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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS CFCH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA PPG/UFPE DOUTORADO EM GEOGRAFIA ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E CARACTERIZAÇÃO DE VÁRZEAS NA BACIA DO PAJEÚ, PERNAMBUCO TESE DE DOUTORADO Ailton Feitosa Recife 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – CFCH

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA – PPG/UFPE

DOUTORADO EM GEOGRAFIA

ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E

CARACTERIZAÇÃO DE VÁRZEAS NA BACIA DO PAJEÚ, PERNAMBUCO

TESE DE DOUTORADO

Ailton Feitosa

Recife

2012

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ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E

CARACTERIZAÇÃO DE VÁRZEAS NA BACIA DO PAJEÚ, PERNAMBUCO

Por

Ailton Feitosa

Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Área de concentração Ecossistemas e Impactos Ambientais, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), como requisito para obtenção do grau de Doutor em Geografia.

Orientador (a): Profa. Dra. Maria do Socorro Bezerra de Araújo

Recife

2012

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Catalogação na fonte

Bibliotecária Maria do Carmo de Paiva, CRB4-1291

F311z Feitosa, Ailton. Zoneamento de pequenas bacias hidrográficas e caracterização de

várzeas na Bacia do Pajeú, Pernambuco / Ailton Feitosa. – Recife: O autor, 2012.

139 f. : il. ; 30 cm. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria do Socorro Bezerra de Araújo. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Pernambuco. CFCH.

Programa de Pós–Graduação em Geografia, 2012. Inclui bibliografia.

1. Geografia. 2. Geomorfologia. 3. Sensoriamento remoto. 4. Imagens

multiespectrais. 5. Bacias hidrográficas. 6. Mapeamento ambiental. I. Araújo, Maria do Socorro Bezerra de (Orientadora). II. Título. 910 CDD (22.ed.) UFPE (CFCH2012-22)

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À

Floristela Guinhos, eterna companheira, pela dedicação e incentivo.

E, aos meus filhos Marcel e Gustavo com muito carinho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por mais essa realização na minha vida.

Aos meus pais e demais familiares, que de forma direta ou indireta

contribuíram para essa nova etapa da minha vida.

Agradeço de modo especial a minha orientadora Profa. Dra. Maria do

Socorro Bezerra de Araújo, pela confiança e orientação deste trabalho.

À Profa. Dra. Joseclêda Domiciano Galvíncio, pelo apoio e colaboração.

Ao Profo. Dr. Everardo Valadares de S. B. Sampaio e Profo. Dr. Antônio

Celso Dantas, pela colaboração.

Aos meus amigos do curso de doutorado: José Alegnoberto Leite Fechine

e Clarisse Wanderley Souto Ferreira pela dedicação e caminho que percorremos

juntos, onde tivemos a oportunidade de aprender e de conhecer mais sobre as

geotecnologias que podem ser aplicadas aos conhecimentos da Geografia.

A Tiago, Lywiston, Ewerton, Antônio Marcos, Bruno e Gleydson pela

colaboração e informações técnicas, meus sinceros agradecimentos.

Agradeço a Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) pela liberação das

minhas atividades para a realização desse curso e qualificação profissional.

Por último, gostaria de deixar minha gratidão a Fundação de Amparo a

Ciência e a Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) e ao Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo apoio

financeiro transmitido via bolsa de doutorado, para realização deste trabalho.

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RESUMO

ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E

CARACTERIZAÇÃO DE VÁRZEAS NA BACIA DO PAJEÚ, PERNAMBUCO

O zoneamento das pequenas bacias do rio Pajeú foi realizado utilizando imagens

de sensores remotos SRTM e Landsat, procedimentos de modelagem de dados

em ambiente de SIG, com emprego das ferramentas dos softwares ERDAS

Imagine 9.1 e ArcGis 9.3 e validação das informações no campo. De 467 bacias

delimitadas para análise, foram selecionados 195 casos para caracterização dos

ambientes de várzeas, através da aplicação de modelagem de dados, parâmetros

morfométricos e critérios estatísticos de erros, acurácia e correlação. A

modelagem dos dados foi realizada com critérios de extração de variáveis físicas,

classificação de dados vetorizados, segmentação e classificação de pixels, para

discriminar os níveis topográficos, a cobertura do solo e a planície de inundação

em cada área selecionada. Os parâmetros morfométricos foram determinados em

função da rede de drenagem e das variáveis morfológicas, com a aplicação de

equações propostas para determinação desses parâmetros em pequenas bacias

hidrográficas. Os critérios estatísticos empregados na validação dos resultados

foram o índice de exatidão global (EG), que teve valor de 0,89 e o índice de

Kappa (K), com valor de 0,83. Esses resultados encontrados foram considerados

excelentes para todas as imagens. Para a identificação e caracterização das

várzeas, foram utilizadas as técnicas de classificação digital da vegetação NDVI e

EVI. Este último respondeu melhor ao objetivo geral desta pesquisa, que foi

identificar e caracterizar as áreas de várzeas, para analisar e compreender seus

usos atuais e potenciais na bacia hidrográfica do rio Pajeú. A estratificação das

sub-bacias em 11 classes facilitou a classificação física e a identificação das

similaridades entre elas. As sub-bacias apresentaram baixa capacidade de

armazenamento de água no solo, em função do rápido escoamento das águas de

chuvas. As variáveis morfométricas revelaram que a densidade da rede de

drenagem, a declividade e a menor variação das cotas, junto à calha do canal

principal, foram as características que mais contribuíram na identificação e

caracterização dos ambientes de várzeas, com 94% de confiabilidade. Foram

identificadas 352 áreas de várzeas nas sub-bacias analisadas. Essas áreas são

as mais utilizadas no Pajeú, com 67% de suas terras destinadas às atividades

agrícolas. Esse fato tem contribuído para o desaparecimento da vegetação nativa

e a descaracterização da paisagem.

Palavras-chave: análise morfométrica, SIG, sub-bacia hidrográfica, modelagem de

dados morfológicos, bacia do rio Pajeú.

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ABSTRACT

ZONATION OF SMALL WATERSHED AS CHARACTERIZATION OF

FLOODPLAIN IN THE PAJEU BASIN, PERNAMBUCO

The zonation of small watershed in the Pajeú river basin was done using remote sensing

images SRTM and Landsat procedures, data modeling in a GIS environment. We used

the ERDAS Imagine 9.1 and ArcGIS 9.3 software and field validation. In amount of 467

watersheds for analysis, 195 cases were selected for floodplain environments

characterization using data modeling, morphometric parameters and statistical errors

criteria, accuracy and correlation. The modeling of the data was performed using criteria

of extracting physical variables, in vectored data classification, segmentation and

classification of pixels, to discriminate topography levels, soil covering and the floodplain

to each selected area. The morphometric parameters were determined according to the

drainage network and morphological variables using appropriately equations to

determining these in small watersheds. The statistical criteria used in validating these

results were the index of overall accuracy (EG), which was 0.89 and the Kappa index (K)

value was 0.83. These results for all images were excellent. We used the NDVI and EVI

technical digital classification of vegetation to obtain the identification and characterization

of floodplains. The EVI technical digital classification of vegetation was the better than

NDVI to the goal of this work - to identify and characterize the floodplains areas, to

analyze and understand their current and potential uses on the river basin Pajeú.

Stratification of sub-basins in 11 classes facilitated the classification and identification of

the physical similarities between them. The sub-basins showed low capacity of water

storage in the soil, due to the rapid runoff of rainwater. The morphometric variables

revealed that the density of the drainage network, slope and smaller variation of the quota,

next to the railing of the main channel, were the characteristics that contributed to the

identification and characterization of floodplains environments, with 94% reliability. We

identified 352 areas in the lowland sub-basins analyzed. These areas are the most used

in Pajeú, where 67% of their lands are used for agricultural activities which have been

contributed to the disappearance of native vegetation and landscape characterization.

Keywords: morphometric analysis, SIG, sub-basins, data modeling morphologic, river

basin Pajeú.

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SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................10

2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................12

2.1 – Zoneamento..................................................................................................13

2.2 – Sub-bacias hidrográficas...............................................................................16

2.3 – Parâmetros morfométricos............................................................................21

2.4 – Classificação das pequenas bacias em unidades homogêneas...................23

2.5 – Áreas de várzeas..........................................................................................25

2.6 – Uso do sensoriamento remoto e SIG para geração de dados superficiais...28

3 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO.................................................36

3.1 – Bacia hidrográfica do rio Pajeú.....................................................................37

3.2 – Caracterização da fisiografia .......................................................................38

3.2.1 – Clima..........................................................................................................38

3.2.2 – Geomorfologia............................................................................................43

3.2.3 – Geologia.....................................................................................................42

3.2.4 – Rede hidrográfica.......................................................................................43

3.2.5 – Vegetação..................................................................................................44

3.2.6 – Solos..........................................................................................................46

4 – METODOLOGIA APLICADA............................................................................47

4.1 – Mosaicagem das imagens orbitais para extração de dados superficiais......47

4.2 – Base cartográfica para elaboração dos mapas base....................................48

4.3 – Modelo numérico do terreno.........................................................................50

4.4 – Mapa de declividade.....................................................................................53

4.5 – Extração da rede de drenagem.....................................................................55

4.6 – Classificação dos canais de drenagem.........................................................59

4.7 – Modelo da sub-bacia hidrográfica adotado no estudo..................................60

4.7.1 – Delimitação das sub-bacias hidrográficas..................................................60

4.7.2 – Características morfológicas das sub-bacias.............................................62

4.7.3 – Caracterização morfométrica das sub-bacias............................................62

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4.8 – Dados de cobertura do solo por técnica de classificação digital dos índices

NDVI e EVI....................................................................................................69

4.9 – Identificação das áreas de várzeas...............................................................73

5 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..............................................76

5.1 – Acurácia dos dados de sensoriamento remoto na identificação dos

ambientes de várzeas....................................................................................76

5.2 – Influência das características físicas das sub-bacias na formação dos

ambientes de várzeas....................................................................................82

5.2.1 – Grau de dissecação...................................................................................82

5.2.2 – Susceptibilidade à enchentes....................................................................84

5.2.3 – Capacidade para gerar um curso de canal perene....................................88

5.2.4 – Limite geométrico da rede de drenagem...................................................89

5.2.5 – Volume de água escoado dentro das sub-bacias......................................90

5.3 – Caracterização das sub-bacias hidrográficas e suas áreas de várzeas no

semiárido, em função dos parâmetros morfométricos................................91

5.4 – Classificação e zoneamento das sub-bacias com base nas características

físicas e cobertura do solo..........................................................................96

6 – CONCLUSÃO................................................................................................115

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................117

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1 – INTRODUÇÃO

Na região do semiárido a disponibilidade de água é um fator limitante,

sendo as chuvas muito irregulares ao longo dos anos e em volumes insuficientes

para o desenvolvimento de atividades regulares no uso e ocupação da terra.

Diante dessa situação, muitos produtores rurais procuram desenvolver suas

atividades de cultivos, muitas vezes de subsistência, nos baixios úmidos das

planícies de inundação, onde a disponibilidade de água é maior.

Muitas dessas áreas têm sido classificadas como “brejos do Sertão”, por

autores como Andrade (1965, 1986), Coutinho (1988), Carvalho (1988), Melo

(1988) e Sá et al. (2004), por serem os únicos ambientes no semiárido onde a

disponibilidade de água permanece por mais tempo. Porém, são áreas pouco

conhecidas, carecendo de espacialização, quantificação e caracterização,

principalmente do ponto de vista hidrográfico, morfológico e pedológico. Diante do

pouco conhecimento das áreas úmidas do semiárido é que foi pensado este

estudo, que tem como objetivo o zoneamento das pequenas bacias hidrográficas

com vistas à caracterização de suas várzeas, nas planícies de inundações dos

canais fluviais da região.

O zoneamento das pequenas bacias hidrográficas pode ser uma boa

ferramenta para identificar, quantificar e caracterizar, no semiárido, os ambientes

de várzeas, ajudando a conhecer sua distribuição, áreas e características físicas

para o aproveitamento dos seus recursos hídricos, principalmente aqueles

voltados para a manutenção das atividades agrícolas dos produtores rurais e

manejo sustentável dos recursos naturais da região.

O estudo aqui apresentado, portanto, constitui a primeira tentativa de

compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de

dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos, na identificação

dos ambientes de várzeas no contexto das pequenas bacias hidrográficas do

semiárido, fazendo uso de modelagem de dados em ambiente de SIG, com vista

à extração de informações superficiais da topografia, hidrografia, cobertura e uso

do solo. A extração de informações dessas áreas, através de dados obtidos a

partir das técnicas de modelagem de dados de sensores remotos, pode servir de

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subsídio para a elaboração de políticas públicas voltadas à sustentabilidade dos

recursos naturais das várzeas.

O objetivo geral desta pesquisa foi identificar e caracterizar as áreas de

várzeas, para analisar e compreender seus usos atuais e potenciais na bacia

hidrográfica do rio Pajeú.

Os objetivos específicos foram:

a) Identificar e delimitar as pequenas bacias hidrográficas do rio Pajeú,

utilizando técnicas de mapeamento digital, modelagem de dados, interpretação de

imagens de sensoriamento remoto e geoprocessamento em gabinete, com vistas

à delimitação e caracterização das áreas de várzeas;

b) Realizar o mapeamento das formas de ocupação e uso do solo, também

em bases digitais, visando à construção de um banco de dados em ambiente de

SIG (Sistema de Informações Geográficas);

c) Fazer a caracterização e o mapeamento das pequenas bacias

hidrográficas e das áreas de várzeas, em relação as suas condições ambientais,

utilizando dados físicos, hidrográficos e morfométricos;

As hipóteses, que nortearam esta pesquisa foram:

a) As pequenas bacias hidrográficas de terceira ordem constituem o limite

mínimo de drenagem necessário para a formação dos ambientes de várzeas no

semiárido.

b) As áreas de várzeas são unidades geomorfológicas ao longo dos rios e

riachos, com umidade e vegetação distintas oticamente de outras áreas presentes

na planície de inundação, podendo ser delimitadas e caracterizadas em imagens

orbitais, independentemente do período de aquisição e da sazonalidade do clima.

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2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O zoneamento de recursos naturais, através de dados obtidos por

sensores remotos, aliados aos sistemas de informações geográficas, vem se

constituindo em técnica padrão com aplicação multidisciplinar. Esses dados

orbitais permite uma rápida avaliação temática, qualitativa e quantitativa a partir

da delimitação, análise e caracterização dos diversos padrões fisiográficos da

paisagem. Segundo Christofoletti (1980) tais possibilidades contribuirão para a

compreensão de sistemas complexos como as bacias hidrográficas, que sofrem

influências de entrada de energia e matéria (inputs) oriundas de diferentes

condições naturais e antrópicas.

Para que sejam estabelecidas as bases desse processo, dentro de uma

dada conjuntura da geografia física, faz-se uso da abordagem sistêmica, com

vista a uma melhor integração dos dados levantados, onde o entendimento e a

compreensão da dinâmica ambiental dos recursos naturais podem ser

representados por uma série de parâmetros físicos, que possam demonstrar sua

condição natural num dado momento.

Essa proposta de integração dos dados físicos da paisagem de uma área

está ligada aos pressupostos da visão sistêmica do meio, uma vez que possibilita

estabelecer e analisar as inter-relações e dinâmicas entre todos os elementos do

meio físico e a atividade antrópica. Nesse sentido, segundo Cunha e Mendes

(2005), a compreensão dos vínculos de dependência entre os diversos fatores do

meio, pode ser feita a partir de um conjunto de informações que se associam na

conjuntura atual de uma paisagem, onde suas partes são conhecidas e

concebidas diante de suas interações.

Com a abordagem sistêmica é possível somar uma série de elementos à

análise ambiental voltada para o zoneamento das sub-bacias hidrográficas,

centralizando métodos e aplicando instrumentos no desenvolvimento da pesquisa

numa área. Desta forma, a seguir é feita uma revisão de literatura acerca dos

temas que foram considerados de elevada relevância para este estudo.

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2.1 – Zoneamento

O zoneamento é um instrumento indispensável para o agrupamento de

unidades ambientais sob a ótica da percepção, identificação e delimitação das

características naturais e fisiográficas da paisagem, principalmente diante das

suas múltiplas associações e dinâmicas, visando ordená-la segundo suas

características e organização natural básica. Esse agrupamento tem como

objetivo principal revelar conjuntos de unidades ambientais inter-relacionadas e

relativamente homogêneas, de modo a facilitar a análise integrada da paisagem.

As unidades ambientais do zoneamento representam os recursos naturais

próprios, ou vinculados ao ar, à água, ao solo, às rochas e à vegetação que

constituem a paisagem. Além desses recursos, busca-se também identificar as

áreas de uso e influência das atividades antrópica. Segundo Ab' Saber (1987), o

processo de zoneamento exige uma série de entendimentos prévios, que possam

ser aplicados ou utilizados na compreensão da dinâmica de um determinado

espaço geográfico, exigindo no seu controle uma série de métodos, reflexões e

estratégias próprias, que possam estabelecer parâmetros para sua caracterização

dinâmica.

