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PASSOS DE UM EDUCADOR

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PASSOS DE UM EDUCADOR

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Inacia Maria de Lemos

Passos de um Educador

Educadora, mãe, avó, guerreira vitoriosa

1ª edição

Surubim – Pe

2014

Este livro foi produzido pela autora que detém todos os direitos de conteúdos, comercialização, estoque e distribuição dessa obra.

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Já disseram que um bom professor é aquele que ensina e o aluno aprende. Para o professor vale a aprendizagem, e para o aluno vale a nota que lhe aprove.

Foi-se o tempo em que o professor ditava regras e o aluno as cumpria, hoje, o modo como se aprende depende de como o professor trabalha o aluno, sua aula e o conteúdo a ser ministrado.

Para muitos alunos isso pode passar despercebido, mas para outros faz muita diferença. Sua metodologia pode ser modificada deixando de atender simplesmente ao livro didático, passe a usar métodos diferentes tratando de temas que interessam ao aluno, trabalhe com confiança, em equipe, determinação e muito mais, lendo e observando passos de um educador que conta parte de suas experiências, seus desejos, seus fracassos e sonhos e dicas para facilitar seu dia a dia.

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INTRODUÇÃO

Durante muitos anos pensei em escrever um livro onde contasse parte da minha história de vida deixando assim um pequeno exemplo para gerações futuras e principalmente para os meus netos. Uma história pequena, mas que através dela eles possam tirar exemplos para suas vidas. Porém nunca encontrei tempo para isto ou não tinha despertado para a importância que essa história fará na minha vida e na vida deles.

Ao enfrentar uma universidade aos 45 anos de idade me deparei com professores e colegas que não só me incentivaram a desenvolver este trabalho como também me ensinaram muito sobre como a educação bem direcionada pode fazer grande diferença na vida de uma pessoa, de uma cidade ou de um país.

Passos de um Educador é a realização deste sonho e relata a história de uma educadora que ao longo dos seus trinta e dois anos de trabalho desempenhou várias funções educacionais como: auxiliar de secretaria, coordenadora de projetos, bibliotecária, secretária, diretora, sem nunca perder a esperança de ver em nossas escolas uma educação de qualidade. Relata também exemplos de: dificuldades, superações, experiências, fracassos, desejos de uma educação qualitativa e não quantitativa e sugestões que facilitam nosso trabalho.

Problemas existem e sempre irão existir, no entanto, espero que este livro desperte reflexões sobre nós mesmos e sobre aqueles os quais estão sob nossa responsabilidade cabendo-nos orientá-los para que busquem um caminho melhor onde possam ter sabedoria e discernimento para fazerem suas escolhas.

Batalha nossa de cada dia

São incontáveis as dificuldades com as quais me deparei no dia a dia da nossa profissão. A primeira delas foi fazer os pais entenderem que a família como primeiro contato da criança com o mundo cabe a esta a responsabilidade dos cuidados essenciais ao bem estar da criança, pois é na família que a criança constrói suas primeiras formas de dar significado ao mundo.

A segunda se encontra quando a criança passa a frequentar a creche, aí se faz necessário repensar o contexto no desenvolvimento da criança e a forma de integração dos projetos das famílias e da escola. Este trabalho requer a compreensão de que não existe um padrão ideal de família, e sim, diferentes ambientes e papéis para seus membros os quais estão em processos diários de desenvolvimento e modificação de saberes.

A terceira está na consciência de que para nos tornarmos adultos responsáveis por nossas ações precisamos iniciar este aprendizado logo na infância, para isso precisamos usar atividades que produzam informações sobre pessoas, costumes, materiais, objetos e fenômenos que as crianças possam entrar em contato.

A quarta dificuldade era como aprimorar a mudança de hábitos já trabalhada em casa pelas famílias e que muitas vezes não tinham limites ao realizar certas tarefas além de lhes faltar o essencial, o gosto pela escola, o respeito pelos colegas e às vezes pela própria família.

Porém diante da tantas dificuldades as maiores que encontrei foram: saber como encaixar o conteúdo no currículo geral do estudante; ajudar os alunos a desenvolver o conhecimento prévio do assunto a ser trabalhado; despertar o interesse dos alunos; apresentar material novo ao aluno; saber o que

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os estudantes fariam durante as aulas; como apresentar um formato diferente de uma determinada lição e como atender as necessidades de cada estudante ligando o conteúdo à rotina deles.

Diante de todos esses problemas se apresentavam ainda a falta de material didático pedagógico e uma boa formação a qual eu ainda não tinha, era formada sim, no 4º pedagógico o qual chamávamos de Estudos Adicionais. No entanto nada disto me fez desistir de ir em frente e lutar dia após dia por aquilo que eu acreditava. Comecei a observar colegas mais experientes, ler bons livros, pedir sugestões e criar novos métodos de trabalho.

Até aí a educação ainda trazia em seu bojo resquícios antigos embora já com algumas modificações atendendo ao mínimo das necessidades da época. No entanto se percebia algumas positividades como respeito ao professor, ao diretor, a indisciplina era menor e em contra partida nossos argumentos para combater tudo isso também eram diferentes, voltados para o castigo.

Assim, ano após ano a educação foi se modificando, porém os estados e municípios continuavam amarrados aos mandos do poder legislativo central que de acordo com a Constituição de 1946 o referido poder tinha ganhado competência para legislar sobre a educação nacional. Somente em 20 de dezembro de1961 foi promulgada a primeira Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional a tratar especificamente da educação nacional.

Diante das necessidades que o ensino ia apresentando novas leis iam surgindo, até que a Constituição de 1988 por sua natureza exigiu uma nova lei para a educação a atual LDB nº 9394/96, diante das exigências contidas nas novas leis eu como profissional da educação precisava também me adequar e para isto fiz vários cursos, me adaptei as novas tecnologias e as novas formas de trabalho.

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CAPÍTULO I

HABILIDADES E DESEJOS QUE UM BOM PROFESSOR PRECISA TRABALHAR

Acompanhando e me adequando as novas regras educacionais destaco algumas habilidades e desejos a serem trabalhadas quando queremos ser um bom educador:

Organização – a organização no planejamento das aulas é uma boa característica, importante para o educador que quer atingir seus objetivos e conseguir bons resultados; todos percebem facilmente quando o professor não preparou sua aula, isso causa descrédito e falta de atenção da turma, por isso planeje bem suas aulas revisando o conteúdo que será aplicado;

Compromisso – se o professor não se preocupa em ministrar uma boa aula dificilmente elas serão boas e ele não atingirá seus objetivos;

Ouvir – uma das características mais importantes do professor é saber ouvir seus alunos, tanto para tirar dúvidas como para ouvir críticas construtivas ou não;

Adaptação – às vezes o plano de aula não funciona, neste caso é necessário que o professor verifique o que deu errado e faça as adaptações necessárias;

Tecnologia – é importante que o professor esteja atualizado sobre as novas tecnologias e tenha conhecimento de como trabalhar com elas;

Socialização – o professor precisa saber lidar com as diferenças individuais dos seus alunos e para isto, é preciso que ele os conheça bem;

Tolerância – muitas vezes os alunos não estão dispostos a ouvir, nestas situações é necessária à tolerância, pois ela é a chave para a resolução desses problemas.

