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PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIÂNIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM ZOONOSES GERÊNCIA DE CONTROLE DE POPULAÇÃO ANIMAL Páginas: 13 Data de Emissão: 25/03/2019 Tema: NORMATIVAS Data da Revisão: 26/03/2019 a 20/05/2019 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP) – Recolhimento/Recebimento/Destinação de animais 1. OBJETIVOS - Padronizar as ações, atividades e estratégias relacionadas ao recolhimento, recebimento e destinação de animais pela UVZ/DVZ, de forma que atendam as legislações pertinentes vigentes, os princípios básicos de bem-estar animal e não extrapolem as competências legais do órgão; - Focar e priorizar o atendimento aos casos em que os animais envolvidos indiquem risco relevante à saúde coletiva (animais zoorrelevantes); - Prevenir/evitar o direcionamento das ações a animais sem importância relevante à saúde pública (animais zooirrelevantes); - Promover satisfatoriamente a vigilância e controle de zoonoses relevantes à saúde pública. 2. LEGISLAÇÕES DE REFERÊNCIA VIGENTES - Lei Municipal nº10.226 de 25/07/18; - Lei Municipal nº 8.741 de 19/12/2008 - Lei Estadual 17.767 de 10/09/12; 1

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Tema: NORMATIVAS Data da Revisão: 26/03/2019 a 20/05/2019

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO(POP) – Recolhimento/Recebimento/Destinação de animais

1. OBJETIVOS

- Padronizar as ações, atividades e estratégias relacionadas ao recolhimento, recebimento e destinação de animais pela UVZ/DVZ, de forma que atendam as legislações pertinentes vigentes, os princípios básicos de bem-estar animal e não extrapolem as competências legais do órgão;

- Focar e priorizar o atendimento aos casos em que os animais envolvidos indiquem risco relevante à saúde coletiva (animais zoorrelevantes);

- Prevenir/evitar o direcionamento das ações a animais sem importância relevante à saúde pública (animais zooirrelevantes);

- Promover satisfatoriamente a vigilância e controle de zoonoses relevantes à saúde pública.

2. LEGISLAÇÕES DE REFERÊNCIA VIGENTES

- Lei Municipal nº10.226 de 25/07/18;- Lei Municipal nº 8.741 de 19/12/2008- Lei Estadual 17.767 de 10/09/12;- Lei Federal nº 5.517 de 23/10/1968;- Portaria MS 1.138 de 23/05/14/Consolidação nº5 MS 28/09/17;- Resolução nº 1.000 CFMV de 11/05/2012;

- Decreto Federal nº 51.838 de 14/03/1963.

3. DEFINIÇÕES E ABREVIAÇÕES

a) Vigilância de Zoonoses: compreende o desenvolvimento de ações, atividades e estratégias para a vigilância e o controle das zoonoses, das doenças transmitidas por vetores e dos agravos causados por animais peçonhentos e que têm como enfoque a

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vigilância e o controle de vetores, hospedeiros, reservatórios, amplificadores, portadores, suspeitos ou suscetíveis às zoonoses e de animais peçonhentos;

b) Contexto de relevância epidemiológica: realidade epidemiológica de determinado local ou região que revela a presença, ou a possibilidade iminente, de transmissão de alguma doença e/ou da ocorrência de algum agravo abrangidos pela Vigilância das Zoonoses;

c) Controle: ato ou efeito de reduzir a incidência e/ou prevalência de doenças transmissíveis, não transmissíveis e agravos, de forma que atinjam números baixos e o equilíbrio e deixem de constituir problema para a saúde pública;

d) Zoonose: infecção ou doença infecciosa transmissível, sob condições naturais, de homens a animais, e vice-versa;

e) Suspeito: Qualquer pessoa ou animal que, conforme avaliação técnica e epidemiológica, supostamente possa ter, estar desenvolvendo ou vir a desenvolver alguma doença transmissível, independente de apresentar sintomas e/ou sinais clínicos;

