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Ano XVIII | R$30,00 Edição 144 - nov-dez 2013 / jan 2014 Hora de fazer as melhores escolhas ACONTECE BRASIL Formadores de opinião recordam êxito da revista nesses 18 anos +FOCO O poder de encantar o consumidor VITRINE O jeans contemporâneo dos anos 1990 TENDÊNCIAS que move o mercado brasileiro Jeans Olheiros do jeans revelam o que vem por aí Como avaliar produtos licenciados

World Fashion 144

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É o Jeans que move o mercado brasileiro! Confira tudo sobre a temporada de moda e varejo do mercado brasileiro.

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Ano XVIII | R$30,00Edição 144 - nov-dez 2013 / jan 2014

Hora de fazer as melhores escolhas

ACONTECEBRASIL

Formadores de opinião recordam êxito da revista nesses 18 anos

+FOCO

O poder de encantar o consumidor

VITRINE

O jeans contemporâneo dos anos 1990

TENDÊNCIAS

que move o mercado brasileiroque move o mercado brasileiroJeans

Olheiros do jeans revelam o que vem por aí

Como avaliar produtos licenciados

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Ninguém vai maisquerer usar outra peça de roupaChegou Emana® Denim, a mais nova descoberta da Rhodia que une a tecnologia inovadora do Emana®, com o tradicional e versátil Denim. O resultado é um jeans inteligente, altamente funcional, que combina moda, conforto e praticidade ao dia-a-dia da mulher moderna.

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+ MOVIMENTOUm novo momento. Novas oportunidades.

+ VITRINEO encantado mercado do jeans

+BALCÃOTem fast fashion no Quadrilátero do Luxo

+fOCOWorld Fashion 18 anos

+dOssIEjEANswEAROs novos caminhos do vintage

+ACONTECE BRAsILMinas Trend: um inverno bem esportivo

+ACONTECE BRAsILSPFW: hora de fazer as melhores escolhas

+pOR dENTROConfecções peruanas descobrem o mercado brasileiro

+TENdêNCIAsO jeans contemporâneo dos anos 1990

+gEsTÃOQuem se surpreende com o futuro é porque está preso no passado...

+COMpORTAMENTOComo avaliar produtos licenciados

+MERCAdOJeanswear supera ileso estagnação da indústria do Vestuário no Brasil

+ONLINEO celular pode atrair ou espantar clientes. Você decide.

+sEu NEgóCIOFomalizar prestadores de serviço pode ser bom negócio

+suA LOjAOs Surrealistas

Diretor: Luiz Cezar Pimentel | Publisher: Yuko Suzuki [email protected]: Eleni Kronka [email protected] | Colunistas: Antonio Gondim, Arnaldo Rabelo, Carlos Ferreirinha, Edson D’Aguano, Marcelo Prado, Noemi Saga e Paulo Delegá | Colaboraram nesta edição: Fernanda Calfat, Henriete Mirrione, Marcela Leone, Marina Sprogis, Otávio Pereira Lima

Gestão da marca: Céu Branding | Projeto Gráfico e Design: Guilherme WatanabeJornalista Responsável Eleni Kronka – MTB 12.882 | Publicidade Vera Lopes [email protected], Eduardo Pimentel [email protected] | Ligia Ferrari [email protected]

World Fashion + Varejo WORLD FASHION + VAREJO é uma publicação da World Fashion Editora e Eventos Ltda. Fone: (11) 5535-7709 e (43) 3343-1925. A World Fashion Editora e Eventos Ltda, não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos de seus colunistas. É terminantemente proibida qualquer forma de reprodução do conteúdo – textos, fotos, ilustrações – desta publicação sem a prévia e devida autorização dos editores. Nenhuma pessoa está autorizada a retirar qualquer tipo de material em nome do WORLD FASHION+ VAREJO. Em caso de necessidade, o portador deverá ter em mãos carta assinada pelo editor.

www.worldfashion.com.br

Crédito da foto capa: look de Alexandre Herchcovitch por Márcio Madeira/Divulgação

Material impresso na Gráfica Idealiza.www.idealizagraf.com.br

Se alguém tinha alguma dúvida de que o jeans move o mercado de moda made in Brazil, essa nuvem acaba de se dissipar. A boa notícia está nas páginas dessa Edição Especial do Jeans, e tem por base o Estu-

do do Mercado Potencial de Jeanswear no Brasil, realizado pelo IEMI, que mostra que o segmento tem crescido acima da média nos últimos anos e – melhor ainda – continua em curva ascendente. Tudo isso apesar da variação cambial, da entrada de artigos estrangeiros e da falta de uma política de incentivo para a indústria têxtil brasileira.

A capa desse Especial traz a imagem que sintetiza o dinamismo do setor. A foto, captada na passarela de Alexandre Herchcovitch, no Fashion Rio, mostra o look confeccionado em denim da brasileiríssima Canatiba que, graças ao fio Emana, da Rhodia, tem poder de estimular a microcirculação sanguínea e, para o público feminino – tão ávido por novidades – produzir o sonhado efeito anticelulite. O chamado Beauty Denim e seu efeito cosmético são prova de que a indústria aceita o desafio de renovar-se pela via da pesquisa, do marketing e da tecnologia.

WORLD FASHION + Varejo traz também os lançamentos das marcas mundiais mostrados na Bread & Butter Berlim e no Denim By Première Vi-sion, de Paris. Fala sobre as interpretações que as ruas europeias e nova-iorquinas dão ao jeans con-temporâneo, e revela aos varejistas propostas ino-vadoras para fazer do jeanswear, na vitrina, objeto de desejo aos olhos do consumidor.

E se desafio é parte integrante do setor, é com ele que a nova Diretoria da Abit se depara nesse início de ano. Rafael Cervone Netto assume a presidência da entidade para o triênio 2014/16, tendo como vi-ce-presidentes os empresários Ricardo Steinbruch (Vicunha), Vicente Donini (Marisol) e Francisco Ferra-roli (Rhodia). Engenheiro Têxtil, 1º Vice-Presidente do CIESP, Presidente Emérito do Sinditêxtil-SP, Membro do Conselho da Abit e Diretor Executivo do Texbra-sil, Cervone afirma que assume a entidade com o empenho de “defender, inovar e incrementar ainda mais o nosso setor têxtil e de confecção”.

WORLD FASHION + Varejo, como todos os pro-fissionais que encabeçam esse cenário, sente-se comprometido diante do momento atual e dispõe-se a trazer a todos, para que o setor têxtil e de con-fecção atinja com eficiência as suas melhores me-tas, o que de melhor pode oferecer: a informação.

Eleni Kronka

É o Jeans!

Um Feliz 2014 aos amigos, clientes e a todos da cadeia têxtil! São os votos da Diretoria e Equipe do WORLD FASHION + Varejo

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6 nov e dez 13/jan 14

Não estamos somente vivenciando uma ne-cessária descentrali-zação do consumo, mas também o ge-

renciamento direto das mar-cas e grupos que, durante anos, negligenciaram o Brasil como prioridade de gestão e investimento direto. E isso será fator decisivo para o fu-turo do mercado brasileiro.

Esses dois fatores transfor-marão todo o cenário, geran-do oportunidade que pode-rá, pela primeira vez, garantir e sustentar o futuro da ativi-dade no mercado nacional.

A excessiva centralização do consumo na cidade de São Paulo inibiu, durante muitos anos, o interesse das marcas em investir em nosso

Definitivamente o mercado brasileiro passa por uma profunda transformação do gerenciamento de oportunidades do segmento do Luxo

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mercado porque, acima de tudo, não enxergavam com clareza a geração de novas bases de consumidores.

O Brasil agora já não é mais somente São Paulo. E isso é de longe uma excelente notí-cia. Estamos agora falando de oportunidade de consumo de luxo em diversos lugares do Brasil e em regiões nas quais jamais a aquisição de produ-tos de luxo teve expressão.

A cidade e o estado do Rio de Janeiro retornaram ao ce-nário de consumo brasileiro e novas oportunidades para o segmento surgiram como consequência. Regiões co-mo Norte, Nordeste e Centro--Oeste não somente ingres-saram em consumo, como estão apresentando excep-

investimento local acelerava a chegada de algumas ope-rações e encurtava o longo tempo a que o país sempre esteve sujeito quando se tra-tava de marcas de luxo atuan-do localmente. Por um lado, graças a esses investidores locais, houve a chance de acessar, no mercado domés-tico, marcas de prestígio in-ternacional. Essa sempre foi a ”foto” do nosso mercado.

Com o crescimento da eco-nomia brasileira, das novas oportunidades que surgiram e que surgem, aliado ao fato de que o brasileiro vem se tornando consumidor global, as marcas e grupos de luxo vêm, de forma muito acele-rada, tomando decisões de investir no mercado direta-

cionais taxas de crescimen-to, expansão e vendas de produtos de luxo, como car-ros, bebidas, moda, beleza.

oPoRtunIDADeSAo lado dessas novas opor-

tunidades, temos também o fato de que as marcas e al-guns grupos poderosos de luxo tomaram a decisão de investir diretamente no mer-cado brasileiro, alterando, assim, a prioridade – o que acarretará, a médio e longo prazo, uma mudança signi-ficativa no desenvolvimento de oportunidades.

É importante destacar o fato de que as operações de luxo no Brasil eram pratica-mente oportunidades gera-das por investidores locais. O

mente. E isso é excelente.Novos tempos. E, nesses no-

vos tempos, o investimento e o gerenciamento direto acele-ram, e muito, as oportunidades.

Assim, não mais que de repente, algumas marcas de grupos que atuavam no Bra-sil, por meio de investidores como Versace, Ferragamo e Armani, por exemplo, com-praram as operações de vol-ta e investem rapidamente para acelerar a expansão. Prada, Gucci, marcas do po-deroso grupo Richemont, como Piaget, Van Cleef & Ar-pels e Vaucheron, chegam ao Brasil com suas primeiras lojas ou aceleram, como é o caso de Cartier.

Definitivamente, novos tem-pos e novas oportunidades.

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8 nov e dez 13/jan 14

O produto de moda mais usado e admirado exige dos fabricantes muito investimento em tecnologia; assim como pede, do varejista, criatividade, sensibilidade e extrema atenção na hora de ser exposto no ambiente de venda

O encantadO mercadO dO jeans

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9nov e dez 13/jan 14

Otávio Pereira Lima é pesquisador, consultor da área de Visual Merchandising e docente da Universidade Anhembi Morumbi.

Desenvolver estraté-gias comerciais e de comunicação no ponto de venda para o segmento jeans-

wear é um dos maiores de-safios no mercado de moda. Artigo que está presente em 100% dos guarda-roupas da população, o jeans agra-da todas as faixas etárias, todos os credos e gêneros, o que favorece sua revenda. Porém, necessita atenção especial e riqueza no trata-mento dos detalhes, para, assim, gerar valor percebido pelo consumidor final.Seu histórico está associado aos uniformes de minera-dores, mas hoje transcende para as diferentes camadas sociais e variadas ocasiões de uso. Portanto, há que se entender a identidade da marca e o perfil do público--alvo que transita pela praça em que a loja existe.

