Upload
vodieu
View
212
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DO USO DE ÁLCOOL EM TRABALHADORES E APLICAÇÃO DE INTERVENÇÃO BREVE
Sandra Regina Chalela Ayub Raul Martins Aragão UNESP Marília – [email protected] Linha de Pesquisa/Eixo Temático: Psicologia da Educação: Processos Educativos e Desenvolvimento.
Resumo
A Síndrome de Dependência do Álcool (SDA) é uma doença e mundialmente
considerada um problema de saúde pública, sendo a terceira causa de absenteísmo no trabalho e a oitava causa para a concessão de auxílio-doença pela Previdência Social no Brasil. A performance do trabalhador e o ambiente de trabalho são afetados pelas consequências do uso abusivo do álcool, causando: queda de produtividade e qualidade no trabalho, bem como ausências no período de sua jornada; mudanças hábitos pessoais, relacionamento ruim com os colegas; acidentes de trabalho, entre outras vulnerabilidades. Este projeto de pesquisa tem por objetivo identificar o uso precoce do álcool em trabalhadores, através do AUDIT e realizar intervenção breve. A pesquisa será exploratória e descritiva, utilizando na coleta de dados questionário autoaplicado composto de dados sociodemográficos, histórico familiar, o Álcool Use Disordens Identification – AUDIT, a Alcohol Dependence Scale – ADS, e o Perfil Breve Bebedor modificado. Assim a pesquisa possibilitará reflexões mais profundas, a fim de que novas ações possam ser planejadas, especificamente projetos de prevenção e intervenção da Síndrome de Dependência do Álcool em trabalhadores
Palavras chave: Uso de Álcool; Intervenção Breve; Saúde do Trabalhador.
1 Introdução
Do uso social ao problemático, o álcool é a droga mais utilizada no mundo.
Globalmente, estima-se que indivíduos com 15 anos ou mais consumiram cerca de 6,2 litros de
álcool puro em 2010, equivalente a cerca de 13,5g por dia (WHO, 2014). Possíveis explicações
para a disseminação podem ser: a facilidade de ser adquirido, pois é uma substancia psicoativa
legal; é socialmente aceito; é um comportamento adaptado à maioria das culturas; seu uso é
associado com celebrações, situações de negócios e sociais - cerimônias religiosas e eventos
culturais (LARANJEIRA, et al., 2007).
Em 1948, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o alcoolismo como um item
diferenciado da intoxicação alcoólica ou de psicoses alcoólicas, na Classificação Internacional
de Doenças - CID. O alcoolismo foi declarado como doença e classificado pelo CID-10 no
capítulo referente aos transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool – F10,
em1956, pela Associação Médica Americana. (VAISSMAN, 2004; LARANJEIRAS;
NICASTRI, 1996; BARROS, et al, 2009)
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
Em 1976, Grifith Edwards e Milton Gross propuseram uma nova síndrome, a
Síndrome de Dependência do Álcool – SDA, a qual foi validada e seus critérios são adotados
até hoje pelo CID-10. Na concepção médico-psiquiátrica a SDA, instala-se lenta e
insidiosamente ao longo de, em média, 15 anos de uso contínuo, diário ou quase, numa
quantidade acima de 40gr de álcool absoluto por dia, segundo a OMS. Tem como característica
a compulsão, a perda do controle, a dependência física e a tolerância - a necessidade de
aumentar a quantidade de álcool ingerida para obter o mesmo efeito. (VAISSMAN, 2004;
LARANJEIRAS; NICASTRI, 1996; BARROS, et al, 2009)
A dependência do álcool envolve aspectos comportamentais, cognitivos e fisiológicos,
implicando em uma ampla variedade de doenças, perturbações e lesões, bem como em
problemas de ordem social e jurídicas; tem causado riscos substanciais ou danos para o
indivíduo, entre os quais se incluem intoxicação, dependência física ou psíquica (BABOR et
al., 2001). É um dos principais fatores que contribui para a diminuição da saúde mundial, sendo
principal causa em 5,1% de doenças - correlacionado a mais de 200 doenças, incluindo,
recentemente, doenças infecciosas como tuberculoso, HIV/AIDS e pneumonia (WHO, 2014).
No Brasil é um dos principais fatores de doença (entre 8% e 14% do total de problemas de
saúde) e mortalidade, ocasionando, também, problemas econômicos, familiares, sociais e
psicológicos (BABOR et al., 2001; LARANJEIRA; MELONI, 2004; MAGALLÓN;
ROBAZZI, 2005). É a terceira causa de morte previsível, ficando atrás apenas do tabagismo
(cigarros) e da obesidade, sendo responsável por 3,3 milhões de mortes (5,9% de todos os
óbitos) no mundo (BRANCO; MASCARENHAS; PENA, 2009; WHO, 2014).