f) Animal zoorrelevante: animal doméstico, sinantrópico, silvestre ou exótico que se apresenta como:- vetor, hospedeiro, reservatório, portador, amplificador e/ou suspeito para alguma zoonose e/ou doença de transmissão vetorial;- suscetível para alguma zoonose e/ou doença de transmissão vetorial quando inserido em um contexto de relevância epidemiológica quanto à transmissão das mesmas;- peçonhento; e/ou- causador de agravo que represente risco de transmissão de doença para a população humana;

g) Animal zooirrelevante: animal doméstico, sinantrópico, silvestre ou exótico que se apresenta:- como não suscetível às zoonoses e/ou às doenças de transmissão vetorial;- como suscetível para alguma zoonose e/ou doença de transmissão vetorial quando inserido em um contexto de irrelevância epidemiológica quanto à transmissão das mesmas;- acometido por enfermidade espécie-específica, que não seja diagnóstico diferencial para alguma zoonose ou doença de transmissão vetorial;- acometido por limitação física e/ou biológica;- em sofrimento;- em risco de vida;

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- ferido; e/ou- com comportamento agressivo devido a sua natureza;

h) Captura de animal: retirada de animal livre em vias ou áreas públicas ou áreas de mata;

i) Recepção ou recebimento de animal: aquisição de animal entregue pela população;

j) Recolhimento de animal: apreensão, captura e/ou recepção de animal;k) Resgate do animal: reaquisição de animal recolhido pelos UVZs, por seu legítimo

proprietário, ou por pessoa que dele cuidava antes do recolhimento, desde que este não o coloque ou o mantenha na rua como um animal comunitário;

l) Cuidados veterinários ao animal recolhido pela UVZ: prestação de atendimento clínico, quando necessário e possível (considerando os programas nacionais de controle de zoonoses e doenças de transmissão vetorial vigentes, o não comprometimento da saúde dos profissionais e dos demais animais recolhidos, e ainda se o animal não se encontra em condição sofrimento extremo ou em agonia) ao animal pela UVZ. É condição indispensável para a execução de tal procedimento, a observância da capacidade operacional, de recursos humanos, de estrutura física e de equipamentos, insumos e medicamentos;

m) Adoção animal: aquisição de animal por pessoa(s) física(s) ou jurídica para mantê-lo sob sua guarda e com restrição do acesso à rua;

n) Doação animal: ato de ceder um animal para pessoa(s) física(s) ou jurídica(s) para que esta(s) o mantenha(m) sob sua guarda e com restrição do acesso à rua;

o) Período de observação – tempo necessário para avaliação clínica de um animal suspeito de raiva.

- UVZ – Unidade de Vigilância em Zoonoses- DVZ – Diretoria de Vigilância em Zoonoses- M.V. – Médico(s) Veterinário(s)- ACE – Agente de Controle de Endemias- SMS – Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia- O.S- Ordem de Serviço- PNH – Primata Não Humano- LVC- Leishmaniose Visceral Canina

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4. NORMATIZAÇÃO DAS ROTINAS

4.1) Atendimento das ligações telefônicas

O atendimento das ligações telefônicas será realizado inicialmente pelas telefonistas da recepção da DVZ que repassarão para os Médicos Veterinários da Gerência de Controle de População Animal somente os casos relacionados a:

a) animais agressivos e/ou agressores;b) histórico de sintomas neurológicos em curso;c) sintomas de lesões de pele, em especial as não responsivas a tratamentos;d) relato de suspeita de Leishmaniose Visceral Canina (LVC);e) atropelados em logradouro público;f) relato de doenças graves e/ou pacientes terminais já com o laudo veterinário;g) animais em escolas, CAIS, CRAS e demais órgãos públicos (atendimento será em casos específicos e somente mediante envio de ofício ou memorando);h) informações técnicas para SMS de outros municípios;i) histórico de superpopulação em órgãos públicos, apenas para orientação técnica.