A definição legal do zoneamento ambiental encontra-se em Brasil (2002),

no art. 2º do Decreto 4297 de 10 de julho de 2002, que o descreve como sendo

“instrumento de organização do território em unidades naturais”. A sua

implantação deve ser obrigatória nos planos, obras e atividades públicas e

privadas, estabelecendo medidas e padrões de proteção ambiental, com vistas a

assegurar a qualidade dos recursos hídricos, do solo e da vegetação, visando à

conservação da biodiversidade para garantir o desenvolvimento sustentável e a

melhoria das condições de vida da população.

Embora só com o Decreto 4297/2002 tenha sido instituída a

obrigatoriedade do zoneamento ambiental, a Constituição Federal de 1988, no

inciso IX do artigo 21, já previa a sua execução, através de planos de

ordenamento do território e de desenvolvimento econômico e social, visando a

identificação, caracterização e espacialização dos recursos naturais e sua

respectiva paisagem (SENA, 1999). Nesse sentido, Rocha (1991) enfatizou que

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elaborar um zoneamento consiste em dividir uma área em parcelas homogêneas,

com características fisiográficas e ecológicas semelhantes, pelo fato de pretender

identificar as potencialidades específicas, ou preferenciais de cada uma delas, as

quais constituirão subespaços ou subáreas numa primeira análise, que irão surgir

basicamente, de um conjunto de interações na área.

A delimitação dessas interações será passível de um sistema de análise

integrada, sobretudo do ponto de vista cartográfico, amparado pelo grau de

correlação entre os elementos da paisagem. O que não implica, segundo Huggett

(1980) e Cunha e Mendes (2005), na aceitação de que estes não possuam

relações com outros elementos externos, mesmo que sob um grau de intensidade

menor.

É importante ressaltar, como diz Chorley (1962), que no caso das bacias

hidrográficas, os mecanismos particulares e complexos de seu funcionamento,

podem variar temporalmente de setor para setor, apresentando formas inéditas

em função de novas interferências (inputs) no seu interior. Como exemplo de

interferências é possível citar mineração, construção de barragens,

desmatamentos e atividades agrícolas, as quais constituem fonte de produção

(outputs) e geram desequilíbrios ou perdas dos recursos naturais.

Segundo a concepção de Mota (1995) e Milano (1993), o uso do

zoneamento ambiental permite que se determinem os limites de usos e ocupação

possíveis das áreas relativamente homogêneas e, que possam sofrer impactos de

caráter antropogênicos, principalmente diante dos pontos considerados de

fragilidade natural. Para tanto, é necessária a compreensão das inter-relações

que há entre as unidades da paisagem e seus condicionantes naturais, tais como

clima, cobertura vegetal, topografia, tipo de solo, sistemas de drenagem e

recursos hídricos, que devem ser estudados em conjunto, de modo a garantir que

a utilização da área seja feita de forma condicionada no sentido de causar o

menor dano ambiental. Nesse sentido, tem-se um instrumento de caráter

preventivo para a exploração e o uso de recursos naturais.

Existem tipos diversos de zoneamento, que são implantados de acordo

com o uso e a finalidade a que se destinam: ambiental, florestal, agroecológico,

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de unidades de conservação, climático e econômico. Dentre estes, o zoneamento

ambiental ganha maior destaque, principalmente por conta da sua relevância e

caráter local. Sua unidade de análise espacial básica é a sub-bacia hidrográfica,

conforme Lei nº9. 433 de 08/01/97, capítulo I, art. 1, inciso 5, da Política Nacional

dos Recursos Hídricos (PNRH/ANA, 2001). São as sub-bacias hidrográficas que

melhor representam as condições mínimas e necessárias para a compreensão do

comportamento sistêmico de uma paisagem, por comporem partes isoladas e ao

mesmo tempo integradas ao conjunto dos recursos naturais próprios ou

vinculados ao meio ambiente local.

A importância da sub-bacia hidrográfica no zoneamento ambiental é

defendida em vários trabalhos, principalmente como sendo a unidade física

ambiental de delimitação mais lógica para o planejamento do uso dos recursos

hídricos e naturais, bem como para o manejo das atividades antrópicas, visando

minimizar os efeitos dos possíveis impactos ambientais (LANNA, 1995,

COLLARES, 2000, KURTZ, 2000, ROCHA e KURTZ, 2001, ALFONSI et al., 2003,

FERRAZ et al., 2003, COSTA, 2005 e MARTINS, 2005).

Levando-se em consideração o que afirmam Rocha (1997) e Ross (1998),

a sub-bacia pode ser considerada como sendo uma unidade componente de um

sistema integrado, dos pontos de vista hídrico, geológico e geomorfológico, à

paisagem, com seus canais fluviais veiculando as saídas de matéria e energia

para a manutenção do ecossistema que representam. Podem na abordagem do

diagnóstico do meio físico, segundo Ferraz et al. (2003), ser integrada aos

diversos temas (clima, recursos hídricos superficiais e subterrâneos, geologia,

geomorfologia, pedologia e aspectos do uso e ocupação das terras),

congregando-os em um conjunto de informações e dados geograficamente

espacializados.

De modo geral, num zoneamento ambiental as informações e os atributos

componentes para uma bacia hidrográfica são: hidrográficos (drenagem, rio

principal, afluentes, tipos de canais), geomorfológicos (formas, classes,

topografia, declividade, altitudes), geológicos (estruturas, tipos de rochas),

pedológicos (solos, classes, características), climáticos (pluviosidade, tipo de

clima), biológico (tipo de vegetação) e antrópico (tipo de uso). A partir dessas

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informações, é possível fazer associações e identificar particularidades dentro de

cada uma delas, compreendendo seu funcionamento natural, de modo particular

ou associado às suas subunidades internas.

Assim, na perspectiva de análise sistêmica, a bacia hidrográfica fica

condicionada a compreensão das suas subunidades, que são as sub-bacias

hidrográficas. Estas, por sua vez, podem formar subsistemas de unidades

homogêneas, já que elas são unidades naturais da divisão da bacia em diferentes

classificações, níveis de inter-relações e dinâmicas com a paisagem local.

Segundo Antonelli e Thomaz (2007), essas unidades homogêneas são

identificadas e classificadas pelas associações de diferentes fatores, pela

combinação de diversos dados morfométricos e as semelhanças entre si.

A opção pelas sub-bacias hidrográficas, como unidades espaciais

sistêmicas para o zoneamento ambiental a nível morfológico, onde, são

individualizadas, hierarquizadas e caracterizadas, as partes que compõem a sua

estruturação física, deve-se as facilidades de análise que oferecem. Nesse

sentido, os processos naturais (geomorfológicos, pedológicos, hidrológicos,

climatológicos e biológicos) e antrópicos (uso e ocupação do solo), podem ser

caracterizados sob um determinado ponto de vista e delimitados a partir de seus

limites naturais e/ou econômicos e sociais.

Nesse sentido, a técnica do zoneamento que busca identificar as

ocorrências de determinados domínios de recursos naturais sob a ótica

morfodinâmica, pode ser aplicada com o uso de parâmetros, com vista ao

estabelecimento de padrões de análise na identificação de particularidades e

diferenças. O resultado final pode ser visto como sendo um produto metodológico

na construção de um conjunto de informações que podem ser espacialmente

distribuídos.

2.2 – Sub-bacias hidrográficas

A sub-bacia hidrográfica pode ser compreendida como uma unidade

espacial natural componente de uma bacia hidrográfica maior, descrita por suas

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características e ligada à paisagem local. Seus limites, geralmente, estão ligados

às diferenças na escala espacial de sua percepção em relação à bacia

hidrográfica.

Por constituir uma das partes integrada à bacia hidrográfica, a sub-bacia

passa a ser considerada com condições apropriadas para uma avaliação mais

realista das características e interações, entre o domínio natural dos

ecossistemas na paisagem e o processo-resposta aos inputs no meio, mediante

fluxos de matéria e energia que se processam (COSTA, 2005). Na concepção de

Tricart (1981), estas interações refletem o verdadeiro funcionamento dinâmico dos

elementos da paisagem e o comportamento do meio.

De acordo com Rocha (1997), a sub-bacia hidrográfica é a área que drena

a água de chuvas por ravinas, canais e tributários para um curso principal, com

vazão efluente e o deságue diretamente em outra bacia hidrográfica maior, tendo

dimensões superficiais que variam muito. Segundo Faustino (1996) e Silveira e

Tucci (1998), essas dimensões podem ser limitadas às áreas, maiores ou

menores que 100 km2, principalmente no contexto geo-ambiental. Esta limitação

espacial, na concepção de Netto (2007), representa uma boa e relevante

demarcação de uma área para diagnóstico e análise dos elementos da paisagem,

para fins de reconhecimento físico da bacia hidrográfica a partir de suas

particularidades fisiográficas, ou para fins de planejamento no uso e ocupação da

terra a partir de suas características hidrológicas.

A concepção de que a bacia hidrográfica transforma-se em unidade

ambiental fragmentada em subsistemas, como sendo resultado de um recorte

espacial, baseado na área de concentração de determinada rede de drenagem

dos tributários do curso d‟água principal, é aceita por muitos autores, entre eles

Grant (1994), Lanna (1995), Collares (2000), Barrella et al. (2000), Rosa (2000),

Santana (2003), Botelho (2004), Kurtz et al. (2005), pois nelas podem-se

estabelecer as melhores relações entre causa e efeito, principalmente quando

estas relações estão diretamente ligadas aos recursos hídricos.

Nesse sentido, as inter-relações entre os fatores físicos, seu

comportamento hidrológico e suas respectivas distribuições no tempo e espaço,

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comandam em grande parte a evolução e o estado morfológico da bacia

hidrográfica, o que repercute de forma direta nas suas características físicas, no

seu potencial e na sua utilização (CHRISTOFOLETTI, 1980).

Assim, classificação de bacias hidrográficas em grandes ou pequenas é

muito relativa, não sendo vista somente na sua superfície total, mas considerando

a distribuição de certos fatores do meio natural, com base na dinâmica dos

processos hidrológicos, geomorfológicos, pedológicos e biológicos, onde as

águas das chuvas e o escoamento superficial formam os riachos e rios, ou

infiltram no solo para formação de nascentes e do lençol freático (BARRELLA,

2001).

Neste contexto, as características físicas, o padrão de drenagem ou o

relevo refletem algumas das particularidades da área de influência da sub-bacia

hidrográfica no contexto da bacia hidrográfica maior, assim como a infiltração e o

deflúvio das águas das chuvas, vão expressar uma estreita correlação com a

pedologia, a estrutura geológica e a formação superficial dos elementos que

compõem a sua paisagem (PISSARA et al., 2004).

Para Christofoletti (1969), a análise dos elementos da paisagem,

relacionando-os à drenagem, ao relevo, a geologia e a cobertura vegetal, pode

levar à elucidação e compreensão de diversas questões associadas à dinâmica

ambiental local. Cabe lembrar que na determinação dos instrumentos do

zoneamento ambiental, nenhum desses elementos, tomado de modo isolado,

deve ser entendido como sendo capaz de simplificar a complexa dinâmica da

bacia hidrográfica, a qual inclusive tem magnitude temporal. Dentro desta

abordagem, as características físicas de uma bacia, segundo Villela e Mattos

(1975), Mota (1995), Rocha (2001) e Martins (2005), constituem elementos de

grande importância para avaliação de seu comportamento físico natural, com

vistas ao planejamento e o manejo de suas terras.

Sob o enfoque dos processos morfodinâmicos, Machado (2002), Santana

(2003), Calijuri e Bubel (2006) consideraram que cada sub-bacia hidrográfica

interliga-se com outra de ordem hierárquica superior, constituindo, em relação à

última, uma sub-bacia. Nesse sentido, a ordem e hierarquia da bacia estarão

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sempre relacionadas à outra de ordem superior ou inferior, cuja escala de análise

determinará suas diferenças e subdivisões. Para Brasil (1987), essa relação irá

determinar inclusive a ideia de uma microbacia hidrográfica, onde sua concepção

compreende uma área de formação natural, drenada por um curso d‟água e seus

afluentes, a montante de uma secção transversal, para onde converge toda a

água da área considerada. Porém, nessa concepção a microbacia será sempre

uma unidade espacial mínima, integrante de um sistema hidrográfico maior (bacia

ou sub-bacia), cujos limites são constituídos pelas vertentes ou divisores de água

em cada seção do canal principal.

Diante dessa complexidade, é que para se estabelecer uma boa percepção

na compreensão da bacia, sub-bacia ou microbacia hidrográfica, a utilização da

metodologia sistêmica permite estabelecer diversas correlações espaciais, entre

as condições físicas identificadas ao longo do canal principal e as características

ambientais das respectivas áreas, como relevo local, rede hidrográfica, tipos de

solos, declividade, uso e cobertura do solo, permitindo observar as inter-relações

desses componentes com o todo e suas interdependências que se queira

considerar.

Tradicionalmente, a concepção de sub-bacia hidrográfica é a mesma que

se tem observado para bacia hidrográfica, cujos conceitos se referem de modo

geral ao conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. A

delimitação da bacia hidrográfica são as regiões mais altas do relevo, onde se

formam os canais de drenagem e os divisores de água. Esses canais podem ser

também chamados de canais fluviais, por corresponderem, em muitos casos às

áreas de nascentes dos rios e seus tributários, onde o volume de água ainda é

baixo.

Nessa perspectiva, a análise sistêmica é de grande valia para a análise dos

ambientes de várzeas, sobretudo, partindo do princípio de que a organização de

um determinado cenário ambiental pressupõe a interpenetração de uma série de

fatores, que atuam como stakeholders (FREEMAN, 1984) estruturadores de um

determinado ecossistema ou geossistema, em que se insere uma determinada

paisagem.

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21

As sub-bacias hidrográficas são consideradas como sistemas abertos, pois

estão sob a influência de uma série de subsistemas onde ocorrem trocas

constantes de matéria e energia (CHORLEY, 1962). Exemplos desses

subsistemas podem ser o sistema vertente, o sistema dos canais fluviais e as

planícies de inundação, onde se formam as áreas de várzeas.

Para Huggett (1980) a concepção da sub-bacia hidrográfica como um

subsistema hidrográfico, ligado a uma unidade maior de análise ambiental, implica

na aceitação de que ela possui diferentes relações com outros elementos. Esta

constatação faz parte da observação conjunta de que todas as relações externas

de um sistema possuem grau de intensidade menor do que as internas,

notadamente, entre a bacia hidrográfica maior, o clima e a geomorfologia, sob

determinadas correlações e dinâmicas. Isso significa, segundo Cunha e Mendes

(2005), que esse complexo de elementos não pode ser compreendido somente

como uma soma, mas como resultado das relações que existem entre eles.

Nesse sentido, Kurtz et al. (2003) afirmaram que a sub-bacia hidrográfica

constitui parte de uma unidade hidrológica natural (a bacia), com dimensões

espaciais de fácil apreensão. Ela representa a unidade mais lógica para o

planejamento de recursos hídricos, permitindo que o foco das atenções se

concentre no diagnóstico das características, particularidades e potencialidades

naturais, permitindo que se tenha uma visão de conjunto dos problemas que

afetam os recursos hídricos.

Em toda sub-bacia hidrográfica é possível encontrar uma série de

elementos naturais e antrópicos em constantes inter-relações e dinâmicas

próprias. Essa constatação pode ser feita a partir da identificação dos

mecanismos particulares e complexos que interagem no seu funcionamento.

Estes mecanismos podem variar na forma temporal e espacial, de um setor para

outro, geralmente apresentando formas inéditas, principalmente em função de

novas interferências (inputs) no seu interior.

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2.3 – Parâmetros morfométricos

A análise morfométrica de bacias hidrográficas é um procedimento

metodológico que busca avaliar as condições físicas de uma bacia hidrográfica,

do ponto de vista morfológico, para que se possa classificá-la dentro de padrões e

estabelecer suas relações com outras bacias de igual situação. Com esse

procedimento é possível estabelecer a homogeneidade e o agrupamento de

determinadas bacias hidrográficas por suas afinidades físicas e naturais. Para

tanto, é necessário o conhecimento prévio de sua topografia e seu sistema

hidrológico, que são passíveis de mensurações e análises físicas.

Nas análises morfométricas, a rede de drenagem de uma área e os

elementos do relevo compostos por ela, pode ser analisada a partir da bacia

hidrográfica ou de suas subunidades (as sub-bacias). Esse procedimento

metodológico pode ser visto nos trabalhos desenvolvidos por Strahler (1952,

1957, 1958), Chorley (1962) e Chorley e Kennedy (1971) e Hack (1973), que

estabeleceram uma série de parâmetros físicos que podem ser avaliados nas

bacias hidrográficas com vistas a sua caracterização morfodinâmica. Para isso,

faz-se uso de uma série de abordagens quantitativas, para o estabelecimento de

parâmetros com base nos instrumentos, equações e abstrações matemáticas,

aplicadas aos dados obtidos com os sistemas hidrológicos.

Os elementos físicos desses sistemas hidrológicos, que são passíveis de

mensuração, correspondem ao conjunto formado pelos elementos da paisagem

local e suas variações intrínsecas de análise com sua própria área, a rede de

drenagem, o relevo e o arranjo das vertentes que o delimitam. Além desses, a

dinâmica climática e a cobertura do solo ajudam a compreender suas possíveis

variações no tempo e no espaço.

