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ANTIGUIDADE ORIENTALO termo Antiguidade Clássica refere-se a um longo período da História da Europa que se estende aproximadamente do século VIII a.C., com o surgimento da poesia grega de Homero, à queda do Império romano do ocidente no século V d.C., mais precisamente no ano 476. São características das sociedades clássicas: Modo de Produção Escravista, pois nas duas
sociedades ocorreu o fim do comunismo primitivo e a formação da escravidão, na desagregação dos Genos a Grécia e na expansão republicana romana. Na Grécia o escravo jamais chegou a ter cidadania, mas em Roma, quando o escravo era alforriado, poderia ir para o exército e se tornar cidadão, caso cumprisse os requisitos básicos;
Desenvolvimento da Democracia Escravista na Grécia e na República Romana.
Berço da cultura ocidental que renascerá durante a Idade Moderna, no movimento conhecido como Renascimento Cultural: Democracia, Humanismo, Antropocentrismo, Filosofia, Ciência, Cidadania, República, Teatro e Razão.
CIVILIZAÇAO GREGA: Filosofia. Teatro. Racionalismo. Democracia. Política = Cidadania. Olimpíadas. Helenos. Fases: Pré-Homérica, Homérica,
Arcaica, Clássica e Helenística.
FASE PRÉ-HOMÉRICA:
Civilização Cretense:• Monarquia teocrática (Minos) em Cnossos.• Comércio marítimo (Azeite e cerâmicas).• Servidão coletiva.• Religião politeísta: Mãe-Terra ou Grande-Mãe.• Maior igualdade social e entre os sexos.• Destruída pelos Aqueus (1400 A.C.).
Civilização Micênica (Aqueia): Aqueus conquistam Creta. Desenvolvimento urbano e comercial. Possível guerra de Tróia pelo domínio do Egeu.
Invasão dos Dórios: • Primeira Diáspora Grega: Mar Egeu e Ásia Menor.• Destruição da civilização Micênica = Retrocesso
urbano e comercial.• Consolidação do comunismo primitivo.
FASE HOMÉRICA (XII - VIII A.C.): Período de ruralização, marcado pelo pastoreio e
agricultura, mitos e lendas. Os livros que servem para o estudo do período são as obras de Homero: Ilíada que conta a Guerra de Tróia e a Odisseia que conta a Volta do herói Ulisses (Odisseu).
Período Gentílico (Genos ): a sociedade era baseada em clãs familiares dominadas pelo Pater-Família (Basileu). Não havia grande escravidão, mas sim, Comunismo primitivo.
Processo de Desagregação dos Genos : com o aumento populacional e a falta de terras e alimentos os genos passaram por profundas transformações, sendo as mais importantes:
Divisão Social: eupátridas, gorgois e thetas. Segunda Diáspora: Mar Negro, Itália, Espanha e
França. Importação de Cereais = falência dos pequenos
proprietários, que partem para as novas colônias ou tornam-se escravos por dividas.
Surgimento da classe dos Demiurgos, artesãos e comerciantes que passam a disputar a política com os eupátridas.
Aumento da escravidão: antagonismo entre donos de terras e escravos com a Grécia se tronando escravista.
Formação das Polis ou Cidade-Estado pelo processo de Sinecismo, que é a união das tribos de mesma ancestralidade para se defenderem nas guerras por disputas de terras e comércio..
FASE ARCAICA (VIII –V A.C.):Período conhecido como período da concretização e fortalecimento das Cidades-Estados. As cidades tinham como características básicas: Acrópole, Ágora, Parte Baixa (rural) e Porto. Acrópole: Centro administrativo e religioso. Produção agrícola no meio rural. Autonomia política, econômica e social. Rivalidades militares. Olimpíadas em Olímpia (776). Existiram dois Modelos básicos de administração:
Oligarquias X Democracias.
Esparta : a sociedade era dividida em esparciatas, periecos e escravos (hilotas).
• Economia baseada na Agricultura.• Sociedade militarista, xenófoba e lacônica. • Estado Conservador, Reacionário e Oligárquico.• Domínio político da Gerusa.• Política Externa: Liga do Peloponeso formada em
510 A.C para Impedir mudanças na Oligarquia e impedir unificação da Grécia pretendida por Atenas (Xenofobia).
Atenas (Ática): Fase da Oligarquia: Atenas Evoluiu da
Monarquia para a Oligarquia. No começo da história de Atenas verificamos as disputas entre Eupátridas e populares pelos direitos políticos. Dois legisladores e Arcontes se destacaram no Período.
DRACON: Direito consuetudinário = Defesa da oligarquia, com pena de Morte e Escravidão por dívidas.
