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    Wilhelm Reich

    Claude Alzon

    Distribuio no Brasil: LIVRARIA MARTINS FONTES

    Rua Conselheiro Ramalho, 340 So Paulo

    Capa VICTORINO C. MARTINS

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    1. A RELAO SEXUAL DURADOURA ................................................................ 7

    2. O PROBLEMA DO CASAMENTO ................................................................... 16

    W. Reich face ao caameno na hiia e no dieio cannico ocidenai ... 32

    Andice Cica da alienao familia.......................................................... 46

    A FAMLIA E A FUNAO SOCIAL DA REPRESSO SEXUAL............................ 46

    A eeo eal .................................................................................. 46

    A oigem hiica da eeo eal .................................................. 50

    A famlia como fone de miia eal .................................................. 53

    CRITICA DA ALIENAO FAMILIAR, COMPONENTE ESSENCIAL DO

    MOVIMENTO REVOLUCIONRIO .................................................................... 64

    REFERENCIAS ................................................................................................... 76

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    Reina ma confo incel no e eeia noe de caameno e defamlia. Em conencia dio, o mdico e chamado a aconelha emee de ida eoal ebaa iemaicamene na conceo docaameno. Teme bem a imeo de e, aa o inconciene do indido

    aemoiado com a ealidade, a ceido de caameno . Io aiclamene manifeo nailo a ehabialmene e chama caameno de gea: O caai e ane da aida dohomem deejam e elae eai, eciiame aa o egio ciil a fim deobeem a ceido de caameno. Deoi, eaado dane dieo ano,eecem ogeiamene o comanheio... Se o noo, eabeleceo oaelae, coia de e nenhma eoa de bom eno o ode cena. Noenano, o ao de caameno bie e conina a eece a a inflnciaconangene, emboa e enha onado nm nclo meamene fomal, aio.

    Aim, joen e ane de ma eaao de dao e conencia inceaaena deejaam dae a felicidade, eeme eno aanhado nma ede.Eceee mio, obedo no Eado Unido, aceca da miia elanedee caameno. Ma nnca e ai ao fndo do oblema, o eja eignciaocial de legaliao da eeincia amooa. No enano, oda a gene abe e, emmio cao, ignifica n eemo conhecenoealmene.

    Uma oa fone de confo e de miia conida elo conflio ene o

    conedo legal (eligioo) e o conedo eal, facal, da noo de caameno;ene ailo e ela eeena aa o jia e ailo e eeena aa oiiaa. Paa o homem de lei, o caameno a nio ene da eoa de eodifeene, baeada nm docmeno legal, oficial; aa o iiaa, m lao afeiobaeado nma nio eal, acomanhada habialmene de m deejo deaenidade. Paa o iiaa, no eie caameno ando o aceio oemmeamene ai, ma no iem jno. O , .Paa o iiaa, eie caameno andoda eoa de eo difeene e amam, cidam ma da oa, iem jna e,eenalmene, m filho, coniindo de cea maneia ma famlia. Paa oiiaa, o caameno ma nio eal, facal e ica de naea eal,

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    . Paa oiiaa, o ao fomal de caameno no eno a confimao oficial de maelao eal decidida, emeendida e iida o ; ele conidea eo o doi aceio, e no o eeenane da lei, e deeminam e ocaameno eie o no.

    A ea eal hmana ofe ma degeneecncia ob o efeio da moalcomlia; nea condie, o ao fomal de caameno eende e maoeo aa a mlhe cona a ieonabilidade do homem. Nea medida, e , o ao fomal de caameno deemenha ma fno. bemconhecida a do caameno em incio legal. No EadoUnido como em Fana, na Ecandinia e em mio oo ae, eie mcaameno de dieio comeio. No Eado Unido, a maio ae do Eadoeconhecemno memo; e onde ele no eie, io no ignifica, como eendem

    nmeoo indido cja ealidade e caegada de clabilidade, e ocaameno eja inedio; no eiem lei e condenem o caamenonaal em ceificado.

    eidene e do ono de ia de ma higiene menal acional, o modeloda elao eal dadoa o caameno eal, e no o caameno fomal. Ahigiene menal acional d imoncia eonabilidade e no a maeonabilidade imoa do eeio; conidea al imoio de oigem eeiocomo m eediene deinado a domina ae aociai, e no m fim em i.

    Paa e eja oel ma efeia aonomia moal, h e laimlacaelmene cona o efeio da aga emocional

    1e imea nee domnio.

    Acaba com o obio lanado obe a eoa caada em egio ciil e obe oe filho, o ae do indido incaae de comeende, e meno ainda deie, ee io de comoameno ocial de alo nel moal. Acaba ambm comoda a foma imoai e aolgica de aliciameno e de eloao financeia ea lei do caameno baeada nma moal comlia onam oei. Acabacom a foma de lbicidade e lacia eal engendada elo dicio decaameno infelie meamene fomai. Acaba, enfim, com o abdo deconina a conidea caada eoa cja elae o dominada elo dio e ameinhe, ec.

    Nee domnio, o cao comleo e neceio e ona m aneamenogeal. neceio obedo e a elae amooa ejam oegida conaoda e ale inefencia de ineee econmico; ; .O emo eo j mado aa

    1A ao aolgica de cace neico ecala coleia. Cf. C , ca. XII, Seol Velag, 1933.

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    io. Po oda a ae e admie a neceidade de ma efoma adical da legilao,eceo ale no cclo e eiam benefcio econmico da eincia de malegilao eal obolea e deaoa de m ono de ia da higiene menal.

    O caameno ob a foma aal comlia no eno ma eaa na hiiada iniio do caameno em geal; o elado de m comomio ene

    ineee econmico e ineee eai. O ineee eai no e edem,confome geem mio elogo coneadoe, a elae eai com manica eoa o oda a ida e ociao. Eaminaemo eaadamene eedoi aeco, econmico e eal, do oblema do caameno, diingindo, oconegine, claamene, a foma de elao adicada em neceidade eai e eende a onae dadoa daela oa e aena em ineee econmico ena oio da mlhe e do filho na ociedade. Deignamo a imeia o elaoeal dadoa e a egnda o caameno (no enido de caameno comlio,

    indiolel).

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    1.

    A condie ociai de ma elao eal, dadoa eiam a

    indeendncia econmica da mlhe, a edcao da ciana ealiada elaociedade, a no inefencia de ineee econmico. Ocaionalmene, odeiamocoe elae emoia e de cae edominanemene enal comeceio. Do ono de ia da economia eal

    *, a elao emoia aeena

    inconeniene em comaao com a elao dadoa, inconeniene ee eo aiclamene fcei de eda na noa ociedade. Poe em nenhmaoa ociedade a omicidade eal e ono o habial como nea oca deideologia monogmica floecene; omicidade ea, ainda o cima, deoidade ale fndameno emocional e em ale alo do ono de ia da

    economia eal, dado o e cae mecenio.

    A elao eal aageia, e em cao eemo elao de ma hoa ode ma noie, difee da elao dadoa ela ancia genealiada da enaaa com o aceio. A ena ode e oigen difeene:

    U .Inega obedo ma elo ae eal do aado e m eal eemoio (e no dee confndie com ma deendncia neica) adicado noae e e eea i a fi no fo; So ee o doi elemeno fndamenaida elao amooa naal.

    1. U : .Deenoleemo ee aeco mai adiane, a oio do caameno comlio.Tona imoel ale aifao eal.

    2. Uma ligao deida eal. Conie ea ligao nmaobealoiao do aceio, com oigem nma inibio enal e nma eecaiainconciene de ma deeminada foma de aifao eal. Tanfomae

    facilmene em dio.

    A ancia olongada de ena nma elao eal ed o ae enale com io a aifao eal. Todaia, io no edadeio eno a ai de macea idade, ando a ebencia da bedade aaam e e eabelece mceo eilbio da emoe eai. A , ,

    * : eeo com e W. Reich deigna o modo como, e o ga em e o indido diendem, iliam a a enegiaeal, com incidncia aicla na elao o ooo ene a anidade nea enegia e bloeada o deiada do e fim io ea e diendida decaegada e fda no ogamo; o faoe e condicionam e deeminam o modo e o ga de iliao daenegia eai o de naea ociolgica, icolgica e biolgica. A eeo deigna ambm o edo e o conjno de conhecimenocienfico efeene a oda a oblemica e condicionane da ealidade e do e o e aifaio eeccio. : eaeeo, no enido oiio, eolcionio, e lhe daa Reich, deigna a alicao na ica ocial e ecala coleia do dadocienfico da economia eal. N. do T.

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    . Noenano, a endncia e manifeae de ena no deem e confndida com aedoena infanil ia de adolecene e eegem m ideal femininoeeenaio da me e e imlaneamene eimem a enalidade ob o efeiode enimeno de clabilidade. A elae eai ecia, ainda de ca

    dao, como a e e obeam em cea camada da noa jende,aecemme e foma naai e da eeincia eal jenil. Tmemelhana com a ida eal do adolecene na ociedade imiia. Eienela m alo ga de ena, ma nee cao a ena no ende a anfoma aelao em ligao dadoa. Aea dio, no e aa ai da bca lacia denoo emlo eai e e manifea na foma neica da oligamiacaaceica do homen adlo da noa ociedade, ma ane do anboda dema enalidade e no acede ainda maidade e e e ojea obe odo oobjeo aoiado e e lhe aeena. Ea enalidade jenil odeia comaa

    e mobilidade do animal joem e ambm dimini com o cecimeno. A agilidade eal do adolecene diingee facilmene de fenmeno como a hieagilidade hiica.

    Na idade, mada, a elae eai bee no o fooameneneica. Mai ainda, e com honeidade e em econceio moalianeiamo a concle ineene noa eeincia eolgica, emo deeconhece e aele o aela e nnca ieam a coagem o a foa deena nma elao dee io e enconam ob a eo de m enimeno de

    clabilidade iacional, oano neico. Po oo lado, a eeincia clnicademona com egana e a eoa incaae de eabelece ma elaodadoa e enconam condicionada o ma fiao infanil da a ida amooao, o oa alaa, ofem de m deaanjo eal. Nee cao, o o imlode ena e enconam fiado a ale io de aao homoeal, o mideal imaginio deecia e no emie encona aifao no objeo eaieai. Mio feenemene, o fndameno inconciene da omicidadeconinada e inaifaia no eno o medo da ligao a m objeo eal, dada

    a conoae inceoa de ma al ligao e a inibio concomiane o medo doinceo. O mecanimo mai feene nee cao de incaacidade deelacionameno dadoo ma ebao da oncia ogica: a deceooocada o cada noo ao eal imede o aaecimeno de ma aao enaconeene elo aceio.

    O inconeniene maio da elae aageia, do ono de ia daeconomia eal, eide no fao de no oibiliaem ma adaao enal doaceio o comlea como na elao dadoa nem, o conegine, ma lenaaifao eal. Do ono de ia da economia eal, nio e eide aobjeco ia elae aageia e o melho agmeno a fao da elaedadoa. Chegado ai, o camee da ideologia clica do caameno

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    indiolel dao m io de alio, ao decobiem ma becha o ondeeinodi o moalimo monogmico. Ma fooo e o deildamo: memoando falamo de ligao dadoa, no enamo em ale eodo de emodeeminado o eiamene deeminel. Do ono de ia da economia eal,ode aconece e ea elao de emana, mee, doi o de ano; o oo

    lado, ambm no' afimamo e ea elao dea e monogmica. e needomnio no oel eabelece noma.

    Como demonei noo lga2, comleamene fala a cena de e a

    imeia elao eal com ma igem eja a mai aifaia o e a la de meleja o melho eodo aa a ealidade. Tal ideia no eie eeincia clnica.No eno elado do conae ene o deejo lacio de mlhee igen e oemboameno e aio eai coneene ao caameno monogmico indiolel.Uma elao eal aifaia ene da eoa ee e ela enham

    ocedido a ma hamoniao do e imo eai io, e enhamaendido a conhece a a neceidade eai eecfica, aameneconciene, ma nem o io meno imoane. S aim e oel ma idaeal . Caa em ecedene conhecimeno eal , do ono de ia da higienemenal, oco o e na maioia do cao de elado deaoo.

    Uma oa anagem da elao eal dadoa e aifaia eide no faode ea a oca emanene do comanheio adeado, deiando aim mamaio dionibilidade de emo e enegia aa a aiidade ocial.

    A aido aa ma elao eal eel eee oano:

    , , ;

    e da aniedade eal infanil;

    , e ejamhomoeai o no geniai;

    ;

    ;

    .

