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A MAIOR HISTÓRIA JAMAIS CONTADA Peter Joseph

Zeitgeist - A Maior História Jamais Contada

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A MAIOR HISTÓRIA JAMAIS CONTADA

Peter Joseph

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NOTA DO EDITOR

Na minha busca pela verdade religiosa e/ou da compreensão da Bíblia Sagrada, tenho

lido e pesquisado algumas fonte especialmente na internet a fim de tentar confirmar a

veracidade de alguns fatos. Então surgiu o documentário Zeistgeist “O Filme” (termo

alemão que exprime o avanço intelecto-cultural do mundo numa época) do americano

Peter Joseph, tentando provar que tudo aquilo em que estou me esforçando para

acreditar não passa de conversa fiada, a maior fraude de todos os tempos.

Se for para ter fé cega estou certo que nunca serei crente. É sim fato que a fé está

longe da razão, ou se tem ou não se tem, não obstante ninguém nasce crédulo, a fé é

cultivada no individuo pela sociedade ou por ele mesmo na sua busca espiritual. No

caso ando na minha busca espiritual, mas não de olhos vendados, pelo contrário quero

ciência do por que estou tomando certo fato como verdadeiro, e a forma mais sensata de

fazê-lo é questionando, lendo e pesquisando e debatendo. Jesus cristo nunca desejou

para o homem a fé cega, irracional, pelo contrario, Ele queria que a nossa fé fosse

racional de modo a ser verdadeira e resistente por isso Ele estimulava as pessoas a

desenvolverem o raciocínio e a se interiorizarem, meditar.

Este texto é a transcrição da primeira parte do tal documentário intitulada “A Maior

História Jamais Contada”, que tenta expor de forma acadêmica a raiz, formação e

finalidade do Cristianismo como um mito estabelecido politicamente com o objetivo de

dominar. Segundo os produtores este documentário não foi realizado com o objetivo de

afrontar, insultar ou agredir a crença de ninguém, mas sim mostrar simplesmente a

verdade. Para aquele que é curioso, ou não deseja fé cega ou ainda tem a sua fé

solidificada, inabalável recomendo a leitura, no entanto para aqueles que preferem

ignorar tudo e todos que coloquem em risco a sua fé talvez esta não seja a melhor opção

de leitura.

Considerando que a fonte original é vídeo e que para esta adaptação tomei como base

o arquivo de legendas em português do Brasil para a versão do vídeo em formato .avi

que circula livre na internet, tive que fazer pequenas alterações para que o texto

passasse a informação mais próxima possível ao documentário original. Inseri fotos

capturadas do vídeo para ilustrar e adaptei algumas expressões colocadas para quem vê

o vídeo de modo a ser compreendidas facilmente por quem lê o texto. Entretanto,

acredito que em nada distorci a idéia do documentário e que a leitura deixará como uma

idéia semelhante ao do vídeo.

Site Oficial do documentário:

http://www.zeitgeistmovie.com/

O documentário em vídeo no Google vídeos:

http://video.google.com/videoplay?docid=-2282183016528882906#

Olavo da Cunha Lisboa

Novembro 2009

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INTRODUÇÃO

“A espiritualidade é um termo específico que, na verdade, significa o lidar com a

intuição. Na tradição teísta há a noção de apego a um conceito. Certo ato é considerado

como inaceitável por um princípio divino, certo ato é considerado aceitável pelo Divino,

ou o quê o valha. Na tradição do ateísmo, no entanto, inferimos que os casos históricos

não são particularmente importantes, o que é realmente importante é o "aqui e o agora";

O agora é definitivamente agora.

Nós tentamos viver o que está disponível ali no momento. Não faz sentido pensar

que existe um passado que poderíamos ter agora, isto é agora, este precioso momento.