MARKetIng SenSoRIAL e DeSeJo De CoMPRAPara a área de visual merchan-dising, o desafio se constitui na reflexão sobre materiais e

equipamentos que compõem a loja e como apresentam esse produto. Para diferenciar o produto da concorrência e gerar o encantamento do consumidor final, é preci-so trabalhar, por meio do marketing sensorial, o desejo de aquisição da peça no mo-mento da visita à loja.Ao observar a vitrine inferior da Uniqlo, em Nova York, por exemplo, percebe-se a composição de looks que visam a renovação da linguagem do produto jeans. Ali não há como não tratá-lo como produto básico para o dia a dia. Trata-se de um mo-mento perigoso, pois se o cliente entender que o jeans é uma peça de reposição para o guarda-roupa, poderá desistir da compra mes-mo antes de entrar na loja, lembrando que possui mais alguns exemplares desse produto em sua casa. Logo, a composição de cores e um cenário que remeta à identi-dade da marca (nesse caso, com apelo à tecnologia) são ótimos argumentos de comunicação e de vendas.

MIXOutro aspecto importante na composição de uma vitrine, visando a comercialização, é a estratégia na composição do mix de artigos. Sabe-se que nem todas as classificações de produtos possuem a mesma profundidade e variedade. Produtos que apresentam grandes diferenciais e transmitem a inovação da coleção devem receber maior destaque, seja pela cor, seja pelos detalhes da peça.Percebe-se, na imagem da vitrine da Tommy Hilfiger, a linha de raciocínio do vitrinista em expor looks com ar contemporâneo, com dobras inusitadas para gerar a sensação de freshness no público almejado.

Outro aspecto a ser observado é a forma de expo-sição do jeans no campo de vendas. Traçar um estilo de vida, para gerar a compra conjugada desse produto com outros itens, é uma estratégia do visual merchandising que auxilia no aumento de peças adquiridas por operação co-mercial, conforme o exemplo a seguir.

Quando uma loja for especializada em oferecer um produto com preço mais agressivo e sua proposta for gerar impul-so de consumo, o ideal é que apresente sua profundidade e gere acesso rápido e prático. Nota-se, na imagem a seguir, a comunicação interna desenvolvida e as especificidades de cada item, facilitando o processo decisório na escolha que mais se ajustar ao perfil do cliente visitante.

Outro aspecto a ser considerado é a seleção do manequim correto para a rápida identi-ficação do cliente com a marca oferecida e com o produto. Compreender os anseios estéticos corporais de cada público-alvo, portanto, auxilia o cliente em sua compra: ressaltar o comprimento das pernas, alinhar o bumbum, destacar a cintura...

Para um mercado em que as diferenças são primordiais e devem ser ressaltadas, aos olhos de quem visita a loja, em todos os momentos cabe ao profissional, que cuida da exposição dos pro-dutos, buscar constantemente a inovação e o elemento surpresa para seduzir o consumidor final.

Uniqlo em NYC: Vitrine interativa que remete à tecnologia, núcleo essencial da marca.

GAP, em Miami: Orientação por meio da comunicação visual e para a organização da profundidade de estoque dos modelos de calças.

Express Jeans, em Miami: Grafismo, adesivagem divertida e muita cor dinamizam comunicação entre a marca e o público.

GAP, em Miami: Manequins oferecem ao consumidor informação de tamanho e caimento das peças.

Urban Outfitter, em NYC: Foco na organização dos produtos no interior da loja.

Tommy Hilfiger, em NYC: Destaque para sarjas coloridas, forma de renovar a linguagem do jeans, sem chocar consumidor.

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10 nov e dez 13/jan 14

A região da Oscar Freire, em São Paulo, tem agora a presença de um peso pesado da moda de grande difusão, que chega para trazer tendências a preço acessível ao consumidor ávido por informação

tem Fast FasHiOn nO QuadrilÁterO dO luXO

Por Eleni Kronka

Em agosto, foi feito o anúncio – via Instagram – e, em novem-bro, já estavam abertas as por-tas do mais novo endereço do quadrilátero do luxo, em São

Paulo. Em vez de uma marca ou rede internacional, aportou, na cobiçada esquina da Oscar Freire com Had-dock Lobo, um dos nomes mais “fa-miliares” para o consumidor nacional.

Com 1.600 m2 de área total e 1.200 m2 de espaço de venda, muito bem distribuídos em três andares, proje-tados dentro do que há de mais con-temporâneo em matéria de interior de lojas, “estreou”, no coração da cena fashion paulistana, a 201ª loja da rede Riachuelo. Trata-se da loja conceito da rede, que tem pela frente uma série de novas inaugurações agendadas.

Na noite da festa de inauguração, o CEO da Guararapes Confecções e Ria-chuelo, Flávio Rocha, recebia convida-dos e imprensa, enfatizando que a no-víssima loja chegava ao reduto do luxo para “derrubar barreiras entre a moda e o consumidor” e para realmente produzir uma democratização no consumo. “Não estamos aqui para lançar produtos pre-mium na Riachuelo, mas para viabilizar o acesso de todos à informação de moda”.

InVeStIMentoAssim, a loja conceito Riachuelo

chega com 15 mil itens à disposição de um público que é, no mínimo, mais exigente. “Fizemos uma adequação dos itens para atender o perfil desse consumidor”, afirma Flávio Rocha, lembrando que a Riachuelo é uma rede que oferece anualmente ao mer-cado cerca de 35 mil artigos.

Para concretizar o projeto de levar a bandeira Riachuelo ao reduto do luxo, o empresário investiu cerca de R$ 6 milhões nas novas instalações, incluin-do a montagem e o abastecimento do ponto de venda, que é o mais caro da rede. Flávio Rocha destaca que 85% de tudo o que é vendido pela rede é pro-duzido pela Guararapes Confecções.

O primeiro andar da loja conceito é dedicado à moda jovem feminina, incluindo o chamado Fashion Five – projeto que reúne, no momento, dez nomes que assinam linhas próprias. São eles: Adriana Degreas, Camila Coutinho, Cláudia Leitte, Dudu Ber-tholini, Fernanda Motta, Helô Rocha, Matheus Mazzafera, Raphael Falci, Robert Forrest e Thássia Naves.

O segundo andar oferece as linhas de feminino adulto e moda masculina,

enquanto o terceiro andar traz linge-rie, moda praia e esportiva, além de área social, com bar e varanda.

Na loja, algumas peças ganham status de must have, ao serem expostas logo na entrada, bem ao alcance dos olhos de quem entra… E de quem passa pela rua.

O projeto da loja inclui elevador cen-tral com design arrojado e escada de vidro, vazada. As vitrines são logica-mente amplas, abertas tanto para a Haddock Lobo, quanto para a Oscar Freire. A porta de entrada e a pequena rampa de acesso conduzem o visitan-te – e inevitável comprador – por cor-redores até os corners de lançamentos do momento, já que a Riachuelo jamais perderá o seu DNA de fast fashion.

Cartão de visita da Riachuelo, a uni-dade dos Jardins receberá, periodi-camente, intervenções artísticas em sua fachada, com curadoria da gale-rista Nara Roesler. O painel de aber-tura, por exemplo, foi assinado pelo artista plástico Rodolpho Parigi que, subvertendo as linhas retas da facha-da, idealizou um painel multicolorido com uma ondulação quase orgânica.

CuRVA ASCenDente“Os preços são os da Riachuelo”, fri-

sa o empresário, que, durante 2013, acompanhou de perto a abertura de 43 lojas por todo o Brasil. O plano de expansão não para por aí. Até 2016, a rede deverá contar com 330 lojas es-palhadas por todo o país.

A abertura da loja conceito nos Jardins é parte desse plano de metas e um pou-

co mais. “Vimos que havia uma brecha nessa região nobre de São Paulo”, ob-serva, deixando claro que, juntamente com a abertura desse ponto de venda, está um reposicionamento de marca.

E as “brechas” continuam sendo prospectadas, o que resultará, por exemplo, na abertura da “Riachuelo Mulher”, no Shopping Eldorado, tam-bém em São Paulo. Com a mesma ousadia empregada na inauguração da loja da Oscar Freire, Flávio Rocha já programa a abertura de um ponto de venda também na Haddock Lobo, só que na esquina com a Avenida Paulista.

No decorrer de 2012, o grupo Guarara-pes direcionou suas ações em busca do objetivo de expandir a operação de va-rejo e intensificar o desenvolvimento de seu modelo integrado, a fim de sincroni-zar melhor o tempo entre a concepção do produto e a entrega nas lojas.

Por isso, a companhia vem investindo fortemente em abertura de lojas, remo-delações, pesquisa, criação, desenvolvi-mento de moda, logística, tecnologia da informação, modernização de seu par-que fabril e dos centros de distribuição.

Presente em todas as regiões do país, a Riachuelo intensificou o ritmo de ex-pansão no decorrer dos últimos anos. Enquanto no período de 2005 a 2009, foram abertas entre 8 e 10 lojas ao ano; nos últimos quatro anos, a com-panhia acelerou o ritmo de aberturas. Em 2010, 2011 e 2012 foram, respecti-vamente, 16, 22 e 24 inaugurações ao ano, totalizando 169 lojas e 413,5 mil m² de área de vendas ao final de 2012.

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12 nov e dez 13/jan 14

Diante do vaivém da moda e para além do sobe e desce do mercado, a Revista WORLD FASHION Varejo realiza, a todo momento, seu propósito de informar e contribuir para a condução dos negócios que movimentam a grande engrenagem

da indústria e da criação

Por Henriete Mirrione

“Fazendo uma busca na me-mória, há 18 anos, com a World Fashion, nasciam os fios de náilon texturizados da Rhodia. Planejávamos nossa microfibra, sonhávamos com o lançamen-to de AMNI. Desde o berço, a história de vocês entrelaçou-se com a nossa história e, jun-tos, realizamos muitas coisas. Vocês, colocando luz sobre as tendências e mostrando a evolução de nossos mercados. Nós, procurando enxergar por essas conexões e sinais do varejo e dos consumidores, o futuro de nossos fios. Parabéns, World Fashion! Parabéns a essa equipe valente, criativa, briguenta, visionária, mas, sobretudo, competente em nos informar para que tenhamos uma compreensão melhor dos desafios de cada dia. Longa vida para vocês, agora que chegaram à maioridade. O Bra-sil e a indústria têxtil precisam e contam com vocês.” Francisco Ferraroli, presidente Rhodia Fibras

“Enfim, chegamos aos 18 anos. Digo isso porque, muitas vezes, a história da World Fashion, publicação que acompanho desde a 1ª edição, se confunde com a minha e me traz lem-branças incríveis, que envol-vem, além da relação profissio-nal, uma grande amizade e um carinho com o veículo e sua equipe. Lembro-me da saudo-sa e querida Maria Helena Cas-tilho, que, sabendo da minha paixão por cães, atendia meus telefonemas com um ‘au-au’, e da guerreira Yuko Suzuki, entusiasmada com um novo desafio: um veículo profissional com a cadeia têxtil e confec-cionista como foco. Passados 18 anos, percebo que o espírito inicial foi mantido, sem perder a coragem de inovar e procurar novos públicos. É assim que se faz uma história.” Ivo Chicuta, assessor de imprensa

“A World Fashion foi sempre uma grande companheira ao longo desses 18 anos. E, como leitora assídua, fui sempre atraída pelo valor de sua linha editorial e conteúdo, priorizando assuntos de suma importância para meu conhecimento e crescimento profissional, elencado por jornalistas e profissionais extremamente capacitados. A World Fashion sempre foi uma expressão de credibilidade e compromisso com o novo! Parabéns, querida World Fashion, continue sempre ao nosso lado!” Aissa Basile, consultora de moda

“Uma revista séria, comprometida, com informações precisas e bem apuradas. Esse tem sido o perfil da World Fashion em seus 18 anos de existência. Seu comprometimen-to com a boa apuração e com a abordagem de todas as nuances do mercado, desde tendências até negócios, é um grande servi-ço ao segmento da moda no Brasil. Isso faz de vocês um veículo de ponta, produzido por jornalistas especializados, que detêm profundo conhecimento da área.” Raquel Va-lente, coordenadora do departamento de moda da Faculdade Santa Marcelina – FASM

