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www.sbhci.org.br SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA XXX Congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI e XIII Jornada Brasileira de Enfermagem em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista Recife (PE) 18 a 20 junho de 2008 REVISTA BRASILEIRA DE Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista • ANO 16 - Nº 2 - SUPLEMENTO 1 - ABR/MAI/JUN 2008 ISSN 0104-1843

XXX Congresso da Sociedade

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Page 1: XXX Congresso da Sociedade

www.sbhci.org.br

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICAE CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

XXX Congresso da SociedadeBrasileira de Hemodinâmica e

Cardiologia Intervencionista - SBHCIe

XIII Jornada Brasileira de Enfermagemem Hemodinâmica e Cardiologia

Intervencionista

Recife (PE)

18 a 20junho de 2008

REVISTA BRASILEIRA DE

Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista • ANO 16 - Nº 2 - SUPLEMENTO 1 - ABR/MAI/JUN 2008

ISSN

010

4-18

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Page 2: XXX Congresso da Sociedade

2ª Capa

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Conselho Editorial NacionalAdriano CaixetaInstituto do Coração - Fundação ZerbiniBrasília, DF

Alexandre AbizaidInstituto Dante Pazzanese de CardiologiaSão Paulo, SP

Amanda G. M. R. SousaInstituto Dante Pazzanese de CardiologiaSão Paulo, SP

Carlos A. C. PedraInstituto Dante Pazzanese de Cardiologia;Hospital do Coração - Associaçãodo Sanatório SírioSão Paulo, SP

Costantino R. F. CostantiniHospital Cardiológico CostantiniCuritiba, PR

Edgar Guimarães VictorUniversidade Federal de Pernambuco;Real Hospital Português de Beneficênciaem PernambucoRecife, PE

Eulógio E. MartinezInstituto do Coração do Hospital dasClínicas da Faculdade de Medicina da USPSão Paulo, SP

Expedito E. RibeiroInstituto do Coração do Hospital dasClínicas da Faculdade de Medicina da USPSão Paulo, SP

Fábio S. Brito Jr.Hospital Israelita Albert EinsteinSão Paulo, SP

Fábio Vilas-BoasHospital EspanholSalvador, BA

Francisco R. M. LaurindoInstituto do Coração do Hospital dasClínicas da Faculdade de Medicina da USPSão Paulo, SP

Gilson Soares FeitosaHospital Santa Izabel da Santa Casa deMisericórdia da BahiaSalvador, BA

Hans J. F. DohmannHospital Pró-CardíacoRio de Janeiro, RJ

Helio Roque FigueiraClínica São Vicente;Hospital CardioTrauma IpanemaRio de Janeiro, RJ

J. Antonio Marin-NetoHospital das Clínicas, Faculdade deMedicina da USPRibeirão Preto, SP

J. Eduardo SousaInstituto Dante Pazzanese de Cardiologia;Hospital do Coração - Associação doSanatório SírioSão Paulo, SP

José Armando MangioneHospital de Beneficência Portuguesade São PauloSão Paulo, SP

José Klauber R. CarneiroHospital do Coração de SobralSobral, CE

Luiz Alberto P. MattosInstituto Dante Pazzanese de CardiologiaSão Paulo, SP

Paulo CaramoriHospital São Lucas, PUCRS;Hospital Mãe de DeusPorto Alegre, RS

Pedro A. LemosInstituto do Coração do Hospital dasClínicas da Faculdade de Medicina da USPSão Paulo, SP

Rogério Sarmento-LeiteInstituto de Cardiologia do Rio Gde. do SulPorto Alegre, RS

Valter C. LimaHospital São Paulo -Universidade Federal de São PauloSão Paulo, SP

Wilson A. Pimentel FilhoHospital de Beneficência Portuguesade São PauloSão Paulo, SP

Conselho Editorial Internacional

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL • Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

Daniel BerrocalHospital Italiano de Buenos AiresBuenos Aires, Argentina

Daniel I. SimonHarvard Medical School; Brighamand Women’s HospitalBoston, USA

David KandzariDuke Clinical Research Institute, Durham,North Carolina, USA

Eberhard GrubeHeart Center Siegburg, Siegburg, Germany

REVISTA BRASILEIRA DE

Emerson C. PerinTexas Heart Institute at St. Luke’s EpiscopalHospital, Houston, Texas, USA

Manel SabateSan Carlos University Hospital,Madrid, Spain

Marco A. CostaUniversity of Florida, ShandsJacksonville, FL, USA

Michael LincoffThe Cleveland Clinic Foundation,Cleveland, OH, USA

Myeog K. HongAsan Medical Center, University of UlsanCollege of Medicine Seoul, Korea

Pim de FeyterThoraxcenter, Erasmus Medical Center,Rotterdam, the Netherlands

Ricardo Seabra-GomesHospital de Santa CruzLisboa, Portugal

Ron WaksmanWashington Hospital Center, Washington,DC, USA

Gráfica e EditoraIpsis Gráfica e Editora S.A

Assessoria EditorialRosangela Monteiro

EditoraÁurea Jacob Chaves

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP

Co-Editores

Secretaria de PublicaçõesJuliana Oliveira

TraduçãoNorah Ethel Coleman

Carlos Augusto Cardoso PedraInstituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP

José de Ribamar Costa JuniorInstituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP

Cristiano de Oliveira CardosoInstituto de Cardiologia de Porto Alegre, RS

Eduardo MisselInstituto de Cardiologia Ecoville, Curitiba, PR

RevisãoCEV - Casa Editorial Ventura

Page 4: XXX Congresso da Sociedade

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

PresidenteLuiz Alberto Piva e Mattos (SP)

Diretor AdministrativoMarcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes (PB)

Diretor FinanceiroHélio Roque Figueira (RJ)

Diretor CientíficoPedro Alves Lemos Neto (SP)

Diretor de ComunicaçãoRogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite (RS)

Diretor de Qualidade ProfissionalLuiz Antônio Gubolino (SP)

Diretor de Educação Médica ContinuadaJosé Antônio Marin-Neto (SP)

Diretor de Intervenções ExtracardíacasMarcos Antônio Marino (MG)

Diretor de Intervenção em Cardiopatia CongênitaCésar Augusto Esteves (SP)

Comissão Científica Conselho Fiscal

Itamar Ribeiro de Oliveira (RN)João Paulo Zouvi (RS)

Viviana de Mello Guzzo Lemke (PR)

Conselho Deliberativo

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL • Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

Amanda Guerra Moraes Rego Sousa (SP)Cláudia Maria Rodrigues Alves (SP)

Expedito Eustáquio Ribeiro Silva (SP)Fábio Sândoli de Brito Junior (SP)

Gilberto Lahorge Nunes (RS)Júlio César Machado Andréa (RJ)Marco Vugman Wainstein (RS)

Maurício Rezende Barbosa (MG)Pedro Alves Lemos Neto (SP)

Wilson Albino Pimentel Filho (SP)

Alexandre do Canto Zago (RS)Antonio José Muniz (MG)

Bruno Moulin Machado (ES)Eduardo Lúcio Nicolella Júnior (SP)

Flávio Roberto Azevedo de Oliveira (PE)Luiz Antônio Ferreira Carvalho (RJ)

Marcelo de Freitas Santos (PR)Ricardo César Cavalcanti (AL)

Roberto José de Alvarenga Freire (GO)Salvador André Bavaresco Cristóvão (SP)

Órgão Oficial daSociedade Brasileirade Hemodinâmica e

Cardiologia Intervencionista

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Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

casos clínicos, à nossa equipe de colaboradoras, àsassessorias de informática, de viagem e de organiza-ção, à montadora e a todos aqueles envolvidos direta-mente na construção da nossa casa por quase três dias.

Agradeço com ênfase aos parceiros desta Socieda-de, parceiros estes que muito além das perspectivasofertadas pela concessão de cotas de patrocínio, quelhes impulsiona no mercado e os eleva economicamen-te, seguem leais a um grupamento, comprometidoscom o bem estar dos pacientes, atingidos por meiodas mentes e das mãos dos médicos aqui reunidos,sobre a égide desta Sociedade.

Citar os nomes daqueles que de fato se aplicaram,muito além de apenas postar o seu nome em grifo,promoveria uma lista monótona à leitura, mas a cons-ciência do dever cumprido para com os seus paresestá em suas almas e na sua retina ao capturar nestaslinhas o meu mais sincero “muito obrigado”.

Desejo que usufruam destes quase 3 dias de progra-mação plena disposta em 4 salas simultâneas de expo-sições, da ampla feira de exposição, que participemda Assembléia Societária, que se reencontrem, relembremo passado e projetem um futuro melhor para todos nós.

Em Recife, cidade Luz, que me abençoa todos osdias e noites em que o reencontro, que me apaziguae fortalece, que soberana na sua majestade, reforça ahumildade e respeito pelo amor à vida e a quem ama-mos, “eu vi o mundo, e ele começava em Recife..”

Um Ótimo Congresso!

Colegas e Amigos da SBHCI, minha saudação!

Chegamos novamente ao nosso Congresso anual,reunião deste departamento que floresceu e uma Socie-dade se tornou, a trigésima edição, idade da maturida-de, seja profissional seja científica.

A realização de um evento deste porte é a comu-nhão de esforços, agregados sob uma gerência determi-nada, sistemática, inovadora e, acima de tudo, apaixona-da por tudo que efetiva, paixão esta denominada “SBHCI”.

A complexidade cada vez mais crescente paraque esta jornada se consume com êxito se inicia comorganização, transparência e uma agenda temporalmenterespeitada, reparando os erros anteriores, antecipandoas dificuldades, projetando o evento em uma grandeangular de perspectivas.

O envolvimento é múltiplo, com interesses e fo-cos de diversas matizes, mas que ao final se reúnempara um facho de luz único, a oferta de mais umaoportunidade de educação continuada, atualizaçãocientífica, encontro social e praça para interação dire-ta dos fornecedores de materiais e dispositivos queutilizamos todos os dias, para assim aplacarmos a dore afastarmos o risco de morte dos nossos pacientes.

É o momento de agradecer à Comissão CientíficaCentral da SBHCI, responsável pela confecção do con-teúdo programático em união com a Diretoria da SBHCI,ao Presidente local do evento e seus comissionados,aos colegas que gerenciaram o concurso de temaslivres, àqueles que contribuíram para as filmagens dos

Luiz Alberto MattosPresidente SBHCI

Mensagem do Presidente da SBHCI

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Atividades Científicas do XXX Congresso da SBHCI

Mensagem da Comissão de Temas Livres

Devido à disponibilidade dos espaços para aapresentação no Evento, foram aprovados 36%dos trabalhos submetidos, ou seja, 71 Temas li-vres, aqueles que obtiveram, no julgamento ele-trônico, média aritmética final igual ou superior a6,67.

Com a grande expectativa da premiação dosTemas livres neste ano, esperamos um interesseainda maior nesta atividade durante o Congresso.Com exceção dos oito trabalhos já premiados nafase inicial com o prêmio “Prêmio Melhor Temalivre - Julgamento Eletrônico”, todos os temas livres(setenta trabalhos) a serem apresentados (catego-ria oral e pôster) irão concorrer aos demais prêmi-os oferecidos pela SBHCI, confira as regras no sitehttp://www.congressosbhci.com.br/2008

A SBHCI agradece a todos os participantes desteprocesso, que acreditam na importância do desen-volvimento científico da Cardiologia IntervencionistaBrasileira.

Um grande abraço

Caros colegas,

O XXX Congresso da Sociedade Brasileira deHemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)enseja o envolvimento de toda a nossa Sociedadepara o contínuo desenvolvimento científico.

Com o programa de valorização e incentivo àprodução científica da SBHCI, recebemos, neste ano,um número recorde de submissões de temas livres,desde a implantação do sistema eletrônico de submis-são e julgamento. O crescimento das submissões foide mais de dez pontos porcentuais em relação ao anoanterior, totalizando 241 temas livres. Destes, foramvalidados 221 trabalhos científicos, sendo 197 relacio-nados à área médica.

Todos os trabalhos foram analisados por trêsjulgadores distintos de forma cega, entre os 64 membrostitulares da SBHCI que aceitaram participar do julgamen-to no sistema eletrônico. O padrão das avaliações foimuito homogêneo (mais de 95%) e os poucos casos dediscrepâncias nas notas (diferencial maior ou igual acinco) foram encaminhados para novo julgamento.

Fernando Stucchi DevitoComissão Julgadora dos Temas Livres

XXX Congresso da SBHCI 2008

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Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

COMISSÃO DE JULGAMENTO DOS TEMAS LIVRESDO XXX CONGRESSO DA SBHCI

Fernando Stucchi Devito (SP)Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite (RS)

Wilson Albino Pimentel Filho (SP)

LISTA DOS JULGADORES

José Eduardo Moraes Rego Sousa (SP)José Maria Pereira Gomes (PE)Júlio César Machado Andréa (RJ)Leonardo Cogo Beck (DF)Luiz Alberto Piva e Mattos (SP)Luiz Antonio Gubolino (SP)Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga Lopes (PB)Marcelo de Freitas Santos (PR)Marco Antonio Perin (SP)Marco Flávio Moellmann Ribeiro (SC)Marco Vugman Wainstein (RS)Marcos Antônio Marino (MG)Marden André Tebet (SP)Maria do Rosário de Britto Leite (PE)Maurício de Rezende Barbosa (MG)Miguel Antonio Neves Ratti (RJ)Newton Fernando Stadler de Souza Filho (PR)Paulo Ricardo Avancini Caramori (RS)Pedro Alves Lemos Neto (SP)Pedro Beraldo de Andrade (SP)Raul D´Aurea Mora Jr (PR)Raul Ivo Rossi Filho (RS)Ricardo Pontes de Miranda (PE)Roberto Vieira Botelho (MG)Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite (RS)Ronaldo da Rocha Loures Bueno (PR)Samuel da Silva (PR)Sérgio Luiz Navarro Braga (SP)Valmir Fernandes Fontes (SP)Valter Correia de Lima (SP)Vinícius Daher Vaz (GO)Wilson Albino Pimentel Filho (SP)

Adrian Paulo Morales Kormann (SC)Adriano Oliveira Dourado (BA)Alcides José Zago (RS)Alexandre Antônio Cunha Abizaid (SP)Alexandre do Canto Zago (RS)Alexandre Schaan Quadros (RS)Amanda Guerra Moraes Rego Sousa (SP)André Labrunie (PR)Ari Mandil (MG)Áurea Jacob Chaves (SP)Bruno Moulin Machado (ES)Carlos Augusto Cardoso Pedra (SP)César Rocha Medeiros (RJ)Claudia Maria Rodrigues Alves (SP)Costantino R. Costantini (PR)Décio Salvadori Júnior (SP)Edgar Guimarães Vitor (PE)Eduardo Missel Silva (PR)Expedito Eustáquio Ribeiro da Silva (SP)Fábio Sândoli Brito Júnior (SP)Fausto Feres (SP)Flavio Roberto Azevedo (PE)Gilberto Lahorgue Nunes (RS)Gilson Soares Feitosa (BA)Hélio José Castello Júnior (SP)Hélio Roque Figueira (RJ)Itamar Ribeiro Oliveira (RN)Jamil Abdalla Saad (MG)João Paulo Zouvi (RS)Jorge Pinto Ribeiro (RS)José Antonio Marin-Neto (SP)Jose Ayrton Arruda (ES)

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Atividades Científicas do XXX Congresso da SBHCI

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DOENÇAS CARDIOVASCULARES ADQUIRIDASAPRESENTAÇÃO ORAL

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

Prêmio Melhor Tema livre - Julgamento Eletrônico - XXX Congresso SBHCI 2008

001INCIDÊNCIA E PREDITORES DE TROMBOSE DE STENT APÓS IMPLANTE DE STENTSFARMACOLÓGICOS EM PACIENTES NÃO-SELECIONADOS COM LESÕESCORONÁRIAS COMPLEXAS TRATADOS NO MUNDO REAL - RESULTADOS DOREGISTRO DESIRE (DRUG-ELUTING STENT IN THE REAL WORLD)

RICARDO ALVES DA COSTA; AMANDA G. M. R. SOUSA; ADRIANA MOREIRA; J.RIBAMAR COSTA JR.; GALO MALDONADO; MANUEL CANO; FAUSTO FERES; LUIZA. MATTOS; OTÁVIO BERWANGER; J. EDUARDO SOUSA;

HOSPITAL DO CORAÇÃO - ASSOCIAÇÃO DO SANATÓRIO SÍRIO - SP

Fundamentos: No Registro DESIRE, pacientes com indicação de intervenção coronáriapercutânea de rotina ou urgência foram incluídos de forma prospectiva e con-secutiva em um único centro para tratamento com stent farmacológico (SF).Métodos: Um total de 2.329 pacientes com 3.575 lesões foram tratados com SFentre 2002 e 2007. Seguimento clínico foi realizado aos 1, 6 e 12 meses e anualmenteaté 5 anos. Trombose de stent foi definida de acordo com o Academic ResearchConsortium. Resultados: Média das idades era 63.8 anos, 29% eram diabéticos,51% tinha revascularização prévia, 41% apresentaram quadro clínico de síndromecoronária aguda (incluindo 15% infarto agudo do miocárdio com supra de ST),66% das lesões tinham alta complexidade (tipo B2/C pelos critérios do ACC/AHA),incluindo 29% com calcificação moderada/grave. A taxa cumulativa de trombosede stent no seguimento clínico tardio (2,6 ± 1,2 anos) foi de 1,6% [0,5% sub-aguda(<30 dias); 0,8% tardia (1-12 meses); 0,3% muito tardia (>12 meses). Na análisemultivariada, os seguintes preditores independentes de trombose de stent foramidentificados: tabagismo atual [RR 2,56; 95%IC 1,16-5,56; p=0,018], intervençãono IAM [RR 2,55; 95%IC 1,28-5,08; p=0,008], presença de calcificação moderada/grave na lesão [RR 2,50; 95%IC 1,16-5,39; p=0,020], e estenose residual noseguimento tratado [RR 1,23; 95%IC 0,99-1,53; p=0,063]. Conclusão: No RegistroDESIRE, pacientes não-selecionados com lesões complexas tratados com SF apre-sentaram taxa de trombose de stent de 1,6% no seguimento clínico de até 5 anos.A maioria dos eventos ocorreu entre 1 e 12 meses (trombose tardia), e foi associadoa tabagismo atual, intervenção no IAM, presença de calcificação moderada/gravena lesão, e estenose residual no seguimento tratado.

002MELHORA DOS ÍNDICES DE REPERFUSÃO MIOCÁRDICA COM UTILIZAÇÃO DECATETERES DE TROMBECTOMIA NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

ROGERIO LUCIANO SOARES DE MOURA; FERNANDO JOSÉ TAVARES; FERNANDOBARRETO; CARLOS BARRETO; MARCUS COSTA;

HOSPITAL BALBINO - RIO DE JANEIRO - BRASIL

Fundamento: Apesar da grande efetividade da angioplastia primária no IAM comelevação do segmento ST, a embolização distal de material aterotrombóticorelaciona-se com redução da perfusão miocárdica e pior evolução. Objetivo:Demonstrar a importância da utilização dos cateteres de trombectomia em pa-cientes com infarto agudo miocárdio com elevação do segmento ST (IAMCEST)e a efetividade desses dispositivos na melhora da perfusão miocárdica. Materiaise Métodos: Estudo prospectivo randomizado 1:1, realizado em um único centro,no qual foram incluídos 152 pacientes com quadro de IAMCEST e Delta T de até6. Foram divididos em 2 grupos, sendo o Grupo I – 76 pcts (GI) tratado de formaconvencional através de angioplastia com Stent e o Grupo II – 76 pcts (GII)submetido a trombectomia com cateter aspirador de trombo, antes do implantedo Stent. Os parâmetros de avaliação da melhora da perfusão miocárdica forama queda do segmento ST > 70% e a medida do Blush miocárdico (≥ 2), avaliadoscomo desfecho primário. O desfecho secundário foi a ocorrência de eventoscardíacos maiores (ECM) 9 meses após o procedimento (morte, novo IAM e trombosede Stent). Todos os pacientes fizeram uso de inibidor IIb/IIIa durante o procedimen-to. Resultados: Em 81.6% dos casos do GII, conseguimos aspiração efetiva de trombos,baseado em análise macroscópica do material aspirado. Houve melhora significa-tivamente estatística nos índices de reperfusão avaliados: queda do ST >70% (43,4%x 88,2% / P<0.001) e Blush miocárdico ≥ 2 (61.8% x 89.5% / P= 0.012). Nãoobservamos diferença na ocorrência de ECM no período intrahospitalar ou noacompanhamento tardio (9 meses). Conclusão: A utilização da trombectomia comoadjuvante nos procedimentos de angioplastia primária mostrou-se efetiva na melhorada perfusão miocárdica no grupo de pacientes estudados.

003RISCO DE REESTENOSE EM PACIENTES SUBMETIDOS A IMPLANTES DE STENTSCORONARIANOS

ALEXANDRE QUADROS; CARLOS A M GOTTSCHALL; DAYANE DIEHL; ANA PAULAR RODRIGUES; MATEUS D VIZZOTTO; FERNANDA O CAMOZZATTO; JOÃO M PMARTINS; LA HORE CORREA RODRIGUES JÚNIOR; GIANA SASSI; THAIS B MODKOVSKI

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS / FUC – PORTO ALEGRE - RS

Introdução: O perfil de risco de reestenose de populações tratadas com implantede stents coronarianos em nosso meio não é conhecido. Esta informação temimportância na decisão de incorporar uma estratégia seletiva de implante de stentsfarmacológicos pelo sistema público de saúde. Objetivos: Avaliar o risco dereestenose antes do procedimento de uma população de pacientes (pts) tratadoscom stents coronarianos. Métodos: Estudo observacional de corte transversal, com4482 pts tratados com 5336 stents de janeiro de 2000 a dezembro de 2007. Ascaracterísticas clínicas e angiográficas foram avaliadas. O risco de reestenosefoi avaliado conforme a presença de diabete, pela extensão da lesão e o diâmetrodo vaso. Foi aplicado um escore de reestenose previamente validado, com pontuaçãode 0 a 5 conforme a presença de diabetes mellitus (1 ponto), o diâmetro dereferência do vaso tratado (3,5 mm=0) e a extensão da lesão (>20 mm=2 pontos,10-20 mm=1, e Resultados: A média de idade foi de 60,64 ± 10,65 anos e 32%eram do sexo feminino. A média do diâmetro de referência do vaso tratado foide 3,10 ± 0,51 mm, a média de extensão da lesão foi de 13,2 ± 5,9 mm, e 20%dos pts apresentava diabete. A distribuição dos pts conforme os pontos no escorede reestenose foi a seguinte: escore 0 = 4% dos pts; escore 1 = 22%; 2 =-34%;3 = 29%; 4 = 9%; e escore 5 = 1% dos pts. Quanto à extensão da lesão, 8%apresentava lesões > 20 mm, e em relação ao diâmetro de referência, 28%apresentava vasos < 3 mm. Conclusão: Nesta população representativa da práticaclínica diária de um centro de referência para cardiologia intervencionista, amaioria dos pts apresentava risco de reestenose baixo ou intermediário peloscritérios validados neste escore. A adoção de stents farmacológicos somentenaqueles com alto risco de reestenose representaria seu uso em no máximo 20%dos procedimentos realizados atualmente

004RESULTADOS IMEDIATOS E TARDIOS DAS BIFURCAÇÕES TRATADAS COM STENTSFARMACOLÓGICOS. COMPARAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE 1 STENT VERSUS 2STENTS

BRENO OLIVEIRA ALMEIDA; MARCO A. MAGALHÃES; FÁBIO SÂNDOLI DE BRITOJR.; ALEXANDRE ABIZAID; TERESA C. NASCIMENTO; IVANISE GOMES; MARCOA. PERIN;

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SÃO PAULO - SP

Fundamentos: Os stents farmacológicos reduziram a necessidade de novarevascularização nas lesões bifurcadas. Entretanto, o seguimento tardio e a estratégiamais adequada (1stent vs. 2stents) não estão bem estabelecidos. Métodos: De06/2002 a 12/2006, 156 pacientes consecutivos com lesões coronarianas envol-vendo bifurcações foram tratados com implante de stents farmacológicos. Com-parou-se a taxa de eventos adversos combinados (óbito, infarto e revascularizaçãodo vaso alvo (RVA) ) e a incidência de trombose do stent conforme a estratégiaadotada (1 stent: ramo principal vs. 2 stents: ramo principal e ramo lateral).Resultados: A média das idades foi 65 ± 12 anos, 76% eram do sexo masculinoe 30% diabéticos. O seguimento médio foi de 2,4 ± 1,3 anos. Utilizou-se a estratégiacom 1 stent em 67% dos pacientes. Bifurcações verdadeiras ocorreram em 47%dos casos. A estratégia de 2 stents foi adotada em 33% dos casos (Crush:15%;Cullote: 3%; T-stent:10%; kissing stent simultâneo: 4%; V-stent:1%). Kissing balloonfinal foi utilizado em 86% dos casos. A sobrevida livre de eventos combinadosestimada foi de 95% na estratégia com 1 stent vs. 87% com 2 stents; p LogRank=0,03.). O risco ajustado para o uso de 2 stents foi 2.8 [ IC 95%: 1,01-7,57;p=0.05]. A taxa de trombose no emprego de 1 stent em comparação com 2 stentsfoi 2% vs. 4%; p=0.5. Conclusões: O emprego dos stents farmacológicos nas

bifurcações apresenta baixas taxas de eventos combinadosno seguimento tardio e aparentemente a estratégia de 1 stentpermanece a mais adequada.

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Temas Livres - Apresentação Oral Doenças Cardiovasculares Adquiridas

005IMPACTO DOS MEIOS DE CONTRASTE IODIXANOL E IOXAGLATO NA REPERFUSÃOMIOCÁRDICA EM PACIENTES SUBMETIDOS À ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA NOINFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO; FILHO JMB; PIERRE AGM; COUTINHO MMV;OLIVEIRA MD; JUCÁ F; ARCANJO FS; OLIVEIRA F; MONTE V; CARAMORI PRA;

HOSPITAL DO CORAÇÃO DE SOBRAL - CE

Introdução: Uma significante proporção de pacientes com infarto agudo do miocárdio(IAM) e submetidos à angioplastia primária (AP) tem prejuízo na integridademicrovascular e na perfusão miocárdica. É possível que os meios de contrasteutilizados durante a AP interfiram na perfusão miocárdica por alterarem meca-nismos celulares implicados neste processo. Objetivo: Comparar os meios decontraste iodixanol (não-iônico isosmolar) e ioxaglato (iônico de baixa osmolaridade)na perfusão miocárdica tecidual em pacientes com IAM submetidos à AP. Métodos:Estudo randomizado com uma população de 201 pacientes com IAM com tempodor-porta ≤ 12 horas submetidos à AP. O desfecho primário do estudo foi a presençade no-reflow definido como corrected TIMI frame count (CTFC) ≥ 40 quadros, eo desfecho secundário foi a composição de morte cardíaca, reinfarto e acidentevascular cerebral (AVC) durante a hospitalização. Resultados: CTFC ≥ 40 apósAP ocorreu em 22,9% dos pacientes no grupo do ioxaglato e em 19,8% no grupodo iodixanol; p=0,611. Pela análise multivariada foram preditores independentesde no-reflow: diabete melito (OR=6,06; IC95% 1,6 - 21,7; p=0,0050), tempo deisquemia (OR=1,005; IC95% 1,002 – 1,008; p=0,0008), infarto em parede anterior(OR=4,07; IC95% 1,24 – 13,29; p=0,0100) e o volume de contraste usado noprocedimento (OR=1,08; IC95% 1,003 – 1,180; p=0,0400). O desfecho secundárioocorreu em 9,5% dos pacientes no grupo do ioxaglato e em 9,4% no grupo doiodixanol; p=1,000. Conclusão: O presente estudo não demonstrou diferençassignificativas na incidência de no-reflow entre os meios de contraste ioxaglatoe iodixanol nos pacientes com IAM submetidos à AP. Também não foram obser-vadas diferenças significativas na incidência dos desfechos clínicos combinadosde morte, reinfarto ou AVC.

006RESULTADOS TARDIOS DO USO IRRESTRITO DOS STENTS FARMACOLÓGICOSNA PRÁTICA CLÍNICA DIÁRIA

MARCO ANTONIO PERIN; BRENO O. ALMEIDA; MARCO A. MAGALHÃES; ALEXAN-DRE ABIZAID; TERESA C. NASCIMENTO; IVANISE GOMES; FÁBIO S. BRITO JR.;

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SÃO PAULO - SP

Fundamentos: Os estudos randomizados que avaliaram a segurança e eficácia dosstents farmacológicos demonstraram a redução sistemática na taxa de revascularizaçãodo vaso alvo em pacientes selecionados. Entretanto, a vigilância do impacto tardiodos stents farmacológicos em pacientes pertencentes à prática clínica diária aindaé necessária. Métodos: De 16/05/02 a 31/01/2007, 1111 pacientes consecutivos foramtratados com 1911 stents farmacológicos. Avaliaram-se a taxa global e os preditoresindependentes de eventos adversos maiores (óbito global, infarto e revascularizaçãodo vaso alvo) e a incidência de trombose do stent de acordo com os critériosARC. Resultados: No total, a idade média foi de 66 ± 12 anos, 78% eram do sexomasculino e 31% diabéticos. A mediana do seguimento clínico foi de 2,3 anos(variação interquartil:1,2-3,4). Utilizou-se o stent eluidor de sirolimus (Cypher®) em55% dos casos, stent eluidor de paclitaxel (Taxus®) em 28% e outros em 17% dospacientes. Angina estável/isquemia silenciosa e síndrome coronariana agudaforam as apresentações clínicas em 40% e 60% dos pacientes, respectivamente.A intervenção envolveu bifurcações em 15%, enxerto venoso em 5% e múltiplosvasos em 29% dos casos. A taxa de eventos adversos maiores combinados cumulativa foide 14%.A necessidade de revascularização do vaso alvo ocorreu em 7,5% dospacientes e a taxa de trombose do stent (definitiva) ocorreu em 1,3% dos pacientes.Na regressão logística binária, os preditores independentes de eventos adversosmaiores foram a presença de diabetes (OR:1,5 IC 95%[1,1-2,4]; p<0,05). Conclu-sões: Esse registro, composto por pacientes pertencentes à prática clínica diáriae, portanto de maior complexidade anatômica e clínica, demonstrou baixas taxasde eventos e de nova revascularização do vaso alvo no seguimento tardio.

007COMPARAÇÃO ENTRE STENT FARMACOLÓGICO E STENT CONVENCIONAL PARAO TRATAMENTO DO INFARTO COM SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST

MARCO AURELIO DE MAGALHAES PEREIRA; FÁBIO S. BRITO JR.; BRENO O.ALMEIDA; ALEXANDRE ABIZAID; TERESA C. NASCIMENTO; IVANISE GOMES;MARCO A. PERIN;

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SÃO PAULO - SP

Fundamentos: Estudos randomizados que avaliaram o emprego dos stents far-macológicos no infarto agudo do miocárdio com supra do segmento ST (IAMSST) demostraram resultados conflitantes. Além disso, o seguimento tardio, após 2 anos,é pouco conhecido. Métodos: De 01/01 a 12/07 foram tratados 251 pacientesconsecutivos com IAMSSTe implante de stent. Comparou-se a taxa de eventoscardíacos maiores cumulativa (óbito, infarto e revascularização do vaso alvo) dos112 (45%) pacientes que receberam stent convencional vs. 139 (55%) pacientesque foram tratados com stents farmacológicos. Resultados: No total, a média dasidades foi de 63 ± 12 anos, 77% eram do sexo masculino e 23% diabéticos. Amediana do seguimento clínico foi de 2,6 anos (variação:1,3-4,3). As caracterís-ticas basais e do procedimento (idade,sexo, taxa de sucesso imediato, Killip ≥3 à admissão, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, uso de abciximab e diâmetrode referência) foram semelhantes entre os grupos. O tempo de dupla antiagregaçãoplaquetária foi de 1,3 ± 0,8 anos no grupo que recebeu stent farmacológico. Ospacientes que receberam stent convencional apresentaram maior taxa de eventoscardíacos maiores cumulativos (23,4% vs. 9,4%; p).

