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Caderno de Resumos do Encontro Didático Científico do Curso de Medicina Ano III Número 6 31 de outubro e 1° de novembro de 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO CAMPUS MORRO DO CRUZEIRO

X ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA · que ele corresponde ao equilíbrio biopsicossocial e à integralidade de um ser humano que está inserido em um contexto social

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Caderno de

Resumos do

Encontro

Didático Científico do

Curso de Medicina

Ano III – Número 6

31 de outubro e 1° de novembro de 2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

CAMPUS MORRO DO CRUZEIRO

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CADERNO DE RESUMOS

X ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

Ouro Preto – Minas Gerais

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X ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

João Luiz Martins

Reitor

Antenor Rodrigues Barbosa Júnior

Vice-Reitor

ESCOLA DE FARMÁCIA

Marta de Lana

Diretora

Carla Penido Serra

Vice-Diretora

CADERNO DE RESUMOS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS MÉDICAS

Yure Kalinine Ferraz de Souza

Chefe do Departamento

COLEGIADO DE MEDICINA

Márcio Antonio Moreira Galvão

Presidente

31 de outubro e 1° de novembro de 2012

AUDITÓRIO PROFESSOR DIMAS BELARMINO DE SOUZA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

OURO PRETO – MINAS GERAIS

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CADERNO DE RESUMOS

REALIZAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

COMISSÃO ORGANIZADORA

Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)

Professor Dr. Márcio Antônio Moreira Galvão

Professora Dra. Palmira de Fátima Bonolo

Acadêmica de Medicina Robson Moraes dos Santos (UFOP)

Acadêmica de Medicina Lídia Lelis Leal (UFOP)

Acadêmico de Medicina Júlia Carvalho Oliveira(UFOP)

CADERNO DE RESUMOS ORGANIZADO POR

Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)

Acadêmico de Medicina Robson Moraes dos Santos (UFOP)

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SUMÁRIO

PREFÁCIO

APRESENTAÇÕES ORAIS

Ações educativas com idosos em Antônio Pereira: dificuldades,

impressões e desafios

Envelhecimento Ativo

Projeto “De bem com o dia”. Formação de grupo operativo para

controle de diabetes mellitus na unidade de atenção primária a saúde

– UAPS do bairro Santo Antônio da cidade de Mariana-MG

Cuidados Paliativos: um olhar humanizado da morte

Atividades educativas e recreativas com grupos de idosos na

Estratégia de Saúde da Família - 01 Cabanas - Mariana - MG

Adesão ao Tratamento da Hipertensão

Viver bem é viver com o coração: Projeto de intervenção baseado em

medidas educativas em saúde com portadores de Hipertensão e

Diabetes bem como seus cuidadores no distrito de Padre Viegas,

Mariana – MG

Perfil da Estratégia de Saúde familiar nos municípios de Mariana e

Ouro Preto

Estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças em idosos

no distrito de Santo Antônio do Leite, Ouro Preto/MG

Demanda de atendimentos na UPA/OP: urgência/emergência x

ambulatório

Doenças Negligenciadas: Esquistossomose

Regulação da Profissão Médica

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Oficinas pedagógicas: construindo estratégias para a ação dos

agentes comunitários de saúde no âmbito da sexualidade infanto-

juvenil.

Relações entre médico e paciente: uma visão crítica

Projeto Gestação e Amamentação: O bem estar e a saúde na gestação

e puerpério

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PÔSTERES DE DISCIPLINA

A história natural da Febre Maculosa, a prevenção e controle da

doença

Espaço e Doença: Uma abordagem epidemiológica

Saúde do Trabalhador – Uma nova visão que emerge da Reforma

Sanitária Brasileira

Vigilância epidemiológica no Brasil: definição, histórico e uma

aplicação prática

O viés epidemiológico da obra literária “O Mapa Fantasma”.

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PREFÁCIO

É com grande satisfação que apresentamos os resultados do X Encontro Didático

Científico da Escola de Medicina. Nosso objetivo primordial é de propiciar o

pensamento reflexivo, seja por meio da história da saúde, em especial da saúde pública,

ou por meio de ações e intervenções na busca de uma atenção integral aos indivíduos e

populações.

Temos um painel diversificado de trabalhos que apontam para a efetiva articulação entre

ensino- serviço de saúde-comunidade assistida. É nossa prioridade avaliar processos e

condições de saúde que apontem para estratégias onde as pessoas vivam mais e melhor

e tenham seu direito de cidadania alcançado.

Agradecemos aos estudantes, aos professores, aos dirigentes da Universidade Federal de

Ouro Preto, aos profissionais de saúde, aos gestores municipais de Mariana e Ouro

Preto e a todos que proporcionaram alcançar êxito nesses trabalhos e nessa produção

aqui apresentada.

Professora Palmira de Fátima Bonolo

Comissão Organizadora

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

AÇÕES EDUCATIVAS COM IDOSOS EM ANTÔNIO PEREIRA: DIFICULDADES,

IMPRESSÕES E DESAFIOS

Aline Sanches Oliveira

Elen Cristina da Mata

Fábio Fernandes de Mendonça

Rafaela Arantes

Sara Helena Resende Carvalho

Adriana Maria de Figueiredo

Introdução: Visando a assistência integral à saúde da população, a Estratégia de Saúde

da Família (ESF) realiza todas as ações que competem ao nível de atenção primária:

prevenção, promoção, assistência e reabilitação (FILHO, 2004). Entre as ações

realizadas pela ESF está a assistência à saúde do idoso, um dos principais problemas

atuais de saúde pública mundial (BRITO; LITVOC, 2004). Nesse contexto, diferentes

formas de educação em saúde devem ser utilizadas, como o trabalho com grupos, onde

os profissionais podem instigar os participantes a discutirem e encontrarem estratégias

para enfrentar os problemas da comunidade, com melhorias das condições de vida e

saúde. Porém, dependendo das circunstâncias, o estabelecimento deste processo pode

ser inviabilizado e as experiências vivenciadas servem como aprendizado para o

desenvolvimento de novas estratégias de intervenção. Objetivos: discutir e refletir

experiências vivenciadas por estudantes de medicina, inseridos na ESF do distrito de

Antônio Pereira - Ouro Preto, nas ações voltadas para qualidade de vida do idoso.

Desenvolvimento: Iniciamos com o reconhecimento da área de trabalho e das

necessidades da população alvo, os idosos. Além disso, os acadêmicos entenderam a

dinâmica de funcionamento da instituição de saúde, tiveram acesso a todo o quadro de

atividades realizadas e como as mesmas eram executadas, proporcionando o

estabelecimento de vínculos e ambientação. O grupo obteve a colaboração de estudantes

dos cursos de nutrição e educação física da UFOP, além do acompanhamento de alunas

em internato rural. Devido a uma rede de acontecimentos, foi possível a realização de

apenas um encontro, não alcançando a expectativa de se ter atividades subsequentes. O

encontro foi realizado com sucesso, em um primeiro momento houve apresentação dos

participantes, dinâmicas, atividade física de alongamento e a disponibilização de lanche.

Discussão: A princípio, encontramos fatores dificultadores e facilitadores na

implantação do grupo operativo e ações com a comunidade. A preparação da equipe da

ESF foi de grande importância para que pudéssemos fazer um bom diagnóstico da

comunidade local e da situação de saúde da população. A ESF possuía uma boa

estruturação, a equipe multiprofissional estava inserida na comunidade e havia uma

inter-relação entre os profissionais, o que era muito benéfico para que a ESF

funcionasse na região. Contudo, sua estrutura física era muito limitada, o que se tornou

uma dificuldade pela impossibilidade de que as ações fossem realizadas no local, que é

de fácil acesso a população. Portanto, a procura de um local de fácil acesso para haver

adesão da população e que pudesse atender a um grupo operativo se tornou uma

dificuldade. Conclusões: Através dessa experiência, tivemos a chance de refletir acerca

da viabilidade dos grupos de conversa. Ações educativas voltadas aos idosos visando

uma mudança comportamental são eficazes, porém é necessário escolher um espaço

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adequado para a realização das atividades e buscar sempre a continuidade do trabalho

em grupo. Para a nossa formação acadêmica tal oportunidade foi muito proveitosa e

satisfatória.

Palavras-chave: ESF, saúde do idoso, qualidade de vida.

Referências:

1. BRITO, F. C.; LITVOC, J. Conceitos Básicos. In: LITVOC, J.; BRITO, F. C.

Envelhecimento: prevenção e promoção da saúde. São Paulo: Atheneu, 2004.

cap. 1.

