9
XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015 Música e arquitetura: relação compositiva Autor 1 (Rodrigo da Cruz Noronha) Titulação (Mestrando em Arquitetura e Urbanismo) Instituição de origem (UniRitter Laureate International Universites) Endereço eletrônico ([email protected]) Resumo: A música já foi definida por Goethe e Schopenhauer, ambos músicos e compositores, como sendo a arquitetura petrificada. Este artigo busca, através do auxílio de bibliografias e iconografias, perceber os elementos compositivos da arquitetura e da música que se relacionam como, por exemplo, a relação entre os espaçamentos de colunas e esquadrias de uma obra arquitetônica, com uma pauta musical e as notas descritas nela, assim como observar os elementos descritos na arquitetura que são originalmente emprestados da música. A arquitetura desde a antiguidade busca paradigmas de relações, proporções, entre outros fatores a serem seguidos, para que o observador tenha, de forma fácil, a compreensão dos elementos compositivos da obra observada e ainda fazer com que o todo seja esteticamente belo. Com objetivo semelhante, a música traz regras e estas regras têm intenção de fazer com que a pessoa ao escutá-la tenha clareza dos elementos que a constitui, mesmo sem conhece-los tecnicamente, como, harmonia, ritmo, intensidade entre outros, e por fim este conjunto formar uma bela música ou canção. Diversos músicos são arquitetos ou estudaram arquitetura, este fato talvez ajude explicar parte desta relação existente. 1: Introdução A relação entre música e arquitetura vai ao encontro de elementos, teorias e curiosidades. Através da comparação entre obras conhecidas de arquitetura e paradigmas musicais, perceberemos momentos racionais destas relações e outros que precisam ser buscados, descoberto/s, pois parecem abstratos, mas estão lá, fazendo com que as pessoas ao observá-los sintam a perfeita composição e entrelaçamentos destas duas áreas do conhecimento. Música e arquitetura têm um encontro tão forte que em ambas não é possível simplesmente pegar uma teoria, estudá-la e ser um expert na área. Para ser músico, além da teoria é necessário apanhar um instrumento e estudar a prática, depois se manter ativo, pois sem prática o conhecimento vai se perdendo. Da mesma forma, para ser arquiteto é necessário projetar, desenhar, conhecer arquiteturas. Não é possível ficar dez anos estudando toda teoria e história da arquitetura e por fim se tornar um arquiteto, mas se trata de pegar um papel, um lápis e esboçar arquitetura até conseguir desenvolver um projeto. João Sacramento Neto, compositor musical Brasileiro, definiu música como sendo a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante o som. Grande parte das pessoas que se dedicam a aprender música de forma teórica, aprendem, como primeira teoria, a definição de música do Neto. Em contraponto, se perguntarmos para iniciantes do curso de arquitetura o que é

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq ... · desenho de fachada pode lembrar a um teclado de um piano (figura 2), este por sua vez tem os cheios (teclas brancas),

  • Upload
    ngodiep

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

Música e arquitetura: relação compositiva Autor 1 (Rodrigo da Cruz Noronha) Titulação (Mestrando em Arquitetura e Urbanismo) Instituição de origem (UniRitter Laureate International Universites) Endereço eletrônico ([email protected])

Resumo: A música já foi definida por Goethe e Schopenhauer, ambos músicos e compositores, como sendo a arquitetura petrificada. Este artigo busca, através do auxílio de bibliografias e iconografias, perceber os elementos compositivos da arquitetura e da música que se relacionam como, por exemplo, a relação entre os espaçamentos de colunas e esquadrias de uma obra arquitetônica, com uma pauta musical e as notas descritas nela, assim como observar os elementos descritos na arquitetura que são originalmente emprestados da música. A arquitetura desde a antiguidade busca paradigmas de relações, proporções, entre outros fatores a serem seguidos, para que o observador tenha, de forma fácil, a compreensão dos elementos compositivos da obra observada e ainda fazer com que o todo seja esteticamente belo. Com objetivo semelhante, a música traz regras e estas regras têm intenção de fazer com que a pessoa ao escutá-la tenha clareza dos elementos que a constitui, mesmo sem conhece-los tecnicamente, como, harmonia, ritmo, intensidade entre outros, e por fim este conjunto formar uma bela música ou canção. Diversos músicos são arquitetos ou estudaram arquitetura, este fato talvez ajude explicar parte desta relação existente.