Quanto ao padrão de uso, equivalente a 60 gramas ou mais (cerca de 5 doses ou mais),
de álcool em uma única ocasião pelo menos uma vez no ultimo mês, no mundo, foi constatado
em 16% dos bebedores e no Brasil em 22% (11% mulheres e 30% homens). Especificamente
com SDA, estima-se 5,6% (8,2% homens e 3,2% mulheres) no Brasil. (BRANCO;
MASCARENHAS; PENA, 2009; WHO, 2014)
A utilização desta substância no local de trabalho é parte integrante desse padrão de
uso global. Nos séculos XVII e XVIII, o álcool era encarado e utilizado como uma substância
psicoativa que aumentava o “rendimento” do trabalhador e permitia que esse se submetesse às
condições mais adversas de trabalho. Logo, o uso do álcool era estimulado pelo empregador e
bem recebido pelo empregado, muitas vezes “pago” em parte, com quantidade de bebidas
alcoólicas. O processo da Revolução Industrial no século XIX foi marcado pelo aparecimento
de máquinas complexas para a época, pela necessidade de produção em larga escala, de mão de
obra cada vez mais especializada e do cumprimento de prazos e rotinas de trabalho com
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
elevada e constante produtividade. Assim, o uso de álcool nesses novos parâmetros de
organização do trabalho traria significativos prejuízos. (REHSELDT 1989; MORAES;
PILATTI, 2004)
Nos países industrializados a SDA constitui um grave problema e, muitas vezes, de
difícil solução. Calcula-se que a perda da capacidade de trabalho corresponde a 60 mil dólares
nas empresas de pequeno porte, já nas de médio e grande porte, de 500 mil a um milhão de
dólares, sendo que, 50% dos acidentes ocorrem por sua causa. (BRANCO; MASCARENHAS;
PENA, 2009).
No 1o. relatório quadrimestral de benefícios por incapacidade de trabalhadores no
Brasil deste ano (2017), elaborado pela Secretaria de Previdência e Ministério da Fazenda, o
adoecimento como consequência do abuso de substâncias devidos ao uso de álcool (F10) teve
relevância no período de 2012-2016. O consumo de álcool aparece em sétimo lugar (4,86%)
como um importante fator de risco para o afastamento de empregados no período analisado,
estando entre as 20 principais causas para a concessão de benefícios por incapacidade
temporária e definitiva do trabalho, independente da relação entre adoecimento e ocupação. Na
concessão acidentária de Auxílio-Doença, relacionado a acidente de trabalho, o consumo de
álcool aparece em sexto lugar (1,38%). Já no afastamento permanente do indivíduo da vida
laboral, os transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool (F10) também
aparecem, em quinto lugar (5,82%), como um dos mais frequentes tipos de adoecimento mental.
E na concessão de aposentadoria por invalidez, aparece em decimo lugar (2,82%). Concluiu-se
que o consumo de álcool aparece como um importante fator de risco para o afastamento de
empregados no período analisado, estando entre as 20 principais causas para 29 a concessão de
benefícios por incapacidade temporária e definitiva do trabalho, independente da relação entre
adoecimento e ocupação.
Assim, por evidenciar custos para a sociedade e para as organizações, a SDA deveria
ser alvo constante de investigações, identificando sua prevalência, etiologia e métodos
preventivos para orientar tanto empregados como empregadores ao uso indevido do álcool e
outras drogas, devido as vulnerabilidades à saúde do trabalhador e à sua produção.
Segundo, Campana (1997), pesquisas realizadas em empresas demonstraram que o
absenteísmo, principalmente por atestados médicos, acidentes, queda de produtividade e
sobrecarga do sistema de saúde, possuem relação direta com o consumo de álcool e com
diminuição da qualidade de vida do trabalhador.
Confirmando estes dados, em 1990, a Associação dos Estudos do Álcool e Outras
Drogas estimou que a SDA é o terceiro motivo de absenteísmo no trabalho, sendo a causa
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
mais frequente de aposentadorias precoces e acidentes de trabalho, e a oitava causa para a
concessão de auxílio doença pela Previdência Social. (VAISSMAN, 2004)
Porém, a maior pesquisa sobre o uso de álcool e de drogas no local de trabalho foi
realizada em 1995 por Fridman e Pellegrini, através do SESI, em 23 empresas gaúchas, públicas
e privadas, envolvendo 51.600 funcionários. Concluiu-se que 35% do total dos funcionários
apresentavam problemas decorrentes do uso de álcool e, ainda, que 54,7% desses trabalhadores
tinham menos de 34 anos. (ROBERTO et al, 2002)
Completando, na pesquisa realizada por Trucco et al (2009), verificou-se que a SDA
estava presente em todos níveis profissionais, de todos setores das empresas, mas em menor
proporção nos de maior nível de escolaridade.