2. FILHO, A. D. S. O SUS e a Saúde da Família. In: MINISTÉRIO DA SAÚDE.

Saúde da Família: Panorama, Avaliação e Desafios. Rio de Janeiro: MS, 2004,

p. 14-26.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ENVELHECIMENTO ATIVO

Flávia Padua Tavares

Gabriela Ribeiro Salim Nogueira

Iara Proença Xavier

Juliana Oliveira Pedrosa

Mariana Fontes Pereira

Rafael Henrique Aparecido Ferreira

Fausto Aloísio Pedrosa Pimenta

Resumo: O aumento no número de idosos nas últimas décadas tem motivado o

interesse pelo estudo do envelhecimento e dos fatores associados à qualidade de vida

desta população. Estima-se que, em 2025, o Brasil terá a sexta população de idosos do

mundo, com uma proporção de aproximadamente 14%, o que significa, em números

absolutos, cerca de 32 milhões de idosos, onde as doenças crônico-degenerativas

ocuparam lugar de destaque. O envelhecimento pode ser conceituado como um

conjunto de modificações morfofisiológicas, bioquímicas e psicológicas, que

determinam a perda progressiva da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio

ambiente, sendo considerado um processo dinâmico e progressivo. Sendo assim,

objetivo do seguinte trabalho é analisar aspectos como os sentimentos deste grupo em

relação ao envelhecimento, a satisfação com a saúde e com a vida, a importância das

atividades sociais e de lazer para a qualidade de vida dos idosos, de modo a evidenciar

como é envelhecer no Brasil, e, também, encontrar uma definição consensual do

envelhecimento ativo. As definições de envelhecimento ativo não consideram apenas a

longevidade como critério. O processo envolve múltiplos fatores individuais, sociais e

ambientais, determinantes e modificadores da saúde. Assim, a integridade da saúde

física e a capacidade funcional são componentes importantes do envelhecimento ativo,

mas uma definição não pode limitar-se a esses fatores. Manter os idosos funcionalmente

independentes é o primeiro passo para se atingir uma melhor qualidade de vida. Para

tanto, é necessário implementar programas específicos de intervenção, visando eliminar

fatores de riscos relacionados com a incapacidade funcional. Além disso, é

imprescindível a elaboração de ações de promoção da saúde, prevenção de doenças,

recuperação e reabilitação, que interfiram diretamente no sentido da manutenção da

capacidade funcional dos idosos. Algumas medidas, tais como: a inserção dos idosos

nos Grupos de Promoção de Saúde (GPS) e as visitas domiciliares, promovidas pela

Estratégia de Saúde da Família (ESF), são de grande importância no processo de

envelhecimento ativo. A qualidade de vida desse grupo está intimamente relacionada

ao fato de os idosos terem uma relação social estável, bons relacionamentos e

realizarem atividades prazerosas que atenuam o estresse e o ócio, de acordo com o

artigo “Reflexões de Idosos Participantes de Grupos de Promoção de Saúde Acerca do

Envelhecimento e da Qualidade de Vida”. Mesmo admitindo a existência de perdas

durante o processo de sua constituição, o envelhecimento ativo deve ser estimulado

entre os idosos, pois ele é sinônimo de vida plena e com qualidade. Conclui-se também

que ele corresponde ao equilíbrio biopsicossocial e à integralidade de um ser humano

que está inserido em um contexto social e que, embora idoso, ainda é capaz de

desenvolver as suas potencialidades. O processo de envelhecimento saudável refere-se a

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um conceito pessoal cujo planejamento deve ser focalizado na história, nos atributos

físicos e nas expectativas individuais, constituindo-se, portanto, numa jornada e não

num fim.

Palavras-chave: Envelhecimento ativo, idosos, Grupos de Promoção de Saúde.

Referências:

1. DE MORAIS, Edgar Nunes. Atenção à saúde do Idoso: Aspectos Conceituais.

Brasília - DF . Primeira edição – 2012. Organização Pan-Americana da Saúde –

Representação Brasil.

2. TAHAN,Jennifer; DE CARVALHO,Antonio Carlos Duarte . Reflexões de

Idosos Participantes de Grupos de Promoção de Saúde Acerca do

Envelhecimento e da Qualidade de Vida. Saúde Soc. São Paulo, v.19, n.4,

p.878-888, 2010.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PROJETO “DE BEM COM O DIA”FORMAÇÃO DE GRUPO OPERATIVO PARA

CONTROLE DE DIABETES MELLITUS NA UNIDADE DE ATENÇÃO

PRIMÁRIA A SAÚDE – UAPS DO BAIRRO SANTO ANTÔNIO DA CIDADE DE

MARIANA-MG

Clayton Marcos Dos Santos

Filipe Nappi Mateus

Ludyanne Da Silva Gomes

Maira Kroetz Boufleur

Taylane G. M. Coelho

Washington Miguel Almeida

Adriana Maria de Figueiredo

Introdução: Alicerçada na diretriz de uma formação integrada aos serviços, a

Universidade Federal de Ouro Preto, introduz os estudantes de medicina do 2º período

em unidades de saúde como cenário de aprendizagem para o desenvolvimento de ações

educativas junto à comunidade. Ao interagir com a equipe da Unidade de Atenção

Primária à Saúde (UAPS) Santo Antônio, o grupo foi colocado diante da necessidade da

implantação de um grupo operativo voltado para o controle do Diabetes Mellitus.

Objetivo: Auxiliar e esclarecer às pessoas acometidas, pelo Diabetes Mellitus, a

compreenderem sua enfermidade, incentivar o auto cuidado por meio da alimentação,

atividades físicas, medicamentos e proporcionar aos discentes à vivência prática da

Unidade de Atenção Primária à Saúde. Metodologia: O método aplicado segue

inicialmente um padrão prático de visitas as famílias que possuíam algum membro

portador de Diabetes Mellitus, posteriormente um grupo operativo foi criado, no qual as

pessoas atendidas se reuniam quinzenalmente e abordavam temas relacionados à

enfermidade. Os encontros foram feitos de forma lúdica e descontraída, buscando-se

uma interação efetiva entre os participantes, os discentes e os profissionais de saúde da

UAPS. Resultados: Observou-se uma grande evasão dos participantes ao longo do

tempo, o que estimulou a execução de um estudo exploratório para investigar suas

causas. Em visitas domiciliares, foram realizadas entrevistas com questionário

estruturado, que foi respondido por sessenta pessoas. Apurou-se que o principal motivo

da não participação nas atividades educativas é o fato de o horário dos encontros não ser

compatível com o dos participantes (55%), seguido pela resposta de os temas tratados

apresentarem somente 33% do interesse da população entrevistada. Conclusão: O

interesse e a disponibilidade da população devem ser levados em consideração no

planejamento e execução de ações como as propostas pelo grupo operativo “De Bem

com o Dia”, possibilitando a participação mais ampla da comunidade.

Palavras chave: Diabetes Mellitus; Unidade Básica de Saúde: Participação

Comunitária

Referências

1. Da Ross, M.A. Estilos de Pensamento em Saúde Pública: um estudo de

produções FSP-USP e ENSP – Fiocruz entre 1948 e 1994, a partir da

epistemologia de Ludwick Fleck. 2000. Tese (Doutorado em Educação e

Ciência) – CED, UFSC, Florianópolis, 2000.

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2. Pedrosa, I.I. É preciso repensar a educação em saúde sob a perspectiva da

participação social. Disponível em: <

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/caderno_de_educacao_popular_e_

saude.pdf >. Acesso em 14 de outubro de 2012.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

CUIDADOS PALIATIVOS: UM OLHAR HUMANIZADO DA MORTE.

Augusto Henrique Pimenta de Resende

Breno Muriel de Oliveira Fonseca

Bruna Ferraz Lima

Henrique Resende Rodrigues

Patrícia Batista Lima

Raquel Liana Neves Jorge

Adriana Maria de Figueiredo

Introdução: O tema da morte suscita muitas reflexões e discussões. O prolongamento

da vida proporcionado pelos avanços médicos e tecnológicos, bem como a melhoria na

qualidade de vida levaram à necessidade de criação e desenvolvimento dos Cuidados

Paliativos. Em Belo Horizonte, o Hospital Risoleta Tolentino Neves foi pioneiro na

implantação de uma equipe que executa atividades nessa área. Objetivos: Este trabalho

visa analisar o que são cuidados paliativos, como esta atividade é realizada no Hospital

Risoleta Tolentino Neves e abordar os aspectos legais referentes a esta prática.

Discussão: Os pacientes com doenças crônicas e degenerativas sem possibilidade de

cura carecem de atenção específica, bem como seus familiares. Neste contexto, se

fazem necessários os Cuidados Paliativos, que objetivam aliviar o sofrimento e os

sintomas daqueles indivíduos em estágio terminal, assegurando uma “boa morte”. Para

o estudo do tema neste trabalho, foram empreendidas análises bibliográficas e visita

técnica ao Hospital Risoleta Tolentino Neves. Nesta instituição existe uma equipe

multidisciplinar composta por médico, enfermeiro, psicólogo, fonoaudiólogo, assistente

social, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e nutricionista para fornecer um

atendimento integral e humanizado aos pacientes e seus familiares. O perfil principal

dos pacientes atendidos pela equipe é de idosos frágeis, mas também são contemplados

portadores de neoplasias malignas. As reuniões para discussões dos casos clínicos e

abordagem de temas teóricos sobre o assunto são semanais. Por se tratar de um tema

polêmico, discussões sobre o aspecto legal dos Cuidados Paliativos são de extrema

importância. No Brasil, esta prática se enquadra na chamada ortotanásia. Nesse

contexto, um fator que interferirá no sentido de delimitar tal processo é o testamento

vital, registro do desejo do paciente em documento e que foi regulamentado pela

Resolução nº 1.955 de 9 de agosto de 2.012 do Conselho Federal de Medicina.

