20

Zé Barbeiro - Início · 2005 Setembro O RioMoinhense 3 à conversa com... Zé Barbeiro Zé Barbeiro aprendeu a profissão de barbei-ro em Lisboa onde passou alguns anos da sua

  • Upload
    dodat

  • View
    229

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

2 Setembro 2005O RioMoinhense

Propriedade: Projecto “Renascer Abrantes - Concelho Solidário” Director: Rui AndréRedacção: Sónia Pacheco; Rui André Paginação: Sónia Pacheco Publicidade: Ana Sofia Caldelas

Telefone: 96 4184464 Publicidade: 96 5589318 E-mail: [email protected] neste número: Adolfo Pires; Álvaro Batista; Fátima Belém; Jorge Morais; Pe José Cardoso; Sara

Pereira

Gráfica “Prova de Cor” - Abrantes * 500 exemplares

editorial

[email protected]

RUI ANDRÉ

RUI ANDRÉ

O verão é uma estação do ano que traz sol, alegria e onde se enquadramas merecidas férias de qualquer cidadão.

Infelizmente, este ano os dias 21, 22 e 23 Agosto trouxeram a tristeza detodo um povo. Os incêndios chegaram até a nossa freguesia e alastraram aquasi totalidade da nossa mata.

A freguesia foi vítima da desorganização florestal, implementada no nossopaís, e da falta de limpeza dos proprietários dos terrenos que estavam cheiosde lixo.

Algo tem de ser feito para acabar com esta situação desagradável...

A redacção d´O Riomoinhense realça neste número alguns momentos vividos na freguesia epretende mostrar aquilo que viu e não aquilo que poderia ser feito ou realçar os momentos nega-tivos dos incêndios.

Muitas pessoas foram afectadas e os danos materiais foram enormes. O único reconforto queas pessoas lesadas tiveram foi a ajuda prestada pelo povo de toda a freguesia que dedicou o seuesforço na preservação e defesa das habitações.

A minha admiração e reconhecimento para com todas as pessoas, e foram muitas, que ajuda-ram a minimizar os prejuízos.

“A amizade não se busca, não se sonha, não se deseja; ela exerce-se (é uma virtude)”.SIMONE WEIL

“O nosso destino não é gozar, nem sofrer, mas sim actuar, a fim de que cada manhã nosvenha encontrar mais adiante”. HENRY LONGFELLOW

As consequências destes incêndios levam-nos a pensar e reflectir sobre a forma de confiar nopoder político que falam, falam e dizem que tudo está controlado e preparado para qualquer situ-ação mas no final de tudo, tudo ardeu, só restam cinzas, lágrimas, olhares desfeitos, coraçõesmagoados exprimindo que algo mais poderia ser feito.

“Ninguém pode salvar ninguém. Temos de nos salvar a nós próprios”. MELVILLE

O Riomoinhense promete voltar no mês de Dezembro mas espera a compreensão de todosos leitores e sublinha a partir do ano de 2006, a parceria de sustentabilidade financeira deveráesgotar-se, por isso, a continuação do boletim informativo poderá cessar.

No entanto, a redacção espera serenamente que a população se junte a fim de continuar esteprojecto que tem na realidade duas facetas:

· Voluntária (que podemos assumir quase sempre).· Financeira (impressão dos boletins, envio de correspondência, tinteiro, folhas, etc. …) que

não pode depender só de nós.Quem quiser dar o seu donativo pode fazê-lo por carta ou directamente à Ana Sofia Caldelas.

Um obrigado antecipado pela compreensão. Bem hajam.

Até breve…

32005 Setembro O RioMoinhense

à conversa com...

Zé Barbeiro

Zé Barbeiro aprendeu a profissão de barbei-ro em Lisboa onde passou alguns anos da suavida e a saudade fez regressar este Homem jun-to dos seus. Trabalhou em Constância durantesete anos e finalmente voltou para a sua aldeianatal.

Aos 74 anos de idade, ZéBarbeiro, comemora as bodasde ouro.

Como tudo começou …

Eles começaram a olharum para o outro desde da che-gada do Zé Barbeiro de Lisboa(1950). Moravam perto um dooutro e todos os dias cruzavamolhares. Nos bailaricos, nas

“Zé Barbeiro” é o nome maisconhecido do Sr. José Rodri-gues Brunheta.

Filho de marítimo e nascidoa 1 de Março de 1931 na aldeiade Amoreira, o Zé Barbeiro

nam com ele.A sua vida teve muitas histó-

rias positivas e negativas massalienta que tudo foi feito commuito sacrifício para chegaronde chegou.

Sem qualquer de dúvida, oseu sucesso teve e tem influên-cia de Maria Deonilde BaptistaMajor, mais conhecida por “Ma-riazinha” que acompanha o ZéBarbeiro nos bons e nos mausmomentos desde do dia 12 deJunho do ano de 1955.

Um livro não chegaria parafalar da vida do Zé Barbeiro masestas simples palavras preten-dem realçar a simplicidade, ahumanidade e sobretudo a boadisposição deste grande Ho-mem.

cresceu e viveu a sua infânciaem Amoreira, tranquilamenteaté aos 11 anos.

Em 1950, abriu a sua barbe-aria em Amoreira (onde está si-tuado o café do João Santos -no largo) e por ali ficou até aRevolução dos Cravos.

A partir dessa data, mudoude negócio ficando com a Mer-cearia e Taberna dos seus so-gros (Eduardo Major e Leopol-dina). Foi nesta altura que sededicou ao associativismo dasua Terra. O Centro Cultural eDesportivo de Amoreira foi aassociação que sempre repre-sentou.

De destacar que sempre sepreocupou na relação humana,no bem-estar dos seus amigose das pessoas que se relacio-

festas a frequência aumenta-va com algumas peripéciaspelo meio mas o amor ven-ceu tudo e todos.

Casamento por civil foi re-alizado na antiga Junta deFreguesia (junto à Igreja Ma-triz) e foi proferida pelo Pro-fessor Francisco SeabraEsteves no dia 12 de Junho

de 1955 (ele com 24 anos eela com 20 anos). Mais tardecasaram pela igreja.

Já passaram 50 anos deunião mas com a amizade for-te que fazem destes dois se-res humanos um dos mais

conhecidos e respeitado casalda aldeia de Amoreira.

O Riomoinhense elogia estecasal e à sua família desejan-do-lhe muitas felicidades. O re-conhecimento desta famíliadeve ser reconhecida e valori-zada por todos nós.

4 Setembro 2005O RioMoinhense

[ Helena SalvadorHelena SalvadorHelena SalvadorHelena SalvadorHelena Salvador ]Durante anos e anos, pas-

sei em Rio de Moinhos semquase nunca ter parado, a nãoser para comprar tigeladas,num dos cafés do largo. A re-cordação mais antiga que te-nho, de alguma permanência,ainda era menina, está relaci-onada com o casamento deum familiar da senhora da fá-brica dos rebuçados de Alfer-rarede (como eu lhe chamava),de quem minha mãe e eu era-mos visita regular. Lembro-me,muito vagamente, de ter fica-do encantada, com a rampaque dá acesso à Igreja e deter achado esta lindíssima.

Numa segunda visita, emque percorri ruas fora do circui-to normal de passagem, des-cobri uma casa pela qual meapaixonei, na terceira compreia casa e por aqui fiquei, já lávão quatorze anos.