De acordo com Silva (1992), no texto mal formado ou mal informado, tanto o médico como o professor podem matar. O primeiro mata seu paciente, o segundo mata a metade de seu aluno.

Desejos – que o aluno aprenda rápido, seja disciplinado, engajado no grupo, goste de estudar, leia bastante, seja atencioso e organizado, cumpra todas as tarefas a ele entregue, imaginamos um aluno perfeito, quando na realidade sabemos que este aluno não existe. Demo, (2000) expõe que é fundamental aprender a conviver com os limites buscando transformá-los em desafios, desta forma, busquei aprender a ultrapassar as barreiras encontradas em sala de aula, valorizando o aluno e experimentando crer que eles podiam me dar mais do que eu esperava, e essa mudança partiu de mim.

Considerei as seguintes questões:

* O ensino é um processo social que envolve indivíduos com diferentes interesses;

* Na relação professor – aluno é onde a didática se desenvolve;

* A relação-professor aluno se entrelaça na prática do processo pedagógico juntamente com o conteúdo a ser ensinado e a metodologia a ser adotada. E a aula é um momento único desta troca de experiência;

* O aluno espera ser reconhecido pelo professor ao mesmo tempo em que valoriza as qualidades que os liga afetivamente, tornando este momento único numa troca de influências onde os comportamentos de

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ambos são pautados nas ideologias propostas pela sociedade tornando suas expectativas influenciadas pelas classes sociais.

Após as considerações citadas comecei a observar algumas interferências existentes no ambiente institucional – escola, secretaria de educação; o ambiente familiar;

a mídia informatizada que se desenvolvia rapidamente; os amigos do bairro, etc.

Percebi que todos esses ambientes tinham grande influência na minha relação com os alunos por terem suas características próprias. Outro ponto importante que observei nesta relação foi o planejamento, diante de todas essas interferências constatei que o sucesso ou fracasso dessa relação dependia do clima estabelecido por mim, ou seja, da empatia que teria com meus alunos, já que é através desse relacionamento que teria meus desejos realizados e os alunos por sua vez seriam motivados para construírem melhor seus conhecimentos.

Diante das mudanças de gerações, percebe-se atualmente um descaso pelo ato de ensinar e aprender. Não existe mais respeito mútuo e isso tem aumentado à indisciplina não só em sala de aula, mas no ambiente escolar como um todo. Por estas razões, nós educadores não podemos nos posicionar como únicos detentores do saber, devemos antes ter a humildade de se colocar na posição de aprendiz. (Godotti, 1999, p2).

Desta forma comecei a manter uma relação bem mais inovadora de cooperação e crescimento considerando o aluno como um ser interativo, ativo capaz de ampliar seu aprendizado num ambiente onde ele tinha como parceiro outro ser no caso eu, como educadora, assumindo um papel fundamental no processo como indivíduo mais experiente.

Em 1997, passei a integrar o grupo de profissionais da escola Izabel da Luz localizada no bairro Pirajá em Juazeiro do Norte, Ce. Foram tempos difíceis e de grandes adaptações, novos colegas de trabalho, novas metodologias, novos alunos, era uma nova vida que tinha de enfrentar. Mas para contar essa pequena história antes quero falar um pouco sobre o grupo de profissionais os quais compunham o corpo docente na época e sua diretora Maria Amaro de Lira. Chamo atenção para o trabalho desenvolvido pelo grupo sob orientação da direta Maria Amaro.

Pois bem, cheguei à escola em janeiro de 1997 onde fui apresentada ao grupo de colegas com os quais iria trabalhar. A diretora fez sua apresentação e em seguida informou minha presença falando que a partir daquele ano eu ingressaria no grupo de trabalho da escola. Amaro, como todos a conhecem é uma pessoa amável, muito educada e de uma competência formidável para administrar, trata a todos com respeito e delicadeza.

Foi neste ambiente que fui recebida em uma cidade totalmente nova para mim, tudo era difícil, eu vinha da cidade de Várzea Alegre, onde vivi por 35 anos, estudei, me formei e trabalhei por 16 anos na Escola de 1º grau Figueiredo Correia onde sentia ser a minha segunda casa e de fato era. Por decisão do destino tive que mudar para Juazeiro e me deparar com situações totalmente diferentes, no entanto como já citei, Maria Amaro foi minha luz o início daquela caminhada.

Diante da fora acolhedora a qual fui recebida por todos do Izabel da Luz logo me adaptei ao novo ambiente. Após as apresentações a diretora Maria Amaro gentilmente deu andamento à reunião discorrendo sobre o ano anterior e dando ciência a todos sobre novos projetos para o ano seguinte. Ela entregou a cada professor a turma com a qual iria trabalhar. Confesso que fiquei um pouco assustada, afinal há mais de oito anos não trabalhava em regência de sala, sempre gostei mais de trabalhos

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burocráticos e por este motivo fiz um curso de secretariado escolar no que pude desenvolver bem a função de secretária durante vinte e três anos.

Bem, voltando à escola, estava diante de uma turma de 42 alunos com crianças as quais eu precisava conviver diariamente por quatro horas todos os dias por um período de 200 dias letivos. Naquele momento pensei: será que vou conseguir dar conta de tamanha responsabilidade? Perguntava-me a cada minuto. O tempo passou entre planejamentos, cursos de capacitação e reuniões sobre trabalhos a serem desenvolvidos. Chegou o primeiro dia de aula e lá estava eu diante da turma para iniciar a nossa convivência diária.

Sempre que começava um novo trabalho minha maior preocupação era deixar a turma à vontade para falarem como eles gostariam que fosse sua nova professora, e assim eu iria anotando suas opiniões para aos poucos ir me moldando até encontrar uma boa forma de convivência e uma maneira saudável para manter boa disciplina agregada a uma aprendizagem satisfatória.

Em meio a tantas crianças uma se destacava, era loira de olhos azuis, e uma expressão facial muito autêntica deixando transparecer a sua forma de não aceitação pela nova professora. Depois de ouvir os demais me dirigi até sua carteira e tentei conversar com ela lhe fazendo as seguintes perguntas: Qual o seu nome? Amanda, respondeu seriamente em um gesto ríspido de rejeição, sua resposta pra mim foi uma decepção, não desisti e continuei a conversa.

