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XVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO DA CEGUEIRA E REABILITAÇÃO VISUAL 8 •03 a 06 de setembro de 2008• Florianópolis A solenidade de abertura do XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual foi re- alizada em 03 de setembro no próprio Centro de Convenções Centrosul e contou com a participação de cente- nas de congressistas. O presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Hamilton Moreira, deu as boas vindas aos congressistas fazendo um pqeuno balanço do prime- iro ano de sua gestão frente à direto- ria do CBO através de um filme a- presentado na solenidade. Depois do filme, Hamilton Moreira conclamou a todos a participarem do CBO e a aproveitarem ao máximo o congres- so.“O Conselho Brasileiro de Oftal- mologia é feito para vocês. Este con- gresso é feito para vocês através dos esforços destas pessoas que estão aqui hoje, através dos esforços dos palestrantes, dos palestrantes inter- nacionais, da comissão científica, de todas aquelas pessoas da diretoria e também dos homenageados que me precederam como presidentes deste conselho e atuais membros do Con- selho de Diretrizes e Gestão. Este con- gresso mostra grandes inovações, as incertezas do erro e possivelmente de algumas críticas que virão por causa destas inovações, mas certamente, a- creditem, o que estamos tentando é trazer o melhor possível para todos vocês. Espero, realmente, que gostem e preencham as 40 mil fichas de ava- liação que o Wallace conseguiu trazer para nós, que vão ser o norte do pró- ximo congresso, em Belo Horizonte, nos vemos outra vez. Certamente, muito antes disto, muitas vezes firão para nos encontrarmos, mas o nosso grande evento do ano que vem será em agosto em Belo Horizonte. Gos- taria muito de realmente ter a con- firmação, ou não, das coisas que fun- cionaram neste congresso.” Dr. Hamilton Moreira Richard Abbott

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XVIII CONGRESSO BRASILEIRODE PREVENÇÃO DA CEGUEIRA

E REABILITAÇÃO VISUAL

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• 0 3 a 0 6 d e s e t e m b r o d e 2 0 0 8 • F l o r i a n ó p o l i s

A solenidade de abertura do XVIIICongresso Brasileiro de Prevenção daCegueira e Reabilitação Visual foi re-alizada em 03 de setembro no próprioCentro de Convenções Centrosul econtou com a participação de cente-nas de congressistas.O presidente do Conselho Brasileirode Oftalmologia, Hamilton Moreira,deu as boas vindas aos congressistasfazendo um pqeuno balanço do prime-iro ano de sua gestão frente à direto-

ria do CBO através de um filme a-presentado na solenidade. Depois dofilme, Hamilton Moreira conclamou atodos a participarem do CBO e aaproveitarem ao máximo o congres-so.“O Conselho Brasileiro de Oftal-mologia é feito para vocês. Este con-gresso é feito para vocês através dosesforços destas pessoas que estãoaqui hoje, através dos esforços dospalestrantes, dos palestrantes inter-nacionais, da comissão científica, detodas aquelas pessoas da diretoria etambém dos homenageados que meprecederam como presidentes desteconselho e atuais membros do Con-selho de Diretrizes e Gestão. Este con-gresso mostra grandes inovações, asincertezas do erro e possivelmente dealgumas críticas que virão por causadestas inovações, mas certamente, a-creditem, o que estamos tentando étrazer o melhor possível para todosvocês. Espero, realmente, que gosteme preencham as 40 mil fichas de ava-

liação que o Wallace conseguiu trazerpara nós, que vão ser o norte do pró-ximo congresso, em Belo Horizonte,nos vemos outra vez. Certamente,muito antes disto, muitas vezes firãopara nos encontrarmos, mas o nossogrande evento do ano que vem seráem agosto em Belo Horizonte. Gos-taria muito de realmente ter a con-firmação, ou não, das coisas que fun-cionaram neste congresso.”Dr. Hamilton Moreira

Richard Abbott

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Os números do sucesso:

4.487 oftalmologistas inscritos576 oftalmologistas inscritos no Dia Especial137 inscritos no Dia Especial de glaucoma130 inscritos no Dia Especial de Retina e Vítreo144 inscritos no Dia Especial de Córnea e Lentes de Contato165 inscritos no Dia Especial de Catarata e Cirurgia Refrativa502 inscritos nos 94 Cursos de Instrução400 horas de atividades didáticas

Dep. Serafim Venzon

Rubens Carlos P. Filho (Bita)

1.200 palestras81 simpósios47 temas livres700 pôsteres600 palestrantes brasileiros22 convidados internacionais80 estandes na exposição comercial,

abrangendo a área total de 2.239 m2

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XVIII CONGRESSO BRASILEIRODE PREVENÇÃO DA CEGUEIRA

E REABILITAÇÃO VISUAL

Ayrton Roberto Banco Ramos e João Luiz Lobo Ferreira, presidentes do congresso; Hamilton Moreira, presidente doConselho Brasileiro de Oftalmologia; Homero Gusmão de Almeida, vice-presidente do CBO; o prefeito municipal deFlorianópolis em exercício, Rubens Carlos Pereira Filho (Bita); Lester Pereira, diretor geral da Secretaria de Estado daSaúde, que representa neste ato o governador Luiz Henrique da Silveira e a secretária de Estado da Saúde, Carmen EmiliaBonfá Zanotto, O deputado Serafim Venzon, um dos homenageados de ontem que também nos prestigia e representanesta oportunidade o presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina, deputado Julio Garcia (DEM);Luiz Alberto Neves May, médico oftalmologista, na ocasião representando o presidente do Tribunal de Justiça de SantaCatarina, desembargador Francisdo José Rodrigues de Oliveira Filho; Aldemar Valsechi, presidente da SociedadeCatarinense de Oftalmologia; Paulo Augusto de Arruda Mello, presidente da Associação Pan-Americana de Professoresde Oftalmologia; Richard Abbott, representante da Associação Pan-Americana de Oftalmologia e da Academia Americanade Oftalmologia; Rubens Belfort Junior, representando na oportunidade o ICO, o Conselho Internacional de Oftalmologia.

Também participaram da Mesa de Honra daSolenidade os integrantes do Conselho de Diretrizese Gestão do CBO presentes ao evento: AdalmirMorterá Dantas, Carlos Augusto Moreira, GeraldoVicente de Almeida, Harley Edison Amaral Bicas,Jacó Lavinsky, João Orlando Ribeiro Gonçalves,Joaquim Marinho de Queiroz, Marco Antônio Rey deFaria, Leiria de Andrade Júnior (representado porseu filho, Leiria de Andrade Neto), Marcos Pereirade Ávila, Milton Ruiz Alves, Newton Kara-José,Oswaldo Moura Brasil e Suel Abujamra.

Mesa de Honra da solenidade de abertura

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A Solenidade de Abertura do XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual foi abrilhantada pela Orquestra Sinfônica das Comunidades, regida pelo maestro João Evangelista.No encerramento da cerimônia o solista Luiz Fernando, também integrante da Orquestra Sinfônica

das Comunidades, executou a ária do último ato da ópera Turandor, de Giacomo Puccini. O Projeto Orquestra Sinfônica das Comunidades reúne 200 crianças e adolescentes entre 10 e 24 anos,

matriculados em rede de ensino escolar com renda familiar de até dois salários mínimos, moradoras de 21 comunidades carentes de Florianópolis. O criador e coordenador do projeto é o sargento André Calibrina,

que nasceu no Rio de Janeiro, entrou para a Aeronáutica, onde tornou-se músico e mudou para a capital catarinense.