Diante desses dados e estudos verifica-se muitas vulnerabilidades do uso de álcool
sobre as empresas, bem como sobre os trabalhadores e suas famílias. No que se refere aos
trabalhadores, o abuso do álcool pode causar: problemas de saúde, deterioração das relações
pessoais, perda de emprego e problemas familiares, legais e financeiros. Para as empresas o
abuso do álcool tem sido associado a acidentes de trabalho, acidentes de trajeto, absenteísmos,
queixas diversas em relação à saúde, excesso de licenças médicas, conflito com colegas,
superiores e clientes, aumento de falhas na execução das tarefas, perda de capacidade produtiva,
queda no ritmo e no rendimento pessoal, destruição ou utilização indevida do material de
trabalho, descuido e negligência sobre os objetivos do trabalho, incapacidade de assumir a
responsabilidade por determinadas tarefas, excesso de acumulo de funções, insatisfação,
desmotivação e não cumprimento de higiene/segurança no local de trabalho. Há os riscos
psicossociais (insegurança no emprego, baixo controle sobre a atividade, altas demandas e
desequilíbrio entre esforço e recompensa), assim como o estresse relacionado ao trabalho.
Também, os traumatismos diversos, acidentes de trânsitos e brigas acabam tornando-se parte
do cotidiano desses indivíduos. Colocam em risco não só a sua integridade física, como também
a dos demais trabalhadores. (FIORELLI, 2004, p. 299; MAGALLÓN; ROBAZZI, 2005;
MONTALVO; ECHEBURÚA, 2001; MINISTÉRIO DE PREVIDÊNCIA; MINISTÉRIO DA
FAZENDA, 2017)
Além de todas essas consequências, o álcool é associado a mais de 200 tipos de
doenças, também aos transtornos psiquiátricos que incluem distúrbios na conduta, depressão,
transtornos ansiosos, alimentares, hábito patológico de jogar, personalidade antissocial e outros
transtornos de personalidade aumentando, ainda mais, o comprometimento ocupacional e social
do alcoolista. Associa-se, também, com comportamentos de alto risco, incluindo sexo inseguro,
nças sexualmente transmissíveis e o uso de outras substancias psicoativas. (DUALIBI;
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
LARANJEIRA, 2007)
Para Vaissmam (2004), as características e a vulnerabilidade da personalidade diante
do ambiente de trabalho favorecerão ou não o consumo abusivo de álcool e drogas como forma
de atenuar conflitos, tensões ou mesmo como uma estratégia de sociabilidade entre seus pares.
Isto ocorre como um mecanismo de defesa, uma fuga do sofrimento mental, da sobrecarga
emocional e mesmo das condições de trabalho, tornando o consumo do álcool uma “válvula de
escape”, um aliado para o alivio da tensão, do prazer e do seu sofrimento, induzindo este fato a
quadros graves de dependência alcoólica (FIORELLI, 2004; MORAES; PILATTI, 2004).
Diante deste cenário, as pessoas dependentes de álcool, impossibilitados do exercício
profissional, transformam-se em peso para a sociedade; as organizações perdem profissionais
na faixa etária de maior produtividade, vítimas de acidentes e violência dessas pessoas.
Por tudo isso, segundo Fiorelli (2004), o álcool tem sido tratado com muita
benevolência e permissividade em nossa sociedade. E a perspectiva piora, quando verificamos
que o consumo abusivo de álcool cresceu 31,1% na população brasileira nos últimos seis anos,
especialmente entre as mulheres jovens, de acordo com o II Levantamento Nacional de Álcool
e Drogas – LENAD (LARANJEIRAS, 2014).
Ao mesmo tempo em que se colecionam informações a respeito dos prejuízos causado
pelo álcool, como pudemos verificar nas informações retratadas, a detecção do problema nas
empresas e o investimento em medidas preventivas e programas de combate a SDA ainda são
pouco frequentes no Brasil. (FIORELLI, 2004)
Segundo a OIT (2008), cada vez mais, os locais de trabalho são reconhecidos como
locais eficazes para atividade de prevenção do abuso de substâncias que influenciam os
trabalhadores, as suas famílias e a comunidade. Também se reconhece que os locais de trabalho
são lugares adequados para lidar com os problemas de abuso de substância, antes de eles
atingirem a fase de dependência e exigirem uma intervenção médica.
Assim, as informações apresentadas sobre a SDA nas organizações e na sociedade,
nos apontam desafios da contemporaneidade referente aos conceitos, mentalidade e formas de
pensar o uso e o abuso de álcool por trabalhadores, bem como suas vulnerabilidades. Percebe-
se à importância do assunto. Desta forma, justifica-se a temática que será abordada, nesta
pesquisa, sob a perspectiva de identificar o uso precoce do álcool em trabalhadores, através do
AUDIT - Álcool Use Disordens Identification (BABOR et. al., 2001) e posterior aplicação de
intervenção breve visando a volta a abstinência ou pelo menos a moderação do uso de álcool.
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
Será possível compreender melhor a relação homem – trabalho – álcool, pois a revisão
na literatura nos aponta para focos como a epidemiologia do consumo entre trabalhadores e a
necessidade de criação de programas de prevenção (os quais visam o diagnóstico precoce e o
encaminhamento dos indivíduos para tratamento).