008700 CASOS DE ANGIOPLASTIA EM INFARTO AGUDO. PREDITORES DE MORTA-LIDADE. EXPERIÊNCIA DE 10 ANOS

MARCELLO AUGUSTUS DE SENA; BERNARDO KREMER DINIZ GONCALVES; RODRIGOTRAJANO S. PEIXOTO; ANGELO LEONE TEDESCHI;

PROCORDIS – NITERÓI - RJ

Fundamento: Angioplastia coronária é o método de escolha de reperfusão eminfarto agudo do miocárdio (IAM) em centros especializados. Objetivo: Avaliaros pacientes (pc) admitidos com IAM com supra ST e submetidos a angioplastiaprimária que evoluiram para óbito intra-hospitalar. Identificar preditores de mor-talidade. Delineamento: Estudo retrospectivo, consecutivo, de um único centronão-randomizado. Resultados: Entre julho de 98 e dezembro de 07 foram realizadas703 angioplastias primárias. Excluídos os pc com delta T > 12 horas, selecionados672 pc. Destes 59 pc (8,8%) evoluíram para óbito intra-hospitalar. Este grupo depc apresentava predomínio do sexo feminino (45,8% x 30,7%, p=0,03), idade maisavançada (72,2 x 62,2, p. Conclusão: Os preditores de mortalidade identificadosneste grupo de pacientes foram os seguintes: Sexo feminino, idade superior a 75anos, presença de choque cardiogênico,delta T alargado, acometimento multiarterial,presença de calcificação coronária, fenômeno de no reflow e baixo fluxo TIMI3 pós.

Óbito Não Óbito p

Vaso ùnico 18% 37% 0,007Cálcio 37% 23% 0,02Timi3 Pré 13% 22% 0,15No Reflow 17% 6,0% 0,006Timi3 Pós 72% 93%

Prêmio Melhor Tema livre - Julgamento Eletrônico - XXX Congresso SBHCI 2008

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DOENÇAS CARDIOVASCULARES ADQUIRIDASAPRESENTAÇÃO ORAL

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

Temas Livres

009SEGUIMENTO CLÍNICO DE PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL SUBMETIDOSÀ INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA COM STENTS FARMACOLÓGICOS

ADRIANA C MOREIRA; LUCIANO CAVALCANTE; AMANDA SOUSA; J.RIBAMARCOSTA JR; RICARDO COSTA; MANUEL CANO; GALO MALDONADO; LUIZ MATTOS;FAUSTO FERES; J.EDUARDO SOUSA;

HOSPITAL DO CORAÇÃO – ASS – SÃO PAULO - SP

Fundamentos: A insuficiência renal é tradicionalmente relacionada à evoluçãodesfavorável após intervenção coronária percutânea. Os stents farmacológicos(SF) podem beneficiar este subgrupo de pacientes (P). Métodos e Casuística: DeMaio/2002 a Julho/2007, os P tratados exclusivamente com SF foram prospectivamenteincluídos neste registro e seguidos com 1, 6 e 12 meses e a partir de então anualmen-te. Excluíram-se P em fase aguda de IAM e com lesões em enxertos. Os de-mais foram divididos em 2 grupos de acordo com o comprometimento da funçãorenal (Clearence de Cr ≤ 60 e > 60). Todos foram tratados pré-ICP com clopidogrel(600mg+75mg/dia) e AAS (100mg/dia). Os antiplaquetários foram mantidos por 1ano após a alta hospitalar. O objetivo primário foi comparar a ocorrência de eventoscardíacos maiores entre os 2 grupos. Resultados: 490 P com disfunção renal e1010 P com função renal preservada foram incluídos. A média das idades foi maiselevada nos P com Clearance ≤60 (74,3 ± 10,2vs55,4 ± 8anos,p ± 1,3 anos) obtidosem 95% da população estão descritos na tabela.

Eventos Clearance ≤≤≤≤≤ 60 Clearance >60 p (n=490) (n=1010)

Infarto do miocárdio 17 (3,5%) 27 (2,7%) 0,49Revasc. da lesão-alvo 10 (2,0%) 33 (3,3%) 0,24Óbito cardíaco 15 (3,1%) 12 (1,2%) 0,019Eventos maiores 42 (8,6%) 72 (7,2%) 0,376 Trombose (ARC) 5 (1,0%) 12 (1,2%) 0,97

Conclusão: No que se refere a necessidade de nova revascularização e trombose,o uso de SF aboliu o efeito negativo da IR. Porém, dada a maior complexidadeclínica deste subgrupo de pacientes, a taxa de mortalidade continua superior àdos P com função renal preservada.

010RESULTADOS TARDIOS DO EMPREGO ROTINEIRO DOS STENTS FARMACOLÓGICOSNOS PACIENTES DIABÉTICOS

BRENO OLIVEIRA ALMEIDA; MARCO A. MAGALHÃES; FÁBIO S. BRITO JR.; ALEXANDREABIZAID; TERESA C. NASCIMENTO; IVANISE GOMES; MARCO A. PERIN;

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: Pacientes diabéticos caracterizam-se pela elevada taxa de eventoscardíacos maiores após intervenção coronária percutânea, em parte relacionadaà reestenose intrastent. O impacto tardio do uso rotineiro de stents farmacológicosnestes pacientes ainda é controverso. Métodos: De 05/2002 a 01/2007, 1111pacientes foram tratados com 1911 stents farmacológicos (1,7 stent/paciente).Destes, 336 (31%) eram diabéticos. Comparou-se a taxa de eventos cardíacosmaiores (óbito, reinfarto, revascularização da lesão alvo) e a incidência detrombose relacionada ao stent (critérios ARC) nos diabéticos vs. não diabéti-cos. Resultados: No total, a média das idades foi 66 ± 12 anos. A mediana deseguimento clínico foi de 2,3 anos (variação interquartil:1,2-3,4). Os pacientesdiabéticos apresentaram maior taxa de dislipidemia (55% vs. 48%, p=0,04), hi-pertensão (70% vs. 59%; p). Conclusões: Nesta população não selecionada ede uso rotineiro de stents farmacológicos, a presença do diabetes permaneceassociada a maiores taxas de revascularização da lesão-alvo.

011IMPACTO DO ULTRASOM INTRACORONARIO PARA GUIAR O IMPLANTE DE STENTSFARMACOLÓGICOS NA REDUÇÃO DOS EVENTOS CLÍNICOS A LONGO PRAZO

COSTANTINO ORTIZ COSTANTINI; COSTANTINO O COSTANTINI; SERGIO GTARBINE; MARCELO F SANTOS; MARCOS BUBNA; ANICI BELEMER; EDNA DUARTE;MARCOS DENK; ROBSON SIPRAKI; COSTANTINO R COSTANTINI;

HOSPITAL CARDIOLOGICO COSTANTINI / FUNDAÇÃO FRANCISCO COSTANTINI– CURITIBA - PR

Introdução: Por permitir uma área luminal final maior, o ultrasom intracoronario(USIC) diminui a necessidade de reintervenção dos stents convencionais. Oimpacto clinico tardio deste método para guiar o implante de stents farmacológicos(SF) não foi ainda determinado. Métodos: Foram analisados 1350 pacientes con-secutivos com DAC e que foram tratados com o implante de stents farmacológicosguiado pelo USIC e que alcançaram pelo menos 6 meses de evolução pós implante.Dois grupos foram comparados de acordo à utilização (USIC, N=952) ou não(NUSIC, N=398) do USIC para guiar o implante do SF. Os grupos foram comparadoscom testes estatísticos habituais. Um valor de p (FVA) (Morte,infarto, trombose oureintervenção do vaso tratado). Resultados: A idade média foi de 63 anos nosdois grupos. Diabéticos representaram 33% dos pcts nos dois grupos. O grupo USICfoi mais complexo que o NUSIC (Doença multiarterial 46%vs54%, p=0.01; bifurca-ção tratada 51% vs 44%, p=0.03; Relação stent/lesão 1,2VS 1,14, p=0.05). A médiade acompanhamento foi de 30 meses nos dois grupos. O grupo USIC apresentouuma taxa de FVA de 13,5% VS 18,8%, p=0.013, diferença produzida principalmentepela menor taxa de trombose de SF no grupo USIC (0,96% VS 2,52%,p=0.02). Naanálise de regressão logística a presença de doença multiarterial (p). Conclusão:Nesta analise retrospectiva de pacientes não selecionados a utilização do USICdiminui de forma significativa a falha do vaso tratado. Esta diminuição foi de-terminada principalmente pela redução das taxas de trombose do stent. O beneficiodo USIC estaria determinado pela comprovação da adequada expansão e aposiçãodo stent contra a parede vascular.

012RESULTADOS CLÍNICOS TARDIOS (2 ANOS) DE PACIENTES NÃO-SELECIONADOSCOM LESÕES CORONÁRIAS COMPLEXAS TRATADOS COM STENT ELUIDOR DEZOTAROLIMUS (ENDEAVOR) NA PRÁTICA CLÍNICA DO “MUNDO REAL”

FAUSTO FERES; COSTA, R A; BERALDO, P; COSTA JR, J R; TANAJURA, L F; STAICO,R; MAIA, J P; SIQUEIRA, D; SOUSA, A G M R; SOUSA, J E M R;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO - SP

Fundamentos: O stent eluído com zotarolimus Endeavor demonstrou excelentesegurança e eficácia clínica no tratamento de pacientes com doença arterial coroná-ria incluídos em estudos controlados envolvendo lesões não-complexas. No entanto,o impacto do stent Endeavor na prática clínica do mundo real pernamece desconhe-cido. Métodos: Entre Janeiro e Março de 2006, 100 pacientes com indicação deintervenção coronária percutânea de rotina ou urgência foram incluídos de formaprospectiva e consecutiva num registro unicêntrico onde o stent Endeavor foi utilizadocomo estratégia inicial de tratamento. Resultados: 39% dos pacientes eram dia-béticos, e 81% das lesões eram de alta complexidade (tipo B2/C de acordo como ACC/AHA). Um total de 140 lesões foram tratadas com sucesso com 174 stentsEndeavor, e o sucesso do procedimento foi de 98% (2 pacientes apresentaram infartoagudo do miocárdio não-Q). O diâmetro médio do vaso foi 2.69mm, e a extensãoda lesão 16.0 mm; no reestudo angiográfico aos 6 meses (96%), a perda luminaltardia foi de 0.66 mm, e a taxa de reestenose no segmento tratado foi de 8,2%.A reestenose foi aumentada em diabéticos (15,5 vs. 2,6%, p=0,009), e a presençade diabetes foi o único preditor independente de reestenose angiográfica [RR=15,27(95%IC 2,45-95,04), p=0,003]. No seguimento clínico de 1 ano (100%), a taxa cu-mulativa de eventos cardícos adversos maiores (ECAM) foi de 6% (4% de revascu-larização do vaso alvo, RVA); aos 2 anos (96%), a taxa cumulativa de ECAM foide 8,3% (6,3% RVA). Não houve ocorrência de morte ou trombose de stents durantetodo o período de seguimento clínico. Conclusão: Nesse estudo prospectivo envol-vendo pacientes não-selecionados do mundo real com lesões complexas, o stenteluído com zotarolimus Endeavor demonstrou excelente segurança e eficácia clínicasustentadas no seguimento tardio de 2 anos, incluindo taxa de RVA de 6.3% eausência de eventos trombóticos ou morte.

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Temas Livres - Apresentação Oral Doenças Cardiovasculares Adquiridas

013STENTS FARMACOLÓGICOS COM POLÍMERO BIODEGRADÁVEL E ELUIÇÃO DEPACLITAXEL (INFINNIUM) E DE SIROLIMUS (SUPRALIMUS) REDUZEM A NECES-SIDADE DE NOVA INTERVENÇÃO EM CASOS COMPLEXOS: ACHADOS DO ESTUDOCONTROLADO E RANDOMIZADO PAINT

PEDRO ALVES LEMOS NETO; INVESTIGADORES DO ESTUDO PAINT;

ESTUDO MULTICÊNTRICO BRASILEIRO – INCOR – HC/ FMUSP – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: O presente estudo objetiva avaliar o impacto de dois novos stentscom polímeros biodegradáveis, eluidores de paclitaxel e sirolimus respectiva-mente, no tratamento de pacientes com alto risco de reestenose. Material eMétodos: No estudo randomizado PAINT, 275 pacientes foram alocados parastent com polímero biodegradável eluidor de paclitaxel, ou sirolimus, ou stentconvencional (proporção 2:2:1). O presente estudo inclui 187 pacientes (paclitaxel=80pts, sirolimus=69 pts, controle=38 pts) que apresentavam uma ou mais das seguintescaracterísticas: vaso fino (diâmetro do stent=2,5 mm), lesão longa (comprimentodo stent >23 mm), ou diabetes. Resultados: No total, 45% eram diabéticos. Ocomprimento e o diâmetro dos stents foram de 23,2 ± 4,0 mm (63% dos stents>23 mm) e de 3,0 ± 0,4 mm (27% dos stents=2,5 mm) respectivamente. Após umseguimento de 260 ± 116 dias, as taxas de eventos para os grupos Infinnium,Supralimus e controle foram: morte (3,0% vs. 1,5% vs. 0%; p=0,6), infarto domiocárdio (2,5% vs. 3,4% vs. 6,7%; p=0,9) e revascularização do vaso alvo (1,5%vs. 1,5% vs. 10,5%; p=0,013). Os dados da angiografia de controle e a evoluçãoclínica após 1 ano estarão disponíveis no momento da apresentação. Conclusão:Achados preliminares do estudo randomizado PAINT sugerem que, em comparaçãocom stents convencionais, ambas as formulações de stents farmacológicos compolímero biodegradável (paclitaxel ou sirolimus) são eficazes na redução do riscode nova revascularização em 260 dias em pacientes com alto risco de reestenose,sem aumento na incidência de morte ou infarto do miocárdio.

014INSUFICÊNCIA RENAL AGUDA PÓS INTERVENÇÃO CORONÁRIA NO INFARTOAGUDO DO MIOCÁRDIO:PREDITORES E EVOLUÇÃO CLÍNICA EM 1ANO

RAPHAEL LANZA E PASSOS; JOSÉ FÁBIO ALMIRO SILVA; FRANCISCO CARLEIALFEIJÓ DE SÁ; DIMYTRI ALEXANDRE A. SIQUEIRA; FAUSTO FERES; ALEXANDREABIZAID; RODOLFO STAICO; LUIZ ALBERTO MATTOS; AMANDA G.M.R. SOUSA;J. EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Fundamento: A ocorrência de insuficiência renal aguda (IRA) associa-se a pior evo-lução pós-infarto agudo do miocárdio (IAM), sendo de natureza multifatorial. Ospreditores e o prognóstico da IRA pós-intervenção coronária percutânea (ICP) primáriaainda não estão bem estabelecidos. Objetivo: Identificar os preditores de IRA empacientes (P) com IAM com supra de ST submetidos a ICP primária e determinara evolução clínica desta condição. Método: Estudo retrospectivo no qual foramincluídos P com quadro de IAM com supra de ST submetidos a ICP primária no períodode 2002 a 2007. Os P foram classificados quanto a presença de IRA–aumento dacreatinina ≥0,5mg/dl ou >25% em relação aos valores basais.Os P foram acom-panhados clinicamente por 1 ano através de revisão de prontuário e contatotelefônico para avaliação de eventos maiores. Resultados: Foram incluídos 150P com média de idade de 60 anos,sendo 73%do sexo masculino. Fatores con-siderados relevantes de risco de IRA como diabetes mellitus (34%),killip>1 (27%),volume de contraste e fármacos também foram avaliados. A IRA ocorreu em15,3%dos P. Após análise multivariada, a apresentação ou ocorrência de Killip>1 (p=0,021), o uso de aminas vasoativas (p=0,033) e a necessidade de ventilaçãomecânica (p=0,002) estiveram associados à IRA. Após 1 ano os eventos óbito (p=0,001),hemodiálise (p=0,281) e eventos combinados óbito-hemodiálise (p=0,001) foram sig-nificativos nos P com IRA. Conclusão: Os principais preditores de IRA após ICPprimária relacionam-se com a má evolução clínica intra-hospitalar. A IRA pós ICPprimária constitui preditor independente de mortalidade/eventos maiores em 1 ano.

015HIDRATAÇÃO COM BICARBONATO DE SÓDIO NA PREVENÇÃO DE NEFROPATIAPOR CONTRASTE: ESTUDO CLÍNICO MULTICÊNTRICO

VITOR OSORIO GOMES; LASEVITCH, R; MACHADO, B; ARRUDA, JA; LIMA, V;PEREZ-ALVA, JC; ARNDT, M; BRITO JUNIOR, FS; CARAMORI, P;

CENTRO DE TERAPIA ENDOVASCULAR - HOSPITAL MÃE DE DEUS / SERVIÇODE HEMODINÂMICA- HOSPITAL SÃO LUCAS-PUCRS – PORTO ALEGRE – RS

Introdução: A hidratação com bicarbonato de sódio se mostrou útil na prevençãode nefropatia induzida por contraste (NIC) em um pequeno estudo unicêntrico.No entanto, o papel dessa estratégia em pacientes submetidos a cateterismo cardíaco(CAT) não está bem estabelecido. Nós avaliamos o efeito da hidratação com bi-carbonato de sódio na prevenção de NIC nessa população. Métodos: Ensaio clínicorandomizado envolvendo 301 pacientes com creatinina sérica (Cr) ≥1,2 mg/dl oudepuração da creatinina endógena (DCE) < 50 ml/min que realizaram CAT em8 centros nacionais e 1 centro de fora do país. Os pacientes foram randomizados parareceber hidratação com bicarbonato de sódio 8,4% (154 ml) diluído em 846 ml deSG 5%, iniciando 1h antes do procedimento na dose de 3 ml/Kg/h e após 1 ml/kg/h por mais 6h, ou hidratação com SF 0,9% no mesmo volume e intervalo detempo. Todos os procedimentos foram realizados com contraste iônico de baixaosmolaridade. A Cr foi medida antes do procedimento e 48h após, sendo con-siderado NIC o aumento de 0,5 mg/dl da Cr. Resultados:Não houve diferença quantoàs características demográficas e do procedimento entre os 2 grupos. A incidênciade NIC foi 6,1% no grupo bicarbonato e 6,0% no grupo SF (p=0,96). Os resultadosprincipais são mostrados na tabela.

SF 0,9% (n=151) BICA (n=150) p

Idade, anos 64,5 ± 12 64,1 ± 11 ns Cr pré,mg/dl 1,49 ± 0,5 1,50 ± 0,4 ns Cr pós, mg/dl 1,50 ± 0,7 1,51 ± 0,4 ns Vol contraste,ml 125 ± 83 124 ± 64 ns NIC,% 6,0 6,1 ns

Conclusão: Nesse estudo multicêntrico, a hidratação com bicarbonato de sódionão se mostrou superior a hidratação com SF 0,9% na prevenção de NIC empacientes submetidos a CAT.

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DOENÇAS CARDIOVASCULARES ADQUIRIDASAPRESENTAÇÃO ORAL

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

016PERFIL DE SEGURANÇA DOS STENTS FARMACOLÓGICOS NAS SÍNDROMESCORONÁRIAS AGUDAS: ANÁLISE DE 900 CASOS CONSECUTIVOS

CARLOS AUGUSTO HOMEM DE MAGALHAES CAMPOS; PEDRO A. LEMOS; EXPEDITOE. RIBEIRO; JOAO L. FALCAO; ANDRE G. SPADARO; LUIZ J. KAJITA; PEDRO HORTA;GILBERTO MARCHIORI; EULOGIO E. MARTINEZ;

INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DEMEDICINA DA USP – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: Os stents farmacológicos constituem um grande avanço no tratamentoda doença coronária. No entanto, seu emprego nas síndromes coronárias agudas temsido objeto de intensa discussão científica. População e métodos: De maio de 2002e setembro de 2006, 910 pacientes consecutivos foram tratados com implante depelo menos um stent farmacológico e foram incluídos na presente análise. Os pacientesforam divididos em 2 grupos de acordo com o quadro clínico de admissão: 1) GrupoEstável (635 portadores de angina estável) e 2) Grupo Instável (275 pacientes cominfarto recente ou angina instável). Analisamos as características clínicas, angiográficase a ocorrência tardia de eventos adversos. Resultados: As características clínicas entreos grupos foram semelhantes, exceto pela maior freqüência de tabagistas nos instáveise de intervenção percutânea prévia nos estáveis. Aqueles com síndromes instáveisapresentaram significativamente menor diâmetro luminal mínimo (0,8 ± 0,3 vs.0,9 ± 0,3), maior diâmetro de referência (2,6 ± 0,5 vs. 2,5 ± 0,4) e maior grau de estenoseluminal percentual (68,7 ± 10,5% vs. 64,8 ± 10%); sendo as demais característicasangiográficas semelhantes entre os grupos. Após 588 dias (mediana do tempo deseguimento), os grupos, estável e instável, tiveram índices semelhantes de re-infarto(2,8 vs. 5%;p=0,1), revascularização do vaso alvo (6 vs. 7,7%; p=0,4) e óbito (4,5vs. 6,5%; p=0,2), respectivamente. No entanto, quanto à ocorrência de trombose,esta foi significativamente mais freqüente nos pacientes com quadros coronarianosagudos (1,4 vs. 4,4%; p=0,02), principalmente pela ocorrência de trombose tardia (2,9vs. 0,6; p=0,01). Conclusão: Nesta população, os stents farmacológicos demonstra-ram ser uma ferramenta com bom perfil de segurança no tratamento das síndromescoronárias agudas em relação aos pacientes com doença coronária crônica, consi-derando que o diagnóstico à admissão, por si, já os expõe a um maior risco de eventosadversos.

Prêmio Abbott Vascular Intervencionista do Ano 2008 - Temas Livres

017ATÉ QUE PONTO A COMPLEXIDADE CLÍNICA E ANGIOGRÁFICA INFLUI NOSRESULTADOS IMEDIATOS E TARDIOS DE PACIENTES TRATADOS COM STENTSFARMACOLÓGICOS? – UMA COMPARAÇÃO ENTRE INDICAÇÕES “ON LABEL”E“OFF LABEL” NO REGISTRO DESIRE

JOSE DE RIBAMAR COSTA JUNIOR; AMANDA SOUSA; ADRIANA MOREIRA; RICARDOCOSTA; MANUEL CANO; GALO MALDONADO; CANTÍDIO CAMPOS NETO; CÉSARJARDIM; OTAVIO BERWANGER; J EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DO HOSPITAL DO CORAÇÃO – ASS – SÃOPAULO – SP

Introdução: Após o questionamento da segurança tardia dos stents farmacológicos(SF) de 1ª geração, a agência reguladora americana FDA emitiu parecer contendoas indicações clínicas e angiográficas para as quais o uso de tais stents estariaembasado por estudos clínicos (indicações “on label”). Foram assim consideradosos pacientes (P) com isquemia silenciosa/angina estável, portadores de lesão denovo, única, Métodos: Entre Maio/2002 e Maio/2007 todos os P tratados exclu-sivamente com SF em nosso serviço foram incluídos neste registro e divididosem 2 grupos de acordo com o tipo de indicação para a intervenção percutânea(“on label” vs. “off label”). Excluíram-se desta análise P tratados em fase agudade IAM e aqueles com lesões em enxertos venosos/arteriais. O objetivo primáriofoi comparar a taxa de eventos cardíacos maiores (ECAM) e trombose de stent(TS) entre os grupos no seguimento clínico tardio (> 1 ano). Resultados: Dos 2.014P tratados, 1.533 (76%) o foram por indicações “off label”. Seguimento clínicofoi obtido em 97% da população (média de 2,6 ± 1,2 anos). Ao final de 5 anos,95% dos P “on label” e 92% dos “off label” estavam livres de ECAM (p=0,02).Esta diferença deveu-se a maior incidência de IAM (2,3% vs. 1,6%, p=0,04) e óbitocardíaco (2,7% vs. 1,0%, p. Conclusão: Ainda que o uso de SF em situações “offlabel” tenha cursado com pior evolução tardia em relação ao grupo de baixacomplexidade (“on label”), as baixas taxas de ECAM.

018O IMPACTO DOS FATORES CLÍNICOS E ANATÔMICOS NA INCIDÊNCIA DEEVENTOS EM PACIENTES TRATADOS COM STENTS FARMACOLÓGICOS

MARCO AURELIO DE MAGALHAES PEREIRA; FÁBIO S. BRITO JR.; BRENO O.ALMEIDA; ALEXANDRE ABIZAID; TERESA C. NACIMENTO; IVANISE GOMES; MARCOA. PERIN;

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: O emprego “Off-label” dos stents farmacológicos está associadoa maiores taxas de eventos em comparação com as indicações “On-label”. Oconhecimento do impacto individual e da interação entre as variáveis clínicase anatômicas pode permitir a adoção de medidas farmacológicas e intervencionistasobjetivando a melhora dos resultados. Métodos: De 06/02 a 01/07, 1073 pacientesconsecutivos foram tratados com stents farmacológicos e classificados em: Grupo I(controle: n=214) - características “On-label” e ausência de diabetes; Grupo II(clínico: n=223) - síndrome coronariana aguda de alto risco, infarto agudo domiocárdio ou a presença de diabetes; Grupo III (anatômico:n=297) - vaso fino,bifurcações, enxertos venosos, (múltiplos stents ou intervenção multiarterial) eGrupo IV (clínico-anatômico: n=339) - pelo menos uma característica clínica euma anatômica. Compararam-se as taxas de eventos combinados maiores (óbitoglobal, revascularização do vaso alvo (RVA), e trombose do stent). Resultados:No seguimento clínico de 2,4 ± 1,3 ano, a incidência de eventos combinadosmaiores foi 14%. Observou-se um crescente aumento na taxa de eventos combi-nados do grupo I ao IV (6,5% vs. 10,3%, vs. 15,8% vs. 19,5%; p).

019ATIVAÇÃO INFLAMATÓRIA SISTÊMICA: HÁ DIFERENÇA ENTRE OS STENTS CON-VENCIONAIS E FARMACOLÓGICOS?

ROGERIO LUCIANO SOARES DE MOURA; MARCUS COSTA; FERNANDO BARRETO;FERNANDO JOSÉ TAVARES; CARLOS EDUARDO BARRETO;

HOSPITAL BALBINO - RIO DE JANEIRO - BRASIL

Fundamento: A utilização de Stents nas intervenções coronárias percutâneas (ICP)induz a ativação de resposta inflamatória sistêmica, conforme previamente publicado.Objetivo: Comparar o grau de ativação da resposta inflamatória sistêmica entreos stents convencionais (SC) e os Stents Farmacológicos (SF). Materias e Métodos:Estudo prospectivo, não-randomizado, envolvendo 182 pacientes, divididos emtrês grupos: Grupo I (64 pcts) submetidos a ICP com SC, Grupo II (53 pcts) submetidosà ICP com SF com Sirolimus e o Grupo III (65 pcts) submetidos a ICP com SF comPaclitaxel. Foram dosados os níveis séricos de Proteína C Reativa (PCR) antes,24 h e 1 mês após o procedimento. Todos os pacientes encontravam-se em usode terapêutica antiagregante plaquetária dupla e estatina, além das medicaçõeshabituais. Foram excluídos pacientes com síndromes coronarianas agudas, pro-cessos infecciosos ativos, neoplasias, tabagistas, obesos (IMC > 35), hepatopatase diabéticos. O desfecho primário foi a redução da PCR e o desfecho secundárioa ocorrência de eventos cardíacos maiores (morte, IAM, trombose de Stent).Resultados: Não houve diferença estatística com relação a ocorrência de ECMentre os grupos (0% x 1.8% x 1.5%). Em relação aos níveis de PCR, não observamosdiferença signicativamente estatística entre os grupos no pré-procedimento. Houveum aumento dos níveis de PCR após 24 horas nos três grupos, igualmente semsignificância estatística. Entretanto, observamos uma nítida redução dos valoresapós 1 mês no G I em relação aos grupos G II e G III, os quais não apresentaramdiferença estatisticamente relevante entre si (1,1 ± 0,7 mg/l vs 5,2 ± 1,3 mg/l vs5,9 ± 1,4 mg/l/p. Conclusão: A resposta inflamatória se faz presente quando dautilização de ambos os tipos de Stents, porém mostra-se mais duradoura nospacientes submetidos a implante de SF, não havendo diferença entre os dois tiposde SF utilizados.

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Temas Livres - Apresentação Oral Doenças Cardiovasculares Adquiridas

Prêmio Abbott Vascular Intervencionista do Ano 2008

020EFICÁCIA DOS STENS FARMACOLÓGICOS EM PACIENTES COM PERDA DE FUNÇÃORENAL

VITOR OSORIO GOMES; RICARDO LASEVITCH; CARISI POLANCZYK; MARCELOARNDT; ANA KREPSKY; PATRICIA BLAYA; PATRICIA HICKMANN; DENISE OLIVEI-RA; LUIS SMIDT; PAULO CARAMORI;

CENTRO DE TERAPIA ENDOVASCULAR - HOSPITAL MÃE DE DEUS / SERVIÇODE HEMODINÂMICA - HOSPITAL SÃO LUCAS-PUCRS – PORTO ALEGRE – RS

Introdução: Pacientes com insuficiência renal crônica (IRC) submetidos à angioplastiacoronariana (ACTP) com implante de stents convencionais (BMS) apresentammais reestenose e piores desfechos clínicos. Há limitada informação a respeitodesempenho dos DES em pacientes com perda de função renal. Métodos: Essaé uma sub-análise de um registro de pacientes submetidos a implante de DEScom seguimento de até 5 anos. Um total de 460 pacientes foram divididos em2 grupos de acordo com a creatinina sérica (Cr). Resultados: O tempo médio deseguimento foi 23 ± 12 meses, sendo o seguimento máximo de 64 meses. Apresenta-vam Cr ≥ 1,5 mg/dl 66 pacientes e 394 pacientes tinham Cr

Cr≥≥≥≥≥1,5mg/dl Cr p

Cr, mg/dl 2,4 ± 1,8 1,0 ± 0,2 <0,001 morte, % 23 3 <0,001 IAM, % 13,8 5,1 0,02 RVA, % 12,5 11,1 NS

Conclusão: Em pacientes submetidos a ACTP com DES, a IRC está associada amaior incidência de IAM e maior mortalidade. Entretanto não foi observado impactodos níveis de creatinina sobre a incidência de RVA, indicando que a eficácia dosDES em prevenir reestenose seja mantida mesmo em pacientes com perda defunção renal.