1: Introdução A relação entre música e arquitetura vai ao encontro de elementos,

teorias e curiosidades. Através da comparação entre obras conhecidas de arquitetura e paradigmas musicais, perceberemos momentos racionais destas relações e outros que precisam ser buscados, descoberto/s, pois parecem abstratos, mas estão lá, fazendo com que as pessoas ao observá-los sintam a perfeita composição e entrelaçamentos destas duas áreas do conhecimento.

Música e arquitetura têm um encontro tão forte que em ambas não é possível simplesmente pegar uma teoria, estudá-la e ser um expert na área. Para ser músico, além da teoria é necessário apanhar um instrumento e estudar a prática, depois se manter ativo, pois sem prática o conhecimento vai se perdendo. Da mesma forma, para ser arquiteto é necessário projetar, desenhar, conhecer arquiteturas. Não é possível ficar dez anos estudando toda teoria e história da arquitetura e por fim se tornar um arquiteto, mas se trata de pegar um papel, um lápis e esboçar arquitetura até conseguir desenvolver um projeto.

João Sacramento Neto, compositor musical Brasileiro, definiu música como sendo a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante o som. Grande parte das pessoas que se dedicam a aprender música de forma teórica, aprendem, como primeira teoria, a definição de música do Neto. Em contraponto, se perguntarmos para iniciantes do curso de arquitetura o que é

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

arquitetura, é possível que surja um momento vazio, pensativo e algum dos alunos vai tentar uma definição por impulso. Mas então o que pode fazer com que música e arquitetura tenham esta relação que vem sendo estudada por tanto tempo? Talvez por existirem conexões artísticas de criação, ambas estão dentro das artes, podem ser compostas por “n” possibilidades, mexem com a imaginação do usuário e do criador.

Arquitetura e música têm uma ligação íntima, às vezes, despercebida, mas no simples fato de lermos termos musicais como, abertura, acústica, altura, compasso, composição, escala, harmonia, ritmo, textura e variação, podemos perceber afinidades diretas. Com dedicação encontramos conexões mais imaginárias onde se procura montar relações, uma pauta musical é composta por cinco linhas e quatro espaços, ainda existem as linhas e espaços complementares que podem tornar a extensão musical quase infinita. Dentro destas são distribuídas as notas e todas as simbologias necessárias à música que quando tocadas formam um conjunto chamado melodia, harmonia e ritmo. Para arquitetos esta argumentação de uma pauta musical poderia se tornar um lançamento de partido para um projeto.

O tratado de arquitetura de Vitrúvio fala do arquiteto como tendo necessidade de obter os mais diversos conhecimentos sobre as ciências e artes, incluindo a arte da música no seu “repertório” profissional. Falar de música na arquitetura é uma necessidade, pois Vitrúvio foi um dos primeiros teóricos no assunto, sendo que viveu a mais de dois mil anos. Diversos outros autores e stararchitects falaram e teorizaram sobre isso, e essa temática continua instigando na atualidade.

Talvez por ironia do destino, diversos músicos famosos estudaram arquitetura, a maioria não finalizou a graduação, mas alguns comentam em entrevistas e em suas músicas esta relação. No documentário Chico e as Cidades, Chico Buarque compara Tom Jobim e Oscar Niemeyer "quando minha música sai boa, penso que parece música de Tom Jobim. Música de Tom, na minha cabeça, é casa de Oscar." Chico iniciou o curso de arquitetura na USP, mas não o finalizou. Humberto Gessinger, vocalista dos Engenheiros do Hawaii, utilizava do nome da banda como uma sátira aos alunos do curso de engenharia, pois ele era estudante de arquitetura na UFRGS e também não finalizou a graduação, devido ao sucesso da banda. A lista de músicos que tem relação com arquitetura é extensa, Hebert Vianna, Fernanda Abreu, a banda Pink Floid, entre outros.