Conclusão: As análises do que são os cuidados paliativos, de como essa atividade é

realizada no Hospital Risoleta Tolentino Neves e da abordagem dos aspectos legais

referentes a essa prática convergem para a eminente necessidade de difundir o tema no

âmbito social, e para uma melhor estruturação que permita aplicabilidade no meio

profissional.

Palavras-chave: cuidados paliativos; doente terminal; assistência terminal.

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Referências:

1. Manual de Cuidados Paliativos - ANCP. Disponível em:

<http://www.paliativo.org.br/biblioteca_resultadobusca.php?sgeral=livro&butto

n=Busca> . Acesso em; 10/04/2012

2. MENEZES, Rachel Aisengart. O momento da morte: Interpretação familiar

e religiosidade. In: XXIX Encontro Anual da ANPOCS, Caxambu, 2005.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ATIVIDADES EDUCATIVAS E RECREATIVAS COM GRUPOS DE IDOSOS NA

ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA - 01 CABANAS _ MARIANA - MG

Ana Cláudia dos Santos

Bernardo Arantes Neves de Abreu

Daniel Guilherme de Oliveira e Silva

Gabriela Cunha Arantes

Giovanny Viegas Rodrigues Fernandes

Robson Moraes dos Santos

Adriana Maria de Figueiredo

Kassia Castro Correia

Introdução: A Estratégia de Saúde da Família – 1 (ESF-1) do bairro Cabanas, da

cidade de Mariana, conta com uma população de 165 idosos. O Projeto CuidaIdoso é

uma das poucas opções para as pessoas dessa faixa etária realizarem atividades físicas e

educativas, sendo essa uma das principais razões do grande interesse e adesão ao

projeto. Entendendo a importância da educação permanente para o desenvolvimento de

ações que foquem a qualidade de vida da população idosa, decidimos dar continuidade

ao projeto, que conta com atividades físicas, lúdicas e educativas. Objetivos: promover

a qualidade de vida, o envelhecimento saudável e a socialização dos idosos da região

abrangida, bem como melhorar a comunicação entre a unidade de saúde e os usuários,

mantendo-os em contato frequente com ela. Metodologia: O método utilizado foi o de

grupo operativo, sendo os idosos divididos em dois subgrupos, de aproximadamente 20

pessoas cada, a fim de facilitar a interação. Com o intuito de conhecer melhor esse

grupo, foi aplicado, no primeiro encontro de cada subgrupo, um questionário, pré-

existente, modificado. Esse questionário serviu de base para elaboração das atividades

semanais. Os encontros com os idosos, intercalados a cada semana, ocorreram com

oficinas de atividades educativas, lúdicas e físicas. Resultados: Os idosos relataram

grande satisfação e interesse durante as atividades realizadas. Os encontros

proporcionaram um aumento no vínculo dessa população com a unidade de saúde bem

como espaços para discussão de temas como vacinação, câncer, alimentação, dentre

outros.

Palavras chaves: saúde do idoso, qualidade de vida, atenção primária.

Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde,

Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília :

Ministério da Saúde, 2007. (Série A. Normas e Manuais Técnicos), (Cadernos

de Atenção Básica; n. 19).

2. DIAS, R.B; CASTRO, F.M. Grupos Operativos. Grupo de Estudos em Saúde da

Família. AMMFC: Belo Horizonte, 2006. Disponível em

<http://www.smmfc.org.br/gesf/goperativo.htm>.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ADESÃO AO TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO

Bianca Silveira

Fernanda Linhares de C. Pereira

Gustavo Moreira Madeira

Helena Távora de S. A. Guimarães

Jorge Costa Ribeiro

Mariane Habib Sales de Paula

Túlio Felício da Cunha Rodrigues

Márcio Antônio Moreira Galvão

Introdução: A hipertensão é uma das maiores causas de mortes no Brasil e dados da

pesquisa anual da OMS mostram que cerca de 1/3 da população brasileira é hipertensa e

não sabe. Além disso, a adesão ao tratamento e a conscientização das pessoas ainda são

parâmetros bastante insatisfatórios, pois a maioria dos indivíduos não sabe que essa

doença, embora seja, em muitos casos, assintomática, é tão grave. Somando-se a isso

existe a crença de que somente medicamentos são satisfatórios sendo que uma

alimentação balanceada exercícios físicos regulares são preponderantes no processo de

tratamento da doença e alívio dos sintomas. Objetivos: Os integrantes do grupo

objetivaram realizar uma conscientização em relação aos entrevistados hipertensos e

não hipertensos da importância de uma boa saúde, e, a partir de entrevistas, conhecer o

grau de conhecimento de cada um sobre a gravidade da doença e a necessidade de

tratamento e de acompanhamento.Métodos: Foram feitas pesquisas com as famílias dos

integrantes do grupo com o objetivo de saber a percentagem de hipertensos dentro desse

grupo de indivíduos e, em caso afirmativo da doença, qual é o seu tratamento de

preferência, se julgam ser satisfatório e se sabem realmente sobre o nível de gravidade

da doença. Os integrantes também realizaram a explanação a todos os familiares

entrevistados sobre os riscos e a mortalidade causada pela hipertensão. Além disso, foi

ressaltado a importância de exames periódicos de aferição da pressão principalmente em

pessoas que tem parentes próximos hipertensos. Resultados: Os resultados obtidos

foram que dos 60 entrevistados 35% das pessoas são hipertensas e dessas 80% não estão

cientes da gravidade da doença e 90% apresentam um tratamento predominantemente

medicamentoso. Além disso, várias pessoas descobriram que eram hipertensos somente

com o avanço da idade e/ou após episódios de dores no peito, taquicardia, mal estar e

até mesmo infartos. Conclusões: No grupo de pessoas entrevistadas, a conscientização

em relação à doença ainda é muito insatisfatória e isso reflete o quão importante é que o

trabalho acerca da hipertensão seja ainda mais aprofundado não somente pelas entidades

governamentais como pelos médicos e profissionais da saúde em todas as camadas

sociais, já que uma conscientização adequada ainda não aconteceu e uma parcela muito

grande da sociedade ainda não acredita que uma doença tão silenciosa seja a causa de

tantas mortes.

Palavras chave: Adesão, hipertensão e conscientização.

Referências:

1. Disponível em < http://saude.terra.com.br/doencas-e-tratamentos/oms-1-em-

cada-3-adultos-sofre-hipertensao-e-1-em-cada-10-e-

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diabetico,2b8434568d457310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html> Acesso

em 25/10/2012;

2. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/doencas-e-

sintomas/hipertensao/hipertensao/> Acesso em: 18/10/2012.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

VIVER BEM É VIVER COM O CORAÇÃO: PROJETO DE INTERVENÇÃO

BASEADO EM MEDIDAS EDUCATIVAS EM SAÚDE COM PORTADORES DE

HIPERTENSÃO E DIABETES BEM COMO SEUS CUIDADORES NO DISTRITO

DE PADRE VIEGAS, MARIANA – MG

Andressa Harpis Bastos

Guilherme Angelo dos Santos Silva

Natália Dias do Nascimento

Luciana Silva de Godoy

Thaís Borges Finotti

Vanessa Almeida de Camargos

Adriana Maria de Figueiredo

Introdução: O projeto “Viver bem é viver com o coração” foi baseado em um modelo

de educação em saúde “dialógico” que visa estabelecer um vínculo entre a população e

a Equipe de Saúde da Família, visando uma maior participação social e não apenas um

modelo educador verticalizado e impositivo. Constitui um modelo bilateral de

construção de conhecimento entre o educador e o educando, possibilitando o

compromisso e a co-responsabilidade entre os usuários e a equipe de saúde. O distrito

de Padre Viegas, Mariana, é composto por uma população adulto-idosa na qual as

doenças crônicas como diabetes e hipertensão arterial são relevantes e prevalentes. A

unidade básica de saúde conta com uma equipe multiprofissional composta por 1

médico, 1 enfermeiro, 1 técnico em enfermagem e 3 agentes comunitários de saúde,

abrangendo cerca de 249 famílias. Segundo o diagnóstico situacional, o distrito conta

com 80-90 pacientes portadores dessas patologias crônicas. Objetivo: Conscientizar a

população sobre alimentação saudável e prática de exercícios físicos na construção de

uma melhor qualidade de vida. Desenvolvimento: Baseado na técnica de grupos

operativos em que o aprendizado está fundamentado na comunicação e interação entre

pacientes e a equipe de saúde, os interessados foram divididos em dois grupos a fim de

facilitar a comunicação e a interação deles conosco. Organizamos as reuniões por temas,

de acordo com a demanda dos participantes abordando tópicos em dieta balanceada,

prática de exercícios físicos e fatores de risco para doenças cardiovasculares. No início

de cada encontro a técnica em enfermagem realizava aferição da pressão arterial e peso.