Como você gostaria que fosse sua nova professora? Logo ela levantou, olhou para mim e disse: alta, loira, jovem, bonita e que usasse batom, olhou-me novamente e sentou. Naquele instante confesso, fiquei sem palavras, agradeci e voltei a minha mesa. Fiquei totalmente desconcentrada, pois eu era exatamente o oposto de tudo que ela queria.

Continuei a aula com as apresentações, depois uma sondagem de aprendizagem para me inteirar de como eles se comportavam diante da leitura e escrita, assim chegamos ao final daquelas quatro e intermináveis horas.

Fui para casa pensando numa forma de não repetir o mesmo fato do início da minha carreira profissional quando me entregaram uma turma de primeiro ano e ao chegar o final do ano não atingi o objetivo esperado e assim reconhecendo que não tinha talento para alfabetizar chamei a diretora e pedi que no ano seguinte me deixasse sem turma, foi assim que descobri meu amor pelo trabalho burocrático.

Bem, cito esta pequena história foi para mostrar o quanto fracassamos, mas não podemos desistir diante deles. Naquele fatídico primeiro dia de aula na turma do Izabel da Luz, sai para casa triste, porém pensando numa forma de conquistar Amanda, precisávamos conviver aquela era a única turma de 4ª série da escola. Pensei na forma como havia feito minha pergunta e achei que eu tinha sido um pouco ditadora e já que aquela tentativa tinha falhado eu precisava mudar de método, decidi que iria conquistar aquela garota.

Comecei a trabalhar aulas onde pudesse aproveitar o que de melhor existisse em cada aluno sem despertar interesse demais por um e de menos por outro. Observei que cada um tinha sua particularidade a qual eu poderia usar em meu favor. Assim continuei dia após dia trabalhando com entusiasmo, elaborando projetos, promovendo pequenos seminários, aulas de campo, participando de gincanas, até que aos poucos fui quebrando essa barreira e consegui chegar ao final do ano com uma turma de quarenta e dois alunos onde apenas dois destes ficaram retidos.

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E Amanda? Bem, esta se tornou minha melhor aliada dentro e fora de sala, seu segredo era medo de que eu não a deixasse à vontade para liderar grupos de trabalho em sala.

O que mais ela gostava era ser líder e falando a verdade tinha um grande talento para esta atividade. Após perceber que poderia continuar como líder do seu grupo o qual tinha escolhido, ela se transformou em uma criança meiga, educada e estudiosa. É claro que trabalhei com ela sempre procurando mostrar que na vida nem sempre podemos ocupar o mesmo cargo e isto ela entendeu muito bem passando de líder a executora de trabalhos sob outras lideranças dos vários colegas de sala tornando-se assim companheira de todos.

Mandar e Ensinar Através do Exemplo

Não há modo de mandar, ou ensinar mais forte, e suave, do que o exemplo: persuade sem retórica, impele sem violência, reduz sem porfia, convence sem debate, todas as dúvidas desata, e corta caladamente todas as desculpas. Pelo contrário, fazer uma coisa, e mandar, ou aconselhar outra, é querer endireitar a sombra da vara torcida.

Manuel Bernardes, in 'Luz e Calor'

CAPÍTULO II

COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS

Trabalhando para transmitir ao mundo a mensagem do aprender e tentando fazer uma educação livre e de qualidade. Sei que deixei meu legado, se não para colegas mas para minha família e alunos os quais hoje são bons profissionais. É claro que existe sempre aqueles que de nada ou quase nada aproveitaram, porém, tenho certeza que aqueles os quais souberam caminhar, hoje fazem a diferença independente de onde trabalhem.

Quero dizer que não foi fácil, enfrentei grandes dificuldades, salários baixos, salas sem carteiras suficientes, precisando andar todos os dias levando-as de um lado para outro, usando do meu salário para complementar material para minhas aulas ou para contratar ônibus para aulas de campo, usando minha máquina e filmes fotográficos para registrar minhas atividades e muitas outras coisas precisei fazer no intuito de atingir meus objetivos ou pelo menos parte deles.

Durante todo esse tempo precisei me desdobrar entre duas funções, professora e secretária escolar e com isso minha terceira função de ser mãe, pai e dona de casa tornou-se um pouco falha, mas como tantos colegas atuais, eu também não tive outra opção uma vez que o salário de professora não supria minhas necessidades.

Após algum tempo você vai se dando conta que as coisas mudam e nós precisamos ir junto e se não fizermos essas mudanças não só o nosso futuro como o de nossos filhos irá continuar cada vez pior. Para tantas mudanças precisei me aperfeiçoar na arte do novo e nada melhor do que estudar e estudar cada vez mais. Não estudar apenas conteúdos didáticos, mas estudar nosso ser, nossos limites, tolerância, tempo, formas de agir em relação a nós mesmos e aos outros.

Aprenda a programar seu tempo não só para você mas principalmente para sua família. E como fazer isto? É o que muitos se perguntam, por isso estou a lhe fazer algumas sugestões às quais irão facilitar

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o seu dia-a-dia. Não deixe que o trabalho tome tempo mais do que o necessário. Sugira ao seu grupo uma nova forma de planejamento.

Você não pode levar o mundo nas costas então divida isso com os demais, afinal suas funções como educador são incentivadoras, energizantes e orientadoras e não função de pai e mãe, acorde para isto. Faça palestras de conscientização para os pais, observe que no início do ano você faz um planejamento anual especificando o conteúdo a ser dado em cada mês então aproveite o sábado de planejamento para detalhar suas aulas semanais e assim terá mais tempo pra você e sua família. Esses três quesitos te levam ao diálogo com o aluno uma vez que este só exerce sua atividade mental quando observa, compara, classifica, ordena, localiza no tempo, analisa, propõe, deduz, avalia e julga, nessa relação o professor fala, mas também ouve e dialoga como aluno permitindo que ele opere sobre os objetos.

Lembre-se que autoridade não é o mesmo que policialismo, ela é conquistada a cada dia, não se aprende em bancos de faculdades e sim, na caminhada da vida vencendo obstáculos.

A autoridade é amiga, estimula, incentiva, orienta, reforça, mostra falhas e aponta caminhos. Therezinha Fram Educadora, docente e diretora de Escola Pública. Professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo... considera a disciplina como uma construção de um conjunto de regras elaboradas e discutidas através do contato com a realidade e a interação com o outro.

Elabore com seus alunos regras ditadas por eles e faça com que essas regras sejam cumpridas inclusive pelos colegas, essa atitude para mim foi a mais válida em sala de aula. Faça cobrança mostrando que não foi você a colocar aquelas regras e sim ele e se não cumprem suas palavras não têm valor nenhum diante dos colegas da turma. Faça esta observação em particular só você e ele assim terá mais peso sobre ele o seu diálogo.