    Se conideamo ee eiio no coneo eeio da ociedade eme iemo, emo de admii e dele ode ealiae, eceo, ale,em algn cao indiidai. Dado e a negao e a eeo eai o aeinegane da ociedade aoiia, eificae neceaiamene e eladeeminam ambm a edcao eal. Com efeio, a edcao familia faoece a

    2 D F O, lnenaionale Pchoanaliche Velag, 1927 (Tad. ogea: A F O, Pbl. Ecoio,Poo, 1975).

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    fiao inceoa em lga de a eole; a inibio da ealidade infanil gea, ooo lado, a diociao ene a ealidade ema e a enal; oano, a edcaofamilia cia no indido ma ea caaceial

    * anieal e comoa

    endncia geniai e homoeai a ai m, o a e, de e eimida.Aim e od m enfaecimeno da ealidade. Alm dio, endo ma

    edcao endene a imo o mio da emacia do homem, ona imoel ocomanheiimo na elao homemmlhe.

    Como ale oa elao eel, a elao eal dadoa conmnmeoo geme de conflio. Pom, no amo ocano ai da dificldadehmana em geal; o e no ineea o a dificldade eecificamene eaie a acomanham. A dificldade maio nma elao eal emanene enconae ( ) .

    Em oda a elae eai, com efeio, mai ade o mai cedo, feeneo aamene, gem eodo de faca aao eal o memo de ancia oalde deejo. m dado da eeincia cona o al o agmeno moai nadaodem; o ineee, a aao eal no e foa. Qano melho fo o ajamenoalcanado elo aceio na enalidade e na ena, meno feene eieeei eo ai eidio. No enano, oda a elae eai eo jeiaa ai cie.

    O enfaecimeno da aao eal no eia gande imoncia e no e

    lhe acmlaem oo faoe:

    1. O enfaecimeno ode ocoe .

    2. A maioia da elae eai o aalmene comlicada o lao(deendncia da mlhe e do filho).

    3. Indeendenemene dee fao eeioe, eie ma dificldadeinneca ia elao eel e ona comlicada a nica olo lgica aeaao e a ecolha de m oo aceio.

    Toda a eoa e enconam conanemene eoa a emlo eainoo oeniene de oo, e no o aceio aal. Tai emlo noodiam efeio na fae melhoe da elao. No enano eiem e no odeme eliminado. Toda a ecie da Igeja obe o do no eio e oadeeminae moai o acica no odem eno efeio conio,oano a eeo da neceidade eai ee obedo aa eaceba aa gncia. A agdia o comdia de oda a moalidade eal acica

    * : eeo e deignaa o omaio oganiado de aide icolgica (e mclae) ica do indido,ogeiamene deenolida e conolidada dede a mai emoa infncia, com ia a conola o memo bloea a eae emoiae ognica ciada elo emlo eeno e ineno. A manifeae aa da maneia de agi e eagi ica doindido. N. do T.

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    eide eciamene em no e em cona ee fao fndamenal. O emloeai, e aena odem e conaiado eficamene o inibio ealneica, deeam em ale eoa ealmene adel o deejo de ooobjeo eai. Tai deejo odem e lagamene aenado, o eenchido elaaifao na elao eiene. Qano mai adel a eoa, mai conciene

    (io , no ecalcado) eo ee deejo e coneenemene mai fcei deconola. E, eidenemene, al ano meno nocio ano meno fodeeminado o conideae moai e mai bodinado a ae de economiaeal.

    Pom, ando ee deejo o oo aceio e onam mai emene,afeam a elao eal eiene, nomeadamene no enido de acelea oenfaecimeno do deejo eal elo aceio. ndice ego deeenfaecimeno o a diminio da inenidade do deejo ane do ao e do ae

    dane o ao eal. A elao eal onae ogeiamene m hbio e mdee. A diminio ogeia do ae obido com o aceio e o deejo deoo objeo omame e efoame mamene. Ea iao no ode eiae o ildie o meio de boa inene o de cnica amooa. ea a ala e e manifea m eado cico de iiao cona o oo, iiao e,confome o emeameno e edcao de cada m, e eeioia o eimida. Emale do cao, e confome demona a anlie da iae dee gneo,geae e deenolee em cea m dio inconciene cona o oo, elo faode ele imedi a aifao, fa, o oo deejo eai. Ee dio

    inconciene ode onae ano mai ineno ano mai amel e oleane fo oaceio, coia e aena em aancia ode conideae aadoal, oano,em al cao, no e em ale ao eoal e conciene aa odia; eneano,enee nele, e memo no amo e o ele e enha, m obclo, m eo.Feenemene, o dio obe comenado e camfladoma eema afeio.Ea afeio eaia nacida do dio e o enimeno de clabilidadeconcomiane o a comonene eecfica de ma cea foma de ligaoegajoa e ena; o io o feene ee eoa, memo no caada,

    e no o caae de eaae, ainda e efeiamene j nada enham a diee e meno ainda a dae, no endo a elao ene ela mai do e ma oaecoca, olongada e inil.

    Eneano, o enfaecimeno do deejo enal ode no e definiio.Ma aa facilmene do eado aageio a emanene, e o aceio oincaae de oma concincia da eno o do dio ecoco, e ejeiam comoinconeniene e imoai o deejo eai enido o oa eoa. Nee cao,eificae em geal a eeo de oda ea odeoa endncia, com odo oineiel coejo de conencia deaoa aa a elae ene da eoae ea eeo engenda.

    Se, elo conio, ai fao o abodado com fanea, em dioe

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    Infelimene, ee io de conideae alicae aena a ma minoia deindido, oano na noa ociedade a deendncia econmica da mlhe facom e a elae eai comn ejam mio difeene dailo e eiamene da eoa lie e indeendene; alm dio, o oblema da edcao dofilho conaia comleamene a conideae de economia eal. Po oo

    lado, a edcao eal a e ae oda a eoa eo bmeida e aamofea ocial imedem e ee oblema ejam coeamene comeendidoo odo e e ea ole acionai no ejam adoada enoececionalmene.

    Eoemo ainda ma dificldade e ode e gae conencia,ando no bem comeendida. Qando a aao eal dimini o deaaece,odem manifeae ebae da oncia ogica no homem. Taae, namaio ae da ee, de ma inficincia de eeo o memo de ancia de

    eciao, aea do emlo. Se a ena bie o e eie m eceio deimoncia, ai iae odem oigina ma deeo o memo maimoncia olongada. Paa diimla a a figide, o homem ena mlilicaa elae eai e io ode e eigoo. Dee ee em cona e eadeficincia de eeo no conii imoncia, ma aena ma manifeao deinficincia de deejo e, em geal, de m deejo o oa mlhe. (Na mlhe, odeodie o memo fenmeno, ma no ame ana imoncia: imeio,oe ela ode ealia o ao eal aea dea ebao; deoi, oegealmene no o enoamene afeada como o homem).

    Se a elao no e odo boa, ma dico fanca da caa daebao (aeo enal, deejo de oo aceio) ode em dificldadeolciona o oblema. Em odo o cao, neceio abe eea; cedo o ade odeejo eaaece, e a elao no e conjno boa. Nea ala, ma enaiacom oo aceio ode mio bem facaa, em conencia de enimeno declabilidade elaiamene ao aceio habial; ma ode ambm ela e ebenfica.

    Em cao de edioio aa a neoe, a eeo do deejo de m ooaceio e da aeo elo aceio aal ceel de ooca ma doenaneica. Mio feenemene, m conflio agdo dee gneo afea eiamenea caacidade de abalho.

    A doena ela do fao dea eoa ocaem a aifao no obidada ealidade em fanaia gealmene ligada ao onanimo. A olo deeconflio aia conideaelmene em fno da coniio ica da eoa, danaea da elao eal, da eecia moal ia e do aceio. Nnca edenncia baane a inflncia enicioa do noo econceio moai needomnio: a maio ae da eoa conideam o imle fao de ena nm oocomo ma incoeo o memo ma edadeia infidelidade. No enano, odo

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    deeiam abe e ai fao coniem ae naal da lo eal, e onomai e nada m a e com a moal. Se oda a gene o obee, a oaicolgica e o cime aionai diminiiam egamene; o oo lado,deaaeceiam nmeoo faoe e caa de ebae ica e no oeno ma olo inadeada dee oblema.

    Falei, a ai, da dificldade e oblema e elam da elaodadoa em i mema. Ane de aa anlie da foma como ea dificldadee enelaam com ineee econmico, indienel e ona efei ceo faoceei de cia comlicae na elae eai e no amiam a fomade caameno oficial: aae da e na noa ociedade adoada e eeenada eecialmene ela mlhe.

    Paa ma mlhe, memo economicamene indeendene, a a de maligao dadoa no m oblema meno. Em imeio lga, o caa da

    chamada oinio blica o dieio inicionaliado de inefencia noano iado de oem. Com efeio, emboa meno igidamene e ooa, aoinio blica conina a e mai eea com a mlhe e em ma ligaoeaconjgal e ando ela oa e elae com dieo homen ainda , dedelogo, conideada oia.

    A moal eal, imegnada como e de ineee de oiedade, cioma iao onde e conidea em eea e o homem oi a mlhe e ee e enega. Como oi conii ma hona e enegae ma

    cailao o hmilhao, a mlhe deenole ma aide negaiaelaiamene ao ao eal, a al conanemene efoada ela edcaoaoiia. E como aa a maio ae do homen oi a mlhe conii maima oa de iilidade e ma eeincia amooa, amindo a conia maiimoncia e o amo, ea aide da mlhe e a agicamene confimada ejificada.

    Alm dio, dede a mai ena infncia, inclcado na aaiga o incio dee ma mlhe dee e elae com homem .A inflncia dee io

    de edcao, na medida em e e enaa no enimeno de clabilidadeinconciene, mai ofnda e odeoa e a ino eal e inemdemaiado ade. Enconae feenemene mlhee e, aea de maecelene comeeno inelecal da coia, o incaae de eaae dohomem e deiaam de ama e ejeiam ea hiee ecoendo a odo o io deagmeno iiio. A edadeia ao, Inconciene, ode fomlae aim: aminha me oo oda a a ida o hoel caameno dela, oano e deo ecaa do memo. Na maio ae do cao ea idenificao com a memonogmica e fiel e conii o fao de inibio mai inflene.

    Uma ligao eel e no e anfoma em caameno comlio noda habialmene oda a ida. E ano mai cedo a elao e eabelece, ano

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    mai oel e legimo do ono de ia icolgico e biolgico e ediola mai deea. A a o 30 ano, aoimadamene, meno e e eejademaiado inibido o ae econmica, a eoa eo em eolo icaconane. S o ola dea idade o ineee comeam a cialiae e onaedadoo.

    A ideologia do aceimo e da monogamia ialcia enconae, oano, emooio flagane com o oceo de deenolimeno omico e ico. No alicel na ica eno eeiamene. Ea a conadio ineene a oda aideologia conjgal.

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    2.

    A dificldade da elao eal dadoa o agaada e oname mai

    dificilmene eolei ela inefencia de nclo econmico. Nee cao, e , .

    O aeco ideolgico dea iniio eimeme na ecieecleiica de: a) ; b) . ceo e aociedade aena a igide ecleiica do caameno, ma em oca na aconadie inena, oe io eia conio a ia conceelibeaiindiidalia. Com efeio, de m ono de ia econmico, a ociedadeeeia obigada a aoia o caameno, ao memo emo e do ono de iaideolgico eia leada a concle imaicei do e io ono de ia. Eecae conadiio eelae em eceo em oda a oba cienfica lieiae aam do caameno. Redida a eeo mai imle, ode fomlaeaim: , .A imeia ae dea fmla ma conaao de fao, aegnda ae ma eigncia da ociedade eacionia de e o caameno coniiae inegane.

    Em conencia dea dla eido, o m lado, elaiamene ao fao,o oo, elaiamene eigncia da ideologia eacionia, o dieo aoechegam a adiana o agmeno mai eanho e abdo aa jifica amaneno do caameno indiolel.

    Efoame, o eemlo, o demona e o caameno e a monogamiao fenmeno naai, io , biolgico. Pocedem a da eia ene aecie animai e, inconeaelmene, iem em lei eai, aa da iola acegonha e o ombo e emoaiamene iem em monogamia. Dondelogo conclem e a monogamia naal. Paadoalmene, o homem deia de

    e m ene eio, ao animai, ando e eende defende aideologia do iema de caameno monogmico. Em conaaida, ando edice o caameno do ono de ia ,eecee e a omicidade a ega ene o animai; agoa, biamene, o homem ola a e difeene doanimai e dee eleae a m nel eio de aiidade eal, o eja ocaameno monogmico. O homem, oclamae, m e eio, com mamoalidade inaa, e a economia eal combaida oe demona,efeiamene, e ea moalidade inaa ma fico. Oa, e a moalidade no

    inaa, ela edcao ode e inclcada. Qem ealia ea edcao? Aociedade e a a fbica de ideologia, a famlia aoiia fndada na monogamiacomlia. Io baa aa demona e a famlia no m fenmeno naal,

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    ma ma iniio ocial.

