64
CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 0001/2020 EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO VOLTADO A SELECIONAR ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL PARA IMPLANTAÇÃO DO ROTEIRO DA SOCIOBIODIVERSIDADE DO PINHÃO NA SERRA CATARINENSE O CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL SERRA CATARINENSE - CISAMA, com sede na Rua Otacílio Vieira da Costa, 112 – Lages/SC, inscrito no CNPJ sob nº 11.173.405/0001-48, torna público que realizará CHAMAMENTO PÚBLICO, com critérios de julgamento objetivo da melhor proposta técnica nos termos da Lei federal nº 13.019, de 31 de julho de 2014 e suas alterações, visando a seleção de propostas de organização da sociedade civil, “apresentadas exclusivamente por concorrentes sediados ou com representação atuante e reconhecida em Santa Catarina” (art. 24); para “implantação do roteiro da sociobiodiversidade do pinhão na Serra Catarinense a partir da conservação pelo uso da araucária associado ao desenvolvimento da agricultura familiar ”, por meio da formalização de Termo de Colaboração entre o CISAMA e a Organização da Sociedade Civil selecionada, para o alcance de metas do Convênio n° 894816/2019 firmado entre o CISAMA e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, especificações técnicas do Termo de Referência (Anexo I) deste edital, cuja proposta e documentação de habilitação deverão ser entregues até o dia, hora e local abaixo especificados: DATA LIMITE DE RECEBIMENTO DOS ENVELOPES nº 1 e 2: DATA: 28/04/2020 HORÁRIO: Até 11:30 horas LOCAL: Protocolo do Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense - CISAMA. Rua Otacílio Vieira da Costa, 112 – Lages/SC DATA DE ABERTURA DA SESSÃO PÚBLICA: DATA: 28/04/2020

cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 0001/2020

EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO VOLTADO A SELECIONAR ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL PARA IMPLANTAÇÃO DO ROTEIRO DA SOCIOBIODIVERSIDADE DO PINHÃO NA SERRA CATARINENSE

O CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL SERRA CATARINENSE - CISAMA, com sede na Rua Otacílio Vieira da Costa, 112 – Lages/SC, inscrito no CNPJ sob nº 11.173.405/0001-48, torna público que realizará CHAMAMENTO PÚBLICO, com critérios de julgamento objetivo da melhor proposta técnica nos termos da Lei federal nº 13.019, de 31 de julho de 2014 e suas alterações, visando a seleção de propostas de organização da sociedade civil, “apresentadas exclusivamente por concorrentes sediados ou com representação atuante e reconhecida em Santa Catarina” (art. 24); para “ implantação do roteiro da sociobiodiversidade do pinhão na Serra Catarinense a partir da conservação pelo uso da araucária associado ao desenvolvimento da agricultura familiar”, por meio da formalização de Termo de Colaboração entre o CISAMA e a Organização da Sociedade Civil selecionada, para o alcance de metas do Convênio n° 894816/2019 firmado entre o CISAMA e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, especificações técnicas do Termo de Referência (Anexo I) deste edital, cuja proposta e documentação de habilitação deverão ser entregues até o dia, hora e local abaixo especificados:

DATA LIMITE DE RECEBIMENTO DOS ENVELOPES nº 1 e 2: DATA: 28/04/2020HORÁRIO: Até 11:30 horasLOCAL: Protocolo do Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense - CISAMA.

Rua Otacílio Vieira da Costa, 112 – Lages/SC

DATA DE ABERTURA DA SESSÃO PÚBLICA: DATA: 28/04/2020 HORÁRIO: Às 14:00 horasLOCAL: Rua Otacílio Vieira da Costa, 112 - Lages/SC

1. DISPOSIÇÕES INICIAIS

1.1. No local indicado serão realizados os procedimentos relativos a este Chamamento, com respeito a:

1.1.1. Recebimento dos envelopes nº 1 “Proposta” e nº 2 “Habilitação”;

1.1.2.Abertura dos envelopes “Proposta”;

1.1.3.Abertura dos envelopes “Habilitação”;

Page 2: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

1.2. As decisões da Comissão de Seleção serão comunicadas mediante publicação no endereço http://www.cisama.sc.gov.br, salvo aquelas que puderem ser comunicadas diretamente, mediante comunicação eletrônica, aos representantes legais das Organizações da Sociedade Civil, principalmente, quanto a:

1.2.1.Resultado de recurso por ventura interposto;

1.2.2.Resultado de julgamento deste Chamamento.

1.3. As solicitações de esclarecimento e de impugnação do presente Edital de Chamamento deverão ser efetuadas até o 5º (quinto) dia útil anterior à sessão de abertura, mediante encaminhamento de e-mail para [email protected]

1.4. Todas as respostas aos esclarecimentos solicitados serão divulgadas até o 3º (terceiro) dia útil anterior à abertura da sessão, mediante publicação de notas no endereço http://www.cisama.sc.gov.br, cabendo aos interessados acessá-lo para obtenção das informações prestadas pela Comissão de Seleção.

1.5. É facultada à Comissão de Seleção, em qualquer fase deste Chamamento, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou complementar a instrução do processo.

2. OBJETO

2.1. O presente chamamento tem por objeto a seleção de organização da sociedade civil para “implantação do roteiro da sociobiodiversidade do pinhão na Serra Catarinense a partir da conservação pelo uso da araucária associado ao desenvolvimento da agricultura familiar” nos municípios de: Lages, Painel, São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici, Bocaina do Sul, Bom Retiro, São José do Cerrito e Capão Alto. O roteiro da sociobiodiversidade do pinhão pretende valorizar a diversidade biológica, social e cultural da Serra Catarinense. Este roteiro vai apoiar a estruturação de um arranjo produtivo em torno do pinhão, frutas nativas e seus derivados contribuindo para a conservação do meio ambiente, a geração de renda e a inclusão produtiva da agricultura familiar e dos extrativistas nos mercados;

2.2. Procedimentos a serem desempenhados pela entidade selecionada para a realização das seguintes metas/atividades do Termo de Referência:

Meta 1: Ações de apoio a conservação dinâmica do sistema agrícola tradicional do pinhão, através do manejo sustentável dos sistemas agroflorestais para produção de pinhão e frutas nativas e agregação de valor através da agroindustrialização.

Atividades relacionadas a Meta 01

1.1) Oficinas de elaboração dos planos de manejo florestal serão atividades coletivas programadas em propriedades rurais com a participação de agricultores familiares e extrativistas;

1.2) Dias de campo serão atividades coletivas para implantação dos planos de manejo florestal que reunirão os agricultores familiares, extrativistas e entidades parceiras do projeto por município e tratarão das técnicas e metodologias de manejo dos sistemas agroflorestais para produção de pinhão e frutas nativas.

Page 3: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

1.3) Oficinas para certificação do extrativismo do pinhão e frutas nativas pelas normas da Rede Ecovida de Agroecologia em propriedades participantes do projeto;

1.4) Capacitações dos agricultores familiares e extrativistas em normas e equipamentos de segurança para colheita do pinhão;

1.6) Capacitações para agricultores familiares, extrativistas e agroindústrias em boas práticas de fabricação de pinhão e frutas nativas.

Resultados esperados da meta 01:

- Realizar 375 oficinas de elaboração de plano de manejo florestal em propriedades participantes do projeto;

- Realizar 225 dias de campo para implantação de planos de manejo florestal em propriedades participantes do projeto;

- Realizar 150 oficinas para certificação do extrativismo do pinhão em propriedades participantes do projeto;

- 75 sistemas agroflorestais para produção de pinhão e frutas nativas com plano de manejo florestal elaborado e implantado;

- 75 estabelecimentos familiares certificados com selo do extrativismo sustentável da Rede Ecovida como estratégia de diferenciação e valorização do pinhão e frutas nativas;

- 75 agricultores familiares e extrativistas capacitados em segurança para a colheita do pinhão;

- 10 Capacitações para agricultores familiares, extrativistas e agroindústrias em boas práticas de fabricação do pinhão e frutas nativas;

- 3 toneladas de pinhão e 1 tonelada de polpa de frutas nativas processados em 15 agroindústrias de pinhão e de frutas nativas.

Meta 2: Ampliação dos canais de comercialização do pinhão, seus derivados e frutas nativas, priorizando os circuitos curtos de comercialização.

Atividades relacionadas a Meta 02

2.3) Oficinas de elaboração de projetos para acesso à política de garantia de preços mínimos do pinhão.

Resultados esperados da meta 02:

- Realizar 100 oficinas com extrativistas, agricultores familiares e entidades parceiras do projeto sobre a Política de Garantia dos Preços Mínimos dos Produtos da Sociobiodiversidade;

- Submeter à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) 30 propostas de subvenção para pinhão a Política de Garantia dos Preços Mínimos dos Produtos da Sociobiodiversidade;

Page 4: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

3. VALOR MÁXIMO DE REPASSE DOS RECURSOS

3.1. Os dispêndios da Organização da Sociedade Civil selecionada, com a execução do presente chamamento, deverão ser apresentados no plano de trabalho até o limite do Valor Total de Referência de R$ 654.912,00 (seiscentos e cinquenta e quatro mil novecentos e doze reais), atendidas as condições definidas neste Chamamento.

4. CONSTITUEM ANEXOS DO EDITAL E DELE FAZEM PARTE INTEGRANTE

Anexo I – Termo de Referência;

Anexo II – Modelo de Plano de Trabalho;

Anexo III – Demonstrativo de capacidade gerencial, técnica e operacional da entidade;

Anexo IV – Modelo de declaração de capacidade administrativa, técnica e gerencial;

Anexo V – Modelo de declaração da não ocorrência de impedimentos;

Anexo VI - Modelo de declaração que a entidade não emprega menores;

Anexo VII – Minuta do Termo de Colaboração;

Anexo VIII – Planilha de valores de referência.

5. DAS CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

5.1. Somente serão consideradas elegíveis para concorrerem a esse chamamento público organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, enquadradas no art. 2o, inciso I, alínea “a” da Lei no 13.019/2014:

Art. 2o Para os fins desta Lei, considera-se:

I – organização da sociedade civil: (Redação dada pela Lei no 13.204/2015) a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva; [...]

5.2. São impedidas de formalizar Termo de Colaboração as organizações que:

IMPORTANTE: Concluída a efetiva execução de atividades/metas, a aprovação de seus PRODUTOS pelo CISAMA está condicionada ao alcance dos indicadores acima informados. Caso os mesmos não sejam integralmente atendidos, o CISAMA poderá solicitar complementações e adequações do produto, para o alcance de sua aprovação.

Page 5: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

5.2.1.Não se qualifiquem como organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, na forma estabelecida no inciso I do art. 2º da Lei federal nº 13.019, de 31 de julho de 2014:

5.2.1.1. Pessoas Jurídicas que, embora qualificada como entidade privada sem fins lucrativos, distribua entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades.

5.2.1.2. Não estejam regularmente constituídas.

5.2.1.3. Que tenham como dirigente membro de Poder ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão ou entidade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado o termo de colaboração, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou companheiros, bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau.

5.2.1.4. Que tenham sido declaradas inidôneas para participar de chamamento público ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a organização da sociedade civil ressarcir a administração pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada.

5.2.1.5. Que estejam impedidas de participar de chamamento público ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades da esfera de governo da administração pública, durante o prazo da sanção aplicada.

5.2.1.6. Que tenham sido declaradas inidôneas para licitar ou contratar com a Administração Pública, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição.