Casos em que as ligações telefônicas não deverão ser repassadas:

a) qualquer demanda de recolhimento de outros municípios (ligar SUVISA - 3201-2683);b) demandas de outras gerências;c) animais sadios e soltos em logradouro público sem histórico de agressão;d) animais a serem deixados na DVZ para fins de adoção;e) animais com idade avançada e conseqüências associadas a fase senil;f) animais que claramente requerem atendimento clínico veterinário (feridas por trauma, bicheiras, infecção de ouvido, cirurgias, etc);g) ações de bem-estar animal (castração, resgate, tratamento, etc);h) histórico de superpopulação em residências ou estabelecimentos privados (ligar no órgão ambiental responsável pelo bem estar animal).

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4.2) Triagem pelo Médico Veterinário:

4.2.1) Da responsabilidade

São responsáveis pelas atividades de triagem de animais para recebimento/recepção ou recolhimento pela DVZ:

a) Médicos Veterinários em atividade no canil (“plantonistas”);b) Médicos Veterinários designados pela gerência.

4.2.2) Critérios a serem considerados e adotados pelo M.V. para autorização do recolhimento ou recebimento na DVZ:

a) Riscos iminentes a saúde pública que respaldem a eutanásia, conforme legislações e normativas vigentes;b) Atendimento às legislações vigentes (Lei nº10.226 de 25/07/18, Lei 17.767 de 10/09/12, Portaria MS 1.138 de 23/05/14, Consolidação nº5 MS 28/09/17, Resolução nº 1.000 CFMV de 11/05/2012, Lei nº 5.517 de 23/10/1968);c) Verificar se o animal já passou por atendimento Médico Veterinário e a possibilidade de providenciar laudo particular;e) O M.V. responsável pela triagem deverá assinar por extenso na ficha ou em caso de rubrica, carimbar o documento;f) Corpo de Bombeiros: somente poderão ser recebidos os animais que se enquadrarem nos critérios legais, descritos no item “b” deste tópico e nos tópicos “4.2.3” e “4.3”;g) As amostras para exames, de cidades do interior de Goiás, deverão ser recebidas com a ficha de epizootia devidamente preenchida. Caso esteja sem a mesma, o médico veterinário deverá utilizar os dados da ficha de identificação/encaminhamento do material para o preenchimento da ficha de epizootia.

4.2.3) Casos em que os animais poderão ser recolhidos pelo veículo de recolhimento (após triagem e mediante avaliação do Médico Veterinário):

a) Atropelados em logradouro público considerados suspeitos de raiva;

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b) Agressivos em que seja constatado risco de agressão grave (cães de médio e grande porte) a pessoas;c) Agressores para observação que não tenham condições de serem observados com segurança na residência, cuja agressão tenha sido comprovada por notificação da Unidade de Saúde;d) Suspeitos de raiva (sintomatologia neurológica ou encontrados mortos sem causa definida);e) Com diagnóstico confirmado e comprovado de LVC ou conforme critérios definidos, em normativas técnicas do Ministério da Saúde, para confirmação de caso canino.

4.3) Encaminhamento de animais à DVZ por contribuintes

Nos casos não citados nas condições definidas no item “4.2.3”, mas que possam legalmente justificar a eutanásia, o Médico Veterinário poderá orientar o encaminhamento do animal à DVZ, pelo tutor ou responsável, acompanhado preferencialmente de laudo veterinário.

a) O Médico Veterinário deverá orientar o contribuinte que não tenha o laudo, a encaminhar o animal à DVZ para triagem visual no mesmo dia e horário em que o mesmo estiver em atividade no canil. Caso não seja viável ao contribuinte, o mesmo deverá ser orientado a ligar novamente no dia que puder comparecer e falar previamente com o profissional que estiver em atividade para nova triagem e autorização para o encaminhamento à DVZ;b) A triagem visual dos animais encaminhados à DVZ será feita pelo Médico Veterinário que estiver em atividade no canil e, para o recebimento, é indispensável o laudo profissional, seja da rede particular ou elaborado pelo próprio M.V. da DVZ; c) Será opcional, caso o M.V. considerar pertinente, uma prova fotográfica ou vídeo mostrando o estado em que o animal foi recebido.