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Temas LivresCARDIOPATIAS CONGÊNITAS

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

021RESULTADOS TARDIOS DE PACIENTES SUBMETIDOS À OCLUSÃO PERCUTÂNEADO DEFEITO DO SEPTO ATRIAL

BRUNO MACEDO DE AGUIAR; JOSÉ CARLOS R BRITO; MARIA LÚCIA DUARTE;CANDICE PORTO; ADRIANO OLIVEIRA; MARCELO GOES; FERNADO BULLOS F;A AZEVEDO J; ADEMAR S F; HEITOR G CARVALHO;

HOSPITAL SANTA IZABEL – SALVADOR – BA

Fundamento: Os resultados imediatos de pacientes (pc) submetidos à oclusãopercutânea do defeito do septo atrial (DAS) pela prótese Amplatzer (PA) estão bemestabelecidos, porém, pouco tem sido relatado a respeito do seguimento tardio.Material: Noventa e três pc portadores de DSA tipo ostium secundum, idadevariando de 7 a 75 anos (média= 39 anos), 77 % do sexo feminino, tratado comsucesso, entre março de 2001 a fevereiro de 2008, pelo implante percutâneo daPA, compõem o contingente avaliado. Quando da alta hospitalar, os pc foramorientados a usar AAS 100mg e também fazer profilaxia para endocardite duranteseis meses. Também foi orientados realização de ecocardiograma bidimensionalcom Dopller e mapeamento de fluxo a cores (Eco2D) nos 3º e 6º meses e anualmenteapós o tratamento. No seguimento tardio os pc ou seus médicos assistentes foramcontatados por telefone com perguntas específicas sobre sintomas e dados doEco2D. Resultados: Foram obtidas informações de 82 (88%) pc. O período deacompanhamento variou de 1 mês a 84 meses (média 38 meses). Todos os pccontatados realizaram, pelo menos, 1 Eco2D no seguimento. 81 (99%) pc estãovivos e assintomáticos. Um pc foi a óbito por insuficiência cardíaca após 3 anosdo tratamento e nesse, o Eco2D mostrou oclusão do DSA. A exceção de 1 pccom discreto shunt, nos demais (99%), o DSA foi ocluido. Não ocorreram com-plicações tais como embolização da PA e necessidade de cirurgia eletiva ou deemergência. Conclusões: A oclusão percutânea do DSA pela PA apresentouexcelentes resultados tardios com alto percentual de oclusão do DSA.

022OCLUSÃO PERCUTÂNEA DE COMUNICAÇÃO INTER ATRIAL TIPO OSTIUM PRIMUM(CIA OP) – NOVA OPÇÃO TERAPÊUTICA OU APENAS UM GOLPE DE SORTE?

FRANCISCO JOSE ARAUJO CHAMIE DE QUEIROZ; DANIEL CHAMIÉ; JORGE HADDAD;MARIA LUISA MEURER; MARIA LUISA ARAGÃO; ELEPHTERIOS SIDERIS;

HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO - MS, RJ.

Introdução: Até o momento, o uso percutâneo de próteses para o fechamento dasCIA OP era considerado impossível.Os autores relatam pela primeira vez, um casobem sucedido de oclusão percutânea de CIA OP utilizando Transcatheter Patch.Relato de caso: TST, m, 25 a, portador de CIA OP e cleft mitral, sem regurgitaçãosignificativa. Operado em 2005, apresentou CIA OP residual de 16 mm. Recusounova cirurgia.Após consentimento informado, foi referido para tentativa de oclusãopercutânea. Métodos: O diâmetro estirado da CIA mediu 21 mm, obtido pelaoclusão do defeito com balão medidor CMD Sizing Balloon inflado com 6ml desolução salina e contraste. Sobre guia rígida introduzida na aorta descendentefoi posicionada bainha de Mullins 12 F através do defeito. Foi selecionado Patchde tamanho médio, com cola cirúrgica de Polietileno Glicol montado sobre balãomedidor CMD e introduzido através da bainha longa. O sistema foi recuado,ocluindo o defeito e expandindo o patch. Mantendo o sistema imobilizado, opaciente foi encaminhado para unidade fechada. Resultados: O balão foi retiradosob fluoroscopia e ETE na manhã seguinte, deixando o patch aderido ao septoatrial. ETE de controle mostrou CIA OP completamente fechada, sem shunt residualnem interferência sobre as valvas átrio-ventriculares. O mesmo aspecto foi obtidono ETT de controle apos um mês. Não houve complicações relativas ao proce-dimento, até a presente data. Conclusões: O fechamento com Transcatheter Patch,neste caso, foi possível, seguro, e eficaz. Esta técnica só deverá ser tentada porprofissionais experientes em intervenção, só devendo ser utilizada em casosextremamente selecionados.Mais estudos se fazem necessários para melhor esta-belecer a segurança, eficácia e reprodutibilidade desta técnica.

023OCLUSÃO PERCUTÂNEA DOS DEFEITOS DO SEPTO ATRIAL UTILIZANDO MAISDE UMA PRÓTESE

FRANCISCO JOSE ARAUJO CHAMIE DE QUEIROZ; DANIEL CHAMIÉ; SERGIORAMOS; JOÃO CARLOS TRESS; ROSAURA VICTER;

CARPE - CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA E FETAL DO RIO DE JANEIRO - RJ / INTERCAT- CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA - RIO DE JANEIRO - RJ

Introdução: O uso de mais de uma prótese tem sido descrito, mas ainda há poucosestudos sobre o assunto, especialmente no que diz respeito ao seguimento de longoprazo. Métodos: desde abril de 1999 a dezembro de 2007selecionamos aquelesportadores de defeitos múltiplos, que necessitaram mais de uma prótese para suaoclusão. Incluímos, também, dois casos de pacientes com shunt residual e quenecessitaram de um segundo dispositivo. Os casos foram todos selecionadosatravés de ecocardiogramas transesofágicos. Resultados: No período mencionado,211 pacientes foram submetidos a fechamento percutâneo de CIAs. Destes, 14pacientes necessitaram uso de duas próteses para oclusão de seus defeitos. Oimplante foi possível em todos os casos. O diâmetro dos orifícios menores mediu10,5 ± 4,0 mm e dos maiores 20,6 ± 5,5 mm. Foram utilizadas 30 próteses, sendo29 Amplatzer para CIA e uma Amplatzer para forame oval. O diâmetro centraldas próteses de CIA variou de 5 a 34 mm (16,8 ± 7,6 mm). A prótese de forameoval foi de 25 mm. Não houve complicações graves ou óbitos. Shunt residualimediato estava presente em três pacientes. Conclusões: Apesar de tecnicamentemais complexo, o fechamento das CIA com duas próteses é possível, seguro eeficaz. Até o presente momento o uso de duas próteses metálicas não parece serdanoso ao septo atrial ou a estruturas vizinhas. Apesar disso, mais estudos sãonecessários para definir a segurança deste procedimento, especialmente emcrianças.

024OCLUSÃO PERCUTÂNEA DE COMUNICAÇÃO INTER VENTRICULAR PERIMEMBRA-NOSA (CIV PM). TRANSCATHETER PATCH - UMA NOVA OPÇÃO?

FRANCISCO JOSE ARAUJO CHAMIE DE QUEIROZ; DANIEL CHAMIÉ; JORGE HADDAD;MARIA LUIZA MEURER; MARIA LUISA ARAGÃO; FELIPE WERNECK; ELEPHTERIOSSIDERIS;

HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO – MS - RJ

Introdução:o fechamento percutâneo das CIV PM apresentou resultados iniciaisbastante satisfatórioscom as próteses Amplatzer. A ocorrência de Bloqueio AVTotal (BAVT) imprevisível e, tardio em alguns casos, fez com que a maioria dosServiços buscasse uma outra opção, mais segura, para esses casos. Apresentamosaqui, a nossa experiência inicial com o “Transcatheter Patch” no fechamento dessedefeito. Métodos: foram selecionados dois pacientes através de ecocardiogramastranstorácicos (ETT). Foi realizado cateterismo direito e esquerdo por punção deartéria e veia femoral sob monitoração contínua por ecocardiograma transesofágico(ETE) e fluoroscopia. Após as angiografias, a CIV foi cruzada com o cateter arteriale obtida alça artério-venosa com uma guia de troca capturada através de cateterlaço de 20mm e retirada pela veia. Pela extremidade venosa era introduzida bainhade Mullins 10F e posicionada em aorta ascendente. No seu interior era avançado“Transcatheter Patch” pequeno, com cola de Polietileno Glicol aplicada, montadosobre balão medidor CMD até a extremidade da bainha longa. O balão era infladoe recuado até ocluir o defeito,expandindo o patch. Angiografias de controle eramobtidas em VE e o sistema era fixado na pele. Os pacientes eram mantidos imobi-lizados por 4 horas. Resultados: ambas as pacientes eram do sexo feminino. Asidades eram 3 e 21 anos e os pesos 15 e 25 Kg, respectivamente. As CIV mediram4 e 8 mm. Obteve-se a oclusão satisfatória de ambos os defeitos. Os balões foramretirados após 4 h. Em um o patch se deslocou e foi imediatamente retirado comlaço. A paciente aguarda novo procedimento. No outro caso, o procedimento foibem sucedido. Os ETT de controle mostraram a CIV fechada, sem shunt residual.Não ocorreram complicações maiores ou óbitos. Conclusões: o fechamento deCIV PM com ”transcatheter patch” se mostrou possível e relativamente simples. Maiorexperiência ainda é necessária para avaliar a eficácia e segurança do método.

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Temas Livres - Cardiopatias Congênitas

025INTERVENÇÕES PERCUTÂNEAS EM NEONATOS PORTADORES DE CARDIOPATIASCONGÊNITAS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DO NORDESTE. EXPERIÊNCIA INICIAL

JULIANA RODRIGUES NEVES; SANTIAGO RAUL ARRIETA; CLEUSA LAPA; RENATACASSAR; SANDRA S. MATTOS; ANUSKA LINS; CATARINA CAVALCANTI; CRISTINAVENTURA; MARCO RIVERA;

IMIP - INSTITUTO MATERNO-INFANTIL DE PERNAMBUCO – RECIFE – PE

Introdução: O manuseio de neonatos portadores de cardiopatias congênitas (CC)é um verdadeiro desafio. Recentemente vários procedimentos percutâneos têmsido utilizados para o tratamento paliativo ou definitivo destes pts com altos índicesde sucesso e baixa morbi-mortalidade. Objetivo: Relatar a nossa experiênciainicial com intervenções percutâneas em neonatos portadores de cardiopatiascongênitas internados num hospital pediátrico do nordeste. Material e método:De 11/05 a 02/08 foram realizados 438 cateterismos cardíacos em pacientes (pts)portadores de cc, destes 45 (10,5%) foram intervenções realizadas neonatos. Aidade e o peso médio foram 16,6 ± 14,3 dias e 2,92 ± 1,8 kg. Os procedimentos foramdivididos em grupos: grupo A, valvoplastia pulmonar (incluído perfuração comradiofreqüência); Grupo B, valvoplastia aórtica; grupo C, implante de stent no canalarterial em cardiopatias complexas hipofluxo pulmonar; grupo D, Abordagemhíbrida (stent no canal arterial + bandagem pulmonar + atriosseptostomia) parahipoplasia do VE; grupo E, atriosseptostomias. Resultados: A intervenção foirealizada com sucesso em 43 crianças (95,5%) com uma mortalidade relacionadaao procedimento (MRP) de 6,6% (3 pts). No grupo A (22 pts) houve sucesso em20 pts, 1 pts foi a óbito devido a perfuração da via de saída do VD, não houvemortalidade hospitalar (MH) neste grupo. Grupo B (4 pts) sucesso imediato em 100%sem complicações e sem MH. Grupo C (7 pts) sucesso em todos os casos semMRP porem com MH de 57% (4 pts). Grupo D houve 2 óbitos (MRP 33%) e nãohouve MH. Finalmente no grupo E (5 pts) não houve complicações nem morta-lidade. Conclusão: As intervenções percutâneas no período neonatal apresentamum bom resultado em grande parte dos pacientes portadores de cardiopatias graves,sendo uma boa alternativa terapêutica definitiva e ou paliativa.

026OCLUSÃO PERCUTÂNEA DA COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR MUSCULAREM PACIENTES COM GRAVE DISFUNÇÃO VENTRICULAR

JULIANA RODRIGUES NEVES; SANTIAGO RAUL ARRIETA; MARIA ESTER CORREIA;FLAVIO ROBERTO OLIVEIRA; VINICIUS DAHER VAZ; SANDRA MATTOS; RENATACASSAR; MONICA COSTA; VITOR GUERRA;

INSTITUTO MATERNO-INFANTIL DE PERNAMBUCO – RECIFE – PE

Introdução: O tratamento cirúrgico de pacientes (pts) portadores da comunicaçãointerventricular muscular (CIVm) com disfunção ventricular esquerda grave apresentaresultados pouco alentadores. O tto percutâneo vem se tornando uma alternativasegura e eficaz para estes doentes. Objetivo: Relatar a nossa experiência no fecha-mento percutâneo da CIVm em pacientes portadores de disfunção ventricularesquerda grave. Material e método: Desde 01/07 até 11/07 foram realizados 3 fecha-mentos percutâneos em 3 pts. A CIVm foi secundaria a infarto agudo de miocárdio(IAM) em 2 pts e um pts tinha CIVm apical congênita e encontrava-se na fasesubaguda de miocardite viral. Dois pts eram do sexo masculino e a mediana daidade e peso foram de 46,6 anos (7-69) e 49 Kg (20-80). O tempo médio pós IAMfoi de 20 dias (10-30). A fração de ejeção media foi de 21% (±11%). Os três ptsencontravam-se na UTI e em uso de drogas vasoativas. Resultados: O procedimentofoi realizado com sucesso e sem complicações nos três pts. O diâmetro médiofoi de 13,3 ± 6,1 mm. A relação prótese/defeito foi de 2/1 e a próteses utilizadasforam Amplatzer muscular VSD occluder (2 pts) e Amplatzer ASD occluder (1pts)O tempo médio de procedimento foi de 3,2 ± 0,8 hs e o tempo de fluoroscopia foie 56 ± 27 min. Durante o internamento um pts (pósIAM) foi a óbito no 3 dia apósimplante devido a assistolia. O tempo médio de internação foi de 4,2 ± 1,9 diae no seguimento ambulatorial (9 meses) os pacientes encontram-se em classefuncional I-II. No ecocardiograma de controle não houve shunt residual e houvemelhora da fração de ejeção para 44 % no pt com CIVm pós IAM e 42% no pt commiocardite viral. Conclusão: A oclusão percutânea da CIVm em pacientes comdisfunção ventricular esquerda severa é um procedimento seguro e eficaz porémsão necessário estudos maiores para avaliar a incidência de morbi-mortalidade.

027AVALIAÇÃO PELA ECOCARDIOGRAFIA 3D DO FECHAMENTO POR TÉCNICASHEMODINÂMICAS DE DEFEITOS CONGÊNITOS RESTRITIVOS DO SEPTOINTERVENTRICULAR POR MOLAS “NIT OCCLUD”.

LUIZ CARLOS N SIMOES; LUCIANO BELEM; CLAUDIA LACÊ; RENATA MATTOS;PAULO RENATO TRAVANCAS; MONICA CELENTE; ANA HELENA J L DORIGO; JG ATHAYDE; PAULO SERGIO OLIVEIRA;

INSTITUTO NACIONAL DE CARDIOLOGIA - MS - RJ

Fundamento: A técnica para fechamento percutâneo de defeitos do septointerventricular (CIVs) e o desenho ideal das próteses encontram-se em períodode debate. Objetivo: Avaliar em estudo prospectivo, a eficácia de molas nofechamento de CIVs restritivas, perimembranosas ou musculares de 1/3 médioatravés da avaliação pela ecocardiografia 3D. Métodos: Dez pacientes (pts) foramselecionados para a oclusão sendo 09 portadores de CIVs perimembranosas e umamuscular. A idade dos pts variou de 12 a 28 anos (m=16.4 a) e peso corporal de24 a 47 kg (m=38 kg). A pressão pulmonar foi normal em todos e a sobrecargavolumétrica de cavidades esquerdas foi diagnosticada em 07 (10). Um dos casostinha regurgitação aortica leve e um regurgitação VE>AD. Todos procedimentosforam monitorados pela ETE e radioscopia. Resultados: Em todos os procedimentosforam utilizadas molas “Nit Occlud” reforçadas desenhadas para o fechamentode CIVs. As dimensões da prótese foram selecionadas de acordo com as dimensõesdo defeito do septo interventricular, sua morfologia e de sua relação com os folhetosda valva aórtica Após o implante pequeno shunt residual foi observado em 03pts e após os primeiros 03 meses de seguimento somente um paciente apresentavapequeno shunt. As próteses utilizadas em todos os procedimentos foram 10/6 (4)e 12/6 (6). A eco 3D foi aplicada em todas reavaliações pré e pós alta permitindoestabelecer uma relação tridimensional entre a prótese e as demais estruturascardíacas. Conclusões: O fechamento por cateteres de CIVs com molas “NitOcclud” é técnica promissora para os defeitos restritivos e com morfologia de túnelno lado ventricular direito. A ETE e a radioscopia foram fundamentais para oposicionamento da prótese assim como para sua estabilização e liberação e aEco 3D na análise de sua eficácia terapêutica permitindo identificar sua adaptaçãoao defeito interventricular e às estruturas cardíacas adjacentes.

028BANDAGEM DAS ARTÉRIAS PULMONARES (BAPS) OU “STENT”DO DUCTOARTERIOSO (DA) COMO PRIMEIRA AÇÃO NA ATRESIA AÓRTICA?

LUIZ CARLOS N SIMOES; PAULO SERGIO OLIVEIRA; RENATA MATTOS; CLAUDIALACÊ; PAULO RENATO TRAVANCAS; JOSÉ CALIANE; DENOEL OLIVEIRA; AN-DREIA VIVIANNI; CARLA VERONA;

INSTITUTO NACIONAL DE CARDIOLOGIA - MS - RJ

Fundamento: O DA pérvio é essencial aos pacientes (pts) com AAo para a manu-tenção do fluxo sistêmico A BAPs tem sido realizada junto a estabilização doDA com “stents”em um conjunto de ações que necessita da transformação da salade hemodinâmica tradicional em uma sala cirurgica. Objetivo (s): Demonstrar quequando do procedimento “híbrido” no tratamento da AAo, a estabilização do ductoarterioso com “stent”, pode ser prévia a BAPs e realizada em locais e tempo in-dependentes. Métodos: Dez neonatos que receberam “stents” em nosso Institutocom diagnóstico de AAo, como tratamento paliativo foram revisados. Todosreceberam “stents” auto-expansíveis. Nos 10 casos a veia femoral foi utilizada,O ducto arterioso foi avaliado por aortografia em obliqua esquerda cranial. Ocomprimento do “stent escolhido foi o de cobrir toda a área ductal e de não alteraro fluxo para as artérias pulmonares principais. Resultados: Observamos a permea-bilidade do DA após a expansão dos “stents” em todos os casos e os “stents”mantiveram-se pérvios durante o seguimento pós procedimento (6 a 55 dias m=33).Em cinco casos realizamos a BAPs e em um “shunt” invertido entre a AP e o TBCe a BAPs. O tempo entre o implante do “stent” e a cirurgia de BAPs foi de 06ha 70 h (m=35). A avaliação do posicionamento dos “stents” pré e pós BAPs demonstrouestabilidade em todos os casos avaliados independente da relação entre o tempodo procedimento hemodinâmico e o cirúrgico. Conclusões: Em nossa série de ptscom AAo, a estabilização do DA prévio à BAPs, não foi fator preditivo de suamigração ou de dificuldades cirúrgicas o que permite que esta seqüência possaser utilizada.

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Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

029TRATAMENTO PERCUTÂNEO DA ESTENOSE AÓRTICA VALVAR CRÍTICA. RESUL-TADOS IMEDIATOS E TARDIOS EM 16 ANOS DE EXPERIÊNCIA

RAUL IVO ROSSI FILHO; MONICA SCOTT BORGES; JOÃO LUIZ MANICA; PAULORENATO M MACHADO;

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS /FUC – PORTO ALEGRE – RS

Introdução: A estenose aórtica crítica é grave e necessita intervenção terapêuticaprecoce. Sabe-se que a valvoplastia percutânea possui bons resultados imediatose a curto prazo.Poucos estudos demonstram a efetividade desse método a longoprazo. O objetivo deste estudo é relatar a experiência de 16 anos de valvoplastiaaórtica percutânea em recém-natos e lactentes pequenos em um centro terciário.Métodos: Entre março de 1991 e julho de 2007, 31 crianças portadoras de estenoseaórtica valvar crítica foram submetidas a dilatação percutânea. A idade média foide 22 ± 19 dias e o peso médio de 3310 g (1840 a 4400 g). Todos os pacientesapresentavam insuficiência cardíaca congestiva, associado ou não a colapso circu-latório. Houve predomínio do acesso femoral (74,2%), mas, após 2003, o acessocarotídeo através de dissecção cirúrgica passou a ser a primeira opção. Foramutilizados balões Tyshak-minir entre 4 a 8 mm de diâmetro. Resultados: Imedia-tamente após o procedimento houve queda significativa do gradiente máximo VE-Ao ao ecocardiograma de 75 ± 22 para 33 ± 16 mmHg (p). Conclusões: O tratamentopercutâneo para a estenose aórtica crítica em recém-nascidos e lactentes pequenosselecionados é seguro e eficaz, sendo a terapêutica de escolha com bons resultadosa curto e longo prazo

030IMPLANTE DE STENT NO CANAL ARTERIAL ATRAVÉS DE VIA CAROTÍDEA EMCRIANÇAS GRAVES PORTADORAS DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS COMHIPOFLUXO PULMONAR

SANTIAGO RAUL ARRIETA; JULIANA R NEVES; MARCO RIVEIRA; EUCLIDES TENORIO;RENATA CASSAR; ANUSKA LINS; CRISTINA VENTURA; FERNANDO MORAES;CLEUSA LAPA;

IMIP- INSTITUTO MATERNO INFANTIL PROF.F.FIGUEIRA - RECIFE - PE

Introdução: A cirurgia de Blalock Taussig é o método de escolha para o tratamento(tto) paliativo das cardiopatias congenitas (CC) com hipofluxo pulmonar (HiP);porem em determinadas situações o risco de sua realização é consideravelmentealto.O implante de stent no canal arterial (CA) vem sendo utilizado como ttopaliativo em diversas situações, realizado geralmente através da veia ou da arteriafemoral; porem as dificuldades técnica e as complicações vasculares não sãoinfreqüentes. Relatamos a nossa experiência inicial com implante de stent no CAatravés do acesso carotídeo (AC) em crianças (cça) graves com CC e HiP. Materiale método: O AC foi obtido mediante dissecção e punção direta. Após angiografiasum guia 0,014" era posicionado na artéria pulmonar (AP) e posteriormente foirealizado o implante de stent. O stent utilizado foi o Liberte – Boston scientific.O tamanho do stent foi escolhido de acordo à anatomia do CA, tamanho da APe do peso da cça. Todas as cça tinham condições de co-morbidade importantes(sepses 3; prematuridade2; ileostomia 2). Resultados: De 05/07 a 03/08 foramimplantados 8 stents em 7 cça. A mediana de idade e peso foram 11dias (8-270)e 2,3 K (1,7-8) respectivamente. As CC foram atresia pulmonar (APu) com CIV 2;APu com septo integro 2 e CC complexa 3 cça.Os diâmetros do CA no local daestenose pré e pós intervenção foram 2,1 ± 0,8 e 3,7 ± 0,4 mm (p). Conclusão:O implante de stent no CA através da via carotídea é uma alternativa segura eeficaz em cças graves portadosas de CC com HiP.

031INTERVENÇÕES PERCUTÂNEAS NAS ESTENOSES DOS TUNEIS INTRA-ATRIAS NOSPACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA DE SENNING

SANTIAGO RAUL ARRIETA; JULIANA R NEVES; GUSTAVO ANDRADE; MONICAFIORI; CATARINA CAVALCANTI; RENATA CASSAR; ANUSKA LINS; CRISITINAVENTURA; CLEUSA LAPA;

IMIP-INSTITUTO MATERNO INFANTIL PROF. F. FIGUEIRA – RECIFE- PE

Introdução: As estenoses dos túneis intra-atrias (TIAs) sistêmico ou pulmonaresno pós operatório tardio (POT) da cirurgia de Senning não são um achado infreqüentepodendo as vezes ser muito deletérias para o paciente (pte), recentemente tem sidorealizado a dilatação com cateter balão com ou sem stent para tratar estas lesõescom bons resultados. Objetivo: Relatar nossa experiência no tratamento percu-tâneo das estenoses dos TIAs no PO tardio de cirurgia de senning. Material emétodo: De 04/06 a 01/08 foram realizados 5 procedimentos em 4 pts. Três implantesde stent nos TIAs sistêmicos (Grupo 1) mediante acesso venoso (2), punção transhepatica(1) e 2 dilatações com cateter balão nos TIAs pulmonares (Grupo 2) realizadas porvia arterial retrograda.O tempo médio entre o diagnostico da estenose e a cirurgiafoi de 15 (10-24) anos. A sindrome da VCS estava presente em 1 pts e 2 tinhamascite importante.Todos os pts recebiam medicação para insuficiência cardíaca.Resultados: No Grupo1 a estenose estava localizada na VCI (2) e na VCS (1).Odiâmetro (Ø) no local de estenose foi 5,75 ± 2,5 mm e o Ø de referência proximalfoi 17,5 ± 1,9 mm. O diâmetro pós foi 17,3 ± 2 mm (p Grupo 2, houve aumentosignificativo do Ø da estenose de 5 ± 2mm para 16 ± 3 mm. O gradiente précaiu de 16 ± 3 mmHg para 4 ± 2 mmHg. Um paciente apresentou edema agudode pulmão durante a intervenção com evolução favorável. Os balões utilizadosforam o MaxiLD com Ø médio de 18,9 ± 4,72. O tempo medio de internamentofoi de 28 ± 3 hs. Durante o seguimento clínico e ecocardiográfico de 16 ± 3 mesesnão havia sinais de estenose e os pacientes encontram-se assintomáticos. Con-clusão: O tratamento percutâneo das estenoses dos TIAs no POT de cirurgia deSenning é uma alternativa segura e eficaz, com baixo índice de morbi-mortalidade.

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Atividades Científicas do XXX Congresso da SBHCI

DOENÇAS CARDIOVASCULARES ADQUIRIDASAPRESENTAÇÃO PÔSTER

Temas Livres

032IMPACTO DOS STENTS FARMACOLÓGICOS NO TRATAMENTO PERCUTÂNEO DELESÕES CORONÁRIAS EM BIFURCAÇÃO - RESULTADOS CLÍNICOS TARDIOS DEUM ESTUDO COMPARATIVO E NÃO RANDOMIZADO

ALAOR MENDES; COSTA, R; LIMA, A; COSTA, JR; MOREIRA, A; SOUSA, A;MATTOS, LA; ABZAID, A; FERES, F; SOUSA, JE;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / HOSPITAL DO CORAÇÃO– SÃO PAULO – SP

Introdução: Os benefícios dos stents farmacológicos (SF) têm sido confirmados emmuitos subgrupos de alto-risco, sua eficácia e segurança no tratamento de lesõescoronárias em bifurcação ainda são controversas. Métodos: Estudo retrospectivo enão randomizado, 79 pacientes com lesões coronárias em bifurcação que foramtratados com SF em um único centro privado que dispunha deste dispositivo comoestratégia inicial para as intervenções coronárias percutâneas (ICP), e 106 pacientesportadores de lesões em bifurcação tratados apenas com stents não-farmacológicos(não-SF) em um hospital público no mesmo período. Sucesso angiográfico foi definidocomo estenose residual Resultados: As características clínicas de ambos os gruposeram similares (p=NS), e 85% das lesões envolviam tanto o vaso principal (VP) comoo óstio do ramo lateral (RL).Conclusões: Nesta análise, a maioria das ICP de lesõesem bifurcação foram realizadas utilizando-se a técnica de stent provisional comimplante de apenas 01 stent. No geral, elevadas taxas de resultado angiográficosubótimo foram encontradas no RL (>20%), independentemente do dispositivo uti-lizado. Os benefícios associados ao emprego dos SF tornaram-se evidentes pela di-minuição significativa nas taxas de RLA, sem riscos adicionais que comprometessemsua segurança, após seguimento de 01 ano.

Variável SF (N=79) Não-SF (N=106) P

Técnica “provisional” 78% 80% NSInsuflação final com 2 balões (“kissing”) 51% 46% NSSucesso angiográfico VP 100% 99% NSRL 76% 78% NSSeguimento clínico de 1 ano Óbito/Infarto do miocárdio 6% 8% NSRLA 0% 18% <0,001

033RESULTADOS PRELIMINARES DO NOVO DISPOSITIVO TMI ANTARES PARA RAMOSLATERAIS (RL) DE BIFURCAÇÕES PARA O TRATAMENTO DE LESÕES CORONÁRIASDE NOVO EM BIFURCAÇÕES

ALAOR MENDES; RICARDO A COSTA; JOSE RIBAMAR COSTA; ANDREA ABIZAID;LUIZ ALBERTO P MATTOS; FAUSTO FERES; AMANDA GMR SOUSA; J EDUARDOSOUSA; EITAN KONSTANTINO; ALEXANDRE ABIZAID;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Introdução: o stent Antares SAS (TriReme Medical Inc. Antares SAS Stent®) foidesenvolvido para facilitar o acesso ao RL, melhorando seu posicionamento esuporte ostial. Constitui-se num stent de aço inoxidável 316L balão-expansívelcompatível e de baixo perfil 6-Fr. com estrutura de suporte para RL (“Estrutura depreservação ostial“) no seu centro, cateter de balão de troca rápida e guia deestabilização de RL – que permite acesso direto ao RL após liberação do stentno vaso principal (VP), sem necessidade de recruzar o stent. O stent SAS Antaresoferece 4 marcadores radiopacos na saída do RL para melhor posicionamento ecobertura ostial do RL. Reportamos os resultados “First in Man“ de 30 dias daexperiência com o Stent Antares SAS. Métodos: um total de 9 pacientes (P) e 9lesões foram consecutivamente incluídos neste estudo prospectivo conduzidonuma única instituição. Oito de 9 lesões tinham envolvimento significativo deambos ramos e DA/Diagonal foi a localização prevalente de lesão (78%). Resul-tados: referência média do diâmetro e comprimento do vaso no index para VPe RL foram 3,00 ± 1,00 mm/2,24 ± 0,39 mm e 10,11 ± 2,03 mm/6,28 ± 3,07 mm,respectivamente. O stent Antares SAS foi implantado com sucesso em todos oscasos (pressão de liberação média de 13,3 ± 3,0 atm). Pós-dilatação com balãoúnico foi realizada em todos os VPs e em 89% dos RLs, 56% com dilataçãosimultânea dos balões. Não houve implante de stents adicionais no RL e sucessoper-procedimento foi alcançado em 100% (estenose residual Conclusões: nestepequeno estudo “first in man“, o stent Antares SAS dedicado a bifurcações demonstrousegurança e resultados agudos excelentes, desta forma, poderá representar umaalternativa para o tratamento de lesões coronárias em bifurcações. Estudos maiorescom seguimento de longo prazo são necessários.