    Eneano, a agmenao eacionia no defalece. Qando e em deadmii e o caameno no ma iniio naal nem obenaal, ma imma imle iniio ocial, enae de imediao oa e a hmanidade ieeme na monogamia, negando e ale eolo e mdana da foma

    eai. Chegae a ono de falifica a enologia, como fe Weemak, oeemlo, aa aim eabelece a conclo egine: e o homen eme ieamna monogamia, da e ode concli e ea iniio indienel einciada ociedade hmana, do Eado, da cla e da ciiliao. Omiee odo oeninameno da hiia e demonam eem ambm eiido a oligamia e aomicidade eal a ai deemenhaam ael de gande imoncia. Ma,aa conona ea objeco, a ideologia monogmica bii eno o ono deia da moalidade inaa elo da eolo. Decobee eno e a eolo da

    ealidade cond a foma eioe, e o oo imiio iem nmaimoalidade beial e nma anaia e odemo oglhano de e eado.Omiee ainda o fao de o homem, a ee nel, e diingi do animal o maealidade no meno, ma mai inena, oano oi ma aidoemanene aa a aiidade eal. Nee enido, a o oclamada eioidadedo homem obe o animal no deia de ea cea. Eneano, a adoo deeecia moaliane faleia a obeao do fao, como, o eemlo,aconece elaiamene ao imiio e na ealidade m ma economia ealbem eio noa

    3. Rennciae aim a ale oibilidade de eamina o

    bao econmico e ocial da foma eai e da a aiae no emo e noeao. Em e dio, ficae indefinidamene na aeciao moal do fao (eno na a eia), e em ineminei dice. Qeeeia jifica moal,meafica o biologicamene, fenmeno ociai condenado a deaaece e io acobeo de ma eena cincia objeia e inia ano mai eeio aoincao ano mai infecada e de econceio moaliadoe.

    Se, em conaaida, no cingimo igooamene ao fao, da eee leanam:

    1. Qal a fno ocial do caameno?

    2. Em e conie a conadio do caameno?

    a) A fno ocial do caameno.

    A fno ocial da iniio do caameno ila: econmica, olica eocial. Idenificae com a famlia aoiia.

    E,o caameno encona a a ao de e nailo e foi o

    e fndameno dede a oigem, io , a oiedade iada do meio ociai de

    3Cf. em aicla MALINOWSKY, L , e Reich, D E S, Seol Velag, 1932. [Tad. ogea:A I M S R, Pbl. Ecoio, Poo, 1975].

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    odo. Qe io die e o caameno e ocialmene neceio enanoeiiem ea mema condie econmica. Ea fomlao caece no enanode e comleada, oano, o eemlo, emboa na Unio Soiica eiaoiedade de Eado e no oiedade iada do meio ociai de odo, ocaameno comlio foi eabelecido. oano neceio ecia e:

    a) a famlia comlia da ociedade aoiia em a a oigem hiicana oiedade iada do meio de odo e manme ela aoidade doEado na ociedade em e ea oiedade iada foi abolida;

    b) a famlia comlia adicae na ea hmana aoiia e anieal.

    A objeco de e memo a clae e no m al ineee econmicoadoam ea mema foma de ida eal caece de conincia, oe a

    ideologia dominane o eme a da clae dominane, e a foma do caamenono aena aena obe moiae econmica, ma ambm obe a amofeaideolgica moal e obe a ea hmana de medo ida. o ea ao e amaio ae do indido ignoam o edadeio fndameno do caameno e oconideam eme ob o aeco da jificae ideolgica. Ma ando aemaeiai o eigem, a ociedade modifica a ideologia. Aim, endo a olao daEoa cenal ido diimada ela Gea do Tina Ano, a Diea de Nembegomlgo, em 14 de Feeeio de 1650, m deceo e abolia a monogamia:Dado do Saco Imio Romano eigem e a olao

    deimada ela gea, ela doena e ela fome, eja bida... ,dane o imo de ano, de caa com da mlhee (ciadode Fch, S, Renacena, . 40). E falam o bio de monogamianaal, biolgica!

    P, o caameno monogmico indiolel conii o ncleo dafamlia modena, e, como imo, o ceno de fomao ideolgica de odo omembo da ociedade aoiia; em oano ma ignificao e m aelolico.

    S,o caameno aega, o m lado, a deendncia econmicada mlhe e do filho, ao caaceico da ociedade aiacal. Po oo lado, aa oeo econmica e moal (no enido do ineee aiacai). L .No e aa de abe e o caameno bom o ma, ma im e neceio e e ejifica ocialmene. Com efeio, no e ode eende imi o caameno nmaociedade em e ele e eela economicamene adicado; aena e odeefomlo, em o alea ano ao eencial, biindo, o eemlo, como

    ao aa o dicio, o incio da incomaibilidade elo da clabilidade.

    Tai efoma de maneia algma aleam o fndamenal. Com efeio,

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    ameno mio mai aidamene. Ene 1878 e 1927 o nmeo de caamenomlilicoe o , enano o nmeo de dicio e mlilico o.Em 1926 ea ooo aingi a cifa de 1/100.

    No memo aigo, o ao efeia ainda e a maioia dee dicio e inhaeificado 5 o 6 ano deoi do caameno. Em 1927, 1.448 dicio nm oal de

    1.645 inham ido concedido o abandono e em doi cao foa alegado oadlio.

    O B Hde 24 de Noembo de 1928 efee e o ido amenode dicio debaido na Cmaa do Lode. Em 1922, 1813 dicio; em 1923,1888, cona 21 cao no ano de 1878 e 15 em 1879. A ai da cie econmica de1898, o dicio no deiaam de e mlilica aidamene (1900: 255; 1905:464; 1910: 659). E oado e a aa de dicio amena no eodo de cieeconmica.

    A ai de 1931 o nmeo de caameno na Eoa com eceo daChecoloia ameno:

    Nmeo (em milhae)

    1931 1932 1933 1934

    Alemanha 514,4 509,6 631,2 781,5

    Ilia 276,0 267,8 289,9 309,2Pogal 44,9 45,4 45,8 47,5

    Polnia 273,3 270,3 273,9 277,3

    PaeBaio 59,5 55,8 59,2 60,6

    Hngia 76,4 71,2 73,1 77,7

    Checoloia 129,9 128,0 124,3 118,3

    Io eflee ma eo cecene da eao olica; na Alemanha, em 3ano, foam concedido 366.178 emimo bancio de caameno a fim de

    incemena a ideologia familia. Aim, ee ameno oco o memo nadaignifica, j e a condie de deenolimeno da ida eal no ofeamale aleao e a conadio bica do caameno emanece.

    Na Ria Soiica, onde a iniio do caameno foi aicamene abolida(o egio de ma elao eal dadoa no ea obigaio), a eaicaeelaam o egine: em Mocoo, ene 1926 e 1929, o nmeo de egioameno de 24.899 aa 26.211: dane ee memo eodo de emo, aeaae amenaam de 11.879 aa 19.421. Em Leninegado hoe em 1926,

    20.913 egio e 24.368 em 1927; dane o memo eodo, a eaaeamenaam de 5.536 aa 16.008.

    No Eado Unido, egndo Linde, (C M, . 153) a

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    iao ea a egine: em 1922 o nmeo de dicio e abandono em Dene eaeio ao de caameno. Comaando com 1921, eificaae 618 caameno ameno e ma bida de 45 no nmeo de dicio. Enano o nmeo decaameno em 1920 ea de 4.002, em 1922 ea aena de 3.008. Em Chicago, eememo ano, o nmeo de dicio foi igooamene de m eo do nmeo de

    caameno.

    Segndo a U P,em 1924 eificaame em Alana 1.845 dicioaa 3.350 caameno (mai de meade); em Lo Angele 7.882 aa 16.605 (aemeade), em Kana Ci 2.400 aa 4.821 (ae meade): em Ohio 11.885 aa53.300 (ceca de m ino); em Dene 1.500 aa 3.000 (meade); e em Cleand5.256 aa 16.132 (m eo).

    Linde comena aim ee fao:

    O caameno al como eie m edadeio infeno aa a maioia daeoa e o conaem. Io m fao indicel. Deafio em e e eja achega a ma conclo conia, deoi de obea a ocio de idaainada, de homen e mlhee infelie e mieei, de ciana abandonadae aam elo me ibnal. (R,g. 174).

    Die e em Chicago, em 1922, e eificaam 39.0 egio de caameno,cona 13.000 enena de dicio. E, e foam onnciada 13.000 enena dedicio, ano caai no haeia e diociae, ma no oaam

    falo? Poe o dicio m ano comlicado, diendioo e deagadel, ea eoa e o deejam em limo cao ecoem ao ibnal. Se hoe 39.000caameno em Chicago no ano da gaa de 1922, no eageado die e, aaalm do 13.000 caai e e diociaam, oo 26.000 o eiam feio e ieemido ea oibilidade. Baeio ea cena no nmeo de caai e me mconla, oca de conelho o de conolao, e e nnca leam a cabo odicio e deejam. Ceio e o e nmeo mlilo daele e chegam a iao ibnal eole o e oblema (. 154).

    Se comaamo ee fao com a eaica do ano aneioe, noodemo fgi conclo de e o dicio e a eaae e mlilicam, e eio conina como de ee aa o imediao em cea egie haeano dicio como caameno.

    H deena de milhae de cao em e o malogo aene do caamenoe egiado no noo ibnai no como dicio o eaao legal, macomo nocmimeno do dee de eno, noaincia, abandono, ec. D , , , e no foem diadido elacicnncia, o filho e a ee legai. Todo ee cao aiclae, inclindo

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    . Qano ao celibao, como nica oibilidade alenaia ao caameno infeli,aa e edemo emo a fomla eigncia e o indido no eooonidade de alica e e a eem alicada iolenaiam o e ininoieimel? (R,. 138).

    E e concle ia Linde da a obeae e dea enoa

    Ma?

    E, no enano, io de modo algm ignifica e o caameno eja mfacao e e o deamo de lado biindoo elo Amo Lie o aleoo modelo ocial. Po imefeia e eja a iniio, .Ela dee e alagadada o meio de bia e dene modificae da aega, a fim de oociona ida eoal a felicidade e em condieaoiada deeia ode facla.

    E acedio mio na oibilidade benfica do caameno, ma no ooignoa o fao de no e lhe da oonidade de ealia ea oibilidade. Penoeme feio comeende. (.. 140).

    Como emo, memo m homem o ececional como Linde aa dadecobea da deinegao do caameno e do e conflio com a economia ealaa a moal eacionia, e, como o abemo, mai no e o efleo daneceidade econmica do iema dominane. Se a deinegao do caameno aiclamene ida e eidene na Amica, io deee ao fao de e ido a e

    o caialimo ealio o ogeo e, coneenemene, odi aconadie mai agda no domnio da economia eal: ianimo igooo, om lado, deaba da moal eacionia, o oo.

    Linde e conencido de e o caameno dee e coneado o caada felicidade e, em condie aoiada, deeia ode oociona. Ma ooblema no conie em abe e o caameno encea ma oencialidade defelicidade, ma im e a ealia. Se no a ealia, ecio oca a ao; e ele edeinega, ecio analia a caa maeiai e eai dee fenmeno.

    Hoffinge, em leno clo XIX, chegaa egine conclo:

    Aea de ma ineigao mincioa e iemica do nmeo decaameno felie, ee de econhece e ele coniem ecee egaeemamene aa. (Ciado de Bloch, D S ,. 247.)

    GoHoffinge conaa igalmene e:

    1. Ceca de meade do caameno o abolamene infelie.

    2. Baane mai de meade do caai eo comleamene demoaliado.

    3. A moal da ega meade e ea no incli ceamene a fidelidadeconjgal.

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    4. 15% do cnjge enegame oiio e ao oeneimo.

    5. O nmeo do caameno cja oodoia ai a fidelidade abola ,ao olho de ale eoa enaa e conhea a naea hmana e aiolncia da a eigncia, igal a eo. (Bloch, S g. 253.)

    Bloch, deoi de e edado cem caameno, eifico o egine:

    ealmene infelie 48

    indifeene 36

    indicielmene felie 15

    ioo 1

    Nee cem caameno, Bloch encono 14 delibeadamene imoai, 51

    diolo e folo, 2 acima de ale eia. Noemo ee emomoaliadoe. E eifiei o cao ciado e decobi e, ene o caamenoalificado de felie, 3 eaam nma idade aanada; em 13 cao, eiiainfidelidade de m o do doi cnjge; 3 eam caaceiado como flemico,o eja deoido de eigncia eai (imoene o fgido); 2 eamaaenemene felie. Se, em 15 caameno conideado indicielmenefelie, 13 comoam infidelidade, io moa e, a longo ao, m caameno ode e feli elo acifcio da eigncia ideolgica mai imoane, a fidelidadeconjgal.