Embasado na “pedagogia crítica” cuja aprendizagem se deve a um ato de conhecer a

realidade concreta do educando (paciente), desempenhamos dinâmicas de caráter

educativo e integralista. A primeira, “Dinâmica do barbante” teve intuito de aproximar a

população e a equipe de saúde visando facilitar a comunicação. A segunda dinâmica

denominada “Dinâmica da bola” apontou a importância da presença do cuidador na

rotina do paciente. Essas atividades foram finalizadas com um café da manhã saudável.

Devido a grande aceitação do projeto optamos por dividir o grupo em dois subgrupos

para facilitar a interação. Nas reuniões com cada um desses subgrupos realizamos a

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“Dinâmica dos alimentos” que consistia em montar um cardápio de acordo com a rotina

alimentar de cada um. No último encontro com todos os interessados fizemos uma

palestra expositiva sobre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Essa reunião foi encerrada com uma caminhada pelo distrito, orientada por um educador

físico. Conclusão: A prática de hábitos alimentares saudáveis e exercícios físicos é de

fundamental importância no tratamento de doenças como diabetes e hipertensão. Porém,

os pacientes possuem muitos conceitos pré-concebidos e toda uma influência cultural,

sendo isso um fator limitante na adesão a essas práticas saudáveis. Em contrapartida,

houve grande aceitação por parte da população e da Equipe de Saúde da Família.

Palavras- chave: Diabetes, Hipertensão, Hábitos alimentares.

Referências:

1. FIGUEIREDO, Maria Fernanda Santos; RODRIGUES-NETO, João Felício;

LEITE, Maísa Tavares Souza. Modelos aplicados às atividades de educação em

saúde. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 63, n. 1, Fev. 2010.

2. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção a saúde do adulto:

hipertensão e diabetes. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. p.198. Disponível em:

<http://www.saude.mg.gov.br/publicacoes/linha-

guia/linhasguia/LinhaGuiaHiperdia.pdf />. Acessado em 15 de abril. 2012.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PERFIL DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE FAMILIAR NOS MUNICÍPIOS DE

MARIANA E OURO PRETO.

Ana Carolina Ribeiro Meireles;

Carla Gomes de Paiva;

Larissa Meireles Braga;

Lauanny Ribeiro Aguiar;

Ligiane Figueiredo Falci;

Luana Almeida Silveira;

Ludmila Moreira Cruz.

Márcio Antônio Moreira Galvão

Palmira de Fátima Bonolo

Resumo: O presente estudo tem como objetivos identificar o perfil da Estratégia de

Saúde Familiar (ESF) nos municípios de Mariana e Ouro Preto, suas principais

dificuldades, metas, levantar a porcentagem de pacientes atendidos pelas equipes de

saúde da família e constatar se houve diminuição do número de pacientes internados por

hipertensão após a implantação das ESFs. Para isso, foi utilizado um questionário

baseado nos conhecimentos extraídos dos artigos de Medeiros (2010) e Vasconcelos

(2011) e dados das secretarias de saúde dos dois municípios. Os principais resultados

em Mariana foram as quedas nos valores de internações por hipertensão na população

masculina depois implantação das ESFs, variando de 12,9% em 1997 para 8,5% em

2011, bem como na população feminina diminuindo de 17,4% em 1997 para 7,7% em

2011. Em Ouro Preto, por sua vez, após a implantação das ESFs também houve queda

nos valores de internações por hipertensão, na população masculina foram reduzidas de

16,2% em 1998 para 2,8% em 2011 e na feminina de 22,1% em 1998 para 2,3% em

2011. As principais dificuldades em Mariana referem-se à deficiência do espaço físico e

à falta de informatização. Já em Ouro Preto, às unidades de saúde alugadas e adaptadas;

ao mofo e às infiltrações; ao acesso dificultado a usuários debilitados ou com

dificuldade de locomoção; à falta de espaço para atividades de ações coletivas de

promoção e prevenção à saúde e ao descumprimento de alguns princípios da legislação

sanitária do estado vigente. As metas para os próximos anos no município de Mariana

são: ampliar a Atenção Primária à Saúde com mais equipes de Estratégia de Saúde da

Família; informatizar as unidades e fortalecer o fluxo e contrafluxo de informações. Já

em Ouro Preto foi listada como principal meta a aquisição de imóveis próprios.

Constatou-se, por fim, uma notória melhoria na qualidade de vida da população desde a

implantação da Estratégia de Saúde da Família e a necessidade de se continuar

investindo na atenção básica visando combater os obstáculos ainda correntes.

Palavras chave: Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde; Gestão em Saúde.

Referências

1. MEDEIROS, C. R. G. et al. Rotatividade de enfermeiro e médico: um

impasse na implementação da Estratégia de Saúde da Família. Disponível

em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

81232010000700064. Ciência & Saúde Coletiva, 15(Supl. 1): 2010.

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2. VASCONCELOS, F. G. A.; ZANIBONI, M. R. G. Dificuldades do trabalho

médico no PSF. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-

81232011000700085&script=sci_arttext. Ciência & Saúde Coletiva, 16(Supl. 1):

2011

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS EM

IDOSOS NO DISTRITO DE SANTO ANTÔNIO DO LEITE, OURO PRETO/MG

Ana Clarisse da Costa Porto

Eliana Fernandes Maia

Emília Calil Silva

Fernanda dos Santos da Silva

Júlia Carvalho Oliveira

Adriana Maria de Figueiredo

Resumo: O conceito de Promoção da Saúde, definido em Ottawa no ano de 1986 é

dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua

qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo.

Por essa perspectiva, o maior desafio na atenção primária à pessoa idosa é contribuir

para que, apesar das progressivas limitações dessa fase da vida, esses indivíduos possam

redescobrir possibilidades de viver com qualidade. Com o intuito de possibilitar um

processo de envelhecimento saudável e ativo, são primadas estratégias não só de

prevenção de doenças, como também a promoção da saúde. Dessa forma, foi proposto

um trabalho de educação em saúde na Estratégia Saúde da Família de Santo Antônio do

Leite, distrito de Ouro Preto- MG, visando a efetivação de um grupo operativo com

idosos. Os objetivos dessa intervenção incluíam possibilitar aos idosos envolvidos uma

melhor compreensão do seu envelhecimento e aceitação dessa fase da vida através de

uma reflexão quanto à necessidade de hábitos que corroborem com seu bem estar;

promover o intercâmbio entre os estudantes, professores, profissionais de saúde e a

comunidade; propiciar a reflexão sobre a formação em saúde e a prática assistencial e

contribuir para a consolidação da produção cientifica em saúde. Esse projeto grupal de

educação em saúde proposto pelo curso de Medicina da UFOP incentiva uma maior

integração ensino-serviço-comunidade, com uma visão integral da saúde, com enfoque

em terapias não medicamentosas, criando territórios propícios para as devidas mudanças

comportamentais. A práxis integrada aos serviços de saúde nos possibilitou vivenciar as

potencialidades e limitações da ESF, permitindo-nos encarar de perto os paradigmas

quanto à real função dessa estratégia de saúde, tanto por parte dos profissionais de saúde

residentes quanto por parte da população adscrita. As limitações encontradas revelaram

uma fragilidade na integração ensino-serviço-comunidade e na atenção básica a esse

grupo específico, no entanto, as potencialidades indicam um vasto campo para

desenvolvimento de atividades preventivas e, principalmente, promotoras da saúde

voltadas a essa população.

Palavras chave: Educação em saúde. Promoção da saúde. Envelhecimento.

