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APRESENTAÇÃO

O X Simpósio Educação e Sociedade Contemporânea: desafios e propostas,

realizado pelo Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira – CAp-UERJ – no período de 3 a 5 de novembro de 2016 no CAp-UERJ, teve como tema geral PROJETOS DE SOCIEDADE EM DISPUTA E AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL e faz um chamado para o debate sobre a formação docente, articulado aos seguintes eixos temáticos: Culturas, história e movimentos sociais; Tecnologias: acesso e produção de conhecimento; Educação Inclusiva e práticas educativas; Formação científica e cidadania; Pesquisa em educação no Brasil.

A atual conjuntura revela um cenário de profunda crise política e econômica, com importantes repercussões no campo dos direitos sociais, civis, políticos e trabalhistas. Além dos intensos debates sobre o tema democracia e estado democrático de direitos, acompanhamos os anúncios de cortes de verbas dos programas sociais, das áreas de saúde e educação e uma perigosa onda conservadora ameaça a liberdade de expressão no interior das instituições educacionais. Projetos de lei encaminhados por deputados ligados ao denominado Movimento Escola Sem Partido, anunciando o “fim da doutrinação”, pretendem ditar formas de controle do conhecimento a ser produzido nos processos de aprender e ensinar, desenvolvidos autonomamente no interior das escolas de ensino básico e das universidades.

Nesse contexto, o objetivo geral do evento foi promover a reflexão e o debate acerca de temas relacionados às políticas educacionais em seus avanços e retrocessos, assim como analisar os impactos produzidos pela atual conjuntura política na formação de professores e nos currículos praticados na Escola Básica e na Universidade. Entendemos que as práticas dialógicas alimentam a formação de indivíduos autônomos.

Os Institutos, Colégios e Escolas de Aplicação são instituições que atuam em todos os níveis da educação - Ensino Básico, Graduação e Pós-Graduação. São reconhecidas historicamente como campo experimental de formação inicial e continuada de professores e campo de desenvolvimento de práticas de ensino e educacionais voltadas para o ensino básico. São espaços de produção de conhecimento que articulam os pilares básicos da Universidade: ensino, pesquisa e extensão. O trabalho em parceria com outras redes de ensino e as trocas acadêmicas com diversas instituições educacionais vêm consolidando o evento Simpósio Educação e Sociedade Contemporânea do CAp-UERJ: desafios e propostas, em sua décima edição como espaço de discussão e formulação teórico-prática.

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SUMÁRIO

PÔSTERES

1. A COORDENAÇÃO DE CURSO COMO ESPAÇO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS .................................... 7

2. A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE JOVENS E

ADULTOS ........................................................................................................................................ 9

3. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O DESENVOLVIMENTO MOTOR CRIANÇAS E JOVENS

COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA .............................................................................. 11

4. A IMPORTÂNCIA DO DIÁRIO DE BORDO NA FORMAÇÃO DOCENTE: UMA EXPERIÊNCIA NO

PROJETO PIBID ............................................................................................................................. 13

5. A PATERNIDADE FRENTE AO SOLO SAGRADO DA MATERNIDADE: DISCUSSÕES SOBRE A

(DES)CONSTRUÇÃO DO PAPEL DOS HOMENS/PAIS NOS CUIDADOS COM AS(OS) FILHAS(OS)

EDUCANDOS ................................................................................................................................. 15

6. A PRODUÇÃO AUDIOVISUAL NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS: POSSIBILIDADES DE AUTORIA .......... 16

7. A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO E AS METAS NO TRABALHO DOCENTE: ABRINDO UM DIÁLOGO. 18

8. ALTAS HABILIDADE/SUPERDOTAÇÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE COMUNIDADES

CARENTES DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO ........................................................................... 20

9. APRENDENDO E CRESCENDO COM OS CONFLITOS NA ESCOLA: O RESPEITO AO OUTRO À SERVIÇO

DO DESENVOLVIMENTO NO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................. 21

10. BULLYING E A SOCIOLOGIA DO DESVIO ....................................................................................... 23

11. BULLYING: UMA PERSPECTIVA DE ESTUDO ................................................................................. 25

12. COM AÇÚCAR E COM AFETO: PRÁTICAS DIALÓGICAS NO ENSINO DE HISTÓRIA NA EJA ............ 27

13. CONSELHOS ESCOLARES E QUALIDADE SOCIAL DA EDUCAÇÃO: A DIALOGICIDADE E A

PARTICIPAÇÃO COMO PRINCÍPIOS DA AÇÃO EDUCATIVA ........................................................... 28

14. DOMINGOS ESPACIAIS: EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E ASTRONOMIA .......................... 30

15. EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA ALUNOS CONSIDERADOS COM BAIXO DESEMPENHO ESCOLAR

..................................................................................................................................................... 32

16. ELABORAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS POR ALUNOS DO 7O ANO.............................. 34

17. ELABORAÇÃO DE POSTERES A PARTIR DE PESQUISA SOBRE UMA QUESTÃO-DÚVIDA POR ALUNOS

DO 7O ANO ................................................................................................................................... 36

18. “EMPODERAMENTO: O JOVEM COMO TRANSFORMADOR DA CONSCIÊNCIA SOCIAL” .............. 38

19. ENFOQUE GERENCIAL NA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO DA REDE ESTADUAL FLUMINENSE ........ 39

20. ENUNCIADOS MATEMÁTICOS: CRÍTICA E DIÁLOGO .................................................................... 41

21. FORA DA SALA DE AULA: REPRESENTAÇÕES DE CAMADAS EMPOBRECIDAS E PRÁTICAS

EDUCATIVAS NÃO ESCOLARES NA PERIFERIA DE SÃO GONÇALO ................................................ 43

22. FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E ENSINO COLABORATIVO PARA INCLUSÃO:

DESAFIOS ONLINE ........................................................................................................................ 45

23. INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA ........................... 47

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24. LABORATÓRIO PORTÁTIL PI: ELABORAÇÃO DE EXPERIMENTOS DE FÍSICA UTILIZANDO O

RASPBERRY PI ............................................................................................................................... 48

25. MEDIAÇÕES TECNOLÓGICAS, SOCIALIZAÇÃO E CURRÍCULO........................................................ 50

26. MEMORIAL DE FORMAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE UM POSICIONAMENTO DE ESCRITA CONTRA

HEGEMÔNICO .............................................................................................................................. 52

27. MOVIMENTO OCUPA ESCOLA: DISCUTINDO GÊNERO EM RODA DE CONVERSAS SOBRE A

CULTURA DO ESTUPRO ................................................................................................................ 54

28. NARRATIVAS DOS ANOS FINAIS: VIOLÊNCIA, OPRESSÃO E INTOLERÂNCIA ................................. 56

29. O GEOGEBRA E A GEOMETRIA ESPACIAL: UMA ABORDAGEM NO ENSINO ................................. 57

30. O QUE SE APRENDE NA CAMINHADA: ESPAÇO DA COORDENAÇÃO E O ACOMPANHAMENTO DOS

DISCENTES DO CURSO DE PEDAGOGIA ........................................................................................ 59

31. ORIENTAÇÃO ESPACIAL DE ALUNOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............... 61

32. ORIENTAÇÃO POR OBJETIVOS DE PRATICANTES DE ESPORTES COLETIVOS, KARATE E BALÉ ...... 63

33. OS DESAFIOS E AS TECNOLOGIAS APLICADAS PARA A AQUISIÇÃO DE CÓDIGO LINGUÍSTICO EM

CRIANÇAS COM SURDEZ IMERSAS EM AMBIENTE OUVINTE: USO DE DISPOSITIVOS

TECNOLÓGICOS EM ESTUDO DE CASO ........................................................................................ 65

34. PENSANDO CULTURAS AMERÍNDIAS: EXPERIÊNCIAS DE UM PROJETO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

NO CAP/UERJ ............................................................................................................................... 67

35. PRÁTICA DE ENSINO NAS LICENCIATURAS – UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA .................................................................................................................................... 69

36. PROFESSOR ARAKEN DE ABREU E SILVA: MEMÓRIAS DO PRIMEIRO DIRETOR DO COLÉGIO

ESTADUAL JULIA KUBITSCHEK ...................................................................................................... 72

37. PROJETO Π-EF: PRODUÇÕES INTELIGENTES PARA O ENSINO DE FÍSICA ...................................... 74

38. REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE PETRÓPOLIS: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL E SEUS

SENTIDOS ..................................................................................................................................... 76

39. REFLEXÕES ACERCA DO CURRÍCULO MÍNIMO POR DOCENTES DE FÍSICA E QUÍMICA DO CAP/UERJ

..................................................................................................................................................... 77

40. SEGREGAÇÃO, ESCOLA E DESIGUALDADES: RACIALIZANDO AS OPORTUNIDADES EDUCACIONAIS

..................................................................................................................................................... 79

41. SUJEITOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E OS SENTIDOS ATRIBUÍDOS AO LIVRO DIDÁTICO

..................................................................................................................................................... 81

42. UM CAFÉ COM FREIRE: A SALA DE AULA E OS DIÁLOGOS ENTRE LEITURAS E LEITORES ............. 83

43. QUANTO VALE SUA ÁGUA? A ANÁLISE DO CONSUMO DE ÁGUA MENSAL POR ALUNOS DO 6º ANO

DO EF COMO PRÁTICA ESCOLAR E EXERCÍCIO DE CIDADANIA..................................................... 85

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COMUNICAÇÕES

44. A DIALÓGICA ENTRE REALIDADE E CONHECIMENTO COM ALUNOS E ALUNAS DO COMPLEXO DA

MARÉ: O TEATRO DO OPRIMIDO COMO ABORDAGEM ETNOGRÁFICA ....................................... 86

45. A EXTINÇÃO DO JUBILAMENTO DO COLÉGIO PEDRO II ............................................................... 88

46. A FICÇÃO CIENTÍFICA COMO FERRAMENTA DE PROBLEMATIZAÇÃO NO ENSINO: MODELO COM

O LIVRO 1984 ............................................................................................................................... 90

47. A FORMAÇÃO DE LEITORES EM FRANCÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA ............................................... 91

48. A INCOMPLETUDE DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL FOCADA NA BOLSA: DESAFIOS E

POTENCIALIDADES EM UMA ESCOLA CARIOCA ........................................................................... 93

49. A INVISIBILIDADE DO ALUNO DE CLASSE BAIXA EM SALA DE AULA: OUTRO OLHAR SOBRE O

FRACASSO ESCOLAR ..................................................................................................................... 95

50. A LEI 11.645-08 EM AULAS OFICINAS DE HISTÓRIA ..................................................................... 97

51. A SOCIOLOGIA E O ENEM: UMA ANÁLISE A PARTIR DO CURRÍCULO DO CAP-UERJ .................... 99

52. A TECNOLOGIA COMO UMA INOVAÇÃO PEDAGÓGICA ............................................................. 101

53. A TECNOLOGIA NO ESPAÇO ESCOLAR: PROCESSOS DE INCLUSÃO/EXCLUSÃO SOCIAL E DIGITAL

................................................................................................................................................... 104

54. AÇÕES AFIRMATIVAS DE CORTE RACIAL: UMA POLÍTICA DE INCLUSÃO .................................... 107

55. ANÁLISE DIALÓGICA DISCURSIVA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS EM ESTUDOS SOBRE EDUCAÇÃO E

CULTURA .................................................................................................................................... 109

56. APRENDENDO EM REDES: A EXPERIÊNCIA DA FORMAÇÃO DOCENTE EM COLETIVOS ............. 111

57. DESENVOLVIMENTISMO E PESQUISA EDUCACIONAL NO BRASIL: DÉCADAS DE 1950 E 1960... 113

58. FORMAÇÃO DE PROFESSORES: ESTRATÉGIAS E PRÁTICAS METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE

SURDOS ...................................................................................................................................... 115

59. MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO COMO PREMISSA PARA A PROFISSIONALIZAÇÃO

DOCENTE .................................................................................................................................... 118

60. NÃO É SÓ NA ESCOLA QUE SE EDUCA .... NOS LUGARES DE MEMÓRIA TAMBÉM SE EDUCA ! . 121

61. O CAP-UERJ E A EDUCAÇÃO INTEGRAL- REFLEXÕES SOBRE O ESPAÇO E O TEMPO ESCOLAR .. 124

62. O CURRÍCULO DE HISTÓRIA DA ESCOLA DO CAMPO E SEU REFLEXO NA FORMAÇÃO DA

IDENTIDADE DISCENTE ............................................................................................................... 126

63. O JOGO LÚDICO COOPERATIVO E A SOCIOLOGIA: CONTRIBUIÇÕES ......................................... 128

64. O TRABALHO DOCENTE EM UM COTIDIANO ESCOLAR DE ACELERAÇÃO: REFLEXÕES E

MOVIMENTOS INICIAIS. ............................................................................................................. 129

65. PARTICIPAÇÃO POPULAR E INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PESQUISA EDUCACIONAL NO BRASIL . 132

66. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS: O QUE É NORTEADO E O QUE É

PRATICADO SOBRE A FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOCENTE EM TRÊS MUNICÍPIOS DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO .................................................................................................................... 133

67. POBREZA E ASSISTÊNCIA SOCIOEDUCACIONAL NO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO: MEMÓRIAS DE

UM DISCURSO “OFICIAL” ........................................................................................................... 135

68. POLÍTICA DE EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL NO MUNICIPIO DO RJ ..................................... 136

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69. POLÍTICA NACIONAL DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

BÁSICA: CAMINHOS POSSÍVEIS .................................................................................................. 138

70. SOBRE NÓS, MULHERES NEGRAS NA ESCOLA: UM ESTUDO SOBRE RELAÇÕES RACIAIS E

PERSPECTIVA DECOLONIAL DE EDUCAÇÃO................................................................................ 140

71. UM ESTUDO SOBRE A ESCRITA DE SURDOS EM PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO ...................... 144

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PÔSTERES

A COORDENAÇÃO DE CURSO COMO ESPAÇO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS

Caroline Pacheco Pereira

Faculdade de Educação / UERJ

Bruna Maria Oliveira Silva

Faculdade de Educação / UERJ

Paula da Silva Vidal Cid Lopes

Faculdade de Educação / UERJ

O trabalho que aqui se apresenta tem como objetivo identificar a prática formativa em atividade de Estágio Interno Complementar (EIC) relacionada à gestão pedagógica, através do setor de coordenação do curso presencial de Pedagogia/UERJ/Campus Maracanã. O trabalho desenvolvido contempla a gestão organizacional dos aspectos acadêmicos, institucionais e processuais que envolvem a formação dos estudantes. O grupo de trabalho é formado por estudantes-bolsistas do mesmo curso, funcionários da secretaria e professores da Faculdade de Educação. São frentes de trabalho da coordenação, entre outras: Estudo e análise de documentação de Atividades Acadêmico-Científico-Culturais para fins de composição curricular, análise de processos acadêmicos e institucionais, atendimento aos estudantes e professores, planejamento de reuniões, eventos, materiais e veículos de divulgação de informações, além de acompanhamento de comissões, colegiados e projetos diversificados da Faculdade de Educação. O projeto se justifica pela oportunidade que oferece na ampliação de experiências em práticas educativas, a partir de uma perspectiva que não se reduz à sala de aula como único espaço de formação de professores. A metodologia da pesquisa é desenhada a partir dos pressupostos de pesquisa-ação, na medida em que representa um movimento de professores em formação, “com vivências profissionais e interesses comuns, sempre ligados ao cotidiano”, conforme definido por Senna (2003, p.103) em estudos sobre pesquisa em Educação. Na rotina de atividades da coordenação, como resultados parciais do projeto de EIC, é possível identificar: inserção dos estudantes-bolsistas nos contextos administrativos e pedagógicos que envolvem as práticas educativas; redimensionamento de procedimentos e modos de organização de material pedagógico; planejamento e avaliação de modos estratégicos diferenciados que possam responder às demandas reais do escopo de estudantes.

Palavras-chave: Gestão Pedagógica - Estágio – Formação de professores.

Referências Bibliográficas CANCLINI, N. G. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1999.

CANEN, A. & MOREIRA, A. F. B. (orgs,). Ênfases e omissões no currículo. Campinas: Papirus, 2001.

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FUSARI, J. C. O planejamento do trabalho pedagógico: algumas indagações e tentativas de respostas. São Paulo, 1990.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.

HALL, S. Identidade cultural na Pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006

HENRIQUES, E. M. de O. A questão institucional e a Educação. In: Imaginário e Educação. Movimento - Revista da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense – n. 1 (maio 2000) – Niterói: EdUFF, 2000.

LÜCK, H. Perspectivas da gestão escolar e implicações quanto à formação de seus gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, p. 11-33, fev/jun 2000. Disponível em http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewfile/1087/989. Acesso em 02/04/2013.

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo : Cortez, 2000.

UNESCO. Quatro pilares da educação: Relatório da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI, elaborado por Jacques Delors. 1996.

Senna, L. A.G. Orientações para elaboração de projetos de pesquisa-ação em Educação (versão eletrônica). Rio de Janeiro: Papel & Virtual, 2003.

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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE JOVENS E ADULTOS

Silvia Leticia Losada da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro/CEDERJ

Tatiana Luna Gomes da Silva Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira – CAp-UERJ

De acordo com Wallon, o aprendizado se dá através de estágios com características próprias em cada um, onde a afetividade e a cognição estão sempre presentes. O objetivo deste trabalho é discutir de que forma a afetividade, enquanto ferramenta de trabalho docente, em especial com alunos do EJA (Educação de jovens e adultos), pode tornar os estudantes mais receptivos ao aprendizado. Abordamos a afetividade na perspectiva de Henri Wallon, Jean Piaget e Lev S. Vygotsky, buscando compreender e dialogar suas concepções acerca do tema. Ainda, relatamos experiências vividas no EJA, entre 2015 e 2016 na escola Marechal Canrobert Pereira da Costa, localizada no bairro de Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Para a interpretação dos dados, empregamos a técnica da análise de conteúdo proposta por Bardin (2009). Nota-se, através das concepções de Wallon, Piaget e Vygotsky, que os aspectos afetivos e cognitivos se relacionam mutuamente e, em cada situação eles estão presentes influenciando nas construções intelectuais e nas ações dos sujeitos. Durante a pesquisa, professores e estudantes foram questionados em relação ao que eles consideravam qualidades importantes em um professor. A análise dos dados evidenciou que os três principais fatores apontados pelos estudantes são justamente os relacionados à afetividade. Entretanto, entre os professores, as questões relacionadas à afetividade não tiveram peso considerável. É preciso refletir sobre o ato de ensinar, pois além do desenvolvimento de habilidades cognitivas, é necessário despertar o interesse dos alunos, tornando o ambiente mais cativante e estimulante. Através dos relatos e observações percebemos que, os alunos do EJA são adultos que em algum momento de suas vidas se viram obrigados a abandonar os estudos e chegam à escola trazendo marcas de um período escolar onde seus valores não se ajustavam aos valores da escola, isso os leva a carregarem consigo resquícios de problemas emocionais, dificultando o aprendizado. Ao utilizar a afetividade como ferramenta de trabalho os alunos se sentem aceitos, receptivos ao aprendizado e ao convívio social. Ao confrontar os referenciais teóricos com os dados obtidos com a pesquisa, percebe-se que ainda são latentes os paradigmas históricos de um ensino tecnicista, desta forma, não só o EJA é prejudicado em seus preceitos, mas como a própria evasão escolar tem como fator colaborativo a relação distante entre aluno e professor.

Palavras-chave: Afetividade; Aprendizagem; Educação de jovens e adultos.

Referências Bibliográficas BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Editora 70, 2009.

PIAGET, Jean. Biologia e conhecimento. 2ª. Ed.Vozes: Petrópolis,1996

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VYGOTSKY, L. S. A formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

____________. O desenvolvimenro psicológico na infância. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

____________. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

____________. Psicologia pedagógica. São Paulo: Artmed, 1999.

WALLON, H. As origens do caráter na criança. São Paulo: Disfusão Européia do Livro, 1971.

____________. Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada. Petrópolis: Vozes, 2008.

____________. A evolução psicológica da criança. Lisboa, Edições 70, 1941-1995.

____________. Psicologia e educação da infância. Lisboa, Estampa, 1959-1975.

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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O DESENVOLVIMENTO MOTOR CRIANÇAS E JOVENS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA

Matheus Ramos Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/LaBiCoM)

Jomilto Praxedes Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/LaBiCoM)

O autismo é atualmente caracterizado como um transtorno do neurodesenvolvimento, recebendo assim a nomenclatura de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os indivíduos acometidos pelo TEA podem apresentar alterações negativas no que diz respeito aos domínios cognitivo, afetivo e, principalmente, motor, tais como: coordenação motora, orientação espacial, equilíbrio e esquema corporal (LARSON et al., 2008). Atualmente, sabe-se que a prática de diversos tipos de exercício físico pode proporcionar melhoria da proficiência motora dos praticantes (WROTNIAK et al., 2006). Deste modo, faz- se necessário identificar e reunir na literatura quais as estratégias de exercitação física podem ser utilizadas com os portadores de TEA, a fim de subsidiar teoricamente, principalmente, os Professores de Educação Física, auxiliando na elaboração de atividades, que possam promover o desenvolvimento motor de crianças e jovens com TEA. Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo, identificar as estratégias utilizadas para proporcionar o desenvolvimento motor de crianças e jovens com TEA. Neste estudo foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos completos publicados entre o período de 2000 a 2016 nas bases de dados Pubmed, Scielo, Pepsic, Lilacs e Latindex. Como descritores chave, utilizou-se: Autismo, Educação física, Desenvolvimento motor e Comportamento motor. Sendo assim, foram selecionados os artigos que tiveram maior proximidade com o objetivo, sendo utilizadas definitivamente 46 produções. Os artigos indicaram a utilização de jogos, atividades de psicomotricidade, práticas esportivas, dinâmicas pedagógicas, atividades aquáticas, gincanas, exercícios de fortalecimento muscular, exercícios de equilíbrio, práticas motoras com trampolins e atividades ao ar livre. Estas atividades proporcionaram uma significativa diminuição nos movimentos estereotipados, aumento do repertório motor, desenvolvimento da coordenação motora, melhora do equilíbrio, da agilidade e do controle postural, e o desenvolvimento de aspectos sociais e comunicativos. Diante disso, conclui-se que a prática de exercício físico pode contribuir para o desenvolvimento motor de crianças e jovens com TEA. Palavras-chave: Autismo – Educação física – Desenvolvimento motor. Referências Bibliográficas DSM V- Diagnostic and Statistical Manual of mental disorders, 5 ed., Arlington, V.A., American Psychiatric Association, 2013

HINCKSON, Erica A. et al. Physical activity, dietary habits and overall health in overweight and obese children and youth with intellectual disability or autism. Research in developmental disabilities, v. 34, n. 4, p. 1170-1178, 2013.

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LARSON, Jennifer C. Gidley et al. Acquisition of internal models of motor tasks in children with autism. Brain, v. 131, n. 11, p. 2894-2903, 2008. OKUDA, Paola Matiko. Caracterização do perfil motor de escolares com transtorno autístico. Revista Educação Especial, v. 23, n. 38, p. 443-454, 2010. PAN, Chien-Yu. Effects of water exercise swimming program on aquatic skills and social behaviors in children with autism spectrum disorders. Autism, v. 14, n. 1, p. 9-28, 2010. TOMÉ, Maycon et al. Educação Física como auxiliar no desenvolvimento cognitivo e corporal de autistas. Movimento e Percepção, v. 8, n. 11, 2007. WROTNIAK, Brian H. et al. The relationship between motor proficiency and physical activity in children. Pediatrics, v. 118, n. 6, p. e1758-e1765, 2006.

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A IMPORTÂNCIA DO DIÁRIO DE BORDO NA FORMAÇÃO DOCENTE: UMA EXPERIÊNCIA

NO PROJETO PIBID

Stela Lina Magalhães B. Ferreira

INSTITUTO DE BIOLOGIA (IBRAG), UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ), RJ.

FÁTIMA KZAM DAMACENO DE LACERDA

INSTITUTO DE QUÍMICA (IQ), SR-1, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ), RJ.

Na constante busca pela qualidade na formação docente, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) tem se mostrado de extrema importância por antecipar o vínculo do futuro professor com a realidade escolar e, ao mesmo tempo, possibilitar a aproximação entre teoria e prática, contribuindo para a construção do perfil profissional do licenciando. O presente trabalho se propõe a discutir sobre a importância do diário de bordo como caminho investigativo para se pensar a escola e a formação docente, a partir do que é vivenciado no cotidiano escolar, durante o estágio de graduandos de licenciatura inseridos no PIBID no município de Nova Friburgo/RJ. Este trabalho utiliza os registros dos diários de bordo que vem sendo elaborados, desde março de 2014, no Colégio Municipal Odette Penna Muniz, durante o estágio de iniciação à docência, como fonte para pesquisa (auto)biográfica. Foram analisadas as observações de aulas, dos encontros de estudo, planejamento, reuniões e atividades formais e informais realizadas na escola, a fim de sistematizar e refletir sobre a prática docente cotidiana de professores em formação. O hábito de desenvolver a escrita nos diários de bordo pôde ajudar a formalizar e organizar o pensamento, a aprendizagem, a sistematização e a autoavaliação da prática docente desenvolvida, a partir das experiências vivenciadas no ambiente escolar. Ao reler o relato das atividades desenvolvidas em sala de aula, se tornou mais fácil identificar possíveis problemas e refletir sobre eles buscando o seu aperfeiçoamento. Sendo assim, a escrita nos diários de bordo funcionou como uma bússola, orientando sobre qual rumo tomar nas próximas atividades a serem desenvolvidas a partir das experiências registradas. A utilização do diário de bordo contribui para a formação do professor-pesquisador, possibilitando que este pesquise sobre a sua própria prática docente. Ao buscar os seus registros para reflexão, o futuro docente é estimulado a desenvolver uma aprendizagem significativa que permite a exploração do pensamento crítico e reflexivo.