5.2.1.7. Que tenham sido omissas no dever de prestar contas de parceria anteriormente celebrada.

5.2.1.8. Que tenham tido as contas rejeitadas pela administração pública nos últimos cinco anos, exceto se:

a) for sanada a irregularidade que motivou a rejeição e quitados os débitos eventualmente imputados;

b) for reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição;

c) a apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso com efeito suspensivo.

5.2.1.9. Que tenham tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito)anos.

5.2.1.10. Que tenham entre seus dirigentes pessoa:

Page 6: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

a) cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos;

b) julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, enquanto durar a inabilitação;

c) considerada responsável por ato de improbidade, enquanto durarem os prazos estabelecidos nos incisos I, II e III do art. 12 da Lei no 8.429, de 2 de junho de1992.

5.2.2.Para os fins do disposto na alínea“a”do item 5.3.1.8, não serão considerados débitos que decorram de atrasos na liberação de repasses pela administração pública ou que tenham sido objeto de parcelamento, se a organização da sociedade civil estiver em situação regular no parcelamento.

6. FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS PARA A PROPOSTA E HABILITAÇÃO

6.1. A organização da sociedade civil deverá entregar, impreterivelmente, até a data e horário aprazado os envelopes contendo os documentos para a Proposta e, os documentos para a Habilitação.

6.2. Os envelopes deverão estar fechados e rubricados no fecho, de forma a não permitir sua violação. Os envelopes da participante deverão ser devidamente identificados, conforme segue:

a) Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense - CISAMA;

b) Comissão de Seleção do Chamamento Público 001/2020;

c) Razão Social da Organização da Sociedade Civil Proponente;

d) CNPJ;

e) Telefone/Endereço Eletrônico

f) Edital de Chamamento Público n.º0001/2020;

g) Como subtítulo de cada envelope, deverá ser acrescentado:

ENVELOPE Nº 01 – Proposta;

ENVELOPE Nº 02 – Habilitação.

6.3. Os envelopes deverão ser entregues até a hora e data determinadas no preâmbulo deste edital no Protocolo do CISAMA, na Rua Otacílio Vieira da Costa, 112, Centro, Lages/SC.

6.3.1.Será aceita a remessa dos envelopes pelos Correios, desde que entregues no Protocolo do CISAMA, até a data e hora estipuladas para a entrega. Neste caso, todos os envelopes deverão estar dentro de um outro envelope, postado para o seguinte endereço e identificação: CISAMA, Rua Otacílio Vieira da Costa, 112, Centro, Lages/SC. CEP – 88501-050; A/C Comissão de Seleção - Chamamento Público n.º 0001/2020.

Page 7: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

6.4. Toda a documentação deverá ser entregue em 1 (uma) cópia autenticada ou, ser autenticada por funcionário do CISAMA mediante apresentação das originais.

6.5. A Comissão de Seleção poderá, a seu critério, solicitar os originais de quaisquer documentos apresentados nas respectivas fases, se julgar necessário.

7. DA SESSÃO PÚBLICA DO CHAMAMENTO

7.1. A abertura dos envelopes “Proposta” e “Habilitação” será realizada em sessão pública do chamamento, da qual se lavrará ata circunstanciada, contendo o registro:

a) das entidades participantes;

b) das propostas apresentadas na ordem de classificação;

c) da análise da documentação exigida para a habilitação;

d) da entidade declarada vencedora;

e) da manifestação imediata e motivada de intenção de recorrer da(s) entidade(s) interessada(s).

7.2. A ata circunstanciada deverá ser assinada pelos membros da Comissão de Seleção e pelos representante legais das entidades presentes.

7.2.1.Considera-se como representante legal qualquer pessoa investida de poderes pela entidade, estatuto social, procuração ou documento equivalente, para falar em seu nome durante a sessão pública de chamamento.

8. DO PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DAS PROPOSTAS

8.1. Nesta fase do Chamamento a Comissão de Seleção apreciará os documentos de cada participante contidos no ENVELOPE Nº 01 – Proposta. O envelope será rubricado pelos membros da comissão no fecho, aberto, e se procederá a verificação dos documentos que comprovem o atendimento pela organização da sociedade civil participante dos seguintes requisitos:

8.1.1.A proposta deverá ser apresentada com base nas especificações do termo de referência constante no Anexo I, no formulário específico do plano de trabalho conforme modelo apresentado no Anexo II. O plano de trabalho deve ser impresso em duas vias, em papel timbrado da entidade, devendo a última folha ser datada e assinada pelo seu representante legal devidamente identificado, contendo obrigatoriamente as seguintes informações:

8.1.1.1. Descrição da realidade que será objeto da parceria, devendo ser demonstrado o nexo entre essa realidade e as atividades ou projetos e metas a serem atingidas;

8.1.1.2. Descrição de metas a serem atingidas e de atividades a serem executadas;

8.1.1.3. Forma de execução das atividades para cumprimento das metas e indicadores para aferição;

Page 8: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

8.1.1.4. Cronograma financeiro compatível com as despesas do cronograma de execução, contendo os valores a serem repassados pelo CISAMA;

8.1.1.5. A proposta entregue não poderá ter prazo de validade inferior a 60 (sessenta) dias, sendo este o prazo considerado em caso de omissão;

8.1.1.6. A memória de cálculo de despesas a serem realizadas na execução das atividades por meta/etapa deve ser apresentada a partir da planilha de valores de referência apresentada no Anexo VIII;

8.1.2. Será desclassificada a proposta da Organização da Sociedade Civil cujo plano de trabalho não apresente todas as informações solicitas no item 8.1.1.

8.1.3. A entidade deverá apresentar declaração de capacidade administrativa, técnica e gerencial para a execução do plano de trabalho, conforme modelo constante no Anexo IV.

8.2. A análise técnica da proposta será feita pela Comissão de Seleção com base nas informações apresentadas no plano de trabalho e no demonstrativo de capacidade gerencial, técnica e operacional para instituições privadas sem fins lucrativos, constante no Anexo III.

8.3. As propostas serão classificadas pela Comissão de Seleção de acordo com a pontuação atribuída através da análise e avaliação dos critérios abaixo discriminados:

Critérios de avaliação Metodologia de pontuação Pontuação máxima por item

(A) Informações sobre atividades a serem executadas, metas a serem atingidas, indicadores que aferirão o cumprimento das metas e prazos para a execução das atividades e cumprimento das metas.

- Grau pleno de atendimento (2,0 pontos)- Grau satisfatório de atendimento (1,0 pontos)- O não atendimento ou atendimento insatisfatório (0,0 pontos)

2,0

(B) Adequação da proposta aos objetivos do edital e do programa em que se insere a parceria

- Grau pleno de atendimento (2,0 pontos)- Grau satisfatório de atendimento (1,0 pontos)- O não atendimento ou atendimento insatisfatório (0,0 pontos)

2,0

(C) Descrição da realidade objeto da parceria e do nexo entre essa realidade e o plano de trabalho proposto

- Grau pleno de atendimento (2,0 pontos)- Grau satisfatório de atendimento (1,0 pontos)- O não atendimento ou atendimento insatisfatório (0,0 pontos)

2,0

(D) Experiência comprovada no portfólio de realizações na gestão de atividades ou projetos relacionados ao objeto da parceria ou de natureza semelhante

- Grau pleno de atendimento (2,0 pontos)- Grau satisfatório de atendimento (1,0 pontos)- O não atendimento ou atendimento insatisfatório (0,0 pontos)

2,0

(E) A instituição proponente apresenta instalações, condições

- Grau pleno de atendimento (2,0 pontos)

Page 9: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades que são objeto da parceria.

- Grau satisfatório de atendimento (1,0 pontos)- O não atendimento ou atendimento insatisfatório (0,0 pontos)

2,0

Pontuação máxima global 10

8.4. A nota final da proposta será composta pela soma ponderada dos pontos obtidos em cada critério, considerando o peso atribuído a cada um. Serão classificadas todas as propostas que obtiverem nota superior a 50% da pontuação máxima que poderá ser obtida e, que não tenham obtido pontuação 0 (zero) em nenhum dos critérios avaliados.

8.5. As propostas serão classificadas a partir da pontuação recebida, das mais pontuadas para as menos pontuadas e, em caso de empate entre duas ou mais propostas, a classificação será decidida por meio da revisão da pontuação estabelecida nos critérios técnicos.

8.6. Concluída a fase de classificação das propostas, a Comissão de Seleção poderá desclassificar a entidade em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o resultado do julgamento.

8.7. As entidades que deixarem de apresentar quaisquer dos documentos exigidos, ou os apresentarem em desacordo com o estabelecido neste Chamamento, ou, ainda, com irregularidades, serão desclassificadas, não se admitindo complementação posterior.

8.7.1.Cabe recurso às entidades desclassificadas;

8.7.2.A desclassificação da entidade importa preclusão do seu direito de participar da fase subsequente.

8.8. Não sendo necessária a suspensão da reunião para análise da documentação ou realização de diligências ou consultas, a Comissão de Seleção dará início a fase de análise da documentação de habilitação das entidades classificadas.

8.8.1.Se, eventualmente, surgirem dúvidas que não possam ser dirimidas de imediato pela Comissão de Seleção e conduzam à interrupção dos trabalhos, serão elas consignadas em ata e a conclusão da classificação dar-se-á em sessão convocada previamente, mediante publicação de aviso no site do CISAMA.

8.8.2.Ocorrendo o desdobramento da sessão de classificação, nova data e horário serão estabelecidos pela Comissão de Seleção em acordo com as entidades participantes para continuidade ao processo.

8.9. Se não houver tempo suficiente para a abertura dos envelopes “Proposta” e “Habilitação” em uma única sessão, em face do exame da documentação e da conformidade das propostas apresentadas com os requisitos deste edital, os envelopes não abertos, já rubricados no fecho, ficarão em poder da Comissão de Seleção até a data e o horário marcados para prosseguimento dos trabalhos.

8.10. O Termo de Colaboração será formalizado com a entidade que apresentar maior pontuação nos critérios técnicos e a proposta melhor classificada, será considerada vencedora do chamamento.

Page 10: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

8.11. Na hipótese de a organização da sociedade civil selecionada não atender aos requisitos exigidos no item 9 do edital, aquela imediatamente mais bem classificada e habilitada celebrará a parceria nos termos da proposta por ela apresentada.

9. DO PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DOS DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO

9.1. Depois de encerrada a fase competitiva do Chamamento e ordenadas as propostas, será aberto pela Comissão de Seleção o ENVELOPE Nº 02 – Habilitação, que procederá a verificação dos documentos que comprovem o atendimento pela organização da sociedade civil selecionada dos seguintes requisitos:

9.1.1.Comprovação de no mínimo um ano de existência, com cadastro ativo, por meio da apresentação do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica(CNPJ) emitido através do site da Secretaria da Receita Federal do Brasil;

9.1.2.Ato constitutivo, ou estatuto social em vigor, devidamente registrado no cartório competente, bem como as respectivas alterações, caso existam, de modo a demonstrar que os objetivos e finalidades da organização da sociedade civil são compatíveis com o objeto da parceria e que a mesma se encontra legalmente constituída;

9.1.3.Prova de regularidade fiscal para com a Fazenda Nacional relativa aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União expedida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional;

9.1.4.Prova de regularidade fiscal para com a Fazenda Estadual;

9.1.5.Prova de regularidade fiscal para com a Fazenda Municipal;

9.1.6.Prova de regularidade fiscal relativa ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;

9.1.7.Cópia da ata de eleição do quadro dirigente atual.

9.1.8.Declaração de capacidade administrativa, técnica e gerencial para a execução do plano de trabalho previsto na parceria e o cumprimento das metas estabelecidas, conforme Anexo IV do edital.