Outras atividades que também ajudam bastante:

* Analisar e discutir as normas propostas pela turma permite que o aluno participe da dinâmica em sala;

* Usar métodos como incentivo – você pode, você é capaz, elogios sempre elevam a autoestima do aluno;

* Se for necessário repreender o aluno faça em particular, nunca em público e mostre para ele porque sua conduta foi inadequada;

* Mostrar a necessidade das regras de conduta e porque elas precisam ser aplicadas é uma forma de ensinar o aluno a auto disciplina;

* Respeitar e levar em conta a história pessoal de cada aluno demonstra interesse pelo mesmo;

* Apresentar atividades desafiadoras isto incentiva o aluno, todo jovem gosta de desafio, não se esqueça de recompensá-lo depois;

* Traga textos que provoquem discussões assim o aluno pode ouvir e se fazer ouvir expressando sua opinião;

* Distribua funções, divida tarefas e faça com que ele sinta-se responsável;

* Sinta-se seguro sempre que for necessário orientar a conduta de um aluno, isto diminui a indisciplina.

A motivação interior do aluno o impulsiona ao ato de estudar e aprender, e assim a atuação se torna mais produtiva e prazerosa. O professor pode influenciar o aluno a aprender, incentiva-lo

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despertando seu interesse por aprende. Sempre que perguntamos ao aluno qual a melhor disciplina para ele, a resposta vem associada ao professor da referida disciplina, seja porque ele explica bem ou porque ele empolga a turma. Portanto, um professor que mostra apatia pela disciplina que leciona dificilmente conseguirá bons resultados, ao esmo passo que a empatia e dinamismo torna o aluno seu fã.

Isto também me faz dar mais um testemunho, quando lecionava meus alunos sempre conseguiam melhores resultados nas disciplinas de história, geografia e religião, isto me intrigava um pouco, pois eram as disciplinas as quais eu não me dedicava tanto. Com o passar dos anos fui descobrindo que apesar de não me preocupar tanto com essas disciplinas eram as que eu mais gostava, me identificava melhor e por isso ao ministrar essas aulas meu entusiasmo era tanto que chegava a contagiar a turma, eram aulas mais empolgantes e faziam com que os alunos se dedicassem a aprender mais.

Como podem ver quanto mais entusiasmo melhores resultados você terá, e como consequência um trabalho prazeroso. Sabemos que a vida de professor não é fácil, na verdade e na maioria das vezes os espinhos falam alto, porém se quisermos uma velhice tranquila e um futuro melhor para nossos filhos e netos precisamos começar a prepara-los agora, pois uma hora desperdiçada vale por um ano de atraso. Sabemos também que esperar pelo poder público não é uma saída razoável, então fiz minha parte, tenho minhas recompensas.

CAPITULO III

EM BUSCA DE NOVAS IDÉIAS E NOVOS RUMOS

Estamos viajando num trem especial chamado educação e levamos como bagagem nossas ideias, aprendizado, coragem, desafios e sonhos. Não podemos definir em qual estação descemos, pois a cada parada encontramos novos motivos para continuar, às vezes o tempo e o trabalho árduo nos retiram da regência de sala e nos leva a outros trabalhos, numa sala de leitura, numa secretaria ou em outra função, mas continuamos nesse trem.

Nessa viagem estamos sempre revisando nossa bagagem, ideias surgem e logo estamos querendo dividi-las com colegas, por em prática e colher os resultados. Constatamos que durante essa viagem surgiram inovações e grandes pensadores como Emília Ferreiro que afirmava: “deve-se valorizar o conhecimento da linguagem que o aluno já tem antes de iniciar os estudos em sala de aula”, para ela o aluno não vem à escola sem saber de nada, ele traz consigo um aprendizado importante que deve ser aprimorado e para que haja resultados a escola precisa estar estimulando sempre o aluno tornando assim a aprendizagem significativa.

Para Célestin Freinet, a escola precisa trabalhar em conjunto com um único propósito, formar cidadãos capazes de modificar com ações concretas o momento histórico da humanidade. A realidade em que o aluno está inserido é de suma importância e deve ser discutido em contexto com os conteúdos curriculares.

A teoria de Paulo Freire remete-se a reflexão acerca da metodologia educacional. Na sua visão a educação precisa reestruturar-se para inserir o aluno num ambiente onde ele não esteja puramente para aprender, mas sim, para compartilhar conhecimentos num processo de mútua troca do saber, N inguém ensina nada a ninguém e as pessoas não aprendem sozinhas. (FREIRE, in ROMÃO, 2001:23) enfim, vários outros pensadores tiveram suas influências na educação, porém meu objetivo não é citar pensadores embora seja sempre bom lembrar suas teorias, mas no momento quero mostrar o quanto já andamos e avançamos, contudo ainda não foi suficiente para termos uma educação verdadeiramente de qualidade.

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A realidade nos mostra que ainda existe um longo caminho a seguir, por isso continuamos a busca pelo novo, novas atividades que nos ajudem a minimizar nossa angústia e nos traga melhores resultados. Trabalhar sozinho é difícil, mas trabalhar em grupo melhora nossa autoestima e diminui nossas tarefas, por isso a interdisciplinaridade nos ajuda nesta tarefa, vejamos mais alguns exemplos. O caminho mais seguro para fazer a relação entre as disciplinas é se basear em uma situação real. Os transportes ou condições sanitárias do bairro, o mercado público do bairro, o posto de saúde, etc. São temas que fornecem desdobramentos em várias áreas e não vai aumentar sua carga horária de trabalho e nem impede de você seguir o tão exigido livro didático, além de ser ensinado na prática dá sentido ao estudo.

Como fazer isto com vários professores? Basta uma boa dinâmica de planejamento e sistematização. Utilize as horas de planejamento na escola para elaborar o projeto aula juntamente com os colegas, verifique o conteúdo que eles estão trabalhando. Nas reuniões pode ser decidido quando os conteúdos previstos serão dados para que uma disciplina auxilie a outra.

Vejamos no tema mercado público do bairro. O professor de ciências vai falar sobre energia, para realizar algumas atividades é necessário que os alunos saibam porcentagem que será ensinada pelo professor de matemática. Em vez de estudar a poluição de modo geral é preferível focar e explorar as condições higiênicas do mercado e/ou um rio que passa na cidade e recebe a rede de esgoto, o destino do lixo da cidade; na área de história é possível trabalhar os aspectos históricos deste mercado e/ou da cidade descobrindo a verba municipal destinada ao saneamento; em geografia fica interessante estudar a área de construção do mercado e/ou da cidade destacando relevo, construções em áreas de risco, pavimentação, serviços públicos fazendo comparações entre os anos anteriores e o ano atual; em língua portuguesa, a criação de textos sobre os assuntos estudados mostrando dentro do texto a parte gramatical que o professor irá ou está trabalhando.

No livro Globalização e Interdisciplinaridade, o educador espanhol Jurjo Torres Santomé, da Universidade de La Corunã, afirma que a interdisciplinaridade dá significado ao conteúdo escolar.