“Uma revista que acompanha a moda brasileira desde sempre e é comprometida com a pes-quisa e a apuração da informa-ção: é assim a World Fashion. Nela, já li matérias maravilho-sas e muito esclarecedoras, e parabenizo o profissionalismo de todos os colaboradores que lá atuam. É o tipo de revista gostosa, que a gente termina de ler e já espera o próximo número. Que venham outras primaveras!” Vera Masi, diretora da Bijoias

“Tenho um carinho especial pela World Fashion, que consi-dero uma publicação pioneira, que divulga de forma abrangen-te os acontecimentos da indús-tria de moda. Feliz aniversário!” Reinaldo Lourenço, estilista

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14 nov e dez 13/jan 14

“Parabéns à World Fashion pelo excelente trabalho que vem realizando durante es-ses 18 anos, nos quais comu-nicou, de forma primorosa, informações relevantes para o mercado de moda.” Serpui Marie, designer de acessórios

“World Fashion é, para mim, a melhor memória do Calendário Oficial da Moda Brasileira. Ler a revista, mais que imperativo, significava adicionar o tempero do conhecimento ao corre-cor-re do evento. Desde sua primeira edição, Maria Helena Castilho, Yuko Suzuki e Eleni Kronka davam o tom de seriedade neces-sário ao crescimento da moda brasileira, liderando a impren-sa presente em direção ao aprofundamento e à análise dos acontecimentos. Tudo o que realmente importava espelhava-se democraticamente nas páginas da revista e não era admissível caminhar pelos corredores da Fundação Bienal sem um exem-plar na mão. Mais do que Prada, Louis Vuitton, Gucci, Balenciaga ou Marc Jacobs, World Fashion Daily tornou-se um clássico dos fashionistas: para sempre pauta e presence.” Carol garcia, doutora em comunicação e semiótica e chief culture offi cer da agência nAu.

“Sempre me lembrarei de quando, entrando na SPFW, a primeira coisa que fazia era dar uma olhada no número da WF, com as fotos dos des-files do dia anterior. Muitos anos depois... Permanecer na comunicação no mundo da moda é simplesmente desafiador e se destacar como referência é mais difícil ainda. A WF sobrevive à chegada da mídia eletrônica, do Facebook e do Instagram, com posts a cada 5 minutos. Em frente a uma tempestade de informações, algumas

publicações acabam sendo um referencial organizado, uma delas é a World Fashion, que, no decorrer dos anos, sempre se manteve com acertado foco no nicho da Moda/Indústria. Continuo len-do com interesse os artigos, percebendo a evolução das grifes, das problemáticas de assuntos polêmicos e acom-panhando a trajetória da in-dústria. Tudo isso me envolve. Há 18 anos a World Fashion faz parte do meu mundo.” Angelo Frigerio, coordenador de prod. corporativo, Rosset têxtil

“Parabéns, World Fashion, pelos 18 anos de conteúdo analítico, sério e dinâmico!” gloria Coelho, estilista

“A World Fashion é um dos símbolos do determinismo que im-pera no setor têxtil no Brasil e, superando todas as dificuldades que o setor vem atravessando ao longo desses 18 anos, conti-nua com foco e talento, cumprindo um relevante papel na divul-gação dos diversos elos da cadeia. Com muito carinho, parabe-nizo este veículo que faz parte de minha trajetória profissional. Muitos anos de sucesso a toda brilhante equipe World Fashion!” Maria José orione, do planejamento e marketing da Capricórnio

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VIPREVIEW VERÃO 1520 A 23 DE JANEIRO | SHOWROOM VICUNHA | SÃO PAULO

VICUNHA TÊXTIL, LÍDER MUNDIAL NA PRODUÇÃO DE ÍNDIGOS E BRINS.

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16 nov e dez 13/jan 14

Os novos caminhos doOs novos caminhos do

As edições de verão 2014 da Bread & Butter Berlim e de verão 2015 da Denim by Première Vision (Paris) proporcionaram, ao percorrer todos os caminhos do jeanswear, uma verdadeira volta ao mundo, baseada na reedição do vintagePesquisa: Sueli Pereira | Edição de texto: Eleni Kronka | Fotos: Acervo WF

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17nov e dez 13/jan 14

Ojeanswear se reinventa – ora mais, ora menos – a cada edição das feiras internacionais. Sinal dos

tempos e das evoluções e retrocessos da economia mundial, os eventos dedi-cados ao setor estão bem mais focados nas possibilidades de comercialização.

A tecnologia surge como importan-te elemento de desenvolvimento das coleções, no que se refere à compo-sição dos fios, à estrutura e ao acaba-mento do denim.

A Bread & Butter Berlim, precursora do segmento, traz, no mix de exposi-tores, propostas muito próximas das tendências comerciais de cada tem-porada, bem como reúne, no chama-do espaço Lock, as marcas que se mantêm fiéis ao “espírito” do denim, como é o caso da holandesa Denham.

De CASA noVAA Denim by Première Vision, realiza-

da até o momento em Paris, estará em novo endereço na próxima edição. Em 2014, a partir de acordo firmado entre Première Vision S.A., organizador do salão Denim by Première Vision, e Fira Barcelona, gestor do parque de expo-sições Montjuïc, a feira passa a ocor-rer em Barcelona, Espanha.

Segundo a organização, a nova des-tinação do Halle Freyssinet, de Paris – o pavilhão se tornará uma incubadora de empresas startups –, contribuiu para a mudança. “Barcelona é uma ci-dade jovem, estimulante e cosmopoli-ta, além de capital cultural, com valo-res inspiradores e criativos em termos de arte, moda e estilo de vida”.

Essa é uma feira totalmente dedicada ao denim, que reúne os maiores produ-tores mundiais de tecidos para o setor. Pequena e focada, a Denim by Première Vision mostra, com clareza, as propos-tas dos fabricantes, daqueles que estão pensando o denim em sua essência.

Ao lado: Na Hudson, aspecto splash e muitas cores jogadas sobre a superfície do denim, lembrando o trabalho do artista plástico Jackson Pollock. Acima: A 75 Faubourgh reforça a tendência da padronagem que mistura vários motivos para obter efeitos visuais. Abaixo: Lounge da G-Star: a grife marcou presença, mas não apresentou sua coleção na feira, preferindo expor as novidades em showroom externo

[1] As “quebraduras” vêm com desbotes bem localizados em versão vintage, com puídos. [2] Cor e denim: combinação ideal da estação, sob o efeito do sobretingimento, da aplicação de pigmento localizado ou no avesso, ou ainda trazendo trama colorida, com destaque para a púrpura. [3] Importância dos maxitops e maxicamisas, compostos com os bottons menores. [4] Os étnicos continuam em alta, apresentando-se na forma de detalhes localizados em tops e bottons.

[1]

Lounge da Kuychi mostra

o trabalho de desenvolvimento

em lavanderia, com foco na

sustentabilidade: redução de água,

de produtos químicos e

simplificação de processos

[2]

[4]

[3]

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Dossiê Jeans

Denim by

revela a tecnologia por trás dos tecidosPremière Vision A

edição de verão 2015 da Denim by Première Vision, a última realizada em Paris, mostrou que a tecnologia é a força que move o desenvol-vimento de novos artigos no mercado jeanswear. Inovações nos aca-bamentos dos tecidos e intervenções na estrutura das construções

são itens importantes, que levam à maleabilidade e ao conforto do produto final.Em maio próximo, a feira estará em Barcelona, usufruindo da cultura local para

compor o ambiente da mostra.

[1] Deep in Blue é o tema que enfatiza a diversificação de azuis (esverdeados, avermelhados) e das tonalidades de desbote. [2] A tecnologia permitiu que o denim se apropriasse das características da malha, como flexibilidade, maleabilidade e conforto, tornando o produto final mais próximo do street, do fashion e do esportivo. [3] O ambiente do fórum da feira mostra a importância das tonalidades do índigo e do branco para o verão 2015

[1]

[2]

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Versatilidade, jovialidade e até certa transgressão – essas são algumas das ca-racterísticas que atraem

os amantes do denim. Mas, com tan-ta disponibilidade de informação na internet, onde buscar referências de qualidade sobre o segmento jeans-wear? A Revista WORLD FASHION +VAREJO entrevistou quatro profissio-nais de peso que, além de respirarem índigo, trabalham com isso em dife-rentes áreas: comunicação, estilo e la-vanderia. Revelamos aqui alguns dos hotspots desses olheiros do jeans!

Marlene Fernandes e Iolanda Wutzl são as empresárias por trás do Guia Jeans-wear (www.guiajeanswear.com.br), bu-reau virtual especializado em jeans. Elas acabaram de chegar de Kojima, onde visitaram o Festival do Denim. “Elegemos o Japão por acharmos que tudo está muito globalizado e pare-cido nos outros países. Fomos des-bravar o jeans purista e ele realmente existe em Kojima”, afirma Iolanda.

O diferencial da cidade está na valo-rização dos processos artesanais, des-de a fabricação de fios e tecidos até o produto final, fazendo com que uma peça possa custar até R$ 1.500,00. A marca Kapital, por exemplo, produz no máximo 10 calças jeans a cada 15 dias, tudo em maquinário antigo. É esse o se-gredo japonês, presente também, por exemplo, no grupo JapanBlue, detentor da marca Momotaro e que faz lavan-deria para marcas asiáticas famosas, como a Edwin. “É a valorização da his-tória e da experiência dos funcionários. Eles amam o que fazem e estão lá por isso. Os homens por trás das máquinas já têm mais idade e, por isso, na visão deles, têm mais sabedoria”, revelou.

nA LAVAndEriA“A última tendência no jeans foi lan-

çada na feira Bread & Butter Berlim (B&BB) de janeiro e já está revolucio-nando o mercado. Na prática, o de-nim passou a ter um visual que nunca teve antes, com estampas a laser, silk ou sublimação”, afirmou Marco Britto, presidente do setor jeanswear da As-sociação Nacional de Empresas de

Especialistas e antenados, os profissionais estão onde as novidades acontecem e correm para torná-las realidade no mercado. Por isso, sigam os passos deles para fugir do “excesso de informação” e poder caçar o denim feito, realmente, com qualidadePor Marcela Leone

Lavanderias (Anel) e diretor do Gru-po GB, especializada no segmento de lavanderia. A empresa, inclusive, está de olho no ambiente “macro”, como feiras especializadas (B&BB, Magic e Denim by Première Vision), até o streetstyle de cidades como Los Angeles, Nova York, Milão, Amsterdã, Londres e Istambul. Por aqui, visitam Rio de Janeiro, São Paulo, Caruaru, Recife e Vitória, entre outras. Fora a ação que o grupo batizou de Banho de Loja: “Toda semana eles visitam shoppings de diferentes classes – A, B, C e D”, comenta o executivo.

InFoRMAção nA ReDeJá a estilista Thaísa Peralta, da Billabong,

acredita no poder da internet como uma das grandes ferramentas de pesquisa jeanswear. “Acompanho diariamente Pin-terest e Instagram. Conforme libero a co-leção que já está aprovada, alimento em pastas outras que preciso fazer: as cores que o Hemisfério Norte está começando a usar, os novos fits em festivais de mú-sica; e quando chega momento da no-va coleção, confirmo esses inputs com WGSN, revistas, pesquisas de rua e sem-pre pergunto à minha equipe comercial e vendas as suas necessidades”.