9.1.8.1. Cabe a administração pública, por meio da Comissão de Seleção, avaliar e se manifestar acerca da capacidade declarada pela Organização da Sociedade Civil vencedora antes da formalização do Termo de Colaboração.

9.1.9.Declaração da autoridade máxima da entidade privada sem fins lucrativos da não ocorrência de impedimentos previstos na Lei 13.019/2014, conforme Anexo V do edital.

9.1.10. Declaração que a Organização da Sociedade Civil cumpre com o disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal, conforme Anexo VI do Edital.

9.1.11. Relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com endereço, número e órgão expedidor da carteira de identidade e número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF da Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB.

Page 11: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

9.1.12. Declaração não omissa no dever de prestar contas, conforme Anexo V do edital.

9.1.13. Ata de eleição/posse da Diretoria da instituição.

9.2. Para celebrar o termo de colaboração, objeto deste chamamento, as organizações da sociedade civil deverão ser regidas por normas de organização interna que prevejam, expressamente:

9.2.1. Objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública e social;

9.2.2. Que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido seja transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos desta Lei e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta.

9.2.3. Escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade.

9.3. Somente serão aceitos documentos originais, cópias autenticadas em cartório ou por funcionário do CISAMA e; publicações legíveis, que ofereçam condições de análise por parte da Comissão de Seleção.

9.4. As certidões e demais comprovantes emitidos através da internet poderão ser verificados pela Comissão de Seleção quanto a sua autenticidade junto ao órgão emissor.

9.5. As entidades que, por sua natureza ou por força de lei estiverem dispensadas da apresentação de determinados documentos de habilitação deverão apresentar declaração identificando a situação e citando os dispositivos legais pertinentes.

9.6. Constatada a conformidade da documentação com as exigências contidas no item 9 do edital, a entidade será declarada vencedora do Chamamento.

9.7. No caso da entidade não atender as exigências de habilitação, a Comissão de Seleção a inabilitará e examinará aquela imediatamente mais bem classificada, e assim sucessivamente até a habilitação de uma entidade, que será declarada vencedora.

9.8. Os envelopes com os documentos de habilitação deste Chamamento que não forem abertos ficarão à disposição da entidade para retirada até o prazo de 30 (trinta) dias úteis.

10. DAS IMPUGNAÇÕES E DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS

10.1. Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar este edital de chamamento, devendo protocolar o pedido em até 5 (cinco) dias úteis, antes da data fixada para o recebimento e abertura das propostas.

10.1.1. O referido encaminhamento de impugnação ou recurso administrativo será encaminhado por e-mail, aos cuidados da Comissão de Seleção, sendo considerada a data de envio do documento para fins de avaliação do prazo legal.

Page 12: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

10.1.2. A impugnação feita tempestivamente pela entidade não a impedirá de participar deste Chamamento, até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.

10.2. A entidade participante que desejar recorrer contra decisões da Administração Pública, pertinentes a este chamamento, deverá manifestar imediata e motivadamente tal intenção, com o devido registro em ata, sendo-lhe concedido o prazo de até 5 (cinco) dias para apresentação das razões do recurso, ficando as demais participantes, desde logo, intimadas a apresentar contrarrazões em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo da recorrente, sendo-lhes assegurado vista dos autos.

10.2.1. O prazo de 5 (cinco) dias, apresentado no item anterior, quando for o caso, será contado a partir da publicação da decisão que se deseja recorrer.

10.2.2. Os recursos que não forem reconsiderados pela Comissão de Seleção no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento, deverão ser encaminhados à autoridade competente para decisão final.

10.2.3. Não caberá novo recurso da decisão do recurso previsto neste artigo.

10.3. Os recursos preclusos ou interpostos fora do prazo não serão considerados.

11. DA HOMOLOGAÇÃO

11.1. O objeto deste Chamamento será homologado pelo Presidente do Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense, após decisão em que não caiba mais recurso.

12. DA CELEBRAÇÃO DA PARCERIA

12.1. A celebração do Termo de Colaboração será formalizada mediante a expedição e assinatura do respectivo documento.

12.2. Transcorrido o prazo recursal e homologado o resultado, a entidade vencedora será convocada em até 30 (trinta) dias, contados da data da convocação, para assinar o Termo de Colaboração.

12.2.1. Se a entidade vencedora não apresentar situação de habilitação regular, ou, dentro do prazo de validade de sua proposta, ou se recusar a assinar o Termo de Colaboração, poderá ser convidada outra entidade. Neste caso, será observada a ordem de classificação, averiguada a aceitabilidade de sua oferta, procedendo a sua habilitação.

13. DA RESCISÃO E ALTERAÇÃO DO TERMO DE COLABORAÇÃO

13.1. Fica facultada a denunciação amigável a pedido de qualquer um dos partícipes, a qualquer tempo, desde que documentado, motivado e respeitado o prazo mínimo de 60 (sessenta) dias.

Page 13: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

13.2. A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente.

13.3. A rescisão do Termo de Colaboração poderá ainda, ocorrer nas seguintes formas e hipóteses:

I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, metas/atividades ou prazos;

II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, atividades e prazos;

III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão do serviço nos prazos estipulados;

IV - o atraso injustificado no início do serviço;

V - a paralisação do serviço, sem justa causa e prévia comunicação à Administração;

VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, não autorizadas pela Administração;

VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;

VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas em registro próprio pelo fiscal do Termo de Colaboração;

IX - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da entidade, que prejudique a execução do Termo de Colaboração;

X - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o Termo de Colaboração;

XI - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do Termo de Colaboração.

13.4. Da rescisão do Termo de Colaboração decorrerá o direito de reter os créditos relativos ao Termo até o limite do valor dos prejuízos causados ou em face ao cumprimento irregular do avençado, além das demais sanções estabelecidas neste edital, no Termo de Colaboração e em lei, para a plena indenização do erário.

13.5. Os casos de rescisão serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.

13.6. O Termo de Colaboração poderá ser alterado, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

Page 14: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração;

II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo, desde que haja conveniência para a Administração;

III - judicial, nos termos da legislação.

13.7. A vigência da parceria poderá ser alterada mediante solicitação da organização da sociedade civil, devidamente formalizada e justificada, a ser apresentada à administração pública em, no mínimo, trinta dias antes do termo inicialmente previsto.

13.8. A prorrogação de ofício da vigência do termo de colaboração deve ser feita pela Administração Pública quando ela der causa a atraso na liberação de recursos financeiros, limitada ao exato período do atraso verificado.

13.9. O plano de trabalho da parceria poderá ser revisto para alteração de valores ou de atividades/metas, mediante termo aditivo ou por apostila ao plano de trabalho original.

14. DA EXECUÇÃO DO TERMO DE COLABORAÇÃO

14.1. São partes integrantes do Termo de Colaboração a ser assinado, como se transcritos estivessem, o presente edital de Chamamento, seus anexos e quaisquer complementos, documentos, propostas e informações apresentadas pela entidade vencedora e que deram suporte ao julgamento do Chamamento Público.

14.2. Quaisquer atos ou ações praticadas por empregados, prepostos ou contratados da Organização da Sociedade Civil, que resultarem em qualquer espécie de dano ou prejuízo para a Administração Pública e/ou para terceiros, serão de exclusiva responsabilidade da entidade.

14.3. São de responsabilidade da entidade eventuais demandas judiciais de qualquer natureza, contra ela ajuizadas, relacionadas ao presente edital e à execução do Termo de Colaboração.

14.4. A entidade vencedora deverá manter, até o cumprimento final de sua obrigação, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas no Chamamento, devendo comunicar imediatamente à administração pública qualquer alteração que possa comprometer o objeto da parceria.

15. DA VIGÊNCIA DO TERMO DE COLABORAÇÃO

15.1. A vigência do Termo de Colaboração, decorrente deste Chamamento, será de 36 (trinta e seis) meses, contados a partir da data de sua publicação, podendo ser prorrogado por concordância do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

16. DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS

16.1. As transferências concernentes a este Chamamento correrão a conta dos recursos consignados no orçamento do Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense:

Page 15: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

Órgão: 01- CISAMA

Unidade: 01- CISAMA

Projeto/Atividade: 1.014 – Implantações Roteiro Sociobiodiversidade

Dotação Descrição do Elemento Valor

(49) 3.3.90.00.00.00.00.02.0034 Aplicações Diretas R$ 1.191.840,00

(50) 3.3.90.00.00.00.00.02.0020 Aplicações Diretas R$ 8.160,00

17. DO PAGAMENTO DAS DESPESAS

17.1. As despesas resultantes do presente Chamamento serão pagas de acordo com a proposta de preços apresentada pela Organização da Sociedade Civil julgada vencedora, observado o limite estabelecido no item 3.1, inclusive quanto à forma e condições de pagamento.

17.2. O valor estabelecido para esta parceria é fixo, único e irreajustável, durante a sua vigência, e inclui todos e quaisquer ônus, quer sejam tributários, fiscais ou trabalhistas, seguros, impostos e taxas, transporte, frete e quaisquer outros encargos necessários à execução do objeto do Termo de Colaboração.

17.3. O repasse dos recursos por parte da Administração Pública Concedente se dará em estrita conformidade com o respectivo cronograma de desembolso, exceto nos casos a seguir, nos quais ficarão retidos até o saneamento das impropriedades:

17.3.1. Quando houver evidências de irregularidade na aplicação de parcela anteriormente recebida;

17.3.2. Quando constatado desvio de finalidade na aplicação dos recursos ou o inadimplemento da organização da sociedade civil em relação a obrigações estabelecidas no termo de colaboração;

17.3.3. Quando a organização da sociedade civil deixar de adotar sem justificativa suficiente as medidas saneadoras apontadas pela administração pública ou pelos órgãos de controle interno ou externo.

17.4. Poderão ser pagos, entre outras despesas, com recursos vinculados à parceria, desde que, devidamente especificados, os seguintes encargos:

17.4.1. Remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho, inclusive de pessoal próprio da organização da sociedade civil, durante a vigência da parceria, compreendendo as despesas com pagamentos de impostos, contribuições sociais, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, férias, décimo terceiro salário, salários proporcionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais e trabalhistas;

Page 16: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

17.4.2. Diárias referentes a deslocamento, hospedagem e alimentação nos casos em que a execução do objeto da parceria assim o exija;

17.4.3. Custos indiretos necessários à execução do objeto, seja qual for a proporção em relação ao valor total da parceria;

17.4.4. Aquisição de equipamentos e materiais permanentes essenciais à consecução do objeto e serviços de adequação de espaço físico, desde que necessários à instalação dos referidos equipamentos e materiais.

17.5. A inadimplência da administração pública não transfere à Organização da Sociedade Civil a responsabilidade pelo pagamento de obrigações vinculadas à parceria com recursos próprios.

17.6. A inadimplência da Organização da Sociedade Civil em decorrência de atrasos na liberação de repasses relacionados à parceria não poderá acarretar restrições à liberação de parcelas subsequentes.

17.7. O pagamento de remuneração da equipe contratada pela Organização da Sociedade Civil com recursos da parceria não gera qualquer vínculo trabalhista com o poder público.

17.8. É vedada a utilização de recursos da parceria para:

17.8.1. Finalidades alheias ao objeto da parceria;

17.8.2. Pagar, a qualquer título, servidor ou empregado público com recursos vinculados à parceria, salvo nas hipóteses previstas em lei específica e na lei de diretrizes orçamentárias.

18. DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

18.1. É obrigatória a prestação de contas ao término de cada exercício.

18.2. A administração pública deverá viabilizar o acompanhamento pela internet dos processos de liberação de recursos referentes à parceria.

18.3. Os recursos recebidos em decorrência da parceria serão depositados em conta corrente específica isenta de tarifa bancária na instituição financeira pública determinada pela administração pública.

18.3.1. Os rendimentos de ativos financeiros serão aplicados no objeto da parceria, estando sujeitos às mesmas condições de prestação de contas exigidas para os recursos transferidos.

18.4. A prestação de contas deverá ser feita observando-se as regras legais, além de prazos e normas de elaboração constantes do instrumento de parceria e do plano de trabalho.

18.5. A prestação de contas apresentada pela organização da sociedade civil deverá conter elementos que permitam ao gestor da parceria avaliar o andamento ou concluir que o seu objeto foi executado conforme pactuado, com a descrição pormenorizada das

Page 17: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

atividades realizadas e a comprovação do alcance das metas e dos resultados esperados, até o período de que trata a prestação de contas.

18.5.1. Serão glosados valores relacionados a metas e resultados descumpridos sem justificativa suficiente.

18.5.2. A análise da prestação de contas deverá considerar a verdade real e os resultados alcançados.

18.6. A prestação de contas e todos os atos que dela decorram dar-se-ão na plataforma mais Brasil pelo CISAMA, permitindo a visualização por qualquer interessado.

18.7. A prestação de contas relativa à execução do termo de colaboração dar-se-á mediante a análise dos documentos previstos no plano de trabalho, além dos seguintes relatórios:

I - relatório de execução do objeto, elaborado pela organização da sociedade civil, contendo as atividades desenvolvidas para o cumprimento do objeto e o comparativo de metas propostas com os resultados alcançados;

II - relatório de execução financeira do termo de colaboração, com a descrição das despesas efetivamente realizadas e sua vinculação com a execução do objeto, na hipótese de descumprimento de metas e resultados estabelecidos no plano de trabalho.

18.7.1. A administração pública deverá considerar ainda em sua análise os seguintes relatórios elaborados internamente, quando houver:

I - relatório de visita técnica in loco eventualmente realizada durante a execução da parceria;

II - relatório técnico de monitoramento e avaliação, homologado pela comissão de monitoramento e avaliação designada, sobre a conformidade do cumprimento do objeto e os resultados alcançados durante a execução do termo de colaboração.

18.7.2. O documento fiscal, para fins de comprovação de despesa, deve indicar:

a) a data de emissão, o nome, o endereço do destinatário e o número do registro no CNPJ;

b) a descrição precisa do produto previsto no Termo de Colaboração;

c) os valores, unitário e total, de cada produto e o valor total da operação.

18.8. As folhas de pagamento devem conter o nome, cargo, número de matrícula e CPF do empregado, valor e descrição da remuneração, descontos, valor líquido a pagar, período de competência, comprovação do depósito bancário em favor do credor e assinatura dos responsáveis.

18.9. Serão admitidos somente os documentos de despesas realizadas em data posterior à assinatura do termo de colaboração e anterior ao término do prazo da sua vigência.

18.10. Compete ao responsável pela aplicação dos recursos demonstrar o seu bom e regular emprego no objeto para o qual foram concedidos, mediante a apresentação, na prestação de contas, de elementos que permitam a exata verificação das despesas realizadas e da sua vinculação com o objeto.

Page 18: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

18.11. O gestor emitirá parecer técnico de análise de prestação de contas da parceria celebrada.

18.11.1. Para fins de avaliação quanto à eficácia e efetividade das ações em execução ou que já foram realizadas, os pareceres técnicos de que trata este artigo deverão, obrigatoriamente, mencionar:

I - os resultados já alcançados e seus benefícios;

II - os impactos econômicos ou sociais;

III- o grau de satisfação do público-alvo;

IV- a possibilidade de sustentabilidade das ações após a conclusão do objeto pactuado.

18.12. Durante o prazo de 10 (dez) anos, contado do dia útil subsequente ao da prestação de contas, a entidade deve manter em seu arquivo os documentos originais que compõem a prestação de contas.

18.13. A organização da sociedade civil prestará contas da boa e regular aplicação dos recursos recebidos no prazo de até noventa dias a partir do término da vigência da parceria e no final de cada exercício.

18.13.1. Este prazo poderá ser prorrogado, desde que devidamente justificado.

18.14. A manifestação conclusiva sobre a prestação de contas pela administração pública deverá, concluir, alternativamente, pela:

I - aprovação da prestação de contas;

II - aprovação da prestação de contas com ressalvas; ou

III - rejeição da prestação de contas e determinação de imediata instauração de tomada de contas especial.

18.15. Constatada irregularidade ou omissão na prestação de contas, será concedido prazo para a organização da sociedade civil sanar a irregularidade ou cumprir a obrigação.

18.15.1. O prazo referido é limitado a 45 (quarenta e cinco) dias por notificação, prorrogável, no máximo, por igual período, dentro do prazo que a administração pública possui para analisar e decidir sobre a prestação de contas e comprovação de resultados.

18.15.2. Transcorrido o prazo para saneamento da irregularidade ou da omissão, não havendo o saneamento, a autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidária, deve adotar as providências para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis, quantificação do dano e obtenção do ressarcimento, nos termos da legislação vigente.

18.16. A administração pública apreciará a prestação final de contas apresentada, no prazo de até cento e cinquenta dias, contado da data de seu recebimento ou do cumprimento de diligência por ela determinada, prorrogável justificadamente por igual período.

Page 19: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

18.16.1. O transcurso do prazo sem que as contas tenham sido apreciadas pela Administração não impede que a apreciação seja realizada em data posterior, tampouco impede a adoção de medidas saneadoras, punitivas ou destinadas a ressarcir danos que possam ter sido causados aos cofres públicos.

18.16.2. Nos casos em que não for constatado dolo da organização da sociedade civil ou de seus prepostos, sem prejuízo da atualização monetária, impede a incidência de juros de mora sobre débitos eventualmente apurados, no período entre o final do prazo e a data em que foi ultimada a apreciação pela administração pública.

18.16.3. O administrador público responde pela decisão sobre a aprovação da prestação de contas ou por omissão em relação à análise de seu conteúdo, levando em consideração, no primeiro caso, os pareceres técnico, financeiro e jurídico, sendo permitida delegação a autoridades diretamente subordinadas, vedada a subdelegação.

18.16.4. Quando a prestação de contas for avaliada como irregular, após exaurida a fase recursal, se mantida a decisão, a Organização da Sociedade Civil poderá solicitar autorização para que o ressarcimento ao erário seja promovido por meio de ações compensatórias de interesse público, mediante a apresentação de novo plano de trabalho, conforme o objeto descrito no termo de colaboração e a área de atuação da organização, cuja mensuração econômica será feita a partir do plano de trabalho original, desde que não tenha havido dolo ou fraude e não seja o caso de restituição integral dos recursos.

19. DAS SANÇÕES

19.1. Pela execução da parceria em desacordo com o plano de trabalho e com as normas estabelecidas neste Edital de Chamamento e da legislação específica, a administração pública poderá, garantida a prévia defesa, aplicar à Organização da Sociedade Civil as seguintes sanções:

I – Advertência;

II– Suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento de celebrar parceria ou Termo de Colaboração com órgãos e entidades da esfera de atuação do CISAMA, por prazo não superior a dois anos;

III - Declaração de inidoneidade para participar de chamamento público ou celebrar parceria ou Termo de Colaboração com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a Organização da Sociedade Civil ressarcir a administração pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção de suspensão aplicada.

19.1.1. As sanções de Suspensão e Declaração de Inidoneidade são de competência exclusiva do Presidente do CISAMA, facultada a defesa do interessado no

Page 20: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

respectivo processo, no prazo de dez dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após dois anos de aplicação da penalidade.

19.1.2. Prescreve em cinco anos, contados a partir da data da apresentação da prestação de contas, a aplicação de penalidade decorrente de infração relacionada à execução da parceria.

19.1.3. A prescrição será interrompida com a edição de ato administrativo voltado à apuração da infração. Na aplicação das penalidades previstas neste edital, a Administração considerará, motivadamente, a gravidade da falta, seus efeitos, bem como os antecedentes da entidade, graduando-as e podendo deixar de aplicá-las, se admitidas as justificativas apresentadas.

19.2. As penalidades aplicadas serão registradas no cadastro da entidade.

19.3. Nenhum pagamento será realizado à entidade enquanto pendente de liquidação qualquer obrigação financeira que lhe for imposta em virtude de penalidade ou inadimplência contratual.

20. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

20.1. Informações e esclarecimentos a respeito deste edital serão prestados por meio de e-mail:[email protected] ou, no seguinte endereço: Rua Otacílio Vieira da Costa, 112 – Centro Lages/SC, no horário das 08:00 às 12:00 e 14:00 às 18:00h, em até 02 (dois) dias úteis anteriores à data marcada para abertura da sessão.

20.2. A solicitação de vistas ao processo de chamamento deverá ser requerida, por intermédio de petição escrita dirigida à autoridade competente por meio de e-mail:[email protected] ou no protocolo do CISAMA.

20.2.1. A Administração comunicará à requerente, por e-mail, a data e horário agendado para realizar vistas ao processo de chamamento.

20.3. Não será permitida a subcontratação do objeto deste edital, salvo se expressamente permitida pela Administração Pública.

20.4. A fiscalização, aceitação e rejeição dos serviços adquiridos, pela administração pública, atenderão ao que se encontra definido no edital e seus anexos.

20.5. O Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense poderá revogar o presente Chamamento por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar o ato, ou anulá-lo por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

20.6. O presente edital e seus Anexos poderão ser alterados pelo CISAMA, antes de aberto o Chamamento, no interesse público, por sua iniciativa ou decorrente de provocação de terceiros, bem como adiar ou prorrogar o prazo para recebimento e/ou a abertura das Propostas e Documentos Adicionais.

Page 21: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

20.7. Caso ocorram alterações neste edital, as mesmas serão disponibilizadas no site www.cisama.sc.gov.br

20.8. A participação no Chamamento implica automaticamente na aceitação integral e irretratável dos termos e conteúdos deste edital e seus anexos, a observância dos preceitos legais e regulamentos em vigor; e a responsabilidade pela fidelidade e legitimidade das informações e dos documentos apresentados em qualquer fase do Chamamento.

20.9. Fica eleito o Foro da Comarca de Lages – Estado de Santa Catarina, com prevalência sobre qualquer outro, por mais privilegiado que seja, para apreciação judicial de quaisquer questões resultantes deste edital.

Lages, 30 de março de 2020.

Evandro Frigo Pereira

Presidente do CISAMA

Page 22: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

ANEXO I

CHAMAMENTO PÚBLICO No 0001/2020

TERMO DE REFERÊNCIA

Título da Proposta: Implantar o roteiro da sociobiodiversidade do pinhão na Serra Catarinense a partir da conservação pelo uso da araucária (Araucaria angustifolia BERTOL. KUNTZE) associado ao desenvolvimento da agricultura familiar.

Objeto: Implantar o roteiro da sociobiodiversidade do pinhão na Serra Catarinense associado ao extrativismo sustentável.

Tempo para execução: 36 meses

Nome dos municípios que compõe o Consórcio proponente: Lages, Painel, São Joaquim, Urupema, Bom Jardim da Serra, Urubici, Rio Rufino, Otacílio Costa, Palmeira, Bocaina do Sul, Bom Retiro, Capão Alto, Campo Belo do Sul, Cerro Negro, Anita Garibaldi, Correia Pinto, São José do Cerrito, Ponte Alta.