Palavras-chaves: Formação de professores, Cotidiano escolar, Iniciação à Docência Referências Bibliográficas CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. Campinas, SP: Papirus, 1989. DEMO, Pedro. Universidade, aprendizagem e avaliação: horizontes reconstrutivos. Porto Alegre: Mediação, 2004. DEWEY, J. Como pensamos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959.

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EL HAMMOUTI, N-D. Diários etnográficos profanos na pesquisa educacional. Revista Europea de Etnografía de la Educacíon., v. 1, n. 2, 2002. p. 9-20. FURTER, Pierre. Educação e Reflexão. 16ª edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1987. ZABALZA, M. A. Diários de aula: contributo para o estudo dos dilemas dos professores. Porto, Lisboa: Ed. Porto, 1994.

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A PATERNIDADE FRENTE AO SOLO SAGRADO DA MATERNIDADE: DISCUSSÕES SOBRE A (DES)CONSTRUÇÃO DO PAPEL DOS HOMENS/PAIS NOS CUIDADOS COM AS(OS)

FILHAS(OS) EDUCANDOS

Elisangela de Véras Batista PPGEB/CAP/UERJ

José Roberto da Silva Rodrigues PPGEB/CAP-UERJ

O presente trabalho surgiu das inquietações inerentes à atuação profissional como assistente social, durante os últimos 13 anos, atuando junto a famílias, em vários espaços de intervenção social. A partir das observações empíricas, nos variados campos de prática, quanto à ausência dos homens pais nos cuidados e participação da vida dos filhos. Enquanto as mulheres mães tinham quase que geralmente 90% de participação. A pesquisa será subsidiada por referenciais teóricos que embasem as discussões e estudos, que priorizem as categorias gênero, educação. O intuito principal desta proposta de estudo é refletir, por meio da pesquisa e análise dos dados, sobre as categorias paternidade /maternidade e de que modo elas inspiram, orientam e normatizam os papéis desempenhados no cuidado com os filhos, contribuindo assim para busca em direção da equidade destes lugares, e, sobretudo a observância de práticas discentes e resultados escolares qualitativamente mais eficientes e equânimes. Analisar e pesquisar sobre as categorias paternidade/maternidade pesquisar a participação dos homens nos cuidados com os filhos. Avaliar o impacto da participação dos pais na vida e no rendimento escolar dos filhos através da observação dos resultados escolares de alunos nas redes públicas de ensino. A pesquisa será realizada em escolas públicas do município do Rio de Janeiro, compreendendo o seguimento/ano correspondente ao Ensino fundamental /6º ano e com os pais com do sexo masculino responsáveis pelos alunos nas turmas/escolas selecionadas. Neste semestre a pesquisa se encontra no estágio de levantamento e estudo bibliográfico. Posteriormente intento aprofundar tal estudo, a delimitação definitiva do campo e reconhecimento e início efetivo da pesquisa, além das já citadas entrevistas semiestruturadas os homens/pais responsáveis.

Palavras-chaves: Paternidade; Gênero; Resultados e Praticas Discentes.

Referências bibliográficas BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. 1985. FREIRE, Paulo; GUIMARÃES, Sérgio. Aprendendo com a própria história II. 2ª Ed. São Paulo, Paz e Terra, 2000.

GADOTTI, Moacir. Educação e poder- Introdução à pedagogia do conflito. São Paulo: Cortez, 2003.

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A PRODUÇÃO AUDIOVISUAL NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS: POSSIBILIDADES DE AUTORIA

Lidiane Aparecida de Almeida PPGEB - Universidade do Estado Rio de Janeiro

Maria Beatriz Dias da Silva Maia Porto PPGEB - Universidade do Estado Rio de Janeiro

Vera Nácia Duarte Franco PPGEB - Universidade do Estado Rio de Janeiro

O presente trabalho apresenta o desenvolvimento e a construção de objetos educativos voltados para o cotidiano e o currículo dos estudantes do primeiro segmento do Ensino Fundamental, demonstrando as possibilidades e os desafios da inserção das novas tecnologias digitais em sala de aula. Os objetos educativos a serem apresentados aqui são fruto de um projeto de pesquisa desenvolvido com alunos do quinto ano de escolaridade de uma escola pública situada na zona norte, próxima à Comunidade da Mangueira, do município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. O objetivo deste trabalho é apresentar alguns caminhos para a inserção de novas práticas metodológicas com o uso do software MUAN, por docentes e discentes, e proporcionar aos alunos uma experiência com o uso das novas tecnologias digitais, aliada à cultura escolar, incentivando a produção autoral interdisciplinar. A pesquisa realizada envolveu alunos e professores que participaram de oficinas de fotografia, animação e vídeo, seguindo Sequências Didáticas em um processo de pesquisa-ação. A partir da identificação das dificuldades encontradas pelos professores e da vontade dos alunos em produzirem seus próprios vídeos e animações, surgiu a necessidade de um material de apoio para que todos pudessem ter autonomia de produzir suas próprias narrativas audiovisuais. Dessa forma, o resultado final do trabalho consistiu de um Tutorial do Software MUAN e de dois editores de vídeo, o Movie Maker e o Adobe Premiere, uma vez que foi detectada a importância de, não apenas capturar as imagens, mas editar e publicar. As oficinas geraram duas animações e um vídeo documentário produzidos pelos alunos com a mediação da pesquisadora. Acreditamos fortemente que, apesar dos desafios, é possível a produção de material audiovisual em uma escola pública, tendo os estudantes como protagonistas de sua história em uma escola que apresenta possibilidades não só materiais, mas humana, criativa e transformadora, com competência para produções autorais. Esperamos que esse trabalho inspire outros professores e alunos a trilharem juntos esse caminho em busca de uma educação que seja significativa para todos.

Palavras-chave: Produção autoral; audiovisual; software.

Referências Bibliográficas KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas: Papirus, 2003. (Série Prática Pedagógica). _______ . V. M. Salto para o futuro – Entrevistas – Disponível em:

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http://tvescola.mec.gov.br/tve/salto/interview;jsessionid=2DEC0661CCABABAAEE6FAA8A9F267DEB?idInterview=8365 .Data da entrevista: 30/11/2009. Acessado em: 12/12/1015 ______. V. M. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. 8ª ed – Campinas, SP: Papirus, 2012. LÉVY, Pierre. Cibercultura. (Trad. Carlos Irineu da Costa). São Paulo: Editora 34, 1999. _______. As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: 34, 2010.

FRANCO, V.N.D. O uso das tecnologias da informação e da comunicação no ensino fundamental: possibilidades e desafios, 2015. 162 p. Dissertação (mestrado em ensino) – Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira – CAp – UERJ. Rio de Janeiro, 2015.

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A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO E AS METAS NO TRABALHO DOCENTE: ABRINDO UM DIÁLOGO.

Robert Venâncio de Oliveira

Faculdade de Educação FACED/UFJF-MG

A análise nesse artigo propõem uma reflexão investigativa sobre os caminhos econômicos, sociais, culturais e políticos pelos quais se deram o desenvolvimento e a implementação das políticas curriculares padronizadas, principalmente na escola básica brasileira, sob o discurso da qualidade da educação. Trazendo para a discussão a triangulação entre dados empíricos, traços da legislação educacional recente e argumentos de autores contemporâneos. Na intenção de fornecer elementos, sobretudo para os educadores pensarem, sobre a tentativa constante de reformulação empresarial do sistema escolar. Levantando dados que sejam capazes de contribuir para a reflexão sobre os caminhos e as estratégias políticas e econômicas que legitimaram a regulamentaram as atuais orientações das ações e práticas docentes. Na perspectiva da submissão das ações pedagógicas aos efeitos das políticas de responsabilização e sistemas de avaliação, sobre o currículo regulado por mecanismos de avaliação padronizada vinculados a modelos baseados na gestão pública vigente e na performatividade e indicadores de ranqueamento da educação. Todas essas medidas inseridas implacavelmente e que muitas vezes geram um ambiente de tensão e pressão alterando as relações escolares em diversas escalas. Diante disso pretendemos abrir caminho e elucidar o cerne dos subterfúgios e os principais atores interessados nas marcas e metas de produtividade e desenvolvimento dos professores e alunos.

Palavras–chave: qualidade da educação, professores, metas de ensino.

Referências Bibliográficas Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/portal-ideb/para-que-serve-o-ideb . Acesso em 02/08/2016 Disponível em: http://www.simave.caedufjf.net/#. Acesso em 02/08/2016 AVERBUG, Marcello. Plano Cruzado: crônica de uma experiência. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 12, n. 24, p. 211-240, dez. 2005. p. 220. CARNEIRO, Ricardo. Desenvolvimento em crise: a economia brasileira no último quarto do século XX. São Paulo: Editora UNESP, IE – Unicamp, 2002. p. 227. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança, São Paulo, Paz e Terra, 2003. HERMANN, Jennifer. Reformas, endividamento externo e o “milagre” econômico (1964-1973). In: GIAMBIAGI, Fabio et al. Economia brasileira contemporânea. Rio de Janeiro:Elsevier, 2005. p. 69-92. HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 396-397.

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HYPOLITO, A. M. Políticas curriculares, Estado e regulação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p. 1337-1354, out.-dez. 2010. MEC, 2009. Documento Referência: Conferência Nacional de Educação. Brasília: MEC MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos."Conferência de Jomtien" (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2002. WILLIAMSON, John. The Washington Consensus as policy prescription for development. Disponível em: <www.iie.com/publications/papers/williamson0204.pdf>. Acesso em: 6 jun., 2010. UNESCO, 2001. “Los países de América Latina y el Caribe adoptan la declaración de Cochabamba sobre educación”. In: Anais da Oficina de información Pública para América Latina y Caribe. Disponível em http:www.iesalc.org.

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ALTAS HABILIDADE/SUPERDOTAÇÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE COMUNIDADES CARENTES DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Isabel Cristina Nonato de Farias Melo Universidade Federal Fluminense

Helena Rodrigues Lopes Universidade Federal Fluminense;

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CEDERJ) O presente trabalho é um estudo de caso sobre altas habilidades/superdotação identificadas em crianças e jovens oriundos de comunidades carentes do Rio de Janeiro e atendidos na Organização Não-Governamental (ONG) Instituto Rogério Steinberg (IRS). Em nosso sistema educacional, as iniciativas públicas sobre o assunto são tímidas, pelo entendimento de que trata-se de uma preocupação ligada a uma minoria. Neste contexto, este trabalho pretendeu reforçar a necessidade de um trabalho colaborativo entre órgãos públicos educacionais e instituições do Terceiro Setor, objetivando-se a maior inclusão desses alunos, principalmente daqueles oriundos de comunidades carentes. Como metodologia, realizou-se pesquisa de campo na ONG IRS, que atende indivíduos com Altas Habilidade/Superdotação em comunidades carentes do Município do Rio de Janeiro, através de entrevistas, levantamento dos processos de identificação e desenvolvimento extracurricular. Com a análise dos resultados, concluímos que, apesar da existência de leis e normas de Educação Inclusiva para esses alunos, ainda é deficiente a realidade de atendimento e acompanhamento educacionais para este público, considerado, também, com necessidades especiais. Por maiores que sejam as suas potencialidades individuais, caso não recebam uma educação que atente às suas diferenças, eles poderão encontrar diversas barreiras para desenvolver suas capacidades e habilidades durante sua trajetória acadêmica.

Palavras-chave: Organização Não-Governamental; Altas Habilidades; Comunidades Carentes.

Referências Bibliográficas DE FARIAS, E. S.; WECHSLER, S. M. Desafios na Identificação de alunos intelectualmente dotados. In: Virgolim, A. M. R.; Konkiewitz, E. C. (Org.) Altas Habilidades/Superdotação, Inteligência e Criatividade. Campinas: Papirus, 2014, p. 336. FREEMAN, J.; GUENTHER, Z. Educando os mais capazes - idéias e ações comprovadas. São Paulo: EPU, Ed. Pedagógica Universitária, 2000. NOVARA, E. Promover os talentos para reduzir a pobreza. Estudos Avançados, n. 17, 2003, p. 48.

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APRENDENDO E CRESCENDO COM OS CONFLITOS NA ESCOLA: O RESPEITO AO OUTRO À SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO NO ENSINO FUNDAMENTAL

Marcos Borges dos Santos Junior

Graduando de Pedagogia e bolsista de ID- UERJ Maíra de Oliveira Freitas

Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira/ Cap-UERJ Julia Tavares de Carvalho

Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira / CAp- UERJ Luís Paulo Cruz Borges

Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira / CAp- UERJ

O presente trabalho é um relato de experiência, fruto do Projeto de Iniciação à Docência (ID) “Aprendendo e crescendo com os conflitos na escola: o respeito ao outro à serviço do desenvolvimento no ensino”, que teve início no ano presente ano (2016), e que ocorre em duas turmas de 3º ano, aproximadamente 40 crianças, do Ensino Fundamental do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira/ CAp-UERJ. O projeto conta com a participação de três Professores Assistentes da UERJ, que atuam como professores regentes das supracitadas turmas e um bolsista de Iniciação à docência, graduando de Pedagogia da UERJ. As questões de estudo que guiam este projeto indicam lacunas importantes no debate sobre a resolução de conflitos no ambiente escolar. É notório que as formas de resolução de conflitos em nossa sociedade, se mostram, a cada dia, mais intolerantes, agressivas e, consequentemente, ineficazes. Assim, o projeto se apresenta como importante possibilidade de diálogo e debate dentro do CAp-UERJ sobre temas muito caros ao ambiente escolar como tolerância, respeito, justiça, liberdade, cooperação, cidadania dentre outros. Compreendemos, também, que é de muita relevância a orientação aos bolsistas em um ambiente crítico, onde a prática docente seja (re)avaliada e (re)construída diariamente. Portanto, o presente Projeto de ID, busca estimular um trabalho de reflexão crítica sobre a prática e de reconstrução permanente da identidade pessoal e profissional se apropriando do projeto pedagógico da escola. Destacam-se os objetivos gerais: Contribuir para a formação de alunos capazes de resolver conflitos coletivamente; Contribuir para a formação de alunos autônomos que atuem de maneira competente nos diversos contextos sociais. Objetivos específicos: Envolver os alunos no processo de resolução de conflitos; estimular os alunos a assumirem responsabilidades dentro e fora do ambiente escolar; estimular os alunos a participarem ativamente da construção das regras da sala, assumindo-as com o coletivo da escola; estabelecer e ampliar as relações sociais articulando os interesses dos alunos e pontos de vista com os demais, desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração; investigar quais são as causas dos conflitos em sala de aula com vistas à reflexão acerca da questão; promover ações que estimulem a autonomia moral; promover discussões e espaços de participação; estimular a participação das famílias no processo de autonomia moral dos alunos. Como pressupostos metodológicos operamos a partir da pesquisa-ação em que produzimos informações e conhecimentos sobre a ação pedagógica cotidiana. As observações de sala de aula ocorrem semanalmente, e quinzenalmente ocorrem reuniões de planejamento e debate sobre propostas do projeto. Dessa forma, trabalhamos a partir

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da ideia de ação-reflexão-ação para assim produzir conhecimento na e sobre a prática. Além da observação, também, trabalhamos com o diário de campo como forma de registro das atividades, escrita e imagens. Como resultados parciais apresentamos: (1) os estudantes estão mais independentes em relação à resolução dos próprios conflitos, buscando auxílio de um adulto somente quando necessário; (2) ainda se desentendem, mas buscam o diálogo diante a um conflito; (3) estão começando a compreender os limites e as possibilidades das próprias ações. Diante do que foi apresentado até então, indicamos duas abordagens de análises: i) que o diálogo deve ser entendido como uma prática pedagógica sensível à realidade escolar; ii) que a construção de um debate que envolva autonomia, moral e ética perpassa por uma reflexão em que a criança deva ser encarada como sujeito ativo no processo de dialogicidade e reflexão sobre o mundo. Palavras-chaves: valores morais e éticos - direitos humanos - formação docente

Referências Bibliográficas:

AQUINO, JulioGroppa. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997. DE LA TAILLE, Yves. Limites: Três dimensões educacionais. São Paulo: Àtica, 2000.

____________. Moral e ética - dimensões intelectuais e afetivas. São Paulo: Artmed, 2007.

DEVRIES, Rheta. A ética na Educação Infantil: o ambiente sócio-moral na escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. KAMII, Constance. A autonomia como finalidade da educação: implicações da Teoria de Piaget. In: A criança e o número. Campinas, SP: Papirus, 1986.

SENNA, Luiz Antonio Gomes. O Currículo na escola básica: Caminhos para formação da cidadania. Rio de Janeiro: Qualitymark/Dunya Ed., 1997.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. (In)Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad Editora, 2004.

VINHA, Telma Pileggi. O educador e a Moralidade Infantil: uma visão construtivista. Campinas, SP, Mercado das Letras, 2009.

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BULLYING E A SOCIOLOGIA DO DESVIO

Katarina Pereira dos Reis

PPGEB – CAP/UERJ

Telma Antunes Dantas Ferreira

PPGEB – CAP/UERJ

José Antonio Vianna

PPGEB – CAP/UERJ

A violência penetrou os muros da escola durante o processo de sua democratização (SPOSITO, 2001) e abrange uma infinidade de manifestações antissociais, dentre elas: o bullying (SEIXAS, 2015). Este ensaio de revisão bibliográfica reflete acerca das pesquisas recentes sobre o bullying à luz da sociologia do desvio. O bullying é caracterizado como comportamento agressivo, inoportuno, intencional e repetitivo, praticados por um ou mais indivíduos contra um par. Pode se manifestar de forma verbal ou física, sem motivação aparente, causando angústia, dor, discriminação, exclusão e humilhação (MALTA et al, 2010; LOPES; SAAVEDRA, 2004; VIANNA; SOUZA; REIS, 2013). Assim, é considerado, atualmente, como uma epidemia, e investigado em diversas áreas do conhecimento (MALTA et al, 2010; LOPES; SAAVEDRA, 2004; VIANNA; SOUZA; REIS, 2015), apesar de 7,4% dos estudantes brasileiros, destes 8,3% na região sudeste, afirmarem sofrer bullying (PENSE, 2015). Dessa forma, observamos um aumento expressivo da exposição de casos na mídia e da busca em controlar esse fenômeno através da criação de leis (inclusive em âmbito nacional - LEI N. 13.185 de 06/09/15, que institui o Programa de Combate ao Bullying). A sociologia do desvio (BECKER, 2008) considera que um desvio acontece quando existe uma normatização sobre determinado comportamento, que pode gerar leis, judicializando a relação do que é considerado “socialmente aceitável”, tipificando o comportamento desviante. Esse comportamento é determinado pelos empreendedores morais e está impregnado da intencionalidade pelo domínio e disputa do poder. Logo, esse empreendimento não pode ser considerado neutro. Becker (2008) reconhece que o desvio é criado pelas reações a certos tipos de comportamentos, pela rotulação do comportamento desviante, que podem não serem universalmente aceitas, tornando-se objetos de conflitos. Assim, a pesquisa nos aponta que, possivelmente, ao legislar sobre o bullying, categorizamos publicamente jovens e crianças, em formação, criminalizando ou patologizando o desviante, gerando um efeito excludente e não transformador e reintegrador, como se espera. Nos casos de bullying a rotulação acontece em relação aos praticantes e vítimas que podem não encontrar forças para saírem dos papéis estabelecidos para eles. Portanto, é fundamental para ocupar essa lacuna no conhecimento, verificar a percepção dos praticantes de bullying escolar.

Palavras-chave: Violência escolar - Bullying – Sociologia do Desvio.

Referências Bibliográficas BECKER, H.S. Outsiders: estudos da sociologia do desvio. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

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BRASIL, PENSE: 2015 – Pesquisa nacional de saúde do escolar: 2015/ IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Rio de Janeiro: IBGE, 2016. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/pense/2015/> Acesso em: 19/09/2016. __________, LEI No. 13.185, de 06 de Novembro de 2015 – Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13185.htm> Acesso em: 10/01/2016. LOPES, R.B. & GOMES, C.A. Paz na sala de aula é uma condição para o sucesso escolar: que revela a literatura? Rev. Ensaio: aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, (v.20/2012), n. 75, p. 261-282, abr/jun, 2012. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/ensaio/v20n75/03.pdf> Acesso em:01/09/2016. MALTA, D. C. et al. Bullying nas escolas brasileiras: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), Ciência & Saúde Coletiva, 15 (2), p. 3065-3076, 2010. Disponível em: < http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/2928> Acesso em: 01/09/2016. SPOSITO, M.P. Um breve balanço da pesquisa sobre violência escolar no Brasil. Educação e Pesquisa, São Paulo, (v. 27/2001), n. 1, p.87-103, jan./jun. 2001. Disponível em: www.revistas.usp.br/ep/article/view/27856 Acesso em: 01/11/2016. VIANNA, J.A; SOUZA, S.M.; REIS, K.P. Bullying e gênero nas aulas de Educação Física. In: Anais XVIII CONBRACE e V CONICE, 2013. Disponível em: www.cbce.tempsite.ws/congressos/index.php/conbrace2013/5conice/paper/.../4915/2921 Acesso em: 20/09/2016. VIANNA, J.A; SOUZA, S.M.; REIS, K.P. Bullying nas aulas de Educação Física: a percepção dos alunos no ensino médio. Revista Ensaio, Rio de Janeiro, (v.23/2015), n.86, p.73-93, jan./mar., 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v23n86/0104-4036-ensaio-23-86-73.pdf> Acesso em: 20/09/2016.

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BULLYING: UMA PERSPECTIVA DE ESTUDO

Telma Antunes Dantas Ferreira

PPGEB-UERJ

JOSE ANTONIO VIANNA

UERJ

Katarina Pereira dos Reis

PPGEB-UERJ

Este ensaio se propõe a analisar o fenômeno bullying no ambiente escolar. O bullying é uma palavra de origem inglesa, utilizada para nomear uma atitude consciente e intencional de maltratar um indivíduo (FANTE, 2011). O bullying se caracteriza por atitudes agressivas, de caráter repetitivo e marcado pelo desequilíbrio de poder realizado por um ou mais indivíduos contra outro(s) levando a consequências prejudiciais à saúde física, mental e social dos indivíduos. Com o intuito de prevenir e combater o bullying, foi sancionada a Lei n. 13.185, de 06.11.2015 que instituiu o programa de combate a intimidação sistemática (bullying) em todo o território nacional. No mesmo ano, uma pesquisa nacional (PENSE) entre escolares, avaliou que a frequência das atitudes de bullying nos 30 dias anteriores a pesquisa. Os resultados demonstraram que mais da metade dos alunos nunca sofreram este tipo de violência e apenas 7,4% dos escolares brasileiros afirmaram sofrer frequentemente. A Regiao Sudeste apresentou o maior percentual (8,3%) de escolares que declararam sofrer constrangimento ou humilhacao na maior parte do tempo ou sempre. O que nos faz repensar a ocorrência do fenômeno. Por se caracterizar por um comportamento desviante, determinado por Becker (2008) como sendo aquele que viola uma determinada regra previamente aceita, o praticante do bullying é rotulado por tal comportamento. A rotulação é produto dos empreendedores morais que são os responsáveis pela criação e imposição das regras. Como a maioria das pesquisas sobre bullying tem como foco principal a patologização do fenômeno, acabam negando ou dando pouca ênfase a percepção dos atores envolvidos no processo, os agressores e os empreendedores morais, que podem apresentar valores distintos entre si. Mais pesquisas são necessárias para ampliar e aprofundar a compreensão deste fenômeno. Assim, verificar as percepções dos professores enquanto empreendedores morais, responsáveis pela imposição e cumprimento das regras na escola, principalmente no que se refere à lei de combate a intimidação sistemática (bullying) pode contribuir para ocupar esta lacuna.

Palavras-chave: Bullying - Violência escolar - Professores.

Referências Bibliográficas

BECKER, H.S. Outsiders: estudos de sociologia do desvio. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

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BERNARDINI, C. H; Maia, H. Bullying escolar: uma análise do discurso de professores. Revista Polêm!ca, Rio de Janeiro, (v.9/2010), n. 2, p. 99-104, abr./jun. 2010. BRASIL. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2015. BRASIL. Lei n. 13.185, de 06 de Novembro de 2015. Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). CAMPOS, H. R.; JORGE, S. D. C. Violência na escola: uma reflexão sobre o bullying e a prática educativa. Em Aberto, Brasília, (v.23/2010) n.83, p. 107-128, mar. 2010. FERREIRA, V.; ROWE, J. F.; OLIVEIRA, L. A. Percepção do professor sobre o fenômeno bullying no ambiente escolar. Unoesc & Ciência, ACHS, Joaçaba, (v. 1/2010), n. 1, p. 57-64, jan./jun. 2010. RUOTTI, C. Violência em meio escolar: fatos e representações na produção da realidade*. Educação e pesquisa, São Paulo, (v.36/2010), número 1, páginas 339-355, jan./abr.2011. SILVA, Jorge Luiz da et al. Estudo exploratório sobre as concepções e estratégias de intervenção de professores em face do bullying escolar. Psicol. teor. prat., São Paulo, (v. 17/2015), n. 3, p. 189-199, dez. 2015. SANTOS, M. M.; KIENEN, Nádia. Características do bullying na percepção de alunos e professores de uma escola de ensino fundamental. Temas psicol. Ribeirão Preto, (v. 22/2014), n. 1, p. 161-178, abr. 2014. TOGNETTA, L. R. P.; VINHA, T. P. Até quando: bullying na escola que prega a inclusão. Revista Educação, SANTA MARIA, (V.35/2010), n.3, p. 449-464, set./dez. 2010. TREVISOL, M. T.; DRESCH, D. Escola e bullying: a compreensão dos educadores. Revista Múltiplas Leituras, São Paulo, (v.4/2011), n.2, p. 41-55, 2011. VIANNA, J. A.; SOUZA, S. M.; REIS, K. P. Bullying nas aulas de Educação Física: a percepção dos alunos no Ensino Médio. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, (v.23/2015), n.86, p.73-93, 2015.