034RESULTADOS PRELIMINARES DO NOVO STENT FARMACOLÓGICO VESTASYNC®,COM SIROLIMUS E SEM POLÍMERO

ALEXANDRE CUNHA ABIZAID; J RIBAMAR COSTA JR; RICARDO COSTA; FAUSTOFERES; L FERNADO TANAJURA; GALO MALDONADO; DIMYTRI SIQUEIRA; LUISALBERTO MATTOS; AMANDA SOUSA; J EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE / CARDIOVASCULAR RESEARCH CENTER – SÃOPAULO – SP

Fundamentos: Recentemente a segurança tardia dos stents farmacológicos (SF)de 1ª geração tem sido questionada. A presença de um polímero sintético durávelnestes stents tem se associado a reações inflamatórias locais podendo levar aimportante remodelamento arterial positivo, má-aposição adquirida do stent etrombose tardia. Recentemente desenvolveu-se o stent Vestasync®, que combinauma plataforma de aço inoxidável com microporos impregnados com Sirolimus(dose de 55 mg). A liberação do fármaco ocorre em 40 dias e é controlada poruma fina camada de hidroxiapatita, material biocompatível, encontrado natural-mente no organismo humano. Neste estudo visamos investigar a segurança, de-sempenho e eficácia deste novo SF. Métodos: Em maio de 2007, 15 pacientescom lesões únicas, de novo, Resultados: A idade média da população incluídafoi de 63 anos, sendo 16% diabéticos. O diâmetro de referência e a extensão dalesão foram 2,8 ± 0,3 mm e 9,8 ± 2,0 mm, respectivamente. Obteve-se sucessodo procedimento em todos os casos. Não houve eventos adversos durante hos-pitalização, 30 dias e 6 meses de evolução. No re-estudo protocolar de 4 mesesobservou-se uma perda tardia intra-stent e no seguimento de 0,27 ± 0,27 mm e0,18 ± 0,31 mm, respectivamente. Ao ultra-som o%de obstrução do stent foi de2,8%. Não houve casos de restenose binária e/ou clínica. Conclusões: Na evoluçãode curto prazo, o SF de 3ª geração Vestasync®, demonstrou ser seguro e com excelenteresultado. Estudos randomizados, com população mais complexa e seguimentoclínico mais extenso são necessários para ratificar os ótimos resultados iniciais.

035COMPARAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DAS VIAS RADIAL E NÃO-RADIAL NA FASEAGUDA DO IAM

ALEXANDRE DAMIANI AZMUS; LEONARDO ALVES; GUILHERME ALMEIDA; ROSAMARIA SOUZA;

HOSPITAL DE CARDIOLOGIA DA SANTA CASA DE RIO GRANDE – RS

Introdução: A opção da escolha da via de acesso pode estar relacionado a carac-terísticas do próprio paciente (P) e da experiência do operador. Objetivo: O objetivoprincipal deste estudo é comparar as características e os resultados dos pacientessubmetidos à intervenção coronariana percutânea (ICP) no IAM conforme as viasde acesso arterial. Material e Métodos: Foram analisados uma coorte prospectivae consecutiva de pacientes tratados na fase aguda do IAM entre 2003 e 2007,incluindo-se intervenção primária e resgate. Os dados foram analisados em pro-grama SPSS/12. As variáveis foram comparadas entre grupo radial (R) e não-radial(NR). Para as variáves categóricas utilizou-se teste qui-quadrado e, para as con-tínuas, teste T. Resultados: Foram analisados 319 P distribuídos conforme via deacesso radial (112P/35%) e não-radial (206P/64,7% femoral; 1P/0,3% braquial), nãohavendo conversão de uma via para outra. Não houve diferença entre os gruposem relação as variáveis intervalo de dor, HAS, diabete mélitus, história familiar,dislipidemia, história de intervenção ou cirurgia prévias, tempo porta-balão e tipode intervenção (resgate ou primária). Em comparação ao NR, o grupo radial semostrou mais freqüentemente do sexo masculino (78% R x 60% NR, p=0,001),tabagista (43% R x 29% NR, p=0,019) e em KILLIP I (96% R x 85% NR, p=0,002).A idade foi em média 59 ± 10 (R) e 63 ± 13 (NR) (p=0,001). A via R foi de escolhaem 50% para um operador, 38% para o segundo e 22% para o terceiro. Acessoradial foi de escolha na minoria dos casos atendidos em horário não-regular (15%R x 85% NR, p=0,001). Por se tratar de grupo selecionado e, possivelmente, demenor gravidade, os pacientes do grupo R apresentaram maior taxa de sucesso(95% R x 84% NR, p=0,006) e menor mortalidade hospitalar (2,7% R x 12,6% NR,p=0,004). Conclusões: Os pacientes submetidos a ICP por via radial foram sele-cionados, constituindo-se de subgrupo de menor risco de mortalidade hospitalar.

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Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

036COMPLICAÇÕES VASCULARES EM 4595 PACIENTES SUBMETIDOS A IMPLANTESDE STENTS CORONARIANOS

ALEXANDRE QUADROS; ROGERIO SARMENTO-LEITE; CARLOS A M GOTTSCHALL;DAYANE DIEHL; ANA PAULA R RODRIGUES; MATEUS D VIZZOTTO; FERNANDAO CAMOZZATTO; JOÃO M P MARTINS; LA HORE CORRÊA RODRIGUES JUNIOR;DULCE I WELTER;

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL IC/FUC – PORTOALEGRE – RS

Fundamento: As complicações vasculares (CV) são uma das principais causas demorbidade e mortalidade em pacientes (pts) submetidos às intervenções coronarianaspercutâneas (ICP), mas muitos estudos anteriores já não refletem a prática clínicaatual. Objetivos: Avaliar a prevalência de CV e seus preditores em uma populaçãode pts tratada com ICP contemporaneamente. Métodos: Estudo observacional decorte transversal, com pts tratados com stents de janeiro de 2000 a dezembro de2007. As características clínicas, angiográficas, e a evolução intrahospitalar dospts foram avaliadas e registradas em banco de dados informatizado. Foram excluídospts com óbito hospitalar ou cirurgia cardíaca de urgência. CV foram definidas comosangramento maior, cirurgia vascular ou hematoma > 10 cm. Os dados foramanalisados com SPSS 11,0, e as características dos pts com e sem CV foram comparadascom teste t e qui-quadrado. Os preditores independentes de CV foram identificadospor análise de regressão logística múltipla. Resultados: A população estudadaconsistitu de 4595 pts com 5485 stents implantados, sendo que a média de idadefoi de 60,64 ± 10,65 anos e 32% eram do sexo feminino. As ICP foram realizadaspela via femoral em 95% dos casos (5% pela via radial), 85% dos procedimentoscom introdutores 6F (em 15% foram usados introdutores 7F). Foram registradas CVem 162 pts (3,3%). Por análise multivariada, o único preditor de CV foi o uso deintrodutores 7F: razão de chance=3,05, intervalo de confiança=1,2-7,8; p=0,02.Pelo teste de Hosmer-Lemeshow goodness-of-fit, o modelo utilizado demonstrouboa calibração para a amostra analisada (qui-quadrado=6,9; p=0,55). Conclusão:Nesta grande população de pts tratados em um centro de referência predominan-temente pela via femoral, a prevalência de CV maiores foi baixa.O principalpreditor de CV foi o calibre do introdutor arterial utilizado.

037DEPRESSÃO, ESTRESSE E ANSIEDADE E O RISCO DE NOVOS EVENTOS CARDIO-VASCULARES APÓS INTERVENÇÕES CORONARIANAS PERCUTÂNEAS

ALEXANDRE QUADROS; EDSON E A MINOZZO; GIUSEPPE DE LUCA JUNIOR;SHANA H WOTTRICH; HENRIQUE Z KUNERT; EVELYN S. R. VIGUERAS; GIANASASSI; THAIS B MODKOVSKI; PATRICIA P RUSHCEL; CARLOS A M GOTTSCHALL;

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS - IC/FUC – PORTO ALEGRE – RS

Fundamento: As características psicológicas estão associadas com maior risco deeventos cardiovasculares maiores (ECVM) em vários subgrupos de pacientes (pts),mas dados referentes á sua prevalência e influência no prognóstico em indivíduossubmetidos a intervenções coronarianas percutâneas (ICP) em nosso meio não sãodisponíveis. Objetivos: Investigar a prevalência da depressão, ansiedade, estreessepsicológico e personalidade tipo D e sua influência no prognóstico de pts subme-tidos a ICP. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, com pts submetidos a ICPeletivas em um centro de referência. Após o procedimento, os seguintes questio-nários foram aplicados: BDI para depressão, BAI para ansiedade, ISSL para estressee DS14 para verificação de personalidade Tipo D. As características clínicas,angiográficas e relacionadas os procedimentos foram avaliadas em todos pts. Oseguimento clínico é realizado após um ano para avaliação de ECVM. Resultados:Os 104 pts foram incluídos no período de março a dezembro de 2006, sendo quea média de idade foi de 60,8 ± 9,7 anos e 59% eram do sexo masculino. Em relaçãoàs características demográficas, 28% já tinha sido submetido a tratamento psico-lógico e 30% fazia uso de psicofármacos Em relação aos diagnósticos psicológicos,personalidade Tipo D foi identificada em 36% dos casos, 32% apresentou ansie-dade moderada/grave, 27% apresentou depressão moderada/grave, e 66% dos ptsencontrava-se com estresse, sendo 25% desses com as formas crônica e grave.Os dados completos relacionados ao seguimento e desfechos dos pts estão emavaliação e serão apresentados no congresso. Conclusões: Pacientes submetidosa ICP têm alta freqüência de estresse e um quarto deste pts apresenta depressão.A avaliação destas características tem sido investigada com o objetivo de umaestratificação mais acurada do risco de novos ECVM após as ICP.

038HIPERPLASIA NEOINTIMAL INTRA-STENT E PROGRESSÃO DE PLACA NO VASOALVO EM PACIENTES TRATADOS COM STENTS ELUÍDOS COM ZOTAROLIMUS:UMA ANÁLISE DE CORRELAÇÃO COM ULTRASSOM INTRA-CORONÁRIO SERIADO

ANDRE FARINELLI LIMA BRITO; J RIBAMAR COSTA; ALAOR MENDES; JULIO MAIA;RODOLFO STAICO; RICARDO COSTA; FAUSTO FERES; LUIZ ALBERTO P MATTOS;AMANDA GMR SOUSA; J EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Histórico: A resposta inflamatória no segmento coronário tratado (SCT - intra-stente bordos 5mm proximal e distal) pode ocorrer após angioplastia coronária (ATC)resultando em grau variado de hiperplasia neointimal (HNI). Não está definido seexiste uma correlação entre o grau de HNI no SCT e a progressão de ateromaslocalizados no mesmo vaso, fora do SCT. Métodos: Entre 01/2006 e 10/2006, 36pacientes (P) com 40 lesões de novo em artérias coronárias foram submetidos aATC com 45 stents eluídos com Zotarolimus e realizaram ultrassom intra-coronario(USIC) logo após a ATC e em 6 meses. Os segmentos localizados além do SCTde cada P foram pareados através do USIC no índex e re-estudo. Com programaespecífico, mediu-se os volumes do vaso, lúmen e placa nestes segmentos, cor-relacionando-os com o grau de HNI intra-stent. Com o Teste de Spearman avaliou-se o grau de HNI intra-stent e a progressão de placa nos segmentos pareados.Comparou-se o grau de progressão de placa no segmento proximal versussegmento distal do SCT, através do teste de Wilcoxon. Resultados: 69,5% dosP eram homens, 25% diabéticos, 69 segmentos (37 distais e 32 proximais ao stent)foram pareados no índex e seguimento (média de comprimento analisado porsegmento= 11,1 ± 4,7 mm). No SCT, a porcentagem de obstrução por HNI foi de14,5 ± 14,9%. Ateromas proximais aos stents progrediram mais do que os distais(20,0 ± 58,6 mm3/mm versus 7,3 ± 25,8 mm3/mm, P 0,36). Não houve correlaçãoentre o grau de HNI intra-stent e o grau de progressão de placa nos segmentosproximal (R -0,015; P 0,93), distal (R -0,16; P 0,36) e em ambos segmentos (R -0,026; P 0,85).Conclusão: O grau de HNI pós ATC em stents com Zotarolimus foibaixo e não se correlacionou com a progressão de placa fora do SCT. A progressãode placa 3X maior proximal ao SCT pode se dever à sua maior manipulação durantea ATC e/ou a um efeito do “washout” do fármaco para o leito distal do vaso, apesardo P não ter sido significativo.

039DIABETES MELLITUS: O FATOR DE RISCO COM MAIOR IMPACTO NA SOBREVIDAA LONGO-PRAZO EM PACIENTES TRATADOS COM STENT METÁLICO CORONÁRIO.

ANTONIO JOSE NERI-SOUZA; ANDERSON JORGE NASCIMENTO; WALDEMARSOUZA OLIVEIRA; NILSON RAMOS; ANTONIO GILSON LAPA GODINHO; ALVARORABELO JUNIOR;

FUNDAÇÃO BAHIANA DE CARDIOLOGIA – SALVADOR – BA

Objetivos: (1) Primário: comparar a sobrevida a longo-prazo de pacientes diabé-ticos (DM) e não-diabéticos (NDM), submetidos a implante de stent metálicocoronário; (2) Secundário: identificar, através de análise multivariada, quais fatoresclínicos e/ou angiográficos contribuíram para a sobrevida a longo-prazo em DMe NDM. Fundamentos: Diabetes Mellitus está associado com maior risco dereestenose e morte pós-implante de stent. Contudo, o impacto do diabetes nasobrevida a longo-prazo (maior que 01 ano) em pacientes tratados com stent aindanão está completamente esclarecido. Métodos: Estudo prospectivo com 902 pacientestratados com implante de stent metálico com sucesso, classificados em DM (n=225)e NDM (n=677). Utilizou-se o Método de Kaplan-Meier para a construção das curvasde sobrevida e o teste de log-rank para comparar a probabilidade de sobrevidaentre os dois grupos. Modelos multivariados foram construídos para identificarvariáveis independentes relacionadas a sobrevida a longo prazo. Resultados:O seguimento clínico variou de 18 a 108 (média=44) meses. A sobrevida a longo-prazo foi menor entre os DM (87,9% vs 92,0%; p<0,05). A pior sobrevida a longo-prazo foi observada em pacientes com os quatro fatores de risco para doençacoronária, quando comparada aos pacientes sem nenhum destes fatores de risco(72,7% vs 91,5%; p<0,0001). A análise multivariada identificou diabetes mellituscomo preditor independente de pior sobrevida (p<0,03). Idade (p<0,0001), quadroclínico (p<0,004) e disfunção ventricular esquerda (p<0,02) foram preditores in-dependentes em DM. Idade (p<0,0001) e disfunção ventricular esquerda (p<0,002)foram preditores independentes em NDM. Conclusões: DM tratados com stentcoronário apresentam pior sobrevida a longo-prazo quando comparados a NDM. Idade,quadro clínico e função ventricular esquerda foram preditores independentes em DM.Idade e função ventricular esquerda foram preditores independentes em NDM.

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Temas Livres - Apresentação Pôster Doenças Cardiovasculares Adquiridas

040COMPARAÇÃO ENTRE STENT ELUIDOR DE SIROLIMUS VERSUS STENT ELUIDORDE PACLITAXEL EM VASOS DE PEQUENO CALIBRE (2.5 mm) NA PRÁTICA CLÍNICADIÁRIA

BRENO OLIVEIRA ALMEIDA; MARCO A. MAGALHÃES; FÁBIO S. BRITO JR.; ALEXANDREABIZAID; IVANISE GOMES; TERESA C. NASCIMENTO; MARCO A. PERIN;

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: Vasos de pequeno calibre e o tamanho do stent permanecem comopreditores de reestenose na era dos stents farmacológicos. Dados comparativos, nestecontexto, relacionados à eficácia entre o stent eluidor de sirolimus (SES) e paclitaxel(SEP) são conflitantes e afetados pela definição de vaso de pequeno calibre e peloseguimento angiográfico. Portanto, o objetivo deste estudo é comparar o seguimentoclínico entre SES vs. SEP na prática clínica diária. Métodos: De 06/02 a 01/07, 163pacientes consecutivos receberam stents de pequeno calibre (2.5 mm). Destes, 149(91%) foram tratados com SES (n=117) ou PES (n=32), compondo a população desteestudo. Comparou-se a taxa de eventos maiores combinados (óbito, infarto erevascularização da lesão alvo (RLA) ) e taxa de trombose do stent entre os 2 grupos.Resultados: As características basais foram semelhantes entre os respectivos gruposde stents, exceto pela presença do comprimento total do stent/paciente > 20 mmmais freqüente no grupo SES (54% vs. 31%, p=0,028). O seguimento clínico médiofoi de 2,5 ± 1,3 anos. Os resultados encontram-se expostos de forma cumulativana tabela. Conclusões: Nesta população de pacientes pertencentes à prática clínicadiária e tratados com stents farmacológicos de pequeno calibre, não observamosdiferenças clínicas significativas entre SES e PES.

Variável SES (n=117) PES (n=32) p-valor

Eventos combinados, (%) 22 (18,8) 5 (15,6) 0,8Óbito global (%) 12 (10,3) 2 (6,3) 0,7Infarto, (%) 3 (2,6) 2 (6,3) 0,3RLA, (%) 8 (6,8) 3 (9,4) 0,7Trombose do stent, (%) 2 (1,7) 1 (3,1) 0,5

041COMPLICAÇÕES POR SANGRAMENTO COMO FATOR PREDITOR DE EVENTOSADVERSOS APÓS INTERVENÇÃO CORONARIANA PERCUTÂNEA

CLARISSA CAMPO DALL ORTO; WILLI, LF; NOGUEIRA, MSF; LAPA, GA; OLIVEIRA,JB; ZULIANI, MF; CRISTÓVÃO, SAB; SALMAN, AA; MANGIONE, JA;

HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA / HOSPITAL ALEMÃO OSVALDO CRUZ– SÃO PAULO – SP

Introdução: Recentes trabalhos da literatura demonstraram que os pacientes queapresentam complicações por sangramento têm maior incidência de eventosadversos após intervenção coronariana percutânea (ICP). Objetivos: Avaliar essaquestão nos pacientes submetidos a ICP no nosso serviço. Métodos: Estudo ob-servacional de dados colhidos de maneira prospectiva comparando pacientes queapresentaram sangramento (GS) com os pacientes que não apresentaram sangramento(GNS) em pacientes submetidos a ICP, de junho de 1996 a fevereiro de 2008. Foramavaliadas as características clínicas, a evolução hospitalar e tardia. Resultados:Foramrealizadas 8730 ICP no período do estudo. Tivemos maior incidência de sangramentono sexo feminino (59,9% x 33%, com p). Conclusão: Houve maior incidência desangramento no sexo feminino e nos pacientes que receberam IGP IIbIIIa. O GSteve uma taxa de IAM não Q, IRA e óbito hospitalar e tardio não cardíaco maiorque o GNS. Não houve diferença estatística com relação ao desfecho composto(óbito, IAM e RM), porém com uma tendência do mesmo ser maior no grupo queapresentou sangramento.

042RESULTADOS DO REGISTRO SISC (STENT IN SMALL CORONARIES) : UMA ANÁLISESERIADA COM ANGIOGRAFIA E ULTRA-SOM INTRACORONÁRIO

DANIEL CHAMIE; J. RIBAMAR COSTA JR.; ALEXANDRE ABIZAID; FERNANDO DEVITO;FAUSTO FERES; LUIZ ALBERTO P. MATTOS; RODOLFO STAICO; ANDRÉA ABIZAID;AMANDA G. M. R. SOUSA; J. EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: O CardioMind (CMI) Stent Delivery System™ consiste de um stentauto-expansível, de nitinol, com hastes ultra-finas (0.0024"), incorporado a um guia0.014", dedicado à lesões em vasos finos (VF) e anatomias complexas. Permiteaposição completa das hastes do stent à parede do vaso com menores pressõesde insuflação e injúria vascular. Visamos compará-lo, no tratamento de lesões emVF, ao stent Multi-Link Pixel™, balão-expansível, não farmacológico e de hastesfinas (0.0039") também desenvolvido para este subtipo de lesões. Métodos: 22pacientes (pts) foram consecutivamente tratados com o CMI e comparados a 33pts consecutivos tratados com o Pixel™. Apenas lesões de novo, < 14 mm deextensão, em vasos nativos de 2,0 a 2,5 mm de diâmetro, foram incluídas. Oobjetivo primário foi a comparação da perda luminal tardia (PT) pela angiografiae formação da hiperplasia neointimal (HNI) pelo ultra-som intracoronário (USIC),entre os grupos, aos 6 meses de seguimento. Resultados: As características clínicaseram similares. O grupo CMI tinha vasos de menor diâmetro. A tabela sumarizaos resultados angiográficos e do USIC aos 6 meses. Reestenose binária ocorreuem 4 pts do grupo CMI e em 10 do Pixel™ (P=0,34).

CardioMind™ Pixel™ P

Diametro de Ref do Vaso, mm 2,20 ± 0,20 2,43 ± 0,16 <0,0001 Ganho Agudo, mm 1,29 ± 0,27 1,68 ± 0,22 <0,001 Perda Tardia Intra-Stent, mm 0,73 ± 0,57 1,11 ± 0,72 0,04% Obstrução da HNI ao USIC, % 33,7 ± 8,9 39,2 ± 24,3 0,02 Expansão Crônica do Stent, % 13 2,5 0,03

Conclusões: O stent CardioMind™ mostrou superior redução da perda tardia eformação de hiperplasia neointimal comparado ao stent Multi-Link Pixel™ no tra-tamento de lesões em vasos finos. O impacto clínico destes achados deve seravaliado numa coorte maior de pacientes.

043STENTS ELUIDORES DE SIROLIMUS COM E SEM COBERTURA POLIMÉRICA: UMESTUDO SERIADO COM ANGIOGRAFIA E ULTRA-SOM INTRACORONÁRIO

DANIEL CHAMIE; J. RIBAMAR COSTA JR.; ALEXANDRE ABIZAID; FAUSTO FERES;ANDRÉA ABIZAID; LUIZ ALBERTO P. MATTOS; RODOLFO STAICO; LUIZ FERNANDOL. TANAJURA; AMANDA G.M.R. SOUSA; J. EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: Embora o uso de polímeros em stents farmacológicos (SF) promovamelhor cinética de liberação da droga, sua presença permanente na parede dovaso foi associada à intensa resposta inflamatória com remodelamento vascularpositivo e casos de trombose tardia. Não está claro se sua ausência pode comprometera eficácia destes SF. O recém desenvolvido SF Vestasync™ (VES) combina umaplataforma de aço inoxidável com uma superfície nanoporosa de hidroxiapatita,impregnada com formulação não polimérica de Sirolimus (55μg). Visamos comparara eficácia deste SF de 3ª geração com o stent polimérico Cypher® (SES), liberadorde Sirolimus. Método: 15 pacientes (pts) com lesões únicas de novo, 3,0 a 3,5 mmde diâmetro foram consecutivamente tratados com o VES e, comparados à umacoorte histórica de 15 pts consecutivamente tratados com o SES. Objetivo primáriofoi comparar a perda luminal tardia (PT) medida pela angiografia e o percentualde obstrução da hiperplasia neointimal (HNI) pelo ultra-som intracoronário (USIC)aos 4 meses de seguimento. Resultados: Características clínicas e angiográficaseram similares entre os grupos. A tabela mostra os dados angiográficos e do USIC.Não houve casos de trombose de stents até o segmento realizado.

Vestasync™ Cypher® P

Diâmetro de Ref do Vaso, mm 2,8 ± 0,3 2,98 ± 0,4 0,17Perda Tardia Intra-Stent, mm 0,27 ± 0,27 0,09 ± 0,3 0,09Perda Tardia Intra-Segmento, mm 0,18 ± 0,31 0,16 ± 0,3 0,85Volume de HNI ao USIC, mm³ 3,9 ± 3,3 3,0 ± 4,8 0,55% Obstrução da HNI ao USIC,% 2,7 ± 2,3 2,5 ± 3,6 0,85

Conclusões: Esta análise mostra equivalência entre os 2 sistemas de SF na reduçãoda HNI. A ausência do polímero não teve impacto na eficácia deste novo stentde 3ª geração. Seguimento mais longo e com número maior de pts é necessáriopara confirmar seu perfil de segurança.

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044SEGURANÇA E EFICÁCIA DE UM NOVO SISTEMA DE STENT COM REDE DEPROTEÇÃO PARA PREVENÇÃO DE EMBOLIZAÇÃO DISTAL: RESULTADOS PRE-LIMINARES DO ESTUDO INSPIRE

FELIPE SOUZA MAIA DA SILVA; COSTA, R; ABIZAID, A; BRITO, AL; MENDES, A;FERES,F; STAICO, R; COSTA,RA; SOUZA, AGMR; SOUSA, JE;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: Distúrbios de fluxo coronário do tipo “slow flow” e “no-reflow” estãoassociados com pior prognóstico imediato e tardio após intervenção coronáriapercutânea (ICP). A abordagem de lesões em pontes de safena (PS) constitui cenáriofrequentemente associado a esta complicação. Recém desenvolvido, o stent balão-expansível Mguard® (Inspire MD ltd.) combina uma rede de nível mícron (malhade fibras de polietileno tereftalato) presa às hastes de um stent não farmacológico,conferindo um baixo perfil a este dispositivo. Objetivos: Avaliar o desempenhoe eficácia deste novo stent para o tratamento percutâneo de PS (sem filtro deproteção distal) e estenoses em artérias coronárias nativas contendo trombo.Metodologia: Estudo unicêntrico, não-randomizado com pacientes consecutivosportadores de lesões de novo em PS ou vasos nativos com evidência angiográficade trombo. Todos os pacientes foram pré-tratados com clopidogrel (bolus de 300 mgseguida por 75 mg/dia) e AAS (200 mg/dia). Ultrasom intracoronário (USIC) foirealizado ao final da ICP. Avaliou-se o sucesso do procedimento e o sucessoclínico, definido pela ausência de eventos cardíacos maiores na fase hospitalar(FH) e com 30 dias. Todos os pacientes serão acompanhados por 1, 6 e 12 meses.Nova angiografia e USIC serão realizados aos 6 meses de evolução. Resultados:De novembro/2007 a março/2008, um total de 12 pacientes (13 lesões) com idademédia de 66 anos foram incluídos. Em 9 casos a lesão tratada situava-se em PS. Ostent Mguard foi implantado com sucesso em 100% dos casos, com obtenção defluxo TIMI 3 e blush 3 na totalidade das ICPs; não foi observado má-aposiçãode hastes no USIC pós-ICP. Na FH não houve elevação enzimática (CKMB > 3xvalor de referência). Ao final de 30 dias todos os pacientes encontravam-seassintomáticos. Conclusão: Na amostra de pacientes avaliada, o uso do sistemade stent com rede de proteção embólica mostrou-se seguro e eficaz dispensandoo uso do filtro de proteção distal.

045CARGA E COMPOSIÇÃO DA PLACA ATEROSCLERÓTICA NO TERRITÓRIO PROXIMALDA ÁRVORE CORONÁRIA À ANGIOTOMOGRAFIA DE 64 COLUNAS DE DETECTORES

JOAO LUIZ DE ALENCAR ARARIPE FALCAO; SHIOZAKI, A; COELHO, OR; FALCÃO,BAA; CAMPOS, CAH; RIBEIRO, EE; SPADARO, AG; MARCHIORI, GGA; ROCHITTE, CE;LEMOS, PA;

INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DEMEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO - SP

Fundamentos: A carga e a composição da placa aterosclerótica nas porçõesproximais das coronárias de pacientes portadores de coronariopatia obstrutivaparece se correlacionar com a incidência de eventos futuros. Avaliar a carga ecomposição da placa aterosclerótica de pacientes coronariopatas, de forma nãoinvasiva, tem se tornado possível com o advento da angiotomografia de coro-nárias. Métodos: Realizou-se angiotomografia de coronária eletiva (Toshiba Aquillion64) para avaliação de carga aterosclerótica global e caracterização radiológicada placa no tronco da coronária esquerda (TCE) e 5 cm proximais da coronáriadireita (CD), circunflexa (Cx) e descendente naterior (DA) de portadores de coro-nariopatia obstrutiva (software SurePlaque Tm-Vital Image). Resultados: A popu-lação do estudo tinha idade média de 57 ± 10 anos; 70% eram homens. A incidênciade fatores de risco foi: hipertensão 75%, diabetes melitus 50%, tabagismo atual35% e hipercolesterolemia 55%. A área média do vaso, a área luminal média ea carga média de placa foram 27,8 ± 8,6 mm2; 15,0 ± 5,9 mm2 e 46,7% para o TCE;16,9 ± 4,6 mm2; 7,2 ± 2,7 mm2 e 57,2% para DA; 14,0 ± 3,2 mm2; 5,7 ± 1,7 mm2

e 58,2% para a Cx e 20,3 ± 4,9 mm2; 9,5 ± 3,5 mm2 e 53,5% para a CD. A placafibrosa, com densidade entre 30 e 600 HU, predominou (cerca de 85% da com-posição da placa). O componente de placa hipodensa (até 30HU) oscilou entre5 e 10% e o componente calcificado entre 5 e 15% da composição da placa.Conclusões: A angiotomografia de pacientes coronariopatas demonstra elevadacarga de placa nos segmentos proximais das coronárias. O componente fibroso(densidade entre 30 e 600 HU) predomina nas porções proximais das arvóre coronária.

046SEGUIMENTO TARDIO DOS STENTS FARMACOLOGICOS IMPLANTADOS EMINDICAÇÕES ‘ON” E “OFF-LABEL”

JOSE ARY BOECHAT; J. ANDREA; L. CORTES; H. FIGUEIRA;

CLÍNICA SÃO VICENTE / HOSPITAL CARDIOTRAUMA – RIO DE JANEIRO – RJ

Fundamentos: na prática clínica os stents farmacológicos (SF) têm sido utilizadosem situações não avaliadas nos grandes trials randomizados (indicações “offlabel”). Objetivo: avaliar os achados tardios dos SF em situações “on” e “off label”.Materiais e métodos: de Jun/02 a Dez/07, 653 pts foram tratados somente comSF. 309 pts com SF “on label” (grupo I-309 stents). Indicações “off label”: FE 70anos (26,5 vs 27,6%, p=0,4). Angina estável (46,3 vs 45,9%, p=0,4), instável (40,5vs 35,8%, p=0,1), infarto sem Q (12,9 vs 15,7%, p=0,1) e ATC primária (0 vs 3,8%,p20 mm (41,7 vs 62,8%, p<0,001). Resultados: Sucesso angiográfico (99,4 vs 100%,p=0,3). Múltiplos stents (0 vs 62,8%, p. Conclusão: o implante de SF “off-label”foi seguro, sem aumento do risco de trombose de stent, infarto do miocárdio ouóbito. Além disso, o implante “off label” não foi associado a aumento de eventostardios e revascularização da lesão alvo.