Um dos primeiros parâmetros morfométricos estabelecido dentro de um

sistema hidrológico é a rede de canais, que para Horton (1945) está diretamente

ligada a uma relação geométrica ao longo dos limites topográficos da bacia.

Diante dessa relação, é possível identificar e agrupar uma composição de bacias

hidrográficas sob as seguintes leis:

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- a) lei do número de canais – relação entre o número de canais de uma

dada ordem (n) e o número de canais de ordem imediatamente superior (n+1), até

o menor nível de base topográfica da bacia;

- b) lei do comprimento de canais – comprimento médio dos canais de cada

ordem (n) e (n+1) tende a formar uma progressão geométrica, cuja razão possui

uma relação de comprimento constante;

- c) lei da declividade de canais – relação geometricamente inversa entre a

declividade média dos canais de uma dada ordem (n) e a dos canais de ordem

imediatamente superior (n+1);

- d) lei da área da bacia e número de canais – as áreas médias das bacias

com ordem sucessivas de canais (n) e (n+1) tendem a formar uma progressão

geométrica, cuja razão de incremento da área de crescimento da bacia é

constante em relação ao número de canais.

A partir da compreensão matemática destas leis, Strahler (1952), Schumm

(1956), Strahler (1957, 1958), Chorley (1962), Christofoletti (1969), Chorley e

Kennedy (1971), Hack (1973), Christofoletti (1980), Epiphanio, et al. (1982),

Goldenfum e Tucci (1996), Cunha e Guerra (1996), Huang et al. (2001), Lana

(2001), Alves e Castro (2003), Silva et al. (2003), Pissara (2004), Tonello (2005),

Costa (2005), Cardoso et al. (2006), Costa et al. (2007), Cunha e Guerra (2007),

Lindener et al. (2007) e Antoneli e Thomaz (2007) desenvolveram vários estudos

para a identificação e análise dos sistemas hidrológicos e geomorfológicos,

contribuindo para o arranjo de novos parâmetros e interpretações, para entender

o conjunto de elementos que compõem as bacias hidrográficas e suas respectivas

subunidades (sub-bacias e microbacias).

Para realizar uma análise morfométrica, a ordenação de canais é o

primeiro passo na caracterização das bacias e/ou sub-bacias hidrográficas, cuja

finalidade é identificar os diferentes padrões geométricos (área, perímetro, forma,

altitude, etc.). Os inúmeros canais identificados serão ordenados de forma

sequencial em primeira, segunda e ordens superiores, que variam dentro da área

drenada, seguindo os critérios introduzidos por Horton (1945) e Strahler (1957).

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Para o cálculo da área, do perímetro, da altimetria e extensão dos canais fluviais

é necessário o uso de critérios geométricos e aplicações de equações

específicas. Nesse sentido, Christofoletti (1980) afirma que com estes dados pode

ser feita uma primeira análise da rede de drenagem e, por extensão, caracterizar

ambientalmente, parte da situação física da bacia hidrográfica.

Além da determinação dos índices morfométricos e o conhecimento acerca

da rede de drenagem de uma bacia hidrográfica, a caracterização física dos seus

sistemas naturais envolve o conhecimento de outros parâmetros, a exemplo dos

trabalhados por Horton (1945), Strahler (1952, 1957 e 1958), Schumm (1956),

Hack (1973), Christofoletti (1980), Alves e Castro (2003), Tonello (2005), Cardoso

et al. (2006) e Antoneli e Thomaz (2007) para entender o comportamento da

grande bacia hidrográfica e paisagem. De modo geral, as características e

particularidades das grandes bacias são influenciadas, pelo que acontece com os

canais de ordem inferior (n; n-1).

2.4 – Classificação das pequenas bacias em unidades homogêneas

A classificação das pequenas bacias hidrográficas em unidades

homogêneas pode ser vista nos estudos de Strahler (1952, 1957, 1958), Schumm

(1956), Chorley (1962) e Christofoletti (1969), quando afirmam que elas formam

subconjuntos e/ou subsistemas. Estes por sua vez, defendem ainda, que elas

mesmas são unidades naturais de divisão das terras e das grandes bacias. Nesse

sentido, pode-se por extensão, agrupá-las segundo alguns critérios (área, número

de canais, ordem do canal principal, entre outros). Nesses agrupamentos, elas

passam a ser consideradas como unidades homogêneas.

Segundo Martins (1992) e Christofoletti (2002), o pressuposto de unidades

homogêneas pode parecer um pouco contraditório, principalmente ao se tomar as

pequenas bacias como unidades primeiras de análise de uma rede hidrográfica.

Contudo, uma pequena bacia pode ser considerada como sub-bacia de um

sistema hidrográfico maior e, apresentar uma heterogeneidade significativamente

complexa. Apesar dessa situação, a unidade sub-bacia é legítima pelo fato de

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somente assim ser possível determinar sua dinâmica, particularidades e

similaridades com outros sistemas hídricos no contexto da totalidade da bacia

hidrográfica.

Nesse sentido, segundo Rocha (2001), a agregação de sub-bacias como

sendo uma representação de áreas homogêneas, se faz necessário, por um lado,

para o entendimento do complexo sistêmico que é uma grande bacia hidrográfica

e, por outro, para estabelecer critérios de análise espaciais sobre a distribuição

dos recursos naturais da paisagem numa escala de detalhe maior, com vistas ao

manejo sustentável de sistemas hidrográficos a nível local.

Para Christofoletti (2002), a classificação das pequenas bacias

hidrográficas em unidades homogêneas, facilita a interpretação de cada uma

delas dentro de determinados critérios metodológicos, principalmente com vistas

à análise da paisagem em seu conjunto. Nesse sentido, o agrupamento das

pequenas bacias hidrográficas como unidades homogêneas, propiciará a

individualização de cada uma delas dentro de um sistema maior, onde os cursos

de água, tanto quanto, as terras ocupadas por eles, sejam agrupadas em

diferentes conjuntos, a fim de se obter um quadro da situação natural da área.

Desse modo, na concepção proposta por Strahler (1952, 1957, 1958),

Schumm (1956), Chorley (1962) e Christofoletti (1969), a classificação das

pequenas bacias em subunidades de zoneamento, implica na percepção do todo

(a grande bacia) com suas partes (as pequenas bacias), da relação dessas partes

com o todo e, a própria percepção das partes como partes integrais e sistêmicas

(BERTALANFFY, 1977), concebidas como subsistemas próprios. Vista como um

procedimento na determinação de homogeneidades e heterogeneidades, tanto

estruturais e físicas, quanto funcionais e sazonais, a classificação das pequenas

bacias em unidades homogêneas permite que seus aspectos morfológicos sejam

agrupados.

Embora sejam de tamanho muito variável, as pequenas bacias refletem os

aspectos morfológicos dinâmicos e funcionais, que na concepção de Cunha e

Guerra (2004) e Cunha e Mendes (2005), são próprios para um zoneamento de

unidades sistêmicas de terra e água. Nesse sentido, a técnica do zoneamento

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pode ser aplicada com o uso de parâmetros, com vista ao estabelecimento de

padrões de análise na identificação de particularidades (ANTONELI e THOMAZ,

2007). O resultado pode ser visto como sendo um produto metodológico na

construção de uma informação espacialmente distribuída, cujas unidades, objeto

do zoneamento, são as próprias sub-bacias e suas ordens.

Para Martins (2005), esse método de zoneamento das pequenas bacias

em áreas homogêneas é um tipo de zoneamento de sub-bacias de n-ordens (n;

n+1) a ser realizado com o uso de variáveis interdependentes (geomorfologia,

pedologia, vegetação, morfometria de bacias, dentre outras), que oscilam em

torno de um padrão, com os quais se avalia a classificação das várias sub-bacias

de n-ordens (n; n+1) em áreas homogêneas dentro de uma bacia maior. De modo

particular, essa classificação deve ser idealmente de terceira ordem, por

apresentar o início de um sistema hidrográfico de canais satisfatório para se

analisar uma série de variáveis.

Por fim, a classificação das pequenas bacias em unidades homogêneas, é

uma das recomendações propostas pelo Programa Nacional de Microbacias

Hidrográficas (PNMH) (BRASIL, 1987), que foi ratificada pela Lei Federal 9.433/97

da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) (ANA, 2001), estabelecendo a

bacia hidrográfica como unidade básica territorial para enquadramento dos corpos

d‟água, sob uma única perspectiva voltada para o gerenciamento e a cobrança

pelo uso de recursos hídricos. Pressupõe-se assim, existir nos sistemas

hidrográficos um conjunto de situações que possam ser consideradas

homogêneas, tanto pela interação dos processos naturais vigentes, quanto pelas

respostas que possam dar às necessidades antrópicas.

2.5 – Áreas de várzeas

A definição de uma área de várzea é distinta da definição de bacia, já que

esta última é dada simplesmente pelos divisores de águas. Uma área de várzea

pode se estender por uma ou mais sub-bacias, ou mesmo se limitar somente a

parte de uma bacia, dependendo da análise que se faça e do seu tamanho. De

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modo geral, as várzeas são extensões de terras localizadas às margens de rios,

que nos períodos de precipitações regulares transbordam, causando enchentes e

inundações. Fato este, que as definem como sendo as “áreas da planície de

inundação de um rio”.

Em ambos os casos, a interligação dos dois sistemas hidrográficos é

indissociável, como na concepção de meio ambiente de Bertrand (2007), que

afirma ser este, percebido como uma combinação espaço-temporal de fatores

locais, que geralmente estão subordinados aos fenômenos atuantes. Apesar da

importância e da inter-relação dinâmica que há entre a bacia e o ambiente de

várzea, principalmente em relação ao comportamento natural desses ambientes,

poucos trabalhos existem sobre sua caracterização, quantificação, condições de

formação e relações com as características das áreas de seu entorno.

Um dos conceitos mais usuais para os ambientes de várzeas é de áreas de

baixada ou baixios, que se estendem dentro de bacias hidrográficas e junto ao

canal principal, representando a planície de inundação do rio. Para Agostinho et

al. (1997), as áreas de várzeas representam um dos mais importantes ambientes

de ecótonos associados aos ecossistemas aquáticos de água doce, onde há uma

grande diversidade de espécies, que são resultados de uma situação especial e

natural, que envolvem dois períodos distintos: um de cheia e outro de vazante.

A várzea favorece a formação de uma paisagem muito diversificada e com

complexos sistemas de canais, muitas vezes meândricos ao longo do curso de

rios, que de certo modo, é resultado da erosão fluvial ativa, isto é, construção e

destruição de suas margens. Os ambientes formados nessas áreas são ocupados

por uma vegetação adaptada a alagamentos periódicos e fornecem grande parte

das condições naturais que sustentam a biodiversidade local (FORSBERG et al.,

1993).

Esses ambientes, segundo Junk (1989), possuem ecossistemas

complexos, com funcionamento determinado pelos “pulsos de inundações”

decorrentes dos períodos chuvosos e das cheias a eles associados. Neles são

formados vários ambientes que estão interligados aos outros ecossistemas que

os cercam.

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No semiárido a planície de inundação não é só importante em escala

regional, mas representa um papel importante nos processos diretos e indiretos

de uso da terra em escala local, principalmente em função das suas

características peculiares de topografia e alta disponibilidade de umidade do solo,

durante boa parte do ano. A variação periódica das chuvas é o principal fator que

determina a situação ambiental dessas áreas, devido a sua relação com a baixa

declividade do curso do rio, que em épocas de cheia, extravasa o canal fluvial

proporcionando a sua inundação.

Dentro de uma bacia hidrográfica, se entende como planície de inundação,

as áreas de baixadas ou vulgarmente chamadas de várzeas, constituídas de

solos originários de deposições de materiais transportados pelo curso d‟água ou

mesmo trazidos das encostas pelo efeito erosivo das chuvas, podendo

caracterizar-se como solos aluviais ou coloniais, geralmente hidro mórficos de

fertilidade variável. Segundo Wiedmann (1999) e Gandolfi (2000), em condição

natural essas áreas são cobertas por matas ciliares ou ripárias que acompanham

os cursos d'água, cujo equilíbrio ecológico é um dos mais complexos de

ocorrências sazonais.

Nesse sentido, é possível observar, segundo Camargo (1972), Ivancko

(1985), Beltrame (1994), Gandolfi (2000), Vogt (2003), Matos (2005) e Renó

(2008), que os ambientes de várzeas influenciam as condições e características

dos rios, principalmente favorecendo a ocorrência de maiores diferenças das

condições microclimáticas a nível local, fazendo com que as temperaturas e a

umidade se tornem mais elevadas em alguns momentos e mais baixas em outros,

a depender do período e da sazonalidade.

Assim, o comportamento variável e a influência sazonal das chuvas fazem

com que o ambiente de várzea seja diferenciado e caracterizado com sendo uma

área mais complexa junto ao canal principal de um rio. Além disso, o seu

comportamento térmico, a umidade e a sua particularidade topográfica facilitam

sua identificação, caracterização e delimitação a partir de imagens de sensores

remotos, a exemplo dos resultados obtidos por Vasconcelos (2004), Novo (2005),

Anderson (2006) e Valeriano (2007).

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2.6 – Uso do sensoriamento remoto e SIG para geração de dados superficiais

A investigação e o mapeamento de recursos naturais, através de dados

obtidos por sensores remotos, vêm se constituindo em técnica padrão com

aplicação multidisciplinar, que permite fazer uma avaliação temática qualitativa e

quantitativa destes recursos de forma rápida e com boa precisão. Segundo Rocha

(2000) e Florenzano (2002), a partir da delimitação e análise dos diversos

padrões espectrais e fisiográficos observados na paisagem, as imagens de

satélite proporcionam uma visão sinóptica (de conjunto) e multitemporal (de

dinâmica) de extensas áreas da superfície terrestre.

Segundo Jensen (2000), o uso desses dados de sensoriamento remoto tem

contribuído para o estudo dos mais diversos ambientes do planeta, ajudando a

ampliar a compreensão das estruturas ecossistêmicas e de suas interações.

Dentre estes ambientes, há um interesse especial no uso de imagens de satélite

para verificar a variação espacial e temporal da composição da água, suas áreas

de ocorrências e seus padrões de drenagem. A utilização de métodos de

classificação digital para cobertura vegetal, topografia, relevo e cobertura do solo,

são outros elementos da paisagem que têm despertado muitos interesses,

principalmente em relação às suas formas, distribuições, áreas e padrões

espectrais (VASCONCELOS e NOVO, 2004).

Nesse sentido, os produtos de sensoriamento remoto, tais como imagens

de sensores orbitais (satélites), constituem importantes fontes de dados para as

análises qualitativas, quantitativas e estruturais da paisagem. Para tanto, segundo

trabalhos realizados por Sartorato (1998), Ponzoni (2002), Novo et al. (2005) e

Valeriano (2004), é possível observar que a utilização dessas imagens de satélite

para extração de lineamentos, tem sido vista como uma técnica utilizada, tanto

em análises hidrológicas, morfométricas, morfológicas, quanto morfo-estruturais.

Tal utilização constitui um importante passo nos processos metodológicos e na

construção de muitas informações, com vistas às análises multivariadas sobre os

recursos naturais e paisagens terrestres.

Para Valeriano et al. (2006), o uso de dados de sensoriamento remoto tem

apresentado muitas vantagens como recurso digital (velocidade, repetição e

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integração com outras bases de dados), proporcionando a redução de

intervenções manuais e, portanto, da subjetividade, ampliando a possibilidade de

representação paramétrica (de padrões) dos diferentes tipos de recursos naturais

com suas particularidades e diferenças. Diante dessa perspectiva, a geração de

dados superficiais a partir de imagens de sensores remotos tem sido objeto de

análise, comparação, atualização de informações da superfície terrestre e de

desenvolvimento de modelos de representação digital dos recursos naturais.

A partir de dados de sensores remotos, Mark (1984), Band (1986), Jenson

e Domingue (1988), Verdin e Verdin (1999), Valeriano (2003), Tonello (2006),

Ribeiro et al. (2008) e Merkel et al. (2008) desenvolveram estudos comparativos

referentes aos recursos hídricos, proporcionando resultados como o de

delineamento de redes de drenagem e o estabelecimento de limites de bacias

hidrográficas. Além disso, conseguiram provar que era possível calcular a

declividade e altitude, bem como verificar a direção de fluxo do escoamento

superficial para o entendimento do comportamento de sistemas de drenagem,

permitindo observar seu grande potencial na discriminação dos padrões de

recursos naturais.

Segundo Markham e Baker (1987), Bastiaanssen et al. (1998), Meneses

(2001) e Silva et al. (2005), uma das áreas do conhecimento mais importantes do

sensoriamento remoto é a radiometria espectral que, de modo geral, representa a

radiação de onda longa refletida por cada objeto localizado na superfície terrestre

que é captada pelo sensor orbital de cada banda para cada pixel da imagem,

diante do campo do espectro.