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COM AÇÚCAR E COM AFETO: PRÁTICAS DIALÓGICAS NO ENSINO DE HISTÓRIA NA EJA

Paulo Gomes Coutinho (PPGEb CAp UERJ)

Recorrendo ao Parecer 11/2000, documento-chave da EJA encontramos, o ideário, e o eixo político da modalidade. As funções características da modalidade (a reparadora, e o princípio de educação como direito; a equalizadora, que pressupõe igualdade de oportunidades e universalização acesso e a qualificadora, relacionada à educação permanente) ali expressas nos dão o oriente dos objetivos da ação “ejeana”. A conjunção que envolve o resgate dos princípios políticos do Parecer 11/2000, a radicalização na ação freireana e a atualidade da Educação Popular, torna-se o caminho para a (re)leitura das práticas do Ensino de História na EJA. Tornar o currículo vivo e vivido a base das ações pedagógicas mediadas pelo dialogo e pelo afeto, estão nos mostrando como docentes, pelo ‘mundo escolar à fora’, estão praticando alternativas metodológicas que visam potencializar o seu fazer docente na EJA. A busca por estas práticas no Ensino de História, que optam pelo currículo crítico emancipatório, em Turmas de EJA da Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro para, a partir de entrevistas e observações, mapeá-las e sistematizá-las, é o horizonte deste trabalho. Palavras-chave: EJA, Educação Popular, prática docente Referências bibliográficas CURY, Jamil. Parecer CEB 11/2000, Conselho Nacional de Educação, aprovado em 10/05/2000. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, 2000. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. Editora Paz e Terra, 1997. NETTO, José Paulo. Relendo a teoria marxista da história. In: SAVIANI, Dermeval. LOMBARDI, José Claudinei. SANFELICE, José Luís. (Orgs.) História e história da educação. 2000. NEVES, L. A sociedade civil como espaço estratégico de difusão da nova pedagogia da hegemonia. In NEVES (org.) A nova pedagogia de hegemonia: estratégias do capital para educar o consenso. São Paulo: Xamã, 2005. NÓVOA, António et al. Os professores: Um “novo” objecto da investigação educacional? In: António Nóvoa (Org). Vidas de Professores. Porto. Porto Editora, 2000. SANTOS, Aparecida de Fátima Tiradentes. Desigualdade Social & Dualidade Escolar: Conhecimento e Poder em Paulo Freire e Gramsci. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. SAVIANI, Demerval, LOMBARDI, J. Claudinei e SANFELICE, José Luis (orgs.). História e história da educação. Campinas, SP: Autores Associados, 2000.

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CONSELHOS ESCOLARES E QUALIDADE SOCIAL DA EDUCAÇÃO: A DIALOGICIDADE E A PARTICIPAÇÃO COMO PRINCÍPIOS DA AÇÃO EDUCATIVA

Flavia da Conceição Ramos Fernandes

(PPGEDU – UERJ E SEEDUC – RJ)

Helio Alves Ribeiro

(PEQUI – UFRJ E SEEDUC – RJ)

O presente estudo visa refletir acerca da potencialidade do conselho escolar como espaço formativo de luta e resistência em favor de uma educação de qualidade socialmente referenciada. Para tal, apresentamos dois projetos educacionais em disputa presentes nas atuais discussões acerca da qualidade da educação. Por um lado, aquele defendido pelos reformadores empresariais que, segundo Freitas (2012, p.80), trata-se de uma “coalizão entre políticos, mídias, empresários, empresas educacionais, institutos, fundações privadas e pesquisadores” que defendem a implementação da ideologia empresarial na gestão das instituições públicas de ensino. Em contrapartida, a qualidade defendida pelos movimentos sociais dos educadores, comprometidos com a formação emancipatória dos sujeitos escolares por meio de práticas que favoreçam o exercício da reflexão crítica, da dialogicidade como elemento constituinte do fazer pedagógico e da construção de espaços democráticos de participação dos diversos entes que compõem a comunidade escolar. Nesse sentido, dispondo como ideais a plena formação humana, a valorização do protagonismo dos atores sociais e a centralidade da reflexão crítica como princípios da educação escolar, reconhecemos os conselhos escolares como possíveis espaços de enfrentamento ao discurso proferido e ações defendidas pelos reformadores empresarias da educação. Assim, objetivando aprofundar tais discussões, apresentamos a prática vivenciada no Conselho Escolar do Colégio Estadual Hilka de Araújo Peçanha, campo empírico que nos possibilitou observar sua dinâmica e as possíveis alternativas de construção do projeto de escola almejado. Destarte, a metodologia empregada para gestar este estudo nos auxiliou a aprofundarmos a reflexão acerca do campo de pesquisa, assim como, inferirmos diretamento no mesmo durante o percurso exploratório, promovendo uma práxis transformadora do ambiente educativo. Em vista dos argumentos apresentados, concordamos com Gentili (2015) que afirma que não existe apenas um critério para aferir a qualidade de uma escola ou sistema de ensino, mas sim, diversos critérios e intencionalidades políticas. Deste modo, o conselho escolar têm nos permitido experienciar práticas humanizadoras, dialógicas e democráticas de gestão da educação pública e portanto, empoderadora dos sujeitos sociais e cujo projeto educacional é construídos cotidianamente com o coletivo.

Palavras-chave: Qualidade social – Conselho escolar – Gestão democrática.

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Referências Bibliográficas FREITAS, Luiz Carlos de. Os reformadores empresariais da educação: da desmoralização do magistério à destruição do sistema público de educação. Educ. Soc., [s.l.], v. 33, n. 119, p.379-404, jun. 2012 GENTILI, Pablo A. A. O discurso da “qualidade” como nova retórica conservadora no campo educacional. In: GENTILI, Pablo A. A.; SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Neoliberalismo, qualidade total e educação. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2015. Cap. 4. p. 111-178.

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DOMINGOS ESPACIAIS: EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E ASTRONOMIA

Gabriela de Assis Costa Moreira

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ)

Carolina de Assis Costa Moreira

MUSEU CIÊNCIA E VIDA (MCV)

Em uma perspectiva concreta, os discursos em favor da problematização das questões de gênero, discriminação racial e religiosa, orientação sexual e outras fissuras sociais vem emergindo do mar de paradigmas culturais no combate às velhas injustiças (CANDAU, 2012). A chamada Educação em Direitos Humanos promove uma educação crítica e emancipatória, que articule questões relativas à igualdade e à diferença, formando sujeitos de direito (RIFIOTIS, 2007, p. 239) capazes de articular a vida em sociedade pela aceitação e democratização dos espaços sociais e a consciência cidadã. Em meio às discussões e entrelaces entre direitos humanos, cidadania e educação, surgem os Domingos Espaciais – eventos dominicais realizados no Museu Ciência e Vida, onde conceitos astronômicos são apresentados através de atividades lúdicas, agregando elementos teatrais, gincanas e atividades investigativas. Os eventos utilizam-se da mitologia greco-romana como elemento condutor da estrutura narrativa e são voltados para o público alvo de crianças de 4 a 12 anos. Neles, a Educação em Direitos Humanos é usada como componentes de um currículo oculto, induzindo questionamentos e discussões acerca de questões socioculturais. A escolha pelos direitos humanos como currículo oculto se justifica devido ao histórico de resistência e crescente conservadorismo instituído nas áreas de carência social do estado. O Ministério Público, na décima edição do Dossiê Mulher, apresentou no ano passado um exemplo do assustador quadro de violência diretamente vinculada a crimes de ódio/ machismo na região da Baixada Fluminense: no ano de 2014, 45% dos inquéritos deferidos da Baixada Fluminense são relativos à violência contra mulher (sendo que houveram 134 mil processos contra violência de gênero no estado no mesmo ano) (NASCIMENTO, 2015). Acrescentando a esses dados o cenário de violência motivada pela intolerância religiosa, de gênero e sexualidade ocorridos diariamente no contexto social da Baixada Fluminense, a necessidade de discutir temas sociais em todos os espaços de educação se faz urgente. As edições já realizadas dos Domingos aboradaram o emponderamento feminino, a questão de gênero e os esteriótipos de normatividade sexual. Os resultados obtidos através das análises dos relatos de pais e crianças durante o evento demonstram uma clara abertura do público para o diálogo e discussão acerca desses temas sociais, usualmente considerados polêmicos e obscuros dentro dos espaços de ensino.

Palavras-chave: Educação em direitos humanos – Ensino não formal – Popularização de Astronomia.

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Referências Bibliográficas RIFIOTIS, Theophilos. Direitos Humanos: sujeitos de direito e direitos do sujeito. In: Educação em Direitos Humanos: fundamentos teórico-metodológicos. SILVEIRA, Rosa Maria Godoy et. al. João Pessoa: Editora Universitária. 2007. 513 p.

CANDAU, Vera Maria. Diferenças culturais, interculturalidade e educação em direitos humanos. Educação & Sociedade, Campinas, v. 33, n. 118, p. 235-250, 2012.

NASCIMENTO, Karina. Dossiê Mulher completa 10 anos. 2015. Disponível em <http://www.isp.rj.gov.br/Noticias.asp?ident=315> Acesso em 5 de out. 2016.

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EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA ALUNOS CONSIDERADOS COM BAIXO DESEMPENHO ESCOLAR

Cristiane Custódio de Souza Andrade

FFP/UERJ

Este trabalho apresenta parte das investigações que tenho tecido junto ao Mestrado Acadêmico em Educação, na Faculdade de Formação de Professores da UERJ. Trata-se de uma experiência educativa, cujos resultados parciais são decorrentes das observações vivenciadas e desenvolvidas junto ao Projeto de Reforço Escolar, para o segundo ciclo de ensino, na Rede Municipal de Educação de Niterói. A proposta parte, inicialmente, do reconhecimento dos pressupostos e objetivos do Projeto que serviram para orientar o funcionamento das ações educativas realizadas pelos professores dos anos iniciais, os quais desenvolveram estratégias de ensino para alunos considerados com “lacunas em sua aprendizagem” ou “baixo desempenho escolar” e, por isso, incluídos no Projeto de Reforço Escolar. Embora no Projeto tenham sido abordados conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática para alunos dos quartos e quintos anos de escolaridade, esta pesquisa focaliza, prioritariamente, o diagnóstico, as percepções e as estratégias docentes desenvolvidas para ensinar matemática aos alunos incluídos no Projeto. Ao tomar como pressuposto que as situações matemáticas vivenciadas pelos sujeitos no interior das escolas encontram-se influenciadas pelas múltiplas questões que contextualizam o cotidiano escolar, proponho pensar que a análise do que se aprende e do que se ensina em matemática não pode estar dissociada das compreensões acerca do cenário educativo em que tais práticas ocorrem, bem como das relações que se estabelecem entre os sujeitos envolvidos nesse processo. Para esta investigação, me aproprio de alguns dados estatísticos, de informações em documentos oficiais e de relatos dos professores atuantes no Projeto de Reforço Escolar, buscando ampliar o debate acerca da Educação Matemática nos anos iniciais e suas conexões com o campo mais amplo da Educação.

Palavras-chave: Matemática nos anos iniciais, Reforço Escolar, Avaliação

Referências Bibliográficas CARRAHER, T.; CARRAHER, D.; SCHLIEMAN, A. L. Na vida dez, na escola zero.3. ed. São Paulo: Cortez, 1989. D’ AMBROSIO, U. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus, 1996. FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITEROI. Documento com orientações básicas para a condução do trabalho junto ao Programa de Aceleração da Aprendizagem e o Projeto de Reforço Escolar 2015, Niterói, 2015 ESTEBAN, M. T. O que sabe quem erra? Reflexões sobre a avaliação e fracasso escolar.Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

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NACARATTO, A. M; MENGALI, B. L. S.; PASSOS, C. L. B. A matemática dos anos iniciais do ensino fundamental: tecendo fios do ensinar e do aprender.2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. PATTO, M. H. S. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1990.

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ELABORAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS POR ALUNOS DO 7O ANO

Bárbara Balzana Mendes Pires

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA (CAP UERJ)

Lucia Cristina da Cunha Aguiar

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA (CAP UERJ)

Limitar as aulas de Ciências à exposição dos conteúdos, utilizando apenas o quadro e o livro didático, torna as aulas pouco atrativas para os alunos. De modo distinto, os jogos didáticos caracterizam-se como estratégias eficazes para envolver os alunos na ação e no desafio, mobilizando sua curiosidade e facilitando o processo de ensino aprendizagem. O presente trabalho descreve as diferentes etapas vivenciadas por 83 alunos do 7o ano do ensino fundamental para elaborarem e produzirem seus próprios jogos didáticos que abordavam os conteúdos por eles estudados durante o primeiro e segundo trimestres do ano letivo. A partir da consulta de livros e de páginas da internet, além da orientação de professoras e estudantes de graduação em estágio, cada grupo de três a cinco alunos escolhia o conteúdo, planejava as estratégias do jogo e iniciava sua confecção com materiais simples de papelaria e sucata. Cada grupo elaborou um jogo, totalizando 20 jogos didáticos que exploravam vários conteúdos, entre eles: as características gerais do seres vivos, a classificação dos seres vivos, os filos do reino Animalia, as doenças transmitidas por alguns seres vivos e o reino Plantae. Durante o processo de elaboração dos jogos pelos alunos, vários questionamentos sobre o conteúdo foram evidenciados e explorados, favorecendo a construção e reconstrução do conhecimento a partir da própria experiência. Colocando o professor na condição de orientador das atividades, os jogos didáticos e, mais intensamente, a confecção dos jogos pelos alunos estimula a participação ativa e envolvimento na ação, a socialização e a maior conscientização do trabalho em equipe. Vale ressaltar que os resultados dessa atividade tiveram impacto positivo no processo utilizado para a avaliação da aprendizagem dos alunos. Na mobilização dos diferentes saberes, reestruturando seus esquemas de assimilação e acomodação, os alunos construíram de forma ativa seus conhecimentos sobre os seres vivos.

Palavras-chave: Jogos didáticos - ciências – seres vivos.

Referências bibliográficas

DOMINGOS, D. C. A.; RECENA, M. C. P. Elaboração de jogos didáticos no processo de ensino e aprendizagem de química: a construção do conhecimento. Ciências & Cognição; v.15, n. 1, p. 272-281; 2010.

NOGUEIRA, M. J. ; BARCELOS, S.; BARROS, H.; SCHALL, V. T. Criação compartilhada de um jogo: um instrumento para o diálogo sobre sexualidade desenvolvido com adolescentes. Ciência & Educação, v. 17, n. 4, p. 941-956, 2011.

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REZENDE, M. P. D.; SOARES, M. H. F. B. Elaboração de jogos de biologia por estudantes do ensino médio: o favorecimento do ambiente lúdico à interação aluno/professor. Tese de Mestrado em Educação em Ciências e Matemática, UFG, 2011. SILVA, T. C.; AMARAl, C. L. C. Jogos e avaliação no processo ensino-aprendizagem: Uma relação possível. REnCiMa, v. 2, n. 1, p. 1-8, jan/jun 2011.

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ELABORAÇÃO DE POSTERES A PARTIR DE PESQUISA SOBRE UMA QUESTÃO-DÚVIDA POR ALUNOS DO 7O ANO

Bárbara Balzana Mendes Pires

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA (CAP UERJ)

Lucia Cristina da Cunha Aguiar

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA (CAP UERJ)

A maioria das etapas do processo de ensino e aprendizagem ocorre com uma constante troca entre os discentes, e entre os discentes e docentes. Para promover tais trocas, a elaboração de projetos individuais, ou em grupo, é muito valiosa por desenvolver nos estudantes a capacidade de ter iniciativa e argumentação para construírem conclusões coerentes. O desenvolvimento de um projeto dá ênfase a busca do conhecimento e não a memorização e acúmulo de itens inertes do conteúdo. O objetivo desse trabalho foi descrever o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido ao longo das diferentes atividades realizadas pelos alunos a partir das suas dúvidas, organizadas em quatro etapas: (1) definição da questão-dúvida; (2) pesquisa das possíveis respostas à questão-dúvida; (3) elaboração de uma resposta final para a questão-dúvida; e (4) organização de um poster e apresentação em sala. Durante o primeiro trimestre do ano letivo, os 120 alunos de quatro turmas de Ciências do 7o ano do ensino fundamental, divididos em grupos de 2 a 4 alunos, foram estimulados a propor uma questão, baseada em suas dúvidas (questão-dúvida) e com foco em três itens já estudados do conteúdo programático: (a) características gerais dos seres vivos; (b) classificação biológica; e (c) vírus. Os grupos trocavam ideias sobre suas pesquisas envolvendo o conteúdo da questão-dúvida escolhida, sempre orientados pela professora que passou a desempenhar o papel de guia e facilitadora do processo, manejando as interações entre os alunos e mantendo-os focados na sua busca. A culminância da atividade ocorreu durante uma mostra de posteres pelos grupos, com a intervenção e avaliação de professores de biologia e de outras disciplinas e também de alunos de graduação em estágio supervisionado. Ao dar oportunidade aos alunos de expressarem suas dúvidas e formularem questões escritas, essas atividades permitiram a reciclagem e recombição do que eles estavam aprendendo, aumentando sua compreensão do conteúdo. Ao longo de todo processo até a construção dos posteres, os alunos puderam debater a questão-dúvida, permitindo uma aprendizagem colaborativa, envolvendo um processo dinâmico de formação de sujeitos participativos e autônomos, afastando-se da forma tradicional da aula expositiva. Além disso, ao final do processo, os questionamentos, intervenções e avaliações de outros professores, dos alunos de graduação e dos colegas dos outros grupos da turma permitiram um enriquecimento ainda maior dos objetivos das atividades, reforçando-as como fonte de aprendizagem e socialização.

Palavras-chave: Projeto - Ciências - Poster.

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Rerefrências bibliográficas MORAN, J. M, et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. KRASILCHIK, M. Práticas de Ensino de Biologia. 4a ed. ver. e amp.,1a reimp. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. DELIZOICOV, D. e ANGOTTI, J. A. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 2000.

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“EMPODERAMENTO: O JOVEM COMO TRANSFORMADOR DA CONSCIÊNCIA SOCIAL”

Roberta Sousa de Uzêda Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Este presente artigo tem como objeto de estudo a Autonomia. Parte-se da perspectiva de Paulo Freire (1987), onde o mesmo acreditava que autonomia é toda forma de pensar, sendo assim, esse pensamento não poderia ser julgado, visto que todos são submetidos às circunstâncias sociais diversas, assim como existem infinitas capacidades de escolha individual (Freire, 1987). Tem-se como objetivo trazer essa concepção de autonomia para o contexto atual de sociedade devido a relevância social dos movimentos de “empoderamento”, apesar de suas bases serem datadas na segunda metade do século XX como “empowerment” e ter surgido no meio administrativo e mencionado correlacionando-o com relações de poder (http://www.meusdicionarios.com.br). Este estudo representa inquietações encontradas no processo de elaboração da monografia da autora diante das culturas juvenis e suas expressões sociais, questionando e dialogando se as mesmas podem ser consideradas como forma de empoderamento. O foco é o jovem como ser atuante e globalizado que busca um espaço na sociedade e a abrangência às novas filosofias, concepções de vida, estilos, gêneros, enfim, a inclusão das diversidades, tanto no campo formal quanto no informal abrindo assim possibilidades de recriação (Corazza, 2015). Este artigo se justifica por uma urgência na construção de um pensamento na educação que vise a qualidade e o aprimoramento individual, mas não uma individualidade consumista prevista pelas práticas capitalistas (Mésaros, 2006) mas sim, uma que valorize o outro e a si próprio. Acredita-se que utilizando dessas estratégias supracitadas, poderá ocorrer uma verdadeira transformação da educação, logo da sociedade. Portanto, o termo “empoderamento” está muito além de um simples saber “se colocar”, “se fazer respeitar”, está ligado também a ter um pensamento crítico que consiga trazer mudanças efetivas na sociedade em busca de uma relação mais justa e igualitária, assim como já discutia Paulo Freire. Palavras-Chave: autonomia, juventude e educação.

Referências Bibliográficas

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (coleção Leitura)

MÉSAROS, Istiván. A teoria da Alienação em Marx, 2006. In: Marchesini, Atílio. O modelo de vida alienante da “sociedade do consumo”. Itapira, São Paulo, 2012.

CORAZZA, Sandra Mara. Didática da tradução, transcriação do currículo (uma escrileitura da diferença). Pro-posições, versão impressa ISSN0103-7307. Volume 26, nº1. Campinas, São Paulo. Jan./Abr. 2015.

http://www.meusdicionarios.com.br/empowerment

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ENFOQUE GERENCIAL NA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO DA REDE ESTADUAL

FLUMINENSE

Helio Alves Ribeiro

PEQUI-UFRJ E SEEDUC

Flavia da C. R. Fernandes

PPGEDU-UERJ E SEEDUC

O termo em moda na educação é qualidade, a retórica dos diversos segmentos sociais demonstra tal fato quando convergem, especialmente na educação básica, para a necessidade de promover uma educação pública com qualidade (ENGUITA, 2015). O presente trabalho tem como objetivo analisar qual conceito de qualidade a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC) vem operando em seu projeto educativo. Nesse sentido, inicialmente, pretende-se examinar como o tema adquiriu centralidade nos discursos sobre educação pública, assim como analisar quais segmentos da sociedade constroem e difundem os fundamentos norteadores do conceito de qualidade da educação. A etapa seguinte resultou da pesquisa realizada a partir da análise histórica e documental, referente ao processo de implantação de políticas públicas concernentes à lógica empresarial na rede estadual. A pesquisa revelou que a forma de avaliar a qualidade da educação é concebida de acordo com os pressupostos teóricos adotados e que, na atualidade, constatam-se dois projetos dicotômicos sobre qualidade da educação. De um lado o projeto da qualidade social, defendida pelos movimentos dos educadores e, do outro o programa de qualidade total, dos reformadores empresariais da educação (FREITAS, 2012). Na SEEDUC observou-se a intensificação de práticas e conceitos alinhados à gestão da qualidade total. A adoção desse formato introduziu, enfaticamente, os conceitos de eficiência, produtividade, mensuração de resultados, hierarquização, estandardização, ou seja, um conjunto de instrumentos historicamente associados ao ambiente mercantil (TEDESCO; REBELATTO, 2015). Conclui-se que, a partir de 2000, com a implementação do extinto Programa Nova Escola, a SEEDUC vem incorporando a ideologia empresarial no cotidiano escolar, inserindo novos modelos de gestão, atualmente materializados, por exemplo, pela Gestão Integrada da Escola e pelos sistemas de bonificação e de metas. Foram criados também, mecanismos de controle e fiscalização do processo de ensino e aprendizagem, tais como: fortalecimento do SAERJ, implantação do Saerjinho e criação do Currículo Mínimo. Deste modo, compreendemos que o estudo aqui proposto, nos permite aprofundar a reflexão acerca dos objetivos da educação pública, assim como, compreender o projeto de escola almejado para a formação plena de sujeitos ativos e participativos em sua comunidade escolar e na sociedade como um todo. Palavras-chave: Qualidade da educação, Gestão, SEEDUC.

Referências Bibliográficas ENGUITA, Mariano Fernàndez. O discurso da qualidade e a qualidade do discurso. In: GENTILI, Pablo A. A.; SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Neoliberalismo, qualidade total e educação. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2015. Cap. 3. p. 93-110.

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FREITAS, L. C. de. Os reformadores empresariais da educação: da desmoralização do magistério à destruição do sistema público de educação. Educ. Soc., [s.l.], v. 33, n. 119, p.379-404, jun. 2012. TEDESCO, A. L.; REBELATTO, D. M. B. Qualidade social da educação: um debate em aberto. Perspectivas em Políticas Públicas, Belo Horizonte, v. 8, n. 16, p.173-197, jul./dez. 2015.