047TRATANDO A REESTENOSE DE STENTS FARMACOLÓGICOS COM IMPLANTE DEOUTRO STENT FARMACOLÓGICO: EXPERIÊNCIA ACUMULADA DE 5 ANOS DOREGISTRO DESIRE

JOSE DE RIBAMAR COSTA JUNIOR; AMANDA SOUSA; RICARDO COSTA; ADRIANAMOREIRA; GALO MALDONADO; MANUEL CANO; CANTÍDIO CAMPOS NETO;RICARDO PAVANELLO; OTAVIO BERWANGER; J EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DO HOSPITAL DO CORAÇÃO – ASS – SÃOPAULO – SP

Fundamentos: Apesar da notória redução nas taxas de restenose com os stentsfarmacológicos (SF), ela ainda ocorre em 5 a 15% dos casos. A história natural eo melhor tratamento para esta complicação ainda não estão definidos. Métodos:Entre Maio de 2002 e Março de 2007, 2.081 pacientes foram consecutivamentetratados com SF neste registro unicêntrico. Todos os casos consecutivos de restenosede SF tratados com implante de outro SF foram incluídos nesta análise. O tipode SF implantado (Cypher ouTaxus) para tratar a restenose ficou a critério dooperador. Acompanhamento clínico foi obtido com 1, 6 e 12 meses e então anual-mente até 5 anos. O objetivo primário foi avaliar a incidência de nova revascularizaçãoda lesão-alvo, trombose de SF e óbito cardíaco. A trombose foi classificada segundocritérios do ARC. Resultados: Um total de 61 pacientes (2,9%) apresentaram restenoseclínica de seus SF. Dentre eles, 16 foram referidos para tratamento cirúrgico devidoprogressão da doença aterosclerótica em outros territórios. Dos 45 pacientes (65lesões) tratados percutaneamente com outro SF, 64% eram diabéticos e 27% apresen-tavam angina instável como manifestação inicial da restenose. A maioria dasrestenoses foi do tipo focal (65%) e se predomínio por determinado tipo de SF(1,6% após Taxus versus 1,3% com Cypher, p=NS). O diâmetro de referência dovaso tratado e a extensão da lesão foram 2,8 mm ± 0,5 mm e 16 mm ± 7,1 mm,respectivamente. Seguimento clínico foi obtido em toda a população (média de2,7 ± 1,1 anos). No acompanhamento clínico tardio não ocorreu nenhum óbito cardíacoe/ou trombose de SF. Entretanto, 6 pacientes (13,3%) evoluíram com nova restenoseclínica. Conclusões: Embora infreqüente, a restenose de SF apresenta um prog-nóstico menos favorável no longo prazo, essencialmente devido à elevada necessidadede nova re-intervenção. Diferentes estratégias de tratamento devem ser desen-volvidas visando este complexo cenário clínico.

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Temas Livres - Apresentação Pôster Doenças Cardiovasculares Adquiridas

048ANÁLISE COMPARATIVA DOS STENTS COM ELUIÇÃO DE SIROLIMUS E NOVOLIMUSPARA O TRATAMENTO DA DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA – UM ESTUDO COMANGIOGRAFIA CORONÁRIA QUANTITATIVA E ULTRA-SOM INTRACORONÁRIO

JULIO DE PAIVA MAIA; ALEXANDRE ABIZAID; J. RIBAMAR COSTA JR; DANIELCHAMIÉ; FAUSTO FERES; LUIZ ALBERTO P. MATTOS; RODOLFO STAICO; ANACRISTINA SEIXAS; AMANDA G.M.R. SOUSA; J. EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: Apesar da reconhecida eficácia dos stents farmacológicos (SF) deprimeira geração na redução da hiperplasia intimal (HI) e, consequentemente, danecessidade de nova revascularização, questionamentos acerca da sua segurançatardia levaram ao seu aperfeiçoamento e ao desenvolvimento de novos dispositivos.O stent com eluição de Novolimus (SEN) é formado por uma plataforma de açoinoxidável, combinada ao polímero metacrilato, impregnado com Novolimus, umanálogo do sirolimus. Potenciais vantagens incluiriam menor dose do fármaco e dopolímero, reduzindo a toxicidade local. Objetivo: Comparar a eficácia deste dispositivoàquela observada com o stent Cypher® (SES) através da análise da perda tardia pelaangiografia coronária quantitativa (ACQ) e do percentual de obstrução avaliado peloUltra-som intracoronário (USIC). Métodos: Quinze pacientes foram tratados consecu-tivamente com o implante de SEN e comparados à coorte histórica de mesmo númerotratada com SES no estudo First-in-men. Foram incluídos apenas casos com lesõesde novo, únicas, < 15 mm e localizadas em coronárias nativas com diâmetro entre2,7 e 3,5 mm. A ACQ e USIC foram realizados imediatamente após o procedimentoe aos 4 meses de seguimento. Resultados: As características clínicas e angiográficasde base foram similares entre os grupos. A média de idade foi de 60,8 ± 10,7 anose 47% dos pacientes eram diabéticos. Os dados angiográficos e de USIC estão expressosna tabela. Conclusão: A análise preliminar demonstra equivalência entre os dois SFna redução da HI. A menor dose do fármaco não mostrou impacto negativo na eficáciadeste novo dispositivo. Estudos em populações maiores, mais complexas e comseguimento de longo prazo são necessários para confirmar este perfil de segurança.

SEN SES p

Perda tardia intra-stent, mm 0,17 ± 0,12 0,09 ± 0,3 0,34Reestenose binária, n (%) 0 (0%) 0 (0%) NAVol hiperlasia pelo USIC, mm³ 5,0 ± 3,1 3,0 ± 4,8 0,18% de obstrução pelo USIC 3,9 ± 2,8 2,5 ± 3,6 0,26

049ANÁLISE DO USO DO STENT ENDEAVOR® EM PACIENTES COM LESÕES LONGAS– UM ESTUDO COM ANGIOGRAFIA CORONÁRIA QUANTITATIVA E ULTRA-SOMINTRACORONÁRIO

JULIO DE PAIVA MAIA; FAUSTO FERES; DANIEL CHAMIÉ; ALEXANDRE ABIZAID;RICARDO COSTA; J. RIBAMAR COSTA JR; PEDRO B ANDRADE; LUIZ ALBERTO P.MATTOS; AMANDA GMR SOUSA; J EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: As lesões longas representam considerável desafio à CardiologiaIntervencionista, mesmo na era dos Stents Farmacológicos, estando associadasà maior incidência de complicações peri-procedimento e de nova revascularizaçãoda lesão-alvo (RLA). Objetivo: Avaliar a performance do Stent Endeavor® comeluição de Zotarolimus (SEZ) neste subgrupo de alta complexidade. Métodos: Dejaneiro a março de 2006 foram tratados 100 pacientes consecutivos (140 lesões)com o emprego de SEZ. A amostra foi dividida em dois grupos com base na extensãoda lesão (grupo 1: Resultados: A média de idade foi de 59,7 ± 10,6 anos, com42,1% das lesões em diabéticos (grupo 1: 41,2% X grupo 2: 44,1%, P=0,85). Osresultados da ACQ, USIC e do seguimento clínico estão expressos na tabela.Conclusão: O tratamento de lesões longas com SEZ associou-se à maior prolife-ração intimal e à maior perda tardia, não se traduzindo, entretanto, em aumentosignificativo na taxa de RLA e de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM)no seguimento tardio.

G1 (n=43) G2 (n=97) p

Perda Tardia, mm 0,77 ± 0,49 0,61 ± 0,41 0,04Reestenose Binária, n (%) 5 (11,6) 6 (6,1) 0,31Volume de Hiperplasia, mm³ 44,65 ± 43,18 18,09 ± 25,08% Obstrução pelo USIC 17,68 ± 14,22 13,16 ± 12,97 0,06ECAM (18 meses) 4 (9,3) 4 (4,1) 0,25 RLA, n (%) 4 (9,3) 2 (2,0) 0,07 IAM, n 0 2 (2,0) 1,0 Morte Cardíaca, n 0 0 NA Trombose,n 0 0 NA

050USO DE STENTS FARMACOLÓGICOS EM HOSPITAIS PÚBLICOS BRASILEIROS:IMPACTO DE SUA DISPONIBILIDADE NA SELEÇÃO DE PACIENTES PARA INTER-VENÇÃO PERCUTÂNEA NO MUNDO REAL

LUIZ FERNANDO LEITE TANAJURA; FAUSTO FERES; LUIZ A. MATTOS; ALEXANDREABIZAID; MARINELLA CENTEMERO; DIMYTRI SIQUEIRA; ÁUREA CHAVES; ANDREAABIZAID; AMANDA SOUSA; J EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Objetivo: Pacientes (P) submetidos à intervenção coronária percutanea (ICP) emhospitais públicos brasileiros não tem acesso ao uso dos stents farmacológicos(SF). No início de 2006 participamos de um registro multicêntrico internacionalque disponibilizava SF de forma rotineira. Nosso objetivo foi investigar se houvemudanças no perfil de p consecutivamente tratados em dois períodos distintos:com e sem a disponibilidade de SF. Métodos: Estudo observacional de uma coortede 471 pacientes tratados no início de 2006, divididos em dois grupos: A) 229casos dilatados durante a disponibilidade de SF; B) 242 p subseqüentes tratadossem esta possibilidade. Não houve critérios de inclusão/exclusão. Resultados: SFforam mais implantados no grupo A (44% vs 2%; p2.4 mm vs 2.6 mm; p=0.0004)e lesões mais longas (14.9 mm vs 12.7 mm; p=0.0008). Conclusões: A disponi-bilidade do uso de SF gerou alterações no perfil de indicação da ICP, que passoua abordar casos mais predispostos à reestenose, muitos dos quais não seriamtratados na ausência destes stents, como os diabéticos dependentes de insulina,os multiarteriais com lesões de maior complexidade e os com vasos de fino calibre.

051HÁ DIFERENÇAS NOS RESULTADOS IMEDIATOS DA INTERVENÇÃO CORONÁRIAPERCUTÂNEA NA POPULAÇÃO IDOSA ACIMA E ABAIXO DOS 80 ANOS?

MARCELO JOSE DE CARVALHO CANTARELLI; GONÇALVES. R; GIOPPATO, S;RIBEIRO, E; SILVA, RC; GUIMARÃES, JB; GOMES, R; VARDI, J; CONFORTI, T;CASTELLO, H;

HOSPITAL BANDEIRANTES - SÃO PAULO - SP

Introdução: O aumento da expectativa e da qualidade de vida da nossa populaçãotêm permitido que indivíduos cada vez mais idosos sejam contemplados pelaintervenção coronária percutânea (ICP) como parte do tratamento da doençacoronária. Analisamos os resultados hospitalares da intervenção coronária percutânea(ICP) em idosos (acima dos 65 anos), buscando saber se há diferenças entre eles,os da população jovem e os da população ainda mais idosa (acima dos 80 anos).Métodos: 3526 pacientes (p) foram submetidos à ICP consecutivamente de Janeirode 2002 a Junho de 2007 e divididos em três grupos: G1) 2065 p 65 a 79 anos;e G3) 217 p ≥ 80 anos. Análise statística: testes: Q-quadrado, teste exato de Fischere razão de verossimilhança (G). Adotamos o nível de significância de 0,05. Re-sultados: Sexo feminino (55,98% p). Conclusão: Os resultados imediatos da ICPnos idosos acima dos 65 anos são semelhantes aos da populaçâo mais jovem.A maior tendência de mortalidade nos idosos acima dos 80 anos pode estarassociada a um maior número de pacientes com IAM em Killip III e IV.

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Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

052ÍNDICE TORNOZELO/BRAQUIAL COMO PREDITOR DE DOENÇA CORONARIANASIGNIFICATIVA EM PACIENTES SUBMETIDOS À CINEANGIOCORONARIOGRAFIA

MARCELO SABEDOTTI; ALEXANDRE S QUADROS; CRISTIANO O CARDOSO;CARLOS A M GOTTSCHALL; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE;

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS – IC/FUC / HOSPITAL GERAL DA UNIVER-SIDADE DE CAXIAS DO SUL – RS

Introdução: O índice tornozelo/braquial (ITB) é uma ferramenta simples e efetivapara diagnosticar doença arterial periférica, porém não foi ainda validada parao diagnóstico de doença arterial coronariana. O objetivo deste estudo é avaliara acurácia do ITB para predizer doença arterial coronariana (DAC) em pacientessubmetidos à cineangiocoronariografia (CAC). Métodos: Pacientes (pts) com suspeitaclinica de DAC e indicação de CAC foram avaliados prospectivamente. Antesdo estudo angiográfico, o ITB foi mensurado e os fatores de risco para DACanotados. DAC significativa foi definida como estenose igual ou maior que 70%em pelo menos uma coronária no estudo angiográfico. Foi calculada a acuráciapela área da curva ROC. Para determinar a relação do ITB com DAC significativafoi realizada uma análise multivariada, sendo considerado significativo um valoralfa <0,01. Resultados: Foram estudados 312 pts. A média de idade foi 57 ± 11 anose 50% foram do sexo masculino. Cento e dezesseis pacientes (37.2%) tinhamdoença coronariana significativa. A medida do ITB nestes pacientes foi significa-tivamente menor do que naqueles sem DAC (0.88 ± 0.14 versus 0.96 ± 0.87, p).Conclusão: Um ITB menor que 0.87 tem alta especificidade para predizer doençaarterial coronariana significativa. Considerando o baixo custo e a fácil utilização,a medida do ITB pode ser adicionada na prática clínica para auxiliar no diagnósticode DAC significativa).

053EVOLUÇÃO IMEDIATA E A MÉDIO PRAZO APÓS A INTERVENÇÃO CORANÁRIAPERCUTÂNEA PRIMÁRIA. SEXO FEMININO COMO FATOR INDEPENDENTE DERISCO

RODRIGO TRAJANO SANDOVAL PEIXOTO; EDISON C S PEIXOTO; ANGELO LTEDESCHI; MARCELLO A SENA; IVANA P BORGES; MAURICIO B F RACHID;

HOSPITAL PROCORDIS, NITERÓI, RJ / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE,NITERÓI - RJ

Fundamento: A mortalidade após intervenção percutânea coronária (IPC) é maiorno sexo feminino (SF). Discute-se se seria devido a idade maior e mais fatoresde risco (FR). O objetivo do presente estudo foi determinar os FR para óbito e eventose a influência do sexo na evolução intra-hospitalar (EIH) e aos 6 meses de pacientesadmitidos nas 12 horas iniciais do infarto agudo do miocárdio com supra do ST(IAM), tratados com IPC primária (IPCP). Métodos: Foi realizado um estudo prospectivonão randomizado e estudados 199 pacientes consecutivos entre 01/07/1998 e31/12/2000, 66 do SF e 133 do sexo masculino (SM), com IAM e sem choque car-diogênico. Foi avaliada a EIH, utilizando-se a regressão logística múltipla e aevolução aos 6 meses, utilizando-se análise multivariada de Cox. Foi feita acorreção para idade em 2 modelos separados para idade (idosos e octogenários).Eventos maiores (EM) foram definidos como: óbito, nova ICP, cirurgia de revas-cularização e IAM e eventos como EM ou angina. Resultados: As característicasclínicas eram semelhantes entre os grupos, exceto que o SF era mais idoso queo SM, 67,04 ± 11,53 e 59,70 ± 10,88 anos (p). Conclusões: O SF foi FR independentepara mortalidade aos 6 meses após a IPCP, assim como ser octogenário.

054BAIXOS NÍVEIS SÉRICOS DE BILIRRUBINA ESTÃO ASSOCIADOS À DETECÇÃOANGIOGRÁFICA DE CARDIOPATIA ISQUÊMICA?

ROGERIO EDUARDO GOMES SARMENTO LEITE; CARINE GHEM; ROGÉRIOSARMENTO-LEITE; ALEXANDRE S QUADROS; CARLOS A M GOTTSCHALL;

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS – IC/FUC – PORTO ALEGRE – RS

Introdução:Respostas adaptativas arteriais contra o estresse oxidativo são importan-tes na prevenção da DAC. A heme oxigenase (HO) é uma proteína com propriedadesantioxidantes através da liberação de bilirrubina. Objetivo: Verificar a associação dosníveis séricos de bilirrubina e a prevalência de DAC. Métodos: Estudo de caso-controle. O grupo “casos” foi composto por 100 pts com diagnóstico estabelecidode DAC e o grupo “controles” composto por 100 pts com comprovação angiográficade coronárias normais. Foram avaliados os demais fatores de risco, e uma amostrasanguínea coletada, para dosagens bioquímicas. Realizaram-se análises bivariadas,modelos de regressão logística múltipla e índice de correlação de Spearman sendoo valor de P significativo < 0.05. Resultados: Os “casos” foram compostos predo-minantemente por homens e os “controles” por mulheres, (69/31 vs. 22/78, p<0,001),com média de idade de (60,2 ± 8,8 vs. 56,7 ± 10,9 p= 0,015). Os grupos tambémdistinguiam na presença de história familiar de DAC, Dislipidemia, HAS, DM, esedentarismo. A bilirrubina total (BT) foi significativamente maior nos “controles”,do que nos ”casos” (0,84 ± 0,52 mg/dL vs. 0,47 ± 0,32 mg/dL, p<0,001). De formaesperada os níveis de PCRus também estavam aumentados nos “casos” (7,09 ±8,81 mg/dL vs. 2,29 ± 3,18 mg/dL, p<0,001) embora o índice de correlação paraesta associação inversa tenha sido fraco (rs=-0,265, p<0,001). Um modelo de re-gressão logística múltipla confirmou que ambos estão independentemente asso-ciados a maior prevalência de DAC (BT<0,5 mg/dL (OR: 14,37; IC: 4,46-46,31;p<0,001), PCRus > 3 mg/dL (OR: 1,18; IC: 1,03-1,35; p= 0,012).Conclusões: Alémda elevação da PCRus, níveis séricos reduzidos de bilirrubina (<0,5 mg/dl) semostraram associados com uma maior prevalência de DAC tratando-se de umpotencial novo marcador de risco. Estudos adicionais ainda são necessários paraconfirmar e demonstrar a associação destes achados com desfechos clínicos.

055AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA NA ANGIOPLASTIAPRIMÁRIA COM IMPLANTE DE STENT ATRAVÉS DA TÉCNICA DE INSUFLAÇÕESGRADATIVAS

ROGERIO LUCIANO SOARES DE MOURA; MARCUS COSTA; FERNANDO JOSÉTAVARES; CARLOS EDUARDO BARRETO; FERNANDO BARRETO;

HOSPITAL BALBINO - RIO DE JANEIRO – RJ - BRASIL

Fundamento: Uma grande limitação aos resultados ótimos em angioplastia primáriano IAM é a ocorrência dos fenômenos de alentecimento de fluxo (slow flow) ouausência de fluxo (no reflow) após recanalização do vaso e, sobretudo apósimplante de stents.Objetivo: Avaliar a melhora nos parâmetros de reperfusão empacientes submetidos a angioplastia primária, utilizando técnica de insuflaçãogradativa do balão na pré-dilatação e no implante do stent. Materiais e Métodos:Estudo prospectivo, randomizado, onde foram incluídos 142 pacientes com quadrode IAM com SST, com evolução inferior a 6 horas, não submetidos a terapiatrombolítica. Pacientes com excessiva carga trombótica foram excluídos do estudo.Os pacientes foram divididos em 2 grupos, sendo o grupo I com 71 (GI) de pacientesque foram submetidos a angioplastia convencional e o grupo II (71) de pacientessubmetidos a angioplastia e implante de stent com técnica de insuflações gradativasa fim de proporcionar melhor acomodação do material trombótico e evitar embolizaçãodistal. Foram avaliados e tidos como desfecho primário os parâmetros de reperfusão:queda do segmento ST > 70%, Blush miocárdico ≥ 2, TIMI flow > 2 e TIMI FrameCount < 22. Inibidor IIb/IIIa foi utilizado em todos os pacientes. Resultados: Apóso período de avaliação observamos os resultados descritos na tabela abaixo:

Grupo I (N=71) Grupo II (N=71) p (<0.05)

Redução ST > 70% 27 (38,0%) 58 (81,7%) 0,0012Blush Miocárdico ≥ 2 28 (39,4%) 61 (85,9%) 0,0034TIMI flow > 2 68 (95,8%) 70 (98,6%) NSTIMI Frame Count < 22 23 (32,4%) 58 (81,7%) 0,0001

Conclusão: A técnica de insuflações gradativas mostrou-se eficaz na obtençãoda melhora dos parâmetros de reperfusão quando comparados à técnica conven-cional, propondo-se que sirva como mais um fator de otimização dos resultadosna abordagem dos pacientes com IAM submetidos a ICP.

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Temas Livres - Apresentação Pôster Doenças Cardiovasculares Adquiridas

056IMPORTÂNCIA DO CONTROLE GLICÊMICO EM PACIENTES DIABÉTICOS SUBME-TIDOS A IMPLANTE DE STENTS FARMACOLÓGICOS

ROGERIO LUCIANO SOARES DE MOURA; MARCUS COSTA; FERNANDO JOSÉTAVARES; CARLOS EDUARDO BARRETO; FERNANDO BARRETO;

HOSPITAL BALBINO - RIO DE JANEIRO – RJ - BRASIL

Objetivo: Avaliar a incidência de RVA em pacientes diabéticos submetidos a ICPcom implante de stents farmacológicos e a importância do controle glicêmicoótimo, baseado na dosagem de hemoglobina glicada (A1C). Materiais e Métodos:Estudo prospectivo incluindo 240 pacientes eletivos, com indicação de ICP devidoa presença de lesões angiográficas > 70% e evidência de isquemia, que foramdistribuídos em 3 grupos. Grupo I (72 pcts) – pacientes não diabéticos, Grupo II(91 pcts) – pacientes diabéticos com A1C ≤ 7%, Grupo III (77 pcts) – pacientescom A1C ≥ 7%. Foram excluídos pacientes com sídromes coronarianas agudas,diabéticos insulino dependentes, lesões em mais de 2 vasos, lesões de tronco,lesões em pontes de safena, lesões em bifurcação, portadores de insuficiênciarenal. Todos os pacientes receberam regime antiagregante plaquetário duplo porum período de 12 meses. O acompanhamento foi ambulatorial em todos os pacientese nova coronariografia realizada na recorrência de sintomas ou evidência deisquemia. O desfecho primário foi a necessidade de RVA aos 9 meses e os desfechossecundários foram a ocorrência de eventos cardíacos maiores (morte, IAM, recorrênciade angina, AVC, re-hospitalização) em 1 ano. Resultados: Ao final do período deavaliação observamos taxas de RVA não estatisticamente significativas entre osgrupos I e II (2.8% x 4.3% p=NS). A comparação entre os grupos II e III demontroutaxas de revascularização mais elevadas neste último, com significância esta-tística (4.3% x 15,6% p=0.023). A incidência de re-hospitalização foi de 4.3% nogrupo II e 18.2% no grupo III (p=0.031). A recorrência de angina foi menor nogrupo II (6.5% x 19,4% p=0.0017). Conclusão: O controle glicêmico adequado éfundamental na obtenção de bons resultados na utilização dos stents farmacológicos,contribuindo para menor necessidade de RVA, re-hospitalizações e recorrênciade sintomas.

057REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE PROTEÍNA C REATIVA COM O USO PROLONGADODE CLOPIDOGREL APÓS INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA COM IM-PLANTE DE STENTS

ROGERIO LUCIANO SOARES DE MOURA; MARCUS COSTA; FERNANDO BARRETO;CARLOS EDUARDO BARRETO; FERNANDO JOSÉ TAVARES;

HOSPITAL BALBINO - RIO DE JANEIRO – RJ - BRASIL

Objetivo: Avaliar o efeito da utilização prolongada (1 ano) do regime antiagreganteplaquetário duplo (RAAPD) sobre a redução dos níveis do marcador inflamatórioproteína C reativa (PCR) em pacientes submetidos a intervenção coronária percutâneacom implante de stents. Materiais e Métodos: Foram incluídos 166 pacientesatendidos em nosso serviço, submetidos a intervenção coronária percutânea comimplante de stents que tiveram dosados seus níveis de PCR antes e após intervençãoimediata além 3 meses após. Todos receberam RAAPD e Estatinas, além das me-dicações de rotina de acordo com médico assistente. Foram excluídos pacientescom síndromes coronarianas agudas, processos infecciosos ativos, doenças malignas,obesos (IMC > 35), hepatopatas, fumantes e diabéticos. No grupo I, 83 pacientesreceberam regime RAAPD por 1 mês. No Grupo II, 83 pacientes receberam regimeRAAPD por 3 meses, com ambos os grupos mantendo apenas AAS. O desfechoprimário foi a redução de PCR e os desfechos secundários foram revascularizaçãodo vaso alvo e trombose subaguda ou tardia de Stents. Resultados: Observamosos valores da PCR obtidos nos períodos de avaliação:

PCR (mg/l) Grupo I (N=250) Grupo II (N=250) p

Pré-procedimento 6.1 ± 1.2 (p<0,05) 6.2 ± 1.0 (p<0,05) NSPós-procedimento 14.2 ± 2.3 (p<0,05) 15.1 ± 2.2 (p<0,05) NS3 meses após 6.7 ± 1.4 (p<0,05) 1.1 ± 0.7 (p<0,05) 0,0001

Conclusão: A utilização prolongada de clopidogrel mostrou-se efetiva na reduçãodo marcador inflamatório PCR em pacientes submetidos a ICP com implante de Stent.

058RELAÇÃO NEUTRÓFILOS/LINFÓCITOS E EVOLUÇÃO CLÍNICA EM PACIENTESCOM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

ROGERIO LUCIANO SOARES DE MOURA; FERNANDO JOSÉ TAVARES; FERNANDOBARRETO; CARLOS EDUARDO BARRETO; MARCUS COSTA;

HOSPITAL BALBINO - RIO DE JANEIRO – RJ - BRASIL

Fundamento: Uma elevada contagem de neutrófilos relaciona-se com extensãodo IAM, comprometimento da função ventricular e mortalidade. A relação neutrófilos/linfócitos elevada poderia associar-se a eventos fatais na evolução tardia apósintervenção coronária percutânea. Objetivo: Correlacionar a elevação da relaçãoN/L (>2.5) antes da ICP com o aumento enzimático cardíaco (TnI e CK-MB) eocorrência de eventos cardíacos maiores (ECM). Materiais e Métodos: Foramadmitidos 86 pacientes consecutivos, com quadro de IAM, atendidos em nossainstituição. Realizado hemograma completo, antes da ICP, em todos os pacientese divididos em dois grupos. Grupo I (39 pcts) com relação N/L < 2.5 e Grupo II(47 pcts) com relação N/L > 2.5. Ao final do primeiro dia após ICP, foram realizadasdosagens de TnI e CK-MB. Resultados: Observamos que os pacientes do Grupo IIestiveram associados a elevações maiores de TnI (19 ± 23 x 14 ± 17 ng/ml, p<0.05)e CK-MB (62 ± 84 x 46 ± 52 ng/ml, p<0.05). Houve 1 caso de reinfarto no grupo Ie 1 trombose de stent no grupo II, sem significância estatística entre os dois gruposcom relação a ECM. Conclusão: A elevação da relação N/L é associada com aelevação de enzimas cardíacas pós intervenção porém não evidenciamos relaçãoestatisticamente significativa com a ocorrência de ECM na amostra avaliada.

059REESTENOSE APÓS INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA. ESTUDO CLÍNICO,ANGIOGRÁFICO E POLIMORFISMO

ROSEMARIA GOMES DUTRA DE ANDRADE; EDISON C S PEIXOTO; RODRIGO TS PEIXOTO; RICARDO T S PEIXOTO; PAULO S OLIVEIRA; MARIO SALLES NETTO;RONALDO A VILLELA; PIERRE LABUNIE; GEORGINA S RIBEIRO;

CINECOR EVANGÉLICO, RIO DE JANEIRO, RJ / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE,NITERÓI, RJ

Fundamento: Há fatores de risco (FR) angiográficos e de procedimento (proc) parareestenose (reest) pós intervenção coronária percutânea (ICP). Poderiam fatoresgenéticos influir na reest? O objetivo foi avaliar características clínicas, angiográficas,de proc e evolução com reest, determinando possíveis FR. Métodos: Estudo prospectivonão randomizado de 105 proc em 90 pacientes (p.), tratados de 2002 a 2006, desistema de saúde fechado. Os polimorfismos (Polim) em estudo são: ECA, angio-tensinogênio (AGT), receptor I da angiotensina II (AT1R), ApoE, antígeno TAFI(inibidor da fibrinólise trombina ativada) e óxido nitríco citase (eNOS). Utilizou-se teste do Qui-quadrado ou Fisher exact e t de Student. Resultados: Foram 105proc, 32 (30,5%) em mulheres e 73 (69,5%) em homens, com idade de 60,5 ± 10,8anos e em 26 (24,8%) proc os p. eram diabéticos. O Polim AT1R foi AA em 65,7%dos proc, AC em 30,3% e CC em 4,0% e o Polim da ECA foi DD em 39,0% dosproc, DI em 45,7% e II em 15,2%. Houve sucesso em 100% dos proc, sendo queem 2 proc o sucesso foi parcial, pois não se ultrapassou a 2ª lesão. O tempo deevolução foi de 20 ± 13 (4 a 53) meses. Houve reest em 18 (17,1%) proc. Utilizou-se 9 stents farmacológicos (SF), 7 para tratamento de reest intra-stent (RIS). Nosgrupos com e sem reest encontrou-se: no vaso da 1ª lesão, diâmetro de referência(DR) de 2,68 ± 0,65 e 2,82 ± 0,56 mm (p=0,3472) e a extensão da lesão (EL)16,1 ± 5,7 e 17,3 ± 10,7 mm (p=0,6543) e no vaso da 2ª lesão DR de 2,52 ± 0,38e 2,34 ± 0,61 mm (p=0,5025) e EL de 16,0 ± 8,3 e 13,8 ± 17,8 mm (p=0,7931).Os Polim já estudados: AT1R (p=0,2037) e ECA (p=0,5679), bem como o uso dosSF (p=0,6499) não mostraram diferença entre os grupos. Conclusões: A reestocorreu em 18 (17,1%) dos proc. Nos grupos com e sem reest não houve diferençasignificativa para DR e EL, para o padrão genético e para SF, entretanto, essesforam utilizados em 7 proc para tratamento de RIS, onde nova RIS é freqüente.

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Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

060PACIENTES OCTOGENÁRIOS TRATADOS POR ANGIOPLASTIA CORONARIANA:HOUVE MUDANÇAS RECENTES NO PERFIL CLÍNICO ANGIOGRÁFICO?

SERGIO COSTA TAVARES FILHO; LUIZ FERNANDO TANAJURA; DIMYTRI A.SIQUEIRA; MARINELLA CENTEMERO; ÁUREA CHAVES; VINICIUS ESTEVES; GUSTAVOGAMA; AMANDA G.M.R. SOUSA; J. EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: Com o aumento da longevidade da população, intervençõescoronárias percutâneas (ICP) em octagenários tem sido realizadas, aparentemen-te, com freqüência crescente. No entanto, como os pacientes (p) vivem mais,possivelmente apresentar-se-ão ao cardiologista com doença mais avançada, in-cluindo as comorbidades e a própria coronariopatia, podendo dificultar ou limitaros resultados dos tratamentos propostos. Objetivo: Avaliar se houve mudançasno perfil clínico/angiográfico de octagenários tratados por meio de ICP nomomento atual (2006/2007), em comparação com o biênio 2002/2003. Deline-amento: Estudo de coorte, retrospectivo. Material: Os p foram divididos em doisgrupos: A) 128 p tratados mais recentemente; B) 98 p dilatados 5 anos atrás.Métodos: Não houve critérios de inclusão/exclusão. Os p foram identificados emum banco de dados no qual foram inseridos de forma consecutiva. Consideraram-se significantes valores de p<0.05. Resultados: Os 128 p de A correspoderama 4.7% das ICP realizadas em 2006/2007, enquanto os 98 casos de B correspoderama 3.7% das dilatações de 2002/2003 (p=0.07). Predominaram significativamenteem A: ICP em renais crônicos (28.1% vs 10.2%; p=0.001) e o uso de stents dediâmetro alcançar significãncia estatística, também foram mais comumenteobservados em A: ICP para reestenose intrastent (6.7% vs 1%; p=0.09), doençamultiarterial (60% vs 49%; p=0.12) e uso de stents mais longos (>24mm) (24.5%vs 18.1%;p=0.25). Conclusões: 1) houve tendência do aumento de octagenáriostratados mais recentemente; 2) os casos dilatados no biênio 2006/2007 apresen-taram um perfil clínico/angiográfico de maior risco, inclusive para o desenvolvimentede reestenose intrastent.