Se sua escola ainda não trabalha com esta opção experimente lançar a discussão em reuniões. Outra opção é deixar os planejamentos à disposição para que os colegas tomem conhecimento da matéria que você dará e em que momento. Isto é trabalho para a coordenação que neste momento deve ser uma parceira mediadora. Geralmente a escola faz dois planejamentos mensais, surgira que um planejamento seja diferente, para que você possa planejar suas atividades da semana e assim não vai precisar ocupar seu tempo de final de semana com a escola e sim, aproveitar esse tempo com sua família

CAPITULO IV

OUTROS TRABALHOS QUE DESEMPENHEI

Ao longo dos capítulos anteriores tratei sobre vários assuntos os quais vivi e que ainda continuam acontecendo em algumas escolas, deixei exemplos e sugestões que podem ajudar no trabalho do professor, neste capítulo relato um pouco mais de minha experiência não como regente de sala, mas, como secretária escolar. Sempre ouvi a seguinte frase: o secretário é a alma da escola, nunca concordei muito com esta frase, em minha opinião a palavra alma nos remete a algo inexistente, sei que existem vários sentidos para a palavra alma, mas para mim o sentido é este.

Por isto concordo mais com: o secretário é a vida da escola, veja bem: secretário escolar ↔ atendimento ↔ comunicação ↔ interação com a comunidade escolar. Esforço de comunicação desenvolvido pela instituição para estabelecer canais que possibilitem um relacionamento ágil e transparente da direção com o público interno x externo e entre os elementos que compõem esse público

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como; mantenedores, diretores, professores, alunos, funcionários, coordenadores, fornecedores, terceirizados, visitantes, interessados, familiares e mídia. Tradicionalmente a comunicação interna tem ficado quase sempre em segundo plano no planejamento de algumas escolas.

O saber ouvir se apresenta tradicionalmente da seguinte forma: diretor ↔ estratégia ↔ planejamento – não ter medo de propor ↔ coordenadores ↔ decisões ↔ ouvir o lado operacional proposto ↔ funcionários. Nos últimos anos essas formas de trabalho vêm sendo alteradas. A busca de se obter mais e melhores resultados fez com que a comunicação interna tenha sido valorizada, mas ainda é preciso derrubar alguns tabus e democratizar a estrutura formal de algumas escolas e órgãos educacionais e porque não dizer públicos que se mantém numa hierarquia rígida e autoritária dificultando desta forma o trabalho de professores, funcionários e principalmente do secretário escolar.

Existe um meio de comunicação conhecido como rádio pião, muitas vezes ela é só um meio natural do ser humano de se comunicar, interagir, comentar, concordar ou discordar de ações, palavras ou atitudes, porém, se a escola consegue se equilibrar na comunicação provavelmente esta rádio não lhe dará dor de cabeça. Por que então citar este exemplo? Simples, a secretaria da escola é geralmente o local mais procurado para este tipo de conversa e é exatamente neste ponto que a secretária precisa interferir com firmeza, porém delicadamente para não se tornar grosseira e chata que é como quase sempre somos vista por alguns funcionários.

Numa média de 66% de tarefas não cumpridas por funcionários públicos ou funcionários de empresas privadas, 64% está na falha de comunicação. (Project Management Institute – PMI).

Por estes motivos a excelência no atendimento é um dos fatores primordiais de uma secretária assim, explorar os elementos que facilitam a comunicação como ouvir, usar linguagem comum, ter conhecimentos de leis, pareceres, emendas, saber usar esses conhecimentos em favor daqueles que lhe procuram é de fundamental importância.

Às vezes torna-se difícil estabelecer uma comunicação no âmbito escolar principalmente quando diz respeito aos deveres tanto do alunos quanto de professores e funcionários, nada melhor neste momento que ter em mãos documentos legislativos contendo esses deveres, quando você está pautado na lei e mostra de forma compreensível às obrigações de cada um torna-se fácil minimizar os possíveis conflitos existentes ou que venham existir.

A secretária (o) deve ser o palco, com espaço e ritmo de trabalho concentrado e respeitado por todos. Sabemos que as novas tecnologias facilitaram bastante os trabalhos de uma secretaria, porém isto não eliminou todos os trabalhos manuais, afinal só se informatiza uma atividade após sua escrita e assim é importante que todos os profissionais atuantes na secretaria; auxiliares, diretores, coordenadores estejam aptos a lidarem com os novos aparelhos tecnológicos e os vários programas existentes no sistema educacional.

A secretária (o) deve ser dado autonomia plena dentro do seu setor já que ele é responsável por toda a parte burocrática que contém documentos diversos dos alunos, professores, gestores e toda a escola. No que se refere aos direitos e deveres de quem presta os serviços e de quem recebe deverá ser criado um documento, contrato de prestação de serviços onde o cliente aluno, pai ou responsável aceita as condições apresentadas e a instituição seja pública ou não se compromete a prestar seus serviços dentro dos padrões oferecidos.

Por estas razões a função de secretária (o) requer não só o conhecimento das atividades internas da secretaria e funcionamento da escola como um todo, mas também está sempre atualizada com o que

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ocorre fora do estabelecimento, e em todos os setores que de uma forma ou de outra interferem no processo educacional, nas atividades da administração escolar e na prestação de serviços diversos.

A função requer muito do profissional e se ele não tiver amor ao que faz jamais conseguirá ser um bom profissional. Algumas coisas que facilitam este trabalho:

* Postura profissional, esta qualidade deve sempre acompanhar uma (o) secretaria (o) de sucesso, quando não se pode fazer o que se deve, deve-se fazer o que se pode;

* Se o expediente de trabalho já começou e alguém ligar perguntando pela sua diretora, nunca diga que ela não chegou à palavra dá a entender que você também acha que ela já deveria ter chegado. Como secretária (o) não pode deixar transparecer que ela está atrasada ou algo parecido;

* Um telefone está tocando insistentemente em algum lugar muito distante de você, desde que você tenha disponibilidade, atenda ao telefone, deixar uma pessoa esperando do outro lado da linha não cria uma boa imagem para sua escola, dar uma informação ou simplesmente anotar um recado deixará esta pessoa satisfeita e poderá ajudar um colega de trabalho e certamente aliviará seus ouvidos por mais algum tempo;

* Você pode aprender bastante sobre o trabalho simplesmente observando. Preste atenção naqueles que são considerados competentes, só não caia na armadilha tão comum de imitar o estilo do chefe, isso pode comprometer seu estilo individual. Você pode ganhar experiência também com os erros e defeitos dos outros;

* O uso do tempo de seu chefe é o seu principal desafio e, para tanto, a iniciativa é fundamental. Meter o nariz onde não é chamado pode ser sua chave do sucesso, não espere que ninguém lhe diga o que fazer ou o que está acontecendo, procure fazer antes e descobrir os acontecimentos por si mesmo;