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ENUNCIADOS MATEMÁTICOS: CRÍTICA E DIÁLOGO

Laudicena Mello Ferrari de Castro

UERJ – PPGEB - Rio de Janeiro

Sandro Félix de Almeida

UFRJ - Rio de Janeiro

O presente trabalho situa-se na interface entre Análise de Textos e Matemática e é parte de trabalho de conclusão da disciplina “Por uma Didática Intercultural”, do PPGEB - UERJ, que investigou as respostas discentes às questões de avaliações pontuais conforme será exemplificado no banner. A partir das respostas encontradas, geraram-se hipóteses que forneceriam subsídios para outro tipo de atividade, que levasse em conta as práticas de “Interação”, “Diálogo”, “Democracia” e o conceito de “Cenário para Investigação”: proposta pedagógica segundo a qual as atividades de resolução de problemas se configuram como atividades investigativas, possibilitando que os estudantes, em interação com seus pares e com o docente, elaborem suas próprias estratégias de resolução e exercitem formas de defender seus argumentos em um processo de exploração investigativa. O conceito de “Cenário para Investigação” ora mencionado foi tomado a Ole Skovsmose, base teórica deste trabalho, e os demais conceitos, também abordados por esse autor, são amplos parâmetros epistemológicos a partir dos quais se afirmam práticas baseadas na construção de saberes por múltiplas vozes opinativas em uma comunidade de prática, visando a consolidar hábitos de construção coletiva de conhecimentos. A questão-exemplo, uma análise de quadro gráfico, apresenta ambiguidades e possibilidades de desdobramentos. A partir desses dados, foram analisadas as respostas que não correspondem ao padrão de correção de um gabarito fechado. Somente com esse recorte, já se verifica o enorme potencial de desdobramentos possíveis para a análise da imagem gráfica proposta como exemplo e das respostas suscitadas por ela. A questão comentada se encheria de sentidos, se trabalhada em sala de aula sob perspectiva dialógica, poderia produzir, enfim, momento de ação pedagógica mais significativo, um rearranjo produtivo na relação estabelecida entre professores e alunos, tal qual um mote capaz de instigar a criação e a investigação, com vistas a fomentar um processo de reflexão e de discussão até chegar a uma formulação mais consistente sobre o assunto em questão. Advoga-se, portanto, a valorização da discussão, da crítica, da enunciação da diversidade de olhares na problematização do recurso pedagógico utilizado, facilitando o acionamento de “gatilhos” de aprendizagem em função da confluência do que já é sabido e, portanto, enunciado, com a reflexão sobre os diferentes olhares sobre um mesmo objeto investigado.

Palavras-chave: Diálogo; Educação Matemática; Linguagem

Referências Bibliográficas

ALRO. H. & SKOVSMOSE, O. Diálogo e Aprendizagem em Educação Matemática: tradução de Orlando Figueiredo – 2ª edição – Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.

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FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1987. _____________. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011. NACARATO, Adair Mendes, (Org). Escritas e leituras na educação matemática – Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010. SKOVSMOSE, O. Educação Matemática Critica: a questão da democracia. Tradução Abgail Lins, Jussara de Loiola Araújo. Prefácio a Marcelo C. Borba – 6ª ed. – Campinas, SP. Papirus, 2013

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FORA DA SALA DE AULA: REPRESENTAÇÕES DE CAMADAS EMPOBRECIDAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS NÃO ESCOLARES NA PERIFERIA DE SÃO GONÇALO

Lilia Vieira da Silva UERJ/FFP

Arthur Ferreira Vianna UERJ/FFP

Juliana Barbosa dos Santos Faria UERJ/FFP

O projeto de PIBIC “Formações, Representações e práticas educativas não escolares e/ou extracurriculares no município de São Gonçalo”, registrado no SR2/UERJ tem como objetivo geral investigar as possíveis representações sociais, ou não, dos educadores sobre as camadas empobrecidas atendidas pelos mesmos nos bairros periféricos desta cidade. Para a realização deste projeto executar-se-á as seguintes ações: mapear as instituições de ensino formal e informal, identificar os espaços de atuação educacional não escolar e/ou atividades extracurriculares, observar as suas práticas educativas com as camadas empobrecidas e analisar as possíveis representações existentes nestes grupos educativos, assim como a sua interferência no atendimento às demandas desta população. A metodologia desta pesquisa será realizada da seguinte forma: diário de campo sobre as escolas e instituições não escolares visitadas, entrevistas semidirigidas com os educadores e criação de cursos de extensão na FFP acolhendo os educadores para a discussão sobre práticas educativas e camadas empobrecidas. A análise deste material será de abordagem societal psicossocial da Teoria das Representações Sociais em Willem Doise, o campo teórico da Pedagogia Social Brasileira e análise retórica do discurso segundo Olivier Reboul, Tarso Bonilla Mazotti e Arthur Vianna Ferreira. Enfim, com este Projeto de iniciação científica buscar-se-á uma maior interação entre ensino, extensão e pesquisa aproximando os educadores da comunidade científica a partir da interação nos espaços formativos de cursos, grupos de estudos sistemáticos com trocas de experiências e fóruns para o aprofundamento das questões sobre práticas, relacionamento psicossociais entre educadores e camadas empobrecidas e as reais demandas sócioeducacionais dos três grupos sociais envolvidos no cotidiano escolar de São Gonçalo: os educadores, as camadas empobrecidas e os graduandos da Faculdade de Formação de Professores da UERJ.

Palavras-chave: Representações Sociais, Camadas empobrecidas, Pedagogia Social, Práticas educativas não escolares e/ou extracurriculares.

Referências Bibliográficas DOISE, Willem. Atitudes e representações sociais. In: JODELET, Denise. (Org) As representações sociais. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001.p. 187-204. FERREIRA, Arthur Vianna. Representações sociais e identidade profissional – elementos das práticas educacionais com os pobres. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2012.

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MAZZOTTI, Tarso Bonilha. Metáfora: figura argumentativa central na coordenação discursiva das representações sociais. In: CAMPOS, Pedro Humberto Farias. LOUREIRO, Marcos Correa da Silva (orgs). Representações Sociais e Práticas Educativas. Goiânia: Ed. UCG, 2003. p. 89-102.

REBOUL, Olivier. Introdução à retórica. São Paulo: Martins Fontes. 2004

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FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E ENSINO COLABORATIVO PARA INCLUSÃO: DESAFIOS ONLINE

Valeria de Oliveira

Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - CAP-UERJ Juliana Moraes Prata

Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - CAP-UERJ Ana Lúcia Gomes de Souza

Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - CAP-UERJ

A realização do curso de extensão, “Educação Inclusiva: constituindo o Ensino Colaborativo na Baixada Fluminense”, oferecido pela UERJ / CAp-UERJ, para professores e graduandos da região motivou essa investigação que busca detectar as causas da falta de acesso, baixa frequência e ausência de interatividade na plataforma MOODLE. Nossa proposta é a oferta de 56 horas de formação na modalidade semipresencial, perfazendo quatro encontros presenciais de 20 horas e 36 horas de atividades interativas online. Práticas colaborativas de Atendimento Educacional Especializado (AEE-EC) é o objetivo desse curso que pretende ir além da EAD. Embora tenha sido firmado um convênio com dois municípios, Nova Iguaçu e Belford Roxo, a divulgação na web motivou a procura de candidatos de 13 municípios do estado do RJ e de uma cursista de São Paulo. Dentre os170 cursistas, 112 são docentes: professores especialistas responsáveis pelo AEE, mediadores, regentes de turma responsáveis pelo núcleo comum, coordenadores, orientadores educacionais, supervisores pedagógicos e gestores; e ainda 58 graduandos de universidades públicas e privadas. A metodologia de trabalho foi a análise de dados dos inscritos no curso e o boletim fornecido pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).Os resultados indicam que de 20 a 30% dos cursistas tem dificuldade para acessar o AVA em seu PC, notebook, tablet ou smartphones que tenham sistema Androide ou IOS. Detectamos dificuldades básicas como posicionamento da senha pessoal e local de postagem. Durante o primeiro e segundo encontros presenciais, sete cursistas narraram ter criado a primeira conta de e-mail exclusivamente para acompanhar esse curso e outros três passaram a dedicar um tempo do seu cotidiano para navegar na web. Declararam que, antes, a frequência na rede era de uma vez ao mês, ou a cada dois meses. No terceiro encontro presencial, a reflexão sobre uso das tecnologias na educação e a motivação da interatividade no AVA se fez urgente, pois um questionário encaminhado por e-mail para revelar o perfil do grupo foi respondido somente por 10% dos cursistas. A partir desse resultado, indagamos, como propor a formação online para leitores contemplativos? Poucos são leitores imersivos, praticantes culturais da cibercultura. Os que deram retorno não encontraram problemas e conseguem tiram proveito da mobilidade com ubiquidade. Entendemos que a formação inicial de professores e, principalmente, a proposta de formação continuada na modalidade EAD é uma iniciativa capaz de atingir diferentes grupos e espaços, mas, antes, os leitores não imersivos, os que não fazem pleno uso de dispositivos móveis conectados em rede, devem receber informações prévias para situarem-se no contexto que oferece práticas de interatividade online. Palavras-chave: Formação de Professores – Educação à Distância - Ensino Colaborativo.

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Referências Bibliográficas BRAUN, P. & MARIN, M. Atendimento educacional especializado, sala de recursos multifuncional e plano individualizado: desdobramentos de um fazer pedagógico. In: PLETSCH, M. D.; DAMASCENO. A. (orgs.). Educação Especial e inclusão escolar: reflexões sobre o fazer pedagógico. Editora EDUR, Seropédica/RJ, 2011.

MENDES, E. et al. Ensino colaborativo como apoio à inclusão escolar: unindo esforços entre educação comum e especial. São Carlos, SP: Ed. UFSCAR, 2014.

NÓVOA, A. Para uma formação de professores construída dentro da profissão. Disponível em: <<http://www.revistaeducacion.mec.es/re350/re350_09>> Acesso em 25/07/2016.

SANTAELLA, L.A Ecologia Pluralista da Comunicação: conectividade, mobilidade, ubiquidade. São Paulo, SP: Paulus, 2010.

SANTAELLA, L.Navegar no Ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo, SP: Paulus, 2004.

SANTOS, E. CIBERCULTURA: O QUE MUDA NA EDUCAÇÃO. Ano XXI Boletim 03, abr, 2011.Disponível em: << http://docplayer.com.br/8700639-Issn-1982-0283-cibercultura-o-que-muda-na-educacao.html>> Acesso em: 30/09/2016.

SANTOS, E. Educação Online para Além da EaD: um fenômeno da cibercultura. Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2009. Disponível em: <<http://www.educacion.udc.es/grupos/gipdae/documentos/congreso/xcongreso/pdfs/t12/t12c427.pdf>> Acesso em: 30/09/2016.

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INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Aline Aguiar Costa Casares

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO-UERJ

Cada sujeito tem sua modalidade de aprendizagem e meios para construir o próprio conhecimento (FERNÁNDEZ,2001). Muitos alunos podem apresentar diferentes dificuldades de aprendizagem em algum momento com alguma defasagem. WEISS (2012) afirma que diferentes problemas já são identificados em diferentes síndromes orgânicas desde o nascimento da criança. Mas nem sempre a dificuldade de aprendizagem está centrada no aluno, portanto devemos considerar os contextos sociocultural e pedagógico no qual está inserido. Na educação inclusiva o psicopedagogo cabe observar, participar, preveni, entender e intervir, facilitando e evitando que não haja barreiras que interfiram na construção do conhecimento, assim como buscar conhecer os potenciais construtivos e suas dificuldades. Tais intervenções, são bem sucedidas quando realizada no ambiente onde se desenvolve atividades e através das pessoas com quem se relacionam (SOLÉ,2000). Palavras-chaves: Psicopedagogia - Educação Inclusiva - Dificuldades de Aprendizagem Referências bibliográficas FERNANDEZ, ALICIA. A INTELIGÊNCIA APRISIONADA. ABORDAGEM PSICOPEDAGÓGICA DA CRIANÇA E SUA

FAMÍLIA. PORTO ALEGRE: ARTMED, 1991. SOLÉ, ISABEL. ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA. RIO DE JANEIRO: ARTMED, 2000. WEISS, MARIA LUCIA LEMME. PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA: UMA VISÃO DIAGNÓSTICA DOS PROBLEMAS DE

APRENDIZAGEM. RIO DE JANEIRO: LAMPARINA, 2012

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LABORATÓRIO PORTÁTIL PI: ELABORAÇÃO DE EXPERIMENTOS DE FÍSICA UTILIZANDO

O RASPBERRY PI

Eugênio de Carvalho Dias, Amanda da Silva Julião

INSTITUTO DE FÍSICA ARMANDO DIAS TAVARES, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, RIO DE

JANEIRO, RJ, BRASIL

Thiago Corrêa Almeida

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA, DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA

NATUREZA, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL

Apesar de ser muitas vezes negligenciado, o uso da experimentação é essencial para o ensino científico, pois proporciona grande espaço para que o aluno seja atuante, construtor do próprio conhecimento, descobrindo que a ciência é mais do que mero aprendizado de fatos. Porém, o professor muitas vezes encontra dificuldade ao tentar realizar tais atividades experimentais, principalmente em escolas do ensino básico onde raramente o professor tem acesso a um laboratório minimamente equipado, o que inviabiliza e desmotiva a realização de tais práticas. Neste sentido, a partir da década de 90 tivemos diversos trabalhos propondo a utilização do PC, através de sua porta paralela, para aquisição de dados, sendo utilizado como termômetro, gerador de onda quadrada (FAGUNDES, 1995), e outras aplicações (SOUSA, 1998). Na literatura recente podemos encontrar trabalhos que se utilizam de uma outra ferramenta muito valiosa, o microcontrolador Arduíno, que apresenta baixo custo. Podemos encontrar sua utilização associado a sensores para diversos estudos, como a medição de g através da queda de um corpo (CORDOVA, 2016), estudo de oscilações e transferência de calor (SOUZA, 2011), e outras aplicações. O que propomos é a utilização da placa Raspberry Pi, um computador completo do tamanho de um cartão de crédito que custa cerca de 35 US$, e quando associado a simples sensores pode se tornar uma excelente opção para um laboratório completo de baixo custo. O Raspberry Pi funciona com linguagem Python, que possui uma grande comunidade de usuários que auxiliam e disponibilizam códigos prontos para a utilização e coleta de dados dos sensores, além de uma ampla biblioteca de utilidades que podem ser baixadas da internet, incluindo o matplotlib que realiza a plotagem de gráficos com códigos simples e curtos. Até o momento realizamos quatro experimentos utilizando o Raspberry Pi, abordando temas diversos da física, como a transmissão de calor por radiação, análise do pêndulo, da lei do inverso do quadrado e de um oscilador harmônico amortecido. Almejamos desenvolver e divulgar material didático completo para que interessados em geral possam utilizar o Raspberry Pi como ferramenta de ensino, sem necessidade de conhecimento prévio acerca de programação ou montagem de circuitos.

Palavras-chave: Raspberry Pi - laboratório portátil - baixo custo.

Referências Bibliográficas CORDOVA, H.; TORT, A.C. Medida de g com a placa Arduino em um experimento simples de queda livre. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 2308, maio 2016.

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FAGUNDES, D. et al. Usando a porta paralela do micro PC. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 196-201, jun. 1995. IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS. Disponível em <http://www.obrasill.com/educacao/ensino-fundamental/a-importancia-das-aulas-praticas-de-ciencias>. Acesso em: 19/09/2016. MATPLOTLIB. Disponível em <http://matplotlib.org/>. Acesso em: 20/09/2016. SOUSA, D. F. et al. Aquisição de dados e aplicações simples usando a porta paralela do micro PC. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 20, n. 4, p. 413-422, dez. 1998. SOUZA, A. R. et al. A placa Arduino: uma opção de baixo custo para experiências de física assistidas pelo PC. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 33, n. 1, p. 1702, jan. 2011.

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MEDIAÇÕES TECNOLÓGICAS, SOCIALIZAÇÃO E CURRÍCULO

Cristine de Souza Castro do Nascimento

Graduanda do Curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Jacyra Eugenia Lima Carioca

Graduanda do Curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Luciana Velloso

Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro (UERJ)

Buscando desenvolver um trabalho junto aos discentes do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), apresentamos algumas considerações sobre pesquisa que está se desenvolvendo, articulando o tripé currículo, tecnologias e diferentes espaços de sociabilidades e influências culturais, tentando compreender este espaço de interseção que envolve os usos dos recursos tecnológicos e da vida em rede (CASTELLS, 1999, 2003, 2008, 2012; LEMOS e DI FELICE, 2014) perpassando o ambiente mais amplo de circulação de alunos e alunas, cujas identidades e pertencimentos são cada vez mais instáveis e contingentes. Tendo como escopo teórico-analítico do "Paradigma das Mobilidades", elaborado por John Urry (2000, 2007, 2010), através de pesquisas de cunho etnográfico que se utiliza de observações, registros em caderno de campo, questionários, entrevistas gravadas e transcritas, buscamos entender, a partir da ótica dos discentes da Faculdade de Educação do Curso de Pedagogia da UERJ, como avaliam seus níveis de deslocamento, pertencimento, inserção e imersão nesta lógica global mais ampla (em interlocução com o macro), mediados pelos recursos multimidiáticos, com destaque para as mídias digitais móveis. Com a pesquisa, procuramos avaliar elementos como as facilidades e dificuldades dos discentes para lidarem com os recursos tecnológicos, as cobranças docentes e a relação com o currículo do curso, as diferentes formas de comunicação entre as turmas e como tais elementos repercutem em sua socialização dentro do espaço universitário. Palavras-chave: Novas Tecnologias na Educação - Mídias Digitais e Processos de Ensino e Aprendizagem - Processos de Socialização.

Referências Bibliográficas CASTELLS, M. A sociedade em rede. (1999). Volume I. São Paulo: Editora Paz e Terra. _____. O poder da identidade. (2008). Volume II. 6.ed. São Paulo: Editora Paz e Terra. _____. Fim de milênio. (2012). Volune III. 6. Reimpressão. São Paulo: Editora Paz e Terra. _____. A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. (2003) Rio de Janeiro, Zahar.

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_____. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da Internet. (2013) Rio de Janeiro: Zahar. ELLIOTT, A.; URRY, J. Mobile Lives. (2010). London: Routledge. LEMOS, R. ; DI FELICE, M. A vida em rede. (2014). Campinas, SP: Papirus 7 Mares. URRY, J. Mobilities. (2007). Cambridge: Polity Press. _____. Sociology Beyond Societies: mobilities for the twenty-first century. (2000). London: Routlegde.

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MEMORIAL DE FORMAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE UM POSICIONAMENTO DE ESCRITA CONTRA HEGEMÔNICO

Antonio Silva de Araujo

FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES/UERJ

TATIANE NOGUEIRA DA SILVA

FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES/UERJ

Ao ingressarmos no curso de Mestrado em Educação Processos Formativos e Desigualdes Sociais, da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, fomos desafiados a escrever sobre nossas trajetórias formativas mediante a construção de um memorial de formação. A narrativa como gênero textual predominante busca registrar histórias de vida e dos processos formativos. A escrita de si, pouco comum no âmbito acadêmico, vem ao encontro do registro das práticas formativas e pedagógicas no que se refere à pesquisa. Conhecer e reconhecer a importância do registro das próprias experiências e histórias de vida está diretamente relacionado ao novo olhar da pesquisa das práxis cotidianas. Ao escrever o memorial, fomos levados a um processo contínuo de olhar para dentro de nós mesmos. O trabalho em questão busca apresentar alguns caminhos percorridos por nós durante esse processo de escrita. Apresentaremos também alguns autores que justificam o uso de narrativas autobiográficas e a produção de memoriais de formação. Relataremos com brevidade essa experiência que nos inseriu em um processo de desconstrução de pré-conceitos em relação a esse modelo de escrita. Finalizaremos descrevendo como se deu a conclusão do processo de escrita do memorial. Compreender o que é um memorial de formação e sua importância para a pesquisa no campo da Educação é primordial para o reconhecimento da escrita autobiográfica. Para Benjamin (1987), a narrativa é uma forma artesanal de comunicação, pela qual o narrador deixa a sua marca naquilo que conta. Imprimir marcas de subjetividade no texto, mostrando para o leitor quem é a pessoa que está escrevendo, é fundamental. Assumir a escrita de memoriais como forma de dar vez e voz aos educadores em formação é uma postura contra hegemônica de rompimento com uma perspectiva de formação vertical, em que o sujeito jamais poderia ser concebido como protagonista de sua formação. Pretendemos reafirmar nosso posicionamento político, defendendo a necessidade de ruptura com modelos de escritas hegemônicos consagrados pela academia. A escrita de memoriais de formação traz o sujeito para o centro do processo, entendendo que ele pode ser autor do seu próprio processo formativo.

Palavras-chave: memorial de formação – narrativas autobiográficas – processos formativos.

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Referências Bibliográficas ARAUJO, Antonio Silva de. O processo de escrita autobiográfica durante a produção de um memorial de formação no Mestrado em Educação - FFP/UERJ. Revista Interinstitucional Artes de Educar, v. 2, p. 297-311, 2016. ARAUJO, Mairce da Silva; MORAIS, Jacqueline de Fátima dos Santos. A memória que nos contam: narrativas orais e escritas como dispositivo de formação docente. Interfaces da Educ., Paranaíba, v.4, n.10, p.134-148, 2013. BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política. Obras Escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 3 ed., 1987. LARROSA, Jorge Bondía. Notas sobre a experiência e sobre o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. Edição n. 19, p.20-28, jan-abr, 2002. MORAIS, Jacqueline de Fátima dos Santos. A escrita de si em memoriais de formação. In: V Congresso de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – São Gonçalo. São Gonçalo: Botelho Editora, 2008. Disponível em: http://www.filologia.org.br/cluerj-sg/anais/v/completos%5Ccomunicacoes%5CJaqueline%20de%20F%C3%A1tima%20dos%20Santos%20Morais.pdf Acesso em:29 de setembro de 2016. SOUZA, Eliseu Clementino. (Auto)biografia, histórias de vida práticas de formação. Memória e Formação de Professores [online]. Salvador: EDUFBA, p.58-74, 2007.

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MOVIMENTO OCUPA ESCOLA: DISCUTINDO GÊNERO EM RODA DE CONVERSAS SOBRE A CULTURA DO ESTUPRO

Christiane Curvelo Wickbold,

FAETEC

Crystiane Alves Cavalcante

UFRJ/FAETEC

No presente trabalho pretendemos abordar a dinâmica de um dos eventos organizados pelas alunas ocupantes de uma escola técnica estadual do Rio de Janeiro, localizada no Subúrbio carioca. O evento "Mulheres em cena", como foi denominado pelas próprias estudantes, teve como objetivo discutir a "cultura do estupro" a partir das contribuições dos movimentos feministas, dos estudos sobre gênero e diversidade e dentro da perspectiva dos Direitos Humanos. O interesse pela temática em questão foi motivado por um caso de violência sexual cometida contra uma adolescente, crime que gerou grande repercussão na mídia devido à brutalidade do ato: um estupro coletivo, filmado pelos agressores e divulgado em redes sociais. "Mulheres em cena" foi organizado em dois momentos: na parte da manhã, o debate contou com a presença de representantes de coletivos feministas que discutiram o tema a partir da sua militância e, à tarde, com a presença de profissionais das áreas de Pedagogia, História, Psicologia e Serviço Social, que abordaram o tema a partir de seus campos de atuação. Enfocaremos a discussão realizada a partir desse segundo momento do evento. O objetivo é dialogar e problematizar sobre as relações de gênero dentro da escola, considerando que essas são estratégias importantes para combater a cultura do estupro, as demais formas de violência contra a mulher e o sexismo, favorecendo a conscientização dos estudantes e a mudança de atitude. Utilizamos como metodologia um abordagem interdisciplinar e nos apoiamos em autores como o Paulo Freire, Freud, historiadores como Peter Burke, entre outros estudiosos críticos para auxiliar na reflexão a respeito do tema. Consideramos que falar sobre "cultura do estupro" a partir da discussão de gênero e sexualidade na escola utilizando uma abordagem crítica e sócio-histórica, especialmente numa escola pública ocupada pelos estudantes, é um ato político, de resistência e de empoderamento.

Palavras-chave: Ocupação - Cultura do Estupro - Gênero.

Referências Bibliográficas

BURKE, Peter. O que é história cultural? Tradução de Sérgio Goes de Paula. 2a ed. Rio de Janeiro, Zahar, 2008. FREIRE, Lilian. A histeria e a beleza: Uma expressão no contexto cultural da atualidade. In: Revista Psicologia Ciência e Profissão, vol.22 nº3, set/2002. Brasília. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

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FREUD, Sigmund. A interpretação dos sonhos. Obras completas, vol.IV. Rio de Janeiro, Imago, 1974. REIS, Mario. As besteiras que a psicanálise disse (e continua dizendo) sobre as mulheres. Rio de Janeiro, Ideia Jurídica, 2015.

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NARRATIVAS DOS ANOS FINAIS: VIOLÊNCIA, OPRESSÃO E INTOLERÂNCIA

Verônica Amaral Luna da Silva

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE NILÓPOLIS

Pretendo neste trabalho trazer minha narrativa como Orientadora Pedagógica do Município de Nilópolis no Rio de Janeiro. Onde a violência e a intolerância religiosa emergem neste território da Baixada Fluminense de maioria negra e de predominância das religiões neopenteconstais. Ao trazer a fala na “mãe chorosa” , que ao justificar as faltas do filho que “contra a sua vontade”, havia se “deitado para o santo”, no Candomblé. Neste sentido, a escola que deveria ser o lugar de acolher a diversidade e a pluralidade, no entanto, não está preparada para lidar com a diferença. O direito do jovem em questão, de ter as avaliações postergadas, é questionado por alguns professores, em sua maioria de um único modelo hegemônico. Que traz o silenciamento, opressão e preconceito, violência e evasão escolar daqueles que se posicionam como não cristãos. Será utilizada a pesquisa-ação para que de modo cooperativo se possa atuar de foma a atender a demanda plural da comunidade escolar observada. Autores como Antônio Sérgio Alfredo Guimarães, Kabengele Munaga Miguel Arroyo, Paulo Freire e Stela Guedes Caputo, trazem a perspectiva de um olhar mais atento para uma educação mais humanizadora e transgressora.