Hoje, uma das coisas quemais gosto de fazer em Rio deMoinhos, é passear pelos mui-tos caminhos de terra batidaatravessados pelas ribeiras,ouvindo a água cantar, princi-palmente nos dias em que não

Ribeiras e moinhosPostura de 1857

há rega.Pois bem, foram exacta-

mente, as ribeiras com osseus moinhos (o que resta de-les) e as as hortas, a razãodeste escrito.

Todos sabemos, que Rio deMoinhos deve o nome, à im-portância que tiveram, os seusmuitos moinhos de água. Me-xendo em velhos papéis, en-contrei aquela que deverá tersido uma das últimas posturas(1857), emanada na monar-quia, para regulamentar a utili-zação das águas pelas hortase moinhos de Rio de Moinhos.Antes de vos relatar o que dizo velho papel, deixem-me sócitar-vos três outros dados his-tóricos que comprovam a anti-guidade e importância destevale de moinhos:

1- As escavações, feitas nosítio da Pedreira em 1982/83,para além de fornecerem ves-tígios da época romana, de-monstraram existir já nestazona, entre os Sec. V e VII umapequena comunidade rural vi-sigótica. Entre os elementosarqueológicos recolhidos en-

contrava-se um fragmento demó manuária;

2- No lindo Foral, dado porD. Manuel I à vila de Abrantes(1518), o rei, ao reservar parasi todos os direitos de “as mo-endas de Ryo de moynhos”,faz desta povoação, a única ex-pressamente citada, para alémde Abrantes, no documento;

3- Um mapa, datado de1866, tem assinalados nas ri-beiras de Rio de Moinhos, dafoz à Pucariça 15 moinhos, ena da Amoreira 5 moinhos.

Mas vamos lá à postura.Decorria o ano de 1876, e

por haver problemas em rela-ção à utilização das águas dasribeiras, pelos moinhos e hor-tas, os senhores José Antóniod’Oliveira, José Lopesd’Oliveira, José Francisco Se-abra , Manuel Gonçalves da Sil-veira, José Vicente Pinho,

José Luís, José Lopes Da-mas, António Alves Mineiro, Pe-dro Vicente, Joaquim d’Oliveira,João Vicente Caldellas, Manu-el Lopes Seabra, João VicentePinho, todos de Rio de Moi-nhos e o senhor Rodrigues Grá-cio do Tramagal solicitaram àCâmara que os informassemdas posturas antigas (1719,1738, 1757, 1837) ou outras,das vestorias feitas aos moi-nhos e hortas, e indicasse qualestava em vigor e ainda o seuvalor jurídico.

O documento é grande, 19folhas escritas frente e verso,em que o secretário da Câma-ra transcreveu, vários docu-mentos desde 1738, resultan-tes de situações idênticas.Concluindo, a postura em vigoré a de 1820, actualizada em1857 no que respeita às mul-Foral de D. Manuel

52005 Setembro O RioMoinhense

tas. Diz o seguinte:

“(...) Desde o simo e principio da Ribeirad’onde se costuma regar até ao Moinho dasFreiras inclusivamente, se regará no Sab-bado sol nado, e no Domingo até segundafeira ao meio dia, de sorte que n’estes diasficarão sempre livres as noutes para a mo-enga dos moinhos, e que da Segunda feirado meio dia adiante até ao dia de Quartafeira seguinte até ao sol posto de cada se-mana se regarão as hortas d’esde o Moi-nho das Freiras à foz do Tejo principiando adita rega por baixo das hortas das Freirasnos segundos dias das regas, e que d’estasorte ficão todas as noutes livres, e os diasque ficão de fora, para os Moinhos moerem; e que as terras de Caldellas, uzarão dassuas águas costumadas, não sendo nosdias determinados para a rega das hortas,na forma da repartição retro(...) nenhumapessoa poderá reter as aguas mais do queaquelle tempo que lhe for precizo(...) toda apessoa que for transgressor desta Postu-ra, (...) pagará por cada vez que lhe for acha-do ou provado cinco tostões da Cadeia; ena mesma pena incorrerão, aquelle ou aque-lles que regarem de noute furtando a águaaos moinhos(...) .

Em 1857, a Câmara confirmou o teordesta postura e actualizou as multas. Osque não cumprissem seriam obrigados a“pagarem por cada uma vez , seis mil reis eserem por trinta dias prezos”.

Tudo isto foi tornado público na forma cos-tumada.

Hoje, nenhum dos 15 moinhos existen-tes em 1866 funciona, as águas das ribei-ras correm de forma condicionada, pelo que,nenhum destes problemas se põe, mas, sa-ber como era, é sempre agradável, pelomenos para alguns.

Ver e ouvir a água saindo em cascata,de dentro das estruturas dos moinhos de-sactivados, proporciona-me dois tipos desensações, uma de bem-estar, paz e fres-cura, outra nostálgica, de perda, por nãohaver um só moinho, que mantendo a tra-ça, mostre e prepetue a origem do nome,deste belo vale em que vivemos.

Notas:1 - O documento transcrito faz parte do arqui-

vo da Junta de Paróquia de Rio de Moinhos.2 - As hortas do Convento da Graça de Abran-

tes, eram em Rio de Moinhos.

[ Jorge MoraisJorge MoraisJorge MoraisJorge MoraisJorge Morais ]

ambiente

A prevenção da erosão do solo requer a utiliza-ção de um conjunto de práticas agrícolas capazesde impedir a perda da camada superficial do soloque é a mais fértil. Para além disso, durante o pro-cesso de erosão há um arrastamento selectivo deelementos, argila e matéria orgânica preferencial-mente. Assim, não só se verifica uma perda quanti-tativa do solo mas, principalmente, uma diminuiçãoda qualidade do solo.

Adaptar técnicas de regadio

Uma boa prática agrícola aplicada ao regadio, paraprevenir a erosão do solo, exige que o método derega, o equipamento escolhido, bem como a pro-gramação e a condução da rega, se encontrem adap-tados às condições da área a beneficiar: topografia,área da parcela, tipo de solo, clima da região e cul-tura.

A aplicação da água de rega a uma taxa superiorà que é capaz de se infiltrar no solo favorece o es-coamento superficial, provocando o arrastamentodas partículas do solo e, portanto, a erosão.

Por outro lado, nos sistemas de rega por asper-são é também importante ter em conta o impactoda água no solo, o qual tenderá, sobretudo, no casode solos mais pesados, a formar uma crosta redu-zindo a capacidade de infiltração e aumentando oescoamento superficial.

Em zonas mais declivosas utilize técnicas cultu-rais alternativas (faixas de protecção do solo, valasde drenagem, etc.), que permitam reduzir a veloci-dade da água, e técnicas de mobilização do solo,que mantenham grandes quantidades dos resíduosda cultura anterior na superfície do solo. A aplicaçãodestas técnicas permite que o solo arrastado pelaágua se deposite ainda dentro da mesma parcela.

A agricultura é, no nosso país, o principal utiliza-dor da água, sendo responsável por cerca de 70%do seu consumo.

Em Portugal, a distribuição da chuva ao longo doano é muito irregular concentrando-se no Inverno eescasseando, ou sendo mesmo nula, na épocamais quente. Além disso, a quantidade anual de chu-va varia, significativamente, de ano para ano.

