ITINERÁRIO DE ORAÇÃO VOCACIONAL

agosto 2013-novembro de 2014

VIA HUMANITATIS

O CAMINHO VOCACIONAL DA HUMANIDADE

OITAVO ESQUEMA março de 2014

CHAMADOS… PARA CHAMAR

Guia: A Família Paulista é docente, lembrou-nos o beato Tiago Alberione! O testemunho de uma vida totalmente doada só pode provocar um anúncio apaixonado do Deus-que-chama!Nesta oração imploramos o dom de numerosas vocações à vida sacerdotal e religiosa para que possam, com alegria e convicção, seguir o Senhor da vida. E para nós pedimos a pureza de coração para que possa fazer transparecer em toda a sua beleza o dom recebido da vocação paulista.

Cântico inicial

Da Via HumanitatisJesus Cristo escolhe os doze, aos quais chama Apóstolos, para continuar a estender no mundo a Sua missão. Funda a Igreja, povo de redimidos e Seu corpo místico, e confia-a aos cuidados pastorais de um chefe, Pedro, para que nela seja caminho, verdade e vida.

Convite à oração

Salmo 139 (138)

Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser, * sabeis quando me sento e quando me levanto. De longe penetrais o meu pensamento: * Vós me vedes quando caminho e quando descanso, † Vós observais todos os meus passos.

Ainda a palavra me não chegou à língua * e já, Senhor, a conheceis perfeitamente. Por todos os lados me envolveis * e sobre mim pondes a vossa mão.

Prodigiosa ciência, que não posso compreender, * tão sublime que a não posso alcançar! Onde poderei ocultar-me ao vosso espírito? * Onde evitarei a vossa presença? Se subir ao céu, Vós lá estais; * se descer aos abismos, ali Vos encontrais. Se voar nas asas da aurora, * se habitar nos confins do oceano,mesmo ali a vossa mão me guiará * e a vossa direita me sustentará.Se disser: «Talvez as trevas me hão-de ocultar * e a luz, em volta de mim, se fará noite»,nem as trevas, para Vós, têm obscuridade: * a noite brilha como o dia † e a escuridão é clara como a luz. Vós formastes as entranhas do meu corpo * e me criastes no seio de minha mãe.Eu Vos dou graças por me haverdes feito tão maravilhosamente: * admiráveis são as vossas obras.

Vós conhecíeis já a minha alma *e nada do meu ser Vos era oculto, quando secretamente era formado, * modelado nas profundidades da terra.Ainda em embrião se viam as minhas obras * e já meus dias estavam marcados no vosso livro; estavam escritos e fixados, * ainda antes que um só deles existisse.Como são difíceis, meu Deus, os vossos desígnios! * Incalculável é o seu número.Se os quisesse contar, seriam mais numerosos que a areia * e, se pudesse chegar ao fim, estaria ainda convosco.Sondai-me, ó Deus, e vede o meu coração, * ponde-me à prova e conhecei os meus pensamentos.Vede que não ande por mau caminho, * conduzi-me pelo caminho da eternidade.

Escutemos a Palavra de Deus

Do Evangelho segundo São Marcos 3,13-19Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E foram ter com Ele. Então Jesus constituiu o grupo dos Doze, para que ficassem com Ele e para os enviar a pregar, com autoridade para expulsar os demónios. Constituiu assim os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer «filhos do trovão»; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que depois O traiu.

Do Evangelho segundo Mateus 16,13-19Jesus chegou à região de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem»? Eles responderam: «Alguns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas». Então Jesus perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo». Jesus disse: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no Céu. Por isso Eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la. Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu, e o que ligares na Terra será ligado no Céu, e o que desligares na Terra será desligado no Céu».