* Não espere que aquela pessoa responda ao chamado do seu chefe nem que ela venha lhe ensinar como usar os equipamentos novos, leia os manuais e aprenda sozinha;

* Não espere que seu chefe minutar a resposta da carta ou ofício que você acabou de colocar na mesa dele, passe a carta ou o ofício já com sua minuta em anexo, não deixe que ele devolva seu trabalho com erros, faça-os perfeito, procure ir sempre além do que suas atribuições ou delegações permitem;

* Torne seus contatos com outros secretários menos impessoais, identificando-os e anotando o nome do interlocutor em cada nova situação;

* Quando você fala ao telefone, você é a escola, por isso, atenda rapidamente as ligações, tenha sempre lápis e papel na mão, fale claro e pausadamente com o telefone próximo da boca, repita o nome da pessoa, evite expressões afetivas, use o telefone para conversas curtas e relacionadas ao serviço, não esqueça o telefone fora do gancho deixando o outro a espera, use palavras gentis como bom dia, por favor, as ordens, elas soam positivamente e deixam o interlocutor à vontade;

* Lembre-se sempre das palavras mais importantes, admito que o erro foi meu, você fez um bom trabalho, qual a sua opinião, faça o favor, muito obrigada, nós fizemos em vez de eu fiz, a palavra menos importante eu;

* Uma pessoa pode considera-se bem recebida mesmo quando ela tem um não como resposta, se você ouve o que ela tem a dizer, explica o motivo da resposta negativa, a trata com delicadeza e respeito encaminhando-a para a área indica e justifica o não atendimento se colocando a disposição para atendê-la em outra ocasião;

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* Nunca diga amém a tudo que seu chefe disser, não tenha medo de discutir com ele assuntos relacionados ao seu trabalho e do qual você discorde, desde que você tenha base para isso e lembre-se que para merecer respeito e ser valiosa em sua função é preciso saber defender com firmeza seus pontos de vista;

* Se precisar passar um recado urgente a algum participante da reunião, não entre na sala falando alto, interrompendo a reunião, faça um bilhete dizendo quem está no telefone e qual o assunto deseja falar e a frase: eu vou ou o senhor (a) pode atendê-lo, mostre a pasta aberta e leve-a de volta. Se o recado for para um visitante, passe o bilhete para o presidente da reunião dizendo quem quer falar e com quem, ele fará em voz alta e você acompanhará a pessoa até o telefone;

* Nunca deixe faltar em sua sala dicionários da língua portuguesa, livro de gramática, coletânea de leis, folhei diariamente e encontrará soluções para muitos problemas que dificultam o trabalho da maioria dos secretários;

* Forme uma mine biblioteca em sua sala adquirindo livros sobre as atividades que exerce e isso facilitará seu trabalho;

* Busque novos caminhos além de informações orais que lhe ajudem a melhorar suas atividades;

* Lembre-se sempre: você trabalha para uma empresa não importa se ela é pública ou não, portanto você a representa, então fale bem dela, afinal está falando de você;

* Mais vale um grama de lealdade do que um quilo de inteligência;

* Procure sempre ajuda de seus colegas de trabalho;

* Leve ao seu superior somente os problemas que dependem da decisão dele, poupe-o de aborrecimentos com problemas que você pode resolver é claro, nuca passando por cima das determinações dele;

* E por fim, mantenha sua postura profissional, seja sempre breve, educada, discreta e confiável

Com pelo menos 70% dessas qualidades você já pode ser considerada uma/um secretário de sucesso.

CONCLUSÃO

Minha longa experiência me fez entender que um professor que estuda, incentiva seus alunos, interpreta mudanças no seu meio, auto avalia de forma crítica e reflexiva seu trabalho e acompanha o ritmo acelerado dos estudantes, é um verdadeiro educador afinal ser professor é assumir compromisso com o conhecimento e a cultura elaborada renovando-se através de diálogos com textos, artigos, livros e com as novas gerações.

De fato um professor precisa ter muita força de vontade para não desistir de estudar. A falta de tempo para participar dos programas de educação continuada, a dupla e às vezes tripla jornada de trabalho, ofertas de cursos que não partem da real necessidade do professor, falta de recursos financeiros para investimento em cursos ou na compra de livros são alguns dos obstáculos enfrentados pelo professor. (Dinéia Hypólitto UNB).

Outros obstáculos são a falta de políticas públicas continuadas, além da violência instalada atualmente em algumas escolas, a falta de compromisso familiar, os postos políticos instalados em algumas cidades principalmente no interior e que infelizmente ainda manipulam muitos profissionais que detêm

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cargos comissionados, fazendo com que a educação torne-se um cabo eleitoral principalmente nos anos de eleições.

Como vencer tantos obstáculos diante de uma sociedade sem formação politica e que ano após ano o poder público praticamente é o mesmo. Foto este percebido nos escândalos políticos que assolou o país nos últimos anos.

Sabemos, é claro que aconteceram alguns avanços principalmente no que diz respeito à estrutura física de algumas escolas, avanços na dinâmica metodológica, novos projetos na forma de alfabetizar, mas ainda não são suficiente, seus resultados ainda estão abaixo do índice estabelecido pelo MEC e seus profissionais também não foram valorizados o suficiente para terem uma melhor qualidade de vida.

Uma das alternativas indicadas pela professora Dinéia Hypólitto, especialista em didática pela Universidade São Judas Tadeu, é a formação continuada na própria escola, segundo ela o trabalho desenvolvido pelo coordenador pedagógico toda semana, apresenta resultados mais efetivos.

Isto porque é através do setor pedagógico que a aprendizagem alcança bons resultados, por esta razão o coordenador pedagógico precisa ser uma pessoa ágil, atenta e criativa. Ágil para acompanhar de perto todas as tarefas diárias dos professores e alunos; atenta para não permitir que a velha rotina se instale nas salas de aula e a aprendizagem regrida e criativa para propor novos desafios, aulas atrativas e principalmente envolver todos da escola na execução e elaboração de bons projetos.

Assim, a aprendizagem alcançará bons resultados e a escola se torna um ambiente prazeroso e atrativo não só para o aluno como também para todos que dela fazem parte.

Óbvio, que esta não é a solução para os problemas da educação, mas é um pequeno começo para que juntos possamos chegar ao nosso objetivo.

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ANEXOS

Viagem de uma amiga

O texto que lhes apresento conta à história de uma amiga chamada Verba Pública. Seus personagens receberão nomes simbolizados pelas letras do alfabeto. Esta viagem começa mais ou menos assim.

O político B, cheio de expectativa porque a campanha eleitoral estava a bater na sua porta e o povo da cidade U se preparando para pedir ajuda. B estava aflito, pois não havia preparado nada para as eleições.