Defender o Solo

6 Setembro 2005O RioMoinhense

Tel.: 241 881 177 - 917 244 272 / Fax: 241 881 343Rio de Moinhos * 2200-782 Abrantes

Nesta crónica gostaria derealçar uma etapa da nossavida que merece como todasas outras interesse de todosnós.

Sensibilizar os mais novosna compreensão da evoluçãonatural da vida do ser humanoe sobretudo informar os maisvelhos que a idade não é umadoença.

A velhice é uma etapa danossa vida e não um mero pa-tamar de problemas que au-mentam e que trazem tristeza,solidão e também angústia pe-rante a morte.

A experiência adquirida em

conversas com os mais ve-lhos e nas leituras consulta-das permite-me afirmar quequalquer pessoa pode oudeve ser feliz.

As doenças existem masnão devem ser colocadasem primeiro plano.

Devemos conhecer me-lhor o nosso corpo e sabercomo resolver naturalmenteos nossos problemas, asnossas ansiedades.

Os cinco sentidos pornós conhecidos (visão, au-dição, tacto, olfacto e o pa-ladar) estão mais cansadose requerem uma nova forma

de viver a vida.· Acompanhamento regu-

lar ao médico a fim de seracompanhado e medicado cor-rectamente

· Alimentação equilibradae sã

· Dormidas sufi-cientes e adequadas

· Actividade des-portiva moderadacom caminhadas,natação, dança…

· Jogo, leitura,conversa, escrita, te-atro, cinema, feiras,etc. …

Envelhecer com qualidade…

[ Rui André Rui André Rui André Rui André Rui André ]

Num texto escrito por espe-cialistas na matéria é realçadaa seguinte afirmação:

“Uma vida intelectual ac-tiva ajuda a manter as capa-cidades intelectuais. Nestesentido, tem-se aconselhadoos idosos e pessoas comdeclínio intelectual ligeiro amanter comunicação comos outros, evitando o isola-mento, bem como a desen-volver hábitos de leitura, afazer jogos, palavras cruza-das e se possível utilizar ocomputador. Têm-se admiti-do que as reformas antecipa-das podem representar umfactor de risco para a perdade capacidades intelectuais”.

Façam o favor de serem fe-lizes

72005 Setembro O RioMoinhense

Escavação Arqueológica de emergência na“Quinta da Légua” – Amoreira (III)(1)

[ Álvaro Batista* Álvaro Batista* Álvaro Batista* Álvaro Batista* Álvaro Batista* ]

*Assistente de Arqueólogo naCâmara Municipal de Abrantes

A escavaçãoneste povoado ain-da não está con-cluída, apesar detoda a área inter-vencionada ter sidocoberta com geo-têxtil e areia. Estacircunstância é de-vido ao facto de aintervenção ter ul-trapassado o tem-po inicial previsto eo esgotar do apoiofinanceiro obtido,obrigando assim auma paragem até à obtençãode novo financiamento.

Quanto a datações absolu-tas não se conhecem aindaresultados.

Foi abandonada a ideia dese realizar um molde das diver-sas estruturas postas a desco-berto, por falta de verba. A ideia,no meu entender de arqueólo-go (desculpem esta ironia donome), até nem era má. Nãoseria de modo algum descabi-

1 Expressamos aqui desde já os nossos agradecimentos à família Moura Neves da Quinta de Stª. Sofia – Amoreira, napessoa do Sr. Vasco M. C. Moura Neves, como representante da sua respeitosa família, não só por ter autorizado arealização das escavações no terreno de que são proprietários, como e apesar de isto nos ultrapassar (e relevem-nosesta falta se alguém considerar termos metido mão em seara alheia), agradecer também a doação do terreno para aampliação do cemitério de Amoreira. Creio também que todo o povo de Amoreira estará solidário neste nossoagradecimento, como até certamente toda a freguesia de Rio de Moinhos. Um esclarecimento se impõe ainda à famíliaMoura Neves. Em arqueologia opta-se por denominar os sítios ou estações arqueológicas com o topónimo local ou omais próximo da ocorrência, quando se não dispõe daquele. A utilização do topónimo “Quinta da Légua”, insere-senessa regra e mesmo que esta aplicação esteja errada, não pode nem deve ser encarada como algo atentatório ou deminimizar os respectivos proprietários em que os locais inventariados se encontram. Optar pelo topónimo de Quinta deStª. Sofia seria assim de todo errado, por se afastar imenso do local em causa. Caso o povoado se situa-se perto daQuinta de Stª Sofia, seria esse o topónimo utilizado, embora essa denominação esteja já aplicada a um achado paleolíticoocorrido perto da Quinta, e publicado por Maria Amélia Horta Pereira.2 Agradecemos também as informações prestadas pela Mestre Ana Rosa Cruz do IPT e pelas Drª Sandra Lourençoe Gertrudes Zambujo do IPA de Torres Novas

do transpor para um Museu doConcelho de Abrantes o moldereal, dado serem vestígios úni-cos e não só fotos ou dese-nhos. Actualmente a arqueólo-ga responsável pela escava-ção procede à elaboração deum relatório preliminar a pedi-do do IPPAR/ IPA.

Contactada a delegação doIPA (Instituto Português de Ar-queologia) de Torres Novas, foi-nos afirmado que emitiram um

parecer no sentidode se acabar a ca-mada C de todosos quadrados inter-vencionados., dadaa importância do lo-cal e dos dois níveisde ocupação exis-tentes.(2)

Estamos con-victos que irá surgiro respectivo apoiofinanceiro e comele o ultimar das es-cavações.

Acreditamos, eporque acima de tudo somosoptimistas de que em Abrantestudo ou nada está como dan-tes, que o desfecho deverá serapenas um, para bem da nos-sa freguesia e até do concelho,não só ao nível do conhecimen-to arqueológico mas tambémem termos de obra feita, quetambém é necessária.

8 Setembro 2005O RioMoinhense

Vitalina Pires

Bombeiros de Portugaltoca a sirene, salta o coração,lá vão sem demoracumprir a missão.

Não têm tempo para pensarnos filhos, o seu objectivoé salvar o que podemarriscando a vida por difíceistrilhos.

Mas lutam, lutam dias e noitesexaustos sim, mas semdesanimar eles só queremo seu semelhante ajudar.

Natureza triste, no céu fumocinzento, árvoresencarquilhadas,pássaros sem ninhos,florestas desabitadas.

Noite escura, bola de fogo,escalam os montes sem águapara beber,olhos embaciados eles tudoarriscampara cumprir o seu dever.

Soldados daPaz

Mais uma vez, o campeão de

Columbofilia é da freguesia de

Rio de Moinhos.

João Manuel Damas Jacinto

foi o primeiro classificado nas

provas oficiais do ano 2005.

Columbofilia

Campeão 2005

é riomoinhense

Classificação

GERAL1. João Manuel Damas Jacinto – 5908 (Rio de Moinhos)2. José Manuel Ferreira dos Santos – 5833 (Rio de Moinhos)3. José Júlio Oliveira Alexandre – 5574 (Rio de Moinhos)...5. Álvaro Manuel Batista Bexiga – 5392 (Rio de Moinhos)6. Manuel António O. B. Pereira – 5175 (Amoreira)...11. Luís Miguel C. Pedro – 3206 (Amoreira)...13. Vítor Manuel Rosa Jacinto – 3017 (Rio de Moinhos)14. José António Batista Bexiga – 2994 (Amoreira)...