É por meio das medidas radiométricas de laboratório (ou de campo), que

se descobre com qual intensidade cada objeto ou alvo, seja um solo, um tipo de

rocha, ou uma vegetação, reflete ou emite radiação eletromagnética nos

diferentes campos (Figura 1) de comprimentos de onda do espectro

eletromagnético. Para Moreira (2003), é essa diferenciação espectral que permite

explicar como os dados de um desses objetos aparecem na imagem captada pelo

sensor nas mesmas condições ambientais.

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31

A partir do conhecimento e importância de cada um dos campos do

espectro eletromagnético apresentados na Tabela 1, é possível identificar e

analisar muitos dos componentes das paisagens nos levantamentos sobre a

cobertura do solo, a vegetação e a hidrografia, ajudando na interpretação das

condições em que esses recursos se encontram (LUCHIARI et al., 2005). Nesse

sentido, Costa e Silva (2004) enfatizaram que a aplicação de Sistemas de

Informações Geográficas (SIG) em dados de sensoriamento remoto, tornou-se

uma ferramenta poderosa que, atrelada ao uso de outros softwares de tratamento

de dados digitais e mapeamento, permite não somente maior rigor, mas também,

precisão nas análises, facilitando a representação espacial.

Tabela 1 – Campos eletromagnéticos e intervalos espectrais usados na

geração de dados por sensoriamento remoto.

Campos

Eletromagnéticos

Intervalos

Espectrais

Fontes de

Radiação

Resposta dos

Alvos Imageados

Propriedades

MedidaBandas

Visível 0,4 – 0,7 µm SolÁgua, Solo,

Vegetação.Reflectância 1, 2 e 3

Solo/Agricultura,

Água/vegetação

Infravermelho de

ondas curtas1,1 – 2,5 µm Sol

Vegetação, Solo,

Rochas.Reflectância 5 e 7

3,0 – 5,0 µm Sol Solo Reflectância -

4,5 – 5,0 µm

Corpos terrestres

com altas

temperaturas

Rochas, Solo. Temperatura -

Infravermelho

termal8,0- – 14 µm Terra

Rochas, Solos,

Vegetação, Água.Temperatura 6

Terra (passivo)Temperatura

(passivo)

Artificial (ativo)Rugosidade dos

alvos (ativo)

Reflectância

Infravermelho

médio

Microondas 1 mm – 1 m --

Infravermelho

próximo0,7 – 1,1 µm Sol 4

Fonte: Adaptação feita pelo autor a partir de Meneses (2001).

Para Santos et al. (2006), os SIG constituem uma importante estrutura em

termos de viabilização, tratamento e manipulação de dados gerados por sensores

remotos, tem possibilitado a execução de análises e aplicações de cálculos, que

variam desde a álgebra cumulativa (soma, subtração, multiplicação, divisão,

intersecção, etc.), até a álgebra não cumulativa (operações lógicas), permitindo a

elaboração de mapas temáticos (dados qualitativos), reformulações e sínteses

sobre dados ambientais disponíveis, através de um conjunto de procedimentos

computacionais, que sobre uma base de dados integrados geograficamente,

constitui-se num instrumento de grande potencial para o estabelecimento de

planos integrados de manejo e conservação do solo, da vegetação e da água.

Page 32: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

32

A finalidade principal desses SIG foi aperfeiçoar o processo de análise

quantitativa dos atributos físicos das paisagens, principalmente no que se refere à

rede de drenagem, a relevo e à cobertura do solo. A obtenção e rapidez de dados

voltados para a caracterização e análise, da situação física e ambiental de uma

área, são algumas das vantagens da modelagem de dados em ambiente de SIG.

São exemplos os trabalhos de Valeriano e Garcia (2000), Tucker et al. (2001),

Valeriano e Morais (2001), Valeriano (2005), Ganas et al. (2005) e Hott et al.

(2007), sobre análises morfométricas de bacias hidrográficas.

Uma das técnicas mais comuns de derivação de dados e extração de

atributos, com subsequente cálculo dos parâmetros físicos, é feita a partir do uso

dos MDE e da rede hidrográfica digitalizada, obtidos de cartas topográficas ou

imagens de sensores orbitais. Sobre esses dados são aplicados procedimentos e

usos de ferramentas computacionais para extrair as informações necessárias à

análise física e morfométrica de uma bacia hidrográfica.

A aplicação de novas metodologias na extração de atributos e cálculo de

parâmetros físicos a partir dos MDE associam-se outras técnicas de mensuração

de feições (formas) e fenômenos (processos) da superfície terrestre que podem

ser vistas nos trabalhos de Riffel (2006), Ruszkiczay e Rudiger (2007), Lopes

(2008), Walcott e Summerfield (2007), que defendem a obtenção e rapidez de

dados concretos e melhores resultados nas análises morfológicas e de evolução

do relevo em ambientes de SIG e não apenas em hipóteses dedutivas, como é

feita, geralmente, com dados de cartas topográficas e planialtimetricas.

Os trabalhos desenvolvidos por Tarbotton et al. (1991), Thompson (2001),

Ponzoni (2002), Dias et al. (2004), Costa (2005), Valeriano e Abdon (2007),

Luedeling et al. (2007), Fredrick et al. (2007), Berry et al. (2007), Bittencourt

(2007), Renó et al. (2008), Galetti (2010) e Renó (2011) demonstraram a

importância de dados orbitais na extração de curvas de nível, geração de Modelos

Digital de Terreno (MDE), indicação de fluxos de escoamento superficial,

delimitação de bacias hidrográficas, identificação e caracterização de cobertura

vegetal, mudanças temporais na cobertura do solo, desenvolvimento e aplicação

de modelos hidrológicos, dentre outras finalidades, que possam ser aplicáveis ao

diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos naturais.

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33

Os dados de sensoriamento remoto, também apresentam certas limitações,

muitas vezes ligadas às condições atmosféricas e declividades do terreno,

gerando imperfeições nas representações espaciais, ou mesmo, precisando ser

complementados, após tratamento digital, com outras informações já

espacializadas anteriormente, a exemplo das cartas topográficas e fotografias

aéreas.

Nesse sentido, segundo Novo et al. (2005), o estudo e a análise das áreas

suscetíveis à inundação e enchentes a partir de imagens de sensores remotos,

por manipular uma grande quantidade de dados, necessitam do uso de técnicas

que permitam o cruzamento de informações já territorialmente espacializadas,

para que seja possível comparar e mapear a variação no tempo e no espaço, da

área ocupada pelos diferentes sistemas alagáveis. Tais técnicas vão desde a

delimitação automática de bacias hidrográficas, até a aplicação de equações

específicas de cruzamento e simplificação de variáveis, para demonstração da

influência espacial de um fenômeno sobre uma área em particular.

Essas técnicas são implementadas em ambientes de Sistemas de

Informações Geográficas (SIG), com o uso de software específico, promovendo

resultados físicos relevantes, conforme verificado nos trabalhos de Mark (1984),

Band (1986), Jenson e Domingue (1988), Tarboton et al. (1991), Fairfield e

Leymarie (1991), Verdin e Verdin (1999), Turcotte et al. (2001), Vogt et al. (2003),

Jordan e Schott (2005), e Merkel et al. (2008).

No processo de delimitação automática de bacias hidrográficas em SIG,

por exemplo, são utilizadas informações de relevo, que podem ser representadas

por uma estrutura numérica de dados correspondente à distribuição espacial da

altitude e da superfície do terreno, que constitui o MDE. O MDE pode ser obtido

por meio da interpolação de curvas de nível extraídas de uma carta topográfica,

ou através de imagens de sensores remotos, a exemplo das imagens da missão

Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Podem-se citar, nesse caso, os

trabalhos desenvolvidos por Dias et al. (2004), Santos et al. (2006), Valeriano e

Abdon (2007), Luedeling et al. (2007), Fredrick et al. (2007), Berry et al. (2007) e

Rennó et al. (2008).

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Jenson e Domingue (1988) afirmaram que parâmetros hidrológicos e

morfológicos extraídos de MDE mostram-se acurados e compatíveis com aqueles

obtidos por métodos manuais, que despendem maior tempo no seu

processamento e têm detalhamento menor na sua configuração. Assim, como

Tarbotton et al. (1991) e Walker e Wilgoose (1999) descreveram como o MDE

apresenta boa correlação entre a declividade e a área de contribuição, exibindo

os pontos de inflexão que marcam o início da captação fluvial, de modo que a

rede de drenagem pode ser determinada com confiança elevada.

Nesse sentido, as feições de drenagem e divisores de água, convertidas

em vetores a partir das imagens de sensores remotos, são alvos de análises

clássicas do terreno (área, perímetro, declividade, altitude, etc.), em que se busca

a delimitação de regiões homogêneas e mais significativas na imagem, em função

do valor de cada pixel isoladamente, cuja acurácia dos dados e rapidez dos seus

resultados podem ser utilizadas de forma direta para fins de mapeamento

(VALERIANO, 2008). As regiões homogêneas serão identificadas, delimitadas e

classificadas a partir do valor do número digital (ND) de cada pixel. Para tanto, é

necessário realizar um pré-processamento dos dados da imagem utilizando-se

um processo de segmentação de forma automática com o emprego de softwares

específicos.

Segundo Barbosa (2007) e Novo (2008), uma das técnicas mais

conhecidas nesse pré-processamento é a de segmentação por crescimento de

regiões. Esta técnica baseia-se num processo interativo no qual as regiões

homogêneas (segmentos) são delimitadas nas imagens em função do seu ND a

partir do agrupamento de pixels contíguos.

Este agrupamento é baseado em algumas propriedades intrínsecas das

imagens, como a diferença de nível de cinza entre cada um dos pixels contíguos

(similaridade) e sua área (mínima) de ocorrência. Essa diferença está relacionada

à resposta do espectro eletromagnético para cada alvo na superfície imageada. O

resultado desse processo facilita a delimitação das informações na imagem em

análise, onde para cada polígono é atribuído um rótulo único de classificação e

uma cor correspondente para melhor diferenciar as regiões homogêneas,

facilitando o processo de classificação final para essas informações.

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35

O resultado é uma matriz de covariância, onde o valor do vetor das regiões

indicará as classes resultantes do processo adotado. Esta abordagem de

classificação baseada em regiões de crescimento foi utilizada com sucesso por

Alves et al. (1996), Coutinho (1997), Fonseca (2000), Vasconcelos e Novo (2004),

Matos et al. (2005), Kennedy et al. (2007) e Lindener et al. (2007) no mapeamento

da cobertura das terras em bacias hidrográficas e por Wittmann (2004), Barbosa

(2007), Rennó (2008) e Teixeira (2008) no mapeamento das áreas de várzeas e

cobertura do solo na planície de inundação Amazônica. Os valores obtidos podem

ser relacionados aos ambientes mais úmidos, excetuando-se aqueles diretamente

ligados aos corpos de águas que apresentam valores negativos ou muito

próximos da unidade.

Com a classificação das áreas homogêneas, obtida a partir do processo de

segmentação é possível identificar, segundo Matos (2005) e Barbosa (2007), as

áreas com forte influência do lençol freático e da umidade na planície de

inundação, onde ocorre forte resposta espectral em função da absorção da água

e características dos alvos imageados na superfície analisada, diante das

diferentes regiões de intervalos espectrais. A resposta espectral estará ligada à

banda espectral que for mais sensível na captura da umidade.

Procedimento semelhante pode ser visto nos trabalhos realizados pelo

RADAMBRASIL, que visaram a obtenção de dados da superfície em função das

respostas espectrais dos alvos imageados pelo sistema de sensoriamento

remoto, para fins de mapeamento da cobertura vegetal e, por extensão, do relevo.

Para tanto, a variedade de atributos usados no sistema de classificação dos alvos

refletiu a variabilidade estrutural dos tipos de vegetação e a importância da

topografia, como sendo um dos fatores determinantes no estabelecimento,

distribuição e diversidade de espécies vegetais em função da umidade na

caracterização da paisagem.

Nesse sentido, os mapas do RADAMBRASIL foram elaborados a partir das

informações espectrais em imagens de radar (sensores aerotransportados), sobre

as quais a visualização dos padrões de drenagem e a diferenciação entre áreas

de várzea e terra firme, foram facilitadas graças à geometria de aquisição e

iluminação capturada pelo sensor. Isto ocorre, segundo Wittman et al. (2004),

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porque nos ambientes de várzea, a topografia pode definir a riqueza e a

distribuição de espécies vegetais ao longo do gradiente de inundação e

sedimentação de um canal fluvial.

Relevo, topografia, geologia, hidrografia e cobertura do solo são algumas

das informações que se pode obter a partir das imagens de sensores remotos,

sendo necessário para tanto, definir os procedimentos e as finalidades dos dados

que serão gerados por técnicas específicas na captura de cada informação.

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3 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A área de desenvolvimento deste estudo é a bacia hidrográfica do rio

Pajeú, que é um dos últimos afluentes da margem esquerda do rio São Francisco,

correspondendo à chamada Microrregião do Vale do Pajeú e a Unidade de

Planejamento Hídrico UP-9, situada na porção Centro-Oeste do Estado de

Pernambuco, em plena zona de domínio da região semiárida. É delimitada pelas

coordenadas geográficas 07º 16‟ 20” e 08º 56‟ 01” de latitude sul e 36º 59‟ 00” e

38º 57‟ 45” de longitude oeste. Possuindo 355 km extensão, da nascente, até a

foz do rio Pajeú, que está localizada no lago de Itaparica no submédio do São

Francisco. Com uma área de 16.685,63 km², a bacia hidrográfica do rio Pajeú

corresponde a 16,97% do território pernambucano (Figura 1).

Figura 1 – Localização da bacia hidrográfica do rio Pajeú em Pernambuco,

Brasil.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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3.1 – Bacia hidrográfica do rio Pajeú

A bacia hidrográfica do rio Pajeú está inserida na região do semiárido

nordestino, onde o clima é seco e quente, tipo Bw‟h (classificação Köppen),

semiárido, com inverno seco e estação chuvosa irregular, variando de verão a

outono. Cerca de 80% das precipitações ocorrem na estação chuvosa e o

restante no período seco. A umidade relativa do ar é baixa, com média anual

próxima de 50% (SANTOS et al. 2007) e as temperaturas diárias oscilam de 27o a

24oC durante boa parte do ano.

A bacia limita-se ao norte, com os estados do Ceará e Paraíba, ao sul com

o grupo de bacias de pequenos rios interiores, ao leste com a bacia do rio Moxotó

e, ao oeste, com a bacia do rio Terra Nova.

Com forma alongada, 355 km extensão, perímetro de 1.041,74 km e

largura muito variada (45,4 km no alto Pajeú, 69,7 km no médio Pajeú e 104,2 km

no baixo Pajeú), a bacia apresenta um relevo variado. Destacam-se, segundo

Jatobá (1999), o Planalto da Borborema, ao norte, com altitudes que variam entre

500 e 1.168 m, e a Depressão Sertaneja, na parte centro-sul, variando de 200 a

500 m de altitude, onde, por vezes, surgem maciços residuais de estruturas

cristalinas, pertencentes ao Pré-Cambriano, englobando diversas unidades lito-

estratigráficas.

A bacia drena 29 municípios (Figura 2), sendo dezesseis deles totalmente

inseridos na bacia (Afogados da Ingazeira, Betânia, Brejinho, Calumbi, Flores,

Ingazeira, Itapetim, Quixabá, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São

José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo e Tuparetama), cinco com

a maior parte de suas áreas e sedes inseridas na bacia (Carnaíba, Floresta,

Mirandiba, Iguaraci e São José do Belmonte), quatro com parte de suas áreas

dentro da bacia (Belém do São Francisco, Carnaubeira da Penha, Custódia e

Itacuruba) e quatro com apenas uma pequena parte de suas terras inseridas na

área da bacia (Ibimirim, Salgueiro, Sertânia e Verdejante).

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Figura 2 – Divisão político-administrativa da bacia hidrográfica do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor com base no ZAPE (2001).

3.2 – Caracterização da fisiografia

3.2.1 – Clima

O clima da região da bacia hidrográfica do rio Pajeú, baseado na

classificação de Köppen, é semiárido do tipo Bw‟h‟, com estação chuvosa no

período de verão a outono e inverno seco, com temperatura média anual de 27ºC

a 34ºC. Segundo Lacerda et al. (2006), este clima está caracterizado por

apresentar uma precipitação média de 700 mm/ano, sujeito a chuvas torrenciais e

acentuada irregularidade no regime pluviométrico.

Na área de estudo, a média é de 647 mm/ano, podendo variar muito ao

longo da bacia em função da altitude. Nas áreas mais elevadas, ao norte e

noroeste da bacia, a precipitação média anual varia de 876 mm a 1168 mm. Já

nas áreas mais baixas, ao sul da bacia, a precipitação média anual varia de 375

mm a 538 mm (Figura 3).

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40

Figura 3 – Faixas das precipitações médias na bacia hidrográfica do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados pluviométricos.

A média histórica de precipitações, com base no período entre 1963 e 2007

para 23 postos pluviométricos localizados na bacia, indica que a quadra chuvosa

vai de janeiro a abril e os meses com maiores índices pluviométricos são março e

abril, com precipitações médias em torno de 112,3 mm/mês e os meses mais

secos são agosto e setembro, quando as precipitações raramente ultrapassam os

10 mm/mês.