Thaís, há 10 anos no mercado e com passagem por M. Off icer, Opera Rock, C&A e atualmente desenvolvendo de-nim para a Billabong, prevê uma “era

Jeans

do jeans mais maduro, com ar sério e limpo”. Tendência que já está aconte-cendo, diz ela, destacando o trabalho da stylist (e agora estilista) Rachel Zoe: “Ela apresentou, durante a semana de moda de NY, o denim de forma bruta, sem muitos processos de lavanderia”.

À esquerda e acima: looks de Rachel Zoe. À direita: as diversas

possibilidades de acabamentos da GB Lavanderias, sobre um único modelo.

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Marlene Fernandes e Iolanda Wutzl entre os executivos da Momotaro Jeans

Jeans da Kapital

Quimono em jeans da

Momotaro

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The Big Apple é literalmente atraente em todos os sentidos: para quem busca informação, moda e investimento, apostando todas as fichas naquilo que é up-to-date para compor um estilo

Onda azul nas ruas de

NYCPesquisa e fotos: Fernanda CalfatTexto e Edição: Eleni Kroka

A fotógrafa Fernanda Calfat está radicada em Nova York, onde realiza cobertura fotográfica permanente de desfiles e eventos relacionados à moda. [email protected] | www.fernandacalfat.com.br | www.fernandacalfat.blogspot.com

As ruas de Nova York são um verdadeiro catálogo – de moda, de marcas e, princi-palmente, de imagens – a

oferecer diretrizes para lá de interessan-tes aos que vivem da criação.

Profissionais que orbitam no campo do jeanswear encontram, nas vias de Manhattan, vitrines que vão alimentar

seus negócios por pelo menos uma temporada. Isso para não falar dos consumidores, que transitam pela geografia da ilha, e levam sobre seus corpos os looks mais incríveis, nasci-dos da informação de moda que paira no ar, somada a um olhar muito pes-soal, o que faz da cena urbana local o laboratório ideal de criação.

Tradicional combinação t-shirt e jeans, com calça em índigo blue e corte tradicional

E porque estamos em Nova York, é possível inovar a partir da blusa feminina tradicional em índigo claro

A calça skinny veste a nova-iorquina com conforto, sem o intuito de evidenciar curvas

Ralph Lauren aposta no jeans como símbolo de estilo de vida e apresenta a linha de peças em que o conforto aparece como principal atributo

A Sacks mostra que a loja de departamento pode ser sim porta-voz de estilo, trazendo modelos sob efeitos especiais de matérias-primas

Depois da calça, a bermuda – esta com efeito especial de lavagem – é um dos itens mais vendidos, aqui e lá fora

A calça azul descarregada e desgastada tem modelagem reta e muito confortável

Fit perfeito e aspecto descarregado dado pela lavagem desse modelo com cintura mais baixa

VItRIneS DA eStAçãoAs grandes marcas do jeanswear fazem uma varredura pelas ruas e resgatam

o estilo que tem a ver com o DNA dos respectivos públicos-alvo. Veja aqui flashs propostos por Armani, Diesel, GAP, Forever 21, Express, Ralph Lauren e Sacks.

Os jeans da Forever 21, colocados no centro da loja, colocam ao alcance dos olhos as propostas da marca: efeitos de desbote, lavagens e estampas

Dossiê Jeans

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Pesquisa e fotos: Marina SprogisTexto e Edição: Eleni Kronka

O denim na sua melhor e mais feminino interpretação: skinny confortável e blusa em tecido leve

De Milão vem essa proposta despojada do jeans com desbote localizado

A skinny circula pelas ruas da moda compondo também looks mais femininos

O jeans vai com tudo e compõe todos os looks, inclusive com a padronagem de oncinha

A camisa de denim, ampla e de forma geométrica, compõe visual feminino e contemporâneo

Na cena londrina, versão boyfriend em azul descarregado, com jaqueta perfecto

Short em índigo de azul intenso com detalhes de desgastes

A modelagem tradicional ganha novos ares com o desgaste localizado

O jeans ajustado masculino compõe look com alfaiataria

A modelagem lembra a versão engineering, valorizada pelos acabamentos a laser e bigodes

Ao aterrissar em uma das capitais europeias da moda, siga a direção indicada pelos fashionistas para chegar à fonte de inspiração da temporada. A moda que transita pelas ruas do continente mostra que, em matéria de jeanswear, qualidade é

requisito indispensável, somado à modelagem elaborada, ao fit perfeito e às mil possibilidades dos acabamentos. Entre eles, destaque para as la-vagens ecológicas e para o uso do laser, que invade o território da estam-paria para provar que a tecnologia é hoje a grande aliada da criatividade.

modapelas ruas daO jeans desfila

Marina Sprogis é fotógrafa sediada em Paris, criadora do site Be My Style (www.bemystyle.com)

Dossiê Jeans

Lindsey Wixson

apresenta

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Lindsey Wixson

apresenta

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26 nov e dez 13/jan 14

Dossiê Jeans

Projetada segundo os mais modernos padrões de layout e engenharia de produção, confecção instalada no Uruguai está de olho no mundo e no potencial brasileiro para consumo do jeans

Por Eleni Kronka

buscam corresponder a essa exigên-cia. “Para isso, pelo menos 30% do denim que utilizamos vêm de gran-des tecelagens brasileiras, como Vi-cunha, Tavex e Canatiba, assim como artigos procedentes da Turquia e Itá-lia. São os tecidos usados por marcas como Diesel, G-Star e Replay, com alta tecnologia e atributos especiais”.

Assim, a empresa, que atende marcas como Ellus, VR e Calvin Klein, também trabalha para a Zara Cone Sul, exportan-do para Argentina, Brasil, Chile e Uruguai.

A Blue Design tem capacidade para produzir 200 mil calças jeans mensal-mente. Certificada com o selo norte- americano Leed, referente à Eficiên-cia Energética e Design Sustentável, a fábrica, que tem a etapa de corte, por exemplo, toda automatizada, permite que estilistas e profissionais de desen-volvimento de produto passem tempo necessário para que um modelo, “por mais complexo que seja”, tenha a peça-piloto finalizada. “A criação não se dá só no papel: é preciso que o profissional acompanhe o seu desenvolvimento no laboratório para acabamento a la-ser, por exemplo”, enfatiza Bunchicoff, completando que os clientes são rece-bidos semanalmente na confecção.

Na lavanderia recém-instalada, todas as máquinas são italianas, ecológicas, de baixo consumo e automatizadas. “Recebemos profissionais estrangeiros permanentemente para atualização de nossos técnicos, que também viajam para estágios no exterior”.

Para atender às exigências do mer-cado e às complexidades da moda em termos de acabamento, a Blue De-sign mantém uma equipe diversifica-da. “Contamos com especialistas da Espanha, do Brasil e, claro, os locais”, diz Bunchicoff, lembrando que o en-genheiro brasileiro Ricardo Pires, que trabalhou por mais de 20 anos na Le-vi s, na Califórnia, é o responsável pe-lo planejamento da estrutura da Blue Design. “A Levi´s, com seu alto padrão de exigência na produção em jeans, está na base de idealização da Blue Design. Nos próximos cinco anos, a empresa pretende atender às marcas brasileiras e consolidar sua carteira de clientes nos competitivos mercados da Europa e Estados Unidos”, revela, completando que a empresa, que tem consultoria para as áreas de es-tratégia e comunicação da Consultive Branding, quer se apresentar como opção de fornecedor de alta qualida-de em jeans, ao alcance das marcas formadoras de opinião.

Com 22 mil m2 de área e lo-calizada na cidade de San Lorenzo, próxima à capital Assunção, no Paraguai, a

Blue Design segue um modelo ideal de funcionamento de confecção inte-grada. Trata-se de uma empresa verti-calizada do ramo de confecção, que percorre as etapas de construção da roupa até o acabamento na lavanderia. Ou melhor, o serviço oferecido parte da própria criação das linhas, pois a empresa, focada no Private Label, pos-sibilita que o cliente, com sua equipe de criação, elabore as peças in loco.

O responsável pela concretização do conceito da Blue Design é o pro-prietário, o empresário argentino Jorge Bunchicoff, que tem em mente uma meta bem determinada: “Aumentar a presença no mercado brasileiro e cres-cer em atuação nos Estados Unidos e na Europa”, oferecendo os serviços às principais marcas de cada região.

A Blue Design existe há 17 anos, mas a novíssima planta, “inteligente” e cli-matizada, foi inaugurada em agosto de 2013 seguindo altas exigências do mercado mundial no âmbito da eficiência ecológica. Com 500 fun-cionários, a empresa, com toda a ex-pertise direcionada à área do jeans, é capaz de dar acabamento ao denim

sem utilizar água no processo. “Sabe-se que, pelo sistema convencional, ca-da peça em jeans utiliza 100 litros de água no acabamento”, comenta Bun-chicoff, acrescentando que são altos os investimentos da Blue Design para chegar ao jeans 100% ecológico. “Is-so acontece porque trabalhamos tam-bém para a Europa, onde são grandes as exigências sob esse aspecto”.

O empresário lembra que essa é a ló-gica que começa a vigorar no mercado do jeans: “Produzir o jeans sem água é a meta das grandes marcas mundiais”.

eFICIênCIABunchicoff frisa que a sustentabilida-

de da produção é aspecto primordial dentro do plano estratégico da em-presa. “Contamos com três plantas pa-ra tratamento de efluentes, que tratam desde dejeto orgânico, transformado em adubo, até resíduos da própria produção do jeans na lavanderia”. Nes-se campo, hoje a lavanderia da Blue Design tem capacidade para reciclar 45% da água usada na produção. “Na segunda etapa, poderemos reciclar até 80% dessa água”, assegura.

Os jeans tidos como 100% ecológicos já fazem parte do portfólio de serviços oferecidos pela empresa e custam 20% a mais do que os fabricados pelo siste-ma convencional, considerando que a base de preços da Blue Design vai de 12 dólares a 24 dólares por peça acabada. Pelo sistema de acordo do Mercosul, es-ses artigos têm imposto zero de impor-tação, incidindo sobre a mercadoria os 35% de ICMS, além do frete.

A escolha do Paraguai para a insta-lação da fábrica deve-se, segundo o presidente da companhia, à política de incentivo governamental à produ-ção, bem como à localização geográ-fica estratégica no Mercosul.

FoRneCeDoReSO empresário assinala que esses

padrões de eficiência foram esta-belecidos para que a Blue Design pudesse atender à demanda interna-cional. E, dando continuidade a essa proposta, também as matérias-pri-mas usadas na produção dos jeans

Lavanderia segue padrões internacionais

Jorge Bunchicoff:

meta de consolidar

atendimento ao mercado

brasileiro, europeu e norte-

americano

Artigos em jeans passam por 65 etapas

de controle

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of the art

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As tecelagens apresentam seus lançamentos para o verão 2014/15. De acordo com os desfiles internacio-

nais, o denim será um dos principais ar-tigos das estações – aparecendo mais uma vez em diversos pesos e lavagens.

Na Cedro Têxtil, o destaque da temporada é a linha Top Denim, que a empresa apresentou em seu estande na Denim by Première Vision, realizado em novembro último, em Paris. Com pesos entre 10 e 11 oz, os produtos têm como principal característica a versati-lidade da tonalidade acastanhada que, dependendo da lavagem, revela o as-pecto vintage, índigo ou o black blue.

Estão previstos mais 13 novos artigos para a estação. Já a linha Top Coated (colors) ganhou 8 novos tecidos de acabamento resinado. Batizados de Westen, eles são elastizados e pos-suem pesos entre 7 e 8 oz. O diferen-cial está principalmente na combina-ção de diferentes cores para o fundo.