Referências:

1. VASCONCELOS, Eymard Mourão. Educação Popular e a atenção à saúde da

família. São Paulo-Sobral: Editora Hucitec/Edições UVA, 2001.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica. Envelhecimento e Saúde da Pessoa

Idosa. Brasília, 2006.192p.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

DEMANDA DE ATENDIMENTOS NA UPA/OP: URGÊNCIA/EMERGÊNCIA X

AMBULATÓRIO

Carolina Vieira

Geiza D. Conceição

Izabela Zarnowski

Maria Alice Cardoso

Paulo Henrique Melo

Raíssa F. R. Ribeiro

Laís Sato

Palmira Bonolo

Introdução: Ao longo de várias visitas orientadas feitas em vários hospitais e unidades

de pronto atendimento, durante as disciplinas med100 e med117, os alunos do presente

grupo notaram uma queixa em comum dos profissionais de saúde: a demanda

aumentada devido a casos sem urgência/emergência atendidos nos serviços de pronto

atendimento. Após uma busca de dados e revisão bibliográfica procuramos entender,

primeiramente, o que é o atendimento de emergência/urgência, qual a diferença de

abordagem entre o serviço de plantão e o feito nos postos de saúde da família, como o

sistema de saúde e a estrutura populacional influenciam os atendimentos na rede de

saúde. Objetivos: Estudar as definições de urgência/emergência e sua adequação aos

atendimentos de unidades de pronto atendimento; Relacionar o perfil da população com

o perfil de procura aos postos de pronto atendimento; Tratar e interpretar dados

colhidos, em campo, para possivelmente apontar estratégias de prevenção para a

sobrecarga do pronto atendimento. Métodos: Foi feita uma revisão bibliográfica para

apoio ao desenvolver do tema. Após essa revisão, o grupo percebeu uma necessidade de

coleta de dados em campo. Uma vez que não tínhamos tempo hábil para a coleta, nos

foram disponibilizados, pela professora orientadora do presente trabalho, dois conjuntos

de dados que já haviam sido coletados, sobre o perfil de freqüência na UPA/OP. O

primeiro grupo se tratava do perfil de 73.245 atendimentos realizados durante todo o

ano de 2011, na UPA/OP, e o segundo tratava do perfil de atendimento de 156 pacientes

na mesma unidade de saúde durante uma única semana do mês de setembro de 2012.

Esses dados foram comparados levando em consideração a estrutura populacional

refletida na amostragem e o motivo pelo qual as pessoas procuravam o pronto

atendimento. Resultados e Discussões: Após a análise e tratamento dos dados podemos

perceber que grande parte das pessoas que procuram o pronto atendimento, não o faz

por estar passando por um episódio de urgência/emergência. Exames gerais sem queixa

somaram mais de 26% dos casos do primeiro grupamento de dados. Esses números

podem indicar uma sobrecarga nesse tipo de serviço, o que vem a ser um grande

problema quando pensamos na oferta de serviços médicos de qualidade, sobretudo em

situações emergenciais. Após essa análise, o grupo chegou á conclusão que é necessário

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um trabalho de conscientização da população acerca do tipo de atendimento que deve

ser levado às unidades de pronto atendimento e principalmente, ensinar sobre o posto de

saúde da família e o que ele pode tratar e , o mais importante, sobre a prevenção feita

nesses locais a cerca de algumas doenças, sobretudo as crônicas.

Palavras chave: Urgência/Emergência, Pronto Atendimento, Posto saúde da família.

Referências:

1. ROMANI, H. M.; SPERANDIO, J. A.; SPERANDIO, J.L; DINIZ, M. N.;

INÁCIO, M. A. M. Uma Visão Assistencial da Urgência e Emergência no

Sistema de Saúde. Revista Bioética, São Paulo, v.17, n.1, p. 41-53, fev. 2009.

2. MENDES, E.V. As redes de Atenção á Saúde. 2ª edição. Brasília: Organização

Pan-Americana da Saúde, 2011. 554p.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

DOENÇAS NEGLIGENCIADAS: ESQUISTOSSOMOSE

Débora Dumont Cruz Nunes

Najla Braz da Silva Vaz

Pedro Gadbem Bobst Samira Karolyne da Silva Romão

Simone Alves Edmundo

Carolina Coimbra Marinho

Adriana Maria Figueiredo

Introdução: O trabalho foi desenvolvido visando ressaltar a importância de doenças

endêmicas, negligenciadas tanto pelo Governo, como por grande parte da população

acometida por ela. Para isso, contamos com o apoio do Laboratório de Epidemiologias

das Doenças Parasitária (LEPi) da UFOP, que já apresentava um projeto em andamento,

referente á esquistossomose no distrito de Ouro Preto, Antônio Pereira, por se tratar de

uma área endêmica.Objetivos: O objetivo do grupo foi colaborar direta ou

indiretamente, na coleta de dados para análise no Laboratório, para que pudesse auxiliar

na demarcação de áreas de risco, conscientização da população local, e além disso,

colocar em evidência uma questão importante de prevenção e necessidade de uma

atuação mais eficaz do Governo. Discussão: A metodologia utilizada pelo grupo foi a

aplicação de questionários, feitos pelo Laboratório, que visava coletar dados da

população em geral, para posterior análise epidemiológica. A atuação do grupo nas UBS

(Unidades Básicas de Saúde) ocorreu com o auxilio de Agentes de Saúde. E consistia

em uma visita domiciliar concomitante com a aplicação dos questionários, para os

moradores de determinada microrregião. Além disso, houve participação na coleta e

diagnóstico de alguns moradores, e sua posterior análise no laboratório. Conclusão:

Durante a realização do trabalho houve discussão a respeito da preponderância da

esquistossomose e do fato da região ser uma área endêmica, e a necessidade de uma

vigilância epidemiológica. E pela análise do grupo, alguns dos fatores responsáveis,

são: o conhecimento precário por parte dos genitores, escassas opções de lazer, falta de

confiança na relação UBS- população- UFOP, e de atuação da saúde pública. É

necessário fortalecer esses laços, e utilizar os dados coletados para atuar de forma eficaz

na região, reduzindo os índices de prevalência da doença. Aliado a isso, é necessário

levar em consideração o estilo de vida dos moradores, analisar a falta de opção de lazer,

a escassez de recursos da comunidade, e os costumes arraigados de usos não adequados

dos córregos e ribeirões; para então poder atuar de forma eficaz, propondo melhorias

para a comunidade, em particular e para a população, em geral.

Palavras chave: Esquistossomose; saúde pública; vigilância epidemiológica.

Referências:

1. HTTP://www.nupeb.uop.br/lepi/

2. AYRES José Ricardo de Carvalho Mesquita. Epidemiologia, promoção da saúde

e paradoxo do risco

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO MÉDICA

Daniel Magalhães Nobre

Filipe Mateus Costa Teixeira

Francisco Patruz Ananias de Assis

Henrique Martins Arada Caldeira

Luisa Guimarães Hofner

Pedro Fonseca Abdo Rocha

Sávio Henrique de Souza Almeida

Adriana Maria de Figueiredo

Introdução: O ato médico é nome que identifica o projeto de lei 7703/06 que busca

definir todo procedimento técnico-profissional praticado por médico habilitado e

dirigido para a prevenção primária, secundária e terciária da saúde. É parte do processo

de regulamentação da profissão médica e tem sido objeto de debates entre as várias

profissões da saúde e demais setores da sociedade civil. Mas mostra-se assunto ainda

pouco conhecido. A finalidade do “ato médico” é regular a profissão, delimitando os

espaços de atuação dos médicos habilitados em seu exercício e em relação às outras

profissões de saúde. Objetivo: Definir o que é o ato médico e apresentar os argumentos

favoráveis e contrários ao projeto de lei. Além disso, apresentar os resultados de uma

pesquisa realizada entre acadêmicos de medicina da Universidade Federal de Ouro

Preto (UFOP), para levantar a perspectiva desses estudantes a respeito do projeto de lei.

Discussão: O grupo constatou que, alguns parágrafos ainda são polêmicos e geram

discussões acerca do tema, entre eles o da estratégia ventilatória, que promove um

confronto entre médicos e fisioterapeutas em torno de suas áreas de atuação. A pesquisa

realizada com acadêmicos do ciclo básico versus ciclo médico revela que, num aspecto

geral, houve assertivas em que o primeiro e o quinto período demonstraram tendência

de concordância, como por exemplo em relação a regulamentação da profissão, e

divergiram em outras, como a que aborda o ato médico como sendo uma elitização da

medicina. Além disso, a pesquisa realizada entre os acadêmicos revela uma maior

tendência dos alunos do quinto período em serem favoráveis a implementação

regulamentadora da profissão médica quando comparada a dos alunos do primeiro

período. Conclusão: O projeto de lei avança para aprovação, entretanto, ainda apresenta

questões conflituosas entre as diferentes profissões. Observamos que entre os estudantes

de medicina entrevistados também há divergências no conhecimento e entendimento do

projeto. Isso evidencia a importância de que esse projeto ainda seja debatido tanto na

esfera acadêmica quanto na profissional.

Palavras chaves: Ato médico, regulamentação, medicina.

Referências:

1. Cartilha: “A MEDICINA E OS ATOS MÉDICOS”

‘Em defesa do direito da população à assistência médica digna e de qualidade’

- Conselho Federal de Medicina. Brasília, outubro de 2003.

2. Machado, Maria Helena. Debatendo o Ato Médico. Ciência e Saúde Coletiva,

10:18,2005

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

OFICINAS PEDAGÓGICAS: CONSTRUINDO ESTRATÉGIAS PARA A AÇÃO

DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO ÂMBITO DA SEXUALIDADE

INFANTO-JUVENIL.