Nos dados do período de 1963 a 2007 ocorreram duas situações de

extremas de precipitações na área de estudo. Uma em 1985, com precipitação

total anual de 1217,3 mm, consequência das chuvas ocorridas no mês de abril,

portanto, um ano atípico e muito chuvoso, com média mensal de precipitações na

quadra chuvosa de 226,7 mm/mês. A outra situação em 1998, com precipitação

total anual de 224,3 mm, portanto, um ano extremamente seco com média mensal

de precipitação na quadra chuvosa, de 39,8 mm/mês (Gráfico 1). Normalmente,

os meses de agosto a novembro são secos no semiárido e, podem ser

considerados como sendo a quadra mais seca do ano.

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Gráfico 1 – Comportamento das precipitações do ano de 1985 (chuvoso) e 1998

(seco) diante da média mensal da série histórica de 1963 a 2007 na

área da bacia hidrográfica do rio Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.2.2 – Geomorfologia

A área da bacia hidrográfica do rio Pajeú apresenta uma grande

diversidade de formas e estruturas na sua distribuição geomorfológica,

principalmente por conta da presença das grandes bacias sedimentares (Betânia,

Fátima, Mirandiba, São José do Belmonte, Jatobá) dissecadas, pouco dissecadas

e retrabalhadas; das estruturas cristalinas (Planalto da Borborema) dissecadas,

escarpadas e preservadas e, das áreas rebaixadas e de depressões (Depressão

Sertaneja). Além dessas ocorrências, a dinâmica climática da região tem um

papel fundamental nas alterações e modificações observadas nas estruturas e

formas de relevo ao longo do tempo.

Conforme o Mapa Geomorfológico (Figura 4), elaborado a partir das

informações contidas no ZAPE (2001), a área da bacia do rio Pajeú é composta

por chapadas, contrafortes (cristas), bordas (cuestas), pediplanos (encostas),

serras, serrotes, superfícies planas, suavemente onduladas, onduladas,

colinosas, dissecadas, várzeas e terraços aluviais.

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

1998

1985

Série Histórica

Ch

uva

s (m

m)

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Figura 4 – Geomorfologia da área da bacia hidrográfica do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir das informações do ZAPE (2001).

Segundo dados dos levantamentos hidro-geológicos e exploratórios do

CPRM (2004), na área conhecida como alto Pajeú, onde o substrato é mais

rochoso e composto por rochas do embasamento cristalino, ocorre um relevo

mais serrano e colinoso, por vezes intercalado por vales encaixados e

dissecados. Já na área do médio e do baixo Pajeú, ocorre o domínio da

depressão sertaneja, onde, além das estruturas cristalinas, aparece a formação

de estruturas sedimentares (Bacia de Betânia, Fátima, Mirandiba, São José do

Belmonte e Jatobá) e vales bastante dissecados.

As formas predominantes, que correspondem a uma grande parte ocupada

pelas litologias da bacia do rio Pajeú, são relevos ondulados e colinosos de

pequenas e médias estruturas, com comprimentos e altitudes variadas, onde

aparecem estruturas cristalinas, serras (ao norte, nordeste, noroeste e sudoeste)

e, vales encaixados e dissecados na porção centro-sul. Os comprimentos das

rampas dos relevos ondulados e colinosos são variados, oscilando entre 130 a

1600 m, com declividades médias de 2,5 a 14%. As serras apresentam-se com

rampas de 400 a 900 m e declividades que variam de 20 a 42%.

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3.2.3 – Geologia

A geologia regional da área da bacia hidrográfica do rio Pajeú é

representada por rochas do embasamento cristalino do Planalto da Borborema,

com predomínio de material gnaíssico-migmatítico e terrenos meta-sedimentares

da Depressão Sertaneja com boa parte constituída por litotipos metamorfizados

intercalados por superfícies pedimentares, interflúvios amplos e encostas de baixa

declividade onde as altitudes locais variam entre 400 e 600 m (CPRM, 2005).

Segundo Brito Neves et al. (1995), essas estruturas estão associadas às rochas

máficas, ultramáficas e graníticas, aparecendo em algumas áreas de pediplanos e

em formas dissecadas.

A partir das informações geológicas representadas na Figura 5, é possível

observar que na área de estudo ocorrem praticamente dois domínios

morfoestruturais na região do alto Pajeú, representados pela Província do

Planalto da Borborema e seus subtipos litólicos, com rochas gnáissicas,

metamórficas e graníticas, datadas do Pré-cambriano. O outro domínio ocorre na

região do médio Pajeú, representado pela Depressão Sertaneja, onde aparecem

os terrenos sedimentares datados do Terciário.

Figura 5 – Geologia da área da bacia hidrográfica do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor com base no ZAPE (2001) e CPRM (2005).

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3.2.4 – Rede hidrográfica

A rede hidrográfica da bacia do Pajeú possui como rio principal o rio Pajeú,

que nasce que nasce na serra do Balanço, município de Brejinho, a uma altitude

de aproximadamente 800 m, nos limites entre Pernambuco e Paraíba

(CONDEPE, 1970). O rio Pajeú é um rio de sétima ordem, com 343,21 km de

extensão e 9.896 tributários. Seu sistema de drenagem é ramificado, drenando

uma área de 16.685,63 km² (Figura 6).

Figura 6 – Rede hidrográfica da área da bacia do rio Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados do MDE.

Inicialmente, o rio Pajeú tem seu curso no sentido nordeste, depois,

nordeste-sudoeste e, em seguida para o sul, até desaguar no lago de Itaparica,

que fica na região do sub-médio do rio São Francisco. Ao longo do seu curso,

margeia as cidades de Itapetim, São José do Egito, Tuparetama, Ingazeira,

Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores, Calumbi, Serra Talhada e Floresta. Os

afluentes principais pela margem direita são os riachos Tigre, Barreira, Brejo, São

Cristóvão e Belém e, pela margem esquerda, os riachos do Cedro, Quixabá, São

Domingos, Poço do Negro e do Navio (o maior entre todos os tributários).

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Segundo Andrade (2003), toda a rede hidrográfica da bacia, incluindo o rio

principal, apresenta um regime sazonal-intermitente, com a interrupção do curso

de água no período de estiagem. Essa é uma das características marcantes dos

rios sertanejos, que está diretamente relacionada com as condições climáticas na

região, com baixos índices de pluviosidade ao longo do ano e chuvas

concentradas num curto período. Estes rios, em geral, têm leitos largos e

arenosos onde se formam lençóis de água subterrânea utilizados pela população

com a abertura de cacimbas durante os períodos de estiagem.

3.2.5 – Vegetação

A principal cobertura vegetal da bacia do rio Pajeú é representada pela

caatinga hiperxerófila que apresenta três tipos fisionômicos, conforme a hierarquia

topográfica, o relevo, o embasamento geológico, o solo e a umidade. Esses tipos

são: a caatinga arbórea, a caatinga arbóreo-arbustiva e a caatinga arbustiva

(Figura 7). Nas áreas mais elevadas, segundo Jacomine et al. (1973), surge uma

caatinga com porte mais denso e maior riqueza florística, o que possivelmente

pode ser explicado pela umidade, em relação as áreas mais rebaixadas.

A caatinga arbustiva é o tipo de vegetação natural mais representativo na

área da bacia do rio Pajeú, podendo-se perceber também, por extensão, que a

degradação da vegetação de caatinga na área é bem expressiva, principalmente

se for comparada com a representação das áreas de solo exposto (com ou sem

uso agrícola), restando poucas áreas de caatinga densa (arbórea e arbóreo-

arbustiva).

Segundo Sampaio et al. (2002), esses tipos de vegetação de caatinga

podem ser observados da seguinte forma: a caatinga arbórea tem altura variada

de oito a doze metros e árvores de ótimo porte; a caatinga arbóreo-arbustiva tem

altura de dois a cinco metros, com árvores intercaladas com arbustos e mais

aberta; a caatinga arbustiva (ou herbácea) tem menos de dois metros e plantas

rasteiras.

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Figura 7 – Vegetação natural na região da bacia hidrográfica do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor com base no EVI trabalhado.

De modo geral, a caatinga é uma vegetação que se adaptou ao clima que,

em suas múltiplas inter-relações, resulta em sistemas ecológicos bastante

variados. No período de seca, a vegetação perde as folhas. Dentre as espécies

de caatinga, várias armazenam água, como as spondias tuberosa (umbuzeiro),

que tem xilopódios nas raízes, onde guarda reservas para os tempos secos,

enquanto muitas outras têm raízes rasas, facilitando a captação de água na

superfície (SAMPAIO et al. 2002).

Em uma escala local, pouco se conhece sobre a variação da flora da

caatinga, bem como sobre a distribuição dos seus diferentes tipos fisionômicos

dentro da área. Porém, segundo dados do MMA (2002), cerca de 70% da

caatinga na região do semiárido está submetida ao antropismo em algum grau de

exploração e, destes, as áreas com extrema antropização correspondem a 35%.

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3.2.6 – Solos

No semiárido os solos apresentam fertilidade dominante de média a alta,

com profundidade muito variada, pois tanto o intemperismo das rochas, quanto à

pedogênese, são processos muito menos intensos nessa região. Para Jacomine

et al. (1973), Jacomine (1996) e Araújo (2005), há no semiárido grande

diversidade de solos, cuja origem está associada ao material geológico das

rochas cristalinas (gnáissicas, graníticas, máficas e ultramáficas) e rochas

sedimentares (arenitos).

O relevo e a intensidade da aridez, proporcionada pelo clima semiárido

durante boa parte do ano, são fatores locais que influenciam na formação e

ocorrência de diversas classes desses solos, que de modo geral, são pouco

profundos, apresentam boa fertilidade química e pH normalmente em torno da

neutralidade.

Na área da bacia hidrográfica do rio Pajeú, a distribuição das unidades de

solos pode ser observada sob dois domínios morfoestruturais. No primeiro,

relacionado com as áreas mais elevadas de domínio do Planalto da Borborema,

ocorrem de modo expressivo os Neossolos Litólicos, que são tipicamente

considerados rasos e de fertilidade natural muito variada; aparecendo também, os

Argissolos, que apresentam boa profundidade e fertilidade natural muito variada.

No segundo, representando as áreas mais planas e mais rebaixadas de domínio

da Depressão Sertaneja, ocorrem os Planossolos, com fertilidade natural variável,

os Luvissolos, que são solos rasos, e os Argissolos Vermelhos, que vão de rasos

até muito profundos (Embrapa, 2006).

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4 – METODOLOGIA APLICADA

4.1 – Mosaicagem das imagens orbitais para extração de dados superficiais

Mosaicos de imagens de satélite são representações sinóticas de

determinadas áreas com vistas à atualização de dados superficiais sobre as

diversas modalidades de uso e ocupação do solo, da área imageada pelo satélite,

visando revelar de forma fiel a situação atual dessas áreas. De modo geral, pode-

se dizer que consistem num processo de junção de duas ou mais imagens

retificadas geometricamente para formar uma imagem maior.

Inicialmente, foram obtidas as imagens de satélite Landsat-5 TM, de

órbita/ponto 215/65 e 216/65 e órbita/ponto 215/66 e 216/66, datadas de

06.10.2010 e 15.10.2010, respectivamente, com 30 metros de resolução espacial,

adquiridas junto ao INPE (2010) e imagens da Shuttle Radar Topography Mission

(SRTM), referentes às cartas SB-24-Z-C, SB-24-Z-D, SC-24-X-A, e SC-24-X-B da

EMBRAPA (2006), com resolução espacial de 90 x 90 metros e elipsoide de

referência WGS-84, compatíveis com a escala de 1:100.000, referentes à área de

estudo imageada pelo satélite. De posse deste material foi possível compilar as

informações e fazer uma caracterização prévia da área de estudo.

Com a obtenção dessas informações, foi montado um mosaico em

ambiente de SIG com emprego da ferramenta Data Prep/Mosaic Images do

software ERDAS IMAGINE 9.1 (ESRI, 2008). Realizado o mosaico, cada uma

dessas informações foi recortada de acordo com os limites geográficos da bacia

hidrográfica do rio Pajeú, para processamento de extração das curvas de nível e

suas respectivas cotas altimétricas, do tipo de uso e cobertura do solo, como

também para a extração da rede de drenagem, com o objetivo de realizar o

ordenamento de canais, segundo Horton (1945) e Sthaller (1957), para

identificação e delimitação das sub-bacias de interesse da pesquisa.

No processo de elaboração do mosaico com as imagens Landsat-5 TM,

foram utilizados como parâmetros técnicos na obtenção de informações quatro

cenas do imageamento feito pelo satélite, a composição das bandas e, depois, a

combinação das bandas espectrais 5, 4, 3/RGB em composição colorida falsa cor.

A projeção original dessas imagens foi a Datum: Projeção Geográfica (Lat/Long),

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de elipsóide: South America 1969, com escala de referência, Datum: SAD69. A

resolução espacial dessas imagens do Landsat-5 TM é de 30 metros. O tipo de

processamento adotado foi o matricial (raster) de 8 bits (1 byte por píxel) no

formato original GEOTIFF e, na saída, o formato IMG.

Na escolha das cenas das imagens utilizadas, foi adotado o critério da

sazonalidade, preferencialmente de datas do período seco, com a cobertura de

nuvens máxima de 10%, que é preponderante na determinação da qualidade

radiométrica, espectral e espacial das imagens empregadas para a extração das

informações sobre os ambientes úmidos, como as áreas de várzeas, bem como

para o uso e cobertura do solo. O perímetro da área da bacia do rio Pajeú foi

extraído da base digital do ZAPE (2001) na escala 1:100.000, compatível com a

resolução espacial das imagens do Landsat-5 TM e do SRTM.

A elaboração do mosaico com as imagens da Shuttle Radar Topography

Mission (SRTM) foi feita utilizando como parâmetro técnico a união (fusão digital)

de quatro imagens referentes as cartas da EMBRAPA (2006) no aplicativo

computacional do mesmo software ERDAS 9.1 (ESRI, 2008), para se adequar as

informações à área de delimitação política da bacia do rio Pajeú. O objetivo desse

procedimento foi limitar o tempo do processamento computacional, na geração

das informações em raster, necessárias para o modelo numérico do terreno

(MNT), elaboração do mapa de declividade, extração da rede de drenagem da

bacia e para realizar a delimitação das sub-bacias de terceira ordem. Essas

informações foram salvas em formato raster (Img.) para posterior elaboração dos

mapas base para realização do zoneamento.

4.2 – Base cartográfica para elaboração dos mapas base

A elaboração da base cartográfica com as informações planialtimetricas, da

rede de drenagem, da pedologia, da geomorfologia, da geologia, da cobertura e

uso do solo e das áreas úmidas para a identificação, delimitação e caracterização

física das áreas de várzeas, contou com a base digital das imagens de satélites

Landsat 5 TM (INPE, 2010) e SRTM (EMBRAPA, 2006), das informações em

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formato vetorial do ZAPE (2001) e do uso das ferramentas dos programas e

aplicativos dos softwares ERDAS 9.1 (ESRI, 2008) e ArcGIS 9.3 (ESRI, 2008),

procurando-se construir uma base de dados na escala 1:50.000 (com drenagens,

curvas de nível, cobertura de vegetação e água).

A base cartográfica consistiu no processamento digital das informações em

formato raster e vetorizadas a partir do processo de mosaicagem, empregando

técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, seguidas por uma

modelagem de dados utilizando o banco de dados gerado. A principal função

desta base cartográfica foi auxiliar o georeferenciamento dos mapas temáticos

para facilitar a entrada, manipulação e saída dos dados. A utilização deste banco

de dados permitiu a modelagem e a extração dos principais parâmetros físicos

que determinaram a identificação dos ambientes de várzeas.

A partir dessas informações pôde-se elaborar o modelo numérico do

terreno (MNT), o mapa de declividade, o mapa da rede de drenagem, o mapa de

vegetação e o mapa de uso e cobertura do solo da área de estudo, visando

caracterizar do ponto de vista morfológico, cada um dos ambientes de várzea

identificado na área da bacia hidrográfica do rio Pajeú.

Para confirmação da acurácia dos resultados, gerados em ambiente de

SIG, obtidos com as imagens e, visando definir a classificação final da cobertura e

uso do solo, a partir das imagens Landsat, foram realizados dois testes

estatísticos com os dados gerados em ambiente de SIG. O primeiro foi o emprego

do índice de exatidão global (EG) e o segundo o índice de Kappa (K). Segundo

Machado (2002) e Santos (2007), esses dois índices expressam a probabilidade

de uma classe de cobertura e uso do solo estar correta em relação à realidade.

A Equação 1 é utilizada para a realização do teste estatístico do índice de

exatidão global (EG):

(∑

) (1)

Em que: EG = representa o índice de acertos, ou de exatidão global para cada classe; A = o

número de pontos amostrados com acerto geral no valor de cada conjunto de pixels; e N = o

número de pontos amostrais que foram utilizados no processo de comparação feita entre a

classificação final e a imagem bruta.

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A Equação 2 é utilizada para o teste estatístico do índice de Kappa:

{[ ( ) (

)]

( )} (2)

Em que: K = representa a concordância de acertos para cada classe observada; N = número de

pontos da matriz analisada para cada classe; r = número de classes presentes na matriz; A ii = o

número de pontos amostrados com acerto geral no valor de cada conjunto de pixels da diagonal

principal; Ai+ = o total de pixels para uma dada classe observada; e A+i = o total de pixels dentro da

matriz onde há uma dada classe observada.