Municípios e beneficiários a serem atendidos pela proposta:

Município Beneficiários

me Código IBGE Categoria social

Diretos (indivíduos)

Indiretos (indivíduos)

Lages 4209300 Agricultores familiares e extrativistas

7 35

Painel 4211892 Agricultores familiares e extrativistas

8 40

São Joaquim 4216503 Agricultores familiares e extrativistas

8 40

Bom Jardim da Serra

4202503 Agricultores familiares e extrativistas

8 40

Urupema 4218954 Agricultores familiares e extrativistas

8 40

Urubici 4218905 Agricultores familiares e

8 40

Page 23: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

extrativistas

Bocaina do Sul

4202438 Agricultores familiares e extrativistas

7 35

Bom Retiro 4202602 Agricultores familiares e extrativistas

7 35

São José do Cerrito

4216800 Agricultores familiares e extrativistas

7 35

Capão Alto 4203253 Agricultores familiares e extrativistas

7 35

10 Municípios1 Total de beneficiários

Diretos

75

Indiretos

375

RESUMO DA PROPOSTA

O projeto tem como foco implantar o roteiro da sociobiodiversidade do pinhão2 (semente da Araucaria angustifolia) na Serra Catarinense, a partir da conservação pelo uso da araucária, associado ao desenvolvimento da agricultura familiar. A proposta está inserida na diretriz promoção e fortalecimento da agricultura familiar instituído no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para essa diretriz estão previstas ações que visam valorizar o pinhão, seus derivados e as frutas nativas como produtos comerciais. Isto implica em conhecer e se adequar as normais fiscais e sanitárias através de atividades relacionadas a agroindustrialização.

O roteiro da sociobiodiversidade do pinhão pretende valorizar a diversidade biológica, social e cultural da Serra Catarinense. Este roteiro vai apoiar a estruturação de um arranjo produtivo em torno do pinhão, frutas nativas e seus derivados contribuindo para a conservação do meio ambiente, a geração de renda e a inclusão produtiva da agricultura familiar e dos extrativistas nos mercados.

Segundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo, de múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem como a utilização de outros bens e serviços ambientais (Lei 12.651/2012). Estabelece que a utilização de florestas nativas, formações sucessionais, depende da aprovação pelo órgão ambiental competente de um Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS). A conservação por meio do manejo sustentável da araucária na propriedade familiar por meio deste projeto adotará técnicas de condução, extrativismo e reposição florestal compatíveis com a conservação da floresta ombrófila 1A Serra Catarinense concentra os dez principais municípios produtores de pinhão de Santa Catarina (que são objeto desta proposta) contribuindo com 75 a 80% da produção estadual (IBGE, 2017). 2 O roteiro da sociobiodiversidade do pinhão pretende valorizar a diversidade biológica, social e cultural da Serra

Catarinense. Para tanto serão necessárias ações para estruturar o arranjo produtivo do pinhão e roteiros de integração em torno do produto; contribuindo para a geração de renda e inclusão produtiva.

Page 24: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

mista (FOM). O pinhão e frutas nativas serão oriundos de estabelecimentos da agricultura familiar que manejam sistemas agroflorestais3 (SAF) que serão sistematizados em Planos de Manejo Florestal Sustentável.

Para o apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem como para adoção de tecnologias e boas práticas que conciliam a produtividade agropecuária e florestal, com a redução dos impactos ambientais e o desenvolvimento ecologicamente sustentável o código florestal autoriza o governo a instituir o pagamento por serviços ambientais (PSA). O pagamento por serviços ambientais é uma retribuição, monetária ou não, às atividades de conservação e melhoria dos ecossistemas que gerem serviços ambientais. Alguns serviços ambientais passíveis de pagamento são a fixação ou aumento do estoque de carbono, manutenção de paisagens, conservação da beleza cênica natural, da biodiversidade, dos recursos hídricos, das áreas de preservação permanente, de reserva legal e de uso restrito entre outras ações. O projeto pretende também, estabelecer um programa para pagamento de serviços ambientais para a agricultura familiar da Serra Catarinense que conserva a araucária.

Entre os instrumentos de apoio governamental, de incentivo para comercialização, inovação e aceleração das ações de recuperação, conservação e uso sustentável das florestas, destacamos a participação preferencial nos programas de apoio à comercialização da produção agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) . Atualmente a comercialização do pinhão é realizada por atacadistas que operam na Central de Abastecimento (Ceasa) de Florianópolis. O projeto pretende ampliar os canais de comercialização do pinhão, seus derivados e frutas nativas, priorizando os circuitos curtos de comercialização4 (CCC) com maior valorização econômica do pinhão e das frutas nativas.

Outra ação do projeto visa qualificar o processamento de pinhão e frutas nativas de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC 49) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O processamento dos produtos florestais não madeireiros (PFNM) é estratégico tanto para o autoabastecimento das famílias agricultoras quanto para a agregação de valor ao pinhão e frutas nativas. O pinhão, que atualmente é vendido in natura por um preço médio de R$ 2,17/kg (MAGNANTI, 2019), pode ser comercializado após processado por, aproximadamente, R$15,00/kg. Um dos principais desafios a serem enfrentados consiste em propiciar uma melhor remuneração aos agricultores familiares extrativistas de pinhão, bem como o reconhecimento de que o extrativismo proporciona a conservação da araucária.

O programa de desenvolvimento da agricultura familiar pela agregação de valor “Desenvolver Serra Catarinense” coordenado pelo Cisama conta com 68 agroindústrias familiares. Elas utilizam a Marca Sabor Serrano como estratégia de legalização da comercialização e de diferenciação dos produtos. A qualificação da marca do programa em marca territorial visa articular esta proposta com as demais ações em curso no território voltadas à construção de uma Cesta de Bens e Serviços Territoriais na Serra Catarinense5.

3 Sistemas agroflorestais podem receber diferentes conceitos dependendo dos pesquisadores que os definem. Para o International Centre of Research in Agroforestry (ICRAF) sistemas agroflorestais são combinações do elemento arbóreo com herbáceas e (ou) animais, organizados no espaço e (ou) no tempo (NAIR, 1993). Já na legislação brasileira, há uma definição, que SAF são sistemas de uso e ocupação do solo em que plantas lenhosas perenes são manejadas em associação com plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas, culturas agrícolas, forrageiras em uma mesma unidade de manejo, de acordo como arranjo espacial e temporal, com alta diversidade de espécies e interações entre estes componentes (STEENBOCK, 2013).4 Circuitos curtos de comercialização são: as formas de comercialização que mobilizam até um intermediário entre o

produtor e o consumidor (DAROLT, 2012).5 A abordagem em questão coloca em destaque a importância nos processos de desenvolvimento territorial da

articulação entre distintas iniciativas de valorização de produtos e serviços específicos. Por meio de pesquisas bibliográfica e documental, bem como do trabalho de campo na Serra Catarinense, esta investigação aponta que a abordagem de CBST se apresenta como um aporte teórico-metodológico inovador para a compreensão das novas

Page 25: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

Para a gestão desse projeto, será constituída uma câmara setorial no Cisama envolvendo instituições públicas como as prefeituras municipais (secretarias de agricultura, cultura e turismo), universidades, instituto federal, organizações dos agricultores familiares (Sindicatos da Agricultura Familiar, de grupos, associações e cooperativas) e do movimento Slow Food através da Fortaleza do Pinhão da Serra Catarinense.

A articulação de esforços entre o Mapa e Cisama, visando implantar um “roteiro da sociobiodiversidade”, alicerçado no extrativismo sustentável do pinhão irá valorizar a sociobiodiversidade da Serra Catarinense. A implantação deste roteiro vai apoiar a estruturação do arranjo produtivo da cadeia produtiva do pinhão, contribuindo para a geração de renda e inclusão produtiva.

Para o alcance dos objetivos propostos o proponente promoverá articulação entre o poder público, universidades, instituto federal, extrativistas, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e suas entidades de representação, visando promover e estruturar sistemas produtivos baseados no uso sustentável dos recursos da sociobiodiversidade.

OBJETIVOS DA PROPOSTA

Objetivo geral

Implantar roteiro da sociobiodiversidade do pinhão na Serra Catarinense, visando conservar a biodiversidade através do seu uso sustentável e promover de forma integrada o desenvolvimento da agricultura familiar e do território.

Objetivos específicos

1. Manejar de forma sustentável a araucária e as frutas nativas no sistema agrícola tradicional6 do pinhão.

2. Ampliar os canais de comercialização do pinhão, frutas nativas e seus derivados por meio de circuitos curtos de comercialização.

3. Promover a utilização do pinhão, frutas nativas e seus derivados através do enfoque teórico da cesta de bens e serviços territoriais.

4. Estabelecer estratégia de divulgação e comunicação para promover o arranjo produtivo do pinhão, frutas nativas e seus derivados.

5. Sensibilizar, monitorar, avaliar estabelecer governança do projeto.

Meta 1: Ações de apoio a conservação dinâmica do sistema agrícola tradicional do pinhão, através do manejo sustentável dos sistemas agroflorestais para produção de pinhão e frutas nativas e agregação de valor através da agroindustrialização.

definições e ressignificações de ações de desenvolvimento em espaços rurais no Brasil.6 “Conjunto estruturado, que é formado por elementos interdependentes: plantas cultivadas e criações de animais,

redes sociais, artefatos, sistemas alimentares, saberes, normas, direitos e outras manifestações associadas. Esses elementos envolvem espaços e agroecossistemas manejados, formas de transformação dos produtos agrícolas e cultura material e imaterial associada, cem como sistemas alimentares locais que interagem e resultam na agricultura, na pecuária e no extrativismo” (EIDT, J. S; UDRY, C. , 2019, p. 23)

Page 26: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

Atividades relacionadas a Meta 011.1) Oficinas de elaboração dos planos de manejo florestal serão atividades coletivas programadas em propriedades rurais com a participação de agricultores familiares e extrativistas1.2) Dias de campo serão atividades coletivas para implantação dos planos de manejo florestal7 que reunirão os agricultores familiares, extrativistas e entidades parceiras do projeto por município e tratarão das técnicas e metodologias de manejo dos sistemas agroflorestais para produção de pinhão e frutas nativas.1.3) Oficinas para certificação do extrativismo do pinhão e frutas nativas8 pelas normas da Rede Ecovida de Agroecologia9 em propriedades participantes do projeto;

1.4) Capacitações dos agricultores familiares e extrativistas em normas e equipamentos de segurança para colheita do pinhão;

1.6) Capacitações para agricultores familiares, extrativistas e agroindústrias em boas práticas de fabricação de pinhão e frutas nativas.

Resultados esperados

- Realizar 375 oficinas de elaboração de plano de manejo florestal em propriedades participantes do projeto;- Realizar 225 dias de campo para implantação de planos de manejo florestal em propriedades participantes do projeto;- Realizar 150 oficinas para certificação do extrativismo do pinhão em propriedades participantes do projeto;- 75 sistemas agroflorestais para produção de pinhão e frutas nativas com plano de manejo florestal elaborado e implantado;- 75 estabelecimentos familiares certificados com selo do extrativismo sustentável da Rede Ecovida como estratégia de diferenciação e valorização do pinhão e frutas nativas;- 75 agricultores familiares e extrativistas capacitados em segurança para a colheita do pinhão;- Uma proposta de pagamento por serviço ambiental elaborada e articulada com o Governo do Estado de Santa Catarina, Instituto Meio Ambiente (IMA) e Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC);- 10 Capacitações para agricultores familiares, extrativistas e agroindústrias em boas práticas de fabricação do pinhão e frutas nativas;- 3 toneladas de pinhão e 1 tonelada de polpa de frutas nativas processados em 15 agroindústrias de pinhão e de frutas nativas.