4.4) Recolhimento de animais

a) O Médico Veterinário responsável deverá supervisionar todas as atividades de recolhimento para certificar se o perfil do animal atende aos critérios preestabelecidos;

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b) O M.V. que autorizar recolhimento deverá registrar na ficha (O.S) o motivo do mesmo e assinar por extenso como responsável pela atividade;c) Os recolhimentos de cães e gatos atropelados se restringirão aos casos que sejam considerados suspeitos de raiva, conforme orientações contidas na Nota Informativa nº 13/2019 – CGDT/DEVIT/SVS/MS de 26/02/2019 e conforme avaliação criteriosa do M.V. da DVZ;d) O recolhimento de animais de grande porte (bovinos, equídeos) soltos em logradouro público, só será realizado com o registro de ocorrência da SMT. Em caso da constatação de riscos à segurança, a presença da SMT deverá ser solicitada e aguardada pela equipe da DVZ no ato do atendimento;e) As solicitações relacionadas a animais em sofrimento, que não forem de relevância a saúde pública, deverão ser repassadas aos órgãos públicos que têm responsabilidade legal de atender as demandas relacionadas ao bem-estar animal e só poderão ser atendidas pela DVZ em conjunto com esses órgãos.

4.5) Dos procedimentos relacionados aos animais no canil

4.5.1) Animais agressores e agressivos

a) O animal recolhido deverá permanecer por 10 (dez) dias no canil da DVZ aguardando resgate pelo tutor ou responsável e também para avaliação quanto a suspeita de raiva (observação);b) Após o período de 10 dias deverá ser elaborado, o mais brevemente possível, um “parecer técnico” quanto ao seu temperamento e demais informações consideradas importantes para fundamentação do encaminhamento/destinação do animal (adoção, doação ou eutanásia) assinado por, pelo menos, dois Médicos Veterinários que realizaram a observação;c) No caso de recomendação e encaminhamento do animal para a eutanásia, independentemente do período transcorrido de observação, por motivo de doença e/ou sofrimento do animal (conforme legislações e normativas vigentes), o profissional responsável deverá elaborar laudo veterinário (carimbado e assinado) e realizar a coleta de material encefálico para diagnóstico e vigilância da raiva;d) Caso a avaliação técnica detecte ou considere que o animal representa risco grave ou relevante à saúde ou segurança de terceiros, que inviabilize a responsabilização do

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profissional pela doação do animal, o animal poderá ser encaminhado para a eutanásia. Para tanto é indispensável que o gerente do setor seja previamente comunicado e que o laudo médico veterinário esteja devidamente fundamentado e assinado pelos M.V. responsáveis;e) Nos casos de animais que, após o período de observação e elaboração do parecer técnico, não forem encaminhados à eutanásia, os seguintes procedimentos deverão ser adotados:

e.1) O M.V em atividade no canil deverá vacinar o animal contra raiva* e, sendo cão, coletar amostra de sangue (tubo de tampa vermelha ou amarela) e encaminhá-la à equipe técnica responsável pelo diagnóstico da LVC ou, na ausência da equipe e em caso de urgência, ao profissional designado pela gerência;

e.2) após o resultado negativo do teste de LVC**, encaminhar, em mãos, o parecer técnico ao veterinário responsável pela adoção para checagem, por meios formais (e-mail), da possibilidade de recebimento do animal por ONG’s de proteção animal;

e.3) anexar a resposta das ONG’s sobre a adoção, junto aos documentos do animal;

e.5) no caso da não doação imediata ao referido período, o animal deverá ser transferido para o box coletivo de alojamento (conforme disponibilidade), onde deverá permanecer por até 90 dias (em conformidade a Lei Estadual 17.767 de 10/09/12).