Para o cálculo do índice de exatidão global e de Kappa, foi necessária a

criação de 75 pontos amostrais de controle nas imagens Landsat, para gerar as

matrizes numéricas para a representação dos valores das classes de cobertura

do solo, nas análises estatísticas. As classes de cobertura do solo admitidas

foram água, vegetação densa (caatinga arbórea densa), vegetação esparsa

(caatinga arbóreo-arbustiva), vegetação aberta (caatinga arbustiva aberta), áreas

de solo exposto, áreas com pastagens e áreas com uso agrícola.

Os valores dessas classes foram obtidos das imagens adquiridas e

comparados com os resultados dos valores atribuídos com o processo de

classificação por regiões de segmentos, facilitando a análise estatística e visual

de cada uma das classes consideradas.

4.3 – Modelo numérico do terreno

O Modelo Numérico de Terreno (MNT), ou modelo digital do terreno (MDT),

é uma representação matemática computacional da distribuição de um fenômeno

espacial que ocorre dentro de uma região da superfície terrestre, a partir dos

dados de uma imagem de satélite, no qual, segundo Luedeling et al. (2007), cada

informação é representada por um pixel de valor Z, de altitude correspondente as

suas coordenadas X e Y. Esses modelos são gerados automaticamente a partir

de uma matriz (raster) de números, que tem por propósito representar a

distribuição geográfica das elevações (altitudes) por cotas (curvas de nível) do

relevo de uma determinada região.

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A partir da interpretação automática em ambiente computacional, as curvas

de nível são interpoladas com intervalos de valores iguais (Z) gerando uma Rede

Triangular Irregular (TIN), onde a elevação digital é convertida em um modelo

digital de terreno (MDT) (FONSECA et al., 2007). A partir do modelo digital do

terreno (MDT), o modelo digita de elevação (MDE) torna-se um dado matricial

(raster), onde podem ser geradas imagens para interpretação dos mapas de

hipsometria e declividade.

De modo geral, essas informações representam a variação altimétrica do

terreno Z em relação ao eixo X e ao eixo Y. Neste caso, Z representa a variável a

ser modelada, sendo Z= f(x,y) em relação ao plano geométrico do terreno (Figura

8). Os intervalos adotados nessa pesquisa foram de 10 em 10 metros de

equidistância entre as curvas de nível.

Figura 8 – Representação da variação de Z em função dos eixos X e

Y na construção dos dados da topografia.

Fonte: Adaptado pelo autor a partir do modelo de Fonseca et al. (2007)

Dessa forma, o MDT é caracterizado por um conjunto de informações de

cada pixel (Z), as quais determinam a geometria do terreno, representando uma

estrutura de dados que permite definir as relações topológicas/proximidade entre

eles, que é um elemento de grande importância, enquanto representação

numérica do terreno para os modelos de análise em hidrologia, geologia estrutural

e geomorfologia fluvial. A interpolação dessas informações é responsável pelo

processo de reconstrução da superfície do terreno (Figura 9).

Posição do dado de acordo

com o ângulo de visada do

satélite.

Informação topográfica para

cada pixel de valor Z.

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Figura 9 – Modelo numérico do terreno da bacia hidrográfica do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados do SRTM.

Por fim, em ambiente do software ArcGIS 9.3 (ESRI, 2008) , foi feita uma

composição colorida da imagem gerada para o MDE e, posterior classificação em

simbology/classified, objetivando gerar o mapa de altimetria da bacia hidrográfica

do rio Pajeú. Para tanto, foi adotado como método de classificação a “definição de

intervalo” e os zeros foram excluídos. Nesse processo, foram utilizadas curvas de

nível vetorizadas de 10 em 10 m extraídas a partir das imagens da Shuttle Radar

Topography Mission (SRTM).

A partir do MDE foi possível obter uma representação muito próxima da

topografia existente na bacia, que é necessária para obter informações sobre a

rede de drenagem na delimitação das sub-bacias hidrográficas e, também, uma

visão tridimensional de toda formação de relevo da bacia hidrográfica. Após isso,

realizou-se a conversão dessas informações para o South American Datum (SAD

1969) com o auxílio do software ArcGIS 9.3, de modo a preparar os dados para

posterior aplicação no trabalho e, com a extensão 3D Analyst do software, a

imagem foi transformada em Slope para gerar o mapa de declividade.

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4.4 – Mapa de declividade

O processo de classificação e mapeamento da declividade de uma bacia

hidrográfica representa um procedimento de grande importância na detecção das

potencialidades de utilização de seus recursos, sendo até mesmo, considerado

como variável reveladora de aptidões e limitações de uso da terra. Para tanto, é

necessário observar como as classes de declividade se apresentam, uma vez que

elas podem indicar onde os processos erosivos serão mais determinantes, bem

como os riscos que compreendem (deslizamentos, inundações e alagamentos)

em função das suas declividades.

Nesse sentido, o mapa de declividade da bacia hidrográfica do rio Pajeú foi

elaborado em duas etapas. A primeira foi a aquisição dos dados referentes às

cotas altimétricas com intervalos de valores iguais (Z) na forma de curvas de nível

(isovalores em função dos eixos X e Y) e pontos tridimensionais, enquanto

representação numérica de variação contínua no espaço. Segundo Câmara

(2005), este deve ser entendido como o espaço cartesiano representado por um

conjunto de atributos, com valores em todos os pontos e eixos pertencentes à

região geográfica em análise. Essas informações foram utilizadas para gerar um

modelo Triangulated Irregular Network (TIN) da área da bacia (Figura 10).

Na segunda etapa, a informação digital gerada com o TIN foi inserida no

módulo ArcMap do software ArcGis 9.3 (ESRI, 2008) para a interpolação e

geração do mapa de declividade. As classes de declividades foram geradas

automaticamente pelo módulo ArcMap, do mesmo software, utilizando-se a

função Slope da ferramenta 3D Analyst. Após o resultado gerado, foi feita a

classificação dos intervalos e o refinamento dos dados, que consistiu basicamente

na eliminação de eventuais depressões sombreadas geradas na interpolação.

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Figura 10 – Modelo digital de elevação da bacia hidrográfica do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados do SRTM.

Os intervalos adotados para as diferentes classes de declividade

estão dentro do limiar dos intervalos, já consagrados nos estudos de aptidão

agrícola da EMBRAPA, e associados aos valores já conhecidos dos limites

considerados críticos para geotecnia e apresentam-se compatíveis com a

análise dinâmica do relevo, conforme foram descritos por Ross (1994),

Cunha e Mendes (2005) e Cunha (2007). Esses intervalos de declividades

(Figura 11) possibilitam a identificação das áreas susceptíveis a inundações

e alagamentos e, as áreas de maior ou de menor risco de erosão de acordo

com a característica de fragilidade potencial que é inerente a cada classe de

declividade.

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Figura 11 – Classes de declividades da bacia hidrográfica do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados do SRTM.

4.5 – Extração da rede de drenagem

A rede de drenagem de uma bacia hidrográfica é composta por um

conjunto de canais de escoamento inter-relacionados, onde o arranjo espacial

pode ser influenciado no seu traçado e atividade morfogenética pela natureza e

disposição das camadas rochosas (controle estrutural), pela resistência litológica

variável (controle litológico) e pelas diferenças de declividades da área.

Nesse sentido, para a detecção da drenagem a partir do modelo digital de

elevação (MDE), o escoamento superficial foi reclassificado a partir de um limiar,

visando corrigir falhas advindas dos dados do SRTM. Para tanto, utilizou-se a

função “fill sinks” da ferramenta Hydrology do aplicativo Spatial Analyst tools do

ArcToolbox no ArcMap do ArcGIS 9.3, que considera as altitudes dos “pixels”

vizinhos para preencher os “sinks” (falhas), promovendo, assim, a geração do

MNT com informações melhores entre pontos de altitudes diferentes para a

determinação dos fluxos de direção no terreno da área da bacia. Esse primeiro

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procedimento é recomendado por Whitmann et al. (2004), Matos (2005),

Bittencourt (2007) e Rennó et al. (2008).

A partir da correção das falhas, o MNT passa a apresentar uma boa

correlação entre a declividade e a área de contribuição, exibindo os pontos de

inflexão que marcam o início da captação fluvial, de modo que a rede de

drenagem pode ser determinada com confiança elevada. Nesse sentido,

utilizando a função “flow direction” da ferramenta Hydrology do mesmo aplicativo

do processo anterior (Spatial Analyst tools do ArcToolbox no ArcMap) do ArcGIS

9.3 (ESRI, 2008), são extraídas as informações referentes à direção do

escoamento superficial da água e, a partir destes, é gerado um modelo de

acumulação dos fluxos de água para a delimitação da rede de drenagem,

tomando-se por base a linha de maior declividade do terreno.

Sobre o modelo de acumulação gerado, é possível estabelecer um limiar

mínimo de área de acumulação de fluxo, dependendo do interesse e da proposta

de trabalho utilizada, permitindo estabelecer a área mínima de captação de água

necessária à determinação da existência de um curso de água dentro da bacia.

Esse parâmetro, segundo Valeriano (2008), indica o grau de confluência e

divergência das linhas de fluxo do escoamento e, pode ser associado, aos fatores

comprimento de rampa e divisores de água.

Para Mark (1984), Mendes e Cirilo (2001) e Dias et al. (2004), o fluxo

acumulado representa a rede hidrográfica, sendo possível montar nova grade

contendo os valores de acúmulo de água em cada “pixel”.

De modo automático, cada “pixel” receberá um valor correspondente ao

número de “pixels” que contribuem para que a água chegue até ele, sendo

necessário realizar o seguinte procedimento: no ArcToolBox do ArcMap do

ArcGIS 9.3 (ESRI, 2008), utilizando o caminho Spatial Analyst Tools, chega-se até

a ferramenta Conditional e usa-se a função Con, no qual o arquivo de fluxo

acumulado gerado na etapa anterior foi inserido. Na sequência dessa função do

software, em Input true raster no Constant value foi digitado 1. Em Output raster,

o arquivo gerado foi salvo e, em Expression foi digitada a fórmula: value > 100.

Este valor determina a identificação do talvegue para cada direção de fluxo

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acumulado, criando a rede de drenagem. Quanto maior for a variação desse

valor, maior será a quantidade de feições (rampas) de drenagem a serem geradas

de forma automática.

A próxima etapa foi a de gerar a rede de drenagens em formato vetorial

(shapefile). No ArcToolBox do mesmo aplicativo do ArcMap, utilizando a

ferramenta Hydrology do caminho Spatial Analyst Tools, foi aplicada a função

Stream to Feature, no qual o arquivo Con gerado na etapa anterior foi utilizado e

em Input stream raster, o arquivo de direção de fluxo (flow direction). Dado um

destino ao novo arquivo em formato vetorial (shape) a rede de drenagem da bacia

foi automaticamente extraída (Figura 12).

Na Figura 12 é possível observar toda a rede de drenagem gerada com as

ferramentas do ArcMap do programa ArcGIS 9.3. Essas informações foram

comparadas com as cartas do IBGE (2005), para identificação do curso principal

do rio Pajeú, desde a nascente até a foz, bem como os principais canais de rios

tributários.

Figura 12 – Rede de drenagem da bacia hidrográfica do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados do SRTM.

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A delimitação da rede de drenagem mostrada na Figura 12, com os

procedimentos realizados em ambiente de SIG, foi efetuada com resultado

satisfatório, principalmente quando comparado com as cartas topográficas do

IBGE, nas quais foram consideradas todas as feições topográficas da bacia para

gerar os canais de drenagens existentes, a fim de hierarquizá-los com o emprego

da metodologia sugerida por Horton (1945) e modificada por Strahler (1952) para

classificar suas ordens (Figura 13), com o objetivo de identificar a menor ordem

de contribuição na formação dos ambientes de várzeas.

Figura 13 - Hierarquia dos canais de drenagem sugerida por Horton (1945)

e modificada por Strahler (1952).

Fonte: Elaborado pelo autor a partir das metodologias propostas por Horton

(1945) e Strahler (1952) para a classificação de uma rede de

drenagem.

Para Horton (1945), os canais de ordem superior aos de primeira, segunda

ou qualquer outra ordem, deveriam ser delimitados e hierarquizados até a

nascente principal. Com a proposta de Strahler, esses canais só devem ser

hierarquizados no momento em que um canal de ordem inferior deixa de ser o

único juntando-se a outro canal, formando um canal de ordem superior com dois

ou mais tributários de ordem sempre inferior a ele.

Proposição de

Horton (1945).

Proposição de

Strahler (1952).

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4.6 – Classificação dos canais de drenagem

A classificação dos canais de drenagem foi mais uma sequência de

procedimentos realizados no ambiente de SIG do software ArcGIS 9.3 (ESRI,

2008), a partir da rede de drenagem já gerada. No ArcToolBox do ArcMap foi

utilizado o caminho Spatial Analyst Tools para chegar até a ferramenta Hydrology

e aplicar a função Stream Link, no qual o arquivo de fluxo acumulado e fluxo de

direção já gerados foram inseridos.

A partir do raster Stream Link é possível realizar a classificação dos canais

da rede de drenagem da bacia, utilizando a função Stream Order da ferramenta

Hydrology, juntamente com as extensões do mesmo aplicativo do processo

anterior (Spatial Analyst tools do ArcToolbox no ArcMap) do ArcGIS 9.3 (ESRI,

2008). Para finalizar o procedimento, foi escolhido a método de ordenamento de

Strahler (1952) para classificar as diferentes ordens de canais dentro da bacia.

Segundo metodologia proposta por Strahler (1952), toda rede de drenagem

pode ter seus canais agrupados segundo uma hierarquia, na qual os menores

canais sem tributários são considerados de primeira ordem; os canais de segunda

ordem surgem da confluência de dois canais de primeira ordem, e só recebem

afluentes de primeira ordem; os canais de terceira ordem surgem da confluência

de dois canais de segunda ordem, podendo receber afluentes de segunda e

primeira ordens; os canais de quarta ordem surgem da confluência de dois canais

de terceira ordem, podendo receber tributários de ordens inferiores e, assim,

sucessivamente até o exutório do rio principal da bacia considerada.

Ao classificar os canais de drenagem de uma bacia hidrográfica dessa

forma, Strahler (1952) eliminou a ideia de Horton (1945), de que o rio principal

deveria ter o mesmo número de ordem em toda a sua extensão, desde a

nascente, até a sua foz, afirmando que é necessário refazer a numeração a cada

confluência de canal. Nesse sentido, pode-se dizer que a hierarquia fluvial

consiste no processo de se estabelecer a classificação de determinado curso de

água (ou da área drenada a qual pertence) no conjunto total da bacia hidrográfica.

A importância da utilização desta hierarquia é tornar mais objetiva a análise

morfométrica das bacias.

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A partir da hierarquização dos canais de drenagens da bacia do rio Pajeú

foram calculados os parâmetros morfométricos para as sub-bacia, levando-se em

consideração os dados do modelo digital de elevação (MDE). As sub-bacias de

terceira ordem foram consideradas como sendo o limite mínimo de drenagem

necessário para a identificação da formação e manutenção dos ambientes de

várzeas.

4.7 – Modelo da sub-bacia hidrográfica adotado no estudo

A sub-bacia hidrográfica adotada nesse estudo teve como limite máximo os

canais de terceira ordem (Figura 14) segundo a classificação de Strahler (1952),

com área mínima de 19 Km2 e área máxima de 80 Km2. Estes limites estão dentro

dos estabelecidos por Tucci (2003), Kurtz et al. (2005), Tonello (2006) e Netto

(2007) para pequenas bacias hidrográficas, principalmente em se tratando de

bacias rurais.

Figura 14 – Modelo da sub-bacia de terceira ordem.

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.7.1 – Delimitação das sub-bacias hidrográficas

O processo de identificação e delimitação das sub-bacias de terceira ordem

propostas no modelo anterior foi realizado em ambiente do SIG, com o auxílio do

software ArcGIS 9.3 (ESRI, 2008). A partir do processamento das informações

Sub-Bacia Hidrográfica

Canais de Ordem

Inferior (1 a e 2

a)

Canal Principal de

3a Ordem

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referentes à hierarquização da rede de drenagem, foi aplicada a metodologia

proposta por Dias et al. (2004) e Valeriano (2008), com auxílio do software ArcGIS

9.3, no qual os dados de direção de fluxo (flow direction) e fluxo acumulado (flow

accumulation), já disponíveis na base de dados de processamentos anteriores,

foram modelados na função Watershed da ferramenta Hydrology do aplicativo

Spatial Analyst tools do ArcToolbox no aplicativo ArcMap. O resultado foi a

delimitação automática das sub-bacias de primeira ordem.

Para que esse resultado fosse referente às sub-bacias de terceira ordem,

com áreas menores que 80 km2 foi realizado um procedimento de ajuste no valor

do campo da ferramenta Expression do ArcToolbox do software ArcGIS 9.3,

utilizando-se o caminho Spatial Analyst Tools para chegar até a ferramenta

Conditional e usar a função Con, na qual foi digitada a fórmula: value > 1500.