SOLON: Criou Bule e Helieu. Fim da escravidão por dívidas e da Pena de Morte Reforma Monetária (Dracma). Divisão Censitária da Sociedade. Ascensão dos Demiurgos (Plutocracia).
Fase da tirania de Psístrato: • Governo progressista e Antiaristocrático.• Transição para a Democracia = Ascensão dos
Demiurgos.• Reforma Agrária, obras públicas, comércio,
artesanato e agricultura. • Hiparco e Hípias (deposto pela aristocracia).
Democracia Escravista de Clístenes. Cria o OSTRACISMO para impedir a Tirania. Ampliação da cidadania = ISONOMIA. Democracia direta = Supremacia da Eclésia. Democracia Exclusivista: quem é cidadão?
Auge da Democracia com Péricles.
FASE CLÁSSICA: Também chamada fase das Guerras devido as Guerras Médicas e as Guerras entre as Cidades-Estados Gregas.
Hegemonia de Atenas : Atenas cria a Liga de Delos que reunia centenas de Cidades Democráticas em 476 A.C. para lutar contra os Persas, os quais foram derrotados e obrigados a assinar a Paz de Cálias (449 A.C.). Começa o período de expansionismo militar de Atenas que tenta impor a Democracia a toda Grécia através do Pan-helenismo.
Este período de domínio de Atenas foi chamado de Século de Péricles (444-429 A.C.): Auge da Democracia Escravista. Remuneração por Mérito (mistoforia). Remuneração para a Eclésia. Reconstrução de Atenas. Imperialismo através do Pan-helenismo.
Hegemonia de Esparta (404-371 A.C.): Esparta fortalece a já existente Liga do Peloponeso e inicia a chamada Guerra do Peloponeso contra imperialismo ateniense. Liga do Peloponeso X Liga de Delos. A Guerra
tem inicio quando Atenas ataca Corinto, então aliada de Esparta, pelo controle da região da Sicília, rica em produtos agrícolas.
Invasão da Ática por Esparta e Morte de Péricles. Fim do imperialismo ateniense = Imposição da
Oligarquia em Atenas.
Hegemonia de Tebas: A cidade de Tebas cria a liga da Beócia e vence Esparta em Leuctras (371 A.C.). Após um período de hegemonia de Tebas, Atenas e Esparta se unem e destroem Tebas. Essas guerras constantes enfraquecem as cidades-estados e facilitam a invasão de povos do Norte, denominados Macedônicos.
FASE HELENISTICA (IV-II A.C.):Tem inicio quando o rei Felipe II que vence os gregos na Batalha de Queronéia e estabelece o domínio dos macedônicos sobre a Grécia. Governo de Alexandre, o Grande: Estabelece o
maior império até então construído na Antiguidade. O território conquistado ia da Europa até a Índia. Conquista da Pérsia, Mesopotâmia, Egito, Síria e Palestina.
Grande desenvolvimento urbano e comercial. Formação da cultura Helenística, denominação da
fusão da cultura Grega e Persa (Ocidental e Oriental), com o grande desenvolvimento das artes e das ciências (Euclides, Arquimedes, Ptolomeu, Aristarco e Erastóstenes)
CIVILIZAÇÃO ROMANA :
Origem de Roma: Roma era apenas uma aldeia de pastores a agricultores baseados socialmente em clãs familiares denominados Genos (gentes). Sofreram a influencia política e cultural de duas outras civilizações:
Etrúria ao Norte: que influenciou através da Política e da Arquitetura (século X).
Magna Grécia ao Sul: que influenciou através da Religião e da Filosofia (IX e VIII).A fundação de Roma esta envolta em mitos,
sendo fundada na Planície do Lácio (Rio Tibre), por Rômulo e Remo em 753 A.C. como foi descrita no obra de Virgílio, a Eneida. Na verdade a cidade foi construída por povos Latinos e Sabinos, que construíram muralhas para se defenderem dos Etruscos ao Norte, que acabaram dominando Roma durante a Monarquia.
FASE MONARQUICA (753-509 A.C)É a fase de desagregação da Sociedade Original denominada Genos e o fim do Comunismo Primitivo. Os Genos eram lideradas pelo Pater família, que iriam formar a classe dos Patrícios. Assim, ocorreu a formação da Sociedade de Classes dividida em: Patrícios: latifundiários que constituíam as gens. Plebeus: pequenos proprietários sem gens. Clientes: Dependentes dos patrícios . Escravos: Por dívidas ou Guerras.
Estrutura Politica da Monarquia: Rei: Sem poder total. Senado: Domínio dos Paters. Assembleia Curial: votavam as leis.