VELOCIDADE (3 PRIMEIROS)1. João Manuel Damas Jacinto – 1960 (Rio de Moinhos)2. José Manuel Ferreira dos Santos – 1953 (Rio de Moinhos)3. José Júlio Oliveira Alexandre – 1915 (Rio de Moinhos)

MEIO FUNDO (3 PRIMEIROS)1. João Manuel Damas Jacinto – 1985 (Rio de Moinhos)2. Manuel António O. B. Pereira – 1966 (Amoreira)3. Álvaro Manuel Batista Bexiga – 1958 (Rio de Moinhos)

FUNDO (3 PRIMEIROS)1. Manuel Ferreira Simões - 20132. José Manuel Ferreira dos Santos – 1991 (Rio de Moinhos)3. João Manuel Damas Jacinto – 1963 (Rio de Moinhos)

92005 Setembro O RioMoinhense

letra a letra

[ Fátima Belém Fátima Belém Fátima Belém Fátima Belém Fátima Belém ]O ninho

Contava-me a minha avó que, naquela Primavera, duas andori-nhas fizeram o ninho no beiral da sua casa.

Ao contrário das vizinhas que se lamentavam, porque elas suja-vam a parede e impediam a todo o custo que os ninhos fossemterminados, a minha avó ficou feliz e acarinhou a construção da-quele lar. Ela achava que isso lhe iria trazer sorte e passava horasa ver o vai-vem das andorinhas trazendo barro e palhinhas.

Festejou quando elas terminaram aquele ninho. O seu coraçãocantou quando, algum tempo depois, quatro biquinhos abertos pia-vam à chegada dos pais com a comida que caçavam nos ares.

Viu-as crescer, ensaiar os primeiros voos e, finalmente, voaremfelizes pelos céus e seguirem os seus rumos.

Até que uma manhã chuvosa marcou o início do Outono. Ban-dos enormes de andorinhas juntavam-se em alegre algazarra nosfios dos telefones e quando parecia que nestes não cabia maisnenhuma, rumavam a sul, a caminho de África, procurando outraPrimavera.

Partiram todas. Todas menos as andorinhas do beirado da mi-nha avó.

No seu vai-vem contínuo ele magoara uma asa e agora descan-sava no ninho, tentando recuperar. Se tentasse seguir as suas ir-mãs iria, pela certa, cair morto pelo caminho. Fiel, ela esperou queele ficasse melhor.

Todos os dias a minha avó acompanhava com o olhar o voodela em busca de comida. Cada dia mais longe, cada dia maisinquieta. À medida que o tempo arrefecia maior era a ausência. Atéque a deixou de ver a sair e a entrar no ninho.

- Finalmente ele melhorou e rumaram a sul! – pensou a minhaavó.

Ao Inverno muito frio e chuvoso seguiu-se mais uma Primavera.No Alentejo, em cada Primavera, as casas são caiadas.Para fazer as “limpezas grandes” a avó desfez o ninho.Ao tombar aquela concha de barro revelou a mais linda história

de amor:Dentro, um junto ao outro, dois corpinhos mortos de andorinha.

Quando o Inverno os surpreendeu com frio e fome, ela finalmentedesistira de procurar comida. Mas não desistira de o amar e jun-tos, finalmente, rumaram à eterna Primavera.

A avó contava-me esta história, sentada à lareira, com as lágri-mas nos olhos e dizia:

- Mais nenhuma aqui voltou a fazer o ninho. Parece que têmrespeito pelo grande amor que aqui ficou colado às paredes dobeirado!

E, na verdade, nas minhas recordações de menina, não encon-tro nenhum ninho no beirado da casa da minha avó.

Amar quem não nos valo-

riza é uma espécie lenta de

suicídio.

Esta é a dor de grande

parte da humanidade, mes-

mo os que nós vemos feli-

zes, abraçados, casados ou

solteiros, passam muitas

vezes por pequenos infernos.

O Amor é entre iguais, en-

tre dois seres que olham um

para o outro e gostam do que

vêem, que encontram quali-

dades, beleza interior e ex-

terior, vontade de lutar, com-

preensão, carinho, amizade,

amor, desejo…

Quando o Amor não é en-

tre iguais e uma das partes

tem que suportar o outro – as

suas incompreensões, a sua

falta de respeito, de amor, en-

fim, quando um ser não olha

para o outro como igual, a re-

lação é uma fonte de triste-

zas. Mesmo que este ser hu-

mano ame o outro, está con-

denado a um sofrimento.

Felicidadeficção ou

realidade?!

PENSAMENTO

Felicidade é a certeza

de que a nossa vida não

está a passar inutilmen-

te.

Érico Veríssimo

10 Setembro 2005O RioMoinhense

Como foi anunciado nos últimos números do RioMoinhense,a nossa freguesia acolheu, nos dias 1,2 e 3 de Julho, o I Encon-tro Nacional de Rio de Moinhos de Portugal. Com a presençados Rio de Moinhos dos concelhos de Abrantes, Arcos de Val-devez, Penafiel, Sátão, Borba e Aljustrel, este evento foi organi-zado pela Junta de Freguesia de Rio de Moinhos.

Depois de três anos de preparação, Rui André, coordenadordo projecto, afirma que o balanço é extremamente positivo, ul-trapassando as expectativas. Este encontro pôs as pessoas aconviver mais umas com as outras e deixou nos visitantes avontade de voltar. Segundo Rui André, “a nível humano o povode Rio de Moinhos ganhou muito”, destacando ainda todas aspessoas que trabalharam neste projecto.

O evento, para o qual o orçamento da Junta de Freguesiaprevê 5000 euros, contou com o patrocínio da Tagus, a CâmaraMunicipal de Abrantes, a Pegop, a Caixa Geral de Depósitos e oProjecto “Renascer Abrantes – Concelho Solidário” liderado peloCentro de Apoio a Idosos das Freguesia de Rio de Moinhos.

O II Encontro Nacional de Rio de Moinhos de Portugal já estáagendado para os dias 30 de Junho, 1 e 2 de Julho, de 2006, noconcelho de Penafiel.

I Encontro Nacional deRio de Moinhos de Portugal

Festival deFolclore

A Casa do Povo de Rio deMoinhos promoveu, nos dias23 e 24 de Julho, o 14º Festivalde Folclore.

Para além do anfitrião Ran-cho Folclórico os “Moleiros” daCasa do Povo de Rio de Moi-nhos, participaram neste even-to o Rancho Típico Estrelas deCabouço, o Rancho Folclóricode Alfarrobeira e o Rancho Fol-clórico do Centro Social e Cul-tural do Bom Sucesso.

Salienta-se deste Festival olouvor atribuido pela Direcçãoda Casa do Povo de Rio de

Moinhos aLiliana Car-valho. Estegesto pre-tende agra-decer a estajovem o fac-to de ter to-mado as ré-

deas do Rancho Folclórico deRio de Moinhos quando maisninguém o fez evitando assimo seu desaparecimento.