Por fim, foram chamados para completar a mesadiretora dos trabalhos os integrantes da diretoria doCBO: Nilo Holzchuh, Wallace Chamon e Adamo LuiNetto; os integrantes da Comissão Executiva doCongresso: Cleusa Coral Ghanem, Ernane Luiz Garcia,Ademar Valsechi, Assad Rays, André Benedito SilvaBernardes, Gustavo da Silva Lima, Cíntia Ramos Viana,Ernane Serpa Júnior e Sandra Maria Mansur Botelho;os itnegrantes da Comissão Científica do CBO: AnaLuiza Hoffilg Lima, André Barbosa Castelo Branco,Bruno Machado Cortes, Carlos Alexandre Garcia, ÍtaloMundialino Marcon, João Agostini Netto, MariaCristina Nishiwaki Dantas, Newton Kara-José Junior, eos homenageados na solenidade da AssembléiaLegislativa do Estado de Santa Catarina do dia anterior,Carlos Augusto Moreira Júnior, João Eugênio Gon-çalves de Medeiros, Ângela Amin (deputada federal),Edson Bez de Oliveira (deputado federal), CarlosFernando Agostini (deputado federal) e o ex-senadorGeraldo César Althoff .

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Em seu discurso na solenidade de a-bertura, um dos presidentes do even-to, João Luiz Lobo Ferreira relatou osresultados parciais do projeto pilotode levantamento dos agravos ocularesna população feito com a colaboraçãode cursos de especialização em oftal-mologia credenciados pelo CBO e ser-viços de atendimento das residênciasligadas à Comissão Nacional de Resi-dência Médica, de maio a julho de2008.Neste projeto foram cadastradas aspessoas cegas que vieram para a pri-meira consulta e as cinco maiores ca-usas de cegueira encontradas em1.241 pacientes cegos.“Considerando-se a incidência destespacientes nestes hospitais, o númeromais alto foi de retinopatia diabética

Ao fazer uso da palavra, o presidente do congresso Ayrton Ramos Branco Neto fez um breverelato das condições da Oftalmologia no Brasil e em Santa Catarina. “Estamos vivendo naoftalmologia um período de fantástico desenvolvimento científico e tecnológico, mas mesmoassim, nossa especialidade está sendo invadida, principalmente por pessoas que têm ape-nas o curso técnico e muitas vezes nem isto, mas que realizam procedimentos inerentes àprática exclusiva do médico oftalmologista. São na verdade indivíduos despreparados quede forma alguma visam a saúde da população. Precisamos nos unir, governo e sociedade,para oferecer à população brasileira o que há de melhor dentro da Oftalmologia e da nossaarte. Precisamos continuar lutando com todas as nossas forças para que a população cata-rinense e brasileira tenham sua dignidade e sua saúde ocular preservadas”, afirmou.

com 294 pacientes (11,8%); glaucomaem segundo lugar, 267 pacientes(10,8%), quase igual ao número depacientes com catarata, 265 (10,7%);degeneração macular relacionada àidade, 200 pacientes (8%), retinopatiada prematuridade, 87 (3,5%).Porém, quando consideramos ceguei-ra/anos (estimativa do número de in-divíduos cegos multiplicada pela ex-

pectativa de vida da região de pro-cedência destes pacientes), retino-patia da prematuridade passa para5.220 cegueira/anos (44,7%), catarataem segundo lugar, 2.650 cegueira/ano(22,7%); retinopatia diabética, 1.470(12,6%); glaucoma 1.335 (11,4%),DMRI 1.000 (8,6%). Os números, de forma alguma sãodefinitivos, mas são suficientes paraque comecemos a pensar sobre custo/beneficio dos nossos investimentos ea nossa atenção às nossas criançasque vivem por muitos anos e que sãopacientes que ao longo da vidaconsomem uma quantidade de verbasastronômica, fora a qualidade de vidapessoal, que é o mais importante,para esses pacientes”, afirmou.

João Luiz Lobo Ferreira

Ayrton Roberto B. Ramos

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“Mas é muito importante o com-promisso que um professor titulartem que ter. Tem que criar gente.Precisamos perguntar, o que émais importante: o jardim ou o jar-dineiro? Sem dúvida, é o jardi-neiro. O jardim sem o jardineirovai morrer algum dia e o jardineirode vocação sempre vai construirum jardim. Então, se tem que teralguma coisa que um professor

universitário tem que fazer é criargente. Eu tenho mais de mil ex-re-sidentes pelo Brasil afora e um nú-mero quase tão grande quanto es-te de médicos que terminaram aresidência e foram para a Unicampou para a USP fazer a complemen-tação de sua residência”, afirmou.

Também analisou a situação da saúdeocular no Brasil de hoje.“O Brasil fez no ano passado 247 milcirurgias de catarata. Vergonha, 30%a menos do que nos anos anteriores. Equanto custa recuperar, em vez de fa-zermos as 570 mil cirurgias por ano,fazemos 247 mil, com 123 milhões dereais, que para o País não é nada, fa-ríamos todas as cirurgias que faltam.Muito mais grave do que isto, muitomais grave do que a catarata é o des-caso e o abandono que temos pelosnossos escolares, 27 milhões de cri-

anças de 7 a 14 anos. Não existe ne-nhum programa, nenhum projeto na-cional. Existem projetos, sim, emJoinville, Curitiba, Guarulhos, SãoPaulo e outras cidades do Brasil. Massão projetos vergonhosamente isola-dos, quando já tivemos um projetoque atendia 3,5 milhões de criançaspor ano. Senhores, gestores de saúde,com 36 milhões de reais por ano nóspodemos atender estes 28 milhões decrianças. E como fazer isto? O CBOcuidou disto, o CBO criou os seus jar-dineiros. Nos temos 14 mil oftalmolo-gistas no Brasil capazes de dar 90milhões de consultas. Se mais nãofazem ou se isto não fazem é por faltade alguma coisa chamada financi-amento. Para quem ainda não estábem consciente disto, saúde não éproblema de médico, saúde é umproblema econômico.”

Homenageado na solenidade de abertura do congresso, Newton Kara-José

fez um emocionado discurso no qual relembroupassagens de sua vida na UNICAMP, na USP

e na Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Newton Kara-José

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Assembleia Legislativa de Santa Catarinapromove sessão solene em homenagem