Felipe Sabec Folgueral

Paulo Henrique Castanha x1

Géssica Santana Marotta

Nicollai Silvério Silva

Adriana Maria de Figuereido

Introdução: A Unidade Básica de Saúde – UBS – localizada no bairro Rosário,

Mariana, Minas Gerais, está na periferia da cidade e foi fundada em novembro de 2011.

Portanto, trata-se de uma Estratégia de saúde da família em desenvolvimento. A área

abrangida pela UBS é caracterizada por fortes desigualdades, sendo subdividida em

duas regiões diferenciadas pelo nível socioeconômico. A primeira microrregião próxima

ao centro da cidade possui maior quantidade de pessoas idosas e, portanto, doenças mais

comuns a essa idade, já na região mais distante do bairro é uma região de invasão com

uma população mais jovem e com grande incidência de doenças parasitárias e gravidez

na adolescência. Por ser uma UBS em fase de construção, verificaram-se várias

dificuldades, dentre elas a ausência de médico, a baixa adesão da população, falta de

identificação no local e problemas sociais como alcoolismo, drogas, violência sexual e

gravidez na adolescência. A Equipe de saúde desta UBS é formada por uma enfermeira,

uma técnica de enfermagem e cinco agentes comunitários de saúde. Objetivo: O

objetivo desse trabalho foi a criação de um projeto de intervenção interno, de modo a

construir estratégias para a ação das ACSs no âmbito da sexualidade infanto- juvenil na

comunidade atendida pela UBS- Rosário. Desenvolvimento: Levando em consideração

o pouco tempo de inserção dessa UBS no bairro Rosário, falta do médico e baixa

adesão da população, optou-se por um trabalho que visasse o aprimoramento das

habilidades dos profissionais ali inseridos. Essa situação impossibilitava uma integração

direta com a população. Foram desenvolvidas oficinas, trabalhadas de forma objetiva,

clara e direta, abordando de várias formas a sexualidade do adolescente e da criança,

promovendo reflexão e incentivando a participação dos profissionais de saúde.

Discussão: Levando em consideração a participação e envolvimento das ACSs nas

oficinas realizadas, percebeu-se um diferente nível de comprometimento das mesmas

para com o projeto. Dessa forma, pode-se dizer que uma parcela do grupo trabalhado

tirou real proveito das discussões e construiu real conhecimento. Conclusão: As

oficinas realizadas proporcionaram maior efetivação dos objetivos desse projeto e,

apesar de todos os percalços enfrentados no decorrer da efetivação do projeto, percebeu-

se que o mesmo abriu porta para futuros trabalhos desta natureza na unidade, além de

ter nos proporcionado uma grande experiência pessoal.

Palavras chave: Agente comunitários de Saúde, sexualidade, Estratégia de Saúde da

Família

Referências

1. Ministério da Saúde.; 2006. Guia para a formação de profissionais de saúde e de

educação. Saúde e Prevenção nas escolas. Série número 75.

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2. Dias, A.C.G., Teixeira, M.A.P.; 2010. Gravidez na adolescência: um olhar sobre

um fenômeno complexo.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

RELAÇÃO ENTRE MÉDICO E PACIENTE: UMA VISÃO CRÍTICA.

Carolina de Almeida e Silva

Clarissa Queiroz Gonçalves

Fernanda Pinheiro Manhães

Linamar Salomé Sant’Ana Machado

Lorena Caroline Lima de Oliveira

Ricardo Luiz Narciso Moebus

Introdução: A eficiência na oferta do serviço de saúde depende da integração entre três

pontos básicos: O saber técnico do profissional; as tecnologias que incluem métodos e

instrumentos necessários; os processos relacionais entre médico e paciente. Nosso

trabalho tem como objetivo analisar criticamente esta relação entre médico e paciente.

As obras utilizadas como base foram: o livro “Relação Médico-Paciente” de Alonso

Augusto Moreira Filho, e os textos “O ato de cuidar: a alma do serviço de saúde?” e “A

medicina além do metal” de Emerson Merhy. Objetivo: A partir dessas referências,

construímos nosso ponto de vista a respeito do funcionamento das relações interpessoais

para que a produção do cuidado na oferta do serviço de saúde seja eficiente em dois

aspectos: no tratamento e possível cura da enfermidade e na integração do profissional

com o usuário do serviço. Discussão: O encontro entre o médico e o paciente envolve

aspectos interessantes: momentos de falas, escutas e interpretações, os quais possuem a

produção de uma acolhida ou não das intenções que essas pessoas colocam nesse

encontro; momentos de cumplicidades, os quais há a produção de uma

responsabilização em torno do problema que vai ser enfrentado; momentos de

confiabilidade e esperança, os quais se produzem relações de vínculo e aceitação. Há

sempre um espaço de relação que se produz ao encontro de sujeitos. No caso do serviço

de saúde, esse espaço intercessor sempre será partilhado e nele há um jogo de

necessidades: o de cura, pelo paciente; e o de oferecer o tratamento, por parte do

médico. O paciente vai à busca de uma solução para aplacar aquilo que considera um

sofrimento, tanto quanto para possibilitar que o seu organismo volte a funcionar bem.

Por sua vez, o médico é o sujeito capacitado para fornecer o procurado alívio do

sofrimento. Conclusão: Dessa forma, a relação médico-paciente, como processo de

trabalho, é ainda mais direta do que o usual, passando por diferentes entraves como a

insegurança ante a enfermidade, o temor do insucesso e a dificuldade em manter uma

neutralidade afetiva. Para que haja eficiência nesse processo, se faz necessária uma

disposição mútua em que ambas as partes trazem consigo expectativas e devem,

portanto, manter uma flexibilidade e cooperação.

Palavras chave: Relação; paciente; médico.

REFERÊNCIAS:

1. FILHO, Alonso Augusto Moreira. Relação Médico- Paciente. 2° Edição. Belo

Horizonte: Editora COOPMED, 2005.

2. MERHY, E.E. O ATO DE CUIDAR: a alma dos serviços de saúde?. 2009.

Disponível em: <http://www.uff.br/saudecoletiva/professores/merhy/artigos-

05.pdf>. Acesso: 25 out. 2012 às 13:45

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PROJETO GESTAÇÃO E AMAMENTAÇÃO: O BEM ESTAR E A SAÚDE NA

GESTAÇÃO E PUERPÉRIO

Adélie Nicolli Martins Gai

Amália Assis de Freitas

Luiz Gustavo Minaré Conessa

Márcio Massao Santana Sueto

Priscila Cintra Campos

Adriana Maria de Figueiredo

Resumo: O Grupo de Gestantes é um ambiente dinâmico que objetiva a promoção da

saúde integral individual-coletiva das gestantes, mediada pelas interações que nele

ocorrem. A participação no grupo permite à gestante ser multiplicadora de saúde. As

interações geradas entre as participantes e os profissionais da saúde, possibilitam a

promoção da saúde integral com repercussões desse processo na vida das gestantes, dos

seus familiares e demais participantes do grupo. Baseando-se nisso, criou-se o Projeto

Gestação e Amamentação, direcionado às gestantes da população de Cachoeira do

Campo, Distrito de Ouro Preto, Minas Gerais, mais especificamente, à área II deste

distrito que é de abrangência da Unidade “Vida” da Estratégia de Saúde da Família. O

grupo buscou contribuir positivamente com o pré-natal das gestantes envolvidas através

de discussões sobre verdades e mitos existentes entre as pessoas da população local,

informações relevantes sobre alimentação sadia, tipos de parto, riscos quanto ao

consumo de álcool e tabaco durante a gravidez, amamentação cruzada, além de fornecer

o aprendizado de exercícios que possibilitariam um maior bem estar durante o processo

gestacional tanto para a gestante quanto para o bebê. Ao término do trabalho, notou-se a

satisfação das gestantes quanto ao que foi transmitido, uma maior participação dos pais

no processo gestacional – a medida em que passaram a acompanhá-las nos encontros-,

assim como notória tranquilidade e bem-estar. Tais resultados certificam que, com esse

cuidado a mulher grávida passa a se sentir fortalecida, com as experiências vivenciadas

em grupo, e consegue construir um corpo de conhecimentos relativos à sua condição, o

que contribui para uma vivência mais plena e saudável da gestação, do parto e da

maternidade.

Palavras-chave: Gestantes, Promoção da Saúde, Gravidez

Referências: 1. DELFINO, M.R.R.; PATRICIO, Z.M.; MARTINS, A.S.; SILVERIO, M.R. O

processo de cuidar participante com um grupo de gestantes: repercussões

na saúde integral individual-coletiva. Ciênc. saúde coletiva. 2004, vol.9, n.4,

pp. 1057-1066.

2. SANTOS, R.V.; PENNA, C.M.M. A educação em saúde como estratégia para

o cuidado à gestante, puérpera e ao recém-nascido. Texto contexto – enferm.