Verifica-se, também, a necessidade de uma maior investigação de tal tema, visto sua
relevância e a escassez de estudos (no âmbito internacional e nacional), cuja busca foi efetuada
em bases de dados eletrônicos (BVS, Scielo, Lilacs, Medline/PubMed) e em periódicos
nacionais não indexados. Em pesquisa realizada em maio de 2017 no site da UNIAD – Unidade
de Pesquisa em Álcool e Drogas encontrou-se 123 artigos sobre álcool, porém, em nenhum
deles foi possível encontrar o tema proposto a SDA nas organizações. O mesmo ocorreu ao
verificar o banco de teses no INPAD - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas
Públicas de Álcool e Outras Drogas.
Em janeiro de 2017 foi realizada uma revisão de literatura, selecionando os descritores
- Álcool Trabalho e Alcoolismo Trabalho, nas bases de dados de Teses e Dissertações da Capes
e da BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações), analisando apenas as que
tinham foco no tema.
Na base de dados de Teses e Dissertações da Capes foi possível encontrar apenas cinco
dissertações, sendo que: duas não estavam disponíveis para acesso na internet, portanto não foi
possível analisar se as mesmas focavam o tema; e das três disponíveis online, apenas duas
focavam o tema “Alcoolismo no trabalho”. Portanto, em 40% das dissertações realizou-se a
revisão da literatura.
Já na base de dados da BDTD - Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações
foi possível encontrar 159 dissertações e 59 teses, necessitando filtrar quais tinham foco no
tema. Assim, das 219 Teses e Dissertações encontradas, somente 09 dissertações e 02 teses,
totalizando 11, ou seja, apenas 5% eram correlacionadas com o tema e foco da presente
pesquisa.
No total foram analisadas 13 pesquisas: 02 Teses (15,4%) e 11 dissertações (84,6%),
onde 38,4% foram publicadas há mais de dez anos.
Nas analises observou-se que a entrevista e o AUDIT foram as principais técnica de
coleta de dados utilizadas nas Teses e Dissertações. No entanto, essas informações poderiam
ser enriquecidas se forem complementadas com pelo menos um instrumento que confirmasse o
diagnostico do uso problemático do Álcool, aumentando a confiabilidade das informações
obtidas. Todas realizaram o diagnostico do uso abusivo do álcool e sugeriram realizar
intervenção nas considerações finais.
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
Desta forma, a revisão possibilitou verificar que em nenhuma pesquisa aplicaram outra
técnica para confirmação do diagnostico e nem realizaram alguma intervenção objetivando
minimizar o problema. Demonstrando, assim, o método da presente pesquisa “identificação
precoce do uso do álcool em trabalhadores, e aplicação de Intervenção”, poderá contribuir com
novos conhecimentos pouco explorado pela comunidade cientifica.
Por fim, reafirmando a necessidade de pesquisar sobre o tema, o álcool se constitui,
ainda, como a substância mais consumida pelos trabalhadores no seu âmbito de trabalho,
segundo Barros (2009), sendo por este motivo, além dos demais já citados, diversos autores
(VAISSMAN, 2004; DUAILIBI; LARANJEIRA, 2007; FIORELLI, 2009; MARANO, 2014;
REHSELDT, 1989; SANTOS, 2007; BARROS, 2009; BRANCO, 2009; MINISTÉRIO DA
PREVIDÊNCIA; MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2017) confirmam a relevância em se estudar
este assunto nas organizações de trabalho.
2 Objetivos
O proposito desta pesquisa será identificar o uso precoce do uso do álcool em
trabalhadores, através do AUDIT e posterior aplicação de intervenção breve (IB) desenvolvida
por Cruz, Martins e Silva (2016) a partir do procedimento BASICS (DIMEFF et al., 2002).
Para tanto os objetivos específicos serão:
ü Rastrear a literatura existente que aborda a relação entre trabalho e alcoolismo: as políticas
nacionais sobre álcool; as vulnerabilidades da SDA no âmbito do trabalho; Pesquisas de
consumo de álcool; fatores que contribuem para o uso de álcool pelos trabalhadores;
influência de grupos e de pares; expectativas quanto ao uso do álcool; programas de
prevenção e recuperação do alcoolismo nas organizações.
ü Investigar a epidemiologia do consumo de álcool entre trabalhadores e as condições de
trabalho que favorecem o desenvolvimento do alcoolismo nos trabalhadores;
ü Aplicar questionário para levantamento de dados sociodemográficos;
ü Rastrear o uso problemático do álcool através do AUDIT - Álcool Use Disordens
Identification – AUDIT;
ü Fazer intervenção breve desenvolvida por Cruz, Martins e Silva (2017);
ü Verificar eficiência intervenção breve desenvolvida por Cruz, Martins e Silva (2017) em
trabalhadores;
ü Comparar resultados do teste AUDIT antes e após a intervenção breve;
ü Encaminhar trabalhadores com dependência para tratamento especifico.