à Oftalmologia brasileira

“A todos vocês hoje homenageados, oreconhecimento do Conselho Brasileirode Oftalmologia. Todos vocês já foramagraciados com várias outras homena-gens, até internacionais. Certamente, onúmero de homenageados é pequenopara aquilo que foi desenvolvido no Bra-sil nos últimos anos. Meu muito obri-gado a todos vocês que estão aqui hojepor terem dedicado parte de sua vida, oseu tempo, como foi mencionado, que évida, para a Oftalmologia nacional. É oreconhecimento de 14 mil oftalmologis-tas que está aqui presente esta noite.Muito obrigado. “Foi desta forma que o presidente doConselho Brasileiro de Oftalmologia,Hamilton Moreira, encerrou seu discur-so na solenidade promovida pela As-sembleia Legislativa do Estado deSanta Catarina e pelo CBO em home-nagem à Oftalmologia brasileira em 02de setembro. A cerimônia foi coorde-nada pelo deputado estadual SerafimVenzon e contou com a participação de

autoridades ligadas ao governo doEstado, à Assembleia e centenas demédicos oftalmologistas.Ao abrir a solenidade, Serafim Venzonressaltou a atuação do CBO em defesada saúde ocular da população brasi-leira, classificando a entidade comouma das maiores protagonistas mundi-ais na luta contra a cegueira.“A cegueira evitável é a maior causa desofrimento humano desnecessário e ge-ralmente está relacionada à pobreza, le-va à pobreza, a exclusão social e à mor-te prematura. As chaves para evitar acegueira evitável são: o acesso aos cui-dados médicos e de reabilitação; profis-sionais de saúde treinados e adequa-damente distribuídos em todo o territó-rio nacional; disponibilidade de infra-estrutura apropriada; referência eficien-te e sistemas de apoio e envolvimentodos governantes para viabilizar o aces-so à saúde ocular”, afirmou.Em sua intervenção, um dos presidentesda Comissão Executiva do XVIII Con-

gresso Brasileiro de Prevenção daCegueira e Reabilitação Visual, AyrtonRoberto Branco Ramos relatou a lutados oftalmologistas do Hospital CelsoRamos para obter equipamentos, ins-trumentais e materiais necessários paraa realização de procedimentos comple-xos ligados ao tratamento das doençasda retina. Já o outro presidente da Co-missão Executiva do evento, João LuizLobo Ferreira fez um amplo relato sobrea problemática da cegueira e as pers-pectivas sobre os debates do congressoque começaria no dia seguinte.Durante a solenidade receberam a Me-dalha CBO e a Placa de Homenagem daAssembleia Legislativa do Estado deSanta Catarina os oftlamologistas Ade-mar Valsechi (presidente da SociedadeCatarinense de Oftalmologia), CarlosAugusto Moreira (integrante do Con-selho de Diretrizes e Gestão do CBO),Elisabeto Ribeiro Gonçalves (integrantedo Conselho de Diretrizes e Gestão doCBO, na ocasião representado pelo

“Os homenageados”

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Mesa da solenidade: ao centro, oDeputado Serafim Venzon; Hernane

Garcia (integrante do Serviço deOftalmologia do Hospital Celso Ramos,

representando o governador Luiz Henriqueda Silveira), Hamilton Moreira (presidentedo CBO), Ademar Valsechi (presidente daAssociação Catarinense de Oftalmologia),Ayrton Roberto Branco Ramos e João Luiz

Lobo Ferreira (presidentes do XVIIICongresso Brasileiro de Prevenção da

Cegueira e Reabilitação Visual), ClaudioJosé Amante (pró-reitor de AssuntosEstudantis, representante de Álvaro

Toubes Prata, reitor da UFSC), WalterMarra de Andrade (representante do

secretário Municipal de Saúde, João

José Cândido da Silva e Júlio Doin Vieira,

(médico oftalmologista mais antigo de Santa Catarina, com CRM 049)

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vice-presidente da entidade, HomeroGusmão de Almeida), Geraldo Vicentede Almeida (integrante do Conselho deDiretrizes e Gestão do CBO), HamiltonMoreira (presidente do CBO), HarleyEdison Amaral Bicas (integrante do Con-selho de Diretrizes e Gestão do CBO),Jacó Lavinsky (integrante do Conselhode Diretrizes e Gestão do CBO), JoãoEugênio Gonçalves de Medeiros (umdos presidentes do XXXV CongressoBrasileiro de Oftalmologia), João Orlan-do Ribeiro Gonçalves (integrante doConselho de Diretrizes e Gestão doCBO), Leiria de Andrade Júnior (inte-grante do Conselho de Diretrizes eGestão do CBO, na ocasião represen-tado por seu filho Leiria de AndradeNeto), Marcos Pereira de Ávila (coorde-nador do Conselho de Diretrizes eGestão do CBO e um dos presidentes doXXXV Congresso Basileiro de Oftalmo-logia), Rubens Belfort Junior (presiden-te do Instituto da Visão da UNIFESP) eSuel Abujamra (integrante do Conselho

“Parafraseando Voltaire, diria que o desejo de todos os homenageados não foi simplesmente passar, mas passar deixando marcas, para que o esforço e o exemplo desenvolvido posam iluminar os caminhos dos seguidores. Os congressos brasileiros de prevenção da cegueira

assumem um valor especial por que possibilitam as mais elevadas e altruísticas manifestações das relações humanas, que são a doação do tempo e do saber. Maimônides, filósofo do século XII,

afirmava que a maior caridade que alguém pode realizar é doar seu tempo, por que tempo significa vida e não tem nada mais precioso do que a vida.”

de Diretrizes e Gestão do CBO).O presidente do CBO, Hamilton Moreira,recebeu a Placa de Homenagem da As-sembléia Legislativa do estado de San-ta Catarina em nome do ConselhoBrasileiro de Oftalmologia.Também receberam as homenagens adeputada federal Ângela Amin (naocasião representada pela assessoraTelma Richell), o ex-senador GeraldoAlthoff (representado pelo assessorCelso Meneghel) e o deputado estadualSerafim Venzon.

Jacó Lavinsky, em discurso onde falou em nome dos homenageados

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Minhas primeiras palavras são deagradecimento a esta casa de leis quenos acolhe calorosamente e propiciauma oportunidade rara, uma oportu-nidade de reconhecimentos de um tra-balho de vidas e de pessoas. Cada umdos senhores homenageados hoje temuma história, uma história de dedi-cação que dá um grande orgulho àOftalmologia nacional e a instituiçãoque hoje presido e que foi graças aoapoio de vocês e graças ao trabalhode vocês que chegou aonde está. Éuma oportunidade que temos de nosunir em torno de 14 mil oftalmolo-gistas, que foram liderados por estaspessoas que aqui estão, 14 mil oftal-mologistas distribuídos em 787 muni-cípios, que cobrem 74% da nossa po-pulação. Estes oftalmologistas aten-dem 8 milhões de consultas pelo SUSao ano, sendo a segunda maior es-pecialidade médica do SUS, só per-dendo para pediatria. Esta respon-

sabilidade social de nossos oftalmo-logistas é reconhecida internacional-mente e através da liderança de todasestas pessoas temos, hoje em dia,uma união, uma classe de profis-sionais que realmente pode oferecer àpopulação brasileira medicina de al-tíssimo nível. Somos médicos, seisanos de medicina, três anos de oftal-mologia posteriormente para olhar-mos o fundo de olho das pessoas evermos que não somente os óculosque eles precisam, mas que eles tam-bém têm diabetes. Somos médicos epodemos então medir a pressão doolho das pessoas e ver que não só dosóculos que elas precisam, mas tam-bém o glaucoma que elas têm e que adoença pode levar à cegueira. Somosmédicos na nossa essência e nossaessência é prevenir, prevenir mais doque tratar. É isto que faz da nossa es-pecialidade um ato tão especial. Fazeróculos realmente é muito importante.