Palavras-chave: Intolerância Religiosa – preconceito –violência.

Referências Bibliográficas ARROYO, Miguel G. Currículo, território em disputa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. CAPUTO, Stela Guedes. Educação nos Terreiros: e como a escola se relaciona com crianças de candomblé. Rio de Janeiro: Pallas, 2012. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Racismo e anti-racismo no Brasil. Rio de Janeiro: Editora 34, 2005. MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1999.

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O GEOGEBRA E A GEOMETRIA ESPACIAL: UMA ABORDAGEM NO ENSINO

Quezia de Oliveira Vargas da Silva

UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

ELINE DAS FLORES VICTER

UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

A Matemática ainda hoje representa a disciplina de conceitos assimilados apenas por aqueles que possuem aptidão no assunto. Segundo o PCN, a Matemática deve ser compreendida como uma parcela do conhecimento humano essencial para a formação de todos os jovens, que contribui para a construção de uma visão de mundo, para ler e interpretar a realidade e para desenvolver capacidades que deles serão exigidas ao longo da vida social e profissional. Em busca de estratégias que potencializem a aprendizagem matemática, de forma a desconstruir a ideia de que esta é formada por um conjunto de conceitos difíceis, a integração de tecnologias digitais ao processo de ensino tem sido cada vez mais agregada pelos professores da disciplina. O presente trabalho admite, por base, a inserção do software GeoGebra (www.geogebra.org) como recurso tecnológico a ser utilizado pelos alunos, de forma a investigar até que ponto seu uso contribui na aquisição dos conceitos da geometria espacial. Desejamos investigar se este mesmo fator propicia a criação de um ambiente favorável ao aprendizado. Onde os sujeitos, alunos, poderão desenvolver sua própria aprendizagem com o uso de aplicativos e dispositivos virtuais. A pesquisa abrange alunos da 3º série do ensino médio regular da rede estadual de ensino do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de averiguar se a utilização do GeoGebra pode levar a Aprendizagem Significativa (Ausubel 1963, p. 58). Observamos através dos procedimentos metodológicos que é imprescindível a busca por atividades que despertem o desejo de adquirir conhecimento matemático, no caso da pesquisa aqui abordada, o desejo pelo conhecimento do conceito de Geometria Espacial.

Palavras-chave: Ensino de Matemática; Geometria Espacial; GeoGebra.

Referências Bibliográficas

AUSUBEL, D.P. The psychology of meaningful verbal learning. New York, Grune and Stratton.. 2003.

BAIRRAL, M. A.; Uma revisão da literatura nacional sobre a aprendizagem em contextos à distância. Revista ACTA Tecnológica - Revista Científica - Vol. 5, número 2, jul-dez. 2010.

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BORTOLOSSI, H. J.. Criando conteúdos educacionais digitais interativos em matemática e estatística com o uso integrado de tecnologias: GeoGebra, JavaView, HTML, CSS, MathML e JavaScript. Revista Geogebra, PUC, SP, v.1, n.1, 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o Ensino Médio. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica: Brasília (DF), 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book -v.2-internet.pdf>. Acesso em 11 Jun 2015.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997.

BRASIL, Ministério da Ciência e Tecnologia – Livro Branco. Ciência, Tecnologia e Inovação: Resultado da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Brasília: Mct, 2002. 78p.

INSTITUTO GEOGEBRA SÃO PAULO. Disponível em: <http://www.pucsp.br/geogebrasp/geogebra.html>. Acesso em 6 abr 2015.

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O QUE SE APRENDE NA CAMINHADA: ESPAÇO DA COORDENAÇÃO E O ACOMPANHAMENTO DOS DISCENTES DO CURSO DE PEDAGOGIA

Adriano Augusto Albuquerque Cardoso

Franciny Ribeiro da Silva

Luciana Velloso

FACULDADE DE EDUCAÇÃO / UERJ / CAMPUS MARACANÃ

Desenvolvendo-se a partir dos pressupostos metodológicos de pesquisa-ação, conforme definidos por Demo (2000), com o objetivo de devolver ao conjunto de estudantes e professores da Faculdade de Educação/UERJ/Campus Maracanã, as possíveis intervenções na realidade, o trabalho que aqui se descreve, retrata direta articulação entre a formação no curso de Pedagogia e as práticas educativas vivenciadas em projeto de Estágio Interno Complementar (EIC). Em contexto de gestão administrativo-pedagógica, a atuação dos estudantes-bolsistas desenha-se em duas dimensões de práticas educativas: planejamento estrutural e atendimento. No que concerne ao planejamento, é possível elencar organização de documentos referidos ao curso, procedimentos específicos que envolvem o requerimento dos alunos, encaminhamento de documentos ou situações aos setores específicos, adequação do espaço físico, dos equipamentos e dos recursos tecnológicos à demanda real de trabalho. Quanto ao atendimento pessoal, o investimento se dá, principalmente, no acolhimento aos alunos que recorrem à coordenação, tendo em vista a intenção de marcar este setor de gestão, como espaço de diálogo entre a gestão administrativo-pedagógica e as pessoas as quais se destina a atividade-fim de uma universidade – seus estudantes. Este acolhimento tem sido construído de diversas formas, uma delas através do desenvolvimento do projeto “Espaço de Acompanhamento aos Estudantes de Graduação da Pedagogia”, que e envolvem tanto o atendimento presencial quanto o atendimento via rede social institucionalizada e correio eletrônico. Diferentes espaços de comunicação vêm sendo explorados com o objetivo de construir uma identidade mais dialógica de participação no curso de Pedagogia. Como atividade em andamento, apresenta resultados parciais que descrevem atividades como atendimento individualmente os estudantes visando orientação acadêmica orientação dos estudantes que necessitem solicitar afastamento por algum motivo, sobre como proceder em relação aos procedimentos legais internos a serem tomados; auxílio aos estudantes a melhor organizar seus horários de trabalho, estudo e demais atividades (como estágios e bolsas), evitando assim a interrupção do curso; aproximação com o Projeto de Extensão “Uerj pela Vida” (Projeto n.4.201 – DEPEXT/SR3) desenvolvendo ações de caráter educativo e preventivo, com vistas a promover o a integração/sensibilização dos estudantes. Palavras-chave: Coordenação Pedagógica – Acompanhamento Discente – Trajetórias Acadêmicas.

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Referências Bibliográficas

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ORIENTAÇÃO ESPACIAL DE ALUNOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

José Antonio Vianna Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Matheus Ramos Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Fernanda Carvalho Nenartavis Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Em decorrência da escassez de espaços apropriados a prática de atividades físicas e lúdicas, o desenvolvimento motor de crianças pode não ocorrer em harmonia com o processo natural de maturação. Na literatura há evidências de que um desenvolvimento motor mal estabelecido nos primeiros anos escolares pode contribuir ativamente para dificuldades de aprendizagem escolar. Diante disso, torna-se importante realizar a verificação do desempenho motor de alunos matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental, para que assim seja possível subsidiar programas de intervenção que busquem auxiliar o desenvolvimento de alunos e minimizar possíveis dificuldades de aprendizagem escolar. O estudo proposto tem como objetivo verificar a orientação espacial direita-esquerda (OE) de alunos matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental de três grupos distintos. Foram avaliados 173 alunos em escolas no Rio de Janeiro, na faixa etária entre 7 a 12 anos, discentes no primeiro segmento do ensino fundamental (3º ao 5º ano): 34 alunos matriculados em uma escola municipal situada no interior de uma favela (EM); 118 alunos matriculados em uma escola pública de excelência (EPE) que recebe crianças e jovens de diferentes bairros; e 21 alunos matriculados em uma escola particular localizada num bairro de classe média (EP).Para a avaliação da orientação espacial, optou-se pela aplicação do teste Piaget- Head, seguindo as orientações realizadas no estudo de Lucena et al (2010) e Vianna et al (2016). Ao comparar a média da idade motora na orientação espacial direita-esquerda (OE) com a média de idade cronológica (IC) dos grupos, pode-se verificar que em ambos os grupos investigados a idade motora foi inferior à idade cronológica. No grupo EM a média na OE registrada foi 7,7 anos enquanto a IC média foi 8,4 anos. O grupo EPE também apresentou defasagem na OE em relação à IC (IC = 10,7 anos e OE = 7,2 anos). Apesar de ter registrado escores mais altos na OE o grupo EP também obteve IC (9,4 anos) incompatível com a OE esperada (OE = 8,8 anos). Os resultados sugerem que o descompasso entre a idade cronológica e a idade motora na orientação espacial direita-esquerda não é uma exclusividade de indivíduos das classes mais favorecidas. Ao que tudo indica as transformações sociais nas grandes metrópoles tem afetado de diferentes formas os modos de vida de crianças e jovens, com impacto negativo no seu desempenho motor.

Palavras-chave: -Lateralidade- Orientação espacial- Desempenho motor.

Referências Bibliográficas

FREIRE, J.B.; SCAGLIA, A J. (2003). Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2003

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GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3ed. São Paulo: Phorte, 2005.

LUCENA, Neide Maria Gomes de et al. Lateralidade manual, ocular e dos membros inferiores e sua relação com déficit de organização espacial em escolares. Estud. psicol.(Campinas), v. 27, n. 1, p. 03-11, 2010. MEDINA-PAPST, Josiane; MARQUES, Inara. Avaliação do desenvolvimento motor de crianças com dificuldades de aprendizagem. RevBrasCineantropom Desempenho Hum, v. 12, n. 1, p. 36-42, 2010. ROSA NETO, Francisco et al. A lateralidade cruzada e o desempenho da leitura e escrita em escolares. Rev. Cefac, v. 15, n. 4, p. 864-872, 2013.

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ZORZI, Jaime Luiz et al. Análise de erros ortográficos em diferentes problemas de aprendizagem. Revista CEFAC, 2009.

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ORIENTAÇÃO POR OBJETIVOS DE PRATICANTES DE ESPORTES COLETIVOS, KARATE E BALÉ

Fernanda de Carvalho Nenartavis

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - IEFD

José Antonio Vianna

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PPGEB CAP UERJ

A teoria de orientação por objetivos de vida sugere que os indivíduos agem conforme a percepção subjetiva de sucesso ou fracasso nas atividades, sejam elas escolares ou esportivas. Os sujeitos orientados pela tarefa são pautados no autorreferenciamento, na persistência e busca da maestria, enquanto os indivíduos com a orientação ego no referenciamento externo, e na utilização de meios ilícitos para alcançar os objetivos. Os efeitos deletérios da orientação ego podem ser observados em qualquer ambiente de aprendizagem em que o sujeito está inserido. Dentro do esporte, da dança e da luta, a motivação é responsável por guiar o praticante na busca por seus objetivos. O clima motivacional do ambiente de aprendizagem tem influência na orientação adotada, e esta, por sua vez, influencia no padrão comportamental do sujeito. Por conta dessa relação, identificar a orientação por objetivos permite a adoção de práticas pedagógicas mais adequadas. O objetivo do trabalho foi verificar a orientação por objetivos de jovens escolares praticantes de esportes coletivos, praticantes de karatê e praticantes de balé clássico que participam de competições. Utlizou-se para coleta de dados o questionário Task and Ego Orientation in Sport Questionnaire (TEOSQ) que é composto por 13 questões que medem duas subescalas ortogonais - ego e tarefa. Responderam o questionário 59 praticantes de esportes coletivos (M = 11,9 anos de idade), 76 de karate (M = 15,1 anos) e 24 de balé clássico (M = 15,7 anos). Observou-se a predominância na orientação tarefa nos três grupos, acompanhando a tendência brasileira. O grupo dos esportes coletivos obteve média 3,2 na subescala ego e M = 4,4 para a subescala tarefa; o grupo do karate obteve M = 2,7 para a subescala ego e na subescala tarefa M = 4,5; o grupo do balé obteve uma média de 3,2 na subescala ego e M = 4,6 na subescala tarefa. Os indivíduos praticantes de balé e os praticantes de esportes coletivos apresentaram uma pontuação acima da linha de corte para a subescala ego, o que pode indicar uma ambivalência ego e tarefa nesses grupos. Palavras-chave: Orientação por objetivos – Alunos – Atividades físicas. Referências bibliográficas ABREU, J. D. et al. Orientação por objetivos de jovens escolares praticantes de balé. In: Anais: XIII Seminário de Educação Física escolar: sentir, pensar e agir na docência, Rev Bras Educ Fis Esporte. São Paulo, v.29, 2015. ABREU, J. D.; SOUZA, M. V. ; VIANNA, J. A. Motivação de jovens praticantes de esporte escolar. In: Anais: III Congresso Nacional de Psicologia da Motricidade Humana, Esporte, Recreação e Dança, 2014, Rio Claro, p.94, 2014.

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VIANNA, J. A. Orientação por objetivos de praticantes de karate. In: VIANNA, J. A. Lutas. São Paulo: Fontoura, 2015, p. 183-207.

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OS DESAFIOS E AS TECNOLOGIAS APLICADAS PARA A AQUISIÇÃO DE CÓDIGO LINGUÍSTICO EM CRIANÇAS COM SURDEZ IMERSAS EM AMBIENTE OUVINTE: USO DE

DISPOSITIVOS TECNOLÓGICOS EM ESTUDO DE CASO

Douglas Francisco de Mello Neves

Programa de Pós Graduação em Ensino de Educação Básica - PPGEB/UERJ

Atualmente fomenta-se a inclusão do aluno com surdez desde os primeiros anos de sua infância com uma proposta bilíngue em que os dois idiomas, Língua Portuguesa escrita e LIBRAS, não dicotomizam, mas coexistem no espaço escolar. Neste processo de escolarização vemos a LIBRAS ainda inacessível a muitos professores e espaços escolares onde o aluno com surdez já chegou. Objetiva-se, neste estudo, argumentar, discutir, investigar e trazer um apontamento na direção da construção de um conhecimento de como uma criança com surdez inserida em família ouvinte pode adquirir os códigos linguísticos para uma comunicação eficaz no espaço escolar e na família através de recursos tecnológicos, móveis ou não, desenvolvendo Estudo de Casos, coletando informações com entrevistas, observações e visitas, que tem por finalidade endossar o escrito e divulgado dos autores da área trazendo o estado da arte da aquisição de código linguístico por pessoa com surdez e responder as lacunas que existem na educação deste indivíduo, fomentando o processo comunicativo, reforçando a importância do modelo linguístico e de um processo de aquisição que permita a interação entre aluno e professor e aluno e família, como também sua aquisição natural de um código que vai se incorporando ao cotidiano e ao arsenal sócio-interacional do discente. Observado já que o uso de dispositivos tecnológicos e da Comunicação Alternativa e Ampliada são ferramentas de mediação no diálogo professor-aluno, aluno-aluno, família-aluno e também na acessibilidade ao conhecimento escolar, sendo instrumento do processo de ensino-aprendizagem. Pretende-se produzir este conhecimento na pesquisa e investigação para a os profissionais envolvidos na inclusão deste público e para interessados nos múltiplos usos da Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) objetivando que o aluno adquira uma comunicação eficaz e sua inclusão de maneira satisfatória.

Palavras-chave: Surdez – Código Linguístico – Dispositivos Tecnológicos.

Referências Bibliográficas BRASIL, MEC/SEESP. Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado: Pessoa com Surdez. Brasília, 2007. __________________. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2010. GOMES, N.L. Indagações Sobre o Currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

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KOSLOWSKI, L. A Proposta bilíngüe de educação do surdo. Revista Espaço. Rio de Janeiro: INES, nº10, p.47-53, dezembro, 1998. WALTER, C. C. F. A Comunicação Alternativa No Contexto Escolar: Inclusão de Pessoas com Autismo. São Paulo, 2009.

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PENSANDO CULTURAS AMERÍNDIAS: EXPERIÊNCIAS DE UM PROJETO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO CAP/UERJ

Danielle Bastos Lopes

Cap/uerj

Mery de Lima Leite

FFP/UERJ

Pensando Culturas Ameríndias é um projeto em parceria com o Pró – índio da UERJ, tem como finalidade relacionar a temática dos estudos que já atravessam as áreas de ensino de História e Geografia dos 3º, 4º e 5º anos desenvolvidos pelo Departamento de Ensino Fundamental (DEF) do CAp UERJ associando-se aos objetivos traçados pela Lei 11.645/2008, que incorpora a obrigatoriedade das histórias e culturas das socialidades ameríndias no ensino da Educação Básica. O projeto consigna às infâncias o que a legislação da lei 11.645/2008 tem de diverso e heterogêneo. Implica um exercício de esboço criativo em que professores e bolsistas desenvolvem propostas de trabalho descolonizadas (APPADURAI,1991; CHAKRABARTY, 1997, 2010; HALL, 2003) e interculturais. Objetivo: O ponto principal é estabelecer o vínculo do ensino das culturas ameríndias no ensino de História e Geografia para outras áreas de aprendizagem como o raciocínio lógico-matemático, compreensão leitora, competência textual, assim como orientar a seleção do material didático sobre a temática indígena na Educação Básica. A inserção dos autores indígenas (BENITES,2012; KOPENAWA, 2010;MUNDURUKU, 2010; TATENDY ANTUNES,2010) e o material produzido e confeccionado pelos mbyá (guarani), socialidades presentes no estado do Rio de Janeiro (BESSA FREIRE 2004,2009; BASTOS LOPES,2013,2014) consistem também um dos objetivos do projeto. Metodologia: Utilizamos como método , a rigor, os quantitativos e os qualitativos. O trabalho levanta em termo de análise os dados estatísticos de contagem, levantamento e investigação dos bancos de pesquisas sobre ensino de sociedades indígenas nos currículos de educação básica de um modo amplo, incluindo o esboço da pesquisa local, com estudos de caso entre os alunos do Ensino Fundamental e materiais produzidos na instituição CAp-UERJ sobre as populações ameríndias. A intenção da metodologia é de investigação e produção teórica , bibliográfica a partir das fontes do material levantado. Resultados: O projeto tem conseguido uma ampliação dos estudos dos povos ameríndios entre a comunidade acadêmica e discente da UERJ, também o uso de materiais constituídos pelos participantes, amplamente divulgados na instituição a partir dos estudantes de educação basica e graduação vinculados aos estudos do programa.

Palavras-chave: culturas ameríndias; iniciação à docência; educação básica

Referências Bibliográficas APPADURAI, Arjum. A vida social de las cosas. Perspectiva cultural de las mercancias. EDITORIAL GRIJALBO, S.A. México, DF, 1991.

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BASTOS LOPES, Danielle. E tododia era dia de índio: a representação dos povosindígenasnoscurrículosescolares do rio de janeiro. POIÉSIS - Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação (Unisul), v. 7, p. 96-113, 2013. -------------. Não para osclichês. Alteridadeindígena e africanaainda é poucoconhecidapelosprofessores e retratada de forma superficial noslivrosdidáticos. Revista de História da Biblioteca Nacional, v. 103, p. 70 - 73, 02 abr. 2014 BENITES, TONICO. A escolanaótica dos Avá Kaiowá: impactos e interpretaçõesindígenas. Rio de Janeiro: Ed. Contracapa, 2012. BESSA FREIRE, Jose R. A trajetória da educaçãoindígena no Brasil: umaperspectivahistórica. In: Educação Escolar indígena em Terra Brasilis, tempo de novo descobrimento. Rio de Janeiro: I base, 2004. ________. MALHEIROS, Márcia: OsAldeamentosIndígenas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ed.Uerj/Mec/Fnde,2009. BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. DiárioOficial da RepúblicaFederativa do Brasil. CHAKRABARTY, Dipesh. The time of history and the time of gods. In: LOWE, Lisa; LLOYD, David (Ed.). Politics of culture in the shadow of capital. Durban & London: Duke University Press, 1997. HALL, Stuart. Da diáspora. Identidades e mediaçõesculturais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003. KOPENAWA, Davi. Urihi a. In: _______. e ALBERT, Bruce. La chute du ciel paroles d’umchaman Yanomami. Paris: Paris Plon, 2010. MUNDURUKU, Daniel. Mundurukando. São Paulo. Ed. do autor, 2010. TATENDY ANTUNES, A. Karaí. Palavras de Xeremõi. Florianópolis SC: Cuca Fresca, 2010.

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PRÁTICA DE ENSINO NAS LICENCIATURAS – UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Ingrid Oliveira da Costa

Paula da Silva Vidal Cid Lopes

FACULDADE DE EDUCAÇÃO / UERJ / CAMPUS MARACANÃ

O trabalho que aqui é delineado tem como objetivo apresentar o percurso de ações desenvolvidas no projeto de Estágio Interno Complementar (EIC) intitulado “Didática para Licenciaturas – a prática de ensino e a formação em EAD”, alocado na Faculdade de Educação/UERJ/Campus Maracanã, em setor designado para a formação pedagógica das Licenciaturas em EAD. Sua principal finalidade é inserir o estudante de graduação em Pedagogia nos desafios que abarcam a formação nas Licenciaturas em EAD, o que envolve planejar ações didático-pedagógicas para a formação de professores em diferentes cursos de graduação, articulando atualidades sociais aos conhecimentos educacionais contemporâneos. Os princípios metodológicos são descritos pela pesquisa-ação, conforme definida por Demo (2000) e Senna (2003). A correlação entre este trabalho e o “X Simpósio Educação e Sociedade Contemporânea: desafios e propostas” justifica-se pela necessária relação entre os conteúdos específicos de formação de professores, as contemporâneas formas de organização curricular das licenciaturas organizadas em modelos curriculares a distância e a diversidade de repertório instrumental que estes modelos podem favorecer. A formação de professores que se apresenta neste projeto considera as mídias, com seus suportes e contextos, em processos constantes de transformação e, para tal, é necessária toda uma articulação técnico-pedagógica que analise as relações entre os conteúdos de ensino e os diferentes modos de ensinar. A produção de conhecimento educacional em tempos de hipermídias, hipertextos e contextos transdisciplinares de formação, nos convida a repensar os valores de base da cultura escrita, considerando sua origem no pensamento científico, mas vislumbrando novos modos de conceber os processos de ensino. As plataformas de ensino a distância representam, assim, um desafio para todos os envolvidos nos cursos de formação de professores porque chamam a atenção para as bases tanto conceituais de produção de conhecimento quanto didáticas que reestruturam caminhos de ensinar a ensinar. Como projeto em andamento, apresenta como resultados parciais a inserção do estudante-bolsista no planejamento de aulas, instrumentos avaliativos e material didático para a modalidade EAD, considerando o aparato tecnológico que envolve a plataforma CEDERJ e seus demais materiais complementares. Palavras-chave: Licenciaturas – Educação a Distância - Tecnologias.

Referências Bibliográficas AMORIM, A.A.; GOMES, C. Didática para o ensino superior: uma proposta em sintonia com a perspectiva de educação para a totalidade. Rio de Janeiro: Editora Central Universidade Gama Filho, 1999.

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PROFESSOR ARAKEN DE ABREU E SILVA: MEMÓRIAS DO PRIMEIRO DIRETOR DO COLÉGIO ESTADUAL JULIA KUBITSCHEK

Adriano Fernandes da Silva Junior

FACULDADE DE EDUCAÇÃO/ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Luciana de Souza Benevides Cavalcante

FACULDADE DE EDUCAÇÃO/ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Carolina Castro Silva

FACULDADE DE EDUCAÇÃO/ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

O presente trabalho insere-se em um conjunto de produções dos estudantes da disciplina “Pesquisa e Prática Pedagógica: Ciências Sociais e Educação”, ministrada pela Professora Doutora Lia Ciomar Macedo de Faria, na Faculdade de Educação da UERJ, durante os anos de 2014 a 2016. Objetiva estruturar o conceito de memória e, a partir deste, investigar as memórias do Professor Araken de Abreu e Silva, com foco na sua atuação como primeiro diretor do Colégio Estadual Julia Kubitschek (CEJK), fundado no ano de 1960 com o intuito de formar professores dos anos iniciais da Educação Básica. Para atingir os objetivos desse trabalho foram procedidos: levantamento bibliográfico no campo da memória; pesquisa de campo no CEJK e uma entrevista presencial com o Prof. Araken. A partir dos estudos de Pierre Nora (1993) e Le Goff (1990), salienta-se a memória como a vivência humana em constante evolução, pelo fato de estar sujeita a um grupo em que se constitui. Representa uma ligação entre o que foi vivido e o que se vive, sendo um mecanismo através do qual os indivíduos trazem à tona lembranças que gostariam ou não de recordar, por isso a memória é dialética. Tendo por base este conceito, durante a visita ao CEJK notaram-se inúmeras placas de homenagem descerradas ao Prof. Araken. O alto quantitativo de homenagens revelou a relevância do educador para a instituição. Assim, sentiu-se a necessidade de se aprofundar sobre a vida do Prof. Araken, a fim de compreender a sua relação direta com a instituição. Para isso, procedeu-se uma entrevista com o Prof. Araken, onde o mesmo destacou a sua participação no processo de construção do rol de ideais pedagógicos da instituição, bem como da sua iniciativa para a construção de um prédio próprio, pois, até o ano de 1979, o CEJK era como uma “alma sem corpo”, nas palavras do Prof. Araken. Segundo ele, todos os professores e funcionários do CEJK participaram da idealização do prédio, resultando, conforme as suas palavras, em uma “obra de respeito para com o educador”. Além desses esforços, nos mais de vinte anos a frente da instituição, o Prof. Araken ficou conhecido como aquele que pleiteou para levar avante no CEJK seu projeto de Escola Normal de qualidade. Dito isso, através da memória do Prof. Araken permite-se historicizar o CEJK, contribuindo, assim, para a promoção das pesquisas no campo da memória docente e da História da Educação do Estado do Rio de Janeiro, especialmente das Escolas Normais. Palavras-chave: Memória - Prof. Araken – CEJK

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Referências Bibliográficas LE GOFF, Jacques. História e memória / Jacques Le Goff; tradução Bernardo Leitão... [et al.] -- Campinas, SP Editora da UNICAMP, 1990. (Coleção Repertórios). NORA, Pierre. Entre Memória e História: a problemática dos lugares. In: Projeto História. São Paulo: PUC, n. 10, pp. 07-28, dezembro de 1993.