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
3 Métodos
Esta pesquisa, quanto seu objetivo, será exploratória, descritiva e experimental, para
tanto, nos procedimentos técnicos para levantamento dos dados utilizará pesquisa bibliográfica
e levantamento de campo (survey).
A pesquisa exploratória possibilita maior familiaridade com o problema, pois o assunto
abordado é pouco explorado. Assim, a partir de uma visão geral aproximativa do objeto
pesquisado, será possível desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, mais precisos
e operacionalizáveis (GIL, 2008, p. 27).
Para tanto, envolverá uma pesquisa bibliográfica, com o propósito de compreender e
explicar a realidade estudada, acerca do consumo e abuso de álcool em trabalhadores, a fim de
identificar o uso precoce do álcool e aplicação de intervenção breve.
Já através da pesquisa descritiva que é muito utilizada para testar hipóteses e atuação
pratica, será possível descrever a IB em trabalhadores. (HAIR JR, 2005, p. 87; GIL, 2008, p.
28). E a pesquisa experimental consiste em selecionar as variáveis independentes (grupo
experimental) de observação dos efeitos e dependente (grupo controle) (COZBY, 2003, p. 178).
Na coleta de dados será utilizado um levantamento (survey) epidemiológico do
consumo de álcool pelos trabalhadores, recolhendo informações dos integrantes do universo a
ser pesquisado através de um questionário autoaplicado para obter dados sociodemográficos, o
Álcool Use Disordens Identification – AUDIT (BABOR et. al., 2001), a Alcohol Dependence
Scale – ADS (SKINNER; HORN, 1984), e o Perfil Breve Bebedor - PBB modificado (CRUZ;
MARTINS; SILVA, 2017).
3.1 Participantes
Participarão desta pesquisa, trabalhadores de empresas do setor metalomecânico1 de
Catanduva/SP por ser um setor importante para economia do país, pois proporciona uma
significativa contribuição na geração do produto nacional; são flexíveis em termos locacionais
(o que gera melhor distribuição espacial da renda); são geradoras de tecnologia (contribuindo
para o aumento do estoque de conhecimento nacional); introduzem inovações e estimulam a
competição. (AYUB, 2015)
Catanduva fica localizada na região noroeste do Estado de São Paulo, a 396 Km da
capital estadual e a 850 Km de Brasília. Em 2010 contava com uma população de 112.843
habitantes. Conhecida como a “Capital Nacional dos Ventiladores”, as fábricas da cidade são
1 Metalomecânico: empresas e indústrias com processos metalúrgicos e de fabricação mecânica, cujo objetivo principal é a transformação de metais (SANTAMARÍA, 1994).
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
são responsáveis por cerca de 90% da produção nacional de ventiladores e empregam 60% da
mão de obra ocupada da indústria no município. Nas quatro grandes empresas (Loren Sid,
ARGE, Venti Delta e Ventiladores Tron), trabalham mais 2.800 metalúrgicos. Há cerca de 50
empresas que prestam serviços terceirizados e fabricam componentes para as indústrias,
empregando entre 6 mil e 9 mil trabalhadores. (SIQUEIRA, 2008; SECRETARIA
DESENVOLVIMENTO, 2012)
Assim a pesquisadora entrou em contato com as quatro industrias de ventiladores e
outras 15 empresas do setor metalomecânico de Catanduva, entregando uma carta convite para
participarem da pesquisa e explicando objetivo da mesma. Até o dia 12 de maio de 2017 houve
negativa de duas indústrias de ventiladores e a pesquisadora está aguardando resposta das
demais empresas (Arge, Cofevar, Conishi, Emi Lustres, Frey & Stuchi, Herbicat, Kashima
Embreagens, Loren Sid, Metalconex, Metalquip, Miac, Retifica Macro, Rowasa, Semecat,
Usinil e Usina Norte Catanduva). Já está autorizada a realização da pesquisa na DDS que possui
40 trabalhadores.
3.2 Delineamento da Pesquisa
A pesquisa constituirá de cinco etapas: levantamento inicial, entrevista, intervenção
breve com grupo experimental, seguimento e intervenção breve com grupo controle.
Na primeira etapa, o levantamento inicial (screening), identificará os riscos (baixo,
risco, nocivo e dependência) do uso de álcool pelos trabalhadores. Para tanto, será utilizado um
questionário onde o participante se identificará e fornecerá dados sociodemográficos e
responderá a dois instrumentos, o AUDIT - Álcool Use Disordens Identification (BABOR et.
al., 2001).
Os trabalhadores que pontuarem ³ 8 no AUDIT serão classificados como positivo, o
que corresponde a uso excessivo do álcool ou estão em situação de risco. Os demais
trabalhadores, os negativos, não participarão das outras etapas da pesquisa, são os abstêmios ou
que fazem uso de baixo risco do álcool.