Muitas das pessoas que nos procuramvem aos nossos consultórios, atrásdos nossos serviços, por causa de umdefeito chamado vicio de refração,mas certamente, um atendimento mé-dico é do que eles precisam. Ofereceruma medicina de segundo nível e umamedicina de primeiro nível não é in-tenção de nenhuma casa de leis, sejafederal, seja estadual, seja municipalneste nosso país. Me lembro que hápoucos meses meu filho Rodrigo, denove anos, estava estudando os po-deres executivo, legislativo e judici-ário e o que é a constituição? A cons-tituição é um grupo de leis que regeuma sociedade e no artigo 196 diz láque é direito de todo o cidadão bra-sileiro e dever do estado, a saúde. Édever do Estado promover ações quediminuam o risco da doença, isto étextualmente a nossa constituição. Ésomente mantendo, junto aos oftal-mologistas, esta responsabilidade da

Assembleia Legislativa de Santa Catarinapromove sessão solene em homenagem

à Oftalmologia brasileiraDiscurso do Presidente do CBO

“É dever do Estado promover ações

que diminuam o risco da doença, isto é textualmente

a nossa constituição.”

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medicina, esta responsabilidade deatender estes pacientes, que nósvamos cumprir adequadamente estaconstituição. A todos vocês hoje homenageados, oreconhecimento do Conselho Brasi-leiro de Oftalmologia. Alguns de vo-cês já foram agraciados com váriasoutras homenagens, todos vocês cer-

tamente, alguns são doutor honoriscausa da Universidade Federal do Pa-raná, internacionais, eu mesmo jápresenciei a todos receberem váriasoutras homenagens. Certamente, onúmero de homenageados é pequenopara aquilo que foi desenvolvido noBrasil nos últimos anos. Meu muitoobrigado a todos vocês que estão aqui

hoje por terem dedicado parte de suavida, o seu tempo, como o Jacó men-cionou, que é vida, para a oftalmo-logia nacional. É o reconhecimento de14 mil oftalmologistas que está aquipresente esta noite. Muito obrigado.

Lançada a Série Oftalmologia Brasileira

Mello. A série é composta por 16livros que abrangem todo o conhe-cimento consolidado na Oftalmologia.É a concretização do maior esforço e-ditorial já empreendido pelos pesqui-sadores brasileiros, coordenado pelamaior entidade representativa da es-pecialidade. O conjunto da obra exi-giu a colaboração de mais de 400 pes-quisadores de todo o Brasil e resultouem 16 volumes, num total de quase

seis mil páginas.Sua edição foi o resultado de longasnegociações entre o CBO, empresasdo segmento oftálmico, a Editora Cul-tura Médica e a Editora GuanabaraKoogan S/A com o propósito de ofe-recer a coleção a preços vantajosaspara os associados do CBO, aos a-lunos dos cursos de especializaçãocredenciados pela entidade, serviçosde atendimento oftalmológico e cen-tros de pesquisa.De acordo com o coordenador da Co-missão de Ensino do CBO, “a coleçãoé importantíssima, já que reuniu osprincipais autores brasileiros, quemais publicam em suas respectivas á-reas e que chamaram outros colegas,também especialistas em áreas maisfocalizadas. É o resultado de uma

Paulo Augusto de ArrudaMello (coordenador da Comissão de Ensino do CBO), Milton RuizAlves, Hamilton Moreira e Elilane Feldman, da Editora Cultura Médica

A Série Oftalmologia Brasileira foilançada durante o XVIII CongressoBrasileiro de Prevenção da Cegueira eReabilitação Visual em ato realizadono estande do Conselho Brasileiro deOftalmologia, no qual, simbolicamen-te, o coordenador da equipe que ela-borou a coleção de livros, Milton RuizAlves, fez a entrega de uma coleçãoao coordenador da Comissão de En-sino do CBO, Paulo Augusto de Arruda

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massa crítica importante, a nata inte-lectual da Oftalmologia Brasileira.Com esta coleção, o CBO atinge umde seus maiores objetivos, que é in-centivar a produção científica naci-onal, da mesma forma que outros pa-íses também o fazem”. Na avaliaçãode Paulo Augusto de Arruda Mello, a

coleção concretiza a oportunidade doaluno dos cursos de especializaçãoencontrar, no próprio idioma, o queexiste de mais atual e de forma apro-priada para o aprendizado. “A Comissão de Ensino do CBO estámuito feliz com a conclusão da obra.O livro ainda é ferramenta muito im-

portante no processo educacional. Aedição já está praticamente esgotadae já estamos realizando os prepa-rativos para a elaboração da segundaedição, revista e ampliada. Vai ser aprincipal obra da Bibliografia Oftal-mológica Nacional”, concluiu PauloAugusto de Arruda Mello.

A Série Oftalmologia Brasileira está sen-do comercializada a preços subsidiadosaos associados do CBO e aos alunos doscursos de especialização em Oftalmologiacredenciados pela entidade. O preço totalda coleção, nestas condições, faz com quecada um dos 16 volumes custe aproxima-damente 25% menos dos que os livros co-mercializados em condições de mercado.Tal situação só foi possível com a parti-cipação das empresas parceiras do CBO,que consentiram em participar da inicia-tiva, que não traz dividendos financeirosimediatos, mas que representa investimen-to educacional, e aos esforços da EditoraCultura Médica e Guanabara Koogan.Na avaliação de Amaury Guerreiro, diretorpresidente da Alcon Laboratórios do Bra-sil Ltda., a participação da empresa no em-

preendimento foi quase que natural: “Mui-tos dos objetivos do CBO e da Alcon sãocomuns e essa ativa parceria nos permiteusar os recursos de forma adequada. Queesses objetivos sejam cumpridos e man-tidos a longo prazo!”Já Nelson Roberto de Almeida Marques,presidente da Allergan América Latina re-sume a posição de sua empresa com rela-ção à participação no subsídio da SérieOftalmologia Brasileira com uma única fra-se de efeito: “CBO e Allergan: respeito noolhar e parceria em ação.”Para Luís Fernando S. Lenski, gerente ge-ral Brasil da Jonhson & Jonhson VisionCare, a empresa tem como princípio bási-co o apoio ao desenvolvimento da classemédica. “É uma grande satisfação e honraestarmos entre os patronos do CBO eapoiar a proposta de trabalho da atual di-retoria da entidade de levar informação eeducação continuada para os oftalmolo-gistas brasileiros. A parceria com o CBOrepresenta a possibilidade de reforçar ocompromisso da Johnson & Johnson VisionCare com os oftalmologistas brasileiros e coma saúde visual da população desse País.

Os mesmos conceitos são utilizadas porGlória Silvestre, assistente da Área Médi-ca da Essilor Brasil, para quem a empresa“se sente honrada em consolidar uma par-ceria de muitos anos com o Conselho Bra-sileiro de Oftalmologia, através de seu pre-sidente Hamilton Moreira, num projetoque vai auxiliar estudantes, residentes ejovens profissionais no ensino, contribu-indo ainda mais com o desenvolvimentoda Oftalmologia brasileira. Temos certezaque esta parceria será ainda longa, commuitos ganhos para a especialidade.”Também, ao resumir a posição de sua em-presa, José Roberto Alegre, sócio diretorda Vistatek Produtos Óticos Ltda., escla-rece o significado da participação no sub-sídio à Série Oftalmologia Brasileira:“nossa parceria com o CBO faz parte denossos Valores como empresa – Ética,Responsabilidade Empresarial, Respeitoàs Pessoas, Vanguarda Tecnológica e Com-promisso com a Oftalmologia.Entendemos que ser patrono da mais altainstituição representativa da OftalmologiaBrasileira corresponde aos nossos valoresde compromisso com a Oftalmologia”.