Nada místico, apenas "agora", muito simples, direto, e desse "agora", contudo, emerge

sempre um sentido de inteligência, de que estamos constantemente em interação com a

realidade um por um, lugar por lugar, constantemente. Nós, na realidade, vivemos uma

fantástica precisão, sempre, mas nos sentimos ameaçados pelo "agora" e então saltamos

para o passado ou para o futuro prestando atenção aos bens materiais que existem em

nossa vida, esta vida rica que nós levamos, todas as escolhas tomam lugar a todo o

momento, mas nenhuma delas é considerada boa ou má, pois todas as coisas que

vivemos são experiências incondicionais, elas não vêm com uma etiqueta dizendo "isto

é ruim" ou "isto é bom", mas nós as vivemos e não damos-lhes a atenção devida. Não

nos damos conta de que estamos indo para algum lugar, achamos isso entediante

esperando até estarmos mortos.

Isso é um problema, qual seja não confiarmos propriamente no "agora" nem que isso

que vivemos agora possui muitas coisas poderosas, é tão poderoso que nós somos

incapazes de enfrentá-lo, conseqüentemente, temos que emprestar do passado, e

convidar o futuro a todo momento. E talvez seja por isso que procuramos a religião,

talvez seja por isso que andamos pelas ruas, talvez seja por isso que nos queixamos à

sociedade, talvez seja por isso que votamos em presidentes. É bastante irônico. Na

verdade, é muito engraçado”.

Chögyam Trungpa Rinpoche

Eminente Mestre Budista Contemporâneo (1939 - 1987)

ZEITGEIST - "ESPÍRITO DO TEMPO"

“Quanto mais você começa a investigar aquilo que pensamos conhecer, de onde

viemos, aquilo que pensamos estar fazendo, mais começamos a perceber as mentiras

que nos contam. Todas as instituições estão mentindo para nós, o que te faz pensar, por

um minuto, ser a razão pela qual a instituição religiosa a única que até hoje permanece

intocada? As instituições religiosas deste mundo estão na base de toda a sujeira. As

instituições religiosas são postas neste mundo pelas mesmas pessoas que governam a

sua vida e a sua educação corrupta, que formam cartéis entre os bancos internacionais

porque nossos “Mestres” não dão a mínima para você ou sua família, tudo com que eles

se preocupam e com o quê sempre se preocuparam é em controlar esse mundo inteiro.

Nós fomos desviados da verdadeira e divina presença no universo que os homens

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têm chamado de "Deus". Eu não sei o que Deus é, mas tenho certeza do que Ele não É,

e até que esteja preparado para olhar para a realidade, ir até onde for preciso,

independentemente de onde isso possa nos conduzir, mesmo que queira enfiar a cabeça

na areia ou jogar no time que está ganhando, chegará um ponto em que irá descobrir que

está brincado com a justiça divina. Quanto mais você se educa, mais você compreende

as origens de tudo, mais óbvios se tornam os fatos e mentiras que surgem por todos os

lados. Você tem que saber a verdade, procurar a verdade, e ela o libertará”.

Jordan Maxwell

"Eles devem achar difícil, aqueles que tomaram a autoridade como verdade, em vez

da verdade como autoridade”.

Gerald Massey, Egiptólogo

“Porque eu tenho que lhes dizer a verdade, amigos tenho que dizer! Se tratando de

enrolação, da maior conversa fiada de todos os tempos, você tem que tremer um pouco

e concordar: o campeão de todos os tempos no que diz respeito a falsas promessas e

exageros é a Religião.

Pensem um pouco: a Religião definitivamente convenceu as pessoas de que há um

homem invisível que mora no céu que vigia tudo o que você faz, todos os minutos do

seu dia e o homem invisível tem uma lista especial de dez coisas que ele não quer que

você faça e se você fizer quaisquer destas dez coisas ele tem um lugar especial para

você cheio de fogo, fumaça, queimaduras, torturas e sofrimento, para o qual vai mandar

você para viver, sofrer, arder, sufocar, gritar e chorar para todo o sempre até o fim da

eternidade! Mas ele te ama! Ele te ama e precisa de dinheiro! Ele sempre precisa de

dinheiro! Ele é o todo-poderoso, sabe tudo e pode tudo, mas de alguma forma Ele

simplesmente não consegue administrar o dinheiro! A Religião lida com bilhões de

dólares, não pagam impostos e precisam sempre de um pouco mais. Agora, contem-me

uma enganação maior que essa - conversa fiada sagrada!

Jeorge Carlin

A MAIOR HISTÓRIA JAMAIS CONTADA

O sol. Desde o ano 10.000 A.C. abundam na história pinturas e escritos que refletem

o respeito e a adoração dos povos pelo astro-rei e é simples entender o porquê. Com o

seu aparecimento todas as manhãs trazendo a visão, calor e segurança, salvando do frio

e do breu da noite repleta de predadores. Sem ele, todas as culturas perceberam que não

haveria colheitas nem vida no planeta. Estas realidades fizeram do Sol o objeto mais

adorado de todos.

Da mesma forma, estavam também muito atentos às estrelas. As estrelas formavam

padrões que lhes permitiu reconhecer e antecipar eventos que ocorrem de tempos em

tempos tais como eclipses e luas cheias. Catalogaram grupos celestiais naquilo que

conhecemos hoje como constelações.

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Constelações

A cruz do Zodíaco, uma das mais antigas imagens da humanidade representa o

trajeto do sol através das 12 maiores constelações no decorrer de um ano. Também

representa os 12 meses do ano, as 4 estações, solstícios e equinócios. O termo Zodíaco

está relacionado com o fato de as constelações serem antropomorfizadas ou personifi-

cadas, como figuras ou animais.

As primeiras civilizações não só seguiam o Sol e as estrelas como também

personificavam-nas através de mitos envolvendo os seus movimentos e relações. O Sol

com o seu poder criador e salvador também foi personificado à semelhança de um deus

todo-poderoso conhecido como "Filho de Deus" luz do mundo, salvador da

humanidade. As 12 constelações representaram lugares de viagem para o Filho de Deus

e foram nomeados e normalmente são representados por elementos da natureza

importantes nesses períodos de tempo. Por exemplo, Aquarius, o portador de água, traz

as chuvas de Primavera.

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Cruz do Zodíaco

Hórus é o Deus Sol do Egito por volta de 3000 AC. Ele é o Sol antropomorfizado e a

sua vida é uma série de mitos alegóricos que envolvem o movimento do sol no céu. Dos

antigos hieróglifos Egípcios muito foi descoberto sobre este Messias solar. Por xemplo,

Hórus, sendo o Sol, ou a Luz, tinha como inimigo o Deus “Set”. Set era a

personificação das trevas ou noite e metaforicamente falando todas as manhãs Hórus

ganhava a batalha contra Set. Quando ao fim da tarde, Set conquistava Hórus e o

enviava para o mundo das trevas.

Batalha entre Horus e Set

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É importante frisar que "Trevas vs. Luz" ou "Bem vs. Mal" tem sido uma dualidade

mitológica onipresente utilizada de muitas formas ainda nos dias de hoje.

No geral, a história de Hórus é a seguinte: Hórus nasceu em 25 de Dezembro 3.000

A.C. da virgem Isis-Meri, o seu nascimento foi acompanhado por uma estrela ao leste,

que por sua vez, foi seguida por três reis em busca do salvador recém-nascido. Aos 12

anos, era uma criança prodígio, e aos 30 foi batizado por uma figura conhecida por

Anup e que assim começou o seu reinado. Hórus tinha 12 discípulos que viajaram com

ele, fez milagres tais como curar os enfermos e andar sobre a água, também era

conhecido por vários nomes: A Verdade, A Luz, O Filho Adorado de Deus, Bom

Pastor, Cordeiro de Deus, entre muitos outros. Depois de traído por Tifão, foi

crucificado, morto e três dias depois ressuscitou.

Estes atributos de Hórus, originais ou não parecem influenciar várias culturas

mundiais e muitos outros deuses encontrados com a mesma estrutura mitológica: Attis,

da Phyrigia, nasceu da virgem Nana em 25 de Dezembro 1200 A.C., crucificado,

colocado no túmulo, três dias depois ressuscitou; Krishna, Índia, nasceu da virgem

Devaki em 900 A.C. com uma estrela no ocidente assinalando sua chegada, fez milagres

em conjunto com seus discípulos e após a morte ressuscitou; Dionísio, da Grécia,

nasceu de uma virgem em 25 de Dezembro 500 D.C., foi um peregrino que praticou

milagres como transformar a água em vinho e é referido como "Rei dos Reis", "Filho

pródigo de Deus" e "Alpha e Omega", entre muitas outras coisas. Após sua morte,

ressuscitou; Mithra, da Pérsia, nasceu de uma virgem em 25 de Dezembro 1200 D.C.,

teve 12 discípulos, praticou milagres e após a sua morte, foi enterrado e três dias depois

ressuscitou, também era referido como "A Verdade", "A Luz", entre muitos outros.

Curiosamente, o dia sagrado de sua adoração era Domingo (Sunday = dia do sol).

Importa salientar aqui que “existiram” inúmeros salvadores em vários períodos no

mundo todo que preencheram estas mesmas características.

A questão mantém-se: por que estes atributos? Por que o nascimento a partir de uma

virgem no dia 25 de Dezembro? Por que a morte e a ressurreição após três dias? Por que

os 12 discípulos ou seguidores? Para descobrir vamos examinar o mais recente dos

messias solares.

Jesus Cristo nasceu da virgem Maria aos 25 de Dezembro em Belém (Bethlehem)

anunciado por uma estrela no Ocidente seguida por três reis para adorar o salvador.

Tornou-se pregador aos 12 anos e aos 30 foi batizado por João Batista e assim começou

o seu reinado. Jesus teve 12 discípulos com quem viajou praticando milagres como

curar pessoas, andar na água, ressuscitar mortos e também é conhecido como "Rei dos

Reis", "Filho de Deus", "Luz do Mundo", "Alpha e Omega" e "Cordeiro de Deus".

Depois de traído pelo seu discípulo Judas e vendido por 30 pratas foi crucificado,

colocado num túmulo e 3 dias depois ressuscitou e ascendeu aos céus.

Primeiro de tudo, a seqüência do nascimento é completamente astrológica. A estrela

no ocidente é Sírius, a estrela mais brilhante no céu noturno que em 24 de Dezembro

alinha-se com as 3 estrelas do cinturão de Órion. Estas 3 estrelas mais conhecidas hoje

como "As Três Marias", ainda são chamadas, como naquela época, de “Os três Reis”.

Os 3 Reis e a estrela mais brilhante, Sirius, apontam todas para o nascer do sol no dia 25

de Dezembro. Esta é a razão pela qual os Três Reis "seguem" a estrela do Leste a fim de

localizarem o local do surgimento do Sol, o nascer do Sol.

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Os 3 reis e a estrela do leste alinhados em direção ao sol.

A Virgem Maria é a constelação Virgo, também conhecida como Virgo, a virgem.

virgo em latim significa virgem. Virgo também é referência à "Casa do pão". A

representação de Virgo é uma virgem segurando um galho de trigo. Esta casa do pão

com galho de trigo representa Agosto e Setembro tempo de colheita. Traduzindo o

termo "Bethlehem" obtemos na realidade, "casa do pão", Bethlehem refere-se a

constelação de Virgo, lugar no céu, não na terra.

Constelação Virgo representada por uma virgem com um galho de trigo na mão

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Outro fenômeno muito interessante que ocorre em 25 de Dezembro é o solstício de

inverno. Do solstício de Verão ao de Inverno os dias tornam-se mais curtos e frios na

perspectiva de quem está no Hemisfério Norte, o sol parece mover-se para o sul

aparentando ficar menor e mais fraco. O encurtar dos dias e o fim das colheitas

conforme se aproxima o solstício de Inverno simbolizando a morte. Era a morte do sol.

Pelo vigésimo segundo dia de Dezembro, o falecimento do sol estava realizado. Na

verdade, o sol tendo-se movido continuamente para o sul durante 6 meses atinge o seu

ponto mais baixo no céu nesta data. Aqui ocorre uma coisa curiosa: o Sol deixa

aparentemente de se movimentar para o sul e permanece ali por 3 dias. Durante estes 3

dias de pausa o Sol reside nas redondezas da Constelação do Cruzeiro do Sul,

Constelação de Crux ou Alpha Crucis. Depois deste período, em 25 de Dezembro, o Sol

move-se 1 grau, desta vez para o norte, proporcionando dias maiores, calor e a

Primavera. E assim se diz que o Sol morreu na Cruz (cruzeiro) e esteve morto por 3 dias

apenas para ressuscitar ou nascer mais uma vez. Esta é a razão pela qual Jesus e muitos

outros Deuses do Sol partilham a idéia da crucificação, morte de 3 dias e o conceito da

ressurreição, é o período de transição do Sol antes de mudar para a direção contrária no

Hemisfério Norte, trazendo a Primavera e, assim, a salvação.

Todavia, não celebram a ressurreição do Sol até o equinócio da Primavera (Páscoa)

isto porque no Equinócio da Primavera o Sol domina oficialmente o Mal, as Trevas, à

medida que o período diurno se torna maior que o noturno proporcionando o revitalizar

da vida que emerge na Primavera.

Provavelmente a analogia mais óbvia de todas neste simbolismo astrológico são os

12 discípulos de Jesus. Eles são simplesmente as 12 constelações do Zodíaco com que

Jesus, sendo o Sol, viaja junto.

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As 12 constelações do Zodíaco com Jesus ao centro

De fato, o número 12 está sempre presente ao longo da Bíblia: "12 Tribos de Israel, 12

Filhos de Jacó, 12 Juízes de Israel, 12 Patriarcas, 12 Profetas, 12 Reis e 12 Príncipes...

Voltando à Cruz do Zodíaco, o elemento figurativo da vida é o Sol. Não era uma

mera representação artística ou ferramenta para seguir seus movimentos, era também

um símbolo espiritual pagão. Uma logografia similar a isto (imagens abaixo):

A Cruz do Zodíaco adaptada pelos cristãos

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Isto não é um símbolo do Cristianismo, é uma adaptação pagã da cruz do Zodíaco.

(Paganismo é um termo referente às diversas formas de religiosidade não judaico-

cristãs). É por isso que Jesus, em representações era mostrado com a sua cabeça na cruz

porque Jesus é o sol, Filho de Deus, a Luz do Mundo, o Salvador a erguer-se que

"voltará" assim como faz todas as manhãs, a Glória de Deus contra as trevas, que

defende todos das trevas assim como renasce todas as manhãs e que pode ser "visto

através das nuvens" "Lá em Cima no Céu", com a sua "Coroa de Espinhos" (João 5:19)

ou "raios de sol".

Jesus, em representações com a cabeça na cruz

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Coroa de espinhos (raios de sol)

Agora, das muitas metáforas astrológicas ou astronômicas na Bíblia, uma das mais

importantes tem a ver com o conceito de “Eras”. Através das escrituras há inúmeras

referências a essa "Era". Para compreender isto precisamos primeiro nos familiarizar

com o fenômeno da Precessão dos Equinócios.

Os antigos Egípcios e outras culturas anteriores reconheceram que aproximadamente

a cada 2.150 anos o nascer do Sol durante o Equinócio da Primavera ocorre num

diferente signo do Zodíaco, devido à lenta oscilação angular da Terra enquanto gira

sobre o seu eixo. É chamado de precessão porque as constelações vão para trás em vez

de permanecerem no seu ciclo anual normal. O tempo que demora cada precessão

através dos 12 Signos é de 25.765 anos. Este ciclo completo é chamado também de

"Grande Ano" e algumas civilizações ancestrais sabiam disso. Referiam-se a cada ciclo

de 2.150 anos como "Era". De 4300 A.C. a 2150 A.C. foi a "Era do Touro", de 2150

A.C. a 1 D.C. foi a “Era de Áries" e de 1 D.C. a 2150 D.C. é a “Era de Peixes”, a Era

em que permanecemos ainda nos dias de Hoje. Por volta de 2150 entraremos na nova

Era, a era de Aquário.

Eras na cruz do Zodíaco

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Agora, a Bíblia refere-se, por alto, ao movimento simbólico durante 3 Eras enquanto

se vislumbra já uma quarta. No Velho Testamento, quando Moisés desce o Monte Sinai

com os Mandamentos, ele está perturbado ao ver a sua gente adorando um bezerro

dourado. De fato, ele até partiu as pedras dos 10 mandamentos e disse a todos para se

matarem uns aos outros para se purificarem.

A maior parte dos estudiosos da Bíblia atribuem esta ira de Moisés ao fato de os

israelitas estarem adorando um falso ídolo. A realidade é que o bezerro dourado é

Taurus (Touro) e Moisés representa a nova Era de Áries, esta é a razão pela qual os

Judeus ainda hoje assopram com o chifre do carneiro. Moisés representa a nova Era de

Áries e perante esta Era todos têm de largar a Era velha. Outras divindades também

marcam esta mudança, como Mithra, um deus pré Cristão que mata o Touro, na mesma

linha simbólica.

Aries, a Era que Moisés representa

Agora Jesus é a figura portadora da Era seguinte à de Áries, a Era de Peixes, ou dos 2

peixes. O simbolismo de Peixes é abundante no Novo Testamento, assim como Jesus

alimenta 5000 pessoas com pão e "2 peixes"; no início enquanto caminhava pela

Galileia, conhece 2 pescadores que o seguem. Agora reflita se voltar a ver um adesivo

“Jesus-fish” (Jesus-peixe) nas traseiras dos carros. Poucos sabem o quê aquilo

representa de verdade. É um simbolismo astrológico pagão para o Reinado do Sol

durante a Era de Peixes. Jesus assumiu que a data do seu nascimento é a data do início

desta Era.

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Em Lucas 22:10 quando Jesus é questionado pelos discípulos quando será a próxima

passagem depois Dele ir embora, Jesus responde: "Eis que quando entrardes na cidade

encontrareis um homem levando um cântaro de água, segui-o até à casa em que ele

entrar".

Esta escritura é de longe a mais reveladora de todas as referências astrológicas. O

homem que leva um cântaro de água é Aquarius, o portador da água, que é sempre

representado por um homem a despejar uma porção de água. Ele representa a Era depois

de Peixes, e quando o Sol, Filho de Deus, sair da Era de Peixes, Jesus entrará na Casa

de Aquarius e Aquário é posterior a Peixes na precessão dos equinócios. Tudo o que

Jesus "diz" é que depois da Era de Peixes chegará a Era de Aquário.

Aquarius, representado por um homem a despejar uma porção de água

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Agora, todos já ouvimos falar sobre o fim do mundo. Esquecendo o lado cartonista

explícito no Livro do Apocalipse, a espinha dorsal nesta idéia surge em Mateus 28:20

onde Jesus diz: “ Eu estarei convosco até o fim do mundo (dos séculos)”. Contudo, na

tradução Inglesa da Bíblia, a palavra "world" (mundo) está mal traduzida, no meio de

outras más traduções. A palavra realmente usada era "aeon", que significa "Era"; Eu

estarei convosco até ao fim da era - o que é verdade, pois Jesus, como personificação

Solar de Peixes, irá acabar quando o Sol entrar na Era de Aquário.

Este conceito de fim dos tempos e do fim do mundo é uma má interpretação desta

alegoria astrológica.

Vamos dizer que aproximadamente 100 milhões de pessoas na América acreditam

que o "fim do mundo" está chegando, além disso, o fato de Jesus ser literal e

astrologicamente híbrido só demonstra o plágio do Deus-Sol Hórus do Egito que Jesus

é. Por exemplo, inscrito há 3500 anos nas paredes do Templo de Luxor no Egito estão

imagens da enunciação, da imaculada concepção, nascimento e adoração a Hórus.

Começam com o anúncio à virgem Isis de que ela irá conceber Hórus, que Nef, o

Espírito Santo, irá engravidar a Virgem, depois vem o parto e a adoração. Exatamente a

mesma história do milagre da concepção de Jesus. Na verdade, semelhanças entre a

Religião Egípcia e o Cristianismo são intrigantes.

Nascimento e adoração à Hórus

E o plágio é contínuo. A história de Noé e da sua Arca é tirada diretamente das

tradições. O conceito de dilúvio é comum a todas as antigas civilizações em mais de

200 diferentes citações em diferentes períodos de tempo. Contudo, não será preciso ir

muito além da fonte pré Cristã para encontrar a Epopéia de Gilgamesh, escrita em 2600

A.C. Ela fala sobre grandes inundações mandadas por deus, uma Arca com animais

salvos, e o libertar e o retornar da pomba. Entram em concordância com a história

bíblica, entre muitas outras semelhanças.

E depois há a história plagiada de Moisés. Sobre o nascimento de Moisés, diz-se que

ele foi colocado numa cesta de vime e lançado ao rio para evitar um infanticídio. Ele foi

mais tarde salvo pela filha de um Rei e criado por ela como um príncipe. A história

deste bebê numa cesta foi retirada do mito de Sargão de Akkad. Sargão nasceu por

volta de 2250 A.C., foi posto numa cesta de rede para evitar infanticídio e lançado ao

rio. Foi salvo e criado por Akki, uma esposa da realeza Acádia.

Moisés é conhecido como Legislador, portador dos Mandamentos e da Lei Mosaica.

A idéia de a Lei ser passada de um Deus para um profeta numa montanha é antiga.

Moisés é só um legislador na longa linha de legisladores na história mitológica. Na

Índia, Manou foi o grande Legislador, na ilha de Creta, Minos ascendeu ao Monte Ida

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onde Zeus lhe deu as Leis Sagradas, enquanto no Egito Moisés tinha nas suas pedras

tudo o que Deus lhe disse. Manou, Minos, Mises, Moses (Moisés).

E a respeito destes "Dez Mandamentos", foram todos eles plagiados do “Feitiço 125

do Livro dos Mortos” do Antigo Egito com pequenas mudanças como: "Eu Nunca

Roubei" tornou-se "Não roubarás," "Eu nunca Matei" tornou-se "Não Matarás," "Eu

Nunca Menti" tornou-se "Nunca levantarás falsos testemunhos" e por aí vai.

De fato a religião Egípcia é no fundo a base fundamental para a teologia Judaico-

-Cristã: Batismo, Vida após morte, Julgamento Final, Imaculada Concepção,

Ressurreição, Crucificação, Arca da Aliança, circuncisão, salvadores, comunhão

sagrada, dilúvio, Páscoa, Natal, Passagens, e muitas outras coisas e atributos são idéias

Egípcias, nascidas muito antes do Cristianismo ou Judaísmo.

Justin Martyr, um dos primeiros historiadores e defensores Cristãos, escreveu:

"Quando nós dizemos que Jesus Cristo, nosso mestre foi concebido sem

união sexual, crucificado, morto e que ressuscitou e ascendeu aos Céus,

nós não propomos nada de muito diferente do que vocês acreditam a

respeito dos Filhos do deus Júpiter".

Numa escrita diferente, Justin Martyr diz:

"Ele nasceu de uma virgem, aceite esta situação como o que se acredita

do deus Perseus."

É óbvio que Justin e outros cristãos logo souberam como o Cristianismo era

semelhante a outras religiões pagãs. Para isto Justin tinha uma solução:

“Até onde sabemos, o diabo fez isso.”

O diabo teve a malícia de chegar primeiro que Cristo e criar estas características no

mundo Pagão.

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Cristianismo fundamentalista. Fascinante! Eles pensam realmente que o

mundo tem apenas 12000 anos. Eu perguntei para um desses caras:

"- Ok. E os fósseis de Dinossauros?" Respondeu:

"- Fósseis de Dinossauro? Deus colocou-os lá para testar a nossa fé!"

"- Eu acho que Deus colocou você aqui para testar a Minha fé!"

Bill Hicks

A Bíblia não é nada mais do que um híbrido literário astro-teológico tal como todos

os mitos religiosos que a antecedeu. De fato, o aspecto da transferência de atributos de

umas personagens para as outras é facilmente reconhecida no próprio livro em si. No

Antigo Testamento há a história de José. José era um protótipo de Jesus. José nasceu de

um milagre, Jesus nasceu de um milagre; José tinha 12 irmãos, Jesus tinha 12

discípulos; José foi vendido por 20 peças de prata, Jesus foi vendido por 30 peças de

prata; Irmão "Judá" sugere a venda de José, o discípulo "Judas" sugere a venda de Jesus;

José começa os seus trabalhos aos 30, Jesus começa aos 30 também, os paralelismos

continuam...

Haveria algum registro não bíblico da existência de alguém chamado Jesus, filho de

Maria, que viajou com 12 seguidores e curou pessoas? Existiram muitos historiadores

que viveram no Mediterrâneo durante esse mesmo período e até mesmo após a

presumível morte de Jesus, quantos desses historiadores fizeram relatos sobre a sua

figura? Nenhum. Porém, para sermos justos, não significa que os defensores da

existência de Jesus nunca tenham reclamado o contrário. Quatro são particularmente

referidos como pioneiros sobre a teoria da existência de Jesus. Plínio “o Jovem”,

Suetónio e Tácito foram os 3 primeiros. Cada uma das suas máximas consiste apenas

em algumas frases em que na melhor das hipóteses se refere a Christus ou Cristo que na

realidade não é um nome, mas sim um título, significa “O Ungido”. A quarta fonte é

Flávio Josefus, cujos documentos ficou provado, foram falsificados séculos atrás e que

infelizmente ainda são vistos como verdadeiros.

É sensato pensar que um homem que renasceu dos mortos, ascendeu ao Reino dos

Céus diante de todos e fez tantos milagres como os que lhe são atribuídos poderia

facilmente fazer tudo isso deixando registros históricos. Não o fez porque pesadas as

evidências há grande probabilidade da figura conhecida como Jesus nunca ter existido.

A religião Cristã é uma paródia da adoração ao sol na qual colocaram

um homem chamado Cristo, prestando-lhe a adoração inicialmente

concedida ao Sol.

Thomas Paine (1737/1809)

Nós não queremos ser indelicados, mas temos que ser fatuais. Não

queremos magoar sentimentos, mas queremos ser academicamente

corretos naquilo que compreendemos e sabemos ser verdadeiro. O

Cristianismo simplesmente não é baseado em verdades. Consideramos

que o cristianismo foi apenas uma história romana, desenvolvida

politicamente.

Jordan Maxwell

Page 18: Zeitgeist - A Maior História Jamais Contada

17 ZEISTGEIST - A Maior História Jamais Contada

A realidade é que Jesus foi a divindade solar do setor gnosticista cristão, e tal como

outros Deuses Pagãos, ele era uma figura mítica. Foi o poder político estabelecido que

atribuiu status histórico à figura de Jesus objetivando controle social. Por volta 325

D.C. em Roma, o Imperador Constantino convocou o “Concílio Ecumênico de Nicéia”

e foi nesta reunião que doutrinas "cristãs" motivadas por interesses políticos foram

estabelecidas. E assim começou uma longa história "cristã" de derramamento de sangue

e fraude espiritual. E nos 1600 anos seguintes o Vaticano manteve uma política de

estrangulamento em toda a Europa conduzindo-a a um período de obscurantismo

através de eventos como as Cruzadas e a Inquisição.

Concílio Ecumênico de Nicéia

O Cristianismo, bem como todas as crenças teístas, é a fraude da Era. Serviu para

afastar os seres humanos do seu meio natural bem como uns dos outros. Sustenta a

submissão cega do ser humano à autoridade. Reduz a responsabilidade humana sob a

premissa de que Deus controla tudo e que os crimes mais terríveis podem ser

justificados em nome da perseguição Divina. E o mais importante, dá poder àqueles que

sabem a verdade, mas usam o mito para manipular e controlar as sociedades.

"A religião nunca reformará a humanidade porque religião é

escravidão"

Robert G. Ingersoll (1833-1899)

“O mito religioso é o mais poderoso dispositivo jamais criado e serve como

substrato psicológico sobre o qual outros mitos podem florescer. Um mito é uma falsa

idéia que é amplamente seguida. Num contexto mais profundo, num contexto religioso,

um mito serve como uma história orientadora e mobilizadora para as pessoas. O foco

da história não é na sua relação com a realidade e sim em sua função. Uma história

não funciona se não houver uma comunidade ou nação que acredite nela, nunca será

matéria de debate se alguém tiver o mau gosto de questionar a veracidade da história

sagrada. Os guardiães dessa fé nunca participarão num debate com eles. Os

questionadores serão ignorados, ou denunciados como blasfemos”.

David Ray Griffin

Fonte:

Documentário Zeistgeist Final Edition Parte I, A maior história jamais contada

Legendas baixadas no site www.opensubtitles.org

Google videos http://video.google.com/videoplay?docid=-2282183016528882906#