7 Os planos de manejo florestal sustentável (PMFS) precisam contemplar técnicas de condução, exploração e reposição florestal e manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme. O plano de manejo florestal sustentável atenderá os seguintes fundamentos técnicos e científicos: caracterização dos meios físicos e biológico, determinação de estoques existentes, intensidade de exploração compatível com a capacidade de suporte ambiental, ciclo de corte compatível com o tempo de restabelecimento do produto extraído, promoção da regeneração natural da floresta, monitoramento do desenvolvimento da floresta remanescente e adoção de medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sócias da exploração (artigo 31 da Lei 12.651/2012)

8 A certificação do extrativismo sustentável do pinhão e das frutas nativas vai seguir as normas estabelecidas pela Rede Ecovida de Agroecologia. Este processo vai dar origem a um certificado de extrativismo sustentável para os agricultores familiares e extrativistas que utilizarem as normas de extrativismo para o pinhão e as frutas nativas.

9 A Rede Ecovida foi criada em 1998, como resultado de um processo de articulação de organizações e movimentos sociais, visando construir uma alternativa ao modelo de agricultura dominante no país. A rede é organizada em núcleos regionais espalhados pela região Sul do Brasil. Cada núcleo reúne membros de uma microrregião com características semelhantes (um território rural). A organização social da Ecovida procura privilegiar relações de reciprocidade, tais como a troca de produtos, sementes e experiências, assim como incentiva outras formas de cooperação no interior da rede (ROVER; LAMPA, 2013).

Page 27: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

Meta 2: Ampliação dos canais de comercialização do pinhão, seus derivados e frutas nativas, priorizando os circuitos curtos de comercialização.

Atividades relacionadas a Meta 022.3) Oficinas de elaboração de projetos para acesso à política de garantia de preços

mínimos do pinhão.

Resultados esperados- Realizar 100 oficinas com extrativistas, agricultores familiares e entidades parceiras do projeto sobre a Política de Garantia dos Preços Mínimos dos Produtos da Sociobiodiversidade;- Submeter à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) 30 propostas de subvenção para pinhão a Política de Garantia dos Preços Mínimos dos Produtos da Sociobiodiversidade;

JUSTIFICATIVA

O projeto está articulado com a valorização da biodiversidade brasileira. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2019), o Brasil abriga cerca de 20% de toda a biodiversidade do planeta, sendo utilizada tanto para autoabastecimento como para comercialização. O uso extrativo da biodiversidade tem importância significativa no Brasil. No ano de 2017, apenas na extração vegetal, que não inclui a produção madeireira, foi contabilizado pelo IBGE o valor de R$ 1,5 bilhões (BRASIL, 2019). Com o objetivo de ampliar a participação da agricultura familiar e dos povos e comunidades tradicionais o MAPA criou o Programa de Bioeconomia. Este programa busca promover a articulação de parcerias entre o poder público e o setor empresarial, visando à promoção e estruturação de sistemas produtivos baseados no uso sustentável dos recursos da sociobiodiversidade e do extrativismo focando a geração de renda e melhoria das condições de vida.

Nesta perspectiva, o Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense - Cisama se coloca como um parceiro do Programa de Bioeconomia Brasil- Sociobiodiversidade, sendo capaz de articular às iniciativas relacionadas à conservação pelo uso da araucária desenvolvida pelas universidades, organizações não governamentais, organizações de agricultores familiares e o poder público na perspectiva do desenvolvimento territorial. Em seus estatutos o Cisama tem a “sustentabilidade como diretriz de sua proposta de desenvolvimento para a Serra Catarinense que se constitui num conjunto integrado de fatores que potencializam ao mesmo tempo os ativos ambientais, a manutenção do capital natural e a conservação e preservação dos ecossistemas (dimensão ambiental). A melhoria da qualidade de vida das populações do meio urbano e rural, a inclusão social através da equidade e da garantia de direitos humanos, a valorização da identidade popular e da cultura (dimensão sociocultural). A eficiência através da capacidade de inovar, de diversificar e de usar e articular recursos locais para gerar oportunidades de trabalho e renda, fortalecendo as cadeias produtivas e integrando-as, e através da eficiência na gestão dos recursos públicos (dimensão econômica).

A proposta envolverá diretamente o programa de desenvolvimento da agricultura familiar pela agregação de valor: “Desenvolver Serra Catarinense”. Este programa visa apoiar as Secretarias Municipais de Agricultura e seus serviços de assistência técnica a produção e inspeção, possibilitando a agregação de valor aos produtos produzidos pela agricultura familiar e pelos extrativistas através de agroindústrias familiares. A estruturação de espaços para a comercialização direta, proporcionando novas atividades geradoras de trabalho e renda, com consequente melhoria das condições de vida das pessoas beneficiadas direta e indiretamente pelo Programa.

Page 28: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

Atualmente os 18 municípios da Serra Catarinense consorciados ao Cisama possuem o Serviço de Inspeção Municipal - SIM responsável pela regularização de 68 agroindústrias familiares. Relacionado a assistência técnica e extensão rural (ATER), são 30 técnicos ligados às Secretarias Municipais de Agricultura.

Cabe destacar o esforço que vem sendo realizado para a execução de uma estratégia baseada na consolidação de uma marca territorial. A adoção de estratégias de desenvolvimento baseadas no reconhecimento e valorização de sinais distintivos da origem e da qualidade para produtos e serviços, mais precisamente as marcas coletivas e as indicações geográficas, deve necessariamente, levar em consideração os atributos inerentes à especificidade da qualidade ou origem dos produtos ou serviços referendados (distinguidos). Esta especificidade, em geral, está relacionada à cultura, tradições, história, savoir faire, processos produtivos únicos, condições ambientais, capital social (confiança, organização social, cooperação etc.) e outros. Um conjunto de atributos, principalmente a identidade, o sentimento de pertencimento e o capital social, servem para fortalecer o processo de territorialização do espaço geográfico, constituindo territórios protagonistas e que contribuam para diferenciar produtos e agregar valor aos mesmos.

A título de exemplo das ações do Cisama, o consórcio registrou junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a marca “Sabor Serrano”. Essa iniciativa decorre do incremento do número de agroindústrias familiares nos municípios da sua área de abrangência, que enfrentavam sérios problemas para se adequar às normas de sanidade dos produtos de origem agropecuária. Em torno dessa marca, 15 médicos veterinários foram contratados pelas administrações municipais com o propósito de assessorar essas agroindústrias e certificar a conformidade com a legislação sanitária em vigor. Só assim, essas unidades de transformação podem ser beneficiárias da marca Sabor Serrano.

Os municípios integrantes do Cisama se beneficiam direta e indiretamente com o projeto, pois além da presença do extrativismo do pinhão e de frutas nativas em praticamente todos os municípios consorciados, a qualificação da marca territorial Sabor Serrano e a articulação desta proposta com as demais ações em curso no território voltadas à qualificação de produtos e serviços territoriais; faz com que a totalidade dos municípios participe de distintas formas na construção de uma Cesta de Bens e Serviços Territoriais da região da Serra Catarinense.

Para a gestão desse projeto, será constituída uma câmara temática de bioeconomia e sociobiodiversidade no Cisama envolvendo as instituições públicas como as prefeituras municipais (secretarias de agricultura, cultura e turismo); universidades, instituto federal, organizações dos agricultores familiares (Sindicatos da Agricultura Familiar, de grupos, associações e cooperativas), do movimento Slow Food através da Fortaleza do Pinhão da Serra Catarinense.

A articulação de esforços entre o Mapa e Cisama, visando implantar um “roteiro da sociobiodiversidade”, alicerçado no extrativismo do pinhão certamente irá valorizar a diversidade biológica, social e cultural da Serra Catar inense. A implantação deste roteiro vai apoiar a estruturação do arranjo produtivo do pinhão, seus derivados e das frutas nativas contribuindo para a geração de renda e inclusão produtiva.

ANTECEDENTES

Destacamos algumas ações que o consórcio proponente e/ou os municípios participantes realizam ou estão sensibilizados com as diretrizes do Programa Bioeconomia Brasil – Sociobiodiversidade.

O Cisama com apoio do Ministério do Turismo firmou convênio para elaborar o Plano de Desenvolvimento Territorial Turístico que se encontra na fase de diagnóstico. O

Page 29: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

plano estará articulado com o roteiro da sociobiodiversidade do pinhão, frutas nativas e seus derivados

Os municípios que integram o Cisama já apóiam roteiros turísticos e rotas de comercialização. Desta forma articularão as iniciativas em curso com o roteiro da sociobiodiversidade do pinhão, frutas nativas e seus derivados.

Outras ações são pontuais e desenvolvidas pelos municípios consorciados como por exemplo. Em Urupema tem 8º Festival do Papagaio Charão e o 6º Festival do Papagaio-do-Peito-Roxo e um roteiro para observadores de aves. No município de Capão Alto é realizada no mês de abril a Festa Nacional da Paçoca10. Em São Joaquim ocorreu em 2019 a primeira festa da Colheita do pinhão em abril organizada pelo Grupo de Trabalho (GT) pinhão do Sindicato da Agricultura Familiar (SINTRAF) São Joaquim e Região. A festa vai ocorrer em abril de 2020 nos mesmos moldes da edição anterior. Na cidade de Lages ocorre anualmente a Festa Nacional do Pinhão que esta na 31 0 edição. Durante os 10 dias da festa os restaurantes, pousadas, hotéis fazenda fazem uso continuado de pinhão nos cardápios divulgando o uso culinário da amêndoa. Em Urubici a Festa da Hortaliça destaca anualmente o turismo via o roteiro da Acolhida na Colônia que já tem ramificações em São Joaquim e Bom Retiro. Também tem uma interface com mais de 500 pousadas estabelecidas em Urubici e que ofertam produtos da sociobiodiversidade em seus cardápios, além de atividades de ecoturismo, ecogastronomia, enoturismo, entre outros.

ARRANJO INSTITUCIONAL E GESTÃO DO PROJETO

O Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense - Cisama é pessoa jurídica de direito público interno, do tipo associação pública, dotada de independência decisória e autonomia administrativa, orçamentária e financeira. O Cisama é constituído pelos seguintes Municípios: Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro, Correia Pinto, Lages, Painel, Palmeira, Ponte Alta, Otacílio Costa, Rio Rufino, São Joaquim, São José do Cerrito, Urupema, Urubici, os quais subscreveram o protocolo de intenções do consórcio no dia 29 de agosto de 2009.

Em sua estrutura organizacional o contrato de consórcio público (estatuto) prevê a criação a qualquer tempo, por decisão do conselho sede administração, de câmaras temáticas permanentes ou temporárias. A gestão do projeto será realizada por uma câmara temática de sociobiodiversidade, constituída por representantes de entidades da sociedade civil, entidades públicas municipais, estaduais e federais que atuam no tema, na perspectiva de promover um arranjo institucional que dê sustentação ao projeto, monitore e avalie o projeto de maneira a agregar saber a respeito do tema.

Para além das metas do projeto, a câmara pode discutir planejar e orientar a política de atuação do consórcio no tema da sociobiodiversidade, propondo atividades, projetos e programas consubstanciados no plano de trabalho do Cisama. Ou seja, há previsão legal para que uma atividade ou projeto possa se tornar um programa e ter continuidade a partir da sua incorporação ao Plano de Trabalho do consórcio. Este é elaborado anualmente e possui dotação orçamentária advinda de convênios, termos de cooperação ou mesmo de recursos próprios, aportados pelos municípios consorciados através de contrato de rateio.