Os reis etruscos buscam diminuir o poder dos Patrícios, que controlavam o Senado e elaboravam as leis. O rei etrusco Sérvio Túlio cria a Assembleia Centuriata, permitindo a maior participação politica para os plebeus. Tarquínio, o Soberbo, último rei etrusco se aproxima ainda mais da plebe, o que causa uma revolta armada dos patrícios e a Proclamação da República em 509 A.C.
FASE DA REPÚBLICA 509-27 A.C.Período nitidamente dominado pelos patrícios
que estabelecem instituições republicanas para manter seu poder econômico e social. O poder estava relacionado à propriedade das terras e à tradição oral, o que facilitava o domínio das família dos Patrícios, mais tradicionais na sociedade.
Principais Instituições Republicanas: Senado : Elabora as leis e aconselha os
magistrados. Era o centro das decisões e do poder durante a república.
Comícios : Votam leis e elegem os magistrados. Magistraturas : Presidem os comícios e
administram Roma.*Cônsules: Administração e exército.*Questores: administração das finanças.*Pretores: aplicação da justiça.*Censores: Censura e Censo público.*Edis: Abastecimento e policiamento
Lutas Sociais do Início da República :
Cultura Grega: Filosofia.• Racionalismo.• Método Experimental.• Antropocentrismo. Teatro: Tragédia e Comédia. História: • Heródoto: Guerras Médicas.• Tucídides: Guerra do Peloponeso.• Xenofonte: Helênicas e Filípica. Democracia, Política e Cidadania. Olimpíadas em 776 a.C.
Período em que o Monopólio das ager publicus (terras públicas) era dos patrícios, pois estes controlavam o Estado e se apropriavam das terras conquistadas durante a expansão militar. O monopólio político, religioso e jurídico também era dos patrícios.
Os plebeus acabam por revoltar-se e realizar uma série de greves na busca de conquistas politicas e sociais. Conquistam dezenas de leis escritas e direitos, entre eles: Tribunos da Plebe : Sacro santos com poder de
veto no Senado. Lei das 12 tábuas : Leis escritas na defesa dos
plebeus. Canuléia : Igualdade civil para a nobreza Nobilita,
que eram plebeus enriquecidos e queriam acesso aos cargos públicos.
Licínia-Sextia : Abolição da escravidão por dívidas e permissão dos plebeus serem da alta magistratura.
Expansão Territorial Republicana : Terras e escravos para a Aristocracia. Expansão comercial para Homens Novos. Guerras Púnicas contra Cartago. Destruição definitiva de Cartago. Domínio do Mare Nostrum. Anexação da Macedônia e Grécia (146 A.C.).
Consequências da Expansão: Aumento do número de escravos e formação do
latifúndio escravista especializado na produção de vinhas e oliveiras.
Empobrecimento da Plebe devido à concorrência dos cereais importados.
Decadência da pequena propriedade com o Êxodo Rural, o que causa a Crise Agrária. Assim, vemos o aumento do grupo de clientes e a formação dos proletários, que não possuem terras e são assalariados. Aumento da politica do Panen et
Circenses (pão e circo) para evitar-se a revolta dos grupos sociais insatisfeitos na cidades.
Formação da Classe dos Homens Novos (Nobreza Nobilita), que sofrem a Influência do Despotismo Oriental e pretendem ser coroados como Reis divinos em roma.
Decadência das Instituições republicanas, como o Senado, e aumento do poder da Nobreza Nobilita, que passa a ocupar os cargos públicos através da compra de votos através do clientelismo com as classes baixas da sociedade. Isso ocasiona o acirramento das relações com a nobreza senatorial, pois as famílias tradicionais entram em decadência. Início a Guerra civil no final da República.
Política do Pão e Circo, utilizada para entreter o povo e evitar as revoltas populares. Os Homens Novos passaram a patrocinar estes jogos como forma de conseguir os votos do povo e chegar aos altos cargos da República, típico do Clientelismo.
Guerra Civil- final da República: Guerra Civil: Conservadores X Populares. Reformas agrária proposta por Tibério e Caio
Graco (133-121 A.C.). Ditaduras dos generais Mario, ligado à plebe, e
Silas, ligado aos patrícios. Revolta de Sertório, que pretendia ser ditador,
sufocada por Pompeu. Revolta de Espartacus sufocada por Crasso. Conspiração de Catilina delatada por Cícero. Formação dos Triunviratos:
Pompeu, Crasso e Júlio César: Júlio César: torna-se Autocrático e despótico, buscando virar Imperador. Propõe propagar a Cidadania nas províncias, o que desagrada o Senado, que acaba por assassiná-lo.
Marco Antônio, Lépido e Otávio: Divisão do império entre Marco e Otávio. Otavio acaba por derrotar marco Antônio na batalha de Ácio e torna-se o primeiro Imperador de Rom.