A visão dos patronos do CBO

Milton Ruiz Alves faz a entrega simbólica da coleção à Comissão de Ensino do CBO

Milton Ruiz Alves, que coordenou a elaboração da Coleção

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Avaliação

“Com 4.487 oftalmologistas inscritos, o XVIII CongressoBrasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual,realizado em Florianópolis, de 03 a 06 de setembro, entrou

para a história dos eventos promovidos pelo CBO como o maior congresso de prevenção da cegueira já realizado.

Além disso, de acordo com o resul-tado inicial das tabulações das res-postas dos questionários distribuídosdurante as atividades do evento erespondidos pelos congressistas, foi oque mais inovou em termos de pro-gramação científica e cumpriu de for-ma exemplar a função de transmitirconhecimentos”.Esta é a avaliação do 1º secretário doConselho Brasileiro de Oftalmologia,Wallace Chamon, um dos artífices dasmudanças realizadas na formataçãodo congresso de Florianópolis.Para Chamon, a principal mudança co-locada em prática no XVIII CongressoBrasileiro de Prevenção da Cegueira eReabilitação Visual foi a ênfase totaldada às atividades de ensino. Ex-plicou que a decisão de subordinartodos os aspectos do evento à pri-oridade ao ensino foi tomada pelaDiretoria do CBO, pela Comissão Ci-entífica encarregada de organizar a

programação e pela Comissão Execu-tiva do evento. Desta forma, o preço das inscriçõesaos associados foram substancial-mente reduzidos e as formas de a-presentação do conteúdo científicoestabelecidas de acordo com neces-sidades didáticas que o encontro de-veria atender.“Depois de debates e avaliações, emque foram examinadas quantas horas/aula precisam ser ministradas paraefetivar a apresentação dos váriosaspectos da especialidade que seriamimportantes serem abordados, quan-tas salas seriam necessárias paraatender a esta programação, foi de-terminado que o congresso de Flo-rianópolis teria 400 horas aula e quehaveria cinco tipos de apresentaçãodo conteúdo científico: Dia Especial,Simpósios, Painéis, Cursos de Instru-ção e Apresentação de Vídeos, cadaum deles com um objetivo bastante

claro e específico. Somente depois detodas essas decisões e que passou-separa a discussão dos nomes a seremconvidados e que cada intervençãonão poderia ter menos de 15 mi-nutos”, declarou Chamon.O 1º secretário do CBO também listoucomo modificações importantes co-locadas em prática no Congresso deFlorianópolis valorização dos temaslivres, a valorização da carga cien-tífica dedicada à prevenção da ce-gueira e à reabilitação visual e a va-lorização do congressista. Afirmouque, embora o evento tenha priorizadoo ensino, a pesquisa também foi valo-rizada, com a inclusão dos melhorestemas livres na programação dos sim-pósios e painéis.Chamon explicou que, com esta mu-dança, tanto os professores quanto osoftalmologistas puderam entrar emcontato com as pessoas que estavamfazendo pesquisas oftalmológicas no

Wallace Chamon

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do Congresso

No XVIII Congresso Brasileiro dePrevenção da Cegueira e ReabilitaçãoVisual foram apresentados aproxi-madamente 700 pôsteres. Pela prime-ira vez na história de eventos do CBO,estas peças de divulgação científicaforam objeto de avaliação e debateentre autores, congressistas e espe-cialistas convidados para realizaremavaliações dos trabalhos relacionadoscom suas respectivas áreas de atu-ação.De acordo com Augusto ParanhosJúnior, integrante da Comissão Cien-tífica do CBO que coordenou a apre-sentação dos pôsteres, a experiênciafoi amplamente positiva, pois fez comque os autores dos pôsteres se sen-tissem valorizados e que o conteúdodesta forma de apresentação da ci-ência fosse integrado de forma sis-temática à programação do evento.

“A avaliação feita por professores eoftalmologistas de renome que sededicam a determinada área da Oftal-mologia, deu aos autores dos pôste-res relacionados com esta área aexata dimensão de sua responsabi-lidade. Eles estão abrindo novos ca-minhos para a especialidade, fazendoestudos focalizados que podem serevelar importantes no futuro e devemencarar isto com toda a responsa-bilidade. Ao mesmo tempo, os con-gressistas puderam verificar quais ospontos que estão sendo objeto depesquisa dos novos valores da oftal-mologia e quais os caminhos que es-tão sendo percorridos pela pesquisa,”afirmou Paranhos Júnior.A grande mudança neste aspecto, deacordo com Paranhos Júnior, foi apresença do pesquisador junto aopôster e a possibilidade de ser ar-

guido. De acordo com ele, nos pró-ximos congressos do CBO a experi-ência deve ser aprimorada e maisprofessores devem ser convidadospara realizarem a avaliação dos tra-balhos em seus respectivos campos.

Brasil. Da mesma forma, a inclusão detemas ligados à prevenção da ce-gueira e à reabilitação visual naprogramação normal dos simpósios epaineis serviu para quebrar a dis-criminação que tal parte da oftal-mologia sofria, ao ser colocada comoparte diferenciada da programaçãocientífica, endereçada a uma minoriados oftalmologistas. Com a sistemáti-ca adotada em Florianópolis, todos os

congressistas puderam se informarsobre o que estava sendo feito noBrasil em termos de prevenção da ce-gueira.“Com a nova sistemática adotada, onúmero de palestrantes e de inter-venções reduziu-se consideravelmen-te. Além disso, estabelecemos o com-promisso de dar ao palestrante a op-ção de ser reembolsado no valor desua inscrição no congresso. Em outras

palavras, procuramos valorizar o con-gressista, para poder exigir o máximoque cada um pudesse dar. Como re-sultado, praticamente não houve fal-tas injustificadas e as manifestaçõesdos congressistas apontam para umamelhoria generalizada dos aspectosdidático e científico do evento”, afir-mou Chamon.

Pôsteres

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De acordo com a avaliação feita porWallace Chamon e por outros inte-grantes da Comissão Científica e daDiretoria do CBO, o Congresso de Flo-rianópolis teve características e pon-tos que precisam ser aprimorados nospróximos eventos promovidos pelaentidade.“Os cursos de instrução precisam serdeterminados com maior antecedên-cia para que possam ser melhor ava-liados e aproveitados pelos oftalmolo-gistas. Tivemos cursos ótimos no con-gresso de Florianópolis que não tive-ram a presença esperada, já que oprograma de cursos só ficou prontonas vésperas da abertura do evento,quando a maioria dos congressistas jáestava comprometida com outra pro-gramação. Além disso, quando oscursos foram divulgados, seu preço já

estava desproporcionalmente alto aopreço que um grande número de oftal-mologistas já tinha pago pela ins-crição do congresso, o que contribuiupara reduzir a frequencia”, avaliou.Wallace Chamon também consideraque o Simpósio Global, que reuniu osconvidados internacionais, represen-tantes da Academia Americana deOftalmologia e da Associação Pan-Americana de Oftalmologias precisaser repensado no futuro, para garantira participação dos congressistas naproporção esperada para umaatividade do mais alto nível científicocomo foi aquela.“Entretanto, estes pontos que preci-sam ser repensados e aprimoradosnão tiram o grande mérito do Con-gresso de Florianópolis. Ele foi ino-vador e muitas de suas mudanças vão

se tornar marcas dos congressos daespecialidade. Se fosse reduzir qual agrande diferença do XVIII CongressoBrasileiro de Prevenção da Cegueira eReabilitação Visual, eu diria que noevento da capital catarinense apren-deu-se muito mais do que nos outroseventos. E essa é uma conquista queprecisa ser preservada e consolidadapara a história da Oftalmologia bra-sileira”, concluiu Wallace Chamon.