Estão previstas doze reuniões no decorrer do projeto (36 meses), uma reunião por trimestre. Para a primeira reunião algumas entidades públicas e privadas já podem ser relacionadas, sem prejuízo de outras: serviço público agrícola da empresa de pesquisa

10 Paçoca de pinhão é um prato típico da Serra Catarinense cujo ingrediente básico é o pinhão moído e cozido, misturado com carne de suíno e temperado com alho, cebola, bacon, temperos verdes e sal.

Page 30: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

agropecuária e secretarias municipais de agricultura, turismo, cultura e meio ambiente, universidades, instituto de meio ambiente, sindicatos de trabalhadores da agricultura familiar, cooperativas e associações de produção, organizações não governamentais, conselho regional de turismo, institutos federais, serviços de inspeção e de vigilância sanitária municipais entre outros. A câmara elegerá entre seus pares na primeira reunião uma entidade coordenadora e uma secretaria, sendo as suas decisões lavradas em ata e publicadas no Diário Oficial dos municípios.

A câmara temática contará para seu apoio no desenvolvimento de projetos e da política de pagamento por serviços ambientais o Fundo Intermunicipal de Meio Ambiente - FUNSERRA. O Fundo integra a estrutura do Cisama, possui rubrica orçamentária, contabilidade e gestão administrativa específica para seus projetos e ações. O fundo já aportou mais de R$ 2 milhões em projetos na área de meio ambiente e saneamento em benefício dos municípios consorciados.

A continuidade do projeto também vai ocorrer por meio de ações das organizações sociais e produtivas da agricultura familiar da Serra Catarinense. As organizações da agricultura familiar do território atuam com extrativismo e agroecologia desde o início dos anos 2000 e desde o início das suas ações mantém atividades contínuas de produção, processamento, comercialização e certificação no território. A continuidade das ações é condição de existência das organizações desde a constituição dos grupos, associações e cooperativas de agricultores(as) agroecológicos na Serra Catarinense. O projeto certamente vai intensificar ações nos próximos três anos, porém a continuidade está garantida porque as organizações já possuem musculatura própria para organizar feiras municipais, vendas em domicílio, participar do mercado institucional (programa nacional de alimentação escolar e compras institucionais), manter um sistema de certificação participativa, organizar atividades de capacitação como plenárias e seminários.

Page 31: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

ANEXO II

CHAMAMENTO PÚBLICO No 0001/2020

PLANO DE TRABALHO

1. DADOS CADASTRAIS

Nome da Instituição Proponente CNPJ

Endereço CEP

Telefone E-mail institucional

Banco* Nº Agência Nº Conta Corrente

Nome do Responsável Legal da Instituição Proponente

Função RG CPF

Nome do Responsável Técnico pela execução do Serviço

2. DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO PROPONENTE

Page 32: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

3. DESCRIÇÃO DA REALIDADE OBJETO DA PARCERIA

4. DESCRIÇÃO DAS METAS A SEREM ATINGIDAS E DAS ATIVIDADES

5. FORMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES PARA CUMPRIMENTO DAS METAS E INDICADORES PARA AFERIÇÃO

Page 33: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

No e nome da meta No e nome da etapa Tipo de atividade Como será realizada IndicadoresDefinir as etapas relacionadas à meta

Curso, oficina de campo, reunião, etc

Métodos, público, local, logística, responsáveis/ parceiros, e outras informações necessárias.

Indicador a ser avaliado pelo comitê gestor e para prestação de contas do projeto

1) Ações de apoio a conservação dinâmica do sistema agrícola tradicional (SAT Pinhão), através do manejo sustentável dos sistemas agroflorestais para produção de pinhão e frutas nativas, a agregação de valor e comercialização.

1.1.Oficinas sobre planos de manejo florestal

375 Oficinas

1.2. Dias de campo sobre manejo de SAF’s

180 dias de campo

1.3.Certificação para extrativismo

150 oficinas

1.4.Capacitações sobre segurança na extração do pinhão

10 capacitações

1.6.Capacitações para agricultores familiares, extrativistas e agroindústrias em boas práticas de fabricação de pinhão e frutas nativas

10 Capacitações

2) Ampliação dos canais de comercialização do pinhão, seus derivados e frutas nativas, priorizando os circuitos curtos de comercialização

2.3. Oficinas de elaboração de projetos para acesso à Política de Garantia de Preços Mínimos do Pinhão

Realizar 100 oficinas de elaboração de projetos para acesso à Política de Garantia de Preços Mínimos do Pinhão

Page 34: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

6. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

Meta EtapaCronograma semestral

primeiro segundo terceiro quarto quinto sexto

1 1.1

1.2

1.3

1.4

1.6

2 2.3

7. CRONOGRAMA FINANCEIRO

Meta EtapaCronograma semestral

primeiro segundo terceiro quarto quinto sexto TOTAL

1 1.1

1.2

1.3

1.4

1.6

2 2.3

TOTAL* R$

* o valor total não pode exceder R$ 654.912,00

8. MEMÓRIA DE CÁLCULO

A memória de cálculo de despesas a serem realizadas na execução das atividades por meta/etapa deve ser apresentada em anexo a este plano de trabalho devidamente assinada, conforme planilha de valores de referência apresentada no Anexo VIII.

9. VALOR GLOBAL DA PROPOSTA E PRAZO DE VALIDADE

O valor global da proposta corresponde a R$ (valor por extenso) com prazo de validade de (não inferior a 60 dias)

Local-UF, de de 20.

...........................................................................................(Nome e Cargo do Representante Legal da entidade)

Page 35: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

ANEXO III

CHAMAMENTO PÚBLICO No 0001/2020

Demonstrativo de capacidade gerencial, técnica e operacional para instituições privadas sem fins lucrativos:

I – Equipe responsável pelo gerenciamento do projeto*

ESTRUTURAGERENCIALDO PROJETO

Nome Vínculo com ainstituiçãoproponente

FormaçãoProfissional

Experiência emgerenciamento deProjeto em anos**

CoordenaçãoTécnica

CoordenaçãoFinanceira

* Os profissionais poderão ser remunerados com recursos dos projetos, conforme art. 46 da Lei n° 13.019/2014, alterado pela Lei no 13.204/2015.** Deverão ser comprovados o tempo e tipo de experiência por meio do envio de documentos comprobatórios, exemplo:– currículo resumido do profissional;– documento atestando a experiência informada, emitido por uma ou mais instituições em que tenha prestado serviços (gerenciamento de projeto).

II – Corpo técnico da instituição proponente *

Nome Vínculo com ainstituiçãoproponente

FormaçãoProfissional

Meta e/ou Etapada proposta emque atuará

Atividade queexecutará noprojeto

* Os profissionais poderão ser remunerados com recursos do projetos, conforme art. 46 da Lei n° 13.019/2014, alterado pela Lei no 13.204/2015.

III – Instalações

Sede: ( ) Própria ( ) Alugada ( ) Cedida ( ) inexistenteEndereço (conforme discriminado no CNPJ):

Page 36: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

IV – Infraestrutura material existente

Relação de Equipamentos que poderão ser utilizados no apoio à execução do projeto (veículos,computador, GPS, etc):

V – Portfólio da instituição proponente*

Projetos em andamento:

Objeto Início e término da vigência Agente financiador

Projetos concluídos:

Objeto Início e término da vigência Agente financiador

As informações deverão ser comprovadas por meio dos seguintes documentos:– cópia de projetos; ou– cópia de convênios ou instrumentos de repasse; ou– documento atestando a informação, emitido por órgão financiador.

Local-UF, de de 20.

...........................................................................................(Nome e Cargo do Representante Legal da entidade)

Page 37: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

ANEXO IV

CHAMAMENTO PÚBLICO No 0001/2020

Modelo de declaração de capacidade administrativa, técnica e gerencial para a execução do plano de trabalho

DECLARAÇÃO

_______________________, presidente/diretor/provedor, CPF___________, declaro para os devidos fins e sob penas da lei, que o(a) ______________(entidade), dispõe de estrutura física e de pessoal, com capacidade administrativa, técnica e gerencial para a execução do Plano de Trabalho proposto, assumindo inteira responsabilidade pelo cumprimento de suas metas, acompanhamento e prestação de contas.

Local-UF, de de 20.

...........................................................................................(Nome e Cargo do Representante Legal da entidade)

Page 38: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

ANEXO VCHAMAMENTO PÚBLICO No 0001/2020

DECLARAÇÃO DA NÃO OCORRÊNCIA DE IMPEDIMENTOS

Declaro para os devidos fins, nos termos do art. 26,caput, inciso IX, do Decreto nº 8.726, de 2016, que a(o) __________________________________ e seus dirigentes não incorrem em quaisquer das vedações previstas no art. 39 da Lei nº 13.019, de 2014. Nesse sentido, a citada entidade:

Está regularmente constituída ou, se estrangeira, está autorizada a funcionar no território nacional;

Não foi omissa no dever de prestar contas de parceria anteriormente celebrada;

Não tem como dirigente membro de Poder ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão ou entidade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado o termo de fomento, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou companheiros, bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau.

Não teve as contas rejeitadas pela administração pública nos últimos cinco anos,observadas as exceções previstas no art.39,caput, inciso IV, da Lei nº 13.019, de 2014;

Não se encontra submetida aos efeitos das sanções de suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração, declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento de celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades da esfera de governo da administração pública sancionadora e, por fim, declaração de inidoneidade para participar de chamamento público ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades de todas as esferas de governo;

Não teve contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos; e

Não tem entre seus dirigentes pessoa cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos; julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, enquanto durar a inabilitação; ou considerada responsável por ato de improbidade, enquanto durarem os prazos estabelecidos nos incisos I,II e III do art. 12 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de1992.

Local-UF, de de 20.

...........................................................................................(Nome e Cargo do Representante Legal da entidade)

Page 39: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

ANEXO VI

CHAMAMENTO PÚBLICO No 0001/2020

DECLARAÇÃO

A Organização da Sociedade Civil (OSC) ............................................................., inscrita no CNPJ sob N° ..........................., por intermédio de seu representante legal, .............................................., portador da carteira de identidade N°..............................e do CPF N°.................................................DECLARA, para fins no disposto no Inciso XXXIII do Art. 7° da Constituição Federal (“proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre e menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”) em observância a lei Federal N° 9.854, de 27de outubro de 1999, que não emprega menor de dezoito anos em trabalho noturno, perigoso ou insalubre e bem como não emprega menor de dezesseis anos.

Local-UF, de de 20.

...........................................................................................(Nome e Cargo do Representante Legal da entidade)

Page 40: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

ANEXO VII

CHAMAMENTO PÚBLICO No 0001/2020

Modelo de minuta do termo de colaboração (sujeito a alterações)

TERMO DE COLABORAÇÃO n° 001/2020

TERMO DE COLABORAÇÃO QUE ENTRE SI CELEBRAM O CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL SERRA CATARINENSE - CISAMA E (…).

O CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL SERRA CATARINENSE – CISAMA inscrito no CNPJ sob o nº 11.173.405/0001-48, com sede na Rua Otacílio Vieira da Costa n° 112 - Centro, neste ato representado por seu Presidente Sr. Luiz Carlos Xavier, doravante denominada CONTRATANTE e a (…), entidade sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ sob nº (…), com sede à (…), nº (…), cidade de (…) – SC doravante denominada simplesmente CONTRATADA, representada por seu Presidente Sr. (…), RG nº (…), CPF nº (…), resolvem celebrar o presente TERMO DE COLABORAÇÃO, conforme Processo de Chamamento Público nº 0001/2020, conforme cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETOO presente chamamento tem por objeto a seleção de organização da sociedade civil para “implantação do roteiro da sociobiodiversidade do pinhão na Serra Catarinense a partir da conservação pelo uso da araucária associado ao desenvolvimento da agricultura familiar” nos municípios de: Lages, Painel, São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici, Bocaina do Sul, Bom Retiro, São José do Cerrito e Capão Alto. O roteiro da sociobiodiversidade do pinhão pretende valorizar a diversidade biológica, social e cultural da Serra Catarinense. Este roteiro vai apoiar a estruturação de um arranjo produtivo em torno do pinhão, frutas nativas e seus derivados contribuindo para a conservação do meio ambiente, a geração de renda e a inclusão produtiva da agricultura familiar e dos extrativistas nos mercados, conforme Plano de Trabalho, devidamente aprovado pela Comissão Técnica, no processo de chamamento público nº 0001/2020.

Page 41: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

CLÁUSULA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA2.1 Iniciar a execução do objeto pactuado imediatamente após assinatura do Termo de Colaboração.

2.2 Comparecer em juízo nas questões trabalhistas propostas por seus empregados contra si, ou contra o CONTRATADO, assumindo o polo passivo, defendendo-se judicialmente e reconhecendo perante a Justiça do Trabalho, sua condição de empregadora, arcando com o ônus de eventual condenação, inclusive honorários;

2.3 Fica ainda responsável pelos prejuízos e danos pessoais e materiais que eventualmente venha a causar à Administração ou a terceiros em decorrência da execução do objeto do presente Termo de Colaboração, correndo exclusivamente às suas expensas os ressarcimentos ou indenizações reivindicadas judicial ou extrajudicialmente;

2.4 Facilitar a fiscalização pelo CONTRATADO, por meio da atuação do Gestor e da Comissão de Monitoramento e Avaliação durante a vigência da parceria;

2.6 Cumprir em sua integralidade, as exigências do Edital de Chamamento Público e seus anexos;

2.7 Prestar contas com definição de forma, metodologia e prazos (com previsão na Lei 13.019/2014);

2.8 Havendo liberação de recursos, a obrigação de a organização da sociedade civil manter e movimentar os recursos em conta bancária específica, observado o disposto no art. 51 (com previsão legal no art. 42, XIV da Lei 13.019/2014);

2.9 Responsabilidade exclusiva da organização da sociedade civil pelo gerenciamento administrativo e financeiro dos recursos recebidos, inclusive no que diz respeito às despesas de custeio, de investimento e de pessoal (com previsão legal no art. 42, XIX da Lei 13.019/2014);

2.10 Responsabilidade exclusiva da organização da sociedade civil pelo pagamento dos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais relacionados à execução do objeto previsto no termo de colaboração ou de fomento, não implicando responsabilidade solidária ou subsidiária da administração pública a inadimplência da organização da sociedade civil em relação ao referido pagamento, os ônus incidentes sobre o objeto da parceria ou os danos decorrentes de restrição à sua execução (com previsão legal no art. 42, XX da Lei 13.019/2014);

2.11 Liberar o livre acesso dos agentes da administração pública, do controle interno e do Tribunal de Contas, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, correspondente aos processos, aos documentos e às informações relacionadas a termos de colaboração ou a termos de fomento, registros contábeis, bem como aos locais de execução do respectivo objeto, inclusive quando nos casos em que a instituição financeira oficial não controlada pela União faça a gestão da conta bancária específica do convênio (com previsão legal no art. 42, XV da Lei 13.019/2014);

Page 42: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

2.12 Restituir os recursos não utilizados, bem como seus rendimentos, segundo reza a Lei 13.019/2014 (conforme inciso IX do art. 42).

2.13 A Organização da Sociedade Civil obriga-se a executar os serviços mencionados na Cláusula Primeira, segundo as metas pactuadas, fornecendo mão-de-obra, insumos, infraestrutura e demais elementos necessários à sua perfeita execução.

2.14 A Organização da Sociedade Civil reconhece e declara expressamente a sua responsabilidade pelo atendimento das metas pactuadas estabelecidas no Plano de Trabalho.

2.15 No caso da Organização da Sociedade Civil ser responsável pelo fornecimento de insumos, estes devem ser de primeira qualidade, responsabilizando-se por qualquer problema surgido na execução das ações e trabalhos inerentes a execução da parceria, devendo reparar de forma premente no total ou parcialmente para o bom andamento da mesma.

2.16 Após a assinatura do Termo de Colaboração é obrigatória a abertura do “RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO OBJETO” e “RELATÓRIO DE EXECUÇÃO FINANCEIRA”;

2.17 A Organização da Sociedade Civil é obrigada a corrigir, readequar ou realinhar, às suas expensas, no total ou em parte, os serviços objeto do Termo de Colaboração em que se verificarem incongruências, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de mão-de-obra e materiais empregados de forma inadequada.

2.18 Em caso de dissolução da organização, o respectivo patrimônio líquido deverá ser transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos exigidos pelo Decreto Municipal e pela Lei Federal 13.019/2014 e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da organização extinta.

CLÁUSULA TERCEIRA – DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE 3.1- Transferir os recursos à CONTRATADA;

3.2- Designar o gestor que será o responsável pela gestão da parceria, com poderes de controle e fiscalização, incluindo:

3.2.1- Apreciar a prestação de contas apresentada pela CONTRATADA;

3.2.2- Fiscalizar a execução do Termo de Colaboração, o que não fará cessar ou diminuir a responsabilidade da CONTRATADA pelo perfeito cumprimento das obrigações estipuladas, nem por quaisquer danos, inclusive quanto a terceiros, ou por irregularidades constatadas;

3.2.3- Comunicar formalmente à CONTRATADA qualquer irregularidade encontrada na execução do presente Termo;

3.3- Designar Comissão de Monitoramento e Avaliação para companhamento da execução da Parceria;

Page 43: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

3.4- Dar publicidade ao presente Termo de Colaboração através da publicação em meio legal;

3.5- Bloquear, suspender ou cancelar o pagamento das transferências financeiras à CONTRATADA quando houver descumprimento das exigências contidas no presente Termo, tais como:

a) Atrasos e irregularidades na prestação de contas.

b) Aplicação indevida dos recursos financeiros, transferidos pelo Cisama, não prevista no Plano de Trabalho.

c) Não cumprimento do Plano de Trabalho.

d) Falta de clareza, lisura ou boa fé na aplicação dos recursos públicos.

3.6- Para fins de interpretação do item 3.5 entende-se por:

a) Bloqueio: A determinação para que a transferência financeira não seja paga enquanto determinada situação não for regularizada, ficando, todavia acumulada para pagamento posterior.

b) Suspensão: A determinação para que a transferência financeira não seja paga enquanto determinada situação não for regularizada, perdendo, a CONTRATADA, o direito à percepção da transferência financeira relativa ao período de suspensão.

c) Cancelamento: A determinação para que a transferência financeira não seja repassada a partir da constatação de determinada situação irregular.

CLÁUSULA QUARTA – DOS RECURSOS FINANCEIROS4.1- CONTRATANTE repassará à CONTRATADA, o montante de R$ (…), conforme valores e cronograma de desembolso aprovado;

4.2- A CONTRATADA movimentará os recursos em conta bancária específica, de sua titularidade mantida junto ao Banco do Brasil.

CLÁUSULA QUINTA– DA GESTÃO DO TERMO DE COLABORAÇÃO5.1- O acompanhamento e fiscalização do cumprimento do objeto e condições do presente instrumento serão exercidos pelo CONTRATANTE a quem também incumbirá à análise dos relatórios de atividades dos serviços desenvolvidos e dos demais documentos apresentados pela CONTRATADA;

5.2- O responsável pela gestão do convênio poderá, de acordo com a necessidade e para fins de análise do relatório, solicitar informações adicionais, examinar documentos e praticar demais atos pertinentes ao exato cumprimento das finalidades do presente termo.

CLÁUSULA SEXTA – DA VIGÊNCIA

Page 44: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

O prazo de vigência do presente Contrato será de 36 (trinta e seis) meses, contados a partir da data de sua publicação, podendo ser prorrogado por concordância do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

CLÁUSULA SÉTIMA – DA RESCISÃOO presente instrumento pode ser rescindido, a qualquer tempo, com as respectivas condições, sanções e delimitações claras de responsabilidades, além da estipulação de prazo mínimo de antecedência para a publicidade dessa intenção, que não poderá ser inferior a 60 (sessenta) dias.

CLÁUSULA OITAVA – DA RESPONSABILIZAÇÃO E DAS SANÇÕES8.1- O presente Termo deverá ser executado fielmente pelos partícipes, de acordo com as cláusulas pactuadas e a legislação pertinente, respondendo cada um pelas consequências de sua inexecução total ou parcial;

8.2 Pela execução da parceria em desacordo com o plano de trabalho e com as normas desta Lei e da legislação específica, a administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar à organização da sociedade civil as seguintes sanções:

I - advertência;

II - suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento de celebrar termos de parceria, de fomento ou de colaboração, e contratos com órgãos e entidades da esfera de governo da administração pública sancionadora, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

III - declaração de inidoneidade para participar em chamamento público ou celebrar termos de parceria, de fomento ou de colaboração e contratos com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a organização da sociedade civil ressarcir a administração pelos prejuízos resultantes, e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso II deste artigo.

Parágrafo Primeiro - A sanção estabelecida no inciso III do caput deste artigo é de competência exclusiva do Presidente do CISAMA, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 02 (dois) anos de sua aplicação.

Parárafo Segundo – As organizações da sociedade civil, bem como seus diretores, sócios gerentes e controladores declarados impedidos de licitar e contratar com o CONTRATADO, serão incluídas no Cadastro de Fornecedores Impedidos de Licitar e Contratar.

Page 45: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

CLÁUSULA NONA – DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIAAs despesas com a execução da presente parceria correrão por conta da rubrica de dotação Orçamentária (…)

CLÁUSULA DÉCIMA – DOS CASOS OMISSOSTanto quanto possível os partícipes se esforçarão para resolver amistosamente as questões que surgirem no presente termo e, no caso de eventuais omissões, deverão observar as disposições contidas na Lei Federal Nº 13.019/14 e Decreto Federal nº 8.726/2016.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DO FORO DE ELEIÇÃO12- Os partícipes elegem o Foro da comarca de Lages - SC, com renúncia de qualquer outro, para dirimir quaisquer dúvidas oriundas do presente Termo.

E, por estarem assim de comum acordo, assinam as partes o presente instrumento, em duas vias de igual teor e forma, na presença de duas testemunhas, para que produzam os devidos efeitos legais.

Lages - SC, (…) de (…) de 2020.

(...) (...)Presidente do CISAMA

Testemunha 1ª:CPF

Testemunha 2ª:CPF

Page 46: cisama.sc.gov.br€¦ · Web viewSegundo o código florestal brasileiro a conservação pelo manejo sustentável possibilita a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

ANEXO VIII

CHAMAMENTO PÚBLICO No 0001/2020

Planilha de Valores de Referência estará disponível em Excel na home page www.cisama.sc.gov.br em Licitações – Edital de Chamamento 0001/2020 para adequações de valores pela organização da sociedade civil participante e apresentação como memória de cálculo conforme previsto no Plano de Trabalho.