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PROJETO Π-EF: PRODUÇÕES INTELIGENTES PARA O ENSINO DE FÍSICA

Amanda da Silva Julião

INSTITUTO DE FÍSICA ARMANDO DIAS TAVARES, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, RIO DE

JANEIRO, RJ, BRASIL

Andreson Luís Carvalho Rego, Bruno Osório Rodrigues, Maria Beatriz da Silva Maia

Porto, Paula de Oliveira Ribeiro, Ricardo Kullock, Thiago Corrêa Almeida

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA, DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA

NATUREZA, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL

O presente trabalho relata as experiências vivenciadas até então na realização do projeto de extensão homônimo do CAp/UERJ. Este projeto tira motivação da demanda dos alunos por vídeo-aulas realizadas pelos próprios professores do Instituto, e tem a finalidade de produzir materiais didáticos de fácil acesso para alunos do ensino básico, licenciandos e professores. São materiais no formato de vídeo com aulas e realizações de experimentos, de duração entre 15 e 30 minutos. Preocupando-se com o desenvolvimento de conhecimentos práticos, amplos e abstratos, são aulas objetivas e com linguagem atual que atendem as necessidades da vida moderna. (Brasília, 2000). Os experimentos são rápidos e contextualizados com o objetivo de despertar o interesse dos alunos. (DAMASIO, 2007). Os instrumentos utilizados são do laboratório didático de física do CAp-UERJ. Afim de incluir a física no dia-a-dia são aplicados conceitos e teorias através de uma experiência prática-virtual. Os vídeo-experimentos podem levar a experiência de imersão em um laboratório de física para escolas que não possuem esse recurso. (MEC-SEMTEC, 2002). Legendas também farão parte dos vídeos com o objetivo de alcançar pessoas com necessidades especiais. (ZULIAN, 2001). Até o momento realizamos sete filmagens, sendo três de vídeo-aulas (MRU, Hidrostática e Campo Elétrico) e quatro de vídeo-experimentos (reflexão e refração, resistores em série e em paralelo). Os vídeos já foram editados e estão em fase final de preparo para serem disponibilizados para estudantes afim de obtermos feedback para aperfeiçoamento. Com este feedback em mãos seguiremos para a produção de mais vídeos e do material de apoio. Esperamos com este projeto trazer ferramentas inovadoras ao ensino de física na educação básica, desenvolver métodos que tornem a física mais atrativa e desmistifiquem sua fama de “matéria complicada” para alunos e curiosos. Trazer o aluno para o centro da produção do conhecimento, tornando-o não apenas espectador, mas agente ativo do processo ensino-aprendizado. Futuramente pretende-se elaborar jogos e aplicativos que permitirão associar o aprendizado à ludicidade. (MARTINS, 2011).

Palavras-chave: Ensino de Física - vídeo-aulas - vídeo-experimentos.

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Referências Bibliográficas Brasil, Ministério da Educação, Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio) (Brasília, 2000). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf . Acesso em 19 de set. 2016.;

Brasil, PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (MEC-SEMTEC, Brasília, 2002).;

DAMASIO, Felipe; STEFFANI, Maria Helena. Material de Apoio Didático para o Primeiro Contato Formal com Física: Fluidos (Instituto de Física da UFRGS, Porto Alegre, 2007). Disponível em http://www.if.ufrgs.br/tapf/v18n5_Damasio_Steffani.pdf. Acesso em 19 de set. 2016.;

MARTINS, Alisson Antonio; GARCIA, Nilson Marcos Dias. Ensino de Física e Novas Tecnologias de Informação e Comunicação: Uma Análise da Produção Recente (Programa de Pós Graduação da UFPR, Paraná, 2011). Disponível em: http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0529-1.pdf. Acesso em 19 de set. 2016.;

ZULIAN, Margaret Simone; FREITAS, Soraia Napoleão. Formação de professores na educação inclusiva: aprendendo a viver, criar, pensar e ensinar de outro modo. Revista de Educação Especial, UFSM, n. 18, 2001. Disponível em: http://cascavel.cpd.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/5183 . Acesso em 19 de set. 2016.;

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REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE PETRÓPOLIS: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL E SEUS SENTIDOS

Elaine Silva Mateus

PPGEB- CAP/UERJ

Este estudo apresenta a discussão sobre a prática curricular na educação integral na rede municipal de ensino de Petrópolis. Quanto à relevância do trabalho em questão, está em proporcionar a reflexão sobre as práticas curriculares configuradas a partir da análise de como se processa a efetivação da política de educação integral no município explicitado, bem como, os sentidos atribuídos à educação integral pelos atores envolvidos em escolas municipais que praticam a ampliação do tempo escolar. Tendo como objetivos: conhecer as interpretações das práticas curriculares das instituições e dos atores envolvidos no processo; como também, analisar os impactos das diferentes propostas na concepção pedagógica das escolas e na representação dos atores envolvidos. A proposta metodológica é de cunho qualitativo, fundamentada na abordagem teórica das representações sociais. Além de levantamento documental e bibliográfico; levantamento do PPP das escolas investigadas; observação de campo; aplicação de questionários. No aspecto jurídico-normativo, é possível identificar que o PNE 2014-2024, apresenta a educação integral como um caminho para a qualidade do ensino. Além disso, determina que todos os municípios, após a publicação desta lei, terão um prazo de até um ano para a adequação ou elaboração dos seus planos. Assim, a prefeitura do município buscou adequar seu plano municipal de educação com o propósito de implementar uma Política Pública de Educação em Tempo Integral sustentável. Assim, desenvolveu uma proposta com 3 vertentes diferenciadas: Aluno em Tempo Integral, com atividades do contraturno oferecidas pelos núcleos de Educação Integral, destinada aos anos finais do Ensino Fundamental; Escola de Tempo Integral, com atividades intra-escolares, atendendo os anos iniciais; e o Projeto Independência que visa a promoção da educação ambiental na educação integral. Deste modo, neste estudo apesar de estar em andamento, percebe-se o delineamento das práticas de educação integral em tempo integral e sua contribuição para a reflexão sobre as práticas curriculares e escolares, bem como a relação ensino-aprendizagem. Palavras-chave: PNE- educação integral- currículo Referências Bibliográficas BRASIL. Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014. Plano Nacional de Educação 2014-2024. Diário Oficial da União, Brasília, DF,2014. PETRÓPOLIS. Plano Municipal de Educação. Lei nº 7334 de 23/07/2015. D.O., Petrópolis, RJ. Disponível em:<http://www.mprj.mp.br/ >. Acesso em 10 fev. 2016.

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REFLEXÕES ACERCA DO CURRÍCULO MÍNIMO POR DOCENTES DE FÍSICA E QUÍMICA DO CAP/UERJ

Thiago Corrêa Almeida

Elizabeth Teixeira de Souza

Letícia Dutra Ferreira

Lidiane Aparecida de Almeida

Maria Beatriz da Silva Maia Porto

Paula de Oliveira Ribeiro

Suellem Barbosa Cordeiro

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA, DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA

NATUREZA, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL

A proposta do Currículo Mínimo para as diversas áreas do conhecimento pela Secretaria de Educação do Estado do Rio de janeiro em 2012 é fruto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN e das Orientações Curriculares Nacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio - PCN+. No caso específico da Física e da Química, todas estas diretrizes curriculares apontam para a priorização de uma formação geral, em oposição a uma formação precocemente especializada; para que o conhecimento de Física e Química sejam entendidos como um instrumento para a compreensão do mundo e para a formação científica do cidadão contemporâneo; para que os estudos dos conceitos físicos e químicos sejam contextualizados e interajam com outras disciplinas, de forma a ganharem sentido quando aplicados no dia a dia e na vivência de jovens e adolescentes. O Currículo Mínimo aponta o básico a ser ensinado nas escolas da rede estadual do Rio de Janeiro, orientando os professores sobre as competências e habilidades a serem trabalhadas e desenvolvidas com e pelos estudantes, visando, inclusive, aos principais exames estaduais e nacionais. Na proposta para a área de Física, temas como Cinemática Escalar e Dilatação Térmica deixam de ser abordados para darem lugar a outros como, por exemplo, Teoria da Relatividade e Efeito Fotoelétrico. Já na área de Química, de acordo com a proposta, no segundo ano do ensino médio são tratadas as funções inorgânicas, os cálculos estequiométricos, as soluções/misturas, a termoquímica e a cinética – já temas como estudo dos gases e propriedades coligativas ficam de fora do currículo. Neste trabalho fazemos um apanhado dos principais tópicos da proposta do Currículo Mínimo para as disciplinas de Física e Química e discutimos a viabilidade da prática do mesmo. Para tanto, o currículo mínimo deveria priorizar o espaço do professor, sendo responsável pela interpretação ,reestruturação e discussão do conteúdo, de acordo com a sua realidade escolar. Além disso, o professor parece ter a autonomia ameaçada, para definir em que momento os temas e conceitos devem ser abordados. Com isso, foi notória a necessidade de continuidade de planejamento e discussão do currículo mínimo para que se tornem viáveis à aceitação dos professores e aplicáveis em sala.

Palavras-chave:Ensino de Física –Ensino de Química–Currículo Mínimo.

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Referências Bibliográficas BRASIL, Ministério da Educação, Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio) (Brasília, 2000). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf. Acesso em 19 de set. 2016.

BRASIL, PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (MEC-SEMTEC, Brasília, 2002).

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, Currículo Mínimo 2012(SEEDUC, Rio de Janeiro, 2012).

REIS,M. Química. São Paulo: Editora Ática, 2013.

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SEGREGAÇÃO, ESCOLA E DESIGUALDADES: RACIALIZANDO AS OPORTUNIDADES EDUCACIONAIS

JESSICA MARA RAUL

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CELSO SUCKOW DA FONSECA – CEFET/RJ

Jose Roberto da Silva Rodrigues

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ

Este trabalho junta-se aos esforços de compreensão do fenômeno da segregação residencial para a reprodução das desigualdades educacionais na cidade do Rio de Janeiro. Da mesma forma, ao refletir sobre as desigualdades na sociedade brasileira, vemos que estas são fortemente atreladas ao pertencimento racial dos indivíduos. Assim, tanto a segregação socioespacial, quanto as relações humanas estabelecidas em um mundo hierarquizado a partir de pressupostos raciais tem efeitos negativos para os que estão nela envolvidos e tais efeitos são mais evidentes na população negra porque, além de lhe causar danos psíquicos, se materializam em suas vidas gerando uma condição de subalternidade (OLIVEIRA, 2012). “Estudos sobre cotidiano escolar que tem como objeto central as relações raciais, evidenciam um contexto escolar desfavorável à população negra” (COSTA, 2012, p. 267) e, nesse sentido, consideramos necessária a investigação racializada das desigualdades escolares e suas possíveis implicações, considerando que estas interferem também no contexto intraescolar. Com o objetivo de analisar, à luz da pedagogia, o tema da segregação, partiremos da reflexão sobre o território e suas implicações para a efetivação de direitos como a educação de qualidade, considerando a particularidade da segregação carioca, que, para além padrão núcleo-periferia, é marcada também por uma proximidade física e distância social. Assim, esta investigação apresenta como objetivos contribuir com reflexões que possibilitem pensar políticas públicas que facilitem a geração de equidade na qualidade de ensino nas diferentes áreas da cidade, assim como para a compreensão da dinâmica entre a escola e o espaço urbano. Nessa perspectiva, as reflexões propostas serão apoiadas na bibliografia referente à segregação residencial, geografia de oportunidades e desigualdades educacionais, além dos textos que debatem as desigualdades raciais e sua interferência no contexto escolar. Diante desse panorama concordamos que “a concentração territorial dos segmentos vulneráveis transforma-se em segregação residencial, em isolamento físico, sociocultural e dos direitos cívicos e políticos inerentes à condição urbana” (RIBEIRO e KAZTMAN, 2008, p. 16), tornando-se necessária sua compreensão para forjar estratégias de superação. Palavras-chave: Segregação residencial – oportunidades educacionais – Rio de Janeiro.

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Referências Bibliográficas COSTA, Candida Soares da. Currículo, relações étnico-raciais e os fundamentos teóricos da educação escolar. In: OLIVEIRA, Iolanda (Org.). Relações raciais no contexto social, na educação e na saúde: Brasil, Cuba, Colômbia e África do Sul. Rio de Janeiro: Quartet, 2012.

KOSLINSLI, Mariane; e ALVES, Fátima. Novos olhares para as desigualdades de oportunidades educacionais: a segregação residencial e a relação favela-asfalto no contexto carioca. Educação e Sociedade. Campinas, v. 33, n. 120, 2012. pp. 805-831. Disponível em < http://www.cedes.unicamp.br >. Consulta em 03/07/2016.

LIMA, Leonardo Claver Amorim. Da universalização do ensino fundamental ao desafio de democratizar o ensino médio em 2016: o que evidenciam as estatísticas? 2011. In: Revista Brasileira Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 92, n. 231, p. 268-284, maio/ago. 2011.

PAIVA, Angela Randolpho; BURGOS, Marcelo Baumann (Orgs.). A escola e a favela. Rio de Janeiro: PUC-Rio: Ed. Pallas, 2009.

RIBEIRO, Darcy. 2006. Classe, cor e preconceito. In: O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz; KAZTMAN, Ruben (Orgs.). A cidade contra a escola? Segregação urbana e desigualdades educacionais em grandes cidades da América Latina. Rio de Janeiro: Letra Capital: FAPERJ; Montevidéu, Uruguai: IPPES, 2008. Disponível em: < http://www.observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_abook&view=book&catid=1%3Alivros&id=87%3Aa-cidade-contra-a-escola&Itemid=123&lang=pt# >. Consultado em 20/09/2016.

ROLNIK, Raquel. Territórios Negros nas Cidades Brasileiras (etnicidade e cidade em São Paulo e Rio de Janeiro). Disponível em: < https://raquelrolnik.files.wordpress.com/2013/04/territc3b3rios-negros.pdf >. Acessado em: 10/08/2015.

SILVA, Tatiana Dias. Mulheres Negras, Pobreza e Desigualdade de Renda. In: MARCONDES, Mariana Mazzini [et al.] (Orgs.). Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil. Brasília: Ipea, 2013.

______. Educação e população negra: uma análise da última década (1999-2009). In: OLIVEIRA, Iolanda (Org.). Relações raciais no contexto social, na educação e na saúde: Brasil, Cuba, Colômbia e África do Sul. Rio de Janeiro: Quartet, 2012.

NOGUEIRA-MARTINS, Maria Cezira Fantini; BÓGUS, Cláudia Maria. Considerações sobre a metodologia qualitativa como recurso para o estudo das ações de humanização em saúde. Saúde e Sociedade. v. 3, nº 3, 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v13n3/06.pdf >. Acesso em: 18/04/2015.

YIN, Robert K. Estudo de caso, planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.

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SUJEITOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E OS SENTIDOS ATRIBUÍDOS AO LIVRO DIDÁTICO

Cheila Dias dos Santos

MESTRANDA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DO CAP-UERJ

O presente trabalho tem como ponto central as dificuldades encontradas pelos atores da Educação de Jovens e Adultos, no cotidiano da sala de aula, no que se refere à adequação da metodologia presente no Livro Didático para a Alfabetização. Para efeitos dessa análise, utilizamos o livro “EJA MODERNA”, Volume I, do Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PNLD/EJA) adotado pela Secretaria Municipal de Educação do Município de São Gonçalo (SEMED/SG/RJ) para o triênio 2014/2015/2016. Desse modo, a pesquisa objetiva captar os sentidos que os discentes e os docentes atribuem ao livro didático em uso, bem como analisar a pertinência dos conteúdos presentes no referido material. Como procedimento metodológico, adotamos além do aporte teórico de autores da área de Educação de Jovens e Adultos, a abordagem moscoviciana, a produção existente sobre material didático para a EJA, além da trajetória do PNLD, em tempos mais recentes. A pesquisa está sendo desenvolvida em três escolas da rede pública do município de São Gonçalo, caracterizando os docentes e discentes dessa modalidade e o cenário em que estão inseridos. Para a escolha das instituições consideramos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) gonçalense e com base nos resultados desses dados, pesquisados no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, procuramos elencar as escolas buscando, também, contemplar a diversidade e as peculiaridades de cada espacialidade em que as mesmas estão localizadas: E. M. Prefeito Nicanor F. Nunes (Jardim Catarina), E. M. Almirante Carlos Alfredo S. Dutra (Alcântara) e o C. M. Presidente Castello Branco (Boaçu). Os dados coletados na pesquisa realizada através de técnicas e de instrumentos como questionários com questões abertas e fechadas e entrevistas caracterizando os participantes e seus contextos sociais e de formação, serão tratados e analisados à luz da Análise de Conteúdo, por ser esta uma técnica que permite ao pesquisador fazer inferências revelando o conteúdo das mensagens implícitas nas evocações dos sujeitos, comparando-as e relacionando-as com outros dados. Pelo fato da pesquisa se encontrar em andamento, os resultados do trabalho de campo serão apresentados posteriormente em outro trabalho. Palavras-chave: EJA, Material Didático, Alfabetização. Referências Bibliográficas

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 225 p., 2002. BRASIL. FNDE. Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos

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(PNLD/EJA). Disponível em: http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico Acesso em: 20/09/2014. ______. IBGE. Atlas do Desenvolvimento Humano. 2013. Disponível em: http://. www.ibge.gov.brAcesso em 15/10/2014. FÁVERO, Osmar. As fichas de cultura do Sistema de Alfabetização Paulo Freire: um "Ovo de Colombo" Linhas Críticas, vol. 18, núm. 37, septiembre-diciembre, 2012, pp. 465-483. Universidade de Brasília. Brasilia, Brasil. ______. Uma pedagogia da participação popular: análise da prática educativa do MEB – Movimento de Educação de Base (1961-1966). São Paulo, 2006.

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=193525366003 Acesso: em 08/10/2014. MELLO, P. E. D. de. Material Didático para a Educação de Jovens e Adultos: História, Formas e Conteúdo. Tese de Doutorado. USP/FE. 2010. MOSCOVICI, S. A psicanálise, sua imagem e seu público. Tradução de Sonia Fuhrmann. Petrópolis: Vozes, 2012. MUNAKATA, K. Produzindo Didáticos e Paradidáticos. Tese de Doutorado. PUC/SP, 1997. TAKEUCHI, M. R. Análise Material de Livros Didáticos para Educação de Jovens e Adultos. Dissertação de Mestrado. PUC/SP, 2005. .

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UM CAFÉ COM FREIRE: A SALA DE AULA E OS DIÁLOGOS ENTRE LEITURAS E LEITORES

Kenya Kristhyne Walger Rats Jordão

Carlos Soares Barbosa

Paula da Silva Vidal Cid Lopes

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Estruturado a partir da monografia para conclusão de curso, o presente texto procura promover reflexões em relação às abordagens pedagógicas adotadas pelo professor nos processos de letramento envolvidos em sua formação (SENNA, 2009) e em sua prática.Com início na concepção gramscinana da filosofia de práxis(NASCIMENTO & SBARDELOTTO, 2008) e na necessidade de formação de um professor-pesquisador (FREIRE, 2015), o objetivo desta investigação éperceber como as estratégias do docente, considerando sua autonomia em sala de aula, podem colaborar com a construção de um currículo configurado no cotidiano e adequado aos perfis de seus alunos, respeitando os conhecimentos já alcançados e aqueles que ainda serão construídos, sempre proporcionando diferentes leituras e experiências de mundo. A outra proposta desta pesquisa é pensar um espaço escolar que entende seu aluno enquanto destinatário e remetente no processo de aprendizagem, o que equivale a compreender que os sujeitos aprendizes trazem consigo uma série de leituras de mundo desenvolvidas em diferentes contextos e que podem ser relacionadas com a cultura científica ensinada pela escola.A busca para responder tais inquietações tem sido atravésdas referências na Literatura sobre o conceito de letramento e suas relações com a formação do professor, além das experiências compartilhadas na universidade e em estágio supervisionado.Para embasar os questionamentos que moveram esta pesquisa, o ponto de partida foi o entendimento de sujeito como protagonista de sua aprendizagem e detentor de saberes diversos que se constroem em seu cotidiano (FREIRE, 2015), para além dos muros da escola,abrangendo o indivíduoem sua totalidade. Ignorar qualquer aspecto de seu desenvolvimento - seja psíquico, biológico, cultural, político - e sobrepujar outro é definir qual será o modelo de ensino oferecido ao estudante, seja o aluno escolar ou o professor em formação. Seria este modelo de caráter intelectual e crítico? Seria libertador e conscientizador ou segregador? Seria humanista e científico ou técnico? Os caminhos traçados ao longo desta produção foram revelando que não há como desvincular a educação da política e que as abordagens em sala são diretamente ligadas ao que se espera da formação do aluno.Logo, tornou-se possível concluir que educar é um ato político e o professoré agente fundamental neste processo, tanto como educador do outro como aprendiz acadêmico, que atua fomentando a autonomia intelectual ou promovendo a continuidade de um sistema político, econômico e social em hegemonia.

Palavras-chave: Formação, letramento, disputa.

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Referências Bibliográficas ANDRADE, Ludmila Thomé de. Professores Leitores e sua Formação. 1ª ed. Belo Horizonte: Ceale; Autêntica, 2007. BRUNER, Jerome. Realidade Mental, Mundos Possíveis. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 50ª ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2015. NASCIMENTO, Maria Isabel Moura; SBARDELOTTO, Denise Kloeckner. A Escola Unitária: educação e trabalho em Gramsci. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.30, p.275-291, jun.2008. SENNA, Luiz Antonio Gomes (Org.). Letramento: princípios e processos. Curitiba: Ipbex, 2009.

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QUANTO VALE SUA ÁGUA? A ANÁLISE DO CONSUMO DE ÁGUA MENSAL POR ALUNOS DO 6º ANO DO EF COMO PRÁTICA ESCOLAR E EXERCÍCIO DE CIDADANIA.

Carolina Tavares Departamento de Ciências da Natureza, Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da

Silveira (CAp-UERJ) Leticia Loss

Departamento de Ciências da Natureza, Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-UERJ)

O tema água é um dos assuntos tratados na disciplina de Ciências no currículo do 6º ano do EF. São diversas as maneiras de abordar o tema água, seja através de conhecimentos científicos básicos, como fórmula, estados físicos, propriedades químicas e físicas, ou também do ponto de vista ecológico, como poluição, escassez de água potável no planeta, etc. Apesar da reconhecida importância dessas duas abordagens, atualmente é fundamental também abordar o assunto a partir do ponto de vista da cidadania, uma vez que vivemos em meio a uma crise hídrica. Para tanto, baseadas na proposta de Salem (2015) utilizamos as contas de consumo de água mensal dos alunos, que trabalharam em grupo para: i) comparar seu consumo mensal em relação aos dados do estado, do país, e aos números sugeridos pela ONU; ii) analisar o consumo por pessoa nas suas casas; iii) buscar entendimento sobre quais as atividades cotidianas que consomem mais ou menos água e se, além do consumo real, existem pontos de desperdício, como vazamentos, torneiras quebradas, entre outros, que aumentam os gastos mensais com água. Posteriormente, eles foram chamados a pensar no ganho ecológico e financeiro que teriam ao economizarem água, tendo sido desafiados a pensar na água como recurso financeiro. A ideia foi fazer com que eles refletissem, em termos materiais, sobre o que se perde com o consumo alto e o que se pode ganhar com a redução do consumo. Ao final os estudantes foram chamados a escrever uma carta aos familiares, narrando suas descobertas e sugerindo como mudar os hábitos da casa. A intenção desta atividade foi a sensibilização desses estudantes para a questão da água agora e no futuro, quando os chamados novos hábitos deverão, de maneira obrigatória, ser hábitos arraigados na sociedade, sob pena de prescindirmos do uso desse bem tão precioso e necessário à continuidade da vida como conhecemos.

Palavras-chave: ensino de ciências, conta de água, crise hídrica, educação ambiental

Referências bibliográficas

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COMUNICAÇÕES

A DIALÓGICA ENTRE REALIDADE E CONHECIMENTO COM ALUNOS E ALUNAS DO COMPLEXO DA MARÉ: O TEATRO DO OPRIMIDO COMO ABORDAGEM ETNOGRÁFICA

Igor Federici Trombini UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO

O presente trabalho propõe-se a estudar a dialogicidade entre realidade e conhecimento, utilizando o Teatro do Oprimido como tecnologia social, baseando-se em um trabalho de campo no Complexo da Maré. Pretende-se compreender como o aluno percebe sua realidade sociocultural transformada em conhecimento nos processos educativos do qual participa e como a educação antidialógica, que desconsidera este capital cultural, fomenta a exclusão social sobre um viés subjetivo. A metodologia escolhida para este trabalho é a pesquisa etnográfica com observação participativa. Elege-se como teóricos privilegiados Freire com o conceito de dialogicidade; Gaujelac e Leoneti com a idéia de desinserção; Buarque explicando a apartação social; Dewey, Doll e Teixeira com perspectivas sobre a educação como reconstrução da experiência; Mclaren com a idéia de pedagogia crítica e Boal com o Teatro do Oprimido. Pretende-se, junto aos resultados da observação participativa no campo, aprofundar a reflexão sobre como realidade e conhecimento se relacionam na perspectiva de jovens no Complexo da Maré que utilizam o Teatro do Oprimido em contextos educativos.