061ASSOCIAÇÃO ENTRE DIABETE MELLITUS E GRAVIDADE DA DOENÇA ARTERIALCORONARIANA EM PACIENTES SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO CORONÁRIAPERCUTÂNEA

SIMONE DE SOUZA FANTIN; BEATRIZ D SCHAAN; CARÍSI POLANCZYK; MARTAO GÓES; PRISCILA LEDUR; JORGE P RIBEIRO; MARCO V WAINSTEIN;

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, UFRGS – PORTO ALEGRE – RS

Introdução: Diabete Mellitus (DM) é preditor de risco independente para doençacardiovascular e para a ocorrência de reestenose em pacientes submetidos àintervenção coronária percutânea (ICP). Desconhece-se, entretanto, a associaçãoentre a gravidade e a extensão angiográfica da doença arterial coronariana (DAC)em pacientes tratados com ICP. Métodos: Estudo transversal, onde foram conside-rados diabéticos os pacientes com diagnóstico médico, ou glicemia capilar≥ a 126mg/dL em jejum ou > de 200mg/dL livre de jejum. Os pacientes foramclassificados em 4 categorias de acordo com a extensão da DAC: (I) lesão única> de 50% do lúmen do vaso; (II) duas lesões > de 50% do lúmen ou reestenosede ICP prévia; (III) lesão > de 50% no tronco da coronária esquerda; (IV) lesão> do que 50% em 3 vasos ou em enxerto venoso. A associação entre presençade DM e gravidade da DAC foi avaliada por Regressão Logística e Teste deCorrelação de Spearman. Resultados: Em 13 meses foram realizadas 617 ICP, comimplante de 718 stents em 569 pacientes consecutivos (1,32 stents por ICP). Destes,177 (32,2%) foram considerados DM, sendo 22% usuários de Insulina (IDM).Características demográficas, fatores de risco para DAC, vaso-alvo, diâmetro dovaso e extensão da lesão foram semelhantes entre os grupos. DAC grave, categoriaIII e IV, foi encontrada em 51,2% dos DM comparado com 37,6% dos não-DM(p<0.001). Indivíduos não-DM tiveram uma tendência maior a DAC de menorgravidade, acometendo apenas um vaso, do que os diabéticos (38,5% vs 27,9,pvs 32,6%) quando comparados com os demais diabéticos (p). Conclusões: Existeassociação entre a presença de DM e a extensão angiográfica da DAC em pacientessubmetidos à ICP, o que sugere que esta maior gravidade possa contribuir paraos desfechos adversos nestes pacientes.

062ANO DE 2007. O QUE MUDOU NA TÉCNICA PERCUTÂNEA APÓS A CONSTATAÇÃODA TROMBOSE CORONÁRIA TARDIA?

TIAGO PORTO DI NUCCI; WILSON ALBINO PIMENTEL; EDSON ADEMIR BOCCHI;EVANDRO GOMES DE MATOS JUNIOR; WELLINGTON BORGES CUSTODIO; JORGEROBERTO BUCHLER; STOESSEL FIGUEIREDO DE ASSIS; EGAS ARMELIN;

HOSPITAL EVANGÉLICO SAMARITANO. CAMPINAS SP / BENEFICÊNCIA PORTU-GUESA, SÃO PAULO – SP - BRASIL.

Fundamento: É de relevância inconteste que trombose coronária tardia (TCT),apesar de baixa incidência, preocupou a comunidade cardiológica pela suagravidade. Objetivo: Avaliar a mudança da intervenção percutânea (IP) quantoao uso do stent recoberto com fármaco (SRF) na prática diária. Material e métodos:No período de 2003-2005, realizamos 2.200 implantes de stents em 1.990 pacientes(P), grupo (G) -1 e no período de 2007, implantamos 1.120 stents em 842 P, G-2.Não houve diferenças demográficas entre os grupos.

Resultados:

% de SRF (%) G-1 G-2 p

Em lesões off-label 45,4 26,7 <0,05Em lesões on-label 28,3 43,2 <0,05SRF x stents CONV.% 33 10 <0,05

Conclusões: Houve uma redução de 30% no uso dos SRF e principalmente naslesões consideradas fora da “bula” do Federal Drug Administration (off-label).

063QUAIS AS DIFERENÇAS DOS PACIENTES SUBMETIDOS A ANGIOPLASTIA CO-RONARIANA COM IMPLANTE DE STENT FARMACOLÓGICO VERSUS IMPLANTEDE STENT CONVENCIONAL

VITOR ANDRE ROMAO; CLAUDIA REGINA CANTANHEDA; HUGO SIMAS; QUENIADIAS; VALERIA AZEVEDO; EDUARDO ASSIS;

UNIMED RIO COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO – RIO DE JANEIRO – RJ

Objetivo: Avaliar as características dos pacientes (p) submetidos à angioplastiacoronariana (PCI) com implante de stent farmacológico (SF) e convencional (SC)e observar quais as características que apresentam diferenças significativas entreos doisgrupos. Delineamento: Estudo Transversal. População: Amostra de 711ppertencentes à cooperativa de trabalho médico Unimed-Rj submetidos a pci comimplante SF ou SC. Metodologia: Foram avaliadas as fichas de solicitações depci com implante de SF ou SC de 711P e com as seguintes variáveis analisadas:sexo, idade, quadro clínico, serviço de hemodinâmica (SH), diabetes, reestenose,artéria Descendente anterior, insuficiência renal crônica com diálise (IRC), cirurgiade revascularização prévia (CRM), diâmetro e comprimento da artéria abordada.Foram realizadas análises bivariadas (teste qui-quadrado) e análise multivariada(regressão logística).Resultados: Os 711p submetidos a PCI foram divididos emdois grupos: Grupo I SF (n= 422 – 59,35%) e Grupo II SC (n= 289 – 40,65%. OsSH tiveram uma taxa de utilização de 59,35% (422p) de SF e de 40,65% com(289 p) de SC, p<0,0001. Ao analisar os sete SH com maior volume de PCI encontramos475p submetidos a PCI, sendo que 313p (65,89%) pertenciam ao grupo I e 162p(34,11%) no grupo II com p<0,0001. 213P com diabetes mellitus (DM) (42,51%)sendo 194 p (91,08%) no grupo I e 19 p (8,92%) no grupo II, p<0,0001. Um pacientecom DM tem 94% de probabilidade de ser submetido a PCI com SF. Em relaçãoao diâmetro e comprimento do stent, foram analisados 446 stents, sendo 258 SFcom uma média de 2,63 de diâmetro e 188 SC com uma média de diâmetro de2,95, p<0,0001. Em relação ao comprimento temos uma média de 24,82 mm nogrupo I e no grupo II uma média de 18,83mm, p<0,0001.Conclusões:Os nossosresultados demonstram concordância com os critérios preconizados na literaturainternacional na indicação de PCI com SF nos pacientes com maior risco dedesenvolver reestenose coronariana.

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Temas Livres - Apresentação Pôster Doenças Cardiovasculares Adquiridas

064EFICÁCIA E SEGURANÇA DOS STENTS FARMACOLÓGICOS NO MUNDO REAL:SEGUIMENTO DE ATÉ 5 ANOS DE 611 PACIENTES

VITOR OSORIO GOMES; RICARDO LASEVITCH; CARISI POLANCZYK; MARCELOARNDT; ANA KREPSKY; PATRÍCIA BLAYA; MARINA MORAIS; PATRICIA HICKMANN;ANA MALLET; PAULO CARAMORI;

CENTRO DE TERAPIA ENDOVASCULAR - HOSPITAL MÃE DE DEUS/SERVIÇO DEHEMODINÂMICA - HOSPITAL SÃO LUCAS-PUCRS

Introdução: É bem estabelecida a vantagem que os stents farmacológicos (DES)têm em relação aos stents convencionais (BMS) em reduzir a necessidade de re-vascularização. No entanto, alguns estudos têm levantado dúvidas quanto a suasegurança em longo prazo. Métodos: Este é um registro retrospectivo envolvendotodos os pacientes que receberam DES entre janeiro 2002 e abril de 2007 em 2hospitais de referência. Os dados demográficos, as características clínicas dospacientes e a apresentação clínica no momento do procedimento foram coletadosdo prontuário. O seguimento clínico foi feito por contato telefônico com o pacienteou com o médico assistente. Os desfechos avaliados foram morte, morte cardíaca,trombose intra-stent (definição ARC) e revascularização do vaso-alvo (RVA). Re-sultados: Um total de 612 pacientes que receberam 756 stents foram incluídos.Obteve-se o seguimento de 97,7% dos pacientes com tempo médio de 23 ± 12meses, sendo o seguimento máximo de 64 meses. A idade média foi 65 ± 11 anose 63% eram do sexo masculino. Diabete mellitus foi observada em 34% dospacientes e apenas 36% apresentavam doença uniarterial. No momento do se-guimento, 84% dos pacientes estavam em uso de AAS e 53% de Clopidogrel ouTiclopidina. Os resultados principais são mostrados na tabela.

Morte 5,1%

Morte Cardíaca 2,5% RVA 10% Trombose definida+provavel 2,1%

Conclusão: Os resultados de até 6 anos de seguimento demonstram a segurançados DES traduzida pela baixa taxa de trombose intra-stent observada e reafirmaa eficácia dos DES em reduzir revascularização de vaso alvo.

065RESULTADOS CLÍNICOS IMEDIATOS E TARDIOS (06 ANOS) DAS INTERVENÇÕESCAROTÍDEAS PERCUTÂNEAS

ALAOR MENDES; ANDRÉS SÁNCHEZ; ANTONIO KAMBARA; CLARISSA DALL’ORTO;ANDRÉ LIMA; MANUEL CANO; RODOLFO STAICO; LUIZ A. MATTOS; AMANDASOUSA; J. EDUARDO SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / HOSPITAL DO CORAÇÃO– ASSOCIAÇÃO SANATÓRIO SÍRIO – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: O acidente cérebro-vascular (ACV) é a principal causa de inca-pacidade (física e/ou mental) e mortalidade no Brasil, sendo este causado em até40% dos casos por doença carotídea aterosclerótica. Múltiplos estudos têmdemonstrado resultados similares entre a angioplastia versus cirurgia em artériascarótidas. O objetivo desta análise foi avaliar os resultados clínicos imediatose tardios da angioplastia carotídea. Métodos: Entre dezembro de 2001 e dezembrode 2007, foram realizadas de forma consecutiva 264 intervenções carotídeaspercutâneas. Realizou-se seguimento clínico imediato e tardio quanto à ocorrênciade ACVs (maior e menor), infarto do miocárdio e óbito. Resultados: A idade médiafoi 68,4 ± 9,7 anos, 35,2% eram diabéticos, 6,9% tinham endarterectomia homolateralprévia e 26,5% dos pacientes eram assintomáticos. Foi utilizado em 84,3% doscasos stent Precise® e em 12,2% Wallstent®. Em 99,6% dos casos foi utilizadosistema de proteção cerebral (69,7% Angioguard®, 28,7% FilterWire® e 1,6%Moma®), e em 84,7% dos casos foi realizada pós-dilatação com balão operador-controlado. Houve sucesso do procedimento em 99,4% dos casos. Seguimentode 88% dos pacientes, com média de 25,7 ± 14,65 meses.

Eventos (freqüência acumulada) Imediato Tardio (06 anos)

ACVs 2,5% 4,4%IAM Q 1,9% 1,9%Morte 0,6% * 5,7% **

*1 Morte cardíaca; **10 Mortes não-cardíacas; 3 Cardíacas; e Neurológicas

Conclusão: A angioplastia carotídea, com implante de stent e utilização dos sistemasde proteção cerebral, mostrou-se uma técnica segura e eficaz no tratamento dadoença aterosclerótica carotídea, associado com baixas taxas de complicaçõeshospitalares e eventos clínicos maiores no seguimento tardio (06 anos).

066ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS SUBMETIDOSÀ INTERVENÇÕES CAROTÍDEAS PERCUTÂNEAS - RESULTADOS CLÍNICOS IME-DIATOS E TARDIOS

ALAOR MENDES; A. G. SÁNCHEZ; A. KAMBARA; A. LIMA; C.D.ORTO; S. M.MOREIRA; A. ABIZAID; F. FERES; A. SOUSA; J. E. SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / HOSPITAL DO CORAÇÃO– ASSOCIAÇÃO SANATÓRIO SÍRIO – SÃO PAULO – SP

Fundamentos:Os diabéticos (DM) fazem parte de um subgrupo de pacientes comalto-risco cardiovascular, visto que quando submetidos às intervenções coronáriasproporcionam piores taxas de eventos clínicos maiores em comparação aos nãodiabéticos (não-DM) durante seguimento tardio. Cerca de 25% dos pacientes comdoença cerebrovascular (ACV) são DM; e a resposta deste grupo às intervençõescarotídeas percutâneas (ICP) parece ser similar aos não-DM. O objetivo destaanálise foi comparar os resultados clínicos da ICP em DM versus não-DM, no seguimentoimediato e tardio. Métodos:Foram realizadas 264 ICP. Realizou-se seguimento clínicoimediato e tardio quanto à ocorrência de eventos clínicos maiores combinados(ECMC) de óbito, ACV, e IAM para ambos os grupos. Resultados:Ambos os grupospossuíam características clínicas basais semelhantes, exceto maiores taxas dedoença coronária e vascular periférica para o grupo de DM, corroborando seu maiorrisco cardiovascular. A tabela apresenta detalhamento dos ECMC, bem como suaevolução em até 04 anos.

Seguimento Imediato DM (n=93) Não-DM (n=171) P

ACV 1,5% 3,3% NSIAM 1,5% 2,2% NSÓbito 1,5% 2,2% NSECMC 4,5% 7,7% <0,07Seguimento Tardio ACV 3,0% 5,5% NSIAM 1,5% 2,2% NSÓbito 4,5% 6,6% NSECMC 9,0% 14,3% NS

Conclusão: A ICP em DM é uma técnica segura e eficaz, pois não esteve associadaa maiores taxas de eventos clínicos maiores durante seguimento tardio. Porém, houveuma tendência de mais ECMC durante seguimento imediato, que pode ser explicadopor se tratar de pacientes com maior risco, em tratamento por ICP que se associaà taxas mais elevadas de eventos adversos nos primeiros 30 dias pós-intervenção.

067ESTUDO COMPARATIVO DOS PACIENTES OCTAGENÁRIOS E NÃO OCTAGENÁRIOSSUBMETIDOS À INTERVENÇÃO CAROTÍDEA PERCUTÂNEA – RESULTADOS CLÍ-NICOS IMEDIATOS E TARDIOS DE 04ANOS

ALAOR MENDES; A. SÁNCHEZ; A. KAMBARA; A. LIMA; C. D.ORTO; S. MOREIRA;A. ABIZAID; F. FERES; A. SOUSA; J.E.SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / HOSPITAL DO CORAÇÃO– ASSOCIAÇÃO SANATÓRIO SÍRIO – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: O acidente cerebrovascular (ACV) é a principal causa de incapaci-dade (física/mental) e mortalidade na população brasileira, sendo esta causada ematé 40% dos casos por doença carotídea aterosclerótica. A idade permanece comoum dos principais fatores de risco; e os octagenários têm sido um grupo crescentena população brasileira. Os resultados clínicos das intervenções carotídeas (ICP) nestegrupo ainda são controversos, assim o objetivo desta análise foi comparar os resultadosda ICP em pacientes com idade igual ou superior a 80 anos versus pacientes maisjovens, no seguimento imediato e tardio quanto a eventos cardio e cerebrovasculares.Métodos: Nos últimos 04 anos, foram realizadas 264 ICP. Realizou-se seguimentoclínico imediato e tardio quanto à ocorrência de eventos clínicos combinados (ECC)para ACV, IAM, e Óbito. Resultados: Os grupos eram homogêneos, inclusive quantoà complexidade das lesões e características clínicas basais.A tabela apresentadetalhamento dos ECC, bem como sua evolução em até 4 anos. Conclusão: AICP em pacientes octagenários apresentou maiores taxas de ECC (imediatos etardios), sendo que somente o evento “Óbito” apresentou significância estatísticade forma isolada, confirmando a maior gravidade deste subgrupo e associaçãocom outras comorbidades, provavelmente, responsáveis pelo achado.

Seguimento Imediato Octagenários (n=50) Não Octagenários (n=214) P

ACV 6,7% 1,6% NSIAM 3,3% 2,4% NSÓbito 0% 0,8% NSECC 10% 4,8% <0,02Seguimento Tardio ACV 6,7% 3,9% NSIAM 0% 2,4% NSÓbito 13,3% (*0 Neurológica) 3,9% <0,04ECC 20% 10,2% <0,02

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Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

068ESTUDO DE SEGURANÇA DA TROMBÓLISE INTRA-ARTERIAL NA FASE AGUDADO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO

CARLOS HENRIQUE FALCAO; CONSTANTINO GONZALEZ SALGADO; WALDIRGOMES MALHEIROS; GABRIEL DE FREITAS; EDISON SANDOVAL PEIXOTO;

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – RIO DE JANEIRO – RJ

Introdução: A trombólise venosa na fase aguda é atualmente o tratamento de escolhanas primeiras 3 h, porém a trombólise intra-arterial (TA) evidenciou que o tempopara tratamento pode ser expandido demonstrando maiores taxas de reperfusão.Objetivos: Primário foi avaliação da segurança da TA associada à manipulaçãodo trombo e secundários foram valiação do sangramento e restabelecimento dofluxo. Material e métodos: Vinte e Quatro pacientes com quadro de AVCI. Exameclínico utilizou-se National Institutes of Health stroke scale (NIHSS), que pontuaalterações neurológicas na chegada. Após verificar os critérios de inclusão e ex-clusão, encaminhado à arteriografia para identificação do ponto de oclusão erealização da trombólise intra-arterial com rt-PA com angioplastia (ATC) se ne-cessário. Resultados: O NIHSS médio foi de 15. Isquemia na tomografia inicialem 13 pacientes. Identificadas as artérias ocluídas: ACM em 14 pacientes (pac),artéria cerebral anterior (ACA) em 1pac, artéria cerebral posterior (ACP) em 1pac,Basilar em 1pac, Carótida e ACP em 1pac, Vertebral e basilar em 2 pac e Carótida,ACM e ACA em 4 pac. Utilizada uma média de 28 mg de rt-PA. A ATC intracranianafoi utilizada em 5 pac e carotídea em 1 pac. Abertura da primeira porção da ACMem todos os casos de oclusão desta artéria. Identificado sangramento em 11 pac.No seguimento mínimo de 3 meses foi utilizada a escala de Rankin modificada(msR), que avalia grau de seqüela permanente. Sete pacientes evoluiram com msR=0,3 pac com msR= 1, 2 pac com msR= 2, 1pac com msR= 3, 1 pac com msR=4, 2 pac com msR = 5 e 8 pac com msR= 6. No seguimento de todos os pacientes,50% evoluíram com msR ≤ 2 e analisando apenas pacientes com acometimentode ACM, 65% possuem msR ≤ 2. Conclusão: A TA no AVCI mostrou-se segura,permitindo maior recanalização do vaso e menor grau de seqüelas no seguimento,quando comparado aos controles históricos que seguiram protocolos semelhantes.

069INTERVENÇÃO CAROTÍDEA PERCUTÂNEA - COMPARAÇÃO ENTRE OS PACIEN-TES SINTOMÁTICOS VERSUS ASSINTOMÁTICOS

CLARISSA CAMPO DALL ORTO; A.G. SÁNCHEZ; A.KAMBARA; A. MENDES; A.LIMA; S.MOREIRA; A. ABIZAID; F. FERES; A.G.M.R. SOUSA; J. E. SOUSA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / HOSPITAL DO CORAÇÃO– ASSOCIAÇÃO SANATÓRIO SÍRIO – SÃO PAULO – SP

Introdução: Até o momento, temos pouca informação sobre a comparação deangioplastia carotídea em pacientes sintomáticos (PS) versus assintomáticos (PASS)pré-procedimento. O objetivo desta análise foi avaliar esta questão em um grupoconsecutivo de casos. Métodos: Entre 2002 e 2007, foram realizadas 264 inter-venções carotídeas percutâneas. Em 6,6% dos pacientes do grupo de PASS versus10,1% dos PS, foi realizada intervenção carotídea bilateral de forma estagiada.Praticou-se angiografia carotídea quantitativa (ACQ) pré e pós-procedimento.Realizamos seguimento clínico imediato e tardio avaliando a incidência de acidenteisquêmico transitório, ACV (maior e menor), necessidade de nova revascularizaçãoda lesão alvo (RLA), IAM e óbito. Resultados: As características clínicas basaiseram similares entre os grupos. Obtivemos sucesso do procedimento em 99% doscasos, com ausência de complicações maiores, em ambos os grupos. Na análisecom ACQ, o diâmetro luminal mínimo foi menor no grupo dos PASS, o que resultouem maior porcentagem de estenose para o grupo dos PASS (p). Conclusão: Nestaanálise consecutiva de pacientes, observamos que a intervenção carotídea percutâneaé uma técnica segura e eficaz, com baixa incidência de complicações hospitalarese em longo prazo, tanto nos PASS como nos PS. A incidência de eventos (morte,AVC e RLA) hospitalares e tardios foi similar entre os dois grupos.

070O PAPEL DO RECEPTOR PROTO-ONCOGENE MAS NO REMODELAMENTO VASCULARAPÓS DESNUDAMENTO ENDOTELIAL

MARCO TULIO VILLACA CASTAGNA; SÍLVIA LACCHINI; ROBSON AUGUSTO S.SANTOS;

DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA, ICB, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAISE UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.

Introdução: São 2 os tipos de ação do sistema Renina-Angiotensina: um vasoconstritor/proliferativo, sendo a Angiotensina II o principal efetor e outro vasodilatador / anti-proliferativo, sendo o maior efetor a Angiotensina - (1-7) [Ang- (1-7) ]. Objetivo:Avaliar a atuação do receptor proto-oncogene mas da Ang- (1-7) no remodelamentovascular após desnudamento endotelial e a eficácia da Ang- (1-7) por VO, com-parado com: 1) sua administração por micro-bomba de infusão (MBI) SC e 2) suaadministração por VO associada ao polímero hidróxi-prolil-beta-ciclodextrina[HPβCD-Ang (1-7]. Materiais e Métodos: 12 grupos com 5 camundongos da raçaC57Bl/6J e um grupo com 5 camundongos Knock-Out para o receptor mas (KO).Feito desnudamento endotelial da artéria Femoral Esquerda. Grupos conforme asdrogas administradas: 1) A779 (antagonista do receptor mas) em PLGA (ácido poli(láctico-co-glicólico); 2) KO; 3) Losartan + A779; 4) AVE 0991 (agonista nãopeptídico do mas); 5) Ang- (1-7) VO; 6) MBI-Ang- (1-7); 7) HPβCD-Ang (1-7);8) Enalapril; 9) Losartan; 10) PLGA; 11) HPβCD; 12) Sham; 13) Cirurgia. Sacrifí-cio no 28º dia. Análise: artéria controle: áreas: do vaso, da média e do lúmen.Artéria lesada: áreas: do vaso, da média, do lúmen e da hiperplasia intimal (HI).Calculado: 0% de HI; Resultados: Nos grupos tratados com agonistas do mas:AVE 0991, Ang- (1-7) VO, MBI-Ang - (1-7) e HPβCD-Ang- (1-7), nas artérias lesadas,houve um menor% de HI e maiores áreas do vaso e do lúmen comparados comos grupos nos quais o mas foi bloqueado e com os demais grupos. A Ang - (1-7)foi eficaz por VO, assim como quando veiculada por MBI ou associado à HBβCDou comparado ao AVE. Conclusão: O receptor, mas tem um papel importante napreservação da luz arterial após o desnudamento endotelial, atenuando o% deHI e promovendo o remodelamento positivo do vaso. A Ang - (1-7) é eficaz porVO sem diferença na eficácia comparado à sua associação com HPβCD, quandoadministrada por MBI ou comparada ao AVE.

071AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA E SEGURANÇA DE UM STENT RECOBERTO COMCELULOSE BIOSSINTÉTICA EM MODELO DE ARTÉRIA ILÍACA DE COELHOS

RONALDO DA ROCHA LOURES BUENO; PAULO M. P. DE ANDRADE; JOSÉ C. E.TARASTCHUK; PAULO R. F. ROSSI; MARCOS A. A. PEREIRA; GILMAR J. SANTOS;

SERVIÇO DE HEMODINÂMICA DO HOSPITAL EVANGÉLICO DE CURITIBA – PR

Fundamentação Teórica: A celulose biossintética (CB) é uma membrana biocom-patível usada em vários campos da medicina. Stents recobertos com CB têm opotencial de atingir total cobertura da lesão, agindo como barreira à migraçãode células de músculo liso da camada média da artéria para a luz, além de permitira captura de células progenitoras arteriais. Objetivos: Testar a eficácia e segurançado implante de um stent recoberto com CB comparado com stent metálico con-vencional num modelo de artéria ilíaca de coelhos. Métodos: Sete stents metálicose 7 stents com CB foram implantados em artérias ilíacas de 7 coelhos. Sete semanasapós o implante de stents, os animais foram estudados angiograficamente. Oscoelhos foram então sacrificados e os espécimes foram enviados para análisehistológica. Resultados: Não houve reestenose intra-stent angiográfica nem oclusãoaguda ou tardia causada por trombose de stent em nenhum dos grupos. Nos gruposcom stent convencional e recoberto com CB, respectivamente, a espessura médianeointimal foi de 0,18 ± 0,02 mm e 0,35 ± 0,02 mm*;% estenose, 10,97 ± 1,23%e 35,55 ± 3,39%* (*p). Conclusão: Implante de stent recoberto com celulosebiossintética foi seguro, sem evidências de trombose de stent, resultando em melhorendotelização neointimal absoluta quando comparada com stent metálico. Pelacapacidade de capturar células progenitoras endoteliais tem o benefício de poderdiminir a reestenose.

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Atividades Científicas do XXX Congresso da SBHCI

ENFERMAGEMAPRESENTAÇÃO ORAL

Temas Livres

072A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM HEMODINÂMICA

EDNA VALERIA DA SILVA; MARIA HELENA DE ALMEIDA; ANDRÉA COTAIT AYOUB;MICHELE DE OLIVEIRA AYRES;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

A implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) noInstituto Dante Pazzanese de Cardiologia, iniciou-se em 1980, tendo o Processode Enfermagem de Wanda Horta como referencial teórico. Desde então sofreudiversas influências e experiências vivenciadas pelas enfermeiras da Instituição.Hoje a SAE é fundamentada também pela North American Association Nursing(NANDA) e utilizamos as fases do processo: histórico, diagnóstico, intervenções,evolução e resultado. A sistematização na hemodinâmica possibilitou a organi-zação da assistência de enfermagem, orientando a equipe de enfermagem paraatender o cliente de forma individualizada, vendo o indivíduo como um serholístico. Objetivos: Elaborar a sistematização do atendimento na Hemodinâmica,amplicar a SAE obedecendo as fases do processo: histórico, diagnóstico, inter-venções e evolução de enfermagem e fundamentar segundo literatura. Resultados:Foi criado um histórico específico e direcionado ao paciente que irá submeter-se ao exame dentro da hemodinâmica. Os diagnósticos elaborados foram: Co-nhecimento deficiente, integridade da pele prejudicada, risco para perfusão tissularrenal prejudicada, risco para perfusão tissular ineficaz periférica, débito cardíacodiminuído e mobilidade física prejudicada. Com a finalidade de resolver osdiagnósticos levantados, os enfermeiros utilizaram as intervenções e evoluçãode enfermagem, com oportunidade do acompanhamento do paciente nas 24 horasde internação. Para estruturar essas ações foi criado o guia de preenchimento dosimpressos. Conclusão: A SAE tornou-se uma das ferramentas de gestão da unidade,assegurando a assistência com maior qualidade, possibilitando maior interaçãoentre enfermeira/cliente, proporcionando um atendimento sistematizado e direcionadopara a equipe de auxiliares.

073TRAJETÓRIA DO ENFERMEIRO EM BUSCA DO USO ÚNICO DE FIOS GUIAS EMHEMODINÂMICA

ERIKA GONDIM GURGEL RAMALHO LIMA; JOSÉ ERIRTÔNIO FAÇANHA BARRETO;CELIANE MARIA LOPES MUNIZ; SÔNIA FERREIRA BRINGEL FRANCO; VIVIANEMARINHO PINTO BANDEIRA; SAMARA DA SILVA VITURIANO;

HOSPITAL REGIONAL UNIMED - FORTALEZA – CE

Introdução: O reprocessamento de produtos médicos acontece no cotidiano dosserviços de saúde em todo o Brasil. Na área de hemodinâmica esta prática é bastanteevidente. Diante desta realidade a ANVISA instituiu a resolução 2606 de 11 deagosto 2006, que estabelece parâmetro orientador para elaboração, validação eimplantação de protocolos de reprocessamento de produtos médicos. Em seusartigos 4º e 7º os itens IV e V determinam respectivamente que os produtos repro-cessados devem permitir a rastreabilidade e controle de número de reprocessamentos.Os fios guias utilizados em hemodinâmica como 0,035 teflonado, hidrofílico, extrastiff, 0,014 e outros, possuem uma estrutura que além impedir a realização dorastreamento e controle do número de reprocessamentos, dificulta a garantia dalimpeza adequada, por não ser possível visualização da presença de sujidadena estrutura aramada. O uso de material reprocessado é de responsabilidade doenfermeiro do serviço, e este deverá trabalhar para não permitir o reprocessamentodestes materiais, mostrando a dificuldade de limpeza, rastreamento e controle donúmero de reprocessamentos. Estes materiais passam a fazer parte da lista demateriais que não podem ser reprocessados por não nos assegurar estas deter-minações. Objetivo: Refletir sobre a segurança na utilização de fios guias nosserviços de hemodinâmica. Método: Trata-se de um estudo bibliográfico sobre oreprocessamento de produtos na unidade de hemodinâmica. Resultados: Os serviçosde hemodinâmica que não reprocessam fios guias apresentam um aumento nocusto deste material de 230%, mas garantem segurança na utilização dos mesmos.Conclusão: O reprocessamento de fios guias não está assegurado pela ANVISA,tomando por base que não podemos garantir a limpeza, rastreabilidade e controledo número de reprocessamentos. Os enfermeiros de hemodinâmica devem buscaro uso único dos fios guias, onde garantirão a segurança na utilização deste material.

074O CONHECIMENTO E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES SUBME-TIDOS A ANGIOPLASTIA CORONÁRIA À LUZ DA TEORIA DO AUTOCUIDADO

FABIENE LIMA PARENTE; FABIARA LIMA PARENTE; KEILA MARIA AZEVEDO PONTES;

HOSPITAL DO CORAÇÃO DE SOBRAL - CE

A doença da artéria coronária (DAC) é a maior causa de morbi-mortalidade. AAngioplastia Coronariana Transluminal Percutânea (ACTP) é indicada no tratamen-to da DAC. Os enfermeiros precisam familiarizar-se com os métodos para avaliare prevenir. Os pacientes submetidos a ACTP necessitam de habilidades similares.O autocuidado é a prática de atividades que os indivíduos realizam em seu benefíciopara manter a saúde e o bem-estar. Os pacientes têm dificuldade em prosseguiro tratamento por não entender a importância da sua participação. A enfermagemdeve educar e orientar sobre a patologia e o autocuidado. A pesquisa foi do tipoconvergente-assistencial, com abordagem qualitativa. A população foi de 20pacientes submetidos à ACTP entre março e abril de 2007. Foram divididos emdois grupos A e B. Para um grupo, a assistência de enfermagem foi de formasistematizada e seguindo rotina baseada no autocuidado. Os grupos foram avalia-dos posteriormente. Onze pacientes são homens e nove mulheres. A idade variouentre 43 e 80 anos. Foi perguntado se sabiam o que é ACTP um afirmou sabere dezenove não sabem. As falas demonstram uma relação de medo e receio emse submeter. Dezessete não sabem como se comportar depois da ACTP e três afirmamsaber, mas têm dúvidas. Foi perguntado se sabiam como continuar o tratamento,três sim, mas, com dúvidas, e dezessete não. No grupo A, oito colaboraram e doisnão seguiram as orientações sobre o comportamento. No grupo B, três colaborarame sete não. Concluiu-se que, quando os pacientes recebem apoio e orientações,interagem melhor aos efeitos causados por este momento, tornando-se compla-centes ao regime de cuidados, onde parece que são dissimulados os sentimentosencontrados na pesquisa como inerentes aos procedimentos como o medo, aangústia, o risco. Enquanto os que não recebem este tipo de acompanhamento,permanecem menos preparados, dificultando suas atuações como protagonistasdo seu procedimento.