Com estes resultados, serão formados grupos, divididos de forma aleatória:
ü Grupo 1: Positivos com Intervenção (grupo experimental), e
ü Grupo 2: Positivos sem intervenção (grupo controle).
Na segunda etapa será realizada a entrevista com participantes dos dois grupos que
investigará informações do padrão do beber, utilizando o PBB modificado (CRUZ; MARTINS;
SILVA, 2017) e a Alcohol Dependence Scale – ADS (SKINNER; HORN, 1984).
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
A intervenção breve desenvolvida por Cruz, Martins e Silva (2017) será realizada na
terceira etapa, com todos trabalhadores do grupo 1.
As sessões de seguimento serão na quarta etapa da pesquisa, onde será aplicado o
AUDIT C (AUDIT simplificado) após 3 meses e após 6 meses da intervenção breve (CRUZ,
MARTINS; SILVA, 2017) em todos participantes do grupo 1 e no grupo 2 após 2 e 3 meses da
entrevista.
Por fim, a quinta e ultima etapa será realizada intervenção breve nos participantes do
grupo 2 (controle), após as avaliações do seguimento. Desta forma, nenhum trabalhador com
critério para receber IB ficará sem recebê-la.
3.3 Análise dos dados
Os dados desta pesquisa serão colhidos de duas formas:
ü Autopreenchimento de questionários pelos participantes no levantamento inicial,
entrevista e nas sessões de seguimento de três e seis messes;
ü Respostas individuais às questões da entrevista, diretamente a pesquisadora.
Os dados serão digitados em planilha do software Excel desenvolvida para este estudo,
organizados em grupos (positivo com intervenção e positivo controle – sem intervenção) e
posteriormente exportada para o programa de analises estatísticas do software PSPP,
computando as frequências de cada questão e realizando as análises, a partir dos cruzamentos
entre as variáveis.
3.4 Considerações éticas
Antes de iniciar a coleta de dados, a pesquisa será submetida ao Comitê de Ética em
Pesquisa. Os participantes serão informados, antecipadamente, de que poderão desistir da
pesquisa a qualquer momento, pois a participação será de livre consentimento. Além disso,
serão informados que os dados individuais não serão fornecidos, por se tratar de material
sigiloso.
A pesquisa não demonstra apresentar riscos de prejuízo psicológicos aos participantes,
pois o objetivo é apenas avaliar o uso de álcool e planejar uma intervenção breve de cunho
cognitivo comportamental. Assim, os sujeitos serão, também, informados que se acontecer
alguma manifestação de sofrimento por parte dos sujeitos pesquisados, a aplicação da pesquisa
será suspensa, e o método reelaborado.
Como a pesquisa envolverá um grupo experimental (com IB) e um grupo controle
(sem IB), após todas etapas de coleta de dados, será realizada intervenção breve nos
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
participantes do grupo 2 (controle). Desta forma, nenhum trabalhador com critério para receber
IB ficará sem recebê-la.
4 Cronograma
O quadro 1 mostra o cronograma proposto para a execução do projeto: Quadro 1 – Cronograma
PERIODO ATIVIDADE
Outubro/2016 - Outubro/2017
ü Cumprimento de créditos como aluna regular; ü Revisão de literatura; ü Contato com empresas e convite para participarem da
pesquisa; ü Revisão do projeto e planejamento da pesquisa; ü Submissão do Projeto para o Comitê de Ética.
Outubro - dezembro 2017
ü Entrega TCLE; ü Aplicação do levantamento inicial: questionário autoaplicado
e AUDIT;
Janeiro - março 2018 ü Analise dos dados do levantamento inicial; ü Organização dos grupos 1 e 2.
Abril – maio 2018 ü Aplicação entrevista Junho – julho 2018 ü Aplicação da intervenção breve – grupo 1 Setembro 2018 ü Aplicação AUDIT C – grupo 2 Outubro 2018 ü Entrevista de seguimento de 3 meses Janeiro 2019 ü Entrevista de seguimento de 6 meses
Fevereiro 2019 – fevereiro 2020
ü Redação da tese, publicação dos resultados em periódicos especializados e apresentação dos resultados em congressos especializados nacionais e internacionais.
Março - outubro 2020 ü Qualificação, defesa final da tese e ajustes finais no texto.
Referencias
ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério Brasil 2015 e atualização da distribuição de classes para 2016. Disponível em: <http://www.abep.org/criterio-brasil>. Acesso em: 27 abr 2017. AERTGEERTS, B.; BUNTINX, F.; ANSOMS, S.; FEVERY, J. Screening properties of questionnaires and laboratory tests for the detection of alcohol abuse or dependence in a general practice population. British Journal of General Practice, n. 51, p. 206-217, march, 2001. Disponível em: <http://pubmedcentralcanada.ca/pmcc/articles/PMC1313952/pdf/11255902.pdf>. Acesso em: 20 abr 2017. AYUB, S. R. C. Relatório 1º. Ano Projeto: Analise do perfil/comportamento do dirigente e suas estratégias de gestão como instrumento de políticas públicas e comerciais no setor metalomecânico, no município de Catanduva, no estão de São Paulo. Catanduva: FATEC Catanduva, 2015.