Pensou, pensou e decidiu ir a Brasília solicitar do Governo Federal uma ajuda a qual chamo de amiga Verba. O presidente A, após ouvir seus argumentos decidiu ajuda-lo e depois cumprir todos os trâmites “legais” destinou para a cidade U uma amiga no valor de um milhão de reais.

B saiu muito contente do Planalto e ao chegar à cidade U convocou seus companheiros para dar a notícia ao povo e assim organizou um grande evento a fim de anunciar sua conquista. Marcou o dia, a hora e o local e sem atraso na hora marcada B e seus companheiros estavam lá.

O povo ansioso compareceu em massa para saber qual a novidade. B mais ansioso ainda, subiu ao palanque e sem delongas divulgou a notícia. No meio daquela gente havia um senhor chamado C, o qual era muito curioso e desconfiado, C foi logo perguntando qual era o dia em que a majestosa amiga Verba chegava, pois ele desejaria muito conhecê-la.

B logo lhe respondeu, daqui a seis meses, só não sei qual o dia certo, por esta razão me passe o número do seu telefone e quando ela chegar eu lhe comunico e você vai fazer a sua visita. C não se intimidou e foi logo tirando do bolso caneta e papel, anotou o número do telefone e entregou a B. O evento terminou e todos foram embora.

Os dias passaram e após a data prevista C recebe uma ligação do político B avisando que a amiga Verba tinha acabado de chegar. C muito ansioso, logo se dirigiu a casa de B para conhecer Verba.

Ao chegar, tocou a campainha e B veio abrir a porta convidando-o a entrar. Logo chamou Verba para aquele encontro o qual transcorreu por um longo tempo. Após as apresentações a conversa começou.

C – senhora Verba, sabes o quanto és importante para esta cidade e por este motivo gostaria de saber como foi sua viagem.

Verba sorriu e começou a relatar seu percurso até chegar à cidade U.

Foi mais ou menos assim, disse Verba. Por conta de alguns companheiros só pude sair de Brasília no final de janeiro, ao sair recebi ordens que deveria fazer escalas em vários lugares até chegar aqui. Assim segui viagem.

Continuou Verba, em fevereiro fiz escala no estado V, em março no estado X, em abril no estado Y, em maio no estado W, no início de junho cheguei ao estado Z e só agora final de junho consegui pousar aqui.

C estava atento àquela conversa, porém inquieto, pois o político B havia falado que Verba era muito gorda, então porque ela havia chegado a sua casa tão magrinha? Porém não quis interromper a conversa e continuou a observar Verba descrevendo sua viagem. Quando finalmente Verba terminou, C lhe

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pediu permissão para fazer uma única pergunta e Verba muito delicada se colocou a disposição para responder.

C pensou, sorriu e perguntou: Político B, falou durante o evento de anúncio da sua chegada que a senhora era muito, muito gorda, então por que a senhora chegou aqui tão magrinha?

Verba sorriu mais uma vez e respondeu. Estou magrinha assim porque em cada estado que parei tive que distribuir um pouco de mim para meus companheiros e depois que cheguei aqui também precisei fazer mais algumas pequenas doações, quase não chego a casa, mas, enfim, estou aqui e pretendo fazer o que for possível.

C pensou mais um pouco e novamente pediu licença para fazer mais uma pergunta e assim o fez. O que podemos fazer para ajudar a sua próxima companheira a chegar a casa num voo sem escalas? Verba olhou atenta, de novo sorriu e respondeu:

1 – observar bastante os políticos e acompanhar suas trajetórias de trabalho;

2 – não vender o seu direito de escolha;

3 – conhecer bem as leis nacionais, estaduais, municipais e quem as fez;

4 – saber seus direitos e deveres cidadãos;

5 – cumprir seus deveres e cobrar dos políticos que cumpram suas obrigações honestamente;

6 – esta última é a mais importante de todas, saber escolher seus representantes e para isto você precisa não só observar os itens anteriores como também ser um fiscal severo dos serviços públicos acompanhando e cobrando o que deve ser feito com seriedade, serviços que atendam a comunidade de modo geral como: saúde, educação, saneamento, segurança, moradia, trabalho digno em vez de migalhas, etc. ·

Depois de ouvir atentamente tudo que Verba falou C agradeceu e foi embora, agora ele sabia não toda a verdade, mas pelo menos parte desta e com isto poderia ajudar a outros Cs que igual a ele estavam iludidos com os belos e fantasiosos discursos políticos de campanha.

Obs: Meu intuito não é de caluniar ou proteger ninguém e sim alertar aqueles os quais vendem seu voto por qualquer coisa, não acompanham seus candidatos para saberem o que fazem e com isso perdem o direito de cobrar dos mesmos, serviços públicos de qualidade e suficiente para atender bem a população.

Autora - Inacia Mª

LIDERANÇA

Para liderar é precisa de amor ao que se faz ninguém se torna um líder do dia pra noite; você precisa primeiro gostar do que faz segundo ter senso de humanidade e experiência na área em que pretende liderar. Não conseguimos desempenhar bem uma função quando pensamos somente no dinheiro e status, junte os três pilares: amor pelo que faz, salário e experiência, assim você poderá se tornar um bom líder veja bem, eu disse líder ao invés de chefe.

Porque liderar é uma arte e como arte é um dom, liderar também é um pouco de dom juntamente com outros esforços já citados. você não conseguirá ser um bom profissional em área nenhuma principalmente em liderança sem esses esforços.

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Um líder não manda, ele segue com a equipe, não espera para amanhã, realiza hoje, escuta opiniões, aceita ideias, propõe, discute, ajusta as velas e rema com os demais. Todo e qualquer administrador seja em qualquer lugar, precisa ter humildade e reconhecer que não é o dono da verdade, principalmente em se tratando de educação.

Se você observar em cada cinquenta diretores quarenta acreditam estar acima de seus companheiros, em sua maioria a posição social ocupada por ele às vezes vale mais que seu próprio salário. Não é o fazer bem e com qualidade que lhe interessa e sim o fato de que ele é o chefe maior e que por isso todos precisam segui-lo do seu jeito.

É preciso entender que existe grande diferença entre liderar com o povo e para o povo e liderar com o político e para o político. Liderar com o povo é quando você trabalha lado a lado com seus funcionários, mas como já citado antes, ouvindo-os, distribuindo tarefas de acordo com a competência de cada um, lhes dando autonomia para executar suas tarefas com a responsabilidade que lhe é devida, verificando junto com ele os resultados finais do que lhes foi entregue.

Liderar com o político e para o político, você dita regras de acordo com o seu chefe maior, provavelmente você não vai com amor e somente com e por dinheiro, posição social, a este tipo de chefe o qual não chamo líder principalmente quando se trata de educação, a ele não interessa se o aluno aprende ou se o professor ensina, se a escola tem boa aparência ou não, a este eu o chamaria de cego; não vê que ele só aparece bem na mídia se sua escola também se apresentar bem.

A este tipo de chefe só importa aparecer elegante nas reuniões para mostrar-se e não mostrar seu trabalho e dos demais. Isto é o que vemos na maioria das gestões e porque estes são quase sempre escolhidos por um político e não pelas competências que tem, pela experiência e outras qualidades. O político por sua vez também está lá porque comprou a maioria da população que o elegeu e assim ele já pagou por seu produto e não se preocupa mais com este.

A sociedade precisa acordar e ver que não dá mais pra continuar brincando de educação, saúde e segurança. Nossos jovens estão perdidos, os pais em sua maioria não sabem mais educa-los, a justiça cria a lei Menino Bernardo, mas não prepara a sociedade familiar para isto, criança não pode trabalhar, precisa ir para escola, mas quando chega em casa, pai e mãe precisam trabalhar e a criança fica na rua porque a escola só lhe acolhe por quatro horas e o restante do tempo?

A rua ensina tudo de bom e ruim e quando ele põe em prática o que aprendeu coloca-o de maneira errada, aí população, polícias podem agredir, castigar, porém pai e mãe não. Com isto não estou a favor de maltrato, surras, castigos severos mas sim que haja uma solução para estas crianças.Também não acho que escola seja lugar de castigo, porém se faz necessário urgentemente que nossos

governantes criem também projetos que preparem a maioria de nossas famílias para que elas possam e

entendam que o mundo age com bem mais rigor.

Vamos preparar primeiro nossas famílias e aí teremos uma sociedade mais justa e mais competente

para lutar pelos seus direitos e cumprir seus deveres. Se a criança ou o jovem for orientado desde cedo e

conscientizado daquilo que realmente é necessário a sua vida, com certeza mais tarde teremos bons lideres

familiares e por consequência bons lideres profissionais para a sociedade.

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O leitor pode questionar porque comecei falando de liderança e terminei em um tema familiar, mas a meu ver para se ter ou ser um bom líder além de conhecimento e experiência você precisa aprender primeiro em casa e depois aperfeiçoar na vida.

Insisto, escolha o que você faz com dedicação e o resto é consequência, mas se em todo caso a vida não lhe oportunizar um trabalho o qual você gosta, ainda assim faça-o com a mesma dedicação e continue tentando buscar seu trabalho ideal. Quando fiz o curso de secretário escolar ouvi esta frase de uma professora: se você não faz o que gosta, aprenda a gostar do que faz e faça bem, sempre tentando fazer melhor que seus colegas. Ou seja se ainda não encontrou a profissão ideal até lá seja um profissional exemplar.

LEMBRANÇAS

Em minha profissão tive muitos altos e baixos mas nenhum desses momentos me abalou tanto quanto o descaso de alguns gestores pelo arquivo do Ginásio Municipal Antonio Xavier de Oliveira ou GMAXO como gostávamos de chamar.

Ingressei no Ginásio Municipal em novembro de 1997 sendo nomeada oficialmente como secretária escolar em 04 de fevereiro de 1998, na gestão a qual chamo Gestão Unida. Ao chegar à escola como secretária me deparei com a falta de vários documentos os quais considero importantes não só para a escola mas principalmente para comunidade.

Após adaptação a nova forma de trabalho e os novos colegas iniciei minha jornada e prometi a mim mesma que faria o melhor que pudesse. Então chamei a diretora e conversamos sobre o assunto e a mesma concordou comigo e assim iniciamos uma longa caminhada na busca para recuperar o que havia perdido. Vale ressaltar que a perda se deu por conta de uma inundação na sala da secretaria anos antes da minha chegada.

Foi uma batalha enfrentada por todos que formavam o grupo de profissionais da época, professores, diretores, auxiliares de secretaria, auxiliares de serviços e até pessoas da comunidade engajada num único objetivo resgatar todo o acervo da escola desde sua fundação até aquele ano, 1998.

Para conseguir resgatá-lo foram meses e meses de muito trabalho e empenho, buscas na DERE local, CEC – Conselho de Educação do Ceará, ex-alunos, autoridades da cidade e a grande e saudosa mestra Dona Assunção Gonçalves que muito nos ajudou neste resgate.

Após um ano e meio de buscas conseguimos reunir e organizar todo acervo desde seu primeiro credenciamento, relatórios anuais, planta original da escola, enfim, tudo que era necessário às informações solicitadas em uma secretaria escolar.

Foram dez anos cuidando da guarda deste acervo, no entanto após a extinção da escola e a saída do último membro daquele forte grupo de profissionais o acervo foi mudado de local várias vezes sem os devidos cuidados os quais merecia.

Para aqueles que não fizeram parte do Ginásio Municipal isto parece não ter importância mas para os que viveram muitos anos como profissionais e alunos este fato é de grande importância, para mim que vivi por dez anos cuidando de cada documento nele contido, foi uma grande decepção, vi um trabalho de uma década desaparecer em poucos meses.

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Este fato já acarretou prejuízos e ainda vai além. Às vezes me pergunto por que uma secretaria de um município seja ele qual for não tem uma sala específica para arquivos, pois mesmo com a informatização os acervos sempre irão existir e ser úteis as pessoas em algum momento de suas vidas.

Hoje há quem diga que o arquivo está desorganizado, porém essa pessoa não conheceu o arquivo antes de tantas mudanças. Mas isso não vem ao caso, o que pretendo mostrar é a desvalorização pelo trabalho das pessoas e a essencialidade de um acervo bem conservado.

Espero ter alertado as gerações presentes e vindouras sobre a importância de se guardar e conservar informações importantes às quais se tornam parte da história de uma escola como o Ginásio Municipal e até mesmo de uma cidade. Um patrimônio não se reconhece apenas nas grandes obras mas também nas pequenas coisas as quais contém informações sobre pessoas e fatos acontecidos.

Turma da EPG Isabel da Luz

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Projeto Rádio Escola - SESI

Projeto Horta Viva Escola - SESI

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Autora

Inacia Maria de Lemos

Inacia Maria de Lemos é professora aposentada, exerceu diversos cargos educacionais. Licenciada em História pela URCA Universidade Regional do Cariri. Foi secretária por mais de vinte e cinco anos, professora regente de sala, coordenadora de projetos, diretora e bibliotecária.

Trabalhou por dezessete anos na escola Figueiredo Correia em Várzea Alegre, Ce mudou-se para Juazeiro do Norte em 1996, trabalhou na escola Izabel da Luz, Ginásio Municipal onde foi secretaria por dez anos, escola SESI Padre Azarias Sobreira, DERE 19; escola Maria de Lourdes Jereissati, sendo seu último trabalho na Secretaria Municipal de Educação.

Contato: [email protected]