075VALIDAÇÃO DE UM MÉTODO DE REPROCESSAMENTO E RASTREABILIDADE DEMATERIAIS DE HEMODINÂMICA

JACQUELINE WACHLESKI; KÁTIA B MORAES; EVA MN FONTANA; TIAGO S DIAS;SUZANA C SILVA; RONALDO T BERNARDO; SIMONE S FANTIN;

HOSPITAL LUTERANO - UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - PORTO ALEGRE - RS

O reprocessamento de artigos de uso único é realidade em muitas instituiçõesde saúde do Brasil. Embora os artigos utilizados em hemodinâmica apresentemidentificação de uso único, é um problema a decisão de descarte ou reúso. Sendoque a maioria dos serviços opta pelo reprocessamento, a garantia de qualidadee segurança do processo é essencial.

Relatar a experiência da implantação de um método de reprocessamento de materiaise certificar a sua segurança e qualidade.

Estudo experimental desenvolvido em uma hemodinâmica e uma empresa de esteri-lização. Após o projeto piloto, a metodologia foi empregada regularmente a partirde fevereiro de 2007.

A limpeza dos materiais foi dividida em duas fases, sendo a primeira realizadano período peri-procedimento, pelo instrumentador. Houve substituição da soluçãosalina por água destilada, no uso, limpeza e enxágüe. Não foi permitida a misturade materiais entre procedimentos. Os materiais são avaliados por microscopiaantes de embalados. Criamos um banco de dados, e a cada material se atribuiuum código. Em cada processo há registro das etapas, observações e reúsos ocorridos,permitindo a rastreabilidade dos mesmos. Em caso de descarte, o motivo. Os testesde controle de qualidade demonstraram a ocorrência de endotoxina em apenasum tipo de material, o qual passou a ser descartado no primeiro uso. Os testesde esterilidade fúngica e bacteriana bem como os de resíduo de ETO atenderamas exigências dos ensaios, não havendo qualquer caso de positivação. Quantoaos resultados de integridade e funcionalidade, monitorizados a partir dos laudosde descarte, observou-se maior vida útil dos materiais com este método.

Os achados evidenciaram a possibilidade de monitorar o reuso de cada artigoe confirmar a segurança do método através dos testes de qualidade, reduzindoos riscos de complicações provocadas pelo reuso.

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Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

076IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE REPROCESSAMENTO DE CATETERESNUM SERVIÇO DE HEMODINÂMICA: RESULTADOS INICIAIS E ANÁLISE DO PROCESSO

JULIANA PEREIRA MACHADO; ROTTA, C S G; FRANÇOLIN, L; MORELLO, V C M;

HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUCAS - RIBEIRÃO PRETO – SP

A preocupação com a qualidade de vida dos clientes e os custos desprendidospelas instituições de saúde faz com que os artigos médico-hospitalares sejam ofoco de atenção no processo de re-uso. No Brasil, este processo está regulamentadopela Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº. 156, da Agência Nacional deVigilância Sanitária, que dispõe sobre o reprocessamento de produtos médicos,além da resolução nº. 2605 que traz uma lista de artigos proibidos de reprocessar,e nº. 2606 sobre protocolos de reprocessamento, ambas de 11 de agosto de 2006.Ressalta-se a necessidade de assegurar uma limpeza que seja eficaz na eliminaçãode resíduos orgânicos e inorgânicos e que possa garantir a ausência de qualquertipo de contaminação e risco ao paciente. O objetivo deste estudo é descrevero impacto da implantação de um protocolo de reprocessamento de cateteres dehemodinâmica como melhoria de processo e garantia de segurança. Trata-se deum estudo descritivo, não experimental, prospectivo, realizado em um hospitalde médio porte, de um município do interior paulista, para o qual foi elaboradoe implementado um protocolo para reprocessamento de cateteres de hemodinâmica.A coleta de dados foi realizada de julho/2006 a dez/2007, na Unidade deHemodinâmica e Central de Materiais. O protocolo obedece aos rigores especi-ficados em lei, e foram consideradas também estrutura, discussões com outrosserviços e evidências científicas sobre a temática. A conclusão foi: uma melhorano planejamento e organização no setor de Hemodinâmica, assim como nosregistros de envio e recebimento de cateteres, identificação das principais causasde descarte, e estabelecimento da quantidade de ciclos que esses cateteressuportam sem danos à sua estrutura, onde foi possível determinar a média decateteres reprocessados e monitorar as não-conformidades na execução do pro-tocolo através de auditorias internas do processo, garantindo assim o cumprimentoefetivo de todas as fases do reprocessamento.

077COMPLICAÇÕES NO LOCAL DA PUNÇÃO APÓS PROCEDIMENTO INTERVENCIO-NISTA CARDIOVASCULAR

KATIA BOTTEGA MORAES; SIMONE S FANTIN; HELOISA K HOEFEL;

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL / HOSPITAL DE CLÍNICASDE PORTO ALEGRE – RS

Ocorrência de complicações no local da punção após procedimento intervencionistapercutâneo é uma realidade. Os eventos adversos ocorridos após altas hospitalares,relacionados ao acesso vascular variam entre sangramento, equimose, hematoma,dor e menos freqüentemente infecção. No que se refere aos cuidados de enfer-magem à preocupação está voltada ao reuso de cateteres e a compressão arterial.Objetivo: Identificar reações no local da punção após alta hospitalar, relatadaspelos pacientes submetidos a procedimento intervencionista. Verificar a incidên-cia de infecção no local da punção arterial. Método: Estudo de coorte prospectivo.A coleta de dados foi realizada através de questionário estruturado com perguntasfechadas, preenchido 15 dias após o exame. A amostra foi composta de 95pacientes submetidos a procedimento da cardiologia intervencionista, no períodode março a maio de 2007. Resultado: A equimose (60%) na região da punção foià reação mais citada, seguida de dor (49%) no local da punção ocorrida no diado exame. Embora não sejam consideradas complicações vasculares, são eventosadversos inerentes à técnica. Calafrios (10%), febre (5%) e secreção amarelada(5%) foram citados. 21% dos indivíduos não referiram queixas. A incidência deinfecção foi suspeita pelo tipo de relato de um dos pacientes, porém sem con-firmação. Daqueles que responderam 89,4% haviam se submetido a exame di-agnóstico e 9,5% a intervenção percutânea, sendo que 95% foram realizadosatravés acesso femoral. Não houve relato de complicações maiores. Ao ser analisadodor e presença de equimose, não houve correlação significativa (p> 0,01). Con-clusão: A incidência de infecção foi apenas suspeita pelas limitações de se realizarum diagnóstico mais preciso através de relatos. Os achados, embora de poucagravidade, podem auxiliar na orientação para alta e de alerta para possíveisinadequações nos processos realizados.

078ATUAÇÃO E ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICAS DO ENFERMEIRO NO LABORATÓRIODE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

MONICA VIEIRA ATHANAZIO DE ANDRADE; EDNA VALÉRIA DA SILVA;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Fundamentos: O laboratório de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista éum setor que possui aparato tecnológico sofisticado e de alta complexidade, ondese realizam procedimentos invasivos diagnósticos e terapêuticos na áreacardiovascular. Essas características exigem do enfermeiro qualificações espe-cíficas, conhecimentos técnicos e científicos em cardiologia, de forma a acom-panhar evolutivamente os avanços e mudanças, atualizando e treinando a equipede enfermagem. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, quanti-tativo, avaliando a atuação científica do enfermeiro e capacitação da equipe deenfermagem em 10 laboratórios de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionistade hospitais da grande São Paulo, sendo 5 públicos e 5 privados. A coleta dedados foi realizada em novembro de 2007, por meio de um questionário check-list respondido pelos enfermeiros. Resultados: No âmbito da pesquisa, 7 (70%) dosenfermeiros participam de eventos científicos da área e de protocolos de estudos,6 (60%) participam de trabalhos com equipes multidisciplinares e 5 (50%) realizame apresentam trabalhos em eventos científicos, possuindo publicações. Em relaçãoao ensino, 9 (90%) recebem estagiários ou aprimorandos de enfermagem no setor,7 (70%) promovem aulas para a capacitação dos funcionários e 3 (30%) administramcursos, palestras ou aulas. Conclusão: Em hospitais da grande São Paulo, observa-se uma atuante participação dos profissionais de enfermagem no processo deensino e pesquisa. A atualização científica do enfermeiro responsável pelo la-boratório de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista é fundamental para acapacitação da equipe de enfermagem, visando o aprimoramento de habilidadesreferentes à realização de procedimentos de enfermagem e atendimento quali-ficado ao cliente.

079SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DE UM PACIENTE SUB-METIDO À FECHAMENTO DE CIA COM PROTESE DE OCLUSÃO SEPTAL POR VIAPERCUTANEA

ROSANA SILVEIRA DA CONCEICAO; BACK,MA; ARGENTA,MI;

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DE SC / UNIVALI-CE BIGUAÇU – SC

Introduçâo: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), segundoLeopardi, é a organização do trabalho, segundo as fase do seu fluxo, que implicamna definição da natureza do trabalho a ser realizado e do Processo de Enfermagem,desde a base teórico-filosóficas, o tipo de profissinal requerido, objetivos, métodos,técnicas, procedimentos e recursos materiais para a produção do cuidado. En-tendendo a SAE como um instrumento de trabalho do enfermeiro, desenvolvemoso estudo que visa descrever a trajetória de um paciente portador de ComunicaçãoInteratrial (CIA), submetido à correção com prótese por via percutanea, em umhospital público que presta atendimento de alta complexidade em procedimentoscardiovasculares. Método: Acompanhado um paciente portador de CIA antes,durante e após a correção da mesma por via percutanea, aplicando a SAE eDiagnósticos de Enfermagem segundo Carpenito. Resultados: A SAE foi realizadapara um paciente adulto do sexo masculino, aplicando-se todos os passos doProcesso de Enfermagem. Os principais diagnósticos de enfermagem levantadosforam: Ansiedade, Risco para Infecção, Conforto Prejudicado, Integridade TissularPrejudicada, Risco para o Controle Ineficaz do Regime Terapêutico, Alto Riscopara o Controle Ineficaz do Regime Terapêutico, Estilo de Vida Sedentário, NutiçãoDesequilibrada - mais do que as necessidades corporais. Realizado e implantadorotinas pré e pós procedimento e protocolos pós-alta hospitalar. Conclusões: Parauma assistência de enfermagem qualificada e individualizada se faz necessáriaa utilização da SAE, que demonstrou ser efetiva e de extrema importância noatendimento ao paciente e organização do trabalho da enfermagem. Observamosa escassez de bibliografia sobre o fechamento de CIA por via percutanea na literaturade enfermagem, principalmente com a utilização da SAE.

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Temas Livres - Apresentação Oral Enfermagem

080NOTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS COMO INDICADOR DE QUALIDADEASSISTENCIAL NA HEMODINÂMICA

SIMONE DE SOUZA FANTIN; ALINE BRIETZKE; LENIRA L ANSELMO; MARCIA FCASCO; ERICA RM DUARTE; ROSE C LAGEMANN; MARTA GO GOES;

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE - RS / UNIVERSIDADE FEDERAL DORIO GRANDE DO SUL

Entende-se como evento adverso (EA) a complicação indesejada decorrente daassistência prestada aos pacientes, não atribuível à evolução natural da doençade base. A qualidade da assistência à saúde pode ser mensurada por indicadorese entre eles os eventos adversos. A notificação dos EA é mínima, assim repre-sentando pequena parte da realidade. Poucos estudos falam sobre ocorrência deEA na hemodinâmica, e os que têm são focados em causas específicas, comoas complicações vasculares.

Este estudo teve como propósito identificar a ocorrência de EA na hemodinâmicae sua notificação como elemento para redução de ocorrência e exposição de riscosaos usuários.

Estudo observacional retrospectivo, realizado em um serviço de hemodinâmicade um hospital universitário. A amostra foi constituída pelos 228 pacientes queapresentaram EA, notificado pela equipe de enfermagem no prontuário do paci-ente, durante o período setembro de 2007 a março de 2008.

No período foram assistidos 1873 pacientes, sendo 72,5% homens. Foi registradaa ocorrência de 269 EA em 12,2% dos indivíduos, com idade média de 61,6 ± 11,7anos. Houve maior incidência nos submetidos a procedimentos diagnósticos(56,1%) e intervenção coronariana (25,4%). Dentre os EA observados a maiorincidência foram as complicações vasculares (38,7%) no local da punção (he-matoma >5 cm, sangramento, oclusão arterial aguda) seguida por 19,3% de reaçõesde sensibilidade (prurido, pápulas, tosse, hiperemia facial). Outros eventos registradoscom menor freqüência foram: tremores, náuseas, reações vagais, hipertermia,congestão pulmonar e hipertensão.

A notificação de EA permite a redução de falhas ou condições inseguras naprestação do cuidado, e contribui para a construção de indicadores assistenciaispara qualidade do cuidado de enfermagem.

081RETIRADA DA BAINHA HEMOSTÁTICA PÓS-INTERVENÇÃO CORONÁRIAPERCUTÂNEA SEM CONTROLE DO TEMPO DE COAGULAÇÃO ATIVADO: UMESTUDO RANDOMIZADO

SIRLEY DA SILVA PACHECO; LUIS CARLOS VIEIRA; RENÉE COSTA AMORIM;SIMONI VACONDIO; VIVIANE H. A. MINGORANCE; FABIANA C. VACARI; JAMESDA LUZ ROL; ALINE PEREIRA DA SILVA; LÉA CAROLINA DE L. CORREA; MAURÍCIODE N. MACHADO;

FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP – SP

Introdução: Intervenções coronárias percutâneas (ICP) são habitualmente reali-zadas por acesso arterial femoral. Apesar dos avanços em relação à qualidadedo material utilizado e da retirada precoce dos introdutores percutâneos, persistemcomplicações vasculares e sangramentos no sítio de punção, prolongando apermanência hospitalar e elevando os custos do procedimento. Objetivos: Com-parar a retirada precoce da bainha hemostática (seis horas após o procedimento),com a retirada guiada pelo tempo de coagulação ativado (TCa < 180s) paraavaliação de complicações locais como formação de equimoses e hematomase necessidade de transfusão. Material e Métodos: Estudo prospectivo, randomizadoe aberto com a inclusão de 251 pacientes submetidos a ICP entre janeiro a setembrode 2001, distribuídos em 2 grupos: Grupo A – retirada da bainha hemostática seishoras após a ICP; Grupo B – retirada da bainha hemostática de acordo com oTCa (< 180s). Resultados: Duzentos e cinquenta e um indivíduos consecutivosforam incluídos nesta série sendo 175 (70%) do sexo masculino com idade médiade 60 anos. Não houve diferenças entre os grupos em relação às característicasde base. A presença de equimoses e hematoma local variou entre 29,8% a 45,7%sem diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Apesar da altaporcentagem de equimoses e hematoma local após a retirada da BH, a maiorproporção foi de hematomas pequenos (<4,9 cm) e não houve nenhum caso desangramento maior com necessidade de intervenção vascular ou transfusão sanguínea.A porcentagem de pacientes em que houve expansão do diâmetro do hematomaentre as medidas também foram similares. Conclusão: Na população estudada,a retirada da BH 6 horas após a ICP sem o uso de TCa foi segura e obteve resultadossemelhantes à retirada guiada pela avaliação da coagulação. Essa estratégia podesimplificar os procedimentos padrão para retida da BH e reduzir seus custos.

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ENFERMAGEMAPRESENTAÇÃO PÔSTER

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

Temas Livres

082EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO AERÓBIO E ANAERÓBIO NO CONTROLE DAOBESIDADE

ADRIANA MARTINS GALLO; ADRIANA DOS SANTOS GRION; MARCELO LEONARDI;DOUGLAS DOS SANTOS GRION; CIBELE APARECIDA KOBAYASHO GALLO;

SERVIÇO DE HEMODINAMICA DE ARAPONGAS – PR

A obesidade já se tornou uma das principais doenças do Brasil e do mundo, nãopodendo mais ser vista apenas como um problema estético, mas também comoum distúrbio de saúde que reduz a expectativa de vida e sua qualidade. Dadosdivulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia em 2004 apontam que 80%da população adulta é sedentária e que 52% dos adultos brasileiros estão acimado peso, sendo 11% obesos, o que explica o aumento da morbidade e mortalidade,sendo a obesidade fator de risco para várias doenças crônicas não transmissíveis.As maiores proporções de excesso de peso e obesidade concentram-se na regiãosul do país. Esta doença é geralmente desenvolvida por questões multifatoriaiscomo: genética, sedentarismo, nutrição, ou estilo de vida nada saudável. O objetivodeste estudo foi verificar os efeitos dos exercícios físicos no controle do pesocorporal. A metodologia foi de revisão de literatura e os textos e artigos foramretirados da base de dados virtual Scielo publicados entre 1998-2007, foramanalisados e demonstraram que os exercícios físicos são de fundamental impor-tância na manutenção e redução do peso corporal. Destaca-se também que ainserção de uma alimentação equilibrada proporciona resultados ainda maissignificativos no processo. A partir da análise literaria proposta as consideraçõesfinais são de que tanto o exercício aeróbio como o exercício anaeróbio contribuino controle do peso, mais os exercícios aeróbios têm contribuido de forma maissignificativa na redução do peso corporal e pode-se com qualquer idade, treinaraerobiamente, entretanto respeitando suas maturações fisiológicas, ou seja, ematletas se pode trabalhar na máxima potência aeróbia, entretanto em crianças,idosos e pessoas destreinadas não se deve trabalhar no seu máximo rendimentoneste mesmo sentido.

083A HUMANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DA UNIDADECORONARIANA

ADRIANA MARTINS GALLO; ADRIANA DOS SANTOS GRION; DOUGLAS DOSSANTOS GRION; MARCELO LEONARDI; FERNANDA MOURA DA SILVA;

SERVIÇO DE HEMODINÂMICA DE ARAPONGAS – PR

A unidade coronariana de um hospital de médio porte é caracterizada por aten-dimentos de urgência e emergência, sendo ou não na vigência do infarto agudodo miocárdio. A conscientização da equipe de enfermagem sobre a importânciade valorizar a figura humana do paciente colabora para que sua ansiedade sejadiminuída. É importante que seja analisado não somente a sua entrada no serviçode atendimento de urgência, mas todo a situação pela qual o paciente está passando,buscando, além de recuperar sua saúde física no momento, identificar suas emoções,suas frustrações e seus desejos na ânsia de sobreviver à emergência e internação.Partiu-se do pressuposto que a humanização tem se tornado destaque e que oprofissional de enfermagem é um dos principais responsáveis por esta prática parao desenvolvimento deste trabalho. O objetivo deste estudo foi de verificar aspossibilidades de um processo de atendimento humanizado em atendimentos deurgência e emergência no ambiente hospitalar, dando ênfase a assistência daenfermagem. Esta pesquisa caracterizou-se por revisão de literatura tendo comobase os bancos de dados virtuais Bireme, Scielo, no período de 2000-2007. Osdescritores utilizados foram: humanização, atendimentos hospitalares, urgênciase emergências. Conclui-se através deste estudo que o atendimento humanizado,principalmente nos setores de urgência e emergência é um ato a ser seguido afimde melhorias na assistência não só de enfermagem, mas de toda a equipe queassiste ao paciente, mas que requer um certo tempo de adaptação devido às rotinasque são implantadas nos serviços hospitalares e que muito contribuem para atitudesdos funcionários em cumprir protocolos de atendimento previamente estabelecidospor cada instituição.

084PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS NA HEMODINÂMICA COMO PROCESSODE MELHORIA PARA PREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO

CELIA FATIMA ANHESINI BENETTI; FERNANDA JACQUES CALÇADO DE OLIVEIRA;

ASSOCIAÇÃO DO SANATÓRIO SÍRIO - HOSPITAL DO CORAÇÃO - SÃO PAULO - SP

Introdução: Os erros de medicação são comumente relatados como sendo umdos principais eventos sentinelas relacionados com o cuidado de enfermagem dopaciente. Vários fatores podem contribuir para que este fato aconteça, como: odespreparo do profissional, desconhecimento dos medicamentos, ações punitivase falta de atenção na realização do cuidado. Tais fatores levaram a equipe a rea-lizar ações de melhoria para que o erro não aconteça e que estas ações possamfazer parte da rotina de trabalho como um processo facilitador e contínuo. Objetivo:Descrever os protocolos e padronização de medicamentos na Hemodinâmicacomo proposta de melhoria. Metodologia: Foi instituído no serviço de Hemodinâmica apadronização e elaboração dos protocolos de medicamentos, bem como a uti-lização de kits específicos e a conferência de sua validade. Tais medidas ado-tadas facilitaram o preparo das medicações utilizadas na realização dos procedi-mentos hemodinâmicos, auxiliando no atendimento das complicações esperadas quepossam ocorrer como: arritmias, bradicardias e processos alérgicos. Conclusão: Autilização na Hemodinâmica dos protocolos de medicamentos e a padronizaçãodos mesmos, corrobora com a baixa ocorrência do erro de medicação apontadocomo indicador de enfermagem dos eventos sentinelas na instituição. Este proces-so de melhoria faz com que haja maior adesão dos funcionários na assistênciaprestada, onde o beneficiado final é o cliente.

085ANGIOPLASTIA PERIFÉRICA COM A TÉCNICA DE CRIOPLASTIA – EXPERIÊNCIAINICIAL

CLAUDIA BURIGO ZANUZZI; LOURENÇO, MARCO ANTONIO; STADLER NEWTON;NERCOLINI DÉBORAH; WANG RICARDO;

CENTRO DE DISGNOSE CARDIOVASCULAR - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DECURITIBA – PR

Os procedimentos endovasculares periféricos estão evoluindo de uma forma muitorápida, novas técnicas e matérias estão surgindo, melhorando o tratamento dasdoenças vasculares periféricas.A crioplastia é uma técnica na qual se utiliza umbalão especial para a dilatação e congelamento das estenoses ou oclusões arteriais,induzindo a apoptose controlada e minimizando a reestenose tardia. A técnicada crioplastia consiste em conectar o balão em uma unidade de insuflação. Ainsuflação será feita através deste dispositivo que preencherá o balão com óxidonitroso levando ao congelamento da placa de gordura durante 20 segundos levandoa morte celular. Realizamos desde dezembro de 2006, dez casos, com nenhumamorte, ou amputação do membro, com sucesso angiográfico e sem intercorrênciasdurante o internamento. Dos casos realizados, apenas um dos pacientes nãocaminhava, pois apresentava lesões tróficas infectadas e necrose das partes molesdo membro inferior, e os demais tinham claudicação intermitente ao caminhar.Três pacientes apresentavam oclusão total, houve melhora do fluxo distal e dacicatrização das lesões tróficas. Quatro dos pacientes com diabetes, e todos semnecessidade de reintervenção à curto prazo. Durante o internamento hospitalardesses pacientes não houve nenhuma complicação vascular como sangramento,hematoma ou pseudo-aneurisma. Para avaliarmos tardiamente a resposta do tra-tamento feito, o Dopller arterial foi realizado 3 meses após a angioplastia – períodocrítico de reestenose. O serviço foi o pioneiro nesta técnica, e despeito do pequenonumero de casos realizados, a crioplastia mostrou-se um procedimento seguro,com taxa de sucesso comparável com a técnica convencional, aguardamos umseguimento maior para avaliar a taxa de patência a longo prazo.

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Temas Livres - Apresentação Pôster Enfermagem

086ANÁLISE DAS INTERCORRÊNCIAS ASSOCIADAS AO USO DE CONTRASTE IODADO:PROPOSTA DE INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

EDNA VALERIA DA SILVA; MARIA HELENA DE ALMEIDA; ANDRÉA COTAIT AYOUB;MICHELE DE OLIVEIRA AYRES;

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Os meios de contraste (MC) são formulações largamente utilizadas na cardiografia.Estes apresentam propriedades físico-químicas diferentes da do sangue, podendoocasionalmente, trazer algum risco durante o procedimento da cateterizaçãocardíaca. A anafilaxia geralmente é atribuída ao uso do contraste iodado cujossintomas variam de graduação quanto à severidade, tais como: presença deurticária palmar e plantar e ao redor do pavilhão auditivo, rubor, eritema, náuseas,vômito, tosse, espirro, hipotensão com taquicardia; broncoespasmo e edema deglote. A apresentação clínica pode variar de um angioedema localizado, até umquadro sistêmico grave e generalizado com choque e insuficiência respiratóriasevera. Obetivos: verificar as intercorrências, a quantidade média de contrasteutilizada e propor as intervenções de enfermagem na prevenção e nas intercorrências.Metodologia: estudo prospectivo, descritivo. Coletados através de 800 prontuáriosde pacientes submetidos ao cateterismo no mês de julho de 2007. Resultados:as reações adversas foram encontradas em 36 pacientes, sendo estas hipotensão(13.9%), hipertensão (8.33%) tremor (16.7%), sudorese (11.11%), bradicardia (2.78%),vômito (22.2%), urticária (2.78%), rubor (2.78%) e náuseas (13.9%) que são con-dizentes com a literatura. A quantidade média de contraste utilizada foi de90 ml/paciente, estando compatível com a literatura. As principais intervençõesde enfermagem foram: no pré-exame o histórico de enfermagem; trans-exame;drogas em fácil acesso para atender às intercorrências; pós exame: hidrataçãopor via oral, medida do débito urinário e constante atenção aos sinais alérgicos.Conclusão: Este estudo demonstrou que as intercorrências podem ocorrer após ouso do contraste e que a utilização das intervenções de enfermagem asseguramqualidade à assistência prestada.

087A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO PRÉ-OPERATÓRIO DE PRO-CEDIMENTOS ELETIVOS EM HEMODINÂMICA

ERIKA GONDIM GURGEL RAMALHO LIMA; JOSÉ ERIRTÔNIO FAÇANHA BARRETO;CELIANE MARIA LOPES MUNIZ; SÔNIA FERREIRA BRINGEL FRANCO; VIVIANEMARINHO PINTO BANDEIRA; SAMARA DA SILVA VITURIANO;

HOSPITAL REGIONAL UNIMED – FORTALEZA – CE

Introdução: As doenças cardiovasculares acometem indivíduos nas mais variadasfaixas etárias, no Brasil e em outros países. A evolução dos procedimentos percutâneosrealizados pelas diversas especialidades, mostra-se em uma escala crescente nosúltimos anos; levando a um aumento da demanda dos procedimentos realizadosna hemodinâmica. Estes procedimentos, na maioria dos casos, são minimamenteinvasivos, mas requerem um preparo específico para realizá-los. Os serviços dehemodinâmica que atendem diversas especialidades e demandas, precisam otimizaro agendamento para evitar suspensão de exames por falta de orientação e preparo.No nosso serviço instituímos a entrevista pré-operatória, onde o enfermeiro entraem contato com o cliente no dia que antecede o procedimento e realiza perguntasreferentes a alergias, medicações em uso, patologias, como diabetes, insuficiênciarenal crônica, cirurgias prévias; orientações sobre jejum, suspensão de medica-ções, tempo de permanência hospitalar e esclarece dúvidas relacionadas ao pro-cedimento, proporcionando-lhe maior segurança. Esta entrevista fica registradaem ficha, elaborada pelo serviço, dando origem ao agendamento confirmado dosprocedimentos e permitindo a equipe o conhecimento de informações importantespara realização dos procedimentos. Objetivos: Relatar a experiência do atendimen-to de enfermagem pré-operatório em hemodinâmica, através de entrevista, e ela-boração do agendamento definitivo de procedimentos. Método: Relato de expe-riência da implantação da entrevista pré-operatório em hemodinâmica. Resultados:A implantação da entrevista reduziu em 57% a suspensão de exames, proporcionouum melhor acolhimento aos clientes e melhorou a qualidade do cuidado de en-fermagem. Conclusão: A entrevista pré-operatória na hemodinâmica mostrou umaboa aceitação por parte dos clientes, do serviço e melhorou o cuidado de enfer-magem prestado ao cliente.

088PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES COM O USO DE CATETERES DE HEMODINÂMICAREPROCESSADOS

FLAVIA MYRNA TENORIO SOUSA BOMFIM; JACQUELINE DE MELO BARCELAR;ARACELE TENÓRIO DE ALMEIDA E CAVALCANTI; EDGAR GUIMARÃES VICTOR;SANDRO GONÇALVES DE LIMA;

HOSPITAL DAS CLÍNICAS – UFPE – RECIFE – PE

Introdução: O reprocessamento de cateteres em hemodinâmica requer cuidadosespeciais, particularmente com infecções que podem prolongar a hospitalização,elevar a morbidade, a mortalidade e os custos. Não tem sido relatada diferençasignificativa na freqüência de febre ou reações pirogênicas em exames realizadoscom cateteres novos ou reprocessados. A incidência de infecção em cateterismocardíaco relatado na literatura é baixa, variando de 0,07% a 0,6%. Objetivo:Avaliar a prevalência de sinais e sintomas sugestivos de infecções relacionadasao cateterismo diagnóstico ou terapêutico. Metodologia: Trata-se de um estudode corte transversal. Foram incluídos pacientes que realizaram cateterismo noperíodo de junho a dezembro de 2007. A coleta de dados foi realizada por meiode entrevista por telefone usando questionário com perguntas fechadas. Resul-tados: Dos 430 exames analisados, 248 (57,7%) constituíram a população estudada.O contato telefônico não foi possível de ser estabelecido em 176 (40,9%) pacientese 6 (1,4%) haviam falecido. A amostra foi constituída por 132 (53,2%) indivíduosdo sexo masculino e 116 (46,8%) do sexo feminino, com idade média de 59,8anos. Dezessete pacientes (6,9%) tiveram pelo menos 2 sinais flogísticos conco-mitantes, 6 (2,4%) apresentaram sinais e sintomas de infecção provável (febre +dor= 0,4%; febre + edema = 0,8%; febre + edema + rubor + secreção local= 0,4%;edema + rubor + secreção local = 0,8%) e 113 (45,6%) sinais isolados de flogose.Entre aqueles que apresentaram sintomas no local da punção, 21 (80,8%) adotaramcomo cuidado a limpeza com água e sabão e 9 (3,6%) medicação tópica. Apenas 59(23,8%) pacientes afirmaram terem sido orientados pela equipe de hemodinâmicaquanto à possibilidade de surgimento de sintomas e que conduta tomar. Conclusão:A prevalência de sinais e sintomas de infecção relatados pelos pacientes como uso de cateteres reprocessados foi elevada na amostra estudada.