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
BABOR, T. F.; HIGGINS-BIDDLE, J. C.; SAUNDERS, J. B.; MONTEIRO, M. G. AUDIT: The Alcohol Use Disorders Identification Test. 2. ed. World Health Organization, 2001. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/67205/1/WHO_MSD_MSB_01.6a.pdf>. Acesso em: 24 maio 2014. BARROS, D. R.; CARVALHO, E. A. B.; ALMEIDA, M. R.; RODRIGUES, C. A. Alcoolismo no Contexto Organizacional: Uma Revisão Bibliográfica. Psicologia & Foco, v. 2, n. 1, jan/jun. 2009. Disponível em: <http://linux.alfamaweb.com.br/sgw/downloads/161_120215_ARTIGO5-Alcoolismonocontextoorganizacionalumarevisaobibliografica.pdf>. Acesso em: 27 maio 2016. BRANCO, A. B.; MASCARENHAS, F. A. N.; PENA, L. G. Q. Alcoolismo como fator de incapacidade para o trabalho: prevalência de benefício auxílio doença no Brasil, 2007. Comun. Ciências Saúde. abr.-jun. 2009, p. 123-134. Disponível em: <http://www.escs.edu.br/pesquisa/revista/2009Vol20_2art02alcolismo.pdf>. Acesso em: 27 maio 2016. BUSH, K.; KIVLAHAN, D. R.; MCDONELL, M. S.; FIHN, S. D.; BRADLEY, K. A. The AUDIT Alcohol Consumption Questions (AUDIT-C): an effective brief screening test for problem drinking. Archives of Internal Medicine, 158, p. 1789-1795, set. 1998. Disponível em: <http://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/208954>. Acesso em: 29 abr 2017. CAMPANA, A. A. M. Álcool e empresas, in RAMOS, S. P.; BERTOLOTE, J. M. et al. Alcoolismo hoje. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. COZBY, C. P. métodos de pesquisa em ciências do comportamento. São Paulo: Atlas, 2003. CRUZ, L. A. N.; MARTINS, R. A.; SILVA, I. A. Meus alunos estão bebendo! E agora? Guia teórico-prático para educadores sobre Intervenção Breve para reduzir o consumo de álcool entre estudantes. Editora Prisma: Curitiba, 2016. DIMEFF, L. A.; BAER, J. S.; KIVLAHAN, D. R.; MARLATT, G. A. Alcoolismo entre estudantes universitários: uma abordagem de redução de danos. São Paulo: Ed. UNESP, 2002. DUAILIBI, S.; LARANJEIRA, R. Políticas públicas relacionadas às bebidas alcoólicas. Rev. Saúde Pública, v.41, n.5. p. 839-848. São Paulo, Out. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102007000500019>. Acesso em: 30 maio 2016. FIORELLI, J. O. Psicologia para Administradores. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
GORDON, A. J.; MAISTO, S. A.; MCNEIl, M.; KRAEMER, K. L.; CONIGLIARO, R. L.; KELLEY, M. E.; CONIGLIARO, J. Three questions can detect hazardous drinkers. Journal of Family Practice, 50 (4): 313-320, April, 2001. Disponível em: <http://www.mdedge.com/jfponline/article/60512/three-questions-can-detect-hazardous-drinkers>. Acesso em: 29 abr. 2017. HAIR JR., J. F. BABIN, B; MONEY, A. H.; SAMOUEL, P. Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2005. INPAD – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas. Publicações. São Paulo: UNIFESP, s/d. Disponível em: <http://inpad.org.br/publicacoes/>. Acesso em: 28 maio 2016. JORGE, M. R.; MASUR, J. Questionários padronizados para avaliação do grau de severidade da Síndrome de Dependência do Álcool. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 35, n. 5, p. 287-292, 1986. LARANJEIRAS, R.; NICASTRI.S. Abuso e Dependência de Álcool e drogas. In: ALMEIDA, O. L.; DRACTU, L.; LARANJEIRAS, R. Manual de Psiquiatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. LARANJEIRA, R.; MELONI, J. N. Custo Social e de Saúde do consumo do álcool. Rev. Bras. Psiquiatr. V. 26, suppl.1. São Paulo, May 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000500003>. Acesso em: 28 maio 2016. LARANJEIRA, R.; PINSKY, I.; ZALESKI, M.; CAETANO, R. I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira. Brasília: Secretaria Nacional Antidrogas, 2007. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relatorio_padroes_consumo_alcool.pdf>. Acesso em: 24 maio 2016. LARANJEIRA, R. (Supervisão), et al. II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD) – 2012. São Paulo: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas (INPAD), UNIFESP, 2014. Disponível em: <http://inpad.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Lenad-II-Relat%C3%B3rio.pdf>. Acesso em: 24 maio 2016. MAGALLÓN, T. J. C.; ROBAZZI, M. L. C. C. Consumo de alcohol en trabajadores de una industria en Monterrey, México. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 13, n. spe. Ribeirão Preto, Oct. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692005000700009>. Acesso em: 22 maio 2016.