112005 Setembro O RioMoinhense

Observações: O interior encontrava-se completa-mente carcomido, apresentando um grau de deterio-ração bastante grande na parte de trás da cabeça,costas e pé esquerdo.

A observação da pouca madeira em condições, leva-nos a crer que será amoreira.

As cores de fundo serão as originais mas, a deco-ração floral do fato e manto, assim como um pregocravado na base, de cima para baixo, permite-nos afir-mar que terá levado um restauro no sec. XVIII. As co-res com que estava pintado, antes do presente res-tauro, laranja o manto e verde escuro a veste, a baseque lhe acrescentaram, os 4 pregos cravados de bai-xo para cima e a massa que tapava as falhas, indicamum reparação dos finais do Sec. XIX princípios dos XX.

Após a decapagem desta ultima apareceu a pre-sente pintura. A tentativa de procurar a original verifi-cou-se infrutífera. A sua deteorização terá dado ori-gem à decoração floral, que optámos por manter e re-constituir.

Foi desinfestado, endurecido, cheio e moldado compasta de madeira. Ao que restava da base original, foifeito um acrescento, com madeira de castanho de 1cm de espessura, para lhe dar peso e estabilidade.Todos os materiais utilizados são reversíveis.

S. João Evangelista sec. (XVI?)

Talhe fino, madeira, vulto pleno maciço, fun-do a ouro, policromado

Peso c. 6 kg, a.64 x p. 26 cmRestaurado em Julho de 2005

[ Helena SalvadorHelena SalvadorHelena SalvadorHelena SalvadorHelena Salvador ]ANTES

DEPOIS

De 29 a 31 de Julho, Amoreira vi-veu dias de festa.

Por ocasião das festas popularesde Amoreira, a comunidade Cristãeste ano voltou a louvar Nossa Se-nhora de Fátima, padroeira da aldeia.

Iniciou-se a festa com recolhadas fogaças acompanhada pela ban-da de Rio de Moinhos, seguiu-se acelebração da Eucaristia em honrade Nossa Senhora de Fátima, se-guiu-se a procissão pelas ruas daaldeia, a venda das fogaças no adroda Igreja e terminou com um conví-vio salutar.

Nessa mesma tarde, realizou-seum torneio de chinquilho que reuniualguns amantes deste jogo tradicio-nal.

Amoreira em Festa

12 Setembro 2005O RioMoinhense

Acontecimentos quemarcaram a nossa história

14 de Julho de 1902É inaugurada a Estação Telegráfica de Rio de Moi-

nhos

23 de Agosto de 1904São entregues à CMA as novas escolas primárias

oficiais de Rio de Moinhos e São Miguel do Rio Torto. Aprimeira (do sexo feminino), é inaugurada em 18 de Se-tembro.

20 de Agosto a17 de Outubro de1911

É elaborada oarrolamento e in-ventário dos bensmóveis e imóveisdas igrejas do con-celho nos termosdo artigo 62º da Leida Separação:

18 de Setembro de 1913A CMA cria mais quatro Partidos Médicos, que ficam

a totalizar seis, com residência em Abrantes, Rio de Mo-inhos, Rossio ao Sul do Tejo, Mouriscas, Alvega e Souto.

13 de Julho de 1919Realizam-se eleições para as Juntas de Freguesia.

Nas freguesias de Rio de Moinhos, Bemposta e Trama-gal não se realizou o acto eleitoral.

22 de Agosto de 1920Realizam-se eleições para a Junta de Freguesia de

Rio de Moinhos, em virtude de abstenção no acto eleito-ral de 26 de Outubro de 1919.

22 de Julho de 1922A portaria n.º 3 271 autoriza uma comissão de católi-

cos de Rio de Moinhos a construir na igreja paroquial umnovo altar sem encargos para o estado.

29 de Julho de 1923É inaugurado o campo de futebol de Rio de Moinhos.

[ Pe Cardoso Pe Cardoso Pe Cardoso Pe Cardoso Pe Cardoso ]

As Igrejas de Rio de Moinhos e daPucariça receberam, quando das res-pectivas festas, obras de melhoramen-to.

Na Pucariça as suas gentes, orgu-lhosas das suas coisas e da sua terraà algum tempo que olhavam para a suaIgreja com algum desconforto por estaestar a precisar duma pintura nova ealguns retoques. Por ocasião das suasfestas, um grupo de pessoas uniu-see pôs mãos à obra. Contratou-se umpedreiro, comprou-se a tinta e a mãodo obra foi dada pelos populares, quedurante alguns fins de semana contri-buíram desta forma para o bem da co-munidade. De salientar também o bomrelacionamento da paróquia com a As-sociação de moradores, que trabalha-ram conjuntamente.

Em Rio de Moinhos, o EncontroNacional de Riodemoinhenses foi ogrande impulsionador das obras reali-zadas. Encontrando-se a Igreja e oadro com um aspecto menos digno,com os pergaminhos que a aldeia tem,a Junta de Freguesia e a Paróquiaacordaram em fazer conjuntamente aobra. Desta forma, a Junta ofereceu astintas e populares de boa vontade ofe-receram a mão de obra. O arranjo dosmuros do adro foi suportado o materialpela Junta de Freguesia e a Paróquiapagou 600 Euros pelo serviço ao pe-dreiro.

Igrejas deRio de Moinhos ePucariça pintadas

132005 Setembro O RioMoinhense

241 881 162 (Comércio)241 881 372 (Residência)

Rua Avelar Machado, 20-24

2200 Rio de Moinhos ABT

Adolfo Pires

Recordando o Passado…

- As indústrias de madeiras/serrações, salsicharias e a vidados marítimos/fragateiros con-tribuíram para a economia daaldeia para que fosse maispróspera, com os tempos tudose alterou, o progresso por ve-zes faz isto.

- Havia grande rivalidadeentre os habitantes de Rio deMoinhos e do lugar de Amorei-ra, isto contado pelos meusavós, em tempos mais recua-dos. A fronteira entre estas po-voações era próximo do casalda Pedreira, utilizando para osconfrontos espingardas e vara-paus (tenho um como recorda-ção).

- No largo Joaquim dos San-tos existiu um café, o primeiroda aldeia, pertencia ao Joaquimdos Santos e esposa D. Júlia,ela fazia bela doçaria. O café erabastante avançado para a épo-ca, com muito requinte, todoconstruído em madeira e gabi-netes separados entre si. A suaexistência foi muito curta, os cli-entes só queriam vinho. Estecafé ficava ao lado da sua mer-cearia.

- No tempo da II GrandeGuerra, as notícias eram ouvi-das pela rádio/telefonia, nas ta-bernas do José Pequeno e doManhólas, situadas na Rua Ave-

lar Machado. Estes aparelhos/rádios eram dos melhores exis-tentes em Portugal.

- Na nossa igreja existe umaimagem de nossa Senhora dasDores, da cor azul e branco comum punhal gravado no peito. Amesma foi oferecida em pagade uma promessa feita pela fa-mília “Canana” que vivia naQuintã, por o seu filho Joaquimter chegado bem, vindo de Ti-mor como militar.