2009, vol.18, n.4, pp. 652-660.

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PÔSTERES DE DISCIPLINA

A HISTÓRIA NATURAL DA FEBRE MACULOSA, A PREVENÇÃO E

CONTROLE DA DOENÇA

Douglas Donadone Spares

Fernanda Souza Pereira

Geysa Carvalho Mendes Silva

Lígia Barros de Oliveira

Marina Letícia Massote Couto

Nayane Moura Maia

Patrícia Junqueira de Resende

Pauline Dias Soares

Thales Miranda Sales

Viviane Felício da Cunha Rodrigues

Márcio Antônio Moreira Galvão

Introdução: As zoonoses representam uma séria ameaça para a saúde e o bem-estar da

população em todo o mundo e entre elas estão as Rickettsioses. Vários gêneros e

espécies da família Rickettsiase mantém ciclos zoonóticos na natureza, sendo agentes

causadores das febres maculosas e do tifo. A natureza infecciosa das riquettsioses foi

demonstrada pela primeira vez na década de 1900 pelo patologista norte-americano

Howard Taylor Ricketts, ao cultivar a riquettsia presente no sangue de pacientes

portadores da febre maculosa em animais. No Brasil, a riquettsia foi reconhecida pela

primeira vez em São Paulo no ano de 1929, sendo posteriormente descrita em Minas

Gerais e no Rio de Janeiro. Objetivo: Analisar a importância da história natural da

Rickettsiose e de sua epidemiologia para a prevenção e combate da doença no Brasil.

Metodologia: Revisão bibliográfica de artigos e livros de microbiologia referentes à

riquettsioses e seus vetores. Desenvolvimento: As espécies da família Rickettsiase

possuem como reservatórios ratos, cães, coelhos e carrapatos. As riquettsias são

transmitidas ao homem através da picada de carrapatos ou piolhos , por meio da saliva e

fezes respectivamente. Com base no conhecimento, evolução da doença, sua história

natural, e em sua epidemiologia, é possível criar medidas preventivas para assegurar a

promoção da saúde. Para tanto é necessário uma descrição da estrutura epidemiológica

do agente e da doença como um todo. A febre maculosa é uma doença que ocorre no

Brasil predominantemente na região sudeste com casos esparsos em outros estados

como na região sul. Tal incidência se deve a presença do principal vetor e reservatório

(carrapato estrela) nessas regiões cujo habitat são pastos e gramados. Essa doença tem

caráter sazonal devido ao aumento da atividade do carrapato com maior contato com o

ser humano entre os meses de junho e outubro e também caráter compulsório.

Conclusão: Por se tratar de uma doença de notificação compulsória, todos os

municípios devem se preparar para adoção de medidas de controle para se obter um

diagnóstico precoce, afim de se evitar o óbito. Ações educativas que envolvam vários

setores (institucionais e comunitários), com objetivo de se prevenir a doença, devem ser

focadas no controle dos carrapatos, em seu habitat natural. As medidas de controle

ambiental devem estar associadas a uma inspeção individual (procura de carrapatos no

corpo em intervalos de tempo de aproximadamente três horas, uso de equipamentos de

proteção, etc) para uma prevenção efetiva.

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Palavras chave: Rickettsioses, prevenção, controle

Referências: 1. Del Fiol FS, Junqueira FM, Rocha MCP, Toledo MI, Barberato Filho S. A febre

maculosa no Brasil. Rev. Panam Salud Pública. 2010;27(6):461-6.

2. TRABULSI, L.R.; ALTERTHUM F. Microbilogia, 5ª edição Editora Atheneu,

2008.

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PÔSTERES DE DISCIPLINA

ESPAÇO E DOENÇA: UMA ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA

Márcio Antônio Moreira Galvão

Breno Bernardes de Souza

Bryan Ferraz Freitas

Joyce Carvalho Martins

Laurice Barbosa Freitas

Liliane Alves Matos

Marília Fontenelle e Silva

Naline Silva Jaques

Natália Corrêa de Assis

Introdução: Ao longo da história da epidemiologia, o espaço foi muitas vezes utilizado

como categoria de análise para a compreensão da ocorrência e distribuição das doenças,

fundamentando-se, principalmente, em aspectos biológicos e naturais de sua

composição. A partir da ascensão da Epidemiologia Social, na segunda metade do

século XX, o conjunto de determinantes não biológicos do espaço, em destaque os

processos sociais e históricos, passaram a receber maior atenção na análise do processo

saúde-doença. Neste ínterim, o médico e epidemiologista Luis Jacintho da Silva,

procurando fugir da dicotomia artificial entre determinantes naturais e não-naturais,

presente no embate teórico entre a Epidemiologia Clássica e a Social, propõe uma

análise dinâmica centrada no espaço geográfico. Essa análise une os principais pontos

de cada teoria para que, a partir de uma abordagem completa do espaço, processos

importantes não sejam ofuscados no entendimento da gênese e da distribuição das

doenças. Objetivo: Descrever, por meio de revisão da literatura, a análise

epidemiológica centrada no espaço proposta por Silva. Desenvolvimento: O espaço

geográfico é o cenário onde se desenvolvem as interações entre os diferentes segmentos

das sociedades humanas e entre essas e a natureza. O fato de as doenças surgirem ou

serem modificadas por estas interações justifcam o uso do espaço como centro de uma

análise epidemiológica. Para tal, é preciso definir o objeto de estudo (doença ou

conjunto de doenças); reconstruir o sistema de relações que gira em torno deste objeto

(paisagem, vetores, ocupação humana, entre outros); identificar quais dessas relações

permitem a ocorrência da doença. Tal análise, de modo contrário ao processo usual da

epidemiologia, inicia-se não da doença, mas sim dos diversos aspectos que a englobam,

permitindo sua ocorrência. Como estudo de caso para compreensão de tal teoria,

analisar-se-á a Doença de Chagas no Estado de São Paulo (DC-SP), sendo esta,

portanto, o objeto de estudo. Para entender como a DC disseminou-se em SP, torna-se

necessário buscar, no processo evolutivo da epidemiologia da doença, os vínculos que

esta estabeleceu com as condições sociais e ecológicas e, com isso, explicar as

transformações que sofreu ao longo do tempo. O avanço da fronteira agrícola paulista,

juntamente com a organização espacial da produção agrária - cafeicultura baseada na

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mão-de-obra assalariada, propiciou a disseminação do Triatoma infestans e da endemia

chagásica no planalto ocidental paulista. Este contexto epidemiológico particular da

endemia chagásica se limitou à distribuição dessa organização espacial, sendo que,

quando as condições históricas determinaram a reorganização espacial, a endemia

desapareceu. Conclusão: O espaço não é estático, imutável, ele é o produto dinâmico e

histórico de uma rede de relações ampla e complexa, que engloba influências da

indústria, do estado, da sociedade e da natureza. Assim, por propiciar uma análise em

que o espaço é considerado o esteio onde o processo saúde-doença ocorre, a

análise epidemiológica centrada no espaço permite uma compreensão vasta e, portanto,

adequada à epidemiologia das doenças.

Palavras chave: epidemiologia, modelos epidemiológicos e espaço.·.

Referências:

1. SILVA, L.J., 1986. Desbravamento, agricultura e doença: a doença de Chagas no Estado de São Paulo. Cad. Saúde Públ., 2(2): 124-140.

2. SILVA, L.J., 1997. O Conceito de Espaço na Epidemiologia das Doenças Infecciosas. Cad. Saúde Públ., 13(4): 585-593.

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PÔSTERES DE DISCIPLINA

SAÚDE DO TRABALHADOR – UMA NOVA VISÃO QUE EMERGE DA

REFORMA SANITÁRIA BRASILEIRA

Bárbara Vidigal dos Santos

Diego Andrade Leal

Gabriel Guandalini

Keilly Fonseca e Andrade

Luiza Fagundes Lima

Marcos Santana Firme

Mirla Fiuza Diniz

Rafaela Carvalho Gersanti

Rayanna Mara de Oliveira Santos Pereira

Márcio Antônio Moreira Galvão

Introdução: A Reforma Sanitária foi um movimento contra as diretrizes implantado na

área da saúde durante a ditadura militar, a qual se estruturou no meio acadêmico e

sindical e se consolidou na 8ª Conferência Nacional de Saúde. Pela primeira vez, foi

discutida a criação de um novo modelo de saúde para o Brasil acrescentando à

constituição de 1988 que a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado, tendo

como objetivo final a melhoria das condições de vida da população, em especial

reconhecendo o indivíduo na sua condição de trabalhador. Dessa forma, surgiu o termo

Saúde do Trabalhador, o qual demanda articulações intersetoriais, uma vez que é

condicionada por fatores sociais, econômicos, tecnológicos, biológicos e ambientais.