Palavras-chave: Opressão – dialogicidade – Realidade.

Referências Bibliográficas BOAL, Augusto. A Estética do Oprimido, Rio De Janeiro, Garamond, 2008, 256p.

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A EXTINÇÃO DO JUBILAMENTO DO COLÉGIO PEDRO II

Isis Maria de Souto Couto

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Este artigo traz algumas reflexões da pesquisa de Mestrado em Educação, que está no início, a respeito do perfil ou perfis dos alunos jubilados no Campus São Cristóvão II (6 º ao 9º ano) do Colégio Pedro II. Espera-se, com a dissertação, contribuir com reflexões e caminhos que corroborem para a democratização da permanência com qualidade. A defasagem da idade em contraponto com a série, após a extinção do jubilamento em 2015, tornou-se uma realidade que o Colégio deve encarar com criticidade. Este texto traz as primeiras ponderações deste marco democrático na permanência do discente na instituição e também traz outros marcos que defendem a democratização ao acesso de alunos. Analisar os meios, modos e condições de exclusão de alunos, através dos estudos: 1) das jubilações entre os anos 2009 a 2014 no campus São Cristóvão II; 2) da trajetória escolar destes jubilados; 3) da correlação entre a origem social dos alunos e seu desempenho escolar. A caracterização socioeconômica e cultural dos alunos está sendo baseada pelas reflexões sociológicas de Pierre Bourdieu sobre a herança familiar e sucesso escolar a partir do conceito de capital cultural. Esta caracterização revela uma composição da maior parte dos discentes do 3º ano do Ensino Médio com jovens oriundos das classes favorecidas – diferentemente dos alunos que estão matriculados no ensino fundamental– e aponta para a existência de mecanismos internos de seletividade social na instituição pesquisada. E ainda, a origem social continua sendo preditiva do desempenho escolar no Colégio Pedro II mesmo após essas políticas afirmativas.

Palavras-chave: Colégio Pedro II – Jubilamento - Defasagem.

Referências Bibliográficas BOURDIEU, Pierre & PASSERON, Jean Claude. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1992. ----------. Pierre & CHAMPAGNE, Patrik. Os excluídos do interior. IN: NOGUEIRA, Maria Alice & CATANI, Afrânio (Orgs.). Pierre Bourdieu - Escritos de Educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. ----------. Pierre. A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. IN: NOGUEIRA, Maria Alice & CATANI, Afrânio (Orgs.) Pierre Bourdieu – Escritos da Educação. Petrópolis: Vozes, 1998. COLÉGIO PEDRO II. O Colégio terá curso primário. FACTA, Rio de Janeiro, n. 48, p.11, novembro/dezembro/1983. _______. Relatório das atividades desenvolvidas em 2002. Rio de Janeiro: CPII/SE, 2002. ______. NUDOM. Disponível em: . Acesso em 24 Jun 2016a.

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GALVÃO, Maria Cristina da Silva. A jubilação no Colégio Pedro II, que exclusão é essa? Dissertação (Mestrado em Educação)-Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003.

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SEGISMUNDO, Fernando. Colégio Pedro II – Tradição e Modernidade, Rio de Janeiro: Unigraf. Ed., e Planejamento, 1987.

Sites Pesquisados:

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• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm - acesso em 26/09/2016.

• PPPI _ Projeto Político Pedagógico Institucional do Colégio Pedro II- http://www.cp2.g12.br/images/comunicacao/2014/set/PPPI/TEXTO%20BASE%20PPPI.pdf – acesso em 26/09/2016.

• Inep – Resultados Finais do Censo escolar - http://portal.inep.gov.br/web/enem/enem-por-escola - acesso em 26/09/2016

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A FICÇÃO CIENTÍFICA COMO FERRAMENTA DE PROBLEMATIZAÇÃO NO

ENSINO: MODELO COM O LIVRO 1984

Isabelle de Oliveira Moraes Andrea Carla de Souza Góes

Rafaela Aires Universidade do Estado do Rio de Janeiro

A discussão acerca de filmes ou livros de ficção científica permite que a interdisciplinaridade seja explorada, proporcionando a discussão da interação existente entre Ciência, Tecnologia e Sociedade. Em 1949, o autor George Orwell publicou um livro que apresenta certa atemporalidade: a distopia 1984. Discutindo o totalitarismo, onde há estímulo da alienação da sociedade, observa-se a conquista do poder a partir de três principais componentes: vigilância constante dos indivíduos, desestímulo a relações interpessoais, abolição da ciência e, consequentemente, do pensamento crítico. O objetivo deste trabalho é realizar uma análise da obra 1984 à luz dos mecanismos de controle desta sociedade fictícia e, em seguida, estimular discussões acerca da sociedade atual e promover o enriquecimento intelectual de alunos do ensino médio, a partir da discussão da obra literária. Para isto, foi elaborada uma prática pedagógica, de cunho interdisciplinar, na qual devem participar os professores de biologia, literatura, história e sociologia.

Palavras-chave: 1984 –ficção científica - interdisciplinaridade.

Referências Bibliográficas ARAÚJO, Rogério Bianchi. A Revolução tecno-científica e a distopia no imaginário ocidental. Revista Brasileira de Ciência, Tecnologia e Sociedade, v. 2, n. 1, p. 2-11, 2011. AUGUSTO, Thaís Gimenez da Silva et al. Interdisciplinaridade: concepções de professores da área ciências da natureza em formação em serviço. Ciência & Educação (Bauru). Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências, campus de Bauru., v. 10, n. 2, p. 277-289, 2004. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/8326>. FERREIRA, Júlio César David. Relações entre o discurso científico e o discurso ficcional no ensino de ciências. Atas do IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 2013. ORWELL, George. 1984. Companhia das Letras, São Paulo, 1 ed, 2009. PIASSI, Luiz Paulo. A ficção científica e o estranhamento cognitivo no ensino de ciências: estudos críticos e propostas de sala de aula. Ciência & Educação, v. 19, n. 1, p. 151-168, 2013.

PIASSI, Luiz Paulo; PIETROCOLA, Maurício. De olho no futuro: ficção científica para debater questões sociopolíticas de ciência e tecnologia em sala de aula.Ciência& Ensino, vol. 1, número especial, 2007.

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A FORMAÇÃO DE LEITORES EM FRANCÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA

Joanna Barrão Ferreira CAP-UERJ

Maria Ruth Machado Fellows CAP-UERJ

A formação de leitores autônomos é uma questão atual e ainda muito discutida nos cursos de formação docente e nas salas de professores, o que sinaliza que a discussão ainda não está esgotada. Nós, professores de Língua Estrangeira, nos perguntamos: De que forma nossa disciplina contribui para a formação desse sujeito capaz de dialogar e produzir sentido a partir de um texto? De que forma a construção desse leitor autônomo influencia no seu aprendizado de língua estrangeira? As atividades de sala de aula podem contribuir para essa formação ou o leitor se forma em sua prática, através de suas leituras individuais? Qual o papel das TICs na formação desse leitor? Para pensarmos sobre todas estas questões, propomos uma reflexão sobre a importância das estratégias de leitura e o papel do professor, em suas abordagens e procedimentos adotados ao trabalhar a leitura em sala de aula. Palavras-chave: Leitura e TICs – FLE – Estratégias de Leitura.

Referências Bibliográficas BAKHTIN, M. A Estética da Criação Verbal.São Paulo: Martins Fontes, 1992. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. CORRÊA, Juliane. Novas tecnologias da informação e da comunicação; novas estratégias de ensino/aprendizagem. In: COSCARELLI, C. (org). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3. Ed. Belo Horizonte: [s.n.], 2006. COSCARELLI, C. V. Entendendo a leitura. Revista de Estudos da Linguagem. Belo Horizonte: UFMG. v. 10, n. 1, p.7-27, jan./jun. 2002. _____ . Leitura em ambiente multimídia e a produção de inferências. In: GUIMARÃES, Ângelo de M. (Ed.) Anais do VII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. Belo Horizonte: DCC/UFMG, nov. 1996, p. 449-456. GARCIA, R., ROSELINO, José Eduardo. Uma avaliação da lei de informática e de seus resultados como instrumento indutor de desenvolvimento tecnológico e industrial. Gestão e Produção, v.11, n.2, p.177-185, mai.-ago. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/gp/v11n2/a04v11n2.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2011.

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A INCOMPLETUDE DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL FOCADA NA

BOLSA: DESAFIOS E POTENCIALIDADES EM UMA ESCOLA CARIOCA

Simone Eliza do Carmo Lessa UERJ/FSS

HORRANA CAMPOS FERREIRA LOUZADA CAP/UERJ

Thamires Pereira dos Santos CAP/UERJ

O presente texto traz reflexões sobre a constituição da Política de Assistência Estudantil no Brasil contemporâneo. Em prosseguimento, destacamos a experiência da construção desta política em uma escola pública de Ensino Básico carioca, ressaltando sua incompletude e potencialidades. Entendemos que o formato assumido por esta política deve ser construído democraticamente, visto que se volta para uma população de crianças e adolescentes em fase tão especial de seu desenvolvimento e de seu processo de aprendizagem.

Palavras-chave: Educação - Política de assistência estudantil – Ensino

Referências Bibliográficas

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BRASIL, IBGE. PNAD 2015. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=149, acesso em 13/04/2016

BRASIL, LDBN. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Lei das Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm

BRASIL, MEC. Expansão da Rede Federal de Educação profissional e Tecnológica. Disponível em http://institutofederal.mec.gov.br/, acesso em 01/03/2016

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UERJ. Manual Informativo do Aluno Cotista da UERJ. Disponível em http://www.caiac.uerj.br/documentos/CARTA%20AO%20ALUNO%202015.pdf, acesso em 02/07/2016

UERJ. CAIAC. Levantamento de cotas 2015. Disponível em http://www.caiac.uerj.br/documentos/LEVANTAMENTO_inicial_2015.pdf, acesso em 09/08/2016

UERJ. CAIAC. Relatório de atividades 2014. Disponível em http://www.caiac.uerj.br/documentos/Relatorio%20Consolidado%20CAIAC%202014.pdf, acesso em 09/08/2016

Revista FONAPRACE. Histórias, memórias e múltiplos olhares. Organização Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis, coordenação, ANDIFES. – UFU, PROEX : 2012.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia (29ª ed). Campinas, SP, Editora Autores Associados, 1995

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A INVISIBILIDADE DO ALUNO DE CLASSE BAIXA EM SALA DE AULA: OUTRO

OLHAR SOBRE O FRACASSO ESCOLAR

Nathália Masson Bastos Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Gabrielle Luz Brasil Silva

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Este artigo parte de uma reflexão antropológico-visual sobre o “poder do olhar”. Entende-se que a questão do olhar reflete relações de poder e as consolidam. Aqui delimitou-se analisar a questão do “olhar” nas relações de poder no espaço escolar, especificamente perante o aluno de condições desprivilegiadas por se entender que este é objeto de um olhar que o constitui em sua alteridade. Objetiva-se investigar o como, como a invisibilidade do aluno de classe baixa em sala de aula pode potencializar o fracasso escolar deste. Os procedimentos metodológicos são explicitados pelo levantamento bibliográfico das produções do grupo de pesquisa NetEDU, chegando a aproximadamente 50 textos pertinentes à temática aqui lançada. A relevância deste estudo está na imersão nessa relação complexa do visível, do invisível, suas relações, opacidades e entrelaçamentos. Essa imersão extrapola a percepção para além do punctum caecum do binarismo visível ou invisível; as invisibilidades ou a invisibilidade.

Palavras-chave: Invisibilidade – Aluno – Sala de aula.

Referências Bibliográficas ALVES-MAZZOTTI, A. J. Revisão da bibliografia. In:______; GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira, p.179-188, 1998. ANDRE, M. E. D. A. Etnografia na prática escolar. Campinas, São Paulo, Papirus, 1995. BARTOLOMÉ RUIZ, C. M. M. Os labirintos do poder: o poder (do) simbólico e os modos de subjetivação. Porto Alegre: Escritos Editora, 2004. BERGER, P. L.; LUCKMANN, T. A construção social da realidade. 19. ed. Tradução de Floriano de Souza Fernandes. Petrópolis: Ed. Vozes, 2000. BHABHA, H. R. O local da cultura. Trad: Ávila Miriam et al., Belo Horizonte, UFMG, 1998. BORBA, F. S. Dicionário de Usos do Português do Brasil. 1 ed. São Paulo: Editora Ática, 2002. BOURDIEU, P.; CHAMPAGNE, P. “Les exclus de l´intérieur”, Actes de la Recherche em Sciences Sociales, pp. 71-75, 1992. BOURDIEU, P. Choses dites. Paris: Les Éditions de Minuit, 1987. ____________. O poder simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. 6. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989. CACOUAULT, M.; OEUVRARD, F. Sociologie de l´Éducation, Paris, Éd. La Découverte, 2003. CAMERINI, S. A Produção de Saber Mediada pelo Uso do Vídeo com Classes Populares Urbanas – pela (Re)Construção da Dignidade Humana numa Experiência de Pastoral.

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A LEI 11.645-08 EM AULAS OFICINAS DE HISTÓRIA

Maria de Fátima Barbosa da Silva Programa de pós-graduação em Ensino em Educação Básica – CapUerj; Professora da

Prefeitura Municipal de Niterói

Patrícia Ferreira de Souza Lima Professora EBTT do Cefet-RJ

Esta comunicação objetiva apresentar algumas reflexões teórico-práticas acerca da aplicação da Lei 11645-08, que instituiu a obrigatoriedade do ensino da história das nossas matrizes formadoras, com destaque para as culturas indígenas e africanas. Com base nas realidades locais de cada escola, inseridas em tessitura nacional ampla, foram elaboradas metodologias para efetivação deste ordenamento. A cidade de Niterói-RJ, peculiar pela presença de comunidades indígenas e quilombolas, exemplifica espelhamentos, como estudo de caso, para a criação/constatação dos “contextos educativos relacionais”, conforme Reinaldo Fleuri, e o entendimento da cidade, como um lugar propício às hibridações culturais, como propõe Néstor Canclini. Estas duas premissas foram apresentadas aos estudantes da Escola Municipal Altivo César, situada no campo empírico em análise, através de situações-problemas, em aulas oficinas com base no trabalho de Isabel Barca. Como objeto de estudo em nível de mestrado profissional, a pesquisa propôs como produto um caderno de aulas oficinas.

Palavras-chave: Ensino de História - Interculturalidade - Lei 11.645-08. Referências Bibliográficas ARAÚJO, Cinthia Monteiro de. Por outras histórias possíveis: em busca de diálogos interculturais em livros didáticos de histórias. Tese: Doutorado em Educação. Rio de Janeiro: Programa PUC-Rio, 2012. BARCA, Isabel Aula Oficina: do Projeto à Avaliação. In. Para uma educação de qualidade: Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação (CIED)/ Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004, p. 131 – 144. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. _______. Conselho Nacional de Educação/Câmara da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília: MEC/SEF, 2000. _______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília: MEC/SEF, 2004. CANCLINI, Néstor Garcia. Consumidores e Cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: UFRJ, 1996. _______. A globalização imaginada. São Paulo: Iluminuras, 2007. _______. Cidades e cidadãos imaginados pelos meios de comunicação. OPINIÃO PÚBLICA, Campinas, Vol. VIII, nº1, 2002, pp.40-53. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/op/v8n1/14873.pdf>. Acesso: 30 jul. 2016.

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A SOCIOLOGIA E O ENEM: UMA ANÁLISE A PARTIR DO CURRÍCULO DO CAP-

UERJ

Walace Ferreira PROFESSOR ADJUNTO DE SOCIOLOGIA DO CAP-UERJ

Bruna Navarone Santos

GRADUANDA DE CIÊNCIAS SOCIAIS DA UERJ

Neste trabalho desenvolvemos uma pesquisa preliminar em que relacionamos o currículo de Sociologia do CAp-UERJ com as competências e habilidades exigidas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), envolvendo principalmente a matriz programática da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias assim como a prova de Redação. Consideramos na análise a excelência desse Instituto, haja vista uma série de elementos fundamentais para o êxito escolar, conforme pensado por Bourdieu, estarem presentes. Dentre os resultados, mostramos, por meio de quadros comparativos, que os conteúdos de Sociologia previstos no Programa de Curso, assim como as capacidades críticas e reflexivas que a disciplina estimula, são cobrados pelo exame. Nesse sentido, apesar do recorte analítico, o resultado chama atenção para um potencial papel da Sociologia que nem sempre é considerado por professores e estudantes em diferentes colégios, ou seja, a sua importância direta junto ao atual modelo de ingresso no ensino superior.

Palavras-chave: ENEM – Currículo de Sociologia – CAp-UERJ.

Referências Bibliográficas

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A TECNOLOGIA COMO UMA INOVAÇÃO PEDAGÓGICA

Gabrielle Luz Brasil Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Nathália Masson Bastos

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Este artigo tem como objeto de estudo a tecnologia enquanto inovação pedagógica. Pretende-se ao longo do estudo lançar mão de inquietações a cerca da relação entre o aluno e professor e a tecnologia em sala de aula enquanto instrumento pedagógico. Relação esta que vem sendo discutida há décadas, porém ainda existem percalços a serem superados diante da dificuldade de professores em planejar aulas, da comunicação entre o planejador de ações e aqueles que vão executá-las entre outros. Para a elaboração deste artigo, foi utilizada uma pesquisa teórico-bibliográfica de mais de seiscentos textos científicos do banco de dados do grupo de pesquisa NetEDu e os softwares EndNote e ATLAS.ti. Objetiva-se analisar a relação entre a tecnologia e a escola por entender que as atuais perspectivas referentes à disseminação da cultura tecnológica na sociedade possuem reflexo na cultura escolar. Visto que a educação tradicional foi ultrapassada pela vasta informação que a tecnologia pode transmitir.

Palavras-chave: Tecnologia; Inovação Pedagógica; Educação.

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A TECNOLOGIA NO ESPAÇO ESCOLAR: PROCESSOS DE INCLUSÃO/EXCLUSÃO

SOCIAL E DIGITAL

Thaís do Nascimento Marcelo

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Gabrielle Luz Brasil Silva

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Busca-se evidenciar neste artigo, a tecnologia no espaço escolar enquanto um instrumento capaz de fornecer condições necessárias para que o aluno seja emancipado, crítico e criativo nesse ambiente pós-moderno, tecnológico e informacional em que vivemos. Busca-se refletir as medidas sociais, políticas e educacionais que estão sendo tomadas. Toma-se como base uma pesquisa bibliográfica de artigos que abordavam a tecnologia no século XXI e sua relação com os aspectos supracitados. Acredita-se que uma educação inclusiva depende de uma formação que contemple os aspectos do mundo pós-moderno por entender que esse contexto tecnológico forma o motor das transformações que estão ocorrendo na sociedade. Assim, é fundamental estar atento às inovações referentes às tecnologias visto que essas inovações representam uma transformação nas maneiras de ensinar, aprender e viver no contexto atual de sociedade. Palavras-chave: Tecnologia; escola; exclusão social. Referências Bibliográficas

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AÇÕES AFIRMATIVAS DE CORTE RACIAL: UMA POLÍTICA DE INCLUSÃO

Mônica Andréa Oliveira Almeida

CAp/UERJ

O texto trata da implementação das ações afirmativas como forma de enfrentarmos as desigualdades raciais no Brasil, especialmente, no que diz respeito aos indicadores educacionais. A argumentação apresentada tem como embasamento teórico as reflexões de autores/as como Almeida e Queiroz (2015), Carneiro (2011), Munanga (2006), Siss (2003), Medeiros (2002) e Guimarães (1999), entre outros, sobre a necessidade da aplicação de políticas afirmativas que contemplem a população negra. Além disso, apresenta alguns dados de pesquisas governamentais realizadas no país pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que ajudam a desvelar as desigualdades entre brancos/as e negros/as.

Palavras-chave: ação afirmativa, educação, negros/as.

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______. Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.

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ANÁLISE DIALÓGICA DISCURSIVA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS EM ESTUDOS

SOBRE EDUCAÇÃO E CULTURA

Cláudia Cristina dos Santos Andrade;

Programa de Pós Graduação em Ensino de Educação Básica - PPGEB/UERJ

Douglas Francisco de Mello Neves

Programa de Pós Graduação em Ensino de Educação Básica - PPGEB/UERJ

Juliana Maria Ferreira Prados;

Programa de Pós Graduação em Ensino de Educação Básica - PPGEB/UERJ

Patrícia de Jesus Bastos;

Programa de Pós Graduação em Ensino de Educação Básica - PPGEB/UERJ

Tatiana Maia de Freitas

Programa de Pós Graduação em Ensino de Educação Básica - PPGEB/UERJ

As pesquisas em Ciências Humanas têm buscado perspectivas metodológicas que deem conta dos complexos processos subjetivos. A vertente discursiva tem se apresentado produtiva neste campo, ao iluminar a atividade de produção de sentidos dos sujeitos em face dos discursos socialmente constituídos. Apresentamos neste trabalho algumas reflexões sobre o potencial analítico da perspectiva discursiva, tal como define a ADD (Análise dialógica do discurso), a partir de sua utilização em quatro pesquisas, que apresentam como eixo comum o desenvolvimento de investigações no campo do ensino que envolvem as produções de sentido em face dos elementos culturais. Partem do princípio de que os sentidos produzidos carregam a historicidade em que estamos imersos que, dialeticamente, passam a pertencer a novas possibilidades de olhar. A análise das propostas de pesquisa exigiu um exercício exotópico para que pudéssemos compreender nosso próprio fazer científico, e nos revela que a metodologia dialógica contribui para se pensar tanto os processos macrossociais de produção discursiva, quanto os processos micro-históricos, de desenvolvimento da linguagem. Apesar dos focos estarem em lugares diferentes, compreende-se a interpenetração dos discursos e sua opacidade. Com as contribuições do chamado Círculo de Bakhtin, o pesquisador tem clareza da natureza ideológica do signo. Os resultados apontam para a produtividade da proposta metodológica, ao trazer para a análise as interações subjetivas inerentes à produção da linguagem, em sua relação com as produções sociais, mas também suscitam muitos questionamentos, próprios do inacabamento do conhecimento. Palavras-chave: perspectiva dialógica discursiva, metodologia de pesquisa, ensino, cultura Referências bibliográficas ALBUQUERQUE, Elaine Deccache Porto, SOUZA, Solange Jobim. A pesquisa em ciências humanas: uma leitura bakhtiniana. Bakhtiniana, São Paulo, 7 (2): 109-122, Jul./Dez. 2012.

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APRENDENDO EM REDES: A EXPERIÊNCIA DA FORMAÇÃO DOCENTE EM

COLETIVOS

Adriana dos Santos Souza Pereira– FFP/UERJ

Celena Soares Souza – FFP/UERJ

Dennys Henrique Miranda Nunes – FFP/UERJ

Jacqueline de Fatima dos Santos Morais – FFP/UERJ

Jéssica Mendes da Rocha – FFP/UERJ

Este trabalho é o resultado das ações de cunho investigativo produzidas em um espaço de conversa, ambientado no Grupo de Pesquisa Alfabetização, Leitura e Escrita (GPALE), que se configura em uma atividade de extensão. As experiências vivenciadas nestes dois grupos nos proporcionam refletir sobre a prática de professores/as alfabetizadores/as criticamente. Nos encontros do FALE e nas reuniões semanais do GPALE, nossos esforços se concentram em compreender aspectos concernentes ao nosso fazer docente; construindo e desconstruindo conceitos que, tradicionalmente, atravessam o cotidiano escolar há algum tempo. O que objetivamos através deste trabalho é discutir e analisar princípios norteadores em nosso grupo de pesquisa. Os princípios mencionados anteriormente se referem aos conceitos de experiência, narrativa, coletivos, alfabetização e professora como pesquisadora. Para tanto, dialogamos com os construtos de Paulo Freire (1996) e Jorge Larossa (2002). Palavras-chave: Alfabetização – Intercâmbio – Narrativa. Referências Bibliográficas BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

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DESENVOLVIMENTISMO E PESQUISA EDUCACIONAL NO BRASIL: DÉCADAS DE

1950 E 1960

Alexandre Augusto e Souza UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

A temática que apresentamos trata da pesquisa educacional no Brasil. Especificamente dialogaremos sobre certos aspectos que identificamos, na trajetória dessa pesquisa, nos anos de 1950 e 1960, tendo o contexto desenvolvimentista no horizonte da atividade de pesquisa educacional. Nosso objetivo é propor uma discussão sobre a pesquisa educacional no Brasil considerando certos aspectos de época, que influenciaram na atividade de pesquisa educacional. É uma pesquisa bibliográfica e tem como base, textos de Florestan Fernandes e de Anísio Teixeira contribuintes para a temática da pesquisa educacional no país. Argumentamos que o desenvolvimento da atividade de pesquisa educacional foi, ora amparada por discursos contendo ideários de progresso e modernização, ora amparada por discursos que ressaltavam o trabalho de pesquisa, a partir de parâmetros científicos. PALAVRAS-CHAVE: Educação- Pesquisa - Desenvolvimentismo.

Referências Bibliográficas

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES: ESTRATÉGIAS E PRÁTICAS METODOLÓGICAS

PARA O ENSINO DE SURDOS

Ezer Wellington Gomes Lima

PROPED-UERJ

Adelson Dias de Oliveira

PROPED-UERJ

A pesquisa enfoca a formação dos alunos do curso de Pedagogia para o ensino de surdos, tendo como objetivo principal, a reflexão sobre a importância da disciplina de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS na formação docente. Igualmente, visa apresentar sua colaboração parapensar estratégias metodológicas direcionadas ao indivíduo surdo inserido no âmbito escolar inclusivo. Vale ressaltar que, por muito tempo, tem-se feito tentativas educacionais fracassadas para que surdos alcancem o mesmo desempenho que ouvintes da mesma faixa etária ou do mesmo grau escolar, seja na escola, na sociedade ou profissionalmente. Atualmente, a proposta defendida no Brasil, no que diz respeito à educação inclusiva dos surdos, é o bilinguismo, que, por definição, se trata do uso de duas línguas distintas no contexto escolar: Libras como L1 e Língua Portuguesa como L2. Quanto aos procedimentos metodológicos, foram ouvidos alunos do 4º ano de Pedagogia de uma determinada universidade pública (2012), os quais responderam a um questionário aberto com perguntas referentes à disciplina de Libras, relacionadas diretamente à formação docente junto ao processo de ensino e aprendizagem da língua de sinais, às dificuldades e/ou facilidades encontradas no decorrer da disciplina, assim como a sugestões para um melhor aprendizado desta língua. Por meio das declarações obtidas, foi possível refletir acerca da importância do aprendizado da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS na graduação e o quanto a comunicação gestual auxilia, de forma direta, os profissionais da educação para um trabalho com surdos, a fim de melhores resultadosescolares.

Palavras-chave: Libras. Ensino Superior. Formação de professores.

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MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO COMO PREMISSA PARA A

PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE

Amanda Moreira da Silva PROFESSORA ASSISTENTE

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA – CAP-UERJ DOUTORANDA EM EDUCAÇÃO - UFRJ

O presente artigo irá contextualizar os princípios de valorização do profissional do magistério público, inscrito na Resolução nº2/2015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada, de 2015. O objetivo será analisar a valorização do magistério conforme esta Resolução reconhecendo a materialidade das políticas em curso, que vem gerando uma metamorfose no mundo do trabalho docente nas redes municipais e estaduais de ensino. Nossa análise terá como pano de fundo a atual conjuntura de privatização e mercantilização da educação pública, via terceirização e flexibilização do trabalho docente, mediante o recorte teórico-metodológico do materialismo histórico-dialético operado por Antonio Gramsci. Nesse sentido, iremos confrontar os princípios postos na Resolução nº2/2015, com a atual conjuntura de precarização do trabalho docente que indicam um novo formato de “regime de colaboração com o empresariado”, cujo objetivo é imprimir nas instituições de ensino públicas o ethos empresarial e o trabalho flexível.

Palavras-chave: trabalho docente, precarização, empresariamento.

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NÃO É SÓ NA ESCOLA QUE SE EDUCA .... NOS LUGARES DE MEMÓRIA TAMBÉM

SE EDUCA !

Helena Maria Marques Araújo

CAp- UERJ

“Tal como a educação, as outras instâncias culturais também são pedagógicas, também têm uma “pedagogia”, também ensinam alguma coisa. Tanto a educação quanto a cultura em geral estão envolvidas em processos de transformação da identidade e da subjetividade.” (Silva, 1999, p.139)

Este texto é uma reflexão sobre a assertiva de que toda a cultura é pedagógica, ou seja, ensina alguma coisa e toda pedagogia é cultural, ou seja, é fruto de um contexto histórico específico (SILVA, 1999). Sendo assim, fiz um recorte teórico e metodológico em minha pesquisa de doutoramento e analiso os conceitos de educação formal, não formal e informal relacionando-os aos “lugares de memória” (NORA, 1993). Estes teriam o intuito de fortalecer identidades culturais através da construção da(s) memória(s) e da ressignificação da história, como no caso dos museus – quer clássicos, ecomuseus ou museus comunitários.

Podemos situar nossa pesquisa no âmbito do interesse recente pelos museus como espaços de representação do outro e de grande potencial educativo, ou pedagógico, como preferem denominar alguns pensadores; além de serem aqueles, guardiões e divulgadores de culturas e ideologias de grupos sociais específicos. Tentaremos entender a missão educativa dos museus (Appadurai e Breckenridge, 2007) e dos “lugares de memória” em geral.

Palavras-chave: espaços educativos não formais - “lugares de memória” - museus

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O CAP-UERJ E A EDUCAÇÃO INTEGRAL- REFLEXÕES SOBRE O ESPAÇO E O

TEMPO ESCOLAR

Helena Maria Alves Moreira1

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Mônica Regina Ferreira Lins2

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

A pesquisa tenciona analisar a trajetória dos sujeitos que frequentam o horário ampliado e possíveis parâmetros de Educação Integral no Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira – CAp-UERJ, refletindo sobre a vida em comunidade de crianças, jovens e os profissionais adultos. É importante salientar o termo “infâncias” no plural ao invés de “infância” no singular, no sentido da construção de uma identidade para os sujeitos onde a Instituição Escolar no qual estão inseridos possa lhes proporcionar uma Educação Integral na totalidade do seu termo. Cabe refletir que uma Instituição de Ensino que propõe a presença do aluno em tempo ou horário ampliado não necessariamente está proporcionando aos sujeitos uma educação que esteja inserida no contexto sócio-histórico social como sendo uma Educação Integral idealizada por educadores como, por exemplo, Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e Paulo Freire. A Educação Integral se caracteriza pela ideia de uma formação “mais completa possível” para o ser humano. Na perspectiva humanística da educação como formação integral devemos compreender e significar o processo educativo, como condição para a ampliação do desenvolvimento humano. As Políticas Públicas sobre a Educação Integral que foram propostas pelo Ministério da Educação antes do que muitos consideram um golpe parlamentar que conduzir Michel Temer à presidência, não tratavam apenas do desenvolvimento intelectual dos sujeitos, mas também do seu aspecto físico, do cuidado com sua saúde, respeitando os direitos humanos das crianças e dos adolescentes, para que esses pudessem se tornar cidadãos criativos e participantes, conscientes de suas responsabilidades e direitos, capazes de contribuir com a promoção da cidadania.

Palavras-chave: Educação Integral – Políticas Públicas - Infâncias.

Referências Bibliográficas BRASIL. Site: Portal da Educação. Educação Integral. Disponível em: http://educacaointegral.mec.gov.br/. Acesso em: 25/09/2016. BRASIL. Ministério da Educação. Texto referência para o debate nacional. Educação Integral. Série Mais Educação. Brasília, 2009. Disponível em: http://educacaointegral.mec.gov.br/. Acessado em: 27/09/2016.

1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica – PPGEB-CAp-UERJ.

2 Professora Adjunta do Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira – CAp-UERJ e do

PPGEB.

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O CURRÍCULO DE HISTÓRIA DA ESCOLA DO CAMPO E SEU REFLEXO NA

FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DISCENTE

Jéssica de Medeiros Gondim Programa de pós-graduação em Ensino em Educação Básica – CApUerj; Professora da

Prefeitura Municipal de Barra Mansa

Patrícia Ferreira de Souza Lima Professora EBTT do Cefet-RJ

Esta comunicação apresenta as primeiras reflexões do projeto de pesquisa a ser defendido pelo PPGEB do CAp-Uerj, que pretende analisar a relação entre o currículo, a realidade e suas implicações na formação da identidade do alunado do campo. Como objeto de estudo específico, teríamos o currículo de História do 7º ano de escola no interior do Rio de Janeiro. Pensando o campo como uma realidade onde seus sujeitos, histórias e aprendizados são peculiares, a questão que norteia o trabalho é a defesa de um currículo estruturado construído a partir da realidade do educando, para a formação da sua identidade. A pesquisa buscará refletir sobre a mútua relação entre o que se aprende e o que se vivencia, assim como buscará discutir se o currículo hoje implementado é empoderador ou afirmador dos estereótipos existentes. Por fim, apresentaremos uma proposta de produto desta pesquisa, que busca, no âmbito ‘das artes de fazer’ dos professores, trabalhar diversas questões identitárias através do recurso da fotografia em mídias móveis.

Palavras-chave: Escola do Campo - Currículo - Identidade.

Referências bibliográficas ALTHUSSER, Louis. Ideologia e Aparelhos ideológicos de estado. Lisboa: Presença 1970.

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O JOGO LÚDICO COOPERATIVO E A SOCIOLOGIA: CONTRIBUIÇÕES

Rodrigo de Souza Pain Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Trabalho pretende apontar a importância do jogo cooperativo nas abordagens de conteúdo sobre a disciplina de Sociologia. Para isso alunos e o professor criaram um jogo de tabuleiro, com obstáculos a serem ultrapassados, e, ao longo da recreação, questões envolvendo problemas locais, possíveis soluções, mensagens de estímulos e reflexões sociológicas são trabalhados ao longo da atividade. A finalidade também foi levantar a auto-estima e buscar a confiança mútua entre os alunos, já que o jogo cooperativo procura a participação de todos, com solidariedade e colaboração e sem exclusão.

Palavras-chave: Cooperação; Jogo lúdico; Sociologia; Desenvolvimento local; Problemas sociais.

Referências bibliográficas BOURDIEU, Pierre. La Sociologia es uma ciência?. In: La recherche, n. 331, 2000. BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar. São Paulo: Cepeusp, 1995 / Santos: Projeto Cooperação, 1997. GALLO, Sílvio. “Anarquismo e educação: os desafios para uma pedagogia libertária hoje”. Revista Ciências Sociais, Política e Trabalho, n.36, UFPB, 2012. HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. O jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva 2007. MORAES, Amaury César e GUIMARÃES, Elisabeth da Fonseca. “Metodologia de Ensino de Ciências Sociais: relendo as OCEM – Sociologia”. Coleção explorando o Ensino. Ministério da Educação, Brasília, 2010. MILLS, C. Wright. A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. MORGENSTERN, Oskar e NEUMANN, Jonh Von. Theory of games and Economic behavior. Princeton, NJ, Princeton University Press, 1944. OLIVEIRA, Afrânio da Silva e PAIN, Rodrigo de Souza. “Reflexões acerca do ensino da Sociologia: debatendo as OCN – Sociologia e a formação docente”. Revista E-Mosaicos. Revista Multidisciplinar de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura. CAp/UERJ, Rio de Janeiro, V.1, N.2, Dez.,2012. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO. Jogos cooperativos – Se competir é importante, cooperar é essencial. Prefeitura de Santos, 2005. TOMAZZI, Nelson Dacio. “Conversa sobre Orientações Curriculares Nacionais (OCNs)”. Revista Cronos, UFRN, v.8, n.2, Natal, jul/dez, 2007.

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O TRABALHO DOCENTE EM UM COTIDIANO ESCOLAR DE ACELERAÇÃO:

REFLEXÕES E MOVIMENTOS INICIAIS.

Andressa Batista Coelho

INSTITUTO DE HISTÓRIA/UFRJ

Dandara Ribeiro Pinto

FACULDADE DE LETRAS/UFRJ

Débora Dias de Oliveira

FACULDADE DE EDUCAÇÃO/UFRJ

Franco Gomes Biondo

INSTITUTO DE BIOLOGIA/UFRJ

Rachel Gercina de Sousa Moreira

FACULDADE DE EDUCAÇÃO/UFRJ

Thays Merolla Piubel

INSTITUTO DE HISTÓRIA/UFRJ

Graça Regina Franco da Silva Reis

COLÉGIO DE APLICAÇÃO/UFRJ

Renata Lucia Baptista Flores

COLÉGIO DE APLICAÇÃO/UFRJ

O artigo tem por objetivo compartilhar a experiência do grupo de pesquisa e extensão Conversas entre Professorxs: Alteridades e Singularidades – ConPAS, formado por docentes do CAp/UFRJ e graduandos de diversas licenciaturas da UFRJ. A partir de nossa vivência em uma escola municipal da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, intentamos apresentar nossa atuação, refletindo sobre os impactos dessa experiência em duas perspectivas: o da formação docente, inicial e continuada; e o das práticas escolares cotidianas. O grupo tem acompanhado uma turma do projeto Acelera Brasil, elaborado pelo Instituto Ayrton Senna, e o presente texto é o primeiro exercício de elaboração teórica do que tem sido experienciado. Tecemos considerações acerca da efetividade desse modelo de educação pautado na centralidade do material didático, avaliando de que maneira essa conjuntura repercute na autonomia docente e nos sujeitos-alvo dessa política, os estudantes, reforçando a identidade do fracasso escolar.

Palavras-Chave: Acelera Brasil; Autonomia docente; Fracasso escolar.

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PARTICIPAÇÃO POPULAR E INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PESQUISA

EDUCACIONAL NO BRASIL

Alexandre Augusto e Souza UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

O tema deste trabalho trata sobre a institucionalização da pesquisa educacional no Brasil. Especificamente refere-se à participação popular no processo de institucionalização dessa pesquisa. Temos o objetivo de discutir, no processo de institucionalização da pesquisa educacional, o modo que se constituiu a participação popular nesse processo. É uma pesquisa bibliográfica e tem Florestan Fernandes como referencial para essa discussão. Argumentamos que a participação popular, nos processos de institucionalização no Brasil ocorreram de modo consentido, sem que essas mesmas mobilizações ganhassem um caráter institucional. Participação popular realizada em um contexto de inserção do país no sistema capitalista em expansão e contou com o estímulo à mesma participação, com vista a viabilização de um novo sistema econômico e político em mudanças no país.

Palavras-chave: Educação – Pesquisa - Institucionalização.

Referências Bibliográficas

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PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS: O QUE É

NORTEADO E O QUE É PRATICADO SOBRE A FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO

DOCENTE EM TRÊS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Caroline Vieira de Campos Gonzalez dos SANTOS PPGEB CAp UERJ

Marcelle Martins Costa do Nascimento de AGUIAR

PPGEB CAp UERJ

Rafael Silva BRITO PPGEB CAp UERJ

Reconhecendo o Plano Nacional de Educação como documento norteador que se organiza em compromissos a serem assumidos em âmbito nacional e ainda, que as metas estabelecidas neste documento fazem parte de um projeto de educação que convém e deveria mobilizar toda a sociedade mas que, em sua maior parte, agrupam-se em temas incluídos em políticas internacionais que, muitas vezes, apresentam-se a realidade brasileira de forma genérica e ilusória. E, considerando que as metas voltadas a formação e valorização docente presentes neste documento tem suscitado discussões sobre os interesses divergentes que fragilizam a carreira docente, este artigo tem por objetivo analisar as metas 15, 16, 17 e 18 que se voltam a questão da formação e valorização docente contidas no Plano Nacional Educação 2014-2024. Para tanto, buscou-se no primeiro momento, um estudo sobre o referido Plano Nacional de Educação em análise comparativa ao PNE 2001-2011, em seguida, uma análise comparativa entre as metas nacionais e estaduais a fim de perceber as congruências e/ ou as divergências e, por fim, como forma de perceber a relação entre o que é norteado e o que é praticado, realizou-se uma pesquisa de dados em três municípios do Estado do Rio de Janeiro a fim de confrontar diferentes olhares sobre a formação e valorização docente na elaboração de tais metas.

Palavras-chave: Plano Nacional de Educação - Políticas Públicas - Formação e Valorização Docente

Referências Bibliográficas BRASIL. Lei 11.738, de 16 de julho de 2008, que institui o piso salarial para profissionais do magistério. _______. Plano Nacional de Educação. PNE 2014-2024. Linha de Base. INEP. Ano 2015. Disponível em: http://www.publicacoes.inep.gov.br/portal/download/1362 _______. Plano Nacional de Educação 2001-2011. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/L10172.pdf

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_______. Plano Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro 2014-2024 _______. Prefeitura Municipal de Itatiaia. Plano Municipal de Educação 2014-2024. Ano 2015. Disponível em: http://www.itatiaia.rj.gov.br/arquivos/leis/69/69_0912201511073018.pdf ______. Prefeitura Municipal de Belford Roxo. Plano Municipal de Educação 2014-2024. Ano 2015. Disponível em: http://prefeiturabelfordroxo.com.br/ ______. Prefeitura Municipal de Magé. Plano Municipal de Educação Decenal 2014-2024. Ano 2015. ______. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ferramenta Cidades. Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php _______. MEC – Ministério da Educação. Painel de Indicadores de Ações e Programas. Disponível em: http://painel.mec.gov.br/ LIBÂNEO, José Carlos. Internacionalização das Políticas Educacionais: elementos para uma análise pedagógica de orientações curriculares para o Ensino Fundamental e de propostas para a Escola Pública. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, julho, 2013. SAVIANI, Dermeval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. Revista Brasileira de Educação v. 14 n. 40 jan./abr. 2009. SCHEIBE, Leda. Valorização e Formação dos Professores para a Educação Básica: questões desafiadoras para um novo Plano Nacional de Educação. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 112, p. 981-1000, jul.-set. 2010.

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POBREZA E ASSISTÊNCIA SOCIOEDUCACIONAL NO MUNICÍPIO DE SÃO

GONÇALO: MEMÓRIAS DE UM DISCURSO “OFICIAL”

Lara Cristina Veiga Bernardo [email protected] , UERJ / FFP

Arthur Ferreira Viana [email protected], UERJ/FFP

O presente trabalho, parte do Projeto de Extensão “Fora da Sala de aula: formações, representações e práticas educativas não escolares e atividades extracurriculares em São Gonçalo” da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, tem como objetivo relatar a constituição das instituições educativas não escolares das décadas de 1930 a 70 no município de São Gonçalo. Para a reconstituição destes espaços de memória socioeducativas foram utilizados os discursos existentes no Jornal “O São Gonçalo” sobre as práticas sociais, assistenciais e educacionais, existentes na sociedade da época e sua relação com as camadas empobrecidas. Como considerações parciais descobrimos que os discursos até o início da década de 1940 eram ainda muito pautados nas lógicas cristãs, sendo as principais iniciativas sociais e educativas de matrizes religiosas. Estas características começaram a mudar a partir da década de 1940, sendo o discurso positivista o principal e as iniciativas estatais as mais destacadas.

Palavras-chave: Pedagogia Social – Pobreza – Representações.

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POLÍTICA DE EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL NO MUNICIPIO DO RJ

Flávia Silva Martins UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO

A ampliação do tempo escolar toma forma legal a partir da Lei n. 9394/96 que se prevê o progressivo aumento do tempo escolar nos municípios brasileiros em seu artigo de n. 34 e n. 87. Em 2014, o tempo integral foi posto como meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que o prevê em pelo menos 50% das escolas públicas brasileiras, atendendo a 25% dos alunos da educação básica (Lei n. 13.005/14) e o estabelece na estratégia 6.1 em 7 (sete) horas diárias minimas durante o ano letivo. Considerando as exigências legais para ampliação do tempo escolar no país, o presente estudo objetiva analisar o texto - e o contexto - da política de educação em tempo integral da rede de ensino pública da cidade do Rio de Janeiro. Para isso, nos pautamos em estudos teórico-bibliográficos de MAURÍCIO (2009), COELHO (2009) e CAVALIERE (2002, 2007, 2009) e pesquisa documental dos textos legais e/ou oficiais sobre a implantação do turno único nesta rede de ensino, expressos na Lei 5.225/10 e nas Resoluções 1.178/2012 e 1.317/2014. Este estudo é de extrema relevância, pois contribui para as atuais pesquisas em políticas educacionais em tempo integral e para o debate sobre arranjos espaço-temporais educativos possíveis e/ou desejáveis para as redes de ensino do país.

Palavras-chave: política educacional – tempo escolar – tempo integral

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PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO. Dispõe sobre a implantação de turno único no ensino público rede pública municipal nas escolas da rede pública municipal: Lei municipal nº 5.225/2010. Rio de Janeiro: 2010.

____________________________.Estabelece a Matriz Curricular para o Ensino Fundamental da Rede Pública Municipal de Ensino da Cidade do Rio de Janeiro e dá outras providências: Resolução SME Nº 1178 , de 02 de fevereiro de 2012. Rio de Janeiro: 2010. Disponível em http://doweb.rio.rj.gov.br/ler_pdf.php?edi_id=1657&page=16 Acesso em 10.set.2016

_____________________________Estabelece a Matriz Curricular para o Ensino Fundamental da Rede Pública Municipal de Ensino da Cidade do Rio de Janeiro, dispõe sobre a estrutura de atendimento, organização de turmas e horário de funcionamento das Unidades Escolares, e dá outras providências: Resolução 1.317 de 28 de outubro de 2014. Rio de Janeiro: 2014. Disponível em < http://doweb.rio.rj.gov.br/ler_pdf.php?edi_id=2583&page=14> Acesso em 10.set.2016

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POLÍTICA NACIONAL DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: CAMINHOS POSSÍVEIS

Rute da Silva

Universidade Federal de Santa Catarina

O presente trabalho consiste em analisar a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica (PONAFOR) implementada no Estado de Santa Catarina nos anos de 2014 a 2016. Para compreensão deste processo utilizar-se-á a abordagem do “ciclo de políticas” de STEPHEN BALL e RICHARD BOWE. Esta abordagem destaca a natureza complexa e controversa da política educacional, enfatiza os processos micropolíticos e a ação dos profissionais que lidam com as políticas no nível local e indica a necessidade de se articularem os processos macro e micro na análise de políticas educacionais. Ademais, objetiva-se ampliar o entendimento das questões legais, acerca da Política Nacional de Formação Inicial e Continuada de Profissionais da Educação Básica, seus processos de implantação e implementação nas redes públicas de educação catarinenses e suas relações envolvendo Ensino Superior e Educação Básica.

Palavras-chave: Política Educacional, Formação dos Profissionais do Magistério da Educação Básica, Ensino Superior e Educação Básica.

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BRASIL. Ministério da Educação. Portaria no 1.328, de 23 de setembro de 2011. Institui o Comitê Gestor da Política Nacional de Formação Inicial e Continuada de Profissionais

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SOBRE NÓS, MULHERES NEGRAS NA ESCOLA: UM ESTUDO SOBRE RELAÇÕES

RACIAIS E PERSPECTIVA DECOLONIAL DE EDUCAÇÃO

Célia Regina Cristo de Oliveira PPGEB/CAP-UERJ/ SME - DUQUE DE CAXIAS

José Roberto da Silva Rodrigues PPGEB/CAP-UERJ

Este trabalho é um recorte da pesquisa de Mestrado Profissional em Ensino de educação Básica, situada no âmbito das relações raciais e de gênero, trazendo experiências do cotidiano escolar de mulheres negras professoras da rede municipal de ensino em Duque de Caxias, de caráter etnográfico e autobiográfico. As experiências escolares são retratadas, a partir de vivências e do desenvolvimento de práticas emancipatórias (no sentido de pensar possibilidades e alternativas outras ao status quo) no campo dos direitos humanos e mais detidamente, na temática das relações raciais visando o empoderamento de sujeitos, especificamente, os estudantes negros. Esta pesquisa permitiu à observação e construção de práticas efetivas na melhoria da qualidade em ensino de educação básica, sobretudo apoiadas na educação e formação em relações raciais, dirigidas a superação dos efeitos sentidos de colonialidade.

Palavras-chave: Autobiografia - Relações Raciais - Mulheres Negras.

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UM ESTUDO SOBRE A ESCRITA DE SURDOS EM PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Ezer W. Gomes Lima UNIVASF/PROPED-UERJ

CANCIONILA J. CARDOSO UFMT/PPGEDU

Em virtude ao enredamento que cerca o ensino da língua oral para surdos, a pesquisa teve como objetivo analisar o processo de apropriação da escrita percorrido pela criança surda, inserida na escola regular, em fase de alfabetização. Nesse contexto, foi necessário apurar o olhar para as ações praticadas em sala de aula/escola que permitem ao aluno surdo se apropriar da língua escrita, bem como as condições em que suas necessidades linguísticas são atendidas no contexto social e escolar. A partir da questão central de pesquisa e dos objetivos propostos, foi necessário focalizar o contexto escolar, as interações e o desempenho na língua portuguesa escrita de aprendizes surdos, buscando os dados regulares e os singulares manifestados pelos sujeitos envolvidos. O enfoque adotado nesta pesquisa é, então, de ordem qualitativa – interpretativa, por centrar-se na produção de interpretações de dados contextualizados e por ser o método que mais responde à abordagem teórico-epistemológica adotada. Dessa meneira, foi possível constatar as dificuldades vivenciadas por crianças surdas em sala de aula, sobretudo pela falta de suporte teórico-metodológico que priorize a escolarização destes alunos em processo de alfabetização, incluídos na escola regular. Mesmo diante da tentativa dos professores em ensiná-los, ainda existem barreiras que dificultam o apropriar-se da língua escrita, uma vez que todas as crianças, não excetuando as surdas, necessitam de conhecimento de mundo para que possam (re)contextualizar o escrito e, consequentemente, derivar o sentido.

Palavras-chave: Surdez - Alfabetização- Apropriação da escrita.

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