* a vacinação antirrábica deverá ser registrada, com assinatura na ficha do animal, pelo M.V que realizou a aplicação;

** o(s) resultado(s) do(s) exame(s) para diagnóstico da LVC deverão ser registrados, com assinatura na ficha do animal, pelo técnico responsável pela realização do TR DPP®;

4.5.2) Atropelados suspeitos de raiva

a) O animal atropelado, considerado suspeito de raiva, que chegar ainda com vida à DVZ poderá ser submetido ao procedimento de eutanásia imediata (conforme avaliação da condição de sofrimento ou se em agonia e conforme disposto na Resolução 1.000 do

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CFMV, de 11 de Maio de 2012) ou, caso pertinente, poderá aguardar por até 10 dias para observação;b) O animal atropelado cujo caso não convir a eutanásia imediata e for mantido por até 10 dias para observação no canil, em caso de viabilidade, deverá receber cuidados veterinários, incluindo o uso de medicação paliativa de acordo com a necessidade e disponibilidade da mesma, conforme protocolo definido pelo veterinário em atividade no canil, no ato do recebimento. Para tanto, cada caso deverá ser acompanhado por meio de prontuário individual e a administração dos medicamentos bem como registro diário dos mesmos, serão de responsabilidade dos M.V. em atividade no canil;c) Todos os cães atropelados que vierem a óbito ou forem submetidos ao procedimento de eutanásia, deverão passar por coleta de material encefálico para diagnóstico e vigilância da raiva, por se enquadrarem na classificação de animais suspeitos.

4.5.3) Cães com LVC

a) A responsabilidade pelo recolhimento e eutanásia de cães com LVC será da equipe técnica encarregada pela vigilância da doença;b) Em todos os casos, uma cópia do(s) exame(s) de diagnóstico da doença ou o laudo veterinário, deverá(ão) ser anexado(s) na ficha do cão antes da realização do procedimento de eutanásia.

4.6) Doação / Adoção de animais

Os procedimentos de doação de animais serão sempre de responsabilidade do Médico Veterinário, podendo este ser prioritariamente o que estiver em atividade no canil ou aquele que for designado pela gerência para casos específicos. No entanto, qualquer outro profissional da DVZ, que esteja colaborando com a atividade, poderá se responsabilizar pelo procedimento.

4.6.1) Critérios a serem considerados em todos os procedimentos de doação de animais

a) Avaliação prévia do perfil do animal pelo M.V., para definição da viabilidade da adoção;

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b) Informações a respeito do adotante (condições para manutenção do animal, objetivo da adoção, disponibilidade para passeios e consultas veterinárias) e do ambiente que será ofertado ao animal (espaço físico, abrigo contra sol e chuva, segurança contra fugas);c) Todos os cães deverão ter o teste (TR DPP®) negativo para Leishmaniose Visceral Canina (LVC) e a responsabilidade pela coleta das amostras e encaminhamento para o exame é do M.V. que estiver em atividade do canil ou aquele designado pela gerência para a atividade de doação;d) Vacinação Antirrábica atualizada – cães e gatos;e) Assinatura do Termo de Adoção (documento individual) pelo adotante e pelo Médico Veterinário responsável pelo procedimento, onde o adotante se compromete a realizar os cuidados orientados pelo Médico Veterinário.

4.6.2) Animais agressivos ou agressores

Para cumprimento da Lei Estadual nº 17.767 de 10/09/12 e Lei Municipal nº 10.226 de 25/07/18, torna-se obrigatória à DVZ a doação de animais agressivos/agressores e, para tanto, além dos critérios definidos no tópico “4.6.1”, os seguintes procedimentos deverão ser adotados:

a) Os animais agressivos só poderão ser doados após avaliação/parecer técnico da equipe veterinária da DVZ e verificação, até a data do ato, que não exista risco iminente ou relevante à segurança pública e à saúde pública;b) A doação se dará mediante assinatura do Termo de Adoção de Animais Agressivos, por:

-Médico Veterinário da DVZ;-Médico Veterinário ou Zootecnista da parte do adotante (preferencialmente);-por representante(s) de ONG(s);-pelo responsável direto pela adoção (se o adotante não for a ONG);

c) O adotante deverá ser previamente entrevistado para averiguar se o mesmo atenderá aos requisitos determinados no Termo de Adoção de Cães Agressivos, se o local de destinação do animal oferece condições adequadas a sua manutenção e se há crianças, pessoas com limitações psicomotoras ou animais que possam ficar em risco.