089A COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTO DO CUIDAR DO ENFERMEIRO AOCLIENTE QUE SERÁ SUBMETIDO AO CATETERISMO CARDÍACO

GLADYS GONCALVES BASTOS MELO; ANDRADE, KBS;

HOSPITAL PRÓ CARDÍACO – RIO DE JANEIRO – RJ

Introdução: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica sobre a importânciada comunicação como instrumento do cuidar do enfermeiro ao cliente que iráse submeter ao cateterismo cardíaco, objetivando identificar e suprir as necessi-dades do mesmo. Durante o cuidado de enfermagem dispensado a essa clientela,observa-se que o papel de facilitador das informações desempenhado pelo en-fermeiro é fundamental para que haja uma relação de confiança e segurança entreenfermeiro/cliente. Segundo FERREIRA, a comunicação é eficaz no tratamento. Ena assistência de enfermagem direta ao cliente deve-se valorizar este momento,pois através da comunicação verbal e não verbal, a linguagem do corpo se expressanos gestos, nas expressões, nas emoções e nas palavras. Metodologia: É umapesquisa descritiva-exploratória, com data de publicação entre os períodos de 2000a 2007, utilizando os descritores: enfermagem; cardiologia intervencionista ecomunicação. Foi realizada através das bases de dados LILACS, BDENF, SCIELO,MEDLINE, BIREME. Resultados e Conclusões: O convívio com os clientes que vãose submeter ao cateterismo cardíaco me fez perceber que, muitos se sentiamansiosos e temerosos frente à expectativa da realização do exame. Estabeleceruma relação de empatia, transmitir confiança e segurança ao paciente, diminuisua ansiedade e angústia. O estilo de falar, a escolha das palavras faz diferençana qualidade da comunicação que se estabelece com o cliente. As interações nocuidado “não se estabelecem de maneira puramente técnica, mas também atravésde uma abordagem expressiva do cuidar”, abordagem esta que se dá pela comu-nicação. Os resultados deste trabalho reforçam a utilização da comunicação comoinstrumento do cuidar eficaz aos clientes que vão se submeter ao cateterismocardíaco, e em particular, o alívio da ansiedade como cuidado primordial, o qualdeve ser enfatizado.

“A comunicação é o interlocutor entre a ciência e a humanização do cuidado.”

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Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

090APLICAÇÃO DE SCORE DE RISCO PARA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA INDUZIDAPOR CONTRASTE IODADO EM PACIENTES SUBMETIDOS À ANGIOGRAFIA.

GRAZIELA TAVARES MIOLA MENEZES; HÉLIO CASTELLO;

HOSPITAL BANDEIRANTES – SÃO PAULO – SP

Introdução: Diante do aumento de pacientes que adquirem IRA devido ao meiode contraste utilizado nas angiografias, há necessidade em se desenvolver evalidar estratégias preventivas para a proteção renal. Em virtude desta compli-cação, Mehran et al desenvolveram um score no qual através de uma pontuação,conseguem avaliar o risco individual para se desenvolver IRA por contraste apósa intervenção percutânea, bem como o risco de diálise. Métodos: Trata-se de umapesquisa prospectiva de caráter descritivo, que foi realizada no período de dezembrode 2006 a junho de 2007 com 50 pacientes internados no Hospital Pio XII de SãoJosé dos Campos, submetidos apenas a angioplastia coronariana. Nestes pacientesfoi aplicado antes da realização do procedimento, um questionário elaborado pelopesquisador, baseado em variáveis apontadas por Mehran et al. As variáveisestudadas foram: hipotensão, presença de balão intra-aórtico, insuficiência car-díaca congestiva classe III/IV, idade acima de 75 anos, anemia, diabetes mellitus,volume médio de contraste e níveis de creatinina sérica. Resultados: Os dadosforam obtidos através de aplicação do questionário aos pacientes submetidos àangioplastia coronariana e/ou familiar e pela análise de exames laboratoriais prée 48 horas após o procedimento. Comparamos as pontuações obtidas com aaplicação do score de risco e o nível sérico de creatinina após 48 horas da realizaçãoda angioplastia coronariana. Conclusões: Em função da pequena amostra, nãofoi possível comprovar a veracidade do Score de Mehram, porém os resultadosobtidos na pesquisa são condizentes com a pesquisa de Mehram. Através desteestudo foi possível criar um protocolo que aponta o risco do paciente desenvolver NICantes do exame.

091ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ARTIGO DE USO ÚNICO E MATERIAL REPROCESSADOEM HEMODINÂMICA: RELAÇÃO CUSTO BENEFÍCIO EM UM HOSPITAL PRIVADO

GUSTAVO CORTES SACRAMENTO.

HOSPITAL PAULISTANO – SÃO PAULO – SP

Introdução: O reprocessamento de artigos médicos é um assunto polêmico emsistemas de saúde em todo mundo. Na vivência profissional notou-se que a criaçãode um protocolo teste, o reprocessamento e sua validação periódica; somadosaos riscos inerentes, poderiam não justificar a reutilização de artigos em hemodinâmica.Objetivo: Avaliar se o reprocessamento tem custo final viável em relação ao usoúnico. Método: Estudo comparativo entre o reprocessamento, protocolo teste eprofissionais envolvidos por tempo de trabalho, em relação ao preço proposto pelouso único dos materiais: Introdutor, cateter guia/diagnóstico, fio hidrofílico eteflonado, manômetro e manifold. No período de julho 2006 a junho de 2007.Resultado: Os artigos com preço reajustado e reprocessado obtiveram junto aopreço atual, uma redução entre 16,7% a 64,7% e 7,4% a 63,6% respectivamente.Os produtos reajustados que obtiveram custo inferior ao reprocessado foram:introdutor, fio teflonado 260 cm e cateter diagnóstico, variando de 11,1% a 40%.Enquanto que os produtos reprocessados: fio teflonado 150 cm, fio hidrofílico 150e 300 cm, manômetro, cateter guia/diagnostico e manifold obtiveram redução docusto entre 1,7% a 52,5% que o reajustado. Comparando os pacotes de exames:preço atual, uso único e reprocessado, os reprocessados obtiveram redução docusto entre 1,6% a 10,1% que aos demais. O pacote Angioplastia de carótidaobteve preço ajustado inferior em 3,1% que os demais. Conclusão: Os dadosdemonstraram uma redução de custo nos reprocessados em geral. Porém nospacotes, a redução não é significativa, passando a não justificar o uso dos mesmosdevido à complexidade do processo e riscos em potencial. Priorizando o uso únicodos materiais citados

092ATIVIDADES E DIFICULDADES ENCONTRADAS POR ENFERMEIROS HEMODINA-MICISTAS NO BRASIL

LUIZ CARLOS VIEIRA; JAMES DA LUZ ROL; HERMONY DEL CONTE; APARECIDAK. DA SILVA LIMA; EDNA D. ROSSI CASTRO;

SERVIÇO DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA DO HOS-PITAL DE BASE (FUNFARME) E DA FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DORIO PRETO (FAMERP) – SP

Objetivo: Os serviços de hemodinâmica estão aumentando, surgindo em variaisinstituições espalhadas pelo Brasil. Profissionais enfermeiros capacitados nessesserviços são requisitados e a deficiência em encontrar profissional capacitado éevidente. O objetivo foi mostrar as atividades e dificuldades encontradas pelosenfermeiros hemodinamicistas, por meio de aplicação de um questionário, asdificuldades encontradas em seu cotidiano, atividade executada em outro setor,o tempo de compressão depois da retirada da hemaquete, e atividades executadaspelos os profissionais Enfermeiros, Técnico e Auxiliar de Enfermagem, Técnicode Radiologia (RX), Médico. Método: Esse questionário foi aplicado para 56Enfermeiros hemodinamicistas que atuam em cidades do interior e capital de SãoPaulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Pará, Brasília, Paraíba, Rio de Janeiro, MatoGrosso do Sul, Paraná, Ceará, Alagoas, Pernambuco, Goiás, Maranhão, Rio Grandedo Sul, Sergipe, Espírito Santo, totalizando 30 cidades e 17 estados do Brasil, issopossível devido à presença do pesquisador no XXIX Congresso da SociedadeBrasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, na cidade de Brasíliano ano 2007, quando então, os participantes foram convidados para participaremda pesquisa. Resultados: Percebe-se pelos gráficos e tabelas demonstrados noestudo que as dificuldades e suas atividades são varias e diversificadas dependedas instituições em que esse profissional esta atuando, a falta de ártico, livros,liderança e especialização foi mencionada pelos participantes. Conclusão: Conformeos dados coletado percebe-se que a enfermagem hemodinamicistas Brasileira estáse desenvolvendo rapidamente, a busca por conhecimento nesse setor torna osenfermeiros atuais os pioneiros em desenvolvimento do conhecimento.

093HUMANIZAÇÃO NO LABORATÓRIO DE CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

MARIA HELENA DE ALMEIDA; EDNA VALÉRIA DA SILVA; ANDRÉA COTAIT AYOUB;

INSTITUTO DANTE PAZANESE DE CARDIOLOGIA – SÃO PAULO – SP

Humanização em saúde é uma rede de construção permanente de laços de ci-dadania, de um modo de olhar cada sujeito em sua especificidade, sua históriade vida, mas também de olhá-lo como sujeito de um coletivo, sujeito da históriade muitas vidas. Metodologia: relato de experiência, baseado na revisão deliteratura sobre o assunto para a sua fundamentação. Objetivos: Implantar estra-tégias de humanização dentro da hemodinâmica e avaliar o nível de satisfaçãodo cliente com estas assistências prestadas. Resultados: Foi implantado a SAE,realizado orientação de enfermagem aos pacientes sobre o exame a ser realizado,minimizando as dúvidas e ansiedade, integrado os pais dos menores na fase depreparação para o exame e também dentro da sala de exame, elaborado manualde humanização e treinado a equipe de enfermagem, principalmente nos aspectosde abordagem e respeito a privacidade, desenvolvido e aplicado questionário desatisfação do cliente, atingindo nos últimos seis meses índices maiores que 95%de contentamento. Conclusão: Acreditamos que após essas medidas implantadas,estamos garantindo a satisfação dos pacientes e a motivação da equipe do setor,que mensalmente tem recebido elogios através dos questionários e cartas deagradecimentos.

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Temas Livres - Apresentação Pôster Enfermagem

094RELATO DE EXPERIÊNCIA NA APLICAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊN-CIA DE ENFERMAGEM (SAE) NA UNIDADE DE HEMODINÂMICA (UHD)

MARTA GEORGINA OLIVEIRA DE GOES; SIMONE FANTIN; MÁRCIA F. CASCO;LENIRA ANSELMO; SIMONE M.SANTOS; DULCE D. G. SANTOS; ROSELENE MATTE;MÁRCIA WEISSHEIMER; SIMONE PASIN; ROSE LAGEMANN;

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – RS

Introdução: Buscando adequar-se à SAE em nossa instituição, foi iniciado oprocesso de identificação dos diagnósticos de enfermagem (DEs) e organizou-seum petit comitê constituído por enfermeiras representantes de cada unidade.Objetivo: Relatar a experiência do petit comitê na elaboração dos objetivos eaplicação da SAE na UHD. Metodologia: Após o embasamento teórico e discussãopelo petit comitê acerca dos sinais e sintomas apresentados pelos pacientes foramestabelecidos os DEs mais freqüentes, seus fatores relacionados e intervenções,a partir do cadastro no sistema informatizado disponível na instituição. Revisadoo instrumento de anamnese e exame físico; definidos os DEs prevalentes naHemodinâmica e aplicada a SAE através da anamnese e exame físico, evolução,prescrição informatizada. Resultados: Os DEs foram: Dor aguda, Confusão aguda,Risco para função respiratória alterada, Risco para desequilíbrio do volume delíquidos, Risco para lesão pelo posicionamento perioperatório, Integridade tissularprejudicada, Risco para infecção, Medo, Ansiedade. Após a definição dos diag-nósticos, o grupo iniciou a revisão bibliográfica de cada um em relação aos fatoresrelacionados, sinais e sintomas e as intervenções de enfermagem. Na aplicaçãoda SAE foram prevalentes Integridade tissular prejudicada e Mobilidade físicaprejudicada, este último incluído posteriormente. Conclusões: A oportunidade detrabalhar com o DE proporcionou ao grupo a habilitação para uso de uma novaferramenta tecnológica, ao utilizar o sistema informatizado na SAE, além de exigirdos profissionais maior dedicação na busca de novos conhecimentos teóricos nodesempenho da prática diária. Nesse momento, além de dar continuidade a essetrabalho, tornamo-nos propagadores dessa nova metodologia a todos os colegasda área e percebemos que um dos maiores benefícios é a transparência e visi-bilidade dada ao cuidado de enfermagem a toda a equipe.

095ESTUDO COMPARATIVO ENTRE CURATIVO COMPRESSIVO E PULSEIRAHEMOSTÁTICA PARA HEMOSTASIA DE ACESSO RADIAL PÓS-PROCEDIMENTOSHEMODINÂMICOS

SHEILA ALMEIDA DO NASCIMENTO; GONÇALO GAMA DINIZ; JOSÉ BENEDITOBUHATEM; LUCICLEIDE LOPES FEITOSA; ANTONIA REGINA BRITO GOVEIA;MARIA DE JESUS PEREIRA DE OLIVEIRA,; JANE LÚCIA MOREIRA; WALMONDDUARTE OLIVEIRA; RAIMUNDO FURTADO;

CENTRO DE CARDIOLOGIA DO HOSPITAL SÃO DOMINGOS – SÃO LUIZ – MA

Introdução: A utilização da artéria radial como via de acesso em procedimentoshemodinâmicos trouxe a possibilidade de abordagem menos agressiva e maisconfortável para os pacientes, visto que o procedimento é mais rápido, menosincômodo e com o mínimo de complicações. Diversos dispositivos são utilizadosna hemostasia da artéria radial, eles visam promover sua perfeita compressão. Oobjetivo do estudo é comparar a eficácia da hemostasia entre curativo compressivoe pulseira hemostática. Métodos: Estudo comparativo com abordagem quantita-tiva, realizado no setor de Hemodinâmica de um hospital privado de São Luís-MA com 50 pacientes submetidos a cateterismo cardíaco ou angioplastia noperíodo de 15/01 a 15/02/08. Após retirar o introdutor utilizou-se alternadamentea pulseira hemostática e o curativo compressivo. Após 60 minutos o dispositivofoi retirado e preenchida ficha com dados do paciente, do procedimento, e daeficácia da hemostasia. Resultados: Constatou-se que 39 (78%) dos procedimentosforam cateterismos cardíacos e 11 (28%) angioplastias. Utilizou-se cateteres 5Fe 6F que são de fino calibre, fator importante para a hemostasia do local da punção.Ocorreu sangramento após a retirada de 7 (14%) pulseiras e de 5 (10%) curativosconvencionais. Optou-se por novo dispositivo compressivo em apenas dois casose os demais (10) foi realizado compressão manual por mais 05 a 10 minutos. Nãoocorreram complicações relacionadas à hemostasia em nenhum dos casos. Conclusão:A pulseira hemostática e o curativo compressivo se mostraram eficazes na hemostasiada artéria radial. A utilização de dispositivos de compressão proporciona maiorconforto para o paciente, requer menor tempo de trabalho da equipe de enfer-magem, além de ocorrer o mínimo ou nenhuma complicação.

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Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

Índice por Autor

AAbizaid A .... 4,6,7,10,14,18,32,33,34,40,42,42,43,44,48,49,50,66,67,69

Ademar SF .................................................................................................. 21

Aguiar BM .................................................................................................. 21

Almeida BO ............................................................................ 4,6,7,10,18,40

Almeida G .................................................................................................. 35

Almeida MH .................................................................................... 72,86,93

Alves L ....................................................................................................... 35

Amorim RC .................................................................................................. 81

Andrade G .................................................................................................. 31

Andrade KBS ............................................................................................... 89

Andrade MVA ............................................................................................. 78

Andrade PB ................................................................................................. 49

Andrade PMP .............................................................................................. 71

Andrade RGD ............................................................................................. 59

Andrea J ...................................................................................................... 46

Anselmo L ............................................................................................. 80,94

Aragão ML ............................................................................................. 22,24

Arcanjo Fs .................................................................................................... 5

Argenta MI ................................................................................................. 79

Armelin E .................................................................................................... 62

Arndt M ............................................................................................ 15,20,64

Arrieta SR ................................................................................... 25,26,30,31

Arruda JA .................................................................................................... 15

Assis E ........................................................................................................ 63

Assis SF ...................................................................................................... 62

Athayde JG ................................................................................................. 27

Ayoub AC ........................................................................................ 72,86,93

Ayres MO .............................................................................................. 72,86

Azevedo JA ................................................................................................ 21

Azevedo V .................................................................................................. 63

Azmus AD .................................................................................................. 35

BBack MA ..................................................................................................... 79

Bandeira VMP ........................................................................................ 73,87

Barcelar JM ................................................................................................. 88

Barreto C ....................................................................................................... 2

Barreto CE ............................................................................. 19,55,56,57,58

Barreto F ............................................................................. 2,19,55,56,57,58

Barreto JEF ............................................................................................. 73,87

Belem L ....................................................................................................... 27

Belemer A ................................................................................................... 11

Benetti CFA ................................................................................................ 84

Beraldo P .................................................................................................... 12

Bernardo RT ................................................................................................ 75

Berwanger O ...................................................................................... 1,17,47

Bezerra Filho JM .......................................................................................... 5

Blaya P .................................................................................................. 20,64

Bocchi EA ................................................................................................... 62

Boechat JA .................................................................................................. 46

Bomfim FMTS ............................................................................................. 88

Borges IP ..................................................................................................... 53

Borges MS .................................................................................................. 29

Brietzke A .................................................................................................. 80

Brito AFL ..................................................................................................... 38

Brito AL ....................................................................................................... 44

Brito JCR ..................................................................................................... 21

Brito Jr. FS ........................................................................ 4,6,7,10,15,18,40

Bubna M ..................................................................................................... 11

Buchler Jr .................................................................................................... 62

Bueno RRL .................................................................................................. 71

Buhatem JB ................................................................................................. 95

Bullos F ....................................................................................................... 21

CCaliane J ..................................................................................................... 28

Camozzatto FO ....................................................................................... 3,36

Campos CAH .............................................................................................. 45

Campos CAHM ........................................................................................... 16

Campos Neto C ..................................................................................... 17,47

Cano M ...................................................................................... 1,9,17,47,65

Cantanheda CR ........................................................................................... 63

Cantarelli MJC ........................................................................................... 51

Caramori P .................................................................................... 5,15,20,64

Cardoso CO ................................................................................................ 52

Carneiro JKR .................................................................................................. 5

Carvalho HG .............................................................................................. 21

Casco MF .............................................................................................. 80,94

Cassar R ...................................................................................... 25,26,30,31

Castagna MTV ............................................................................................ 70

Castello H ............................................................................................. 51,90

Castro EDR ................................................................................................. 92

Cavalcante L ................................................................................................ 9

Cavalcanti ATA .......................................................................................... 88

Cavalcanti C ......................................................................................... 25,31

Celente M .................................................................................................. 27

Centemero M ......................................................................................... 50,60

Chamie D ................................................................... 22,23,24,42,43,48,49

Chaves A ............................................................................................... 50,60

Coelho OR .................................................................................................. 45

Conceição RS ............................................................................................. 79

Conforti T ................................................................................................... 51

Correa LCL ................................................................................................. 81

Correia ME ................................................................................................. 26

Cortes L ...................................................................................................... 46

Costa Jr ............................................................................................ 32,33,38

Costa Jr. JR ...................................................... 1,9,12,17,34,42,43,47,48,49

Costa M ........................................................................ 2,19,26,55,56,57,58

Costa R .................................................................... 9,17,32,34,38,44,47,49

Costa RA ....................................................................................... 1,12,33,44

Costantini CO ............................................................................................. 11

Costantini CR ............................................................................................. 11

Coutinho MMV ............................................................................................. 5

Cristóvão SAB ............................................................................................. 41

Custodio WB ............................................................................................... 62

DDall’orto C ............................................................................. 41,65,66,67,69

Del Conte H ............................................................................................... 92

Denk M ....................................................................................................... 11

Devito F ..................................................................................................... 42

Page 36: XXX Congresso da Sociedade

34

Índice Remissivo das Atividades Científicas do XXX Congresso da SBHCI

Di Nucci TP ................................................................................................ 62

Dias Q ........................................................................................................ 63

Dias TS ....................................................................................................... 75

Diehl D .................................................................................................... 3,36

Diniz GG .................................................................................................... 95

Dorigo AHJL ............................................................................................... 27

Duarte E ..................................................................................................... 11

Duarte ERM ................................................................................................ 80

Duarte ML .................................................................................................. 21

EEsteves V .................................................................................................... 60

FFalcão BAA ................................................................................................ 45

Falcão CH .................................................................................................. 68

Falcão JL ............................................................................................... 16,45

Fantin S ................................................................................. 61,75,77,80,94

Feitosa LL .................................................................................................. 95

Feres F ....................... 1,9,12,14,32,33,34,38,42,43,44,48,49,50,66,67,69

Figueira H .................................................................................................. 46

Fiori M ........................................................................................................ 31

Fontana EMN ............................................................................................. 75

Franco SFB ............................................................................................ 73,87

Françolin L ................................................................................................. 76

Freitas G ..................................................................................................... 68

Furtado R .................................................................................................... 95

GGallo AM ............................................................................................... 82,83

Gallo CAK .................................................................................................. 82

Gama G ...................................................................................................... 60

Ghem C ....................................................................................................... 54

Gioppato S ................................................................................................. 51

Godinho AGL ............................................................................................. 39

Goes M ....................................................................................................... 21

Goes MGO ............................................................................................ 80,94

Góes MO .................................................................................................... 61

Gomes I .................................................................................. 4,6,7,10,18,40

Gomes R ..................................................................................................... 51

Gomes VO ....................................................................................... 15,20,64

Gonçalves BKD ............................................................................................ 8

Gonçalves R ............................................................................................... 51

Gottschall CAM ...................................................................... 3,36,37,52,54

Goveia ARB ................................................................................................ 95

Grion AS ................................................................................................ 82,83

Grion DS ................................................................................................ 82,83

Guerra V ..................................................................................................... 26

Guimarães JB .............................................................................................. 51

HHaddad J ................................................................................................ 22,24

Hickmann P ........................................................................................... 20,64

Hoefel HK .................................................................................................. 77

Horta P ....................................................................................................... 16

JJardim C ...................................................................................................... 17

Jucá F ............................................................................................................ 5

KKajita LJ ...................................................................................................... 16

Kambara A .................................................................................. 65,66,67,69

Konstantino E ............................................................................................. 33

Krepsky A .............................................................................................. 20,64

Kunert HZ ................................................................................................... 37

LLabunie P ................................................................................................... 59

Lacchini S .................................................................................................. 70

Lacê C ................................................................................................... 27,28

Lagemann R ........................................................................................... 80,94

Lanza E Passos R ....................................................................................... 14

Lapa C ............................................................................................. 25,30,31

Lapa GA ..................................................................................................... 41

Lasevitch R ...................................................................................... 15,20,64

Ledur P ....................................................................................................... 61

Lemos PA ......................................................................................... 13,16,45

Leonardi M ............................................................................................ 82,83

Lima A ................................................................................... 32,65,66,67,69

Lima AKS .................................................................................................... 92

Lima EGGR ............................................................................................ 73,87

Lima SG ...................................................................................................... 88

Lima V ........................................................................................................ 15

Lins A ............................................................................................... 25,30,31

Lourenço MA .............................................................................................. 85

Luca Jr. G ................................................................................................... 37

MMachado B ................................................................................................. 15

Machado JP ................................................................................................ 76

Machado MN ............................................................................................. 81

Machado PRM ............................................................................................ 29

Magalhães MA ............................................................................... 4,6,10,40

Maia J ......................................................................................................... 38

Maia JP ............................................................................................ 12,48,49

Maldonado G ............................................................................ 1,9,17,34,47

Malheiros WG ............................................................................................ 68

Mallet A ..................................................................................................... 64

Mangione JA ............................................................................................... 41

Manica JL ................................................................................................... 29

Marchiori G ................................................................................................ 16

Marchiori GGA ........................................................................................... 45

Martinez EE ................................................................................................ 16

Martins JMP ............................................................................................. 3,36

Matos Jr. EG ............................................................................................... 62

Matte R ....................................................................................................... 94

Mattos LA ....................................... 1,9,14,32,33,34,38,42,43,48,49,50,65

Mattos R ................................................................................................ 27,28

Mattos S ................................................................................................ 25,26

Melo GGB .................................................................................................. 89

Page 37: XXX Congresso da Sociedade

35

Rev Bras Cardiol Invas 2008;16(supl.1)

Mendes A .............................................................. 32,33,38,44,65,66,67,69

Menezes GTM ............................................................................................ 90

Meurer ML ............................................................................................. 22,24

Mingorance VHA ....................................................................................... 81

Minozzo EEA .............................................................................................. 37

Modkovski TB .......................................................................................... 3,37

Monte V ........................................................................................................ 5

Moraes F ..................................................................................................... 30

Moraes KB ............................................................................................. 75,77

Morais M .................................................................................................... 64

Moreira A ..................................................................................... 1,17,32,47

Moreira AC ................................................................................................... 9

Moreira JL .................................................................................................. 95

Moreira S ............................................................................................... 67,69

Moreira SM ................................................................................................ 66

Morello VCM .............................................................................................. 76

Moura RLS .......................................................................... 2,19,55,56,57,58

Muniz CML ........................................................................................... 73,87

NNascimento AJ ........................................................................................... 39

Nascimento SA ........................................................................................... 95

Nascimento TC ....................................................................... 4,6,7,10,18,40

Nercolini D ................................................................................................ 85

Neri-Souza AJ ............................................................................................. 39

Neves Jr ...................................................................................... 25,26,30,31

Nogueira MSF ............................................................................................ 41

OOliveira A .................................................................................................. 21

Oliveira D ............................................................................................. 20,28

Oliveira F ..................................................................................................... 5

Oliveira FJC ................................................................................................ 84

Oliveira FR ................................................................................................. 26

Oliveira JB .................................................................................................. 41

Oliveira MD ................................................................................................. 5

Oliveira MJP ............................................................................................... 95

Oliveira OS ..................................................................................... 27,28,59

Oliveira WD ............................................................................................... 95

Oliveira WS ................................................................................................ 39

PPacheco SS ................................................................................................ 81

Parente FL .................................................................................................. 74

Pasin S ........................................................................................................ 94

Pavanello R ................................................................................................ 47

Peixoto ECS ........................................................................................... 53,59

Peixoto ES .................................................................................................. 68

Peixoto RTS ....................................................................................... 8,53,59

Pereira MAA ............................................................................................... 71

Pereira MAM ........................................................................................... 7,18

Perez-Alva JC ............................................................................................. 15

Perin MA ................................................................................. 4,6,7,10,18,40

Pierre AGM .................................................................................................. 5

Pimentel WA .............................................................................................. 62

Polanczyk C .................................................................................... 20,61,64

Pontes KMA ................................................................................................ 74

Porto C ........................................................................................................ 21

QQuadros A ............................................................................... 3,36,37,52,54

Queiroz FJAC .................................................................................. 22,23,24

RRabelo Jr. A ................................................................................................ 39

Rachid MBF ................................................................................................ 53

Ramos N ..................................................................................................... 39

Ramos S ...................................................................................................... 23

Ribeiro E ..................................................................................................... 51

Ribeiro EE .............................................................................................. 16,45

Ribeiro GS .................................................................................................. 59

Ribeiro JP .................................................................................................... 61

Riveira M .................................................................................................... 30

Rivera R ...................................................................................................... 25

Rochitte CE ................................................................................................. 45

Rodrigues APR ......................................................................................... 3,36

Rodrigues Jr. LHC ................................................................................... 3,36

Rol JL ..................................................................................................... 81,92

Romão VA ................................................................................................... 63

Rossi Filho RI ............................................................................................. 29

Rossi PRF .................................................................................................... 71

Rotta CSG ................................................................................................... 76

Rushcel PP .................................................................................................. 37

SSá FCF ........................................................................................................ 14

Sabedotti M ................................................................................................ 52

Sacramento GC .......................................................................................... 91

Salgado CG ................................................................................................ 68

Salles Netto M ........................................................................................... 59

Salman AA .................................................................................................. 41

Sánchez A ............................................................................................. 65,67

Sánchez AG .......................................................................................... 66,69

Santos DDG ............................................................................................... 94

Santos GJ .................................................................................................... 71

Santos MF .................................................................................................. 11

Santos RAS ................................................................................................. 70

Santos SM .................................................................................................. 94

Sarmento-Leite R ............................................................................. 36,52,54

Sarmento-Leite REG ................................................................................... 54

Sassi G .................................................................................................... 3,37

Schaan BD .................................................................................................. 61

Seixas AC ................................................................................................... 48

Sena MA .................................................................................................. 8,53

Shiozaki A .................................................................................................. 45

Sideris E ................................................................................................ 22,24

Silva AP ...................................................................................................... 81

Silva EV ...................................................................................... 72,78,86,93

Silva FM ..................................................................................................... 83

Silva FSM ................................................................................................... 44

Silva JFA ..................................................................................................... 14

Silva RC ...................................................................................................... 51

Silva SC ...................................................................................................... 75

Simas H ...................................................................................................... 63

Simões LCN ........................................................................................... 27,28

Sipraki R ..................................................................................................... 11

Page 38: XXX Congresso da Sociedade

36

Índice Remissivo das Atividades Científicas do XXX Congresso da SBHCI

Siqueira D ............................................................................. 12,14,34,50,60

Smidt L ....................................................................................................... 20

Sousa AGMR ................................. 1,9,12,14,17,32,33,34,38,42,43,44,47,

48,49,50,60,65,66,67,69

Sousa JE .............................................. 1,9,12,14,17,32,33,34,38,42,43,44,

47,48,49,50,60,65,66,67,69

Souza RM ................................................................................................... 35

Spadaro AG ........................................................................................... 16,45

Stadler N .................................................................................................... 85

Staico R ................................................................. 12,14,38,42,43,44,48,65

TTanajura LF ........................................................................... 12,34,43,50,60

Tarastchuk JCE ........................................................................................... 71

Tarbine SG ................................................................................................. 11

Tavares Filho SC ........................................................................................ 60

Tavares FJ .......................................................................... 2,19,55,56,57,58

Tedeschi AL ............................................................................................. 8,53

Tenorio E .................................................................................................... 30

Travancas PR ......................................................................................... 27,28

Tress JC ....................................................................................................... 23

VVacari FC ................................................................................................... 81

Vacondio S ................................................................................................. 81

Vardi J ......................................................................................................... 51

Vaz VD ....................................................................................................... 26

Ventura C ........................................................................................ 25,30,31

Verona C ..................................................................................................... 28

Victer R ....................................................................................................... 23

Victor EG .................................................................................................... 88

Vieira LC ............................................................................................... 81,92

Vigueras ESR .............................................................................................. 37

Villela RA ................................................................................................... 59

Vituriano SS ........................................................................................... 73,87

Vivianni A .................................................................................................. 28

Vizzotto MD ............................................................................................ 3,36

WWachleski J ................................................................................................ 75

Wainstein MV ............................................................................................ 61

Wang R ....................................................................................................... 85

Weissheimer M .......................................................................................... 94

Welter DI ................................................................................................... 36

Werneck F .................................................................................................. 24

Willi LF ...................................................................................................... 41

Wottrich SH ................................................................................................ 37

ZZanuzzi CB ................................................................................................. 85

Zuliani MF .................................................................................................. 41

Page 39: XXX Congresso da Sociedade

3ª Capa

Page 40: XXX Congresso da Sociedade

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICAE CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA