenaceae 0,33Embauba Cecropia angustifolia ( Trécul) Urticaceae 0,48Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,63PONTO 3Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,74Canafistula Peltophorum dubium (Spreng.) Fabaceae 0,34Canafistula Peltophorum dubium (Spreng.) Fabaceae 0,38Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,34PONTO 4Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 1,1Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 1,07Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,4Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolius (Raddi) Anacardiaceae 0,3PONTO 5Pau Marinheiro Guarea guidonia (L.) Meliaceae 0,4Cedro Cedrela fissilis (Vell.) Meliaceae 1,4Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 2,03Cambarotã Cupania vernalis (Jacques) Sapindaceae 1,25PONTO 6Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 2,5Cambarotã Cupania vernalis (Jacques) Sapindaceae 0,29

Nome Popular Nome Científico Família PAP(m)

DAP(m)

Jequitiba Branco Cariniana estrellensis (Raddi) Lecythidaceae 1,3Canafistula Peltophorum dubium (Spreng.) Fabaceae 0,83PONTO 7Jerivá Syagrus romanzoffiana (Cham.) Arecaceae 0,66Mangueira Mangifera indica (L.) Anacardiaceae 3,2Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 1,43Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 0,2PONTO 8Jequitiba Branco Cariniana estrellensis (Raddi) Lecythidaceae 0,27Jacarandá B. de Pato Machaerium nyctitans (Vell.) Fabaceae 0,58Mangueira Mangifera indica (L.) Anacardiaceae 1,62Macaúba Acrocomia aculeata (Jacq.) Arecaceae 1,05PONTO 9

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Jequitiba Branco Cariniana estrellensis (Raddi) Lecythidaceae 0,87Canafistula Peltophorum dubium (Spreng.) Fabaceae 0,28Mangueira Mangifera indica (L.) Anacardiaceae 2,3Cedro Cedrela fissilis (Vell.) Meliaceae 0,49PONTO 10Canafistula Peltophorum dubium (Spreng.) Fabaceae 0,39Canafistula Peltophorum dubium (Spreng.) Fabaceae 0,42Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,52Jacarandá branco Dalbergia brasiliensis ( Vogel) Fabaceae 0,81PONTO 11cassia Senna spectabilis (DC.) Fabaceae 0,29Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,48Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,63Capixingui   Croton floribundus (Spreng. ) Euphoriaceae 0,52PONTO 12Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,38Nome Popular Nome Científico Família PAP(m) DAP(m)Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,51Canafistula Peltophorum dubium (Spreng.) Fabaceae 0,44Jacarandá B. de Pato Machaerium nyctitans (Vell.) Fabaceae 0,61PONTO 13Canafistula Peltophorum dubium (Spreng.) Fabaceae 0,4Jerivá Syagrus romanzoffiana (Cham.) Arecaceae 0,71Capixingui   Croton floribundus (Spreng. ) Euphoriaceae 0,62Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,33PONTO 14Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,5Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,62Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,37Canafistula Peltophorum dubium (Spreng.) Fabaceae 0,35PONTO 15Jacarandá B. de Pato Machaerium nyctitans (Vell.) Fabaceae 0,67Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,33Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,42jacarandá Mimoso Jacaranda mimosifolia (D. Don) Bignoniaceae 0,73PONTO 16Aroeira Branca Lithraea molleoides (Vell.) Anacardiaceae 0,83Jacarandá B. de Pato Machaerium nyctitans (Vell.) Fabaceae 0,51Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,45Goiabeira Psidium guajava (L.) Myrtaceae 0,64PONTO 17Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 0,95Goiabeira Psidium guajava (L.) Myrtaceae 0,42Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,46

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Goiabeira Psidium guajava (L.) Myrtaceae 0,51PONTO 18Nome Popular Nome Científico Família PAP(m) DAP(m)Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolius (Raddi) Anacardiaceae 0,42Farinha Seca Albizia hassleri (Benth.) Fabaceae 0,6Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,7Aroeira Branca Lithraea molleoides (Vell.) Anacardiaceae 0,78PONTO 19Mangueira Mangifera indica (L.) Anacardiaceae 0,35jacarandá Mimoso Jacaranda mimosifolia (D. Don) Bignoniaceae 0,82Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,63Ipê Amarelo Handroanthus albus (Cham.) Bignoniaceae 0,56PONTO 20Aroeira Branca Lithraea molleoides (Vell.) Anacardiaceae 0,44Paineira Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Malvaceae 0,86jacarandá Mimoso Jacaranda mimosifolia (D. Don) Bignoniaceae 1,02Sangra d'agua Croton urucurana (Baill.) Euphoriaceae 0,27PONTO 21Mamica de Porca Zanthoxylum fagara (L.) Rutaceae 0,36Canafistula Peltophorum dubium (Spreng.) Fabaceae 0,47Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,32Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,46PONTO 22Amendoim Bravo Pterogyne nitens (Tul.) Fabaceae 0,33Jerivá Syagrus romanzoffiana (Cham.) Arecaceae 0,59Amendoim Bravo Pterogyne nitens (Tul.) Fabaceae 0,42jacarandá Mimoso Jacaranda mimosifolia (D. Don) Bignoniaceae 0,6PONTO 23Jambolão Syzygium cumini (L.) Myrtaceae 0,62Mangueira Mangifera indica (L.) Anacardiaceae 1,07Jerivá Syagrus romanzoffiana (Cham.) Arecaceae 0,53Jacarandá Mimoso Jacaranda mimosifolia (D. Don) Bignoniaceae 0,49PONTO 24Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,43Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 0,92Ipe Amarelo Handroanthus albus (Cham.) Bignoniaceae 0,7Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 0,79PONTO 25Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolius (Raddi) Anacardiaceae 0,37Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolius (Raddi) Anacardiaceae 0,46Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,44Goiabeira Psidium guajava (L.) Myrtaceae 0,63PONTO 26Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolius (Raddi) Anacardiaceae 0,39

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Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Fabaceae 1,27Jambolão Syzygium cumini (L.) Myrtaceae 0,55Jerivá Syagrus romanzoffiana (Cham.) Arecaceae 0,67PONTO 27Jambolão Syzygium cumini (L.) Myrtaceae 0,86Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolius (Raddi) Anacardiaceae 0,45Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,54Mutambo Guazuma ulmifolia (Lam.) Malvaceae 0,63

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Foram amostrados 27 pontos distintos dentro de uma área de

aproximadamente 5.000 m², amostrando 4 indivíduos dentro de cada ponto,

totalizando 108 indivíduos, cerca de 1 indivíduo a cada 46m² e 1 ponto a cada

185m².

Dos 108 indivíduos amostrados, foram identificadas 27 espécies

diferentes como apresenta a figura 2. sendo 25 dessas nativas e 2 exóticas,

distribuídas em 13 famílias botânicas, com destaque para as da família

Fabaceae com 7 espécies e as da família Anacardiaceae com 3 espécies, as

outras 11 famílias foram todas representadas por 1 ou 2 espécies cada.

Figura 2. Quantificação das espécies identificadas no fragmento estudado

Com base nas espécies identificadas e seguindo as disposições da

resolução SMA IBAMA/SP nº 1, de 17 de fevereiro de 1994. Podemos afirmar

que o fragmento de vegetação nativa se encontra em estágio médio de

regeneração, visto que o mesmo apresenta características como árvores de

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vários tamanhos, com altura média que varia dos 4 aos 12 metros, ocorre a

presença de epífitas com certa abundância (liquens, musgos, bromélias e

trepadeiras), havendo também a presença de palmáceas.

O DAP médio apresenta o valor de 22,3 cm, porém é possível afirmar

que a presença de espécies exóticas de grande porte como a Mangifera indica

(L.), que apresentam DAPs muito grandes, contribuiu para a aumento do DAP

médio do fragmento. Ou seja, desconsiderando os indivíduos dessa espécie, o

DAP médio verificado é de 19,3 cm. Diante do exposto, as características do

fragmento em questão, ante as normativas que dão as diretrizes para tal

caracterização, é que o fragmento se enquadra dentro dos parâmetros de uma

vegetação em estágio médio de regeneração, atingindo DAP médio

aproximado de 20 cm.

5. CONCLUSÃO

O foco principal deste trabalho foi a caracterização da vegetação do

fragmento estudado. Tendo como principal resultado a caracterização da área

em estágio médio de regeneração segundo as características apresentadas e o

que consta na resolução SMA IBAMA/SP nº 1, de 17 de fevereiro de 1994.

Por se tratar de uma área onde já houve intervenções antrópicas no

passado e, parte da área já foi reflorestada, encontramos uma baixa

diversidade de espécies, dentre essas algumas exóticas, como por exemplo a

mangueira Mangifera indica (L.) e jambolão Syzygium cumini (L.).

Foram observadas também algumas espécies que são indicadoras de

áreas em estágio inicial, como é o caso do mutambo, amendoim bravo,

goiabeira e embaúba. Contudo, as principais características dos indivíduos e as

principais espécies encontradas são as pertencentes ao estágio médio,

incluindo jacarandás, aroeiras, canafístulas e guapuruvus, o que nos leva a

concluir que o enquadramento mais adequado em relação ao estágio de

desenvolvimento desse fragmento, é o estágio médio de regeneração,

conforme disposto nos instrumentos legais.

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