Escutemos a Palavra do Fundador

Depois de acabarem os Exercícios espirituais, devemos fazer os propósitos e também o programa que se pretende desenvolver durante todo o ano espiritual. Mais do que tudo rezemos, para poder ter muita graça para se trabalhar bem, trabalhar interiormente. A atividade externa de apostolado deve ser sempre precedida pela atividade interna, pelo trabalho espiritual.Entre as atividades que dizem respeito ao vosso apostolado, a mais delicada, a mais preciosa é a da procura de vocações e da sua formação, pelas quais se prepara para a Congregação pessoas cada vez mais santas, mais zelante nos vários apostolados e nas várias dimensões do único apostolado. Por isso falemos das vocações. A vocação é um ato de amor de Deus, ou seja, é um ato com que o Senhor escolhe de preferência a outras pessoas, algumas almas para o seu serviço especial. O Pai celeste criando os homens destina-os a um fim, à salvação eterna, porém não todos pelo mesmo caminho. Conhecem-se três estados: o estado conjugal, o estado sacerdotal e o estado religioso. Cada um tem o seu caminho se quiser ser feliz na vida e se quiser alcançar a salvação eterna. O Pai celeste criando uma alma infunde-lhe as aptidões, as inclinações que podem levá-la à missão particular. Quando depois tal criança é levada ao Batismo, a ação de Jesus e a ação do Espírito Santo operam na sua alma, completando assim a ação do Pai celeste. A criança quando chega ao uso da razão estará já inclinada para escutar a palavra de Deus, as suas palavras sábias e santas….O chamamento por vezes dá-se através de factos extraordinários. Mas nós falamos dos chamamentos ordinários. Se considerarmos a Família Paulista, o seu ministério e o seu apostolado, devemos dizer que é vastíssimo, devemos chegar a todo o mundo, a toda a parte do mundo. Temos que ter uma quantidade de professos, de professas, para podermos aproximar-nos de todas as almas, de todas as pessoas e dar-lhes um bom pensamento. Convidá-las a pensar no futuro, e a considerar o valor da vida presente: salvar-se, dar glória a Deus, dar provas de amor a Deus, dar provas de fé, de fidelidade, para merecermos ir para a casa do Pai celeste. Ora, se é assim tão grande a necessidade de pessoal, se não há fronteiras, porque o apostolado é incomensurável em seu alcance, quer dizer que o Senhor dispôs para as Famílias Paulistas muitas vocações. A nós compete descobri-las, iluminá-las e dirigi-las por aquele caminho a que o Senhor lhes destinou. Temos então o primeiro trabalho: a procura de vocações. Quem se incumbe desta procura de vocações? Geralmente pensa-se que este dever é exclusivo de uma ou de duas pessoas. Mas não é assim: é um dever de todos; é um dever de todas. Porque a Congregação deve crescer, e o contributo que se deve dar à Congregação é em primeiro lugar a santidade de cada um, e em segundo lugar o contributo de apostolado. Mas entre as obras de apostolado, a mais delicada e a mais preciosa é a obra das vocações. Então, ou oração, ou bom exemplo para quem está mais facilmente em casa; ação ou palavra ou escrito ou cinema ou rádio, tudo deve servir para a procura de vocações. São meios que a Divina Providência nos deu e dos quais devemos servir-nos para responder dignamente a Deus

e assim ter a seu tempo o prémio. Por isso, a cura e o cuidado pelas vocações pertence a todos.Como descobrir as vocações? As vocações são-nos dadas por Deus, mas têm sinais exteriores. Aqui se pode dizer o que vem no Evangelho: «Pelos seus frutos, conhecereis a árvore», pelos frutos conhecereis as vocações, pelas inclinações internas e pelas atitudes que mostram o divino chamamento. Vede, nisto o Mestre divino nos deve iluminar. Falemos disso a Jesus na Visita. Se lermos o Evangelho, aí encontraremos o modo, o caminho a encetar na procura de vocações. Jesus percorre o lago e encontra pescadores e diz a dois deles: «Vinde após Mim, farei de vós pescadores de almas». Depois encontra uma pessoa e diz: «Segue-Me». Depois de ter orado uma noite inteira, de manhã chama a Si a multidão de seus ouvintes, e entre eles escolhe doze a que chama apóstolos e chama-os «para que ficassem com Ele».Portanto, como vedes Jesus vos chamou para que fôsseis um grupo, e para que vendo as vossas obras, todas saibam que género de vida levar seguidamente. Jesus é o grande modelo dos que procuram vocações, e estes sempre orem ao Mestre para que os ilumine e depois se disponham a operar no sentido que também operou o Mestre divino, nosso Caminho.

(Às Filhas de S. Paulo, 1956, pp 537-542)

Silêncio – Reflexão – PartilhaPara a partilha: Confiemos ao Senhor as necessidades vocacionais de um Continente, Nação…

RezemosSede bendito, ó Jesus Cristo, por terdes feito do sacerdote um outro Cristo como Vós.Sede bendito, porque instituístes a Igreja como nossa mãe, mestra e guia.Sede bendito, por a haverdes fundado sobre Pedro, como infalível e católica.Meditarei sempre as vossas palavras: “Como o Pai Me enviou, assim Eu vos envio a vós”: para pregar, guiar e santificar a todos.

Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens que Ele ama.Ó Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tende piedade de nós.Ó Maria, Rainha dos Apóstolos, rogai por nós.

Cântico final