Esse valor foi o que melhor correspondeu à proposta de estudo, após vários

testes, conforme sugerido por Sobrinho et al. (2010).

O valor da área de cada sub-bacia gerada correspondeu a quantidade de

células, que foram processadas na imagem. Como cada célula da imagem do

SRTM possui valor de “pixels” de 90 m x 90 m, a área que corresponde a cada

“pixel” é equivalente a 8.100 m2, um pouco inferior a um hectare.

Das 467 sub-bacias com canais de terceira ordem, 195 foram selecionadas

com os critérios já estabelecidos para a identificação dos ambientes de várzeas.

Na sequência, essas sub-bacias foram convertidas de raster para o formato

vetorial (shape), utilizando a função “raster to polygon” da ferramenta “from raster”

do aplicativo “Conversion Tools”, da extensão Spatial Analyst tools do ArcToolbox

no ArcMapI do software ArcGis 9.3.

As sub-bacias de terceira ordem foram identificadas e estratificadas,

visando estabelecer suas características, particularidades e similaridades na

construção de um banco de dados para auxiliar nos trabalhos de zoneamento. Em

formato vetorial foi possível modelar os dados de cada uma das sub-bacias para

caracterizar os padrões físicos (área, perímetro, comprimento, largura, forma,

número de canais) e morfológicos (relevo, rugosidade, grau de dissecação)

estabelecendo suas particularidades e homogeneidades.

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63

4.7.2 – Características morfológicas das sub-bacias

A caracterização morfológica das sub-bacias hidrográficas consistiu na

descrição do domínio da paisagem em função do clima, topografia, geologia,

geomorfologia, hidrografia, vegetação, pedologia e tipos de ocupação do solo. Ao

nível local, essas informações podem revelar parâmetros de suas particularidades

naturais na formação e manutenção dos ambientes de várzeas, que não podem

ser observados a nível macro, como ocorre nas grandes bacias.

Área, perímetro, forma, rede de drenagem e declividade são algumas das

informações necessárias para conhecer o comportamento hidrológico de cada

sub-bacia, auxiliando de modo geral na identificação de suas características

morfológicas. Nesse sentido, Christofoletti (1980), Cunha (2007) e Antoneli e

Thomaz (2007) afirmaram que as bacias hidrográficas são verdadeiros sistemas

naturais compostos por elementos físicos passíveis de mensuração, com suas

próprias particularidades e arranjos superficiais, que são passíveis de variações

no tempo e no espaço.

A partir dessas considerações, foi possível aplicar uma série de

procedimentos técnicos em ambiente de SIG, para a modelagem de dados e

extrair todas as informações necessárias à caracterização física e morfológica das

sub-bacias, visando aplicar as equações que definem os seus padrões

morfométricos com vista à identificação dos ambientes de várzea no semiárido,

independente do seu tamanho dentro da variação de área considerada.

4.7.3 – Caracterização morfométrica das sub-bacias

As análises morfométricas foram realizadas a partir dos dados referentes à

rede de drenagem da área de cada uma das sub-bacias, visando identificar e

classificar os elementos do relevo composto por elas. Para isso, fez-se uso de

uma série de abordagens metodológicas e quantitativas para o estabelecimento

de padrões físicos que facilitassem a identificação e caracterização das suas

áreas. Esses padrões foram obtidos com o emprego de instrumentos de

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64

medições, software, equações e abstrações matemáticas aplicadas na construção

dos dados obtidos com o sistema hidrográfico.

Os sistemas hidrográficos são compostos por elementos físicos passíveis

de mensuração e correspondem ao objeto de estudo, que tem como elementos

de análise, sua própria área, a rede de drenagem e o arranjo das vertentes que o

delimitam (neste caso o relevo). Além desses, a dinâmica climática e a cobertura

do solo ajudam a entender suas possíveis variações no tempo e no espaço, com

propósito de se considerar a ocorrência e a formação de ambientes singulares, a

exemplo das várzeas no semiárido.

Para a obtenção de variáveis morfométricas foram determinados os

parâmetros topográficos (altitudes, declividades, comprimentos de rampa) e

morfológicos (relevo, rugosidade, rede de drenagem, número de canais) para as

sub-bacias de terceira ordem. O uso de parâmetros morfométricos (Tabela 2) na

caracterização de bacias hidrográficas é defendido por Christofoletti (1980),

Rocha (1997), Collares (2000), Teixeira e Cruz (2005) e Cunha (2007).

Tabela 2 – Parâmetros morfométricos calculados nas sub-bacias.

Características Físicas PARÂMETROS EMPREGADOS

Área de drenagem (km2) A=L.Lt

Perímetro (km) P= Σ(p1+p2+p3+...Pn)

Comprimento do canal principal (km) Lc= Σ(lnu) (Horton, 1945)

Comprimento total da rede de drenagem (km)

Lt= Σ(lnu,nu+1) (Horton, 1945)

Ordem do canal principal Método de Strahler (1952)

Declividade máxima (%) Dmax=(Ip/L).100 (Horton, 1945)

Declividade média (%) Dm=(Ip-Dmin).100 Strahler (1958)

Declividade mínima (%) Dmin={(Cotmax.L)/1000}.100

Altitude máxima (m) H= Hmax Strahler (1952)

Altitude média (m) Hm=Hmax-Hmin Strahler (1952)

Altitude mínima (m) h= Hmin Strahler (1952)

Densidade de drenagem (km/km2) Dd=Lt/A (Horton, 1945)

Densidade de rios (no/km

2) Dr=N/A (Christofoletti, 1980)

Fator forma (km2) F= A/L

2

Coeficiente de compacidade (Km2) Kc= {(0,282.P)/√A}

Índice de circularidade (Km2) Ic= {(12,57.A)/P

2}

Bifurcação (no/km

2) Rb= (Nu/Nu+1) (Horton, 1945)

Índice de rugosidade (Km2) Ir= Dd/Hm Strahler (1958)

Índice de Pendente (m) Ip={(Cotmax-Cotmin)/L}

Coeficiente de Massividade (m) Cm= Hm/A

Coeficiente de manutenção (Km2) Cmt= {(1/ Dd).1000} Schumm (1956)

Coeficiente Orográfico (m) Co=Hm.Cm

Fonte: Elaborada pelo autor.

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65

As características físicas, os parâmetros morfométricos e as equações

apresentadas na Tabela 2, foram utilizados para a obtenção dos dados referentes

aos atributos físicos de cada sub-bacia de terceira ordem. Área, perímetro,

comprimento e largura da sub-bacia, comprimento e número de canais,

declividades e altimetria foram informações obtidas para cada uma das áreas

delimitadas pelas sub-bacias a partir das informações extraídas do MDE e

modeladas em ambiente de SIG com emprego das ferramentas e aplicativos do

software ArcGIS 9.3.

Com a obtenção dos atributos físicos foram determinados os parâmetros

morfométricos de todos os 195 sistemas de drenagem, de acordo com a proposta

de Christofoletti (1980), Rocha (1997), Collares (2000), Teixeira e Cruz (2005) e

Cunha (2007), com a finalidade de identificar e caracterizar os ambientes de

várzeas em escala de 1:50.000 nas sub-bacias de terceira ordem. A classificação

do relevo, o grau de dissecação, o tipo de escoamento, o limite geométrico, a

capacidade de recarga e o tipo de várzea (úmida ou seca) foram outras

informações obtidas com a análise dos resultados morfométricos.

Os parâmetros morfométricos calculados para cada uma das 195 sub-

bacias são aqueles relativos a rede de drenagem: área (A), perímetro (P),

comprimento da rede de drenagem (Lt), número de segmentos de canais (N; N+1;

N-1), densidade de drenagem (Dd), densidade de rios (Dr), fator forma (F),

bifurcação entre canais (R), extensão de percurso superficial (L) e coeficiente de

manutenção (Cm). Também estão de acordo com os relativos ao relevo: menor

altitude (h), maior altitude (H), declividade (Dmin; Dm; Dmax), índice de sinuosidade

(Is), coeficiente de rugosidade (R), coeficiente orográfico (Co), índice de

pendência (Ip), tipo de escoamento (Es) e capacidade de recarga (Cr).

Além dessas variáveis listadas anteriormente, para a identificação da

influência da drenagem e do relevo na formação dos ambientes de várzeas, foram

calculados o limite geométrico da rede de drenagem (km2), a frequência da

densidade de drenagem (no/km2), coeficiente angular (%), o raio de influência da

rede drenagem (km2) e o volume do escoamento superficial dentro das sub-bacias

(mm/km2).

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66

O limite geométrico da rede de drenagem ou, limite geométrico dos canais,

é uma relação que pode ser feita entre a área drenada, a largura e o comprimento

da bacia, considerando que ela seja um retângulo geométrico perfeito, aplicando-

se as Equações (3) e (4):

(3)

Em que: Fr = é a frequência da densidade de drenagem para o limite geométrico, dada pela razão

entre o seno da densidade de drenagem (Dd) e a própria densidade de drenagem.

( ) (

) (4)

Em que: Lg = é o limite geométrico; Fr = a frequência da densidade de drenagem na bacia; Lt =

comprimento total dos canais da bacia.

A partir do limite geométrico da rede de drenagem de cada sub-bacia foi

possível calcular o raio de influência da rede de drenagem. O valor desse raio

serve para compreender a capacidade máxima de drenagem dos canais da sub-

bacia na formação dos ambientes de várzeas. Quanto maior é o ângulo descrito

desse raio, maior são o escoamento e a capacidade de drenagem. Essa relação

facilita na compreensão do papel da área e do comprimento na dinâmica do

escoamento superficial (Figura 15).

Figura 15 – Esquema do limite geométrico de uma sub-bacia hidrográfica.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Canais de

drenagem Largura

Altura

Exutório

Raio

Raio Raio

Declividade

Altura

Influência da

Declividade

Menor

Maior

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O raio de influência da rede de drenagem é um bom indicador de sub-

bacias hidrográficas, com áreas mais úmidas e redes mais extensas, em função

do comprimento, da declividade e do escoamento. Para tanto, aplicou-se a

Equação (5) e, depois, foi calculada a tangente do valor encontrado. Os valores

negativos indicam deficiência, menor limite geométrico e maior estado de erosão.

Os valores positivos indicam sub-bacias mais susceptíveis a maior capacidade de

drenagem dos canais e, portanto, maior concentração de água junto ao seu canal

principal e áreas mais úmidas.

(

) [(

) ] (5)

Em que: R = raio de influência da drenagem; A = área da bacia; P = perímetro da bacia; Ic = índice

de circularidade; Lg = limite geométrico da bacia.

O escoamento superficial das águas de chuvas em uma bacia pode ser

relacionado, de modo geral, ao tipo de domínio do relevo e da cobertura de

vegetação ao longo da área. Segundo Pruski et al. (2003), as áreas com relevos

mais planos e rugosos apresentam escoamento mais lento, contrapondo-se com

áreas de relevo mais íngremes que tendem ao escoamento mais rápido. Do

mesmo modo, Gogo et al. (2003) afirmaram que se pode associar a cobertura do

solo ao ritmo do escoamento superficial, sendo as áreas com cobertura de

vegetação mais propensas ao escoamento lento, contrapondo-se com áreas de

solos descobertos, onde o ritmo do escoamento é mais rápido.

Para a obtenção dos valores de escoamento superficial direto em cada

sub-bacia utilizou-se o cálculo da Curva Número (CN) (SCS, 1972) e os valores

da Tabela 3, correspondentes aos diferentes Grupos Hidrológicos de Solos

(GHS), visando estabelecer o valor de CN como sendo um parâmetro de

adequação as classes de uso do solo. Esses valores estão dentro de uma escala

de 1 a 100 (KOHLER E RICHARDS (1962) apud TUCCI, 2001). Esta escala

retrata as condições de cobertura do solo, variando desde muito impermeável até

completamente permeável.

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Tabela 3 – Tipo de superfície gerada e valores correspondentes

para cada grupo de solos, em função do uso da terra.

A B C D

Com sulcos retilíneos 77 86 91 94

Em fileiras retas 70 80 87 90

Em curvas de nível 67 77 83 87

Terraceamento em nível 64 76 84 88

Em fileiras retas 64 76 84 88

Pobres, em curvas de nível 47 67 81 99

Normais, em curvas de nível 25 59 75 83

Boas, em curvas de nível 6 35 70 79

Normais 30 58 71 78

Esparsas, de baixa transpiração 45 66 77 83

Normais 36 60 73 79

Densos, de alta transpiração 25 55 70 77

Muito esparsas, de baixa

transpiração56 75 86 91

Esparsas 46 68 78 84

Densas, de alta transpiração 26 52 62 69

Normais 36 60 70 76

Campos

permanentes

Florestas

Uso da terra SuperfícieTipo de Solo

Solo lavrado

Plantações

regulares

Pastagens

Fonte: Adaptada pelo autor a partir de Tucci (2001).

Os tipos de solos identificados na Tabela 3 de acordo com o GHS são:

Tipo A – solos que produzem baixo escoamento superficial e alta infiltração, solos

arenosos profundos e com baixo teor de silte e argila; Tipo B – solos menos

permeáveis que os anteriores, solos arenosos menos profundos que os anteriores

e com permeabilidade superior à média; Tipo C – solos que geram escoamento

superficial acima da média e com capacidade de infiltração abaixo da média,

contendo percentagem considerável de argila; e Tipo D – solos contendo argilas

expansivas, pouco profundos e com baixa capacidade de infiltração, gerando a

maior proporção do escoamento superficial (TUCCI, 2001).

Na área de estudo, admitiu-se que os tipos B e C são os mais

representativos para determinar a chuva vazão (Q) ou, escoamento superficial

direto em função do parâmetro da CN, que foi obtido a partir do emprego da

Equação (6) para o valor atribuído para o GHS dos solos na Tabela 3.

( )

( ) (6)

Em que: Q = chuva vazão ou, escoamento superficial direto em mm; P = precipitação em mm; S =

armazenamento potencial máximo do solo em mm; Ia=perdas iniciais incluindo perdas por

armazenamento na superfície, interceptação, infiltração inicial e outros fatores.

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As perdas iniciais, representadas por (Ia) na Equação (6), são muito

variáveis, mas geralmente podem ser relacionadas com o tipo de solo e a

cobertura vegetal correspondente, em função do armazenamento potencial

máximo do solo (S), cujo valor depende do tipo e da ocupação do solo, e pode ser

determinado pela Equação (7), uma vez definido o valor do CN.

(7)

No total, foram analisadas trinta variáveis, relativas à rede de drenagem, à

morfologia e às suas interações. Entre essas variáveis, foi dado maior destaque

àquelas que melhor caracterizaram os ambientes de várzeas nas sub-bacias

hidrográficas.

A avaliação dos resultados gerados pelas variáveis utilizadas foi feita com

procedimentos estatísticos multivariados, com auxílio das ferramentas estatísticas

do software Excell e com o cálculo do coeficiente de correlação entre os desvios

padrões com a Equação (8).

( ) (8)

Em que: X e Y representaram as variáveis relativas à rede de drenagem e/ou à morfologia

correlacionadas; SX,Y é a covariância entre os dados de cada uma delas; e SX e SY os desvios

padrões obtidos dentro de cada grupo de dados.

O cálculo do coeficiente de correlação foi inicialmente proposto por

Benjamin e Cornell (1970) para entender a variabilidade estatística da distribuição

de dados. Posteriormente, Brakensiek e Onstad (1988) também aplicaram este

método no estudo de uma bacia hidrográfica para compreender seu

comportamento hidrológico, assim, como Bommer e Abrahamson (2006) para

estimar probabilidades na análise de erros. Estes autores utilizaram esse

coeficiente, por ele ser capaz de mostrar uma boa correlação estatística medida a

partir dos desvios padrões de cada série de dados analisada, entre um dado alfa

(X) e outro beta (Y), indicando suas relações.

Os resultados obtidos são analisados e agrupados, tanto em sua totalidade

como em seus aspectos pontuais, visando estabelecer alguns padrões e

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70

semelhanças na formação dos ambientes de várzeas. Após esse procedimento,

os dados são cruzados, relacionando as classes de cobertura do solo e a

declividade com os dados referentes à umidade dentro da sub-bacia. As

informações são interpoladas a fim de permitir identificar e classificar as áreas

onde há uma forte relação com a planície de inundação, visando estabelecer os

melhores critérios na sua compreensão espacial.

4.8 – Dados de cobertura do solo por técnica de classificação digital dos índices

de vegetação NDVI e EVI.

Na classificação dos diferentes tipos de cobertura do solo foram utilizadas

quatro imagens do satélite Landsat-5 TM, bandas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 de

órbita/ponto 215/65 e 216/65 e órbita/ponto 215/66 e 216/66, respectivamente

datadas de 06.10.2010 e 15.10.2010, referentes ao período seco na área de

estudo. O primeiro passo foi o registro das imagens utilizando-se 15 pontos de

controle para corrigir distorções relacionadas com as coordenadas geográficas

(latitude e longitude) e as coordenadas da imagem (linhas e colunas).