Objetivo: Analisar o processo de construção da saúde do trabalhador à luz da Reforma

Sanitária. Discussão: Antes da década de 70, quem precisasse de assistência médica

deveria pagar por ela, ser atendido em instituições filantrópicas ou estar formalmente

inserido no mercado de trabalho. As ações de saúde do trabalhador tem seu início com

as lutas sociais das décadas de 70 e 80, com a democratização e a Reforma Sanitária. A

partir daí, a classe trabalhadora passou a ter um papel ativo na criação dos Programas de

Saúde do Trabalhador, sendo reconhecida como possuidora de saber e não como mera

consumidora de serviços de saúde. No contexto da medicina social latino-americana

dessa época, na qual se destacam Sérgio Arouca e Anamaria Tambellini, passou a se

compreender o processo saúde-doença de uma outra forma na qual os fatores biológicos

sofrem a influência dos processos históricos e sociais. Isso faz com que possa se

superar o reducionismo positivista e incorporar o ser humano na relação laboral,

reconhecendo a “subjetividade do trabalho: o significado que os indivíduos atribuem a

determinadas situações, o modo como cada um reage a partir da sua história de vida”. A

Carta Constituinte estabelece parâmetros legais para a constituição da Saúde do

Trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS). Seu artigo 200 estabelece a ampliação

do atendimento do SUS para além da intervenção no corpo ou suas partes; evolui para a

intervenção nas causas e, inclusive, nos ambientes de trabalho. Contudo, a Reforma

Sanitária veio, em parte, de dentro do aparato estatal, faltando-lhe uma sustentação

social que lhe desse força política (reforma “pelo alto”). É essa lacuna na gênese da

reforma que faz necessária a continuidade do processo. Nesse sentido, a reforma não se

resume à criação do SUS, pois se trata de um processo dinâmico de (re)construção, que

deve se adequar às mudanças do perfil das coletividades e priorizar a participação

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social. Conclusão: Se a reforma geral prometida está por se realizar, a Reforma

Sanitária Brasileira contribuiu, todavia, para a difusão da consciência do direito à saúde

do trabalhador, vinculado à cidadania, e para a realização parcial de uma reforma

democrática de Estado.

Palavras-chave: Reforma Sanitária; Saúde do Trabalhador; Medicina social latino-

americana.

Referências:

1. PAIM, J. S. Reforma sanitária brasileira: contribuição para a compreensão e

crítica. Salvador, 2007. 300p.

2. LACAZ, F. A. C. Saúde do trabalhador: um estudo sobre as formações

discursivas da academia, dos serviços e do movimento sindical. 1996. Tese

(Doutorado) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de

Campinas, Campinas, 1996.

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PÔSTERES DE DISCIPLINA

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL: DEFINIÇÃO, HISTÓRICO E UMA

APLICAÇÃO PRÁTICA

Bárbara Alves Salgado Costa

Filipe Vidica Teodoro Barcelos

Isabella Neiva Liboreiro

Laura Rodrigues Sefair

Leonardo Augusto Souza Panzera

Maíra Lopes Xaxier

Nícolas Santos de Oliveira

Rafael Resende do Vale

Rodrigo Magno Oliveira

Taylla Mendes Silva

Introdução: A vigilância epidemiológica é uma “contínua e sistemática coleta, análise e

interpretação de dados essenciais de saúde para planejar, implementar e avaliar práticas

de saúde pública, intimamente integrada com a periodicidade de disseminação desses

dados para aqueles que necessitam conhecê-los” . O conceito clássico de vigilância

datado do final do século XIX vinculava- se ao conceito de isolamento e quarentena,

medidas compulsórias de caráter restritivo. Esses conceitos são efetivos na atualidade

no controle de doenças infecciosas graves com potencial de disseminação global. O

conceito moderno associa-se à década de 50. Baseava-se no acompanhamento

sistemático de doenças na comunidade e tinha o propósito de identificar rapidamente o

aparecimento de epidemias e oferecer bases científicas para o controle de doenças

(Langmur, 1971). Objetivos: Definir o conceito atual de vigilância epidemiológica,

apresentar o desenvolvimento da vigilância no Brasil e apresentar uma aplicação

prática. Discussão: O histórico da vigilância no Brasil inicia-se na segunda metade da

década de 70 com a criação de diversas Secretarias Nacionais, das premissas do SUS e

do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE). Na década de 90, surgiram

as primeiras iniciativas de desenvolvimento da farmacovigilância (futura ANVISA) e

houve a incorporação de novas tecnologias envolvidas na geração e disponibilidade de

dados ao sistema de vigilância. Nos anos 2000 criou-se o EPI-SUS, programa de

capacitação de profissionais na área de vigilância epidemiológica. Um exemplo da

aplicação da vigilância epidemiológica refere-se às doenças crônicas. A partir da década

de 60, elas passaram a ser a principal causa de morte no Brasil. O esquema de

Vigilância Epidemiológica consiste na obtenção de dados de mortalidade, de

morbidade e de fatores de risco, tornando-se essencial para a prevenção e promoção da

saúde. O monitoramento dos fatores de risco são, no entanto, uma das ações mais

importantes do esquema, uma vez que permitem a elaboração de ações preventivas que

interrompam a cadeia epidemiológica da doença, proporcionando benefícios que não

são alcançados com as intervenções secundárias e terciárias, de maior custo (LESSA,

2004). Conclusão: A criação e desenvolvimento do programa de vigilância

epidemiológica no Brasil são recentes e ainda encontram- se em aperfeiçoamento. A sua

principal deficiência relaciona-se à obtenção e análise de dados de saúde, fatores que

comprometem sua eficiência.

Palavras chave: vigilância epidemiológica no Brasil, doenças crônicas, histórico.

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Referências:

1. AKERMAN, M.; CAMPOS, G. W. De S.; MINAYO, M. C. De S;

CARVALHO, Y. M. De (2009). Tratado de Saúde Coletiva (2ª edição). São

Paulo: Hucitec Editora.

2. LESSA, I. Doenças crônicas não-transmissíveis no Brasil: um desafio para a

complexa tarefa da vigilância. Ciência & Saúde Coletiva, Salvador, 9(4):931-

943, outubro de 2004. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/csc/v9n4/a14v9n4.pdf. Acesso em: 19 de outubro de

2012.

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PÔSTERES DE DISCIPLINA

O VIÉS EPIDEMIOLÓGICO DA OBRA LITERÁRIA “O MAPA FANTASMA”.

Marcio Antônio Moreira Galvão

Camila Biazussi Damasceno

Gustavo Resende Furtado

Janaína Drumond Rocha Fraga

Lívia do Ó e Souza

Marcos Vinícios Rasmussen Loures

Marcelo Pinto Maciel

Michelle Simões Montrezor

Vinícius Chinellato Lima de Carvalho

Guilherme Rezende

Introdução: O livro O Mapa Fantasma foi publicado em 2008 pelo autor Steven

Johnson e relata a epidemia de cólera que ocorreu em 1854 em Londres. Milhares de

pessoas foram dizimadas, e a maioria foi abandonada a céu aberto na metrópole inglesa.

Como a causa da cólera não era totalmente elucidada, três teorias se destacavam na

tentativa de explicar essa injúria: a miasmática, a religiosa e a da transmissão da cólera

pela água. Essa última teve autoria do protagonista da obra, John Snow, que era médico

anestesista e cirurgião. Ele desenvolveu o primeiro estudo epidemiológico, baseando-se

em dados previamente registrados. Objetivos: Extrair da obra literária os seguintes

aspectos: a importância do método investigativo de John Snow na descoberta da

transmissão da cólera; a relevância da epidemiologia para elaboração de políticas de

saúde pública. Discussão: Na época em que ocorreu a epidemia de cólera na Inglaterra,

a ciência carecia de credibilidade frente às explicações não empíricas. John Snow,

através da observação do padrão de abastecimento de água e dos locais com maior taxa

de mortalidade, criou o chamado “Mapa Fantasma”, possibilitando a conclusão de que

apenas um dos poços possuía água contaminada.Conclusão: Por meio de um fantástico

e inovador trabalho epidemiológico, John Snow combateu dogmas e superstições

acerca da etiologia e patogênese da cólera. Após a sua descoberta foram implantadas

melhorias na infraestrutura das cidades inglesas, implicando na diminuição da

mortalidade por cólera no país. A partir deste momento, a epidemiologia consolidou-se

como ciência investigativa e a metodologia utilizada por Snow foi essencial para a

elucidação de padrões epidemiológicos de outras doenças.

Palavras chave: Epidemiologia, Transmissão, Cólera.

Referências:

1. HERCULANO, Selene. O mapa fantasma: como a luta de dois homens contra o

cólera mudou o destino de nossas metrópoles. Ambient. soc., Campinas, v. 13,

n. 2. Dezembro.2010. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-

753X2010000200014&lng=en&nrm=iso. Acessado em: 16 de Outubro.

2012. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-753X2010000200014.

2. JONHSON, Steven. O mapa fantasma. Jorge Zahar, 2008.