Avaliação

Para o futuro

O Congresso de Florianópolis foi inovador e muitas de suas

mudanças vão se tornar marcas dos congressos da especialidade.

“”Wallace Chamon

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Prêmio “Oftalmologia Clínica”Eletrorretinograma multifocal por padrãoreverso em olhos com defeito de campo

visual por compressão quiasmáticaLeonardo Provetti Cunha

Co-autores: Mário Luiz Ribeiro Monteiro eMaria Kyioko Oymada

Instituição: Universidade de São Paulo

A autora Maria de Fátima Lopes recebe o diploma das mãos

de Jacó Lavinsky

do Congresso

Durante a Reunião do Conselho Deliberativo do CBO e a Assembléia Geral dos associados da entidade, em 04 de setembro, foi realizada a sessão de entrega dos prêmios aos melhorestrabalhos apresentados no XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação

Visual, bem como a entrega simbólica dos prêmios relacionados com a Prova Nacional de Oftalmologia de 2008 e o Prêmio Waldemar e Rubens Belfort, para os melhores artigos

publicados na revista Arquivos Brasileiros de Oftalmologia.

Prêmios

Prêmio “Conselho Brasileiro de Oftalmologia”Tracoma: situação epidemiológicano BrasilMaria de Fátima LopesCo-autores: Norma Medina,Expedito Luna, Helen Freitas, Inês Koizumi, Karen Brock, LígiaCaligaris, Vera Joseph, MariaRegina Cardoso e Paulo CanineoInstituição: Ministério da Saúde

Temas Livres premiados

Remo Susanna Júnior entrega o diploma ao autor Leonardo Provetti

Prêmio “Prevenção da Cegueira”Distribuição da pressão intra-ocular

e razão escavação/disco em 6.083crianças do município de Campina

Grande do Sul-PRLuísa Moreira Hopker

Co-autores: Cristina Yabumoto, LisandroSakata, Fernando Pradella, Mariann Yabiku,

Diogo Boschini Rodrigues, Viviane Sakata,Ana Tereza Ramos Moreira, Kenji Sakata e

Cíntia SantiniInstituição: Univ. Federal do Paraná

Hamilton Moreira e Maria de Lourdes Veronese Rodriguesentregam o diploma a Luísa Moreira Hopker

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Prê

Temas Livres premiados

Prêmio “Pesquisa Básica”Murine neural progenitor cells in a pharmacological

degeneration of the retinal pigmented epithelium model in ratsGustavo Castro de Oliveira

Co-autores: Michel Eid Farah, Eduardo Vitor Navajas, TelmaSchwindt, Carol del Debio e Dânia Hamassaki

Instituição: Universidade Federal de São Paulo

Gustavo Castro de Oliveira recebe o diploma das mãosde Keila MiriamMonteiro de Carvalho

Prêmio “Oftalmologia Cirúrgica”Biocompatibilidade retiniana de novos corantes

para a cromovitrectomiaEduardo Buchele Rodrigues

Co-autores: Maurício Maia, Fernando Penha, Eduardo Dib, ElaineCosta, Bruno Furlani, Edna Freymuller,

Octaviano Magalhães, Michel Farah e Juliana BottósInstituição: Universidade Federal de São Paulo

Eduardo BucheleRodriguesrecebendo o prêmiode Geraldo Vicentede Almeida

Prêmio “Educação em Saúde Ocular”Conhecimento das gestantes sobre a relação entre DST e afecções oculares no fetoLaura Pires da CunhaCo-autores: Vitor Oliveira Lima, Sílvia Kitadai, Willy PetriniSouza, Caroline Miwa Maruyama Murakami e Valeska MariaEboli DelloInstituição: Universidade de Santo Amaro

Laura Pires daCunha

com o diplomaentregue por

Ana Maria NoriegaPetrilli

Prêmio “Trabalho Internacional”High-Throughput molecular diagnostics for the rapid detection

of pathogens in corneal ulcersLauro Oliveira

Co-autores: Mark Rosenblatt, Ivan Schwab, Renata Kashiwabushi,Maria Cecília Yu, Rangarajan Sampath, Lawrence Blyn, Mark Mannis,

Luciene Sousa e David EckerInstituição: Universidade Federal de São Paulo

Marcos Ávilaentrega o diploma a Lauro Oliveira

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mios

Bernardo MenelauCavalcanti recebe o diploma entreguepor João OrlandoRibeiro Gonçalves

Marco Antônio Reyde Faria entrega

o diploma a Guilherme Herzog

Neto

Prêmio “Regional Centro-Oeste”Avaliação crítica do serviço de emergência oftalmológica do Hospital de Base do Distrito FederalAurelita de Assis Formiga Co-autores: Isadora Franco de Oliveira, Naiara Bicalho da Cunha,Fernando Cézar Ribeiro Alves, Luciana Pinto e Werner PassarinhoCellaInstituição: Hospital de Base do Distrito Federal

Procópio Miguel dos Santos entrega

o diploma a Aurelitade Assis Formiga

Prêmio “Regional Sudeste”Análise de frentes de onda e

sensibilidade ao contraste no PRK personalizado X Lasik personalizado

contralateralJackson Barreto Júnior

Co-autores: Marcelo V. Neto,Milton Ruiz Alves e Samir Bechara

Instituição: Univ. de São Paulo

Jackson BarretoJúnior recebe o diploma de José Beniz Neto

Prêmio “Regional Sul”SNAPPE-II como escore

preditor de retinopatia daprematuridade: estudo com 304pretermos de muito baixo peso

João Borges Fortes FilhoCo-autores: Renato S. Procianoy,Alexandre Ishizaki, Gabriela P. de

Abreu e Rita de Cássia SilveiraInstituição: Universidade Federal

do Rio Grande do Sul

Ítalo MundialinoMarcon entrega

o diploma a JoãoBorges Fortes Filho

Prêmio “Regional Norte”Doença ocular relacionada

à oncocercose: estudo clínicona Tribo Yanomami; Aratha-ú;

Estado de Roraima; BrasilGuilherme Herzog Neto

Co-autores: Marilza M. Herzog,Verônica Marchon-Silva,

João B. F. Vieira, Karen Jaeggere Dalma Maria Banic

Instituição: Universidade FederalFluminense

Prêmio “Regional Nordeste”Impacto visual do consumo de

tabaco e álcool em idososusuários do SUS na região do

Sertão PernambucanoBernardo Menelau Cavalcanti

Co-autores: Vasco Bravo Filho,Roberta V. Urbano, Carlos T.