2: Arquitetura e música como profissão

Para ser um músico é importante ser apaixonado pela música, pois é preciso dedicação, disposição e estudar bastante. Um músico não é obrigado a fazer faculdade, vez que é possível aprender através de instrutores musicais e escolas de música, mas para quem deseja ter um diploma de músico, este sim

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

precisa ingressar em uma faculdade de música. A graduação como músico demora em média quatro anos, este pode escolher por licenciatura, se vai dar aula de música ou bacharelado em instrumentos. (SANTOS, 2015)

No ano de 2008 se tornou obrigatório o ensino de música nas escolas Brasileiras, fato que aquece o mercado e também faz com que as pessoas possam buscar uma nova opção de trabalho. Quem estuda música pode atuar em diversos segmentos como canto, composição, ensino, instrumento, pesquisa e regência. (EDITORA ABRIL, 2015)

Na arquitetura entende-se Vitrúvio como sendo o primeiro arquiteto, pois ele se dedicou a estudar e escrever sobre a profissão e sobre técnicas arquitetônicas. Vitrúvio diz que o Arquiteto deve ter conhecimentos sobre as mais diversas ciências e artes, geometria, história, matemática, música, medicina e astronomia. Fala ainda que para produzir uma boa arquitetura é preciso se preocupar com três princípios, Utilitas (comodidade e função); Firmitas (resistência) e Venustas (beleza). (NORONHA, 2013)

Em 1933 a profissão arquiteto foi regularizada no Brasil através do sistema Confea-Crea e em 2010 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona a lei que cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) atual órgão que regulamenta os arquitetos no Brasil. (MELLO, 2013)

Em Julho de 2013 o CAU publicou a resolução n°51, que define as atividades exclusivas que só podem ser realizadas por arquitetos e urbanistas. Dentre as atribuições exclusivas estão: projeto arquitetônico de edificação ou de reforma, relatório técnico referente a memorial descritivo, caderno de especificações e de encargos e avaliação pós ocupação, projeto urbanístico e de parcelamento do solo mediante loteamento, projeto de sistema viário urbano, coordenação de equipes de planejamento urbano ou de regularização fundiária, projeto de arquitetura de interiores, projeto de arquitetura paisagística, direção, supervisão e fiscalização de obras referentes à preservação do patrimônio histórico, cultural e artístico, projetos de acessibilidade, iluminação e ergonomia em edificações e no espaço urbano.

Certo é que em ambas as profissões, músico e arquiteto, é preciso muita dedicação e vocação para desenvolver um bom trabalho, não podemos esquecer que a pratica é essencial.

3: A música na arquitetura

Assim como a música, arquitetura também é arte e o Dicionário Michaelis define arquitetura como sendo a arte de projetar e construir prédios, edifícios ou outras estruturas; arquitetônicas.

Arquitetura e música têm diversos pontos de relação, em termos ou por suas formas de composição. Na obra do arquiteto Kengo Kuma (figura 1), é possível observar na fachada linhas, cheios e vazios que seguem um ritmo alternado, mas que para o observador é agradável e de fácil leitura. Este

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

desenho de fachada pode lembrar a um teclado de um piano (figura 2), este por sua vez tem os cheios (teclas brancas), vazios (teclas pretas) e as linhas são os espaçamentos entre as teclas.

Figura 1 Conservatório de música em Aix en Provence

FONTE: Archdaily, 2014.

Figura 2 Ejemplo de método Suzuki 1 para violín

FONTE: Clases de piano, 2014

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

Se observarmos a fachada oposta do mesmo edifício (figura 3), podemos ir além nesta analogia entre arquitetura e música, a fachada tem linhas horizontais bem marcadas e as esquadrias seguem em ritmo na parte superior, após descem na mesma linha vertical.

Figura 3 Conservatório de música em Aix en Provence

FONTE: Archdaily, 2014.

Em uma pauta musical (figura 4), as linhas são marcantes, entre elas

existe um espaço vazio em branco e tanto nas linhas quanto nos espaços é possível inserir notas musicais, estas representadas pelos pontos pretos ou circunferências.

Figura 4 Partituras

FONTE: Contrabaixo br, 2015.

Estas comparações e relações podem acontecer por um acaso

inconsciente e nos fazem acreditar que o encontro entre música e arquitetura realmente existe, seja ele proposto pelo autor ou aconteça mesmo sem haver intenção. O projeto acima citado é um conservatório de música, fato que pode ter aproximado ainda mais estas duas áreas das artes.