O assassinato de César por senadores romanos contrários ao fim da república e a concentração de poder por um único cidadão, pois César queria tornar-se Imperador.
FASE IMPERIAL (27 A.C - 476 D.C.)
Principado ou Alto Império: Período considerado o auge do Império Romano (27 A.C – 268 D.C.), com o crescimento do comércio e domínio do Mare Nostrum. Estabelecimento da Pax Romana e do Século de Augusto. Otávio Augusto estabelece a Aliança entre
Cavaleiros e nobreza senatorial e acaba com a guerra civil.
Cria a Guarda Pretoriana e expande a política do pão e circo agradando aos plebeus.
Divisão Administrativa: Províncias senatorias e imperiais, agradando a nobreza senatorial e a nobreza nobilita.
Desenvolvimento comercial: imposição do Latim, unificação monetária e expulsão dos piratas do Mediterrâneo, o que permitiu o desenvolvimento do comércio e aumento dos impostos.
Criação de um período de grande crescimento conhecido como Pax Romana e Século de Augusto, com grande expansionismo militar e desenvolvimento cultural.
Dinastias durante o principado : Júlio-Claudiana: Tibério, Calígula, Cláudio e
Nero. Flávios: Vespasiano, Tito, Domiciano. Antoninos: Nerva, Trajano, Adriano, Antonio Pio,
Marco Aurélio e Cômodo. Período de maior expansão de Roma sob o governo de Trajano.
Severos: Severo, Caracala , Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre. Decadência política e militar de Roma.
Anarquia Militar (235-268d.C.): Neste período ocorre o aumento da importância das províncias e o exército passa a ser o centro do poder, pois ocorrem disputas entre os generais para serem imperadores. A entrada
maciça de bárbaros no exército gera mais instabilidade (barbarização do exército).
Ilírios (268-284): Cláudio, Aureliano, Probo, Caro, Carino e Diocleciano. Nessa dinastia ocorre a divininação dos Imperadores que passam a se denominar “dominus et deus”
Dominato ou Baixo império:Período de decadência de Roma também
conhecido como Crise do Terceiro Século (268 – 476), onde ocorre a invasão violenta dos bárbaros e a ruralização da economia, com a formação do sistema Feudal. Apenas três imperadores são relevantes no período final do Império. São eles:
Diocleciano: Estabeleceu o fortalecimento do exército e das
fronteiras para evitar a invasão dos bárbaros. Criou a Tetrarquia com a divisão do poder entre
dois imperadores e dois Césares, para facilitar a administração do Império.
Criou o Édito do Máximo, considerado o primeiro tabelamento de preços da história para tentar deter a inflação do período. Não teve êxito devido ao aumento frequente de impostos, sendo que o Estado tornou-se cada vez mais pesado e ineficiente.
Constantino: Estabeleceu o Édito de Milão em 313, dando
liberdade de culto aos cristãos. Fundação de Constantinopla em 330, que tornou-
se a nova capital do Império, com o objetivo de defender as fronteiras orientais e por ser uma cidade mais segura.
Estabeleceu o Édito do Colonato em 332, obrigando os indivíduos a se manterem na mesma profissão, visando prender o homem a terra. O que originou o aumento da servidão.
Teodósio: Édito de Tessalônia em 385 D.C, que estabeleceu
o Catolicismo como religião Oficial do Império Romano. Desta forma, as outras religiões foram consideradas pagãs sendo perseguidos pelos cristãos.
Divisão do Império Romano entre Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente EM 476 D.C.
Charge mostrando a grandeza e a diversidade do Império Romano, com produtos vindos dos lugares mais longínquos.
CRISE DO TERCEIRO SÉCULO: Crise do Sistema Escravista: A diminuição das
guerras levou à queda do número de escravos, que trouxe a queda na produção e, como consequência, a crise do comércio. A moeda desvalorizou-se e as cidades entraram em decadência através do Êxodo Urbano (ruralização).
Avanço do Sistema de Colonato: Prendia o indivíduo a terra, o que levou à servidão.
Endividamento com o Oriente. Crise da Moral e dos costumes. Anarquia Militar: a luta frequente entre os
militares levou ao enfraquecimento do exército e facilitou a invasão dos bárbaros.
Avanço dos Povos Bárbaros: Inicialmente entraram de forma pacífica e mesclaram-se à população rural do império. A partir do século III, de forma violenta, destruindo o império romano, mas mantendo algumas características socioeconômicas, como o Colonato e as Vilas.
Expansão do Cristianismo. Decadência das Cidades e Êxodo Urbano.
CULTURA ROMANA Senso Prático e utilitário. Direito Romano: Civile, gentium e
naturale. Rede de Transportes Língua Latina. Arquitetura. Catolicismo.