Brandt, Marcelo Ventura, Carol C. Araújo,

Paulo Luchsinger, Diego N. B.Gadelha e Camila Sarteschi

Instituição: Fund. Altino Ventura

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Vídeos premiados

Categoria “Interesse Especial”Vencedor: Rigidez Corneana

Área: Córnea e Doença externa ocularAutor: Leonardo César Gontijo

Instituição: Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (MG)

Milton Ruiz Alvesentrega o diploma a Leonardo CésarGontijo

Menção Honrosa “Sugestões de alterações nos anéis intra-estromais para melhorar a saúde da córnea”

Área: Prevenção da CegueiraAutores: Frederico Bicalho Dias da Silva

e Diogo Cazelli SperandioInstituição: Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (MG)

Orestes MiragliaJúnior faz a entregado diploma a Frederico BicalhoDias da Silva

Categoria “Técnicas Cirúrgicas”Vencedor: Transplante Autólogo do Epitélio Pigmentado da Retina para o Tratamento da Degeneração MacularRelacionada com a Idade (DMRI)Área: Retina e VítreoAutor: Rubens Camargo SiqueiraInstituição: Centro de Pesq. Rubens Siqueira Retinologia - CPRS (SP)

Rubens CamargoSiqueira recebe

o diploma das mãosde Nelson Louzada

Menção Honrosa “Trauma Orbitário por Arma Branca”Área: Órbita Via Lacrimal e Cirurgia Plástica

Autores: Priscila Inácio Fernandes, Lívio Viana Leite, PatríciaRusa Pereira Odashiro e Fábio Yamasato Yonamine

Instituição: Ass. Beneficente Santa Casa de Campo Grande (MS)

Priscila InácioFernandes recebe o diploma entreguepor João AgostiniNetto

Prê

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Categoria “Complicações”Vencedor: Encontro àsCegas: um Novo OlharÁrea: Prevenção daCegueiraAutores: Victor Cvintal,José Ricardo C. L. Rehder,Paulo Ricardo S. Sampaioe Rosemary FernandesInstituição: Instituto deOftalmologia Tadeu Cvintal (SP)

Victor Cvintal, recebe o diploma das mãos do Paulo Augusto deArruda Mello

Menção Honrosa“Sugestão de Método para

Reduzir Danos em LentesDobráveis Durante sua

Injeção”Autores: Diogo C.

Sperandio e Frederico B.D. da Silva

Área: CatarataInstituição: Univ. Federal deMinas Gerais - UFMG (MG)

Paulo Elias Corrêa Dantasentrega o diploma

a Diogo Cazelli Sperandio

Categoria “Ensino daOftalmologia”Vencedor: Lente Intra-Ocular TóricaAutores: Otávio SiqueiraBisneto e HamiltonMoreiraÁrea: CatarataInstituição: Hospital de Olhosdo Paraná (PR)

Otávio Siqueira Bisneto recebe o diploma entregue por MariaCristina Nishiwaki Dantas

Menção Honrosa “RetinografiaFluorescente, Indocianina

Verde e OCT nas LesõesNeovasculares Sub-retinianaUtilizando o HRA Spectralis”

Área: Retina e Vítreo Autores: Jorge Mitre,

José Ricardo C. L. Rehder,Juliana Mitre, Marcelo Jaime

e Giovana LuiInstituição: Faculdade de

Medicina do ABC (SP)

Marcelo Carvalho Venturaentrega o diploma

a Jorge Mitre

Carlos A. Omi entrega o Prêmio a Sérgio Henrique S. Meirelles,primeiro autor do melhor artigopublicado na revista ArquivosBrasileiros de Oftalmologia em 2007

Epaminondas Castelo BrancoNeto entrega o prêmio de

Menção Honrosa ao primeiroautor Manuel Neuzimar P. Júnior

Prêmio Waldemar e Rubens Belfort Prêmio Maimônides

Prêmio Allergan CBO André Azevedo faz a entregasimbólica do prêmio ao alunoque obteve a melhor nota na Prova Nacional deOftalmologia de 2008, FelipiZambon e ao coordenador do curso de especializaçãocredenciado pelo CBO queobteve a melhor média nasúltimas quatro edições damesma prova, Newton Kara-José, da USP.

Claudio Lottenberg e Sérgio Kwitko fazem a entrega simbólica do Prêmio

Maimonides - Beca Marcos Lottenberg a Rodrigo Sanches Oliveira, da Soc.

Beneficente Santa Casa de Campo Grande.

mios

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II PROGRAMA PARACOORDENADORES DE CURSOS DE

ESPECIALIZAÇÃO EM OFTALMOLOGIA

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“Então, meu filho de seis anos chegoue me contou que havia ensinado nos-so cachorro a assobiar. Espantado,quis saber maiores detalhes e ele medisse, orgulhoso, que durante uma se-mana havia, pacientemente, obrigadoo animal e ficar quieto e o ensinou to-dos os passos necessários para as-sobiar. Mais espantado ainda, pergun-tei se o cão havia aprendido e meu fi-lho respondeu: não, mas eu ensinei.”Esta foi a forma descontraída, mas aomesmo tempo provocante, que KarlGolnik, do Cincinnati Eye Institute, daUniversidade de Cincinnati iniciou suaparticipação no II Programa para Co-ordenadores de Cursos de Especi-alização de Oftalmologia, realizadoem Florianópolis nos dias imediata-mente anteriores ao XVIII CongressoBrasileiro de Prevenção da Cegueira eReabilitação Visual.O curso contou com a participação demais de 50 coordenadores dos cursosde especialização credenciados pelo

CBO. Teve como docentes AnthonyArnold, Karl Golnik, Zélia Corrêa, AndrewLee e Peter Quiros, docentes das Uni-versidades da Califórnia, Cincinnati,Iowa e da Keck School of Medicine(USC).

“Durante dois dias, dezenas de co-ordenadores de cursos de especi-alização puderam discutir e refletir so-bre as melhores formas para trans-mitir o conhecimento técnico-cientí-fico ligado à Oftalmologia e comotransmitir as habilidades necessáriaspara o jovem médico, bem como sobreas ferramentas para avaliar este co-

nhecimento”, declarou o coordenadorda Comissão de Ensino do CBO e pre-sidente da Associação Pan-Americanade Professores de Oftalmologia, PauloAugusto de Arruda MelloO II Programa para Coordenadores deCurso de Especialização foi uma ini-ciativa conjunta do Conselho Interna-cional de Oftalmologia, AssociaçãoPan-Americana de Oftalmologia, Aca-demia Americana de Oftalmologia,Conselho Brasileiro de Oftalmologia eUniversidade de Cincinnati que contoucom a colaboração das empresasAlcon, Allergan e Opto.

A estrutura básica do programa teveseis eixos principais:1) O que ensinar?2) Pesquisa das necessidades

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3) Objetivos e metas 4) Métodos de ensino 5) Implementação 6) Avaliação, feedback e volta ao 1ºitem.De acordo com Arruda Mello, todos osparticipantes avaliaram de forma po-sitiva todo o programa e vários deles,que participaram do I Programa, re-alizado em Brasília em setembro de2007, puderam dimensionar os avan-

ços obtidos.“Foi um grande aporte que cada cursode especialização credenciado ao CBOrecebeu. Nosso próximo objetivo é tor-nar o programa acessível a todos osdocentes destes cursos, o que exigiránovas dinâmicas e um planejamentologístico bem maior”, concluiu o co-ordenador da Comissão de Ensino doCBO.