    Uma eaica eoal, efeene a 93 caameno cja condie econheci bem, de o egine elado:

    infelie o manifeamene infii 66

    cnjge eignado o doene 18

    cao inceo (eemamene calmo) 6

    felie 3

    Dee caameno felie, nenhm inha mai de ano. Eaeaica foi elaboada em 1925; deoi dio, m dee caameno felieomee, m oo deinegoe ineiomene ando o homem e feicanalia, emboa a daa ainda no e enha eificado o dicio, o eceioainda eie (1929).

    Nm co aa mdico eangeio em Mocoo, Lebedea fonece algnnmeo a eeio da dao da ligae eai. Baeaae ela no caamenoegiado, e na ica coniem ligae eai dadoa. Dea ligaeegiada, 19 % daam meno de m ano, 37 % de m a ao ano, 26 % deao a de ano, 12 % de de a deanoe ano, 6 % mai de deanoe ano.

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    Ee nmeo moam e a dao mdia de ma ligao de bae eal de ao ano. Como e a efoma eal do coneadoe eende emoa ee eado de coia?

    * * *

    Goaia de acecena algma obeae aceca do caamenoconideado bon e eeno. Seeno ignifica e o conflio no eeeioiam. Do: memo modo e alificam de felie o caameno em e oconflio deam lga a ma eignao mda, Qando m do cnjge e bmee icanlie, ficamo eme eendido com a anidade de dio inconcienee eimido e e acmlo e e, em jamai e ido claamene conciene,acabo o e manifea ob a foma de ma ebao ica.

    Seia eado ima ee dio nicamene a eeincia infani. Podeeificae e a anfencia aa o cnjge do dio oado a ma eoa dede ainfncia aena e od ando o conflio conjgai e acmlaam emanidade ficiene aa eaia a dificldade infani. A eeincia moa em caameno dee io e deinega no decoe da icanlie e o aamenono ie em cona a moal conjgal comlia, o eja ando no ilde,concienemene o no, o ema ceei de em caa o caameno. Aeeincia moa ambm e o caameno e ofeam a eo da

    icanlie odem bii e o aciene ecea a a agilidade eal e edecide a no obedece cegamene eea ega da moal maimonial. Eaobedincia eelae eglamene adicada em ecalcameno neico.

    A icanlie da eoa caada deenda ambm o egine faoindbiei:

    1. No h mlhe algma e no eeimene o chamado fanama deoiio. Raamene e aa da ideia de e oii de fao, ma, em geal, do

    deejo de e elae com mai do e m homem, de no limia a a eeinciaeal a homem. Comeendee facilmene e, na noa ociedade, eeio de deejo e aocie ideia de oiio. A eeincia da icanliecaaceial aaga a ao limo egio a cena nma naea monogmica damlhe. Mio icanalia conideam ee fanama de oiio comoneico e enam e a mlhee deem libeae dele. Tal jo imlica oabandono da aide amoal neceia a ale eaica acional e bodinaa anlie ao ineee de ma moal aognica. O ael do mdico eocaecom a ade do aciene, o eja com a a economia libidinal, e no com a moal.

    Se e ebaa nma conadio ene a eigncia libidinai do aciene e a moalocial, m eo ejeia ea eigncia como infani, como mainae doincio de ae e inoca a neceidade de ma bmio ao incio de

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    ealidade, de ma adaao ao eal o de ma eignao. Em imeio lga, ecio eamina e a neceidade eai o ealmene infani o no e e aeigncia da ealidade o aceiei do ono de ia da ade. Uma mlhe eaifa a a neceidade eai com mai do e m homem no neceaiamene infanil, mio imlemene no e acomoda ao eema

    ideolgico da noa ociedade. Ela no e doene, ma ode fica doene e econfoma moal conencional mai do e lhe emiem a a neceidade.No e noa mio e a boa eoa, a e eo adaada ao eal, o ejaa e aceiaam o fado do caameno em conflio aaene gaa a inibioeal, aeenam odo o inai da neoe. Ma o ela eaem adaadaao eal e ee fao aa deecebido.

    2. A icanlie, e a alicamo ida ocial, eelano a moiaeeenciai da ideologia monogmica. Em imeio lga, a idenificao com o ai,

    e eeenaam o aeco eeio da monogamia, aiclamene aidenificao da filha com a me monogmica (ambm e encona o conio, aeao cona a monogamia da me, nee cao, a ). Oamoiao eide no enimeno de clabilidade, elane do dio ecalcadoem elao ao cnjge e enaa a libedade eal. Ma a moiao maiofnda da aide monogmica a oibio do imlo eai infani, o medoda aiidade eai conado na infncia. A ,

    .A fiao inceoa ao ogenio do eoooo deemenha ai m ael imoane; e ea fiao e diole, deaba oeencial da ideologia monogmica. Na mlhe, a deendncia econmica mamoiao imoane da endncia monogmica. Mio feenemene, maaide de monogamia igooa afoa em abalho icanalico ando mamlhe acende indeendncia econmica.

    3. A obigao de fidelidade Imoa elo maido a mlhe ambm emo e moio indiidai. A bae econmica da monogamia no aece e ma

    eeenao ica imediaa. Ma o moio bjeio e e lhe biemo, em imeio lga, o medo de m ial, eecialmene de m ial mai iil, e omedo nacico de e blicamene eigmaiado como condo. Uma mlheenganada no deeada, ma lamenada, oi a infidelidade do maido coniim eigo eal aa a mlhe, economicamene deendene. A infidelidade daeoa, elo conio, demona oinio blica e o maido no obe faeeeia o e dieio de oieio e ale ambm e ele no foificienemene homem, no enido eal, aa ee a a mlhe; o io enomalmene a mlhe oa melho a infidelidade do maido do e ee a damlhe; e o ineee econmico inflem dieamene na ideologia, eificaeia o ineo. Ene a bae econmica da concee moai e a ia

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    concee h oda a ecie de inemediio, como o eemlo a aidade domaido, de modo e, no fim de cona, o ignificado ocial do caamenoemanece inaco: o homem em o dieio de e infiel, a mlhe no.

    b) A conadio ineene iniio do caameno.

    A conadio da iniio do caameno ela do conflio ene oineee eai e o ineee econmico. A eigncia fomlada do ono deia do ineee econmico o mio coeene e mio claa. Ma, do ono deia da economia eal, imoel e m indido adel e bmea eigncia da moal conjgal, o eja e aceio e . Aimeia condio do caameno oano ma eeo ofnda daneceidade eai, obedo na mlhe; o conegine, a moal eige acaidade ncial, em eecial da mlhe. Die e no a ealidade maim a ociao e define a encia do caameno; o e edade do ono de

    ia eiamene econmico, ma no do ono de ia da ligao ealdadoa. O cnjge no deem conhece ealmene eceio dane ocaameno.

    ceo e ea eigncia o neceia coneao do caameno.M e o condenam dede aoigem. A obigao da elao eal o oda a ida ooca neceaiamene maeola cona a coeo; eja ea eola conciene o no, ela ano maiinena ano mai igooa o a neceidade eai. A mlhe ie na

    coninncia a ao caameno, eimindo aa io a a neceidade geniai.Agoa e o caameno chega, a a genialidade j no e a dioio: elafica fgida. Diiado o encano da noidade, deia de ea em condie de eciao aifae o e maido. Qano mai o fo o homem, mai cedo deaaece oe deejo e gi a oca de ma mlhe e oa dalhe mai: a imeiafenda no edifcio. Emboa o homem eja aoiado elo come a fae daa, bem clao e ele no dee i demaiado longe na a aena.Tambm ele, ando e caa, em de ecalca ma gande ae do e imlogeniai. Ee ecalcameno benfico aa a coneao do caameno, mamalfico aa a ligao eal, oi oigina ebae da iilidade. Se a mlhe caa de deea a a genialidade e comea a eecla, aidamenedeaonada ela inadeao eal do maido; ela lanae oca de ooaceio o ofe eno de eae eal e conai ma neoe. E , : .

    Um oo fao de deinegao inem: a cecene indeendnciaeconmica da mlhe ajdaa a ea a a inibie eai; ela e menoea ao la e ao filho e aa conhecimeno com oo homen; a a enada nooceo da odo inciaa a eflei em coia e a eno laaaam o e

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    hoione.

    O caameno odeiam e bon, elo meno dane m ceo emo, enele hoee hamonia e aifao eal. Ma aa io eia neceia maedcao faoel ealidade, ma eeincia eal ncial e maemanciao elaiamene moal conencional. M

    . Poe, dede o momeno em e a ealidade afimada, em e omoalimo eado, j no bie ale agmeno ineno cona aelae com oo aceio, alo aa eodo em e e eifie a , e no da oda a ida. A ideologia maimonialdeaba aim, e com ela o caameno, e no mai igal a i memo, ane eona elao eal dadoa. Ea elao, e no e baeia na eeo doimlo geniai, mai geadoa de felicidade e o caameno monogmico

    eio. A ca de m caameno infeli conegee mia ee, no obane a leie a moal aoiia, ela infidelidade conjgal.

    Gbe ecee:

    Em ale caameno hae de ceea eodo de inenodeconenameno, em e o fao de o aceio eaem eo m ao oo eenido como m eado fado. Ea ebae deagadei eo eadacom mai facilidade o aele e ieem enado cao no caameno e eenham manido fii a ele. (H,. 148).

    Gbe em ao: ano mai cao foem o indido ane docaameno, mai fii eo no caameno. Ma ee io de fidelidade deeeaena aofia da ealidade ela coninncia conjgal.

    A eeilidade da efoma maimoniai adicionai elicae elaconadio ene a ideologia conjgal, e imlaneamene oigina a miia e aneceidade de efoma, e o fao de a ia foma do caameno a efoma faeae inegane da odem ocial em e economicamene e enaa. Momoe a miia ocial ealecene eencialmene imel ao conflio ene aneceidade eai naai e a ideologia de coninncia eamaimonial e demonogamia definiia.

    O efomadoe da ealidade conaam e a maioia do caameno oinfelie oe a aifao eal incomlea, dado o homen eem inbei e amlhee fgida, o io e m efomado como Van de Velde oe aeoiao do caameno: ele enina cnica eai ao maido, conandomelhoa aim a elae ene cnjge. A a ideia fndamenal ja: mcaameno e aena nma bae eica aifaia melho e o caamenono eico. Ma ele ignoa oda a condie da eoiao de ma ligao eal,e comeam o ma afimao geal da ealidade e ma ida eal

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    conjgal da mlhe. Oa, a edcao eal deeminada o ee objeio:caidade da aaiga, fidelidade obeional () da eoa. Ee doiobjeio onam neceio m ecalcameno eal ofndo, e no comleo, naaaiga. A mlhe e no em eigncia eai, e deendene, e eca aealidade o, em igo, eende ola, a eoa mai fiel: oano, no

    enido da moal coneadoa, a melho eoa. Uma edcao e afimae aealidade onaia a mlhe mai indeendene e, o conegine, eiaeencialmene eigoa aa o caameno. A . R, .Po eemlo, o P. Hbelin, de Bailia, no e lio D E,a eecio e o amo eal o edadeio moio do caameno, e, em ele, imoel m edadeio caameno, acecena e, no obane, o amoeal eeena aa o caameno m elemeno de eigo e de inceea e, ela

    a ia eena, ona a ida conjgal emanenemene oblemica. Comocienia eacionio coneene, ele chega conclo de e o caameno deee ma comnidade aa oda a ida do amo eal e o acomanha. Ioignifica e a ociedade eacionia e economicamene ineeada na iniiodo caameno monogmico o oda a ida e no ode oma em conideao oineee eai.

    o io e, nea ociedade, ale edo da fomalidade dedicio no em aicamene alcance aa a maa. A lei obe o dicio

    ignificam aena e a ociedade admie o incio do dicio. Ma ea elaigalmene dioa a cia a condie e emiam mlhe ealia o dicio?Uma dea condie eia e a acionaliao da odo iee comoconencia, no o deemego, ma a edo do emo de abalho e o amenodo alio. Dada a deendncia maeial da mlhe em elao ao homem e a amai faca aiciao no oceo da odo, o caameno eeena aa elama iniio oeoa, ma ao memo emo emie elola. Efeiamene,ela no e limia a e objeo eal do homem e a fonece ciana aa o Eado,

    ma ambm emegada domica no aga, o e amena indieamene olco do emeio. Poi o homem ode abalha elo baio nel do aliohabial e, em caa, ma deeminada anidade de abalho fo ealiadagaiamene. Se o ao iee de olha ela economia domica do oeio,eia e lhe aga o ma goenana o eno m alio e lhe emiieaanja ma. Oa, a eoa efea ee abalho de gaa. Se, ainda o cima, eemegada, em e fae hoa lemenae no aga aa aega aeconomia domica; e o no fie, ea economia deinegae mai o meno e ocaameno deia de e m caameno conencional.