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

4: Termos musicais também utilizados na arquitetura

Na seção anterior falamos de relações que exigem uma busca comparativa do observador para encontrarmos, agora vamos falar das relações diretas, termos musicais que são aplicados na arquitetura.

ABERTURA: Peça que serve de introdução a uma ópera ou a outro tipo de composição ou espetáculo musical. (MELOTECA, 2015) Na arquitetura uma abertura pode ser uma janela, porta ou um simples vão entre um espaço e outro.

AUMENTO: Ampliação do valor de um fragmento tomado como antecedente. É um dos artifícios do contraponto. (MELOTECA, 2015) Aumento é sinônimo de ampliação que na arquitetura utilizamos para falar de uma parte a ser construída junto a outra já existente.

ESCALA. Sucessão dos sons de um modo ou de uma tonalidade. Ver Maior, Escala. (MELOTECA, 2015) Na arquitetura escala é uma relação entre a medida real e a medida reduzida, para poder ser representada em um projeto desenhado.

HARMONIA. Ciência da formação e encadeamento dos acordes que obedecem às leis da tonalidade. Têm nela papel fundamental o sentido da consonância (acordes perfeitos) e o da dissonância (acordes que exigem uma resolução e criam um dinamismo). (MELOTECA, 2015) Assim como na música uma harmonia significa que a música está agradável, compreensível para ouvir, na arquitetura harmonia quer dizer que a obra com uma boa relação entre os elementos que a compõe, tornado ela agradável visualmente.

MODULAÇÃO. Mudança de tom ao longo de um trecho. (MELOTECA, 2015) A Modulação é muito utilizada na arquitetura principalmente durante a graduação, ela é utilizada para criar uma regra de lançamento de projeto, fazendo com que tudo esteja dentro do modulo, logo fica um projeto de harmonia agradável. Nesta obra (figura 5) do Niemeyer podemos perceber modulação nas colunas e esquadrias.

Figura 5 Praça dos Três Poderes

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

FONTE: Portal da copa, 2014.

RITMO. Princípio de ordem e simetria em que se apresenta a sucessão de sons fortes e fracos. Em sentido lato, é a resultante, no tempo, da divisão simétrica de um todo em várias partes. (MELOTECA, 2015) O ritmo se apresenta com uma repetição, seja de elementos ou espaçamentos, o ritmo na arquitetura assim como na música pode sofrer variações. Na Villa Savoye (figura 6) de Le Corbusier podemos perceber um ritmo constante entre as colunas e uma variação de ritmo nas esquadrias.

Figura 6 Villa Savoye

FONTE: Cristina de Mello, 2013.

Os termos apresentados acima são alguns dos que têm a mesma

nomenclatura utilizada na arquitetura, ainda existem outros cuja nomenclatura não é igual, mas a definição tem intenções parecidas como Appoggiatura, que na música é uma nota fora do acorde e do compasso, mas que torna a música mais bela; na arquitetura existem os ornamentos, que não precisam ter uma função construtiva na edificação, mas deixam a arquitetura enfeitada. 5: Músicos famosos e arquitetura

É possível imaginar um projeto realizado pelo cantor Falcão? Estudar e trabalhar em arquitetura não é uma tarefa fácil, para confirmar isso basta perguntar para qualquer profissional ou estudante. O pensar arquitetura e o pensar música estão muito relacionados conforme observamos nos capítulos

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

anteriores e isso se afirma com mais intensidade quando descobrimos que diversos músicos e cantores conhecidos no Brasil e no mundo são arquitetos ou estudaram arquitetura. (BARATTO, 2015)