- Uma das muitas figuras tí-picas da nossa terra era o“Coca-bichinhos”, isto por eleser muito habilidoso em arran-jos. Era casado com Maria deOliveira, alcunha Maria do Ó.Quando trocava correspondên-cia com uma tia/avó minha nãoescrevia Oliveira, mas só o Ó.Eram naturais de Lisboa e mo-ravam defronte da Maria dosAnjos, próximo do FernandoMoleiro na rua direita. Era típi-co por estar à janela com umchapéu de coco.

- Deve existir ainda um bra-são alusivo às invasões napo-leónicas em Rio de Moinhos.Numas ruínas de casas aondehabitava a família do Xico daVitória, numa parte baixa, naestrada para Abrantes, antesdo prédio do Solano de Abreu.Esta Maria Vitoria habitava ao

lado do José Patrício. Estas ru-ínas são propriedades da famí-lia Mesquitela, que ficaram sen-do os donos do citado prédio.

- O tio do Professor Francis-co Seabra Esteves disse que naescadaria junto à farmácia da D.Vanda, que dá acesso à ruaJoão de Deus, um atirador daterra abateu a tiro muitos sol-dados do exército de Napoleão.Os tiros foram feitos por um pos-tigo de uma porta que existiaquasi ao fim da escadaria, quemsobe.

- Na hora do recreio escolar(escola dos rapazes) o Profes-sor Esteves mandava-nos fazercalçada para o recinto do re-creio (antes era de terra bati-da). Aos sábados íamos assis-tir ao içar da bandeira portugue-sa, cantar o hino nacional e de-pois íamos a missa (para os jo-vens meditarem), isto às 10.00horas.

- Na semana Santa era quei-mado o “Judas” espantalho emtecido com palha no interior, nomesmo eram colocadas bombas(bombas de Santo António) eque faziam explodir às 10.00horas no sábado de aleluia. Istoera ao lado da antiga garagemdos Moras, hoje largo principale antiga mercearia e taberna doÁlvaro Pato.

14 Setembro 2005O RioMoinhense

À descoberta dos Riomoinhenses…

1974 Procissão dos Passos

1946 Procissão das Fogaças

1958 Praça Diária

1958 Praça Diária (Actual sitio dos baloiços)

1958 Igreja Matriz

1974 Procissão

152005 Setembro O RioMoinhense

clave de sol

[ Sara Pereira Sara Pereira Sara Pereira Sara Pereira Sara Pereira ]

Os Assemblent [ex-Dawn]começaram em 1998 apenascomo um grupo de amigossem quaisquer projectos ante-riores, que se juntou para to-car algumas covers [grunge,rock, metal] com o objectivo deganhar experiência e dar osprimeiros concertos, principal-mente em bares da zona deAbrantes/Sardoal. À formaçãooriginal, Daniel Campos [guitar-ra], Carlos Santos [baixo] eCésar Bento [bateria] veio jun-tar-se Sérgio Marques na voze durante alguns meses TâniaGaspar [teclas]. Assim se man-tiveram a dar concertos até2002, nos últimos tempos to-cando covers e alguns dos fu-turos temas, ano em que deci-diram criar algo próprio, origi-nal, no género do Metal.

É nesse ano que Pedro Lo-pes [teclas] é “recrutado” coma função de complementar ospoucos temas originais à data,sobretudo ao vivo onde sesempre se sentiu que faltavaesse elemento essencial.

Novas ideias não paravamde surgir e a ambição de gra-var material com qualidade foimais forte, eis que em 2003 no

Assemblent

www.assemblent.com

Estúdio Zero em To-mar é gravada a pri-meira demo com ape-nas duas faixas [Hear-twork e Silent Cries]muito limitada pelo or-çamento da banda.

Em 2003 é lançadoo site oficial onde sepodem encontrar ostemas, fotos, letras, ví-deos, etc.

O som dos Assem-blent reúne várias influ-ências, reflexo daspersonalidades bemdistintas dos seusmembros, sendo asmais presentes Car-cass, Moonspell e MyDying Bride. O que resultanuma abordagem Death/Thrash metal atmosférico,com uma componente instru-mental melódica.

È com esta formação e so-noridade que percorrem váriosconcursos de bandas e festi-vais de pequena dimensão.Quer na zona de Abrantes eSardoal [Festas da cidade],Bemposta quer em Lisboa[Univ. Nova, Restart] e norte dopaís [Gaia Metal Fest III]. Divi-

dindo o seu tempo entre a fa-culdade, trabalho e obviamen-te os ensaios.

Entretanto têm já gravado oálbum, de nome “Equilibrium”,mas encontram-se até à dataem busca de editora.

De sublinhar ainda a parti-cipação de Fernando Ribeiro,vocalista da banda portuguesaMoonspell, na faixa “Silent Cri-es”.

16 Setembro 2005O RioMoinhense

P r o j e c t o

Renascer Abrantes

Concelho Solidário

Entidade Promotora: CENTRO DE APOIO A IDOSOS DA FREGUESIA DE RIO DE MOINHOSEntidade Financiadora: SEGURANÇA SOCIAL

[ Susana Gil ]

À semelhança do que foi feitono ano transacto, este ano reali-zámos, novamente, um Campo deFérias, destinado às crianças re-sidentes na Freguesia de Rio deMoinhos, e integrado no Programa“Férias em Movimento”, do Institu-to Português da Juventude. Esteano, realizou-se na semana de 11a 15 de Julho de 2005 e participa-ram, no mesmo, 22 crianças/jo-vens, com idades compreendidasentre os 10 e os 15 anos. Nestecampo de férias as crianças/jovenstiveram a oportunidade de partici-parem em diversas actividades, dasquais destacamos: um peddy pa-pper em Rio de Moinhos, activida-des em Sintra (Percurso Interpre-tativo do Parque da Pena e “À Con-quista do Castelo dos Mouros”),actividades no Parque de São Lou-renço (karts, insufláveis e workshopde capoeira), ida à Ilha das Berlen-gas (com travessia de barco inclu-ída), actividades na Aldeia do Mato(orientação, btt, slide, canoagem

Campo de Férias “Uma Aventura em…”

Na semana de 01 a 05 de Agos-to de 2005, realizou-se, no EdifícioPirâmide, em Abrantes, o curso deformação de iniciação à informáti-ca. Participaram nesta formação 7crianças, residentes na Freguesiade Rio de Moinhos, com idadescompreendidas entre os 8 e os 13anos. A ideia de realização destaactividade consistiu no facto de serobjectivo do nosso projecto promo-ver iniciativas que visem a ocupa-

Curso de Iniciação à Informática(Programa Diploma de Competências Básicas)

ção saudável dos tempos livres,deste grupo etário, com base emmetodologias educativas e pedagó-gicas. Deste modo, e tendo emconsideração que actualmente asnovas tecnologias de informação,nomeadamente a informática, éuma ferramenta, cada vez mais,indispensável, optámos por promo-ver a participação, destas crianças,nesta formação inicial na área dainformática. Através da sua partici-

pação, tiveram a oportunidade deobterem um certificado de compe-tências básicas, que lhes será útilnos tempos futuros. Esperamosque todas os participantes tenhamadquirido novas competências eque estas lhes sejam úteis na suaactividade escolar. Todos referiramque tinham gostado de participar eque tinham aprendido novas técni-cas e métodos de trabalhar comum computador.

e piscina insuflável) e, por fim, di-versos jogos de dinâmica de gru-po. Este tipo de actividades visampromover a ocupação saudável dostempos livres, o relacionamentointerpessoal, bem como, abordartemáticas/problemáticas relaciona-das, directa ou indirectamente comesta faixa etária, de forma criativae lúdica, uma vez que todas asactividades para além de teremsubjacentes a vertente lúdica, tam-bém tem uma vertente pedagógi-ca. Pelo resultado final e pelo feed-back transmitido pelos participan-tes esta actividade foi bastantepertinente e fortuita.

Para a realização desta activi-dade contámos com o apoio dealguns residentes em Rio de Moi-nhos, bem como com a Junta deFreguesia de Rio de Moinhos, queteve a amabilidade de nos empres-tar a sua carrinha para transportar-mos os participantes, disponibili-zar um funcionário para conduzir amesma e de nos ceder as instala-

ções da sede social. A estas pes-soas deixo o meu agradecimento.Para que todos possam ter ideiado convívio promovido por estecampo de férias, deixamos aquialgumas imagens desses dias:

172005 Setembro O RioMoinhense

Após a conclusão dos 4 mó-dulos dos Ateliers Psicopedagógi-cos “Histórias para Contar” (His-tórias de Família; Histórias deTransformar; Histórias da MinhaAldeia e Histórias de Amor), deci-dimos em conjunto com a Associ-ação Lavoisier (entidade que de-senvolveu os referidos ateliers),realizar uma exposição com todosos trabalhos efectuados pelos par-ticipantes, durante os quatro me-ses de duração desta actividade.A exposição realizou-se nos dias22, 23 e 24 de Julho de 2005, naSede Social da Freguesia de Riode Moinhos. A realização desta ex-posição tinha como objectivo ful-cral podermos mostrar a toda apopulação, residente na Freguesiade Rio de Moinhos, todo trabalhodesenvolvido nesta actividade, bemcomo valorizar os seus participan-tes, pela sua excepcional presta-ção e pelos magníficos trabalhosque realizaram.

As actividades desenvolvidas,no âmbito dos 4 módulos realiza-dos tinham como principal objec-

Exposição dos trabalhos realizados pelosidosos que frequentaram os Ateliers

Psicopedagógicos

tivo a criação de um apoio psicos-social, através da realização deactividades criativas, de vertentepsicopedagógica, que permitissema reabilitação de capacidades es-quecidas, desvalorizadas ou aténunca exploradas, de forma a quepromovessem a auto-estima, o bemestar, a partilha e o trabalho emgrupo. Tinham, também, como ob-jectivo a realização de acções desensibilização relacionadas comtemáticas e problemáticas carac-terísticas da terceira idade.

Acreditamos que conseguimosalcançar este objectivo. O feed-backdado pelos participantes, bemcomo pelas técnicas que desenvol-veram os ateliers é positivo, e vánesse sentido.

Esperamos que todos aquelesque visitaram a exposição tenhamgostado do que puderam observare que também tenham ficado comvontade de participar neste tipo deactividades. Todos sabemos queainda existe, a nível nacional, umagrande carência no que diz respei-to a actividades de ocupação de

tempos livres para idosos. Destaforma é nosso objectivo minimizaressa situação e realizar activida-des desta índole, de forma a po-dermos desenvolver as funções in-telectuais e criativas desta faixaetária, de forma pedagógica e lúdi-ca, bem como contribuir para amelhoria da sua auto-estima e paraa promoção do relacionamento in-terpessoal. Contudo, a realizaçãodeste tipo de actividades só faz sen-tido, quando existe um grupo depessoas interessadas, isto é, nãosão sustentáveis se só existiremduas ou três pessoas com estetipo de interesse. Desta forma,caso esteja interessado em parti-cipar neste tipo de acções, con-tacto-nos, para que desta formapossamos averiguar a possibilida-de de realizarmos mais acçõesdesta índole, e desta forma irmosde encontro ao nosso objectivo.

Para aqueles que não tiveramoportunidade de visitar a exposi-ção, deixamos-lhes algumas ima-gens da mesma:

Direcção Técnica:

MARIA LURDES L. P. ROSA

C. Nº 129 988 049 Tel.: 241 881 154

2200-790 Rio de Moinhos-Abrantes

FARMÁCIA

ESTEVES

18 Setembro 2005O RioMoinhense

A entidade promotora e executora do nosso pro-jecto, Centro de Apoio a Idosos da Freguesia de Riode Moinhos, foi convidada a participar neste evento,convite este que aceitou com o maior agrado. Paraevidenciarmos a nossa participação foram feitos, parao efeito, cartazes elucidativos do trabalho efectuadopelo nosso projecto até à presente data e um cartazsobre o Centro de Apoio a Idosos da Freguesia deRio de Moinhos (caracterização da instituição; va-lências a desenvolver; situação actual; entre outrasinformações).

Outra das actividades desenvolvidas pelo projec-to, que tivemos a oportunidade de apresentar nesteevento, foi a actuação do Grupo de Aeróbica “Ge-ração Cool”, que integra a actividade de ginásticada ocupação de tempos livres. Este grupo compos-to pelas alunas Ana Isabel Lopes, Carina Jacinto,Inês Gonçalves, Sofia Pedro, Carolina Jacinto e You-sra Elmir, teve a oportunidade de efectuar a sua pri-meira apresentação pública. Apesar destas alunas,só terem tido, basicamente, uma semana para en-saiarem as coreografias, o seu empenho foi funda-mental e o trabalho apresentado foi extraordinário, emerecedor dos elogios que receberam. Arrisco-me adizer que quem teve a oportunidade de observar, nãoacreditou que só tivessem ensaiado durante umasemana. Aqui deixo, desde já, os meus parabéns eagradecimentos a todas as alunas e ao professor, oSr. Mário Pernadas, que foi incansável em todo esteprocesso.

Para aqueles que não tiveram a oportunidade deestarem presentes, deixamos-lhes algumas imagensdesta actuação:

O programa progride é um programa para a inclu-são e desenvolvimento criado pelo governo português,que está direccionado para a promoção e desenvolvi-mento de projectos que, assentes em intervenções in-tegradas e sustentadas em parcerias, pretendem con-tribuir para reduzir ou eliminar assimetrias e factoresde exclusão e promover a coesão social. São projec-tos que irão actuar em territórios considerados prioritá-rios, onde o fenómeno da pobreza e exclusão social émais gravoso e persistente e sobre grupos específicosem especial situação de vulnerabilidade. Este progra-ma estrutura-se em duas medidas que integram dife-rentes áreas de intervenção e que se concretizam emacções. A Medida 1, visa apoiar o desenvolvimento deprojectos que combatam fenómenos graves de exclu-são, em territórios identificados como prioritários e aMedida 2, visa apoiar o desenvolvimento de projectosdireccionados para a promoção da inclusão e melhoriadas condições de vida de grupos específicos. Os gru-pos específicos definidos este ano pelo Programa fo-ram os seguintes: Pessoas Vítimas de Violência Do-méstica; Pessoas Sem Abrigo e Crianças e Jovens emPerigo.

Estando a instituição Centro de Apoio a Idosos daFreguesia de Rio de Moinhos susceptível a desenvolverprojectos de âmbito social, decidiu candidatar-se a esteprograma, em conjunto com a Câmara Municipal deAbrantes. Após terem sido analisadas, em conjunto,as necessidades do Concelho de Abrantes, concluiu-se que iríamos apresentar uma candidatura à Medida 2do programa, em que o grupo alvo será as PessoasVítimas de Violência Doméstica. A entidade promotorado projecto a apresentar será a Câmara Municipal deAbrantes e a execução do mesmo ficará a cargo doCentro de Apoio a Idosos da Freguesia de Rio de Moi-nhos. O prazo limite de candidatura a esta medida é odia 31 de Agosto de 2005, e a resposta de aprovaçãoou não, será dada pelo Instituto de Segurança Socialno prazo de 90 dias.

Tanto a entidade promotora, como a entidade exe-cutora têm unido esforços para que esta candidaturaseja efectuada da melhor forma possível, com a máxi-ma coerência e assente em objectivos sociais seme-lhantes, indo sempre de encontro às necessidades dapopulação do Concelho de Abrantes (e consequente-mente, da freguesia de Rio de Moinhos). Esperamosque esta candidatura seja aprovada uma vez que seráuma mais valia para todos.

Candidatura ao ProgramaProgride – Medida 2

Participação do projecto no IEncontro Nacional dos Rio de

Moinhos de Portugal

192005 Setembro O RioMoinhense

AssinaturaNome:_____________________________________________________________________

Morada:____________________________________________________________________

Código Postal: _________ _____ Localidade: _____________________________________

Telefone/Telemóvel:_____________________________ Donativo: __________,_____ euros

Torne-se assinante d’O RioMoinhense e contribua para o desenvolvimento da sua terra

(aceita-se cópia deste destacável)

Contacte-nos ou envie este destacável para:Ana Sofia Caldelas

Travessa Fonte das Duas Bicas, nº15 - 1º2200-803 Rio de Moinhos ABT

As medidas de combate à po-breza e exclusão social passam,necessariamente, pela promoçãode uma intervenção de âmbito so-cial, imprescindivelmente, voltadapara o indivíduo e para a comuni-dade.

Este tipo de intervenção é umtrabalho moroso, que necessita deum período de tempo adequado,para que possa produzir resultadospositivos, que se repercutem nofuturo, uma vez que a “batalha” con-tra a pobreza e exclusão social nãotem fim.

O nosso projecto de Luta Con-tra a Pobreza “Renascer Abrantes– Concelho Solidário”, encontra-seem funcionamento desde Dezem-bro de 2003, tendo sido aprovadopor um período de 25 meses, ten-do o seu términus previsto para 31de Dezembro de 2005.

Contudo, na nossa opinião,este período de tempo revela-seinsuficiente para conseguirmosobter os resultados esperados,para providenciar os mecanismosnecessários para solucionar os pro-blemas existentes, bem como parapotencializar as dinâmicas locaisde meios/técnicas, para que pas-sem a actuar, activamente, na re-solução dos seus próprios proble-mas, uma vez que no campo soci-al tudo é mutável, e uma interven-

Proposta de prolongamento do Projectode Luta Contra a Pobreza

“Renascer Abrantes – ConcelhoSolidário”

ção, com duração incorrecta, podeprovocar uma regressão nos resul-tados já atingidos e, colocar emrisco, a manutenção das soluçõescriadas.

Tendo por base os pontos aci-ma evocados e a avaliação do tra-balho executado até ao momento,consideramos que os 25 mesessão um período de tempo insufici-ente para conseguirmos contribuir,adequadamente para a diminuiçãodos fenómenos de pobreza e ex-clusão social existentes na fregue-sia de Rio de Moinhos, motivo peloqual solicitámos à Segurança So-cial que nos fosse atribuído o pro-longamento do nosso projecto pormais um ano, ou seja até 31 deDezembro de 2006.

Em consequência, solicitámos,ainda um reforço de financiamen-to, para que possamos garantir,eficazmente, o seu funcionamentodurante o ano de 2006, bem como,para que possamos dar continui-dade a algumas das actividadesque consideramos serem funda-mentais para o desenvolvimento daárea geográfica de intervenção,entre as quais destacamos: conti-nuação de obras nas instalaçõesdo Centro de Apoio a Idosos da Fre-guesia de Rio de Moinhos, para quepossa entrar efectivamente em fun-

cionamento com as valências seCentro de Dia e Apoio Domiciliá-rio; funcionamento dos Gabinetesde Apoio ao Utente (Gabinete deServiço Social, Gabinete de Psico-logia, Gabinete Económico-finan-ceiro e Gabinete ”Espaço do Cida-dão”; continuação da prestação deapoio a situações de carência gra-ve (transporte, consultas, alimen-tação, roupa, mobiliário, entre ou-tras); continuação do Apoio Psico-Social às famílias; continuação dosAteliers Psicopedagógicos e pos-sibilidade de solicitarmos um pos-terior protocolo à Segurança Soci-al para a valência de Centro deConvívio; continuação das váriasactividades de Ocupação de Tem-po Livres, continuação do BoletimInformativo “O Riomoinhense”, en-tre outras.

Foi essencialmente nas activi-dades, acima referenciadas, quenos baseamos para justificarmosa necessidade de prolongamentodeste projecto.

Neste momento encontramo-nos a aguardar uma resposta daSegurança Social, que esperamosque venha a ser positiva, apesar determos a perfeita noção que seráuma tarefa difícil, tendo em contaa situação do país e as limitaçõesorçamentais.

20 Setembro 2005O RioMoinhense

De 21 a 23 de Agosto, os riomoinhenses viveram momentos de pânico ao ver o fogo devastarvários hectares de floresta, assim como, algumas habitações.

Com a ajuda dos soldados da paz, a população de Pucariça e Amoreira conseguiram dominaras chamas. No entanto, a sede de freguesia foi socorrida pela valentia dos seus habitantes esapadores que evitaram uma tragédia de maior dimensão.

Agora a freguesia de Rio de Moinhos veste-se de cinzento envolvida nas marcas que o fogodeixou.

O RioMoinhense apela à solidariedade dos seus leitores pedindo que ajudem todos aquelesque foram vítimas dos incêndios deste verão.

As chamas abraçaram a freguesia de Rio de Moinhos

Debaixo de fogo

[ Pe Cardoso Pe Cardoso Pe Cardoso Pe Cardoso Pe Cardoso ]D. José Alves, Bispo de Por-

talegre e Castelo Branco, reu-niu e visitou na passada terçafeira, dia 23 de Agosto, com osPárocos de Rio de Moinhos,Aldeia do Mato e Abrantes, parase inteirar das dificuldades sur-gidas nas populações devidoaos incêndios que fustigarama região durante alguns dias.

Chegado de Colónia, ondese deslocou por ocasião dasJornadas Mundiais da Juventu-de, D. José Alves deparou-secom um cenário assustador

Bispo interrompe férias

quando seguia na A23, tendoinclusivamente deixado a viapor esta se encontrar cortadaao trânsito. Contactou deemergência no dia se-guinte os párocos parase inteirar das dificulda-des das pessoas, visitara zona ardida e disponi-bilizar a assistência daCáritas para as situa-ções que requeiram aju-da humanitária. Destaforma o Bispo de Porta-legre e Castelo Branco,

que se encontrava de férias,sentiu a necessidade, de seinteirar no local das dificulda-des dos seus diocesanos.