Também presente na Denim by PV, a Santanense mostrou novos artigos su-per strech para a linha Extreme Power, com dois fios distintos na trama: um de-senvolvido internamente com algodão, T400 e elastano; e outro de poliéster com elastano de alta permormance. Ao todo são cinco novos tecidos que integram a gama de produtos, com 7,8

a 9,5 oz, diferentes construções e até 63% de poder de alongamento.

ConFoRto & CoSMÉtICoO principal lançamento da Canati-

ba é a linha Beauty Denim, que possui na composição fios Emana (Rhodia/Solvay), poliamida e cristais biotivos que absorvem o calor da pele e de-volvem em forma de raios infraverme-lhos, o que estimula a circulação e o metabolismo celular, melhorando o aspecto da pele. A empresa apresenta também a Duo Core – Duo almas, co-leção que contém uma nova geração de tecidos elastizados de alta perfo-mance e alta recuperação do strech.

Esses denims contam com a tecnolo-gia Lycra® DualFX, com uma combina-ção única de duas fibras elásticas. Os tecidos com diferentes acabamentos, como leather, lustroso e rubber, tam-bém estarão em evidência.

A Tavex propõe lançamentos den-tro de 4 conceitos: Denim Couture, com artigos de alta qualidade e re-quinte; Runway, que une conforto e sofistificação; Absolute Fit, com índi-go de mais de 50% de elasticidade, e Denim Therapy Svelt, tecido exclusivo com propriedades cosméticas que vi-sam melhorar a aparência da celulite. A empresa traz ainda a linha Fitness Denim, com tecidos de flexibilidade e

Quer saber quais são as principais novidades das indústrias nacionais para o verão 2015? A WORLD FASHION Varejo conta pra você. Rígido, elastizado ou de aspecto cosmético – o jeans está com tudo na próxima temporada! Por Marcela Leone

tecnológicoNovo denim é mais

que nunca

Santanense Tavex

Cedro

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Dossiê Jeans

resistência, além de novos artigos na gama de produtos da Tri-Blend Tech-nology, Jeather Denim e Dualtex.

eFeItoS eSPeCIAISEntre as principais novidades em

índigo, a Vicunha traz a linha Athletic Denim, com artigos que têm toque e conforto do moletom, e o visual carac-terístico do denim – e ainda permitem trabalho em lavanderia. A indústria também lança a coleção Latitude Zero, com tecidos em tons de azul e dife-rentes porcentagens de elastano, dos médios ao power strech. Já na gama Transforming Denim, graças à nova tecnologia, o jeans é capaz de reve-lar diferentes cores a partir do grau de desgaste químico dos processos de lavagem. O brim também é pauta, com a nova linha Cher, que traz tecidos com efeito glossy e aspecto encerado.

Na Capricórnio, há sete novos artigos na linha Platinum, com pesos que vão de 8,0 a 10 oz. Quatro deles possuem a cor azul intenso: Atlas (100% algodão, sarja 3X1, 8,0 oz); Parcas (100% algodão, sar-ja 3x1, 9,0 oz); Circe (97% algodão e 3% elastano, sarja 3x1, 8,0 oz) e Perseu (73% algodão, 25% poliéster e 2% elastano, sarja 3x1, 9,5 oz). Já na tonalidade ice dye destaca-se o Moorea, com 68% de algo-dão, 30% de poliéster ,2% de elastano, construção sarja 3X2 e peso de 10 oz.

VeRDe-AMAReLoA Santana Textiles, por sua vez, ele-

geu a Copa do Mundo como tema pa-ra a coleção, composta pela linha Loco Serious Denim, em que os tecidos têm nomes de estádios do mundo nos quais a seleção brasileira já foi campeã. Os pro-dutos foram desenvolvidos a partir de dois tecidos-base, um rígido e um elasti-zado, que dão origem aos demais produ-tos, como o Chile 62, com tons de verde, amarelo e azul revelados no avesso. Ain-da nas cores da seleção canarinho, o Ro-se Bowl 94 possui os tons verde, amarelo e azul na combinação de tramas. Existem ainda opções de tramas amarela (Yo-kohama 02) e verde/amarela (Maraca 14).

Para a temporada, a Covolan des-taca os tecidos em construção cetim, agora com opção de tingimentos dife-renciados, como o Delavê (em tom dé-lavé), Satin (na cor carbono), Black, Azul e Vermelho (os dois últimos com trama tinta na cor preta). Eles possuem 3% de elastano e fazem parte da linha Ultra Strech Denim. Nos estampados, a novi-dade é a padronagem de marca d’água, que só é revelada com efeitos localiza-dos, como o used. A empresa ressalta ainda os tecidos 100% algodão, como os novos Motive e Freedom, da coleção Prime, que priorizam a merceirização, e os artigos Lanuse e Lavini, para peças com aspecto mais detonado.

A tecnologia é o elemento chave

das coleções de denim

que chegam ao mercado

nacional. Por meio dela o jeans surge sob novos efeitos de cores, brilho, desgaste

e padronagens

Shorts Santana Textiles e jeans Vicunha

Canatiba

Covolan

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Dossiê Jeans

O segmento apresenta índice de crescimento acima da média do mercado de moda, com perspectiva de continuar a se manter em ascensãoPor Eleni KrokaFotos: Fernanda Calfat

Aboa notícia da indústria da confecção brasilei-ra vem do segmento do jeans, que supera a onda

dos importados, a falta de uma polí-tica favorável ao têxtil e nada contra a corrente, apresentando números que superam, e muito, a média nacional.

Habituado a realizar levantamen-tos sobre os diversos setores da in-dústria e do varejo de moda, o IEMI (Instituto de Estudos e Marketing In-dustrial) acaba de publicar o “Estudo do Mercado Potencial de Jeanswear no Brasil”, que revela dados positivos sobre o jeanswear. A pesquisa mostra que, de 2008 a 2012, a produção de jeanswear no Brasil apresentou forte crescimento em volumes de peças confeccionadas – um ritmo superior a 6% ao ano –, o que gerou expansão acumulada de 27% no período.

Segundo o diretor do IEMI, Marcelo V. Prado, os dados mostram que “esse crescimento superou a expansão da produção de vestuário em geral no país, que registrou, no mesmo perío-do, expansão acumulada de 4,1% em peças, ou 1% ao ano”.

O potencial brasileiro da indústria do jeans confirma-se com os números re-gistrados, por exemplo, quanto ao vo-lume de produção correspondente a 2012, quando foram produzidas 349,8 milhões de peças, representando um crescimento de 27%, quando compa-rado a 2008, conforme demonstra o levantamento realizado pelo IEMI.

Marcelo Prado assinala que o jeans sempre fez parte dos estudos realizados pelo IEMI e, dada a potencialidade desse segmento da indústria, surgiu o interes-se em realizar uma pesquisa específica. “Nunca havíamos desenvolvido um es-tudo que analisasse de forma isolada es-se produto. Ao longo dos últimos anos, viemos separando tudo o que é confec-cionado em tecidos índigo (jeanswear) do restante dos artigos do vestuário e, com isso, conseguimos uma análise profunda e individual do mercado de jeanswear no Brasil, um produto que nunca sai de moda e é sempre muito procurado”, explica o empresário.

A indústriAOutros números do setor são bastan-

te representativos, conforme mostra a recente pesquisa. Aqueles que dizem respeito ao fator empregabilidade, por exemplo. O segmento de jeanswear

conta com 6,2 mil empresas produ-toras, que representam 22,4% do total das confecções de vestuário em ge-ral. Essas empresas empregam 319,5 mil trabalhadores, ou seja, 26,3% do pessoal ocupado na indústria do ves-tuário. Sua maior concentração ocorre no Sudeste, mas possui também forte representação no Sul e Nordeste do país, com destaque para os estados do Paraná, Pernambuco e Ceará.

Essa força de trabalho está emprega-da em empresas instaladas nas cinco re-giões do país, com destaque para o Su-deste, onde há 2.648 empresas, seguido pelo Nordeste, com 1.241 companhias, e o Sul, com 1.222. O Centro-Oeste conta com 1.074 empresas, enquanto a região Norte conta com apenas 6. Ao todo, são 6.192 companhias nesse setor.

PRognóStICoO ano de 2013 deve se encerrar com

estimativa de crescimento de 3,5% na produção nacional de artigos de jeans, enquanto que para o vestuário, em geral, a perspectiva de aumento na produção é de queda de 0,8%. Com isso, a parti-cipação desse produto no mix geral do segmento de vestuário subiu de 4,7%, das peças confeccionadas, para 6%. Ainda segundo o IEMI, em 2014, as ex-pectativas são de que esse produto con-tinue a elevar a sua participação dentro da produção da indústria nacional.

Quando analisado em valores, o jeanswear vem apresentando resulta-dos igualmente superiores aos exibidos pela indústria do vestuário em geral.

Em termos de valores, a produção brasileira chegava ao equivalente a R$ 3,9 bi, passando para R$ 7,06 em 2012, o que representa um aumento de 30,9%. Já o ano de 2013 encerrou-se com a estimativa final de R$ 7,9 bilhões em negócios, o que corres-ponde a um crescimento de 12,6%. Já a estimativa para o mercado de vestuário como um todo, no mesmo período, era de R$ 92,4 bilhões, ou 4% apenas acima do montante registrado em 2012 na área de negócios.

Sobre as perspectivas relacionadas ao mercado externo, Marcelo Prado assina-la que “o Brasil ainda é muito competitivo na fabricação de produtos originais e di-ferenciados de médio e alto valor agre-gado, mas não tem como competir lá fo-ra, oferecendo cópias de produtos euro-peus e americanos a preços baixos. Essa estratégia hoje é privilégio dos asiáticos”.

no topoPesquisa mostra jeans

do mercado

A Voz Do ConSuMIDoRO segmento jeanswear, que sempre foi representativo para compor os dados da indústria nacional de têxtil e de confecção, tornou-se finalmente alvo de pesquisas representantivas. Além do “Estudo do Mercado Poten-cial de Jeanswear no Brasil”, realizado pelo IEMI, foi tam-bém a base do levantamento realizado este ano pela Invista, fabricante do elastano Lycra®.A “Pesquisa de Hábitos de Consumo de Jeanswear”, conduzida pelo Ibope Inteligência para a marca Lycra®, durante o período de novembro a dezembro de 2012, traz uma amostragem de 1.000 entrevistados, pro-cedentes das dez principais capitais brasileiras: Recife, Salvador, Goiânia, Brasí-lia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.Os consumidores são das classes ABC, com predomi-nância BC, que é o perfil re-presentativo da população como público-alvo, sendo ouvidos homens (47%) e mulheres (53%). A faixa etá-ria vai de 18 a 50 anos, com a idade média de 33 anos, dos quais 72% são ativos.O jeans, segundo a pes-quisa, é termo que está diretamente relacionado a calça jeans para 46% dos entrevistados. Para 17% deles, jeans é sinônimo de conforto, seguido pela ideia de praticidade (10%). E não é à toa que esse é o item cam-peão de vendas entre os brasileiros: 46% das pessoas ouvidas afirmam vesti-lo dia-riamente, enquanto outros 23% o vestem de quatro a seis vezes por semana.Além da frequência de uso, a pesquisa Ibope/Invista também verificou que os en-trevistados vestem jeans para trabalhar (15%), para lazer (27%) ou ainda para ambas as oca-siões (58%), ou seja, sempre!O item “conforto”, lembrado pela maioria dos entrevista-dos, está também associado à presença do elastano na composição da peça. Nesse quesito, 75% das pessoas ouvidas afirmam que conhe-cem a marca Lycra®. E 54% afirmam que costumam usar jeans com stretch, enquanto 45% dizem que não, e ape-nas 1% a desconhece.As marcas mais lembradas, entre os entrevistados da pesquisa, são, em ordem alfabética: Biotipo, Black Jeans, C&A, Carmin, CK, Colcci, Diesel, Ellus, Forum, Hering, Lee, Levis, M. Offi-cer, Marisa, Morena Rosa, Opção, Pernambucanas, Renner, Riachuelo, Sawary, TNG, Zoomp. (E.K.)

O consumidor faz do jeans a peça essencial do guarda-roupa diário, seja para o trabalho, seja

para os momentos de lazer

nov e dez 13/jan 14

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32 nov e dez 13/jan 14

um inVernO Bem esPOrtiVO

Oinverno 2014, segundo as marcas mineiras que se apresentaram na edição do Minas Trend, realizada em outubro, no Minas Centro, vem sob a forte influência da moda esportiva. E não é só força de expressão. As peças que marcam presença na academia são também a grande referência para a temporada em termos de prêt-à-porter. A modelagem ampla dos blusões

e pantalonas empresta todo esse aconchego aos conjuntos da estação. Tudo com a precisão na escolha de matérias-primas, em perfeita sintonia com acabamentos – o que inclui bordados, aplicações de pedras e cristais ou ainda matelassês. Os geométricos também desfilam pela cena de inverno, valorizados, sobretudo, pelo binômio preto e branco. As estampas, igualmente, são itens importantes, mesclan-do grafismos, inspirações da natureza e op art. Assim, o inverno fica leve, graças à escolha dos materiais, tornando a estação aliada do conforto e da tecnologia.

Por Eleni Kroka

Amis Esdras

Fabiana Milazzo

Jardin John John Lucas Magalhães

Gig

Llas

Apartamento 03 Áurea Prates E.Store Paula Bahia

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34 nov e dez 13/jan 14

a HOra de FaZer as escOlHasO

inverno 2014 transitou pelas passarelas do SPFW e já está na pronta-en-trega das marcas, pronto para embarcar para as vitrines. Os desfiles da temporada sinalizam que essa é uma estação de apostas no preto e branco pontuado de cores mais quentes. Em nome do conforto, as ma-térias-primas resultam em tecidos e malhas aconchegantes, com bases

de algodão, lãs e, claro, das fibras inteligentes que, pelo menos há duas décadas, entraram em cheio no processo produtivo e da criação. O diferencial das peças está nas aplicações, ora de franjas, ora de bordados, feitos de pérolas, pedras e cristais coloridos e reluzentes. O couro está em todas as propostas, dando forma a peças estruturadas – como casacos, coletes e paletós –, mas está também em incríveis saias fluidas e pregueadas. É também a pele ultramacia, bem como os tecidos hight tech, que dão forma a coletes, a vestidos e aos macacões que se tornaram peças-chave da temporada.

Lino Villaventura Ronaldo Fraga Samuel Cirnansk Reinaldo Lourenço

O desfile performace de Fause Haten mobilizou o publico e

provocou reflexão sobre a moda

Pedro Lourenço

Amapo Colcci João Pimenta Alexandre HerchcovitchGloria Coelho

Apoio LocalPromoção e Organização

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21 - 22 Janeiro 2014Expo Center Norte - premierevision-saopaulo.com

primavera verão 15 - The Fashion Textile Show for Latin America

N E W Y O R K _ S Ã O P A U L O _ P A R I S _ M O S C O W _ S H A N G H A I

Por Eleni KrokaFotos: Osvaldo F.

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+por dentro

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cOnFecÇÕes Peruanas descOBrem O mercadO BrasileirOEmpresas do Peru buscam intensificar relacionamento comercial com o Brasil nas áreas têxtil e de confecção

Aprimeira edição do Peru Moda Brasil, realizada em no-vembro passado, com orga-nização da Consultive Bran-ding, revelou o interesse do

mercado brasileiro nos produtos de empresas têxteis e de confecção do país vizinho. Quem afirma é o diretor geral do Escritório Comercial do Peru no Brasil, Antonio Castillo, diante da possibilidade de aumentar o fluxo de produtos para o mercado local.

O encontro, realizado com visão co-mercial e estilo – já que a mostra ocu-pou a área de eventos do JK Iguatemi, em São Paulo –, reuniu cerca de 300 empresas, sendo 180 de grande porte e 100 representantes das áreas têxtil e

de confecção. “Os expositores fecha-ram, na ocasião, negócios da ordem de 30 milhões de dólares, o que é um excelente resultado para a primeira edição”, afirma Antonio Castillo.

CoMPetItIVIDADeDo 1º Peru Moda Brasil participaram

25 confecções que exportam habitual-mente e atendem marcas internacio-nais, tais como Calvin Klein, Armani Ex-change, Lacoste, entre outras. “Já esta-mos preparando a próxima edição, pro-gramada para a segunda quinzena de novembro de 2014, quando deveremos reunir 40 participantes, inclusive tecela-gens que trabalham com algodão pima e com alpaca”, afirma o executivo. A es-

colha desse período, segundo Castillo, tem a ver com o momento em que a indústria peruana inicia a temporada de pedidos para a estação.

Trabalhar com o mercado brasileiro representa, sem dúvida, um desafio para a indústria peruana. Primeiro, pelo potencial da indústria local. “O mercado brasileiro de confecção é bastante competitivo, com empresas que trabalham em vários segmentos”, observa, acrescentando que, “além disso, é um mercado com prazos cur-tos de entrega e bastante voltado à pronta-entrega”. Diante desse cenário, o executivo comenta que “a indústria peruana está pronta para competir”.

Se, por um lado, o fast fashion mar-

ca a dinâmica da produção da moda aqui; por outro, o Peru encontrará, como vantagem, a ausência de im-postos na exportação para cá. “Há acordos bilaterais que tornam nossos produtos também competitivos”.

CALenDáRIoAlém do 2º Peru Moda Brasil, em

novembro, o departamento comer-cial do Peru no Brasil confirma a par-ticipação de empresas peruanas nas feiras Prêt-à-Porter (12 a 15 de janeiro de 2014), em São Paulo (SP), e Fenim (21 a 24 de janeiro de 2014), em Gra-mado (RS). “Em cada uma dessas fei-ras, o Peru estará representado por 15 empresas”, finaliza Antonio Castillo.

Por Eleni Kronka

Layout da feira,

instalada no JK Iguatemi,

facilitou interação

entre público e expositor

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38 nov e dez 13/jan 14

O jeans cOntemPOrÂneO

dOs anOs 1990A estética do grunge e do minimalismo, somada

ao impacto das supermodels, está de volta com uma irreverência que perde espaço para a

elegância proposta para a temporadaPor Camila Toledo

Uma forte inspiração jovem dos anos 1990 surge para influenciar todo o mercado de jeans em 2014. Um ponto forte, em relação às silhuetas

da década, é a androginia, caracte-rística muito presente na chamada Geração Z. O olhar meio perdido, cinicamente apelidado de “heroína chic” pela mídia, ofereceu uma alter-nativa estética intrigante, adequada à simplicidade e, às vezes, à moda unissex da época, que foi direta-mente na contramão da onda das supermodels do videoclipe Freedom, de George Michael.

A ascensão meteórica de Kate Moss, no início dos anos 90, consolidou seu status de garota propaganda desse movimento. Seu sucesso mudou para sempre os ideais do corpo da indús-tria, que ganharia impulso ao longo da

MInIMALISMoO retorno de Jil Sander para sua marca homô-nima e novos desig-ners, como Alexander Wang e Phoebe Philo, para Céline, contri-buíram muito para esse retorno à moda minimalista de hoje.Em seu último desfile do verão 2014, Wang mostrou peças de re-cortes a laser que tra-ziam suas iniciais, uma referência à logomania da década de 90.A influência dessa dé-cada continua a ganhar impulso em desfiles e na moda de rua, com designers trabalhando outros temas popu-lares, como o grunge e o minimalismo de forma supersofisticada. Veremos muitos ves-tidos estilo camisola, blusas curtinhas, tops, camisas de flanela e camisetas com estam-pas gráficas.

Kate Moss, para Calvin

Klein nos anos 1990

eStÉtICA gRungeDa forte influência grunge, com sua atitude subversiva e forte, volta uma silhueta mais solta, relaxadamente chique. Estão de volta os coletes, calças de corte mais largo, os patches, lavagens desbotadas/desgastadas e rasgos. Um dos hits da passarela e também das ruas é o jeans boyfriend.Acompanhando o movimen-to dos anos 90, transposto para a atualidade, esse modelo ganha uma esté-tica de luxo grunge. Vem extremamente destruído e com a silhueta desleixada do boyfriend, infundindo o estilo tomboy com um tom agres-sivo. Tem aspecto áspero, inacabado e com a barra levemente afunilada para dar um toque mais feminino.Uma grande ideia que surge para esse modelo vem de Londres, do desfile de Ashish Gupta para o verão 2014. Na superfície do jeans, junto aos rasgos, vem uma camada de lantejoulas aplicadas, dando um brilho e luxo inesperado.

década, defendida por designers icô-nicos de ambos os lados do Atlântico, de Jil Sander a Calvin Klein.

Do caminho unissex vêm os casaque-tos jeans e o macacão estilo jardineira. O famoso macacão jeans ganhou algu-mas releituras nas mãos de Herchco-vitch e Olivier Rousteing, para Balmain, nas coleções de verão 2014/15. Porém, quando olhamos a moda de rua, o que caiu mesmo no gosto popular foram os modelos mais tradicionais.

De qualquer forma, podemos esperar novas peças em jeans e novos tratamentos para 2014. Shortinhos e minissaias perdem força para uma moda mais elegante. O jeans deixa de ser um básico para se tornar peça-chave do look mais descolado do novo ano que entra.

Ashish Gupta

Alexandre Herchcovitch

BarbaraBui

Versace

Topshop Unique

BalmainDKNY

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39nov e dez 13/jan 14

+jeans dos anos 90

ConFIRA o que eStá SenDo uSADo nAS RuAS PeLo MunDo

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40 nov e dez 13/jan 14

Quem se surPreende cOm O FuturO É POrQue estÁ PresO nO PassadO...aja cOnsciente... seja PersistenteO futuro, já em andamento, exige dos gestores posturas firmes e atitudes assertivas, o que supõe autoavaliação e mudança de paradigmas para tornar real e possível o que ainda não existe

Reza a lenda que, no nosso mundinho fashion, o objetivo dos gestores de plantão não é especular sobre o que talvez ocorra no novo ano que está

nascendo, mas tentar imaginar o que de fato é possível fazer acontecer no futuro, que já faz parte do presente.

As perguntas que não querem calar são, cá entre nós... A próposito do futu-ro que já bate à porta, você, gestor de nova geração, tem a visão penetrante e desobstruída dos executivos revolu-cionários na busca dos resultados de valor para a sua empresa? Você sabe o que virá a seguir no seu mercado-alvo?

Para você e sua empresa, o cenário do novo ano é algo positivamente pal-pável, realisticamente otimizante, ine-vitável mesmo e tridimensionalmente impactante? Sua gestão está “amarra-da” no Produto, na Comercialização e na Comunicação (PCC)?

Você se sente capaz de ver, de real-mente enxergar uma oportunidade desconcertante de inovação no con-ceito do seu negócio e na trilha da resultabilidade? Você possui audácia suficiente para uma mudança na mes-mice do seu Produto, na obviedade da sua Comercialização e, especialmen-te, no mais do mesmo da sua Comu-nicação? Alguma coisa tão inovadora no PCC da sua marca que seja impos-sível dar-lhe as costas?

Você é a voz da oportunidade seduto-ra na sua empresa? Tem certeza disso? Você é campeão do não convencio-nal? Você lavra o solo duro e crestado da ignorância mórbida e dos dogmas empoeirados do passado, fazendo ger-minar rebentos de audácia e inovação junto de seus pares? Você é uma fonte de diversidade estratégica? Sua equipe é aval inconteste disso? Ela acha você o máximo dos máximos? Sei não!

O fato é que, na era revolucionária da mudança em que já estamos, é preciso ser capaz de imaginar alter-nativas diferenciadas, revolucionárias de verdade mesmo, para o status quo de sua empresa, na busca do resul-tado de valor. A bem da verdade, a lenda reza e atesta que... “Os poucos

imaginosos serão relegados às hostes entulhadas de batucadores de teclado do passado. Muitos seres rotulados de executivos que são, ainda que vivos, não lograrão escapar das garras ca-davéricas dos seus míopes e teimosos precedentes que foram. Inúmeros ou-tros gestores (gestores?) não estarão ainda totalmente envolvidos pelo fu-turo, blindados que estão pelo embo-tamento habitual (a soberba explica). Comprometidos, então, nem pensar. Multidões deles não conseguirão dis-tinguir o significado entre o legado e o destino! Show de bola, pois não?

Filosofias à parte... Você é um deles? Você está certo disso? Você quer con-verter-se em um mutante revolucio-nário? A questão é: você está atento? Você está ligado na esquisitice do seu mercado, provisionando mudanças pa-ra o futuro? Olhe ao seu redor, se ainda conseguir enxergar. Aja consciente... Seja persistente, observe as marcas en-trances que se tornaram campeãs em inovação de conceitos de negócio. É só “ver” com olhos de humildade, para “crer” que algo antimesmice está acon-tecendo com o lifestyle das pessoas como um todo. O nosso mercado mu-dou. O nosso cliente mudou. O mind-set (maneira de pensar e agir) mudou. Você mudou? Mesmo? Assim, agindo especialmente nas estepes do nosso Brasil-Sertão, e menos no Brasil-Litoral, você “verá” que as inovações infratoras de regras e criadoras de riquezas não derivam, necessariamente, do planeja-mento corporativo. Tampouco refletem o pensamento comedido das divisões organizacionais destinadas, quem di-ria, à exploração de novos empreendi-mentos. Também não surgem visões mirabolantes pró-assertividade no céu azul das releituras rotineiras dos falsos novos produtos das falsas novas cole-ções, dos verdadeiros novos clientes e das mentirosas novas mídias quase sempre inócuas que são.

Penso que, cada vez mais, os in-sights inovadores não são frutos do triunfo da grande “sacada” dos exe-cutivos-mor (por maior que seja a sua importância para a eliminação das

restrições empíricas à criatividade), mas da vitória da contestação que pula por cima das restrições mentais dos jurássicos de plantão.

O “idiota-sábio”, que formula novas questões e então as responde com partes do já existente é, em geral (quem diria), o criador do inédito, persistente e até piegas que é. Eis porque a mudança revolucionária é inovação conceitual, revolucionária mesmo, até o talo. Ema-na da mente e da alma dos descrentes e dos descontentes; dos sonhadores e dos insolentes e, especialmente, dos tais críticos e “do contra” que são. E não dos teóricos que dizem saber tudo, mas que não sabem nada, tidos e havi-dos como cientistas da gestão executi-va, travestidos de conselheiros do novo mundo. Meu Deus!

PenSe DIFeRente... APoSte no IneXIStente!Em tempo... Mudar é possível! Seja

vidrado em novidade. A essência da

estratégia é a variedade na quebra da mesmice. Mas não existe variedade, em estratégia alguma, sem diversidade na maneira como você pode ENXER-GAR o mundo que está dentro do seu mercado-alvo. Será que você olha, vê e enxerga de maneira diferente? Se-rá que você possui ideias conflitantes pró-futuro, com os padrões eternos da mesmice do passado? O fato é que não existe futuro sem mudança. E, se assim não for, não é mudança, é enganança.

Cara... Você deve se tornar um vi-drado em novidade. Descubra as des-continuidades. Acabe com elas, pelo amor ou pela dor. O mantra do hoje, que já é amanhã, aponta para o Dever/Saber, para daí Saber/Fazer, para só daí Fazer/Fazer, para então estrategi-camente Fazer/Ganhar (Dinheiro para Ser Feliz). Mudar é possível sim. Pen-se diferente... Aposte no inexistente.A mudança, irmã gêmea univitelina do futuro (um belo casal), não é invisí-vel aos olhos. Quem viver, verá!

Diretor presidente da Consultive Holding.

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De 13 a 15 de Maio - 2014Serra Park - Gramado/RS9h - 19h

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por Edson D'Aguano

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42 nov e dez 13/jan 14

Consultor em marketing infantile licenciamento de marcas.

www.rabeloeassociados.com.br

por Arnaldo Rabelo

Na metade de 2013, ocorreu, em Las Ve-gas, a Licensing In-ternational Expo, a mais importante feira

mundial sobre licenciamento de marcas e personagens.

O licenciamento é o proces-so pelo qual as empresas po-dem contratar por um deter-minado período a autorização de uso de uma marca, celebri-dade, arte ou personagem em seus produtos. É em função do licenciamento que vemos camisetas com estampas dos Beatles ou calçados com o Homem Aranha, por exemplo.

A feira deixou evidente a grande variedade de conteú-dos disponíveis para licen-ciamento. As empresas que pretendem vender produtos licenciados têm a árdua tare-fa de escolher os mais ade-quados. Muitas têm dúvidas sobre quais critérios utilizar na análise e nem sempre fazem escolhas que resultam em su-cesso no ponto de venda.

As redes de varejo estão entre as empresas que mais

têm utilizado esse recurso para alavancar suas vendas. As lojas menores devem ava-liar quais marcas ou perso-nagens têm mais apelo para definir suas compras de for-necedores que licenciam.

InFLuênCIAA avaliação de marcas não

pode ser feita com base apenas em sua exposição. É claro que marcas muito fa-mosas impactam um grande público. Mas, assim como há produtos de massa e produ-tos de nicho (um segmen-to menor do mercado), há marcas de massa e de nicho. Precisamos ver o que é ade-quado a cada empresa.

O que influencia vendas fu-turas em uma marca ou per-sonagem é basicamente:

• seu reconhecimento pelo público (nome, desenho, símbolos, histórias...);

• a relevância dos con-ceitos associados a ela

(significados ligados à marca, seus valores e princípios, o quanto são diferenciados e va-lorizados pelo público).

Ligados aos itens anterio-res, consideramos muito im-portantes também o quanto a marca é associada à qualida-de e o nível de lealdade que o público tem em relação a ela.

No caso de personagens ou conteúdos de entretenimen-to, devemos considerar que o período em que eles fazem sucesso pode variar. Temos os personagens “clássicos”, que fazem sucesso há déca-das e não cairão no esque-cimento (como o Mickey). E temos também personagens “da moda”, mais ligados a ações promocionais ou lan-çamentos passageiros, co-mo os associados a um filme (Transformers, por exemplo). A empresa deve escolher o que é mais adequado à utili-zação que fará dele e ao mo-mento em que poderá colo-car os produtos em sua loja.

FoCoUm dos pontos mais críti-

cos na escolha de persona-gens para licenciamento é a adequação. Devemos verifi-car se são adequados:

• os conceitos do perso-nagem à categoria de produtos;

• o público do persona-gem ao público da loja (faixa etária, gênero, classe social, estilo e outros aspectos com-portamentais).

Assim como nenhuma em-presa tende a ter sucesso ofe-recendo todo tipo de produto a todos os públicos, uma marca ou personagem licenciados tendem a ser indicados a ape-nas algumas categorias de pro-dutos e alguns públicos (não todos). A necessidade de foco é um dos pontos mais negli-genciados pelos administrado-res de marcas e personagens.

Outros pontos que também devem ser considerados são:

Vários fatores compõem a “química” que resulta no êxito da marca no ponto de venda. Por isso, é bom ficar atento para eleger aquela que alavancará os negócios

cOmO aValiar PrOdutOs licenciadOs

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• quais empresas já licenciam a marca;

• que casos de sucesso de vendas existem com a utilização da marca;

• nível de apoio que o licenciador (pro-prietário dos direitos sobre a marca) dá aos licenciados e ao varejo (o uso de materiais de ponto de venda e corners temáticos pode aumentar muito a venda nas lojas).

Se a escolha é feita de for-ma adequada e os produ-tos são bem desenvolvidos, a marca agrega valor por meio das novas associações que gera, criando maior atratividade dos produtos ao seu público. Hoje, o licencia-mento de marcas e persona-gens no Brasil gera mais de R$ 12 bilhões em vendas no varejo e tem enorme poten-cial de crescimento.

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43nov e dez 13/jan 14

jeansWear suPera, ilesO, estaGnaÇÃO da indÚstria dO VestuÁriO nO BrasilSegmento destoa dos demais no complexo cenário da indústria de vestuário nacional, registra crescimento e sinaliza que o ritmo se manterá em alta

Marcelo V. Prado é sócio-diretor do IEMI – Instituto de Estudos e Marketing Industrialwww.iemi.com.br

por Marcelo V. PradoFo

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Aindústria do vestuário no Bra-sil, depois de crescer por sete anos seguidos, durante o período de 2004 a 2010, viu seu desempenho esmaecer

diante dos efeitos da crise internacio-nal sobre o dólar americano. Embora nunca tenha sido uma indústria com exportações significativas, diante da extensão da produção local, a valori-zação do real foi determinante no es-timulo às importações de roupas por parte dos grandes varejistas nacionais e, mais recentemente, pelas grandes marcas brasileiras em busca da com-plementação do seu mix de produtos.

Dentro desse processo, após bater seu recorde de produção em 2010, com 6,4 bilhões de roupas confeccio-nadas, e alcançar a 4ª posição como o maior produtor do planeta, o maior fora da Ásia, o setor de vestuário no Brasil vem enfrentando uma queda em seus volumes de produção. A per-da acumulada no período, já incluindo as estimativas para 2013, deverá che-gar próxima a 4,5% em volume, o su-ficiente para ceder sua posição para a Turquia, que assume, este ano, a con-dição de 4º maior produtor mundial.

DeSeMPenHo VeStuáRIo VARIAção no MêS 1 VARIAção AnuALIzADA 2

VenDAS no VAReJo (R$) -4,2% 8,8%

VenDAS no VAReJo (PeçAS) -4,5% 3,5%

PRoDução InDuStRIAL (PeçAS) 12,2% -1,7%

IMPoRtAçÕeS (uS$) 21,9% 8,0%

eXPoRtAçÕeS (uS$) 33,7% -2,8%

Fontes: IEMI / IBGE / SECEX(1) agosto 2013 / julho 2013(2) janeiro-agosto 2013 / janeiro-agosto 2012

É dentro desse cenário que ob-servamos o segmento de jeanswear destoando dos demais do vestuário, mantendo um ritmo de crescimento superior a 6% ao ano, desde 2008.

CReSCIMentoPeça-chave em qualquer guarda-rou-

pa, seja por meio de camisas, saias, cal-ças ou bermudas, o jeans foi também o segmento que mais cresceu dentre todos os artigos de vestuário produzi-dos no país, nos últimos anos.

Há muito que sua importância tem sido destaque no cenário da moda brasileira, seja por envolver 6,2 mil empresas produtoras – 22% do total das confecções de vestuário do país

–, seja por empregar 320 mil trabalha-dores, nada menos que 26% do pes-soal ocupado pelo setor.

Em 2012, foram produzidas 349,8 milhões de peças, utilizando o tecido índigo em sua confecção, com desta-que para as calças femininas, além de jaquetas, bermudas e camisas.

Para 2013, as estimativas para a produção de jeanswear são de cres-cimento de 3,5%, enquanto que, pa-ra o vestuário em geral, é de apenas 0,1%. Com isso, a participação desse produto no mix geral do segmento de vestuário deverá continuar a subir, al-cançando algo próximo a 6% do total das peças produzidas, ou quase 9% das receitas geradas por essa indús-tria no país, em 2013.

Para o próximo ano (2014), as expec-tativas continuam positivas e espera-se que esse produto continue a elevar sua participação dentro da produção brasileira de vestuário em geral.

É preciso considerar, entretanto, que, apesar do bom desempenho da produ-ção nacional de jeanswear, as importa-ções do produto avançaram bastante nos últimos anos, favorecidas pela for-te valorização do real diante do dólar americano, o que sempre afeta a com-petitividade dos produtos industrializa-dos no país, frente aos importados.

Mesmo assim, a participação do jeanswear importado não deverá al-cançar mais que 6% do volume total consumido do produto no país em 2013, preservando, aos produtores e marcas nacionais, o pleno domínio do mercado interno.

Tendo como matéria-prima básica o algodão, que é uma commodity com preços internacionalmente equivalen-tes, e contando com algumas das mais bem estruturadas e eficientes indús-trias de tecelagem de índigo do mun-do, a indústria de jeanswear do Brasil conta com recursos suficientes para se desenvolver, inovar e se diferenciar dos artigos básicos e baratos que che-gam da Ásia. Sem dúvida, esse é um dos nichos do vestuário nacional que tem maior potencial para se desenvol-ver e ditar moda no Brasil e no exterior.

Um excelente 2014 a todos!

InDICADoReS eConÔMICoSVoltando ao vestuário, as vendas do

comércio varejista recuaram no mês de agosto, ante um crescimento, no mês anterior, de 3,0%. Em volumes físicos, a queda foi de 4,5% e, em va-lores de venda, de -4,2%. No acumu-lado do ano, de janeiro a agosto de 2013, houve alta de 8,8% nas receitas e de apenas 3,5% nos volumes.

A produção nacional desses artigos, em número de peças confecciona-das, avançou no mês de agosto, com forte alta de 12,2%, comparada ao mês de julho. No ano, ainda apresen-ta redução de -1,7%, em 2013, sobre o montante produzido em 2012.

As importações brasileiras de rou-pas, por sua vez, cresceram nesse mês, alta de 21,9%, comparada ao mês de julho, acumulando +8,0% no ano. Já as exportações obtiveram for-te alta de 33,7% no mês, porém, no ano, acumularam queda de 2,8%.

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O celular POde atrair Ou esPantar clientes. VOcÊ decideO sucesso do celular é inquestionável, mas seu

marketing pode não estar tirando todo proveito disso…

Paulo Delegá é diretor da Vendere, agência

digital de criação e desenvolvimento de sites

e marketing na Internet.www.vendere.com.br

Todo mundo já viu cenas pare-cidas: no restaurante, o marido no BlackBerry; a esposa e a fi-lha adolescente, cada uma no seu iPhone, e o pequenino as-

sistindo um desenho animado no iPad. E, no jantar a dois, então, no que pode-ria ser um momento afetivo, ele, ela, ou ambos, navegando nos seu celulares...

clicar com o dedo, você acaba clican-do em outra coisa, e por aí vai.

E tudo o que você não precisa, bem na hora em que está tentando construir sua marca ou vender seus produtos, é que a pessoa ache difícil navegar no seu site. Parte do problema vem do fato de que o crescimento do uso de celulares inte-ligentes e tablets é algo muito recente e os sites foram projetados antes disso.

A outra parte, pior, do problema é que muitas das empresas que desen-volvem sites também não tiveram tem-po ou capacidade empresarial de se adaptar à mudança – que não é trivial tecnicamente. Há sites novos, ou até em desenvolvimento hoje, que tam-bém não funcionam direito em celular.

Que fazer? Acesse o site de sua pró-pria empresa com um iPhone e, de-pois, com um celular Android (como a linha Galaxy, da Sansung), que são os dois sistemas de celular inteligente mais usados. Dê uma boa navegada por diferentes páginas. Ficou esquisito, travou, é meio difícil de achar ou de ver as coisas? Pode estar na hora de você trocar de site. E de agência digital.

Enquanto ser humano, você pode até se perguntar para onde caminha uma humanidade na qual as pessoas preferem navegar no Facebook do que conversar realmente umas com as outras. Mas, enquanto estrategista de marketing, dá para reconhecer a enor-me oportunidade que isso representa.

Olhe à sua volta: no ônibus, na rua,

no shopping center, no trabalho, até no elevador, naquele tempinho que demora entre os andares. As pessoas estão hipnotizadas com os seus celu-lares. Não seria interessante se pelo menos uma pequena fração dessa atenção fosse para seu marketing?

oPoRtunIDADe & CRISeEntão, primeiro, as boas notícias: a

imprensa divulgou dados que apontam o Brasil como o quarto país do mundo em número de smartphones – telefo-nes celulares inteligentes, que podem acessar a internet –, que chegam a cer-ca de 70 milhões. É provável que boa parte do público-alvo de seu marketing navegue na internet pelo celular.

Agora, as más notícias: muitos sites não funcionam direito em celulares e tablets. Têm aqueles que simples-mente travam e existem os que até funcionam, mas que são difíceis ou desagradáveis de navegar pelo ce-lular. Demoram uma eternidade para carregar as páginas, têm imagens que são difíceis de enxergar na telinha, têm botão minúsculo que, ao tentar

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por Paulo Delegá

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Antônio Gondim é sócio da Êxito Consultores, consultores tributários da industria da moda.www.exitoonline.com.br

por Antônio GondimFo

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FOrmaliZar PrestadOres de serViÇO POde ser BOm neGÓciOA adesão aos modelos existentes – e simplificados – de formalização de empresas pode representar ganho para o microempreendedor, para o contratante e também para o Governo

Acontratação de costureiras, bordadeiras e outros pro-fissionais que atuam como pessoas físicas normalmen-te conduz o contratante a

uma das duas situações:

a. custo de contratação altíssimo, com tributação superior a 100% do preço do serviço, ou

b. contratação informal desses profis-sionais, com riscos cada vez maiores.

Existe ainda uma terceira via, que vem sendo adotada lentamente pelas em-presas do setor, que diz respeito à ade-são aos programas de institucionaliza-ção de fornecedores, constituída por:

a. sensibilização dos fornecedores, do

tipo pessoa física, para o processo de formalização, demonstrando as vanta-gens que terão – conta bancária, com-provação de renda, acesso a crédito, etc.;

b. disponibilização de profissional contábil (de preferência, externo) para providenciar a abertura das empresas e cumprimento de obrigações legais desses prestadores;

c. repasse dos impostos ao preço dos serviços – uma costureira ou bordadeira, enquadrada no modelo Microempreendedor Individual (MEI), tem o custo tributário de apenas R$ 40,00 por mês, facilmente absorvido pelo contratante. Se for optante do modelo Simples, dificilmente terá uma carga tributária maior que 6%.

SeM BuRoCRACIAA modalidade mais adequada de re-

gularização desses profissionais se dá pela adesão ao MEI, que é efetuada, em segundos, no próprio site (www.portal-doempreendedor.gov.br). Nada de bu-rocracia, contrato social, Junta Comer-

cial, nada disso! Tudo muito rápido.O fornecedor aderente pagará uma

taxa de R$ 40,00 por mês e não preci-sará ter contabilidade (só um livro-cai-xa). Essa regra vale para faturamento anual de até R$ 60 mil. Se passar des-se valor, o microempreendedor passa a recolher pelas alíquotas do Simples.

Se o contratante for optante do lu-cro real, os pagamentos que efetuar ao fornecedor, inscrito no MEI, gera-rão créditos de PIS e Cofins de 9,25% do valor pago. Esse crédito é suficien-te para cobrir o custo tributário da for-malização e ainda sobrar algum.

Cada empresa pode criar seu próprio programa de adesão. Vai precisar de paciência para convencer os fornece-dores, contratar um contador externo para apoiar a institucionalização e as-sumir os ônus tributários do processo.

No fim, todos saem ganhando: os prestadores de serviço, que terão acesso à cidadania plena; os contra-tantes, com a redução do risco e cus-to fiscal, e o Governo, que melhora a qualidade de vida desse segmento, além de obter algum ganho tributário.

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46 nov e dez 13/jan 14

Diretora de Criação da Nomina Design,

escritório especializado em projetos completos de loja e identidade de

marca no varejo.www.nominadesign.com.br Fo

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Os surrealistasProjetos de interiores tornam-se referência no universo do varejo ao estabelecer diálogos com os clássicos dos movimentos artísticos

Dos territórios do subconsciente e do sonho surgem imagens e aconteci-mentos inimagináveis no plano real. Mas alguns ambientes de lojas nos levam a experimentar essas dimensões. São visões de um mundo de fan-tasia: surreais.

“toDo oVo que eu CHoCo, Me toCo, De noVo...” BuARque, CHICoNo teto, um olho grego estilizado. Dele escorre uma lágrima em forma de um ovo dourado, que, por sua vez, “choca” um par de pernas negras. Abaixo, uma galinha gigante em azul Yves Klein.Isso tudo pode parecer descrição de uma obra de René Magritte ou Salva-dor Dalí, mas é a loja Kokoo, em Chipre.A galinha é um grande display de acessórios. Na parede, centenas de cabos de guarda-chuvas funcionam como expositores.Na óptica Kirk Originals, na Con-duit Street, em Londres, os olhos nos olham e, literalmente, piscam através dos grandes móbiles digitais suspensos na vitrine.Saindo do lugar comum, o interior da loja tem paredes escuras e reple-tas de centenas de pares de olhos em chapas brancas que parecem saltar das paredes. Os “olhos”, na verdade, funcionam como displays para os óculos. Como nas obras surrealistas, os olhos parecem não pertencer a um ser humano real e sim a uma mutação para um tipo de inseto de pernas finas e longas. Os clientes podem interagir reclinando e reposicionando os “insetos”.Será que Freud explica?

“PoR tRáS DeStA Lente tAMBÉM BAte uM CoRAção...” VIAnnA, HeBeRt.Na óptica Kirk Originals, na Conduit Street, em Londres, os olhos nos olham e literalmente piscam através dos grandes móbiles digitais suspensos na vitrine.

“...eXIgInDo RoCKS, AnIMAIS, MetAIS....” VeLoSo, CAetAnoA Barneys de Nova Iorque homena-geou os 60 anos da marca francesa Chloé com vitrines tematizadas por suas peças clássicas. O resultado veio do trabalho conjunto da equipe da Bar-neys com o cabeleireiro Bob Recine.Na vitrine, com um manequim vestin-do o Violin Dress de 1983, um arranjo de instrumentos musicais “crescia” de sua cabeça e se espalhava pelo ambiente, como se ocorresse a ma-terialização de um repentino estron-do de um concerto musical.As tranças dos manequins, vestidos com o modelo Braids (tranças, em in-glês), formavam um rodamoinho de seis

metros de cabelos e cordas torcidas pelo teto da vitrine. Esse emaranhado parecia flutuar como nuvens, tentando romper o espaço e alcançar o céu.

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A linha de tecidos TOP DENIM & COLOURS CEDRO destaca-se por apresentar estruturas, tingimentos e

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