    Alm dea dificldade econmica, de noa e a mlhe, emconencia da edcao eal adicional, e eaada aa a ida conjgal,

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    com oda a a miia eal, a a ee e o e aio, ma ambm com aa anilidade na elae com o eeio e a a oina ineio, e eiam mlhe mdia a eocao eal e a la ela ida ea conjgal. Poco imoa concincia dea mlhe e ea economia e age com m ofimeno fico. e a concincia da a ealidade oalheia ale a neoe, ma no o

    ofimeno eal infligido ela amofea conencional.

    A conadie da iniio do caameno efleeme na conadie daefoma maimoniai. A efoma ela eoiao ( maneia de Van de Velde) emi mema conadiia. A ooa de Linde, de m caamenocamaadagem,no aa de ma olo de comomio; em e de e ocaem a ae dadeinegao, enae e o e deaba, com bae no incio de e ocaameno a melho efoma eal. O ecio de Linde moam claameneea aagem da obeao do fao aaliao moal conencional.

    Po ae moai leana ele, o eemlo, objece ao caamenoeeimenal, ao memo emo e e fa o aladino do caameno camaadagem,o eja de ma ligao ancionada ela lei, com m conolo do nacimenoancionado ela lei. Se ocamo a ao aa ea ano legal, noenconaemo eno a ideia de e a elae eai e legalmeneancionada. A nica difeena ene o caameno camaadagem e o caamenoconenciona! eia o conolo do nacimeno e a oibilidade de fcil diolo.Eidenemene, ma ooa dee io a mai adacioa e e ode fae nma

    ociedade coneadoa. Ma emo de comeende e ela e ligada a maociedade, e, inelaelmene, em de coloca o ineee econmico da mlhee da ciana ane da eigncia da economia eal; ela no emie oano, demodo algm, eole o oblema do caameno.

    O fao aeename aim: o conflio do caameno inolel no adoda aal odem ocial, ela egine ae: o m lado, a neceidade eal jno ode e confinada foma e lhe inha ido imoa, donde o deaba damoal conjgal; o oo lado, a iao econmica da mlhe e da ciana onaneceia a coneao da iniio, donde o eco eeido foma ealeiene, no caameno comlio. Ee conflio no mai e o olongamenode m oo conflio mai ofndo: o de e eende, no ado da ociedadeaoiia, inaa modo de odo democico. A moal conjgal modificae na medida em e o aceo da mlhe indeendncia econmica e a enada dajende abalhadoa na ida coleia, o m lado, e o conflio eal, o oo,oocam cie eai. O caameno fa ae inegane do iema econmicocaialia e manme, oano, aea de oda a cie a e e jeio. A adeinegao aena m do inoma da fagilidade do modo de ida aoiio

    em geal. O caameno demoonae aomaicamene ando deaaece a abae econmica. Foi o e aconece na Unio Soiica.

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    com oda a hona.

    Ane de aboda o e enameno, ale no eja inil aeena algmanoa mia obe o de Fed, dado e Reich eee inicialmene mio imo doFed aneio a 1920

    3; o doi homen e afaaam m do oo com o decoe do

    emo, egindo eno enido ooo. No limo edio do enameno fediano, a

    felicidade do homem aaece como incomael com ale foma de ida emociedade, eja ela al fo. Com efeio, egndo Fed, o homem aena ode elenamene feli na aifao do e inino. Ma a neceidade de ganha o o e ala cona a naea hoil obigam o homem a ie em ociedade.Coneenemene, ea ai eigi dele a enncia acial ao e inino e oano a felicidade. Poe a naea ininal do homem, elo e fndameno libidinal

    4e

    ela a comonene ageia5e em ooio com a eigncia da ociedade. A

    ida ocial aena, o conegine, emanenemene, obe a eeo do inino.Ea eeo aia em fno da coniio de cada m. Todo o indido o ode

    eimi em ico ma ae da a libido6, deendo a eane e aifeia, ob enade e conai ma neoe. ea elo meno a eoia a e Fed chega em 1929,oi ine ano mai cedo, nm aigo e fico clebe, inhae moado mio maieeado, enando e ea eeo no aognica o cena

    7 no odia e

    iilgio eno de ma minoia e, memo nee cao, de ma maneia inemiene.Ao conidea, oeiomene, a eeo aceel, de foma emanene, maioiado indido, Fed eendia jifica o cae eeio da ociedade. Com efeio,egndo ele, ma ae da libido aim eimida anfomada o blimao. ecio enende o io e a enegia conida na libido, mdando de objeo (o deobjeio), e oa ao eio da ociedade ob a foma de abalho o de ciaoaica o inelecal. Aim conideada, a cena, ao memo emo e ede odoo cae aognico, onae indienel obeincia e ao ogeo daciiliao, ganhando o homem em gandea o e ede em felicidade.

    Enendee e ea eeo elo homem do e io inino maaoeeo conciene e olnia e e ealia ob a eo da ociedade. Eie

    K? (Q ?,1934, ad. e ed. de SINELNIKOFF, 1971), D K J (L , 1932, ed. OileCoe, 1971) e D M P (M , 1929, ado cenada elo P. C. F., blicada em diion Sociale, Pai, noa ado iaa da di. de la Pene molle).3Efeiamene, o Fed aneio a 1920 emenhaae na ia da coneao do caameno, da famlia e da edcao bgea, aiclamene emL blicada em 1908 e noo aigo S ecio em 1912 (ambo faem ae de comilao L , P.U . F . , Bibl. de Pchanale, . 28 e eg. e . 55 eeg.). Deoi de 1930, o enameno de Fed, cada e mai eaccionio ocialmene, conmae em M eA (ambo ediado o P. TJ. F., Bibl. de Pch., 1971), e o ma cica deencanada e em ada, ma aceba, da ociedadeconemonea e da eligio,4Efeiamene, aa Fed, o amo egoa. Une foemene o ee ene i, ma ao ae, e neceio ca do eo da ociedade (M ...,o ci,, . 54). Po io e a ociedade la cona o amo eal, eimlando do ailo e ne, como o almo, e amo Seal inibido e engloba odo o homen, e condena a manifeae do Eo, e diide (, . 6061).5Paa Fed, o homem m animal ageio aa em o imo m objeo de enao (M..., o. Ci., . 6465).6Com efeio, egndo Fed, o gande eeo o conangido, aa obedece lei e moal da ociedade e condenam a eee

    eai, a eimila. Sendo ea aoeeo eio a foa, acabam o e egoa no e efoo e ooba na neoe. Po io,aa eia a doena, m endncia a deobedece lei e a dedicae ao e cio (L M a. ci., . 3637).7 Dee diingie a cena, eeo conciene do inino, do ecalcameno, eeo inconciene. O ecalcameno, de caceaognico, cond neoe. A cena, elo conio, aena ma iao olnia, em incio em conencia aa o eado neoo.Condo, ainda neceio e a ae da libido eimida no eja o demai conideel, em elao e aifeia no ao eal. o caodo acea e coe o ico de e e na mema iao do eeo (cf. Sn. 6), conangido a ma eeo acima da a foa.

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    oano no homem ma foa, o eego, e ineioia ea eo eeio. Oeego fomae oco a oco, dane a infncia, deacandoe do ego. Ao longodo oceo de fomao, o ael do ai fndamenal. ele, com efeio, e fomlaa oibie em nome da ociedade e cia a angia da nio e caaceia oenimeno de clabilidade e emie ao eego agi obe o ego

    8. Pela ao do

    eego, o indido eimi o e inino eme e lhe aeceem

    incomaei com a moal ocial. Aceia igalmene a iniie ligada a eamoal, a comea ela famlia, onde e aende a cena, e o caameno monogmico,e eime a ealidade edindoa ao mnimo eiamene neceio eododa ecie. Dee modo, Fed acaba o aoa oda a iniie, memo a maieeia, dede a famlia ao aaelho de Eado, inclie a moal bgea. O fao deela eem eeia, longe de a ona coneei, lea a legiimla, j e noode hae ogeo ocial em blimao nem blimao em eeo

    9. Pode

    aece eanho, nea condie, e Fed declae gea eligio. Em boa

    edade, a a oio obe ea maia da mai ambga. Po m lado, a eligioaaecelhe como m meio de da moal m aoio lido cona a eola cega damaa ileada

    10. Ma o oo, Fed, bio ae, encaa a eligio com o maio

    deeo, conideandoa m odo do infanilimo da hmanidade. Paa ele, Deno oa coia e ma eeo da oeo aenal, com o e dlo aecocoecio e oeo

    11. Nea condie, a eligio dee e combaida, no oe eja

    ocialmene nocia, ma, elo conio, aea da a ilidade ocial, oe mafoa de obcanimo inelecal. o io e Fed econia, no a abolio damoal eligioa, ma a a biio o ma moal acionalia, oano com m

    fndameno difeene, ma do memo conedo. Ea bee anlie e moadoficienemene o cae oliicamene coneado do Fed chegado elhice. Anoo de ociedade de clae lhe eanha. O fao do Eado ode ea ao eio deineee aiclae ecaalhe comleamene. o io e oda a ociedadem o memo alo a e olho. Toda o m mal neceio, a e a gene em de eeigna, fala de melho

    12.

    8

    M [...], o. ci., . 79 e eg. O eego da ciana fomae imagem do do ai (N C, . 95), endo o ai oeeenane da ociedade na famlia.9 Sob o eeo de e a mlide o inee e deoida de ineligncia e e no goam da enncia ao inino, neceioaega a dominao de eoa e oam ei de eemlo, e oam incia ao abalho e acifcio obe e aena a ciiliao.E, aa e no cedam mlide, e neceio e dionham de meio de coeo caae de aega a a indeendncia (A' I,o. ci., . 1011).10Efeiamene, a gande mlido do ileado em boa ae aa e inimiga da ociedade. Se chegaem a no mai acedia em De,odeeia eme a a eola : abee agoa e j no eie o Bom De, e no h e eme a a ingana, oano ode maae oimo em ale eclo (L'A [...], o. ci., . 56).11O homem , com efeio, ima de ma ila angia: medo da moe, do ofimeno infligido ela ociedade, emo calamidade naai

    ('A o. ci., . 21 e eg.). Dane a infncia, l e o ai, e no oege em oca da noa bmio. Em egida, omo enege a n

    io. Po io inenamo m De e anomo aa a elae ene ele e n a e iemo com o ai. Po e, dane oda a ida, o

    homem conina ma ciana e abe e no ode nnca diena ma oeo aenal (I.,. 33); Sobe a idenificao de m De bom

    o ai eificada aa de m cao clnico, cf. o aigo Un Enemen de la ie eligiee (no memo ol., . 95 e eg.).12Qando Fed conidea ma ociedade melho, onde a oiedade iee ido abolida, aa imediaamene a ejeia em nome da naeahmana, e emaneceia eenamene infanil e ageia (Mo.. ci., . 66 a 68). Efeiamene, Fed deea demaiado o oo (cf.S,n.o9 e 10) aa deeja ma anfomao ocial e memo aa acedia nio. Admie e a fala de ineligncia e a ageiidade damlide o ale conencia da ociedade al como em eiido a hoje (A[...], o. ci., , 11), ma aa logo a egi dida ealgm dia eja oel edca o oo de modo dieo do da eeo (. 12), o e cond a mane e a eea o egime eiene, a cobeoda neceidade de dieo da maa o ma edoelie, cjo cace bg e eca a e.

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    Ao denncia aim a eeo da ealidade. Reich foi leado a aaca,imlaneamene, o aeco aiacal e monogmico da famlia e oibiliam eaeeo. Reoma a cona a cica ooa fomlada o Fed obe aedcao anieal da jende

    20 e, o e no, ma de maneia mio mai

    adical, fa o oceo do caameno monogmico, e maa a enalidade elohbio

    21, elo medo da ociao

    22 e com a obigao do dee conjgal

    23. Po fim,

    eomando ainda m aigo de Fed ecio em 193224, ia, o a e, a concleineene moal ocial eeia e conidea o ao eal como ale coia dejo e lhe oe o amo conjgal deencanado, o nico ooo noa admiao

    25.

    Da ela, no macho, ma eaao ene a ena, eeada eoa, e aenalidade e a olencia ocial lhe emie i aifae com oa mlhee

    26. Em

    conencia dio, acaba o e eifica m aefecimeno da elae conjgai,nealiada o m eeio dibndo aa com a eoa

    27o, elo conio, ela

    fgidia oca de m ae de medoce alidade28

    .

    A a, odee die e Reich e manm na linha do enameno fediano,ane de ee e no infleci no enido do coneadoimo. Poegindo a aefleo em dieo conia, Reich ineogae obe a ao de e de ma moal e deiniie eeia, cja nociidade o io Fed, oiginaiamene. e enialeado a econhece

    29. Paa Reich, a eoa claa. Como a enologia o oa, a famlia

    aiacal monogmica e a moal anieal no eiiam eme30

    . E, eomando aee de Engel obe o aiacado

    31, liga o e adeno fomao da clae,

    20No aigo j ciado obe a moal eal, . 40, Fed de oinio e a ai do ine ano a abinncia nocia aa a maioia do joen.21A imoncia fica de ma lo amena com a a fao (Fed, S a. ci., . 63). Ineamene, ohbio maa o deejo. Fed conidea, fndamenandoe na a eeincia clnica, e em geal deia de hae elae eai a a cincoano de caameno (L M [...], a. ci., . 38). Reich de oinio e io eia difeene e o cnjge cjo deejo e enconaemoaiamene enfaecido, foe acia a a enalidade co: oo aceio. (L R , o. ci., . 195 e eg.), Com efeio, e ocaameno lido, a elae ene o eoo eomaiam o e co aifaio ao fim de m ceo emo, enano e a inedio de eelae foa do caameno, memo ma e, obiga o cnjge e ofe de figide momennea a elae enoa e odem condi imoncia, ando no neoe.22O medo da conencia dimini a ena fica e deoi, com o decoe do emo, a afeio e o nclo eiene (Fed, L M[...], a. ci., . 3839). Donde a ilidade do meio aniconceio aa a boa hamonia eal do caal.23O caameno monogmico, dienando a neceidade e o emlo de e de coniae o aceio, cond a elae demaiado foa efeene. Da ma diminio do deejo, aceleada ainda ela obigao de e elae ando j no e deeja. Qano mai o homem eiaedi e oi ane do caameno, ano mai o e deejo e emboa no caameno (D F O,o. ci., . 180). A elicaoicanalica do fenmeno do hbio e a conencia no ineiamene coincidene em Fed (S , a.ci., . 64) e em Reich (D F O,. 180).24S le l gnal de abaiemen de la ie amoee, a. ci., Sn. 3, cja ee obe a eaao da ena e da enalidade nocaameno eomada o Reich no e imeio gande aigo, em 1922, D K G.25

    Fed, S , a. ci., . 6162.26 Gealmene jno de oia o de mlhee de condio infeio e, eando comelida a aifae ma enalidade conideadadegadane, o neceaiamene deeada, inclie elo e cliene o amane (Fed, a. ci., . 62).27

    Tano mai e no caameno a eoa ecolhida em fno de ma oca inconciene da me, noalgia nacida do comleo de dio, oe no oibilia a elae eai demaiado adene, condenada inconcienemene como inceoa (Fed, a. ci., . 57 e eg.). Deale modo, o maido eceia, ao condie como amane com a mlhe, deealhe a enalidade, o e odeia condila ao adlio,oleado no e di eeio ao homem, ma oibido mlhe (Reich, egndo SINELNIKOFF, o. ci., . 1, . 44).28Com efeio, e a deificao da eoa ode lea imoncia (Fed, a. ci.), mai coenemene o homem comoae com a eoa como ecomoa com a oia. Sendo ea incaae de ogamo, ela da e ambm a elae conjgai o mia e em aiane, noodendo oano deea a enalidade da mlhe, acabando aim ineiaelmene o engenda o degoo e deineee ecoco(SINELNIKOFF, o. ci., . I, . 42 e eg.).

    29O ema do e aigo obe a moal eal ciiliada e o ameno da doena menai na noa ociedade om da eie eaideida ao caameno monogmico, inoel aa a maioia do indido (cf. Sn. 15) e edcao anieal do joen, em aiclada aaiga, aa a maio ae do ai a coninncia eia nocia a ai do 20 ano.30Cf. o Se lio L (S n. 2), no al, eomando o abalho de Malinoki obe o Tobiandee, moa aligao ene o maiacado e a libedade eal.31No e lio obe a oigem da famlia, da oiedade iada e do Eado, Ed. Sociale, 1971, . 55 a 57.

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    elado da aoiao do meio de odo. A famlia e a moal eal, na afoma aal, m oano como fim defende o ineee da clae dominane.Reich, eionado a eonde ao oblema da a oca agiada, no ocaeia a hiia aneio ao caialimo. Conaa imlemene e no incio deeiema econmico, a eeo da ealidade, oando em laga medida o oo,eaa incialmene obe a bgeia

    32. S oeiomene a clae olae

    foam o a e ogeiamene inadida, enano a bgeia, elo e lado,omaa libedade cecene com a moal

    33. Com efeio, medida e a famlia ola

    ia edendo a a imoncia econmica enano clla de odo, ea chamada,em conaaida, a deemenha m ael oliico cada e mai imoane. Poeea no eio dela e e eodiam a ideologia, eaamene aela e eiam oineee econmico da clae dominane

    34. Donde o ineee eemo dienado

    elo Eado bg famlia35

    , dado e o cae aiacal, monogmico e aniealda famlia a melho gaania da a docilidade olica e do e coneadoimo.

    Chegado a ee ono da a anlie, Reich enegae a ma cica imlacel dafamlia, de e demona o mecanimo e ineea o fncionameno a ai daicanlie. Aca em imeio lga o ai, ele memo ima da moal anieal,de eem inao na edcao. Moido o ea moal e ela a ia enalidadeinaifeia condenam o onanimo e o jogo eai do filho, com o ico de oocaneoe infani

    36. Mai ainda, ealmene inibido e infelie no caameno, o ai,

    inconcienemene, aibem ao filho a eonabilidade ela a ia miiaeal

    37. Io leao a adoa elaiamene ao filho, oa ma aide hie

    oeoa, j dennciada o Fed, oa, conoane o e hmo, ma aide lena deeenimeno, o e acaba o fae dele ma ecie de animai domico e eode ama, ma ambm malaa onade. Oa, confome Fed oo, a ciana fomada na famlia aiacal imagem do ai

    38, e no eno o inee e o

    mbolo da aoidade do Eado na famlia. Nea condie, a edcao aemelhae ino do cabo inendo

    * elo agenoajdane

    **, deendo o filho

    32 Vio e a eeo eal acomanhada da ageiidade indienel defea ao ineee econmico da clae oidene (DF O,o. ci., . 170).33

    M ,o. ci., n. 2, ad. de 1934, . 187.34L R ,ed. 10/18, o. ci., . 131132.35Pode aece eanho e o Eado bg efoce a eeo eal ene o abalhadoe ando ea eeo acaea, egndo Reich,ma meno aido aa o abalho e memo endncia neica (cf. Se noa 16 e 17). A io eonde Reich, como bom maia, e ocaialimo, iioneio da a conadie, engenda a ia condie e hode falo deaaece. Reonde igalmene e aeeo eal acomanhada de ma inibio da moicidade e e o modo modeno de abalho em cadeia e lhe ajam efeiamenebem. A libeao da moicidade o ma edcao ealmene no eeia onae ma da ideia fia de Reich no fim da a ida, Jiniia nio na egnda ae de L R ,edigida em 1935 a oio da eeincia edcaia feia em Mocoo o Vea Schmidnm jadim infanil (L R ,o. ci., . 340341 e 347348: cf. o elaio da aiidade da ia Vea Schmid, edigido em 1924 ecja ado ai em Pn. 46 (FeeeioMao de 1969). Uma e emigado aa o Eado Unido e endo enegado o comnimo, Reichabandona cada e mai a iiaia aa e dedica a eeincia de egeoeaia.36 E E (Le aen comme dcae), in P 19261927, 6574, . 263 a 269 (cf.SINELNIKOFF, o ci., 1, . 88). Gf. mai adiane noa n. 40.37O inceo do caameno ooca ano mai a hoilidade da ene o eoo ano a aeo inconciene e ano nada m a aca

    e, endo a ia iniio do caameno ailo e na ealidade e em caa (L R , o. ci., 197). Ea hoilidade, eode aaece difaada o m eni de eema afeio, decaegae inconcienemene obe o filho (idem, . 139).38 Paiclamene em T T. O ai, aainado o cime eal, imlaneamene odiado e admiado elo e aaino edecendene, da em diane obecado ela imagem do ai de e eiam o homicdio omandoo como modelo.*S, no oiginal. N. do T.**A, no oiginal. N. do T.

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    aende a oa o caicho do ai, aa mai ade e ingaem na a iaogenia, da docilidade e eo de manifea eane o ae. clao, ma aledcao no e deenola em ico de eola, obedo na bedade. Ma neaala, a oibio imoa ao filho, e em eecial filha, de e elae eaiemie eimi oda a enaia de ebelio. J Fed inha moado e aigindade fa do joen ee faco e eignado, dado o amo fico e indienel

    ao deenolimeno da a eonalidade39. Io deido mabao, e nocia noadolecene, oi eaia o fanama inceoo infani

    40, oocando a angia,

    com o e ico de neoe e, em ale cao, m enimeno de clabilidade eona o adolecene eceoo diane da aoidade. Fed inha dennciado a inaidoaa o caameno de joen edcado dee modo, em em a abinncia ane docaameno acaeaa como efeio comomelo, coia e ea conia ao objeiodeejado. Reich, ee, ia eciamene na edcao anieal do joen ma olicaeendida ela ociedade, dado e imoel oa o caameno ealmene

    eeio em ma edcao anieal ia

    41

    . Dee modo o iema eeaede geao em geao, aeandoe cada m a fae o filho ofe ailo o e eleio ao, a fim de ena aliia a a eno Aim, de m gole, e eeama mediocidade, a docilidade e a imbecilidade indienei manilao da maaelo ode, e ee ome a foma de m Eado ecnocico, e a de m gia,encanao diea da figa aena

    42. Dea oe, ela eeo da a ia

    ealidade, e o ona dcil e obediene, o io eloado aoa a odemeconmica e aega a a eloao; o io ecalcado eal aoa a odemeal e einge a a aifao, e a a afeiidade defomada leao a la cona

    a noa odem e coeondeia a neceidade, O nico meio de ai deaiao la ela libeao eal do homem e, ao memo emo, dei, elaeolo, o iema econmico e aliena ealmene o abalhado, aa melhoemii a a eloao

    43. Ee combae aa ela denncia da eligio. Poe, mai

    do e a ineno do m ai imaginio, e no oege em oca da noa bmio44

    a eligio aa Reich, acima de do, m meio de la cona a angia nacida damabao. O enimeno eligioo om, com efeio, da eciao eal deiadade fim e de conedo, como o oa o conedo eal da eeincia acica

    45. Mai

    39La Moal eelle ciilie, a. ci., . 40. Fed aibi a mediocidade inelecal da mlhe a edcao anieal mai igooa e a do

    homem (. 42).40A edcao da ciana ealiada egndo o incio fediano no obe nnca a mabao nem o jogo eai (cf. Vea SCHMIDT,bocha ci., . 1516 e . 24 a 26 e L R ,o. ci., . 348). Com efeio, o fenmeno nomai deido ligao eal ao ai deeo ooo (comleo de dio). O fao de e oibi ea ica imlica o ico de cia na ciana m comoameno neico (LR , . 136137). Pelo conio, a mabao no adolecene j eia m ma hbio. Poe, alm do fao de no eeeale enegia e o conencia abi a oa facilidade e faea de cace, nea idade, a mabao, eia ma egeo idaeal infanil (Fed, L M , a. ci., . 42).41L R ,o. ci., . 169. Segndo Reich, a eaica oam e a maioia do joen e ieam ma eeincia eal anedo caameno m oeiomene elae eai eaconjgai. Io no e em conadio com Fed oi ee afima e, em ega geal, a

    joem igem ane do caameno e condenada a e ma eoa fgida (S le l gneal de abaiemen, a. ci., . 62).42

    Sobe a idenificao do Fhe nai com a figa do ai, cf. L P ,o. ci., . 51.43 Tal o ano da imeia ae do lio L R , onde Reich, ciicando o elogo efomia, defende e no e ode

    efoma a ealidade em aboli o caameno monogmico e o iema econmico e o engendo.44 ea a ee fediana (cf. S,n. 11) e Reich no ejeia, ma acha inficiene e em ae enea (P ,o. ci., . 120).45 Reich efee o delio de nmeoa eligioa, e acediam e a noia do Cio (P ,. 114), ma odeeam ciamio oo eemlo nee enido, como a oeo. Fed ecee m noel aigo, em e aoima o eeccio eligioo do delio

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    eciamene, o enimeno eligioo ma lo deiada do coio aa ahomoealidade aia, e o andoo mai efica da ealidade iil flica. Oadolecene, deejando eimi a a ealidade, encona aim na f o melhobio e emdio aa a a angia. Lamenaelmene, a homoealidadeaia em ma eonncia maoia e ooca no cene ma aide hmilde ecloa, adindoe na oeno docilidade no cica, cena na aoidade e

    adaao fcil iniio do caameno46. Qe die, a eligio e ligada demaneia indiolel eeo eal, oi e a f em oigem nea eeo. E aeligio cia a mema conencia e a eeo, a abe o (DE,oba ci., . 144145.) e a aceiao de oda a foma ociai de eloao.Io elica e a Igeja

    47 eme enha defendido a famlia aiacal e o caameno

    monogmico e e o e ideal eja a ida acica, e emie o nacimeno e aoagao da f

    48. Io elica ambm e, endo o e ideal ocial o memo e o da

    ociedade bgea, enha ligado o e deino defea e obeincia dea

    ociedade

    49

    . ceo e o ciianimo omo de emimo do jdamo, emboa com

    algma aenao, a a conceo aiacal da famlia, com do o e io imlica dedeeo ela mlhe

    50 e de bodinao da eoa e do filho elaiamene ao

    chefe de famlia51

    . De modo idnico o caameno concebido de foma miocomlia, obedo elo Pade da Igeja, aa em a a ao de e aociao, em confomidade com a adio hebaica, O e imlica a condenao daelae eai e eaconjgai

    52, aim como de oda a foma de caameno

    ceei de ejdica o ineee do filho: caameno oligmico e olindico53

    ,

    obeional (A , em LA ,. 83 a 93) e nmeoo abalho foam feio o iiaaobe a elae ene o miicimo e a ealidade.46P ,. 120, Sobe o cace maoia, cf. o aigo de Reich D C,in I P18, 1932, . 303 e eg. e o e lio C A,. 214 e eg. Reich oa a e o maoimo e deia do ae genialaa oca o ae anal (C A,. 240241) e e a a aide feia de aiidade e onanimo.47L C ,o ci., . 71. A eeo eal eecee no imeio 4 o 5 ano da ida no ineio da famlia. Deoi, aa a Igeja aeecla (P ,o. ci., . 24).48A ideia emiida aalmene elo elemeno mai aanado no eio da Igeja aecem conadie ee ono de ia. Todaia, ecioefei e, elo e conheo, o ade eedia de foma algma em em caa o cace coecio do caameno. Ao eiindicalo aa imemo, aena eo a eclama ma io e j ieam noo emo (cf. I)e e fala oa e de fao ealmene meno eadae o celibao, Qano edcao eal do joen, ambm a, e e aiba, no e aana gande coia. A ee eeio, ineeane comaa

    o P (Cdi, Laanne), e d ao joen conelho eai mio ecio ( 97 e eg.), iniado ali na bocha deReich obe o combae eal da jende e, o oo lado, m lio como a L (Mece de Fance, 1968), ambmele eolcionio em mio aeco, ma onde, gia de efoma eal, a ciana calica e o edigiam econiam o celibao do adee do ofeoe, e die a a caao (. 114116). Eie ma ado ogea dee limo lio, blicada o Edioial Peena,Liboa, ob o lo C . N. do T.49P ,. 112. Cona Ma, Reich ena e ecndaiamene e a Igeja ee o ineee da clae dominane, endo aindaea fno ocial elaiamene ecene, memo e, oliicamene, aaece iada em imeio lano.50DUMAS, L M LE ,Coll. Lee chienne, Ed. d Cenion, . 9, 11 e 17. De fao, abndam no Eangelho e no Padeda Igeja eo e condenam a fiolidade e a coeaia da mlhe, conidandoa a lea ma ida aagada, aea e ecla.51

    Sobe o ode maial, cf. LEPOINTE, L F A D, 7 ed., Doma Monchien, 1956, . 101 a 103 e .147 e, obe o odeaenal, . 113 e eg. e 190 e eg. Na edade S. Palo oclama a igaldade de incio ene o homem e a mlhe (Palo, I ao C,VII, 4),ma ao memo emo conida a mlhee a eem bmia ao maido (Efio, V, 22 e 33). Com efeio, a Igeja aena ejeia o iilgio domacho o do ai ando enam em conflio com a eigncia da eeo eal e, em maia aimonial, a mlhe aena aoiada aoma iniciaia, ando mio, em cao de ancia o imoibilidade do maido (cf. Leoine, em aicla . 169).

    52Em incio aa o homem e aa a mlhe (LACTANCE, D. ,VI, 23, 24) em confomidade com a adio jdaica e nia da memamaneia o adlio do homem e da mlhe (DUMAS, o, ci., 11).53O Eangelho no faia nem de m nem de oo, oe inham cado em deo, memo o imeio, h mio emo. Todaia, ineeaneobea e no Dieio Cannico e conidea a oliandia oibida elo Dieio naal imio, enano e a oligamia aena oibida eloDieio naal ecndio (ESMEIN, L D ,2.aed., . I, eia o Geneal, 1929, . 75). Com efeio, a oliandia conia aoaiacado, enano e a oligamia nicamene a a foma acaica, ainda em igo no emo de Moi. Po io, ode eme egi, e a

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    nie inceoa o egnda ncia a dicio54

    . Io imlica ambm acondenao de incio de oda a manifeae enai e no enham o fimnico a ociao

    55, no endo memo algn do Pade da Igeja heiado em

    eingi a elae a ceo eodo o a ceo dia da emana. Todaia, aaece aomemo emo em S. Palo, em confomidade, aece, com a oinio de Cio, maconceo diea do caameno. Poaelmene eocado com a eema libedade

    do come do e emo, S. Palo conidea o caameno como m emdio aa aealidade, deendo a maio ae do homen e mlhee aecelhe incaae decaidade, memo elaia, ao o e eiam de oca no caameno o meio deaifae o e enido

    56. Ea conceo do caameno de m libealimo mai

    aaene e eal. Poe, e fa com e e conideem a elae eai conjgaicom ma cea indlgncia, em comenao lea a condena mai igooamene ennca a elae eaconjgai, em nome do ecoadoo e com o caamenolegimo e enende facla enalidade. Melho ainda, ea conceo lea a facilia

    o odo o meio a conclo do caameno, foem ele emao oconeado. Io elica e e enha emiido, dede cedo e em gande heiao, ocaameno de ciana de 14 e 12 ano e e e enha dienado, elo meno aincio, o conenimeno do ai e a eena de m ade. Alm do mai, ma alconceo condi a fae do dee conjgal ma obigao igooa, ancionadajidicamene e e nada, nem memo a lea, odia diena

    57. Em ma, a

    indiolbilidade do caameno aena a efoada de ma al conceo. No endo ja ociao o e nico fim, ecae o dicio o eeilidade da mlhe, dedee o eoo enham elae eai, memo e mio oco calooa. Condo, a

    eoia do caamenoemdio aa a fonicao aece ecandaloa a m gandenmeo de Pade da Igeja. Deee die e o io S. Palo oclamaa aeioidade da caidade obe o caameno

    58, odendo coneenemene o cio

    caado conagae ineiamene ao eio de De. E S. Mae chega a a faladaele e e fieam enco aa ei o eino do c. Hoe memo emegie ee conelho lea

    59. A maio ae do Pade no chega a io, ma a ae

    neceidade o eigem, como e eifico, o eemlo, no c. XVII, ando a diea de Nembega, em 14 de Feeeio de 1650, aoia cada

    indido a deoa da mlhee dane o de ano egine a fim de bii a olao diimada ela gea (FUCHS, S,Renaiance, . 40, ciado o REICH, R ,o. ci., . 206207).54A indiolbilidade de incio do caameno oclamada dede o comeo (Mae, XIX, 8), o e ano mai noel ano conaiaodo o o aneioe, ano jde como omano o gemnico.55Io dede Cio (Godefo, aigo caameno, no D T ,. 9, 2, 1927, col. 2047). Sano Agoinho condena o aoeal e enha como objeio a olia canal, e no a ociao ( col. 2094), oe a ociao ed o ado da cacia (D ,. 3, 166). So Jenimo chega a conidea adlio m amo conjgal demaiado adene (C J,. I, 49).56 Ma e no odem conee, caeme; oe melho caa do e abaae (I ao Conio, VII, 9, ad. Segond). Conae com ocaameno aa modea o adoe da naea (Joo Ciomo, Homilia 21 obe a Gnee, ca. 4) e maa o deejo de mdana e e nohomem (,de ig. 25), oio e Reich no deio de confima. O memo Joo Ciomo conidea e De cio o caameno aa aociao, ma, endo o, ecado feio a naea hmana ede o e eilbio imiio, o caameno em o fim eencial, a ai da,emedia a concicncia (GODEFROY, a. ci., col. 2089).57Cada eoo em cona o oo a oibilidade de moe ma ao jdicial aa o foa no dee conjgal, odendo memo o ibnal ineidieamene. A ena o mio eada, iolao da mlhe elo maido admiida e, em incio, a Imoncia emie ecaa ao dee

    conjgal ESMEIN, o ci., . 2, (eia o Daillie, . 7 e eg.). Se o caameno m emdio aa a inconinncia, cada m do eoo em eaifae a enalidade do oo, e neceio foa, memo' ando no eeimena nenhm deejo. No aece e Reich, e ma gandeena, enha ido conhecimeno de ai abeae e aoiam efeiamene a a ee.58Qeeia e odo o homen foem como e (I ao Conio, VII, 7, ma ambm 8, 37 e 38: De oe e o e a d em caameno, fabem; ma o e a no d em caameno fa melho).59Como Ebio e e caa (GODEFROY, a. ci., col. 2072).

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    oalidade de ene ele60

    admie a eioidade da caidade obe o caameno e,indo mai longe, aaca em heia o io caameno, condenando a egndancia a ie como m edadeio deboche

    61, ealando a coninncia no

    caameno e conideando aele e ecolheam e filho como cio de egndafila, de cae faco e medoce. Ea conceo eeia obe o caameno eiamene combaida no eio da ia Igeja elo e iealimo

    62. Ma nem o io

    deia de condi ao celibao do ade63, ao econhecimeno jdico ela Igeja dooo de coninncia onnciado elo eoo e ao decdio lanado obe aegnda ncia

    64.

    Cada ma dea concee em eena maco o Dieio cannico. Foamaaecendo, bjacene, de cada e e e i eglamena o caameno, e eaae da a efeiao, e da a diolo. aim e no c. XII e afonamdoi eico, m ialiano, o monge Gaien, o oo fanc, o Bio Piee Lombad. Oimeio defende, na encia, e ma nio conenida, ma no conmada, ode

    e diolida em ceo cao, e a Ecola de Bolonha iia a ecia, diingindo oio:odo aele em e e deeee de m dia hae elae eai nomai. Eaeoia ae, com oda a eidncia, da conceo alina ealia do caameno: endoee m emdio aa a concicncia, no ode eii na ancia de elae eaiaifaia, eene o fa. Pelo conio, Piee Lombad conidea e ocaameno amene conenal, o e e ad o conidelo efeio edefiniio a ai da oca do conenimeno, memo ando no hoee nemdee i a hae elae eai. Piee Lombad alida dee modo o caamenobanco, em nome, com oda a eidncia, de ma conceo obe eeia. A daee coeiem dane algm emo, ma em Ilia, a oa em F,ma, a aido fim do c. XII, o Paa Aleande III efea a a conciliao nm enido laeeio

    65 de al modo e, ao conjgla, deia de hae ale ecaaia do

    caameno. Com efeio, Piee Lombad no conideaa o imle noio comodefiniiamene comomeido no caameno, oe inham aena ocado maomea de conenimeno, no m conenimeno definiio. Qano a Gaien, eee no faia nenhma diino ene noiado e caameno, eigia elo meno, aa

    60 S o laia (Helidi, Joinien) afimam a eioidade do caameno obe a igindade, ma o acado o io de coo e S.Jenimo aacao iolenamene.61Aim, o eemlo, Teliano, aa em odo o caameno a ie m adlio (GODEFROY, a. ci., col. 2081 a 2083). Da memamaneia, Ogene coloca o io e olaam a caa ene o cio de egnda fila, ene aele e caecem de e alo (Homilia 17obe Lc. 11). Qano eceia ncia, o aada de ecndalo e a egine o claificada de egnane (Gegio de Naiane, 209 oBalio, Caa, 188, 4; 199, 50 e 217, 80).62

    Poe, no limie, ai concee condiiam ao deaaecimeno da aa hmana. Condo, Sano Agoinho no e aa com ea ideia.Paa ele, o fim da ecie aena faia acelea o adeno do Reino de De (D ,n. 10, col. 381). Joo Ciomo, ambm ele, noe aa com a ideia de e a aa hmana dee deaaece (QURJAULMES, L o. ci., . 34) e Teliano chega a die e cloo ee filho ando a infelicidade do emo mai deea faia deeja a moe do e e m. (A ,1, 5, col. 1282). Eaendncia iealia foam combaida em nome de S. Palo, e declao o eeida ee no e ecado ee caa. (I ao Conio, VII,38, cf. Sn 90 e 36: Ma, e algm conidea deonoo aa a a filha aa a idade nbil, e neceio cala, e faa ailo e e;no eca o io'; caea).63S. Palo aena eige do bio e foe maido de ma nica eoa (I, Timeo III, 2 Tio, 1,6), o eja, e no caae egnda e. Ma no

    clo III inodida a oibio do ade e caaem. A a dio aoiae o homen j caado a odenae, com a condio de faeemoo de caidade e de obeem o conenimeno da mlhe, a al eia ambm de fae oo de caidade e faee eligioa.64Cf. LPOINTE, oba ciada, . 87, 89 e . 135156. No o homem caado em egnda ncia no odia odenae, de acodo com a alaade S. Palo (cf. S63), ma ambm a beno ncial ea ecada egnda ncia, emboa io no a inalidae (cf. Sn. 61).65 O aoe eiam dedicae a ma anlie aofndada da ae dea conciliao. Conename em inoca, o dalimo incmodo doiema (ESMEIN, I, . 137), ma no elicam oe e a conciliao foi feia nm deeminado enido em e do oo.

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    e a nio foe definiia, e iee ido conmada. Podiae oano ecaa docaameno, e em Fana, endo elae eai ma emanecendo noio, e emIlia, conenindo no caameno ma eiando eiamene conmlo. A aconciliao da da ee, ea da oibilidade deaaecem, oi Aleande IIIeabelece e m caameno definiio memo ando no conmado e, almdio, o imle eonai egido de elae eai condem aomaicamene ao

    caameno. nica eceo admiida: a imoncia do eoo, e e admie coniim imedimeno e ona nlo o caameno, ma io foi admiido no em heiaee eco em elao ao Dieio eeio, e a ao dada aa ea eceo (o medo dee a mlhe iee a aaina o maido imoene) dificilmene ode e conideadade libeal e moa claamene o ga eemo de coeo eal a e e inha chegado.

    Se no debamo agoa obe o oblema do dicio, chegae memaconclo da eincia de ma eeo eal cecene. Dane mio emo,acando com o come, a Igeja inhae io comelida a admii o dicio,

    cona o e incio, em oda ma ie de cao. A clo de la, o caamenoonae efeiamene indiolel em meado do c. XII. Condo, no e diiaeeio a ma da caa oei de dicio, a abe, o adlio da mlhe, a Igejaiae aeada ene da eigncia conadiia: o cae comlio docaameno, e leaa a no admii nenhma caa de dicio, foe al foe, e ocae aiacal da famlia, e emiia ao maido, de acodo com ma adio mioaniga, edia a mlhe

    66 o memo mala com o cmlice

    67. Se, no Eangelho,

    Maco no fa alo a m oel dicio o adlio da mlhe, em conaaida,Mae aoia, em magem aa dida, o maido enganado a edia a eoa, Pomio emo acila o Dieio cannico obe ee ono, oa oclamando aindiolbilidade do caameno, oa abindo ma eceo em cao de adlio daeoa. Na ica, gealmene, o maido maaa a mlhe e a Igeja emiia e oaaino olae a caa. Ea olencia acabam definiiamene no c. XII. Omaido enganado e foado a conina no caameno. O dieio limiae aconcedelhe a eaao de coo

    68 e a oibilidade de ocea a mlhe

    ciminalmene69

    . A Igeja ecolhe oano a eeo eal, efoando o caecomlio do caameno, memo aea de e e ejdica o iema aiacal.

    Na eo do conenimeno do ai aa o caameno, a Igeja defonoecom o memo oblema. Defende o aiacado condia e oibi o caameno a eo ai no ieem dado o e conenimeno. Po oo lado, a eeo ealimlicaa e odo aele e no manieem a caidade foem comelido acaae o mai deea oel, a ai da bedade e em enae, nem memofamilia. O oblema ea aiclamene gae oe em odo o ae onde oaiacado imeaa, o caameno ea m conao ene da famlia e nha em

    66Tano ene o jde (DUMAS, o. ci., . 15) como ene o omano o o gemano (TCITO, XIX, 2).67Tambm na W(ESMEIN, 2, . 84).68Aim como mlhe. Condo, heiae em onncia a eaao e o maido edoo mlhe adlea, o e m egio do anigo igoligado ao adlio da mlhe (ESMEIN, 2, . 108).69Coia e a mlhe no ode fae em cao de adlio do maido (ESMEIN, 2, . 3).

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    jogo ineee maeiai, de al modo e eam o ai e, de fao e feenemenede dieio, caaam o filho. A Igeja comeo oano o eigi o conenimeno doai aa o caameno. Poeiomene decidi o conio. Na ica, efeiamene,no e mio bem como e ciana de 12 o 14 ano, ineiamene deendeneda famlia, e odeiam caa em o e conenimeno. Alm dio, o ai inham ocome, em eecial ene o nobe, de omee o filho dede mio ane da

    bedade70. E ee eonai imlicaam oeiomene, em incio, a obigao deconai maimnio, e o ai da da famlia no enaem em acodo aa oome

    71. Nea condie, o ai, enhoe da omea, eamno ambm do

    caameno. Dane mio emo, a Igeja admii joen deem e aimomeido em e e lhe edie a oinio. Ma, a ai do c. XI, aa a eigi eo imbee omeido elo ai aificaem ea omea, ma e chegado bedade. No c. XII, com o imeio Renacimeno econmico, odeme,incialmene em Ilia, ofnda aleae ociai. Algn joen, em geal ado da

    noa bgeia, omiam o noiado e caaame, mia ee clandeinamene, emo conenimeno do ai. A ai de eno, o aae cona o Dieio cannico,acado de demaiado oleane, no mai ceao. Algn canonia, eciameneem Ilia, cedem e eigem o conenimeno do ai aa o caameno do filho emdiino de idade nem de eo. Ma a Igeja eie. Seia neceio eea elaRefoma e elo Concilio de Teno aa e o caameno clandeino aem a eoibido, endo obigaia a eena de m ade e de ia eemnha, ob enade nlidade

    72. Ma o Concilio acabaia o conegi mane o incio de e o filho

    e odem caa em o conenimeno do ai, noma e foi aleada ela legilao

    eal.

    Tdo io moa e, ainda ai, a Igeja ecolhe, emboa em condie difcei,a ia da eeo eal aa do caameno comlio, oondoe o noma eo aceo ao caameno foe o fcil

    73ano a a oa ea imoel. Po ma

    al olica? Sem dida oe, como afima Reich, eligioidade e eeo ealeo o naea indiolelmene ligada.

    A ee eeio, indbiel e nnca a Igeja mdo, e a a concee

    70ESMEIN, 1, . 130. Com efeio, o noiado ea m conao ene da famlia (,. 107108), endo feene ee o objeio, ene onobe, mane a a (,. 107).71

    O noiado ea, efeiamene, m conao concldo ene da famlia, acomanhado gealmene de agameno de aa e de enalidade emcao de a (ESMEIN, 1, . 155). Como odo o conao, odiam oano e omido o acodo ene a ae o, nilaealmene, emalgn cao (I, . 182183). Foa dee cao, ale a nilaeal faia ena em ao a enalidade eia. Alm dio, emincio, o noio o a noia cjo eonai inham aim ido omido, no mai odia caae, (I,. 154), incialmene e o eonaiinham ido jado. Qe die e o noiado ea mai do e ma imle omea de caameno, ma m edadeio caameno oaneciao.72

    O caameno, de conenal e ea, dede o fim do c. Xll onae aim m conao olene. A Igeja j no e conena em alica enacannica ele e e caaam em a eena de m ade, conideando eme a nio como lida (cf. n 86). Da aa o fo ocaameno dee e conado, ob ena de nlidade, na eena de m ade e de da o eemnha. No foam ecio meno deao ojeo ceio no Concilio de Teno aa e a Igeja chegae a ea lima concee, ob a eo da aoidade eclae.Conm obea e e a eena do ade eigida ob ena de nlidade, bno ncial nnca indienel aa a alidade do caameno,

    o memo e aando com a blicao do banho. Io emie o caameno eceo, concldo em banho, em eena de m ade e deeemnha dicea. O Eado eagi cona ea ica e coninam a ona oei o caameno de joen, em e o ai ieemconhecimeno, gaa cmlicidade da Igeja. Po io, m deceo do Palameno de 12 de Abil de 1698 eige a bno ncial em iolao doDieio cannico (cf. LEPOINTE, o. ci., . 255 e eg.).73Memo ando foe ecio i cona o ode aenal e a aoidade familia. o e eifica Emein, ao ainala e a Igeja no heio emenfaeclo aa facilia a conclo de caameno na idade em e a aie m a maio foa (o. ci., . 91).

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    obe o caameno comlio e manm ainda no noo dia74

    e e, e na IdadeMdia de moa de heiao, foi, como algm mio bem ainalo, meno oedidae do e incio do e ela neceidade, dada a a iao, de anigicom a ealidade. Poe, enano einaam a anaia olica e a balidade docome oeniene da inae, a Igeja e ia na imoibilidade de imo o eono de ia. Ma deee conaa ambm e a Igeja no emanece aia

    eane a deodem, eea de e ela ceae o i aa legila. Toda a a aoende, e io dede mio cedo, no a diole o fedalimo, no al e inha inegadoe cja anaia eia o e io ineee, ma a limia ailo e ea anaiadee e de eceio. Poi inha concincia de e e o egime fedal neceiaade ma cea deodem aa e jifica, engendaa em conaaida eceo e,no conido, odiam ooca a a eda. Po io oda a ao olica da Igeja naIdade Mdia ende, o dieo meio, aa fae eina ma a elaia e, elaeocacia onifical, a aa o belicimo do Eado fedai. Dee ono de ia, a a

    olica familia o comlemeno indienel da a olica ocial. Com o e enidoagdo da ealidade, a Igeja comeende mio cedo, como ecee Chnon, e aeabilidade do Eado aena obe a da famlia

    75 o, o oa alaa, e

    famlia dcei o a melho gaania de ma odem ocial coneadoa. Ao falo, aIgeja deenole, elo memo moio, o memo combae e odo o odeeolico eacionio, foem ele ai foem, oe odo, de Ealine

    76a Hile

    77,

    aando o Vich, aibam ma imoncia eema famlia na ooo daneceidade e eniam de ma hieaia eel da elae e de ma jendedicilinada elo [...] milhe de lae e eem de ono de aoio aoidade

    78. O

    fao no noo, oano, ma ailo e Reich e a clao o conedo aniealdea oliica familia eacionia, dado e indienel a deealiao do indidoelo caameno comlio, e e e obe cidado dcei. Qe Reich enha iniidodemaiado obe ee aeo, em deimeno da fno econmica da famlia, eidene, e io lhe ciicado elo io fedomaia. Ma nem o io meno o mio e cabe a Reich o e chamado a aeno aa ma maiaoalmene decada ane dele. Qe a a anlie eja, ao meno acialmene, deoma em conideao, hoje aeado ela imoncia e ame, nee mndomoibndo, o oblema eal; o m lado, a eola do joen, e eiindicam o

    74Como bem eemnham a hoilidade onifcia conaceo o ao dicio e o e aego ma conceo deenaliada do caameno.

    75C, H D , . 2, 1, 1929, . 93).76A ai de Deembo de 1917, a Unio Soiica emeende a eo da famlia comlia: biio do caameno legal eia nio lie,dicio dado em eie, adlio no eimido, edcao da ciana ela ociedade, dieio ao aboo, o lie do odoaniconcecionai, eo da legilao eeia da homoealidade. A a moe de Lenine e eecialmene a ai de 1933 a bocaciano ode emeende a liidao dea legilao ogeia. Ao memo emo oca da jende ma edcao anieal obe o emada caidade, conideada neceia edificao do ocialimo e em Janeio de 1934, na ala de ga olica, o homoeai oencaceado, endo doi mee mai ade a homoealidade conideada como cime ocial e nida com oio ano de io. Sobe do io cf.

    a egnda ae de L R de REICH (o. ci., . 229 e eg.).77

    No egime nai, e o Fhe a encanao do ai (cf. noa 42), a ia e a nao o a eeenae da me e da famlia. O enimenonacional dee modo o olongameno dieo do lao familia e enaae, como ele, na fiao me. Goebbel fala conanemene de noame Alemanha e a defea da famlia o imeio mandameno da olica nai (REICH, P , o. ci., 46 a 49). O egime de Vichilia igalmene o ema, abalho (aa o caialimo), famlia (bmio ao caialimo) e ia (moe elo caialimo).78TROTSKY (L R ,ciado o CATTIER, o. ci., n." 2, . 140).

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