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4.6.3) Animais de grande porte (bovinos e equídeos)

a) Devido ao valor comercial que boa parte desses animais representa, as doações serão realizadas preferencialmente para instituições públicas ou privadas que tenham capacidade técnica para manutenção dos animais;b) No caso da dificuldade de doação para pessoas jurídicas, outros perfis de adotantes poderão ser avaliados pelo Médico Veterinário responsável, com as devidas anuências da gerência e da diretoria da DVZ;c) Para todos os casos deverá ser emitido o Termo de Adoção de Animais de Grande Porte, o qual deverá ser assinado por:

- Médico Veterinário da DVZ- Gerente da DVZ- Diretor da DVZ- responsável pela adoção- Médico Veterinário ou Zootecnista da parte do adotante (preferencialmente)

d) A realização do deslocamento do animal (trânsito), bem como despesas relacionadas a exames (AIE, mormo, etc), serão de responsabilidade do adotante.

4.7) Plantão Noturno da DVZ

O atendimento será exclusivamente de casos emergenciais. Portanto, o recolhimento no período noturno se restringirá aos seguintes casos:

a) Caninos e felinos agressores, para observação, notificados por Unidades de Saúde;b) Caninos e felinos atropelados, prostrados em logradouro público (suspeita de raiva);c) Grandes animais, após registro de O.S. e apoio da SMT;d) PNH mortos (vigilância da raiva e febre amarela);e) Morcegos vivos ou mortos, caídos em domicílio e/ou logradouro público (vigilância da raiva).

- Para animais vivos, é indispensável que o ACE/laçador de plantão busque pela autorização prévia do gerente responsável, via telefone, ou do M.V que estará de

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plantão no turno seguinte, o qual deverá assinar a ficha (O.S) assim que chegar a serviço na DVZ;- Caso o contato com os responsáveis não seja possível, registrar na O.S. o motivo da inviabilidade desse contato e efetuar o atendimento de emergência;- Os responsáveis (laçador e/ou motorista) pelo recolhimento, além de assinar a ficha por extenso, deverão registrar o horário do atendimento e o nome do responsável pela autorização do serviço;- É proibido o agendamento de recolhimento de outros tipos de demandas em horários fora do horário comercial;- As eutanásias e demais destinações serão de responsabilidade do Médico Veterinário que estará em atividade no canil no turno seguinte da chegada do animal.

4.8) Considerações Finais

- As recusas para quaisquer procedimentos descritos nesse POP deverão ser justificadas por escrito à chefia;- Esse POP é passível de alterações/atualizações a qualquer momento.

5. BIBLIOGRAFIA

- Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses - 2016- Guia de Vigilância em Saúde – volume único – 2016- Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana – 2014- Termo de Referência - Pontos para discussão referentes à proposição da SVS/MS

para a política nacional de vigilância das zoonoses - 2012

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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDESUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM ZOONOSESGERÊNCIA DE CONTROLE DE POPULAÇÃO

ANIMAL

Páginas: 13

Data de Emissão: 25/03/2019

Tema: NORMATIVAS Data da Revisão: 26/03/2019 a 20/05/2019

Elaborado por: M.V. Sabrina dos Santos Arruda

Colaboração: M.V. Bruno Sérgio Alves SilvaM.V. Marivanda PerinM.V. Tálita MartinsM.V. Edison José Almeida GomesM.V Fausto Ribeiro de FreitasM.V. João Garibaldi FilhoM.V José Augusto da Silva MeirelesM.V. João Ferreira da SilvaM.V. Murilo Stefan GebrimM.V. Paulo Cesár EliamM.V. Rafaela Ferreira de MacedoM.V. Sérgio Maurilio TavaresM.V. Ygor Roberto de Carvalho

Revisado por: M.V. Bruno Sérgio Alves SilvaAprovado por: M.V Paulo César Eliam

_____________________________________Sabrina dos Santos Arruda

Especialista em Saúde/Médica VeterináriaMatrícula 982261-01

__________________________________ __________________________________ Bruno Sérgio Alves Silva Paulo Cesar Eliam Gerente Interino Diretor Interino

Decreto nº 577/2019 Decreto nº 576/2019

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