Reunião do Conselho Fiscal e Diretoria do CBO

Ata da reunião do Conselho Fiscal eda diretoria do CBO, realizada em 03de setembro de 2008, às 14 h00, nasala Bravo do Centro de Convençõesde Florianópolis, durante o XVIII Con-gresso Brasileiro de Prevenção da Ce-gueira e Reabilitação VisualReuniram-se os integrantes do Con-selho Fiscal: Ítalo Mundialino Marcon,Marco Antônio Rey de Faria e AntônioMarcelo Casella, juntamente com osdiretores Hamilton Moreira, Nilo Holz-chuh, Adamo Lui Netto e o contadordo CBO, Edeno Teodoro Tostes.Hamilton Moreira iniciou os trabalhose passou a palavra a Adamo Lui Nettoe Edeno Teodoro Tostes que relataramo balanço patrimonial relatado em 31de dezembro de 2007, devidamenteauditado e publicado, bem como obalancete levantado em 31 de julhode 2008, auditado até 30 de julho de

2008, que é o tempo que temos parater disponível o auditamento. Pendente o balanço fiscal do XXXIVCongresso Brasileiro de Oftalmologia,que adiantou o resultado de R$ 2milhões. Após os devidos esclareci-mentos e exames dos documentos, obalanço patrimonial de 31 de dezem-bro de 2007 e o balancete de 31 dejulho de 2008 foram aprovados porunanimidade pelo Conselho Fiscal,que sugere a aprovação pelo Con-selho Deliberativo e pela AssembléiaGeral de associados.Para conhecimento do conselho fiscalforam apresentados as certidões ne-gativas da Receita Federal relativaaos setores previdenciário, relativaaos tributos federais, à divida ativa daUnião, certificado de quitação doFGTS, do Governo do Estado de SãoPaulo e da Prefeitura de São Paulo.

Também foi do conhecimento de to-dos os integrantes do Conselho Fiscalque o Tribunal de Contas da Uniãoaprovou a prestação de contas daCampanha Olho no Olho de 1999, queestava pendente. Nada mais havendoa tratar, o presidente agradeceu a pre-sença de todos e foi encerrada a ses-são, eu lavrei a presente ata, que foilida e assinada por todos os presen-tes.

Adamo Lui NettoTesoureiro do CBO

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Esta ata foi lida e aprovada na reunião do Conselho Deliberativo e Assembléia Geral dos associados doCBO, realizada em 04 de dezembro. Ao apresentar a ata, o tesoureiro Adamo Lui Netto apresentoutambém as considerações finais da tesouraria, nas quais ficou assinalado o crescimento patrimonial de32%, referendados pelo aumento do de disponibilizados e do ativo permanente, em como o crescimentoconstante das receitas, com o recebimento de anui-dades, no período de julho de 2007 a julho de 2008acusando crescimento de aproximadamente 3,27%. Na conclusão da apresentação de seu relatório, otesoureiro do CBO propôs um ato de louvor aos presidentes do XXXIV Congresso Brasileiro deOftalmologia, João Eugênio Gonçalves de Medeiros e Marcos Pereira de Ávila, pelo excelente resultadofinanceiro do evento realizado em setembro de 2007, em Brasília. A moção foi aprovada por aclamação.

Temas oficiais dos próximos congressos de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual

“Metas para 2020” e “Perfil Epidemi-ológico das Principais Causas da Ce-gueira no Brasil” foram os temasoficiais escolhidos para os Congres-sos Brasileiros de Prevenção da Ce-gueira e Reabilitação Visual de 2010e 2012. A escolha foi feita durante areunião do Conselho Deliberativo eAssembleia Geral dos associados doCBO, em 04 de setembro.Os temas foram apresentados pelocoordenador da Comissão de Pre-venção da Cegueira do CBO, NewtonKara-José, que ressaltou a impor-tância dos trabalhos para a es-pecialidade e para o CBO. Com estesdois trabalhos, os congressos bra-sileiros de prevenção da cegueira e

reabilitação visual voltarão a ter te-mas oficiais, retornando a tradiçãodos primeiros destes congressos. Os temas sugeridos pela Comissão dePrevenção da Cegueira foram aprova-dos por unanimidade e a comissãoconvidará oftalmologistas represen-tativos de todo o País para elaborar asobras.

O Coordenador daComissão de Prevençãod aCegueira do CBO, Newton

Kara-José, apresentandoas propostas de temas

O XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual será realizado

na cidade de Salvador (BA), em 2010.

O tesoureiro do CBO, Adamo Lui Netto

Reunião do Conselho Fiscal e Diretoria do CBO

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A grande festa oficial foi um sucesso!

PROGRAMAÇÃO SOCIAL

Em 04 de setembro, como parte daprogramação social do XVIII Con-gresso Brasileiro de Prevenção daCegueira e Reabilitação Visual, foirealizada a pré-estréia do filme“Blindness”, do diretor Fernando Mei-relles, baseado no livro “Ensaio sobrea Cegueira”, do escritor portuguêsJosé Saramago.Naquele dia, todas as salas de cinemade um dos shopping centers de Flo-rianópolis foram destinadas para aapresentação aos congressistas.Durante a solenidade de abertura docongresso, uma mensagem do diretordo filme foi exibida. Nela, Meirellesagradecia a oportunidade de exporsua obra, ao mesmo tempo em quealertava sobre o aspecto metafóricoda epidemia de cegueira retratada nofilme.

No dia seguinte, foi realizada a Festade Confraternização do evento, numadas mais modernas casas noturnas deSanta Catarina. Cerca de 3.500 pessoas ligadas aocongresso se dividiram entre osquatro ambientes diferentes em quefoi dividido o estabelecimento, dosquais o mais animado era a Oktober-fest, que contou com a participaçãode integrantes da Oktoberfest deBlumenau.

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O XXXV Congresso Brasileiro de Oftalmologia será realizado de 24 a 27 de agosto de 2009 noExpominas de Belo Horizonte. Para um dos presidentes da Comissão Executiva do evento, JoãoAgostini Netto, “será um congresso para argentino nenhum botar defeito”, enquanto que parao outro dos presidentes da mesma Comissão Executiva, Elisabeto Ribeiro Gonçalves, será aoportunidade para os oftalmologistas de todo o Brasil “conhecerem todas as Minas Gerais, quesão tantas e múltiplas”, além de se atualizarem cientificamente e voltarem a encontrar amigose colegas.

NO PRÓXIMO ANO,EM BELO HORIZONTE

Elisabeto Ribeiro Gonçalves João Agostini Netto

O Expominas Belo Horizonte, onde será realizado o XXXV Congresso Brasileiro deOftalmologia, é um dos maiores e mais modernos centros de exposição e de eventos do con-tinente. Com 72.000 m2 de área construída e um projeto de arquitetura futurista, assinadopor Gustavo Penna, obedece às especificações técnicas mais recentes. Em 1998, foi construído seu primeiro Pavilhão, a Arena Multiuso e uma Passarela de Li-gação, no Parque da Gameleira, região oeste de Belo Horizonte. Posteriormente, o Expo-minas foram construídos mais dois pavilhões, centro administrativo, auditório, praça de ali-

mentação, 24 salas de conferência, apoio e reunião, passarelas de acesso ao metrô e jardins externos, além deinstalada a climatização total, ampliação do estacionamento, do sistema de energia, do sistema de controle ecomunicação, e do sistema de combate a incêndio. Nas áreas destinadas a exposições e feiras, foi construída umagaleira subterrânea de serviços e canaletas, com instalações elétricas, hidro-sanitárias, arcomprimido e cabeamento estruturado. O centro foi re-inaugurado em fevereiro de 2006.Hoje, o Expominas Belo Horizonte comporta público de 45 mil pessoas em três eventossimultâneos. É o único Centro de Exposições da América Latina ligado diretamente a umaestação de metrô, o que permite o público estar no centro da cidade em apenas seisminutos. Rápido, seguro e confortável.

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