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
MENDEZ, E. B. Uma versão brasileira do AUDIT - Alcohol Use Disorders Identification Test. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas – RS, 1999. Disponível em: <http://www.epidemio-ufpel.org.br/uploads/teses/Brod%20Mendez%201999%20Dissert.pdf>. Acesso em: 20 maio 2014. MILLER, W. R.; ROLLNICK, S.; BUTLER, C. C. Entrevista motivacional no Cuidado da Saúde: ajudando pacientes a mudar o comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2009. MONTALVO, J. F.; ECHEBURÚA, E. El Consumo Excesivo de Alcohol: Un Reto Para La Salud Laboral. Salud y drogas, V.1, n. 1, 2001. p. 17-39. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/839/83910103.pdf>. Acesso em 29 maio 2016. MORAES, G. T. B.; PILATTI, L. A. Alcoolismo e as Organizações: porque investir em Programas de Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos. In: XI SIMPEP – Simpósio de Engenharia de Produção. FEB, Bauru, 8 a 10 nov. 2004. Disponível em: <http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais-11copiar.php?arquivo=296-moraes_gtb_alcoolismo.pdf>. Acesso em: 24 maio 2014. OIT – Organização Internacional do Trabalho. Problemas Ligados ao Álcool e as Drogas: uma evolução para a prevenção. Genebra, 2008. Disponível em: <http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/pub_problemas.pdf>. Acesso em: 24 maio 2014. REHSELDT, K. H. G. Álcool e trabalho: prevenção e administração do alcoolismo na empresa. São Paulo: EPU, 1989. ROBERTO, C. S.; CONTE, M.; MAYER, R. T. R.; TOROSSIAN, S. D.; VIANNA, T. R. Drogas e trabalho: uma proposta de intervenção nas organizações. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 22, n. 1, p. 18-29, mar. 2002. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932002000100004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 28 maio 2016. SANTAMARÍA, L. F. S. Diagnóstico do setor metal-mecânico do estado de Santa Catarina. 1994. 107 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1994. SANTOS, A. B.; MEDEIROS, R. L.; ESPÍNOLA, L. L.; SILVA, J. M. A.; DIAS, M. R.; DANTAS, M. F. L. Alcoolismo e Trabalho: Como estão relacionados? Anais IX Enex, João Pessoa, maio 2007. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/IXEnex/extensao/documentos/anais/6.SAUDE/6PRACPEX01.pdf>. Acesso em: 27 maio 2016. SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, EMPREGO E RELAÇÃO DE TRABALHO. Conjuntura Catanduva 2012: Catanduva - um olhar para o futuro aspectos históricos e contemporâneos. 3. ed. Catanduva: Prefeitura de Catanduva, 2012.
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA; MINISTÉRIO DA FAZENDA. 1o. boletim quadrimestral sobre benéficos por incapacidade 2017: Adoecimento Mental e Trabalho: a concessão de benefícios por incapacidade relacionados a transtornos mentais e comportamentais entre 2012 e 2016. Brasília: Secretaria de Previdência, 2017. Disponível em: < http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2017/04/1%C2%BA-boletim-quadrimestral.pdf>. Acesso em: 06 maio 2017. SIQUEIRA, C. Calor cria empregos na terra do ventilador. O Estado de São Paulo, 06/01/2008, Economia, p. B8. Disponível em: <http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/333510/noticia.htm?sequence=1>. Acesso em 22 maio 2015. SKINNER, H.A.; HORN, J.L. Alcohol Dependence Scale (ADS): Users Guide. Toronto, Canada: Addiction Research Foundation, 1984. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2741549/>. Acesso em: 17 abr 2017. TRUCCO, M.; REBOLLEDO, P.; BUSTAMANTE, M.; GONZÁLEZ, X.; ACUÑA, G.; CORREA, A. Detección de consumo de alcohol y drogas en accidentes graves del trabajo. Bolentin Cientifico. Asociacion Chilena e Seguridad, mayo 1999, p. 49-52. UNIAD – Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas. Publicações – Álcool. São Paulo: UNIFESP, s/d. Disponível em: <http://www.uniad.org.br/publicacoes/alcool>. Acesso em: 07 maio 2017. VAISSMAN, M. Alcoolismo no Trabalho. Rio de Janeiro: Garamond Editora Fiocruz, 2004 WHO - World Health Organization. Global status report on alcohol and health 2014. Genebra, Suiça, 2014. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/112736/1/9789240692763_eng.pdf?ua=1>. Acessado em: 01 maio 2017.
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação
ISSN: 2276-5545
XIX Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação