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Zine MIDIA Livre

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Organização de idéias e processos do projeto Agência Mídia Livre

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Agência Mídia Livre é uma multiplataforma de produção e difusão de conteúdos cul-turais que utiliza meios e ferramentas de baixo custo para fomentar processos de comunicação colaborativos e democráti-cos. A idéia central é: facilitar a apropria-ção da tecnologia da informação por gru-pos e agentes comunitários e potencializar ações sócio-culturais locais a partir do uso destas tecnologias.Importante mencionar que, observando a industria cultural de massa e a propa-ganda, este projeto tenta resignifi car a relação meio x mensagem e debater a

tecnocracia como um instrumento de pa-dronização criativa e de exclusão cultural.É portanto, a maneira como utilizar as fer-ramentas tecnológicas em função de uma comunicação horizontalizada e sustentá-vel, que interessa mais a esse projeto.A utilização de multimeios de comunicação, operados a partir de uma prática de labo-rátirio e em função de temáticas caras à coletividade, só vem reforçar a importân-cia da comunicação como dispositivo de materialização das lutas sociais.E é a partir disso que queremos multiplicar experiências e processos.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E LUTAS SOCIAIS

ATIVANDO LABORATÓRIOS CRIATIVOS

O conceito de cultura digital não se esgota em sí porque está constantamente em cons-trução. É portanto a presença maciça da tecnologia como mediadora das relações hu-manas que defi ne o alcance de seu enunciado e abrangência.Diz-se que no pós-guerra a tencologia de-senvolvida para processar dados inaugura a tal “era digital”.No nosso projeto a cultura digital é uma discusão que abarca todas as outras. É jus-tamente a capacidade de enviar e receber dados, democratizada pelo acesso à internet e potencializada pelos softwares livres, que amarra todo o proceso de construção do nosso projeto.As plataformas de criação em audio visual, os sistemas operacionais de código aberto, as servidoras de arquivos livres, os repo-sitórios colaborativos e a comunicabilidade instantanea de redes e grupos formam uma trama de pontos complementares que mutli-plicanm o alcance da comunicação indepen-dente em escalas surpreendentes.

Um software é considerado como livre quando atende aos quatro tipos de liberdade para os usu-ários do software defi nidas pela Free Software Foundation:

- A liberdade de executar o programa, para qual-quer propósito (liberdade no. 0);

- A liberdade de estudar como o programa funcio-na, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberda-de no. 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;

- A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade no. 2);

- A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a co-munidade se benefi cie (liberdade no. 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberda-de.

Para que essas liberdades sejam reais, elas devem ser irrevogáveis. Caso o desenvolvedor do softwa-re tenha o poder de revogar a licença, o software não é livre. A maioria dos softwares livres é licen-ciada através de uma licença de software livre, como a GNU GPL, a mais conhecida.

Informações wikipediaC

ULT

URA

DIG

ITAL

SOFTWARE LIVRE

WWW.AGENCIAMIDIALIVRE.ORGWWW.RADIOMADAMESATA.ORGWWW.EXCOLA.ORG.BRWWW.PONTAODAECO.ORGHTTP://CULTURADIGITAL.BR

Cinelerra | Kdenlive - ediçã de videosArdour | Audacity - edição de audiosGimp | Inkscape | SK1 - produção gráfi caInternet DJ Console - rádio streamveja mais >> WWW.ESTUDIOLIVRE.ORG

No site www.agenciamidialivre.org estão disponibilizados registros da montagem dos laboratórios, bem como informações sobre materiais necessários, o que se consegue com doação, reciclagem, o que são recursos fi nanceiros indispensáveis, etc.

Caso queira montar um espaço de trabalho em seu grupo ou comunidade é importante pensar em alguns detalhes básicos como:1 - caracteristicas do imóvel2 - habilidades das pessoas envolvidas3 - material e tecnologia disponíveis4 - possibilidades de parcerias na região5 - potencialidades culturais locais

Nesta iniciativa tivemos a função de ativar 05 la-boratórios de trabalho (web radio, metareciclagem, videoativo, serigrafi a/produção gráfi ca e zineria). Entendemos que essas “plataformas criativas”, so-madas à internet constituem a estrutura básica da comunicação de guerrilha - o ato de emitir mensa-gens com poucos recursos fi nanceiros, utilizando suportes inusitados, colaboração comunitaria e cunho sócio politico.

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Tão importante quanto ativar e operar laboratórios de co-municação livre está a busca por conteúdos que sirvam à coletividade. Conteúdos que não são contemplados pelos grandes veículos de comunicação e necessitam de meios que aumentam sua reprodução e alcance.A partir dessa orientação os grupos participantes do projeto discutiram e difundiram conteúdos sobre: direito à cidade e as lutas de moradia no Rio de Janeiro, os megaeventos esportivos e os impactos nas comunidades, sobre o indio Galdino incendiado vivo em 1997 e a situação indigena nas cidades,, sobre as políticas culturais, sobre cidadania LGBT e combate à homofobia, dentre outros.

As atividades aconteciam em forma de debates e reuniões onde os conteúdos eram elencados e pesquisados. A partir disso dava-se início às produções nos formatos disponívels pelo projeto com o intuito de gerar visibilidade a partir de uma comunicação multimeios.

Neste projeto, ao longo de 15 meses foram realizadas diversas ofi cinas afi m de subsi-diar grupos e pessoas que atuam em ações sócio culturais. O objetivo era reunir um conjunto de idéias e conteúdos que pudes-sem provocar os participantes a respeito da comunicação como direito humano e da tecnologia da informação como dispositivo de luta por direitos e articulaçao de redes.

Algumas ofcinas realizadas:

- produção de rádio livre- comunicação e novas tecnologias- direito à cidade- jornalismo popular- fi lmagem e edição de videos- produção gráfi ca- cultura digital- software livre- metareciclagem- circuit bending- serigrafi a e stencilRegistros em audio e video agenciami-dialivre.org

O projeto Agência Mídia Li-vre foi um dos 05 pontos de cultura premiados pela organização RioSolidário em parceria com o Sebrae RJ e a Secretaria de Cultura do

Estado como iniciativas inovadoras que forta-lecem o protagonismo de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.

Ação coletiva envolvendo pessoas, grupos e idéias que são pontos de potência no processo cultural livre e que sinalizam para outras apli-cações tecnológicas em novas bases de distri-buição.Experimentando a prática de reutilização do lixo tecnólogico, a partir de processos criativos low-tech, que diminuam o impacto desse ma-terial no meio e fomentem uma ação cultural sustentável colaborativa.

aberto para interferências...

Victor Ribeiro | André Fogliano | Cinco | MV Hemp | Léo Labomb | Adriano Belisário | Ricardo Ruiz | Flávia Vianna | Toni Monteiro | Elizabeth Serra | Woaiza Kelly | Heitor de Jesus | Chirley Vicente | George São Martinho| Silvio Oliveira | Rafael Galo | Luis Fernando Sarmento | Melisanda Trentin | Da-vid Amen | MAyxon Brum | Jeferson Cora | Tiaraju Pablo | Joannes | Tayguara Almeida | Panetone | Glerm | Sara Uchoa | Giuliano Djah Djah | Shirley Vasconcelos | Damires Texeira | DJ Mosca

OFICINAS E ARTICULAÇÃO DE REDES

conteudo

DUBF

ORGA

LDINO

conteudo

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Videoativismo é a ação de colocar a tencologia do audiovisual em função das causas sociais. roduções colaborativas, exibições em lugares públicos, cinceclubes, documentários feitos a partir de celulares e câmeras de baixo custo.

Navalha Records é uma proposta de socializar a tecnologia de produção musical disponível na rádio para fomentar a iniciativa de artistas independentes, Procura-se pensar também novas formas de distribuição musical em licenças abertas e netlabels que fortaleçam a ação de grupos comu-nitários e arte educadores.

Diistribuição pela internetProdução de coletâneas Ações de divulgação na rua

A Rádio Comunitária da Lapa

A Rádio Madame Satan surge em 1999 como uma ação de educadores populares da ong Excola com crianças e jovens em situação de rua na Lapa, centro do Rio de Janeiro.

Produção de programas educativosArticulação com outras rádios comunitáriasDifusão de artistas independentes

É um espaço de mobilização e digitialização de acervo de zines e literatura popular. O objeti-vo é articular produtores, coletivos, poetas de rua, cordelistas, xilogravuristas, ilustradores e interessados em geral, para troca de sabe-res e experiências.

Publicação de zinesPesquisa e digitalização de acervoAnimação de redes

A serigrafi a é um processo gráfi co lúdico de muita potência para a comunicação que pro-pomos. É ela, juntamente à técnica do sten-cil que viabiliza a produção de cartazes de dimensões maiores que o “imprimível” pelas máquinas A reutilização de papel, como folhas de jornal, impresos de supermercados e cartazes de publicidades eleitorais descartados na rua servem de suporte para novas impressões.

Produção de lambe-lambeProdução de camisas e estampas

Metareciclagem e Cultura Sustentável

Coleta e reutilização de e-lixo (lixo eletro-eletrônico) para fomentar um processo de apropriação tecnológica que discuta o destino e o impacto desse material no meio ambiente.Ativando meta produtos que retardem a obsolescência programada da tecnologia reinsira esse material na lógica de consumo cultural de massa.

Campanhas de conscientizaçao e mobilização de e-lixoAtivação de meta produtosAções culturais sustentaveis e colaborativas