Falcão se formou técnico em edificações no ano de 1978, após cinco tentativas conseguiu ingressar no curso de arquitetura e se formou em 1988, chegou ter escritório por três anos, mas deixou tudo para seguir a carreira de músico e cantor. Chico Buarque estudou arquitetura na USP, mas não chegou a finalizar o curso. Arrigo Barnabé, músico e ator estudou arquitetura na USP, não concluiu o curso e mudou para estudar composição no departamento de música da universidade. Tom Jobim estudou arquitetura no mais antigo curso de arquitetura do Brasil na faculdade de arquitetura do Rio de Janeiro, Tom chegou a trabalhar em um escritório de arquitetura, mas não concluiu o curso e seguiu a carreira de músico. Herbert Viana líder da banda Paralamas do Sucesso estudou arquitetura na Federal do Rio de Janeiro. Humberto Gessinger líder dos Engenheiros do Hawaii, estudo arquitetura na UFRGS mas não chegou a terminar o curso. Guilherme Arantes estudou arquitetura na USP, mas no ano de 1976 abandou a faculdade e seguiu na carreira de cantor e compositor. (BARATTO, 2015)

Muitas estudantes já desistiram do curso de arquitetura, mas estes citados são alguns dos que desistiram no momento oportuno para se tornarem celebridades da música brasileira.

6: Conclusão

O arquiteto e o músico necessitam se dedicar nas suas profissões, das horas de estudo até desenvolver capacidade criativa, isto é um dos motivos que faz estas áreas do conhecimento serem tão próximas. Os termos musicais são fortemente utilizados na arquitetura e somente são percebidos quando entendemos um pouco das relações propostas por eles. Nem todo músico estudou arquitetura, mas diversos músicos que produzem música de qualidade estudaram arquitetura, logo a proximidade destas áreas do conhecimento é muito forte e assim como vem sendo pesquisada desde a antiguidade ela deve permanecer nos artigos, dissertações, teses e todas formas de conhecimento que a vida nos oferece.

7: Referências a)ARCHDAILY. Conservatório de música em Aix en Provence / Kengo Kuma and Associates. Archdaily, 2014. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/624020/conservatorio-de-musica-em-aix-en-provence-kengo-kuma-and-associates>. Acesso em: 10 jun. 2015. b)BARATTO, Romullo. Doze personalidades brasileiras que deixaram a arquitetura para trilhar outros caminhos. Archdaily, 2015. Disponível em:

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

http://www.archdaily.com.br/br/765809/personalidades-brasileiras-que-deixaram-a-arquitetura-para-fazer-sucesso. Acesso em: 14/06/2015 c)CLASES DE PIANO. Ejemplo de método suzuki 1 para violín. Clases de piano garraf, 2014. Disponível em: < http://clasesdepianogarraf.com/ejemplo-de-metodo-suzuki-para-violin/>. Acesso em: 10 jun. 2015. d)CONTRABAIXO BR. Partituras – introdução a leitura. Contrabaixo br, 2015. Disponível em: < http://www.contrabaixobr.com/t4805-partituras-introducao-a-leitura>. Acesso em: 10 jun. 2015. e)EDITORA ABRIL. Música, 2015. Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/artes-design/musica-687247.shtml>. Acesso em: 09 jun. 2015. f)MELLO, B. C. E. . Todo Arquiteto é também Urbanista? Notas para um debate incontornável. In: XV Encontro Nacional da ANPUR. Anais do XV Enanpur: desenvolvimento, planejamento e governança, Recife – PE, 2013. g)MELLO, Cristina Homem de. Villa Savoye: Casa projetada por Le Corbusier na cidade de Poissy. Cristina de Mello, 2012. Disponível em: <http://www.cristinamello.com.br/?p=6109>. Acesso em: 10 jun. 2015. h)MELOTECA. Termos e expressões musicais, 2015. Disponível em: <http://www.meloteca.com/dicionario-musica.htm>. Acesso em: 10 jun. 2015. i)NORONHA, Rodrigo da Cruz. O arquiteto não foi homem suficiente para ser engenheiro nem flor o bastante para cursar design. In: VASCONCELLOS, Juliano Caldas de; BALEM, Tiago. Bloco 9: Arquiteturas de Trabalhar. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. p. 164-171. j)PORTA DA COPA. Monumental por natureza. Copa 2014, 2014. Disponível em: <http://www.copa2014.gov.br/pt-br/brasilecopa/cultura/brasilia_patrimonio>. Acesso em: 10 jun. 2015. l)SANTOS, Paula Perin dos. Músico. Infoescola, 2015. Disponível em: <http://www.infoescola.com/profissoes/musico/>. Acesso em: 09 jun. 2015.