As imagens corrigidas foram utilizadas para a geração dos dados de

radiância e reflectância com auxílio da função model maker da ferramenta

Modeler do software ERDAS 9.1 (ESRI, 2008). Esses dados foram aplicados para

modelagem do índice de vegetação NDVI (Normalized Difference Vegetation

Index) e do índice de vegetação EVI (Enhanced Vegetation Index). As imagens

geradas com esses dois índices foram comparadas e classificadas, conforme

sugerido por Carvalho et al. (2008), com auxílio da função unsupervised

classification da ferramenta Classifier do mesmo software na detecção das áreas

úmidas, principalmente junto à calha do canal principal de cada sub-bacia.

O índice de vegetação EVI, por ser mais sensível à variação do dossel dos

diferentes tipos de vegetação, pode ser o melhor índice a ser aplicado na

detecção da cobertura do solo, principalmente quando comparado com o NDVI,

que apresenta uma rápida saturação, generalizando muitas áreas por ser pouco

sensível à detecção de variações no aumento estratificado da biomassa vegetal, a

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71

partir de uma determinada fase de crescimento das plantas. Além disso, segundo

Gao et al. (2000), Huete et al. (2002) e Carvalho et al. (2008), no EVI está incluído

o Índice de Área Foliar (IAF), a fisionomia da planta e a arquitetura do dossel,

tendo a finalidade de atenuar os efeitos do solo e da atmosfera sobre a

vegetação. Com os resultados do EVI foi identificado o valor do ND dos pixels

mais contíguos e representativos das áreas úmidas (Figura 16) e aplicada uma

cor correspondente a cada grupo.

Figura 16 – Regiões de segmentos correspondentes à similaridade no

valor do número digital de cada pixel nas imagens.

Fonte: Elaborado pelo autor.

A Figura 16 representa uma matriz com valores dos pixels por regiões de

crescimento (as setas) indicando a influência e similaridade do pixel principal em

relação aos seus pixels vizinhos. As setas vermelhas indicam maior similaridade

no processo de segmentação por crescimento, mostrando a correspondência

direta na classificação de uma classe em função de seus valores; enquanto as

setas amarelas indicam o decaimento da correspondência com esse mesmo pixel

central, gerando uma mudança de classe.

O objetivo desse procedimento de identificação foi aplicar o processo de

classificação por regiões de segmento (Figura 17), sugerido por Barbosa (2007) e

Novo (2008), na geração dos polígonos que representam os diferentes tipos de

cobertura do solo. Essas informações foram classificadas e convertidas para o

formato Img para posterior vetorização, modelagem e tratamento dos dados no

ambiente de SIG do software ArcGIS 9.3, para a delimitação dos ambientes de

várzeas junto a calha do canal principal das sub-bacias do rio Pajeú.

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Figura 17 – Representação em cores dos valores do número digital de

cada grupo de pixels baseada na segmentação por

crescimento de regiões homogêneas.

Fonte: Elaborado pelo autor com base em Barbosa (2007) e Novo (2008).

Na Figura 17, para o segmento de pixels cujos valores variaram de

negativo até um (1) foi atribuída a cor azul; a cor verde escuro para os segmentos

com valor positivo igual a dois (2); a cor verde médio para os segmentos com

valores positivos iguais a três (3); a cor verde claro para os segmentos com valor

positivo igual a quatro (4); a cor roxa para os segmentos com valor positivo igual a

cinco (5); a cor laranja para os segmentos com valor positivo igual a seis (6); a cor

amarela para os segmentos com valor positivo igual a sete (7); e a cor vermelha

para os segmentos com valor positivo igual a oito (8).

A similaridade e a diferença entre estas regiões estão relacionadas com a

menor diferença aceita entre o valor médio do ND (número digital) de dois pixels,

ou de dois conjuntos de pixels para que eles possam ser considerados como

pertencentes a regiões distintas ou não. Se a diferença entre os pixels, ou

conjunto de pixels for menor que o valor de similaridade, eles são considerados

como pertencentes à mesma região, caso contrário, serão atribuídos a regiões

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distintas. O limiar de área mínima está associado com o menor tamanho admitido

para as regiões (segmentos), em função da resolução espacial da imagem

utilizada e das características dos alvos imageados pelo satélite.

O processo de segmentação por crescimento de regiões homogêneas

permitiu agrupar os polígonos em classes de cobertura do solo, com base no

algoritmo de agrupamento utilizado a partir dos atributos estatisticamente

similares para o valor de cada pixel obtido.

Nesse sentido, cada segmento de pixels foi classificado em: corpos de

água (valores negativo até um); caatinga arbórea (valor positivo igual a dois);

caatinga arbóreo-arbustiva (valor positivo igual a três); caatinga arbustiva (valor

positivo igual a quatro); solo exposto (valor positivo igual a cinco); pastagens

(valor positivo igual a seis); áreas de uso agrícola (valor positivo igual a sete); e

áreas com uso agrícola (valor positivo igual a oito) (Figura 18).

Figura 18 – Regiões homogêneas classificadas em função do valor de

cada pixel a partir do processo de segmentação por crescimento.

Fonte: Elaborado pelo autor com base em Barbosa (2007) e Novo (2008).

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A partir da classificação adotada para os diferentes tipos de segmentos da

cobertura do solo foi possível delimitar as áreas mais úmidas junto à calha do

canal principal com a finalidade de identificar e caracterizar os ambientes de

várzeas dentro de cada sub-bacia.

Para a delimitação das áreas de várzeas, foram considerados, também, os

resultados obtidos na classificação dos tipos de cobertura do solo junto ao canal

principal e na planície de inundação, com valores de cada pixel correspondente a

(7) e (8), conforme mostrado na figura 18, desprezando-se aqueles casos com

cotas topográficas superiores a 10 m.

4.9 – Identificação das áreas de várzeas

As áreas de várzeas foram identificadas a partir da modelagem dos dados

das imagens do SRTM, em função da extensão da planície de inundação, que foi

caracterizada de acordo com a menor cota topográfica junto à calha do canal

principal nas 195 sub-bacias selecionadas, concomitante com a efetiva ocorrência

dos diferentes padrões de umidade a partir do tipo de cobertura e uso do solo.

Esse tipo de procedimento foi aplicado por Junk (1989), Hess et al. (2003),

Matos et al. (2005) e Bittencourt e Amadio (2007) que conseguiram associar a

cobertura e o uso do solo em cada “pixel” a um valor de semelhança, usando

dados topográficos extraídos do SRTM para discriminar as cotas de abrangência

da planície de inundação.

Essa integração de dados de cobertura do solo, derivados de imagens de

sensores remotos, com dados do MDE derivados do SRTM, foi utilizada por

Whitmann et al. (2004), Wilson et al. (2007) e Rennó (2008) para identificar e

discriminar os diferentes níveis topográfico que influenciam na formação dos

ambientes de várzeas dentro da planície de inundação de um rio.

Assim, a variabilidade e a distribuição dos ambientes de várzeas foram

estabelecidas com a distribuição da frequência nos valores de cada “pixel”,

observando-se os limites da menor e da maior cota altimétrica junto à calha do

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canal principal, em função da umidade e da classificação adotada para cada tipo

de cobertura e uso do solo. Os resultados permitiram estabelecer alguns valores e

parâmetros físicos que contribuem para identificar e caracterizar os ambientes de

várzeas, a exemplo da altitude, da declividade e do tipo de relevo.

A variação da cota de 0 a 10 m e a declividade de até 2% junto à calha do

canal principal foi definida nesse estudo, como sendo o valor limítrofe para a

identificação e delimitação das áreas susceptíveis a formação dos ambientes de

várzeas, respeitando os limites do terreno e a extensão da planície de inundação.

A identificação dos dados superficiais de uma sub-bacia é extremamente

útil na aplicação efetiva de parâmetros físicos (área, altitudes, declividades,

relevo, hidrografia) na caracterização da planície de inundação. Para tanto, exige

associar informações sobre a estrutura e a distribuição da cobertura do solo, com

dados da topografia e das áreas úmidas, para uma primeira análise da ocorrência

de várzeas na verificação de campo. Assim, foi possível identificar as áreas de

várzeas, respeitando a mesma variação altimétrica e declividade, entre as

diferentes cotas das curvas de nível na planície de inundação (Gráfico 3).

Gráfico 3 – Distribuição dos ambientes de várzeas em função do perfil da

topografia e da declividade junto à calha do canal principal.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados topográficos referentes à sub-

bacia do riacho Belém (Sb-2).

Na Figura 19 é apresentado um modelo com a distribuição dos dados

topográficos e da umidade dentro de uma sub-bacia hidrográfica, no qual é

possível observar a ocorrência dos ambientes de várzeas junto à calha do canal

principal e dentro dos limites da planície de inundação.

Ambiente de várzea

Ambiente de várzea

Co

tas

To

po

grá

fica

s

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76

Figura 19 – Modelo de identificação e delimitação das áreas de várzeas.

Fonte: Elaborado pelo autor para a sub-bacia riacho do Belém (Sb-2).

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77

5 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 – Acurácia dos dados de sensoriamento remoto na identificação dos

ambientes de várzeas.

A análise dos dados físicos e topográficos gerados em ambiente de SIG a

partir das imagens orbitais do sensoriamento remoto para a área de estudo,

mostrou uma boa similaridade nas cotas topográficas e maior detecção de

ocorrências de níveis topográficos, principalmente quando comparados com os

dados referentes as cartas topográficas do IBGE (Figura 20).

Figura 20 – Resultado da comparação entre as curvas de nível das cartas

topográficas do IBGE e os dados gerados em ambiente de SIG a

partir de imagens de orbitais referentes a área de estudo.

Fonte: Elaborado pelo autor.

A boa similaridade entre as cotas topográficas do IBGE e os dados gerados

pelo MNT, é um resultado satisfatório por conta da escala de referência e da

equidistância entre elas e pela capacidade de detecção dos diferentes níveis

topográficos. Com este resultado foi possível delimitar a rede de drenagem da

bacia do rio Pajeú e as sub-bacias hidrográficas.

Carta topográfica do IBGE. Dados gerados pelo MNT.

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78

A partir da rede de drenagem foi possível classificar os canais de

drenagem de acordo com suas respectivas ordens. Foram identificados 9.983

canais de drenagem na bacia do rio Pajeú, com a seguinte distribuição: 5.047 de

primeira ordem, 2.323 de segunda ordem, 1.292 de terceira ordem, 683 de quarta

ordem, 306 de quinta ordem, 245 de sexta ordem e 87 de sétima ordem (Figura

21).

Figura 21 – Hierarquia dos canais da rede de drenagem na bacia do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Strahler (1952).

A partir da hierarquia dos canais da rede de drenagem na bacia do rio

Pajeú, foi feita a representação das sub-bacias hidrográficas até o limite dos

canais de terceira ordem. Este limite foi considerado como sendo o ideal para a

delimitação das pequenas bacias. O resultado foi a delimitação de 11.382 sub-

bacias de primeira ordem, 779 sub-bacias de segunda ordem e 467 sub-bacias de

terceira ordem (Figura 22). Essas representações tiveram como limites aplicados

100 hectares (1 km2), 1000 hectares (10 km2) e 1500 hectares (15 km2),

respectivamente, para delimitar as sub-bacias de interesse desse estudo.

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79

Figura 22 – Delimitação das sub-bacias de terceira ordem na bacia

hidrográfica do rio Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Para atender aos objetivos desse estudo, as sub-bacias de terceira ordem

foram consideradas como tendo os limites, áreas e números de canais ideais para

a caracterização dos ambientes de várzeas. Das 467 sub-bacias de terceira

ordem, foram selecionadas 195 sub-bacias (Figura 23), com áreas entre 19 e 80

km2, maior número de canais na rede de drenagem, menor variação na

declividade, relevo pouco acidentado e existência de áreas planas junto à calha

do canal principal. A partir dessas informações foi identificada a planície de

inundação, delimitadas as áreas de várzeas e caracterizadas as sub-bacias com

vistas ao zoneamento (Tabela 4).

As sub-bacias de terceira ordem selecionadas para estudo cobrem 31% na

representação de todos os canais de primeira, segunda e terceira ordem da rede

de drenagem na bacia do rio Pajeú e drenam uma área de 6.194,7 km2. Na

Tabela 4 é apresentada a estratificação das sub-bacias de terceira ordem,

algumas das suas características físicas e as áreas de várzeas identificadas com

base nos critérios adotados.

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80

Figura 23 – Representação da distribuição das sub-bacias de terceira

ordem selecionadas para estudo na bacia do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 4 – Caracterização física das sub-bacias de terceira ordem delimitadas e

selecionadas na bacia hidrográfica do rio Pajeú.

Classes

(Km²)

Número de

casos

Número de

canais (média)

Distância média

entre a calha e

as menores

cotas (m)

Distância média

entre as rampas

do canal (m)

Comprimento

médio das sub-

bacias (Km)

Largura média

das sub-

bacias (Km)

Declividade

minima na

área (%)

Número de

várzeas

Área total das

várzeas no

intervalo (Km²)

19 - 20 25 17,4 332,9 1635,2 7,4 3,3 1,18 39 31,2

21 - 25 55 24,1 306,3 1716,2 8,1 3,7 1,27 87 76,9

26 - 30 38 14,7 297,3 2274,9 9,2 3,9 1,72 73 53,1

31 - 35 27 16,7 221,6 1035,5 10,4 3,9 1,45 44 49,5

36 - 40 13 20 218,8 813,6 10,8 4,3 1,58 26 25,3

41 - 45 16 19,8 179,6 1107,3 12,3 4,5 1,33 35 34,5

46 - 50 3 23,3 126,2 372,4 12,8 4,6 1,22 7 8,9

51 - 55 8 26,5 153,8 295,6 13,7 4,6 1,50 18 26,1

56 - 60 4 27 173,2 637,0 15,4 4,6 1,51 10 17,2

61 - 65 3 30 120,9 813,1 14,9 5,1 1,38 8 8,1

65 a 80 3 34,6 94,2 777,7 15,1 6,2 1,00 5 12,5

Total 195 22,4 187,6 886,0 11,5 4,4 1,4 352 343,3

Fonte: Elaborada pelo autor.

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81

A característica dominante foi a existência de áreas planas, distando

linearmente uma média de 187,6 m, entre a calha do canal principal e a cota mais

baixa, com declividade média de 1,4%, caracterizando a formação de uma

planície de inundação, onde nos períodos de chuvas ocorre o transbordamento

das águas. Por extensão, esta é a condição primordial para a formação dos

ambientes de várzeas que foram identificados em número de 352 (Figura 24).

Figura 24 – Áreas de várzeas delimitadas nas sub-bacias de terceira ordem.

Fonte: Elaborado com base nos dados do SRTM e Landsat 5 TM.

Na acurácia dos resultados foram realizados os testes estatísticos do

índice de exatidão global (EG) e do índice de Kappa (K). O resultado obtido com o

emprego do índice de exatidão global foi de 0,89, significando que a acurácia dos

dados enquadra-se no nível “excelente”, compatível com o mesmo resultado no

índice de Kappa, que foi de 0,83. Esses valores indicam um intervalo de erro

menor do que 14 m entre a informação na imagem e no campo real do alvo. Os

bons índices obtidos podem ser atribuídos à qualidade das imagens selecionadas,

que apresentaram menos de 10% de cobertura de nuvens, facilitando a análise

visual das classes.

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82

Após a validação dos dados e do mapeamento com os testes estatísticos,

foi realizado mais um modelamento dos dados em ambiente computacional,

sobrepondo-se as classes de cobertura e uso do solo com os dados topográficos.

O resultado foi satisfatório na identificação das classes de cobertura e uso do solo

em cada sub-bacia, indicando inclusive a posição topográfica e permitindo a

individualização dessas informações e a caracterização da planície de inundação

(Figura 25). Essas informações corroboraram na delimitação e caracterização dos

ambientes de várzeas em cada sub-bacia, a partir da calha do canal principal e

respeitando a variação dos limites de 0 a 10 m dentro de cada sub-bacia.

Figura 25 – Representação de áreas de várzeas delimitadas em função do relevo,

das diferentes classes de cobertura e da umidade.

Fonte: Elaborado a partir dos dados do SRTM e do Landsat.

Esses resultados foram importantes para a validação dos parâmetros

físicos e morfométricos adotados, visando a caracterização e análise das sub-

bacias, com vistas a quantificação, classificação e agrupamento físico de cada

ambiente de várzea.

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83

5.2 – Influência das características físicas das sub-bacias na formação e

manutenção dos ambientes de várzeas.

No processo de formação dos ambientes de várzeas, cada sub-bacia

hidrográfica passa a ser relacionada a um conjunto de características físicas que

facilitam sua identificação, com áreas úmidas e topografias mais suaves junto à

calha do canal principal.

Nesse sentido, foram analisados os dados morfológicos (relevo), climáticos

(precipitações) e hidrográficos (canais de drenagem) de cada uma das 195 sub-

bacias. Esses dados foram correlacionados geometricamente entre si, visando

determinar: o grau de dissecação, a susceptibilidade da área a enchentes, a

capacidade para gerar um curso de canal perene, a capacidade de drenagem dos

canais, o limite geométrico da drenagem, o coeficiente angular do desnível entre o

exutório e a cabeceira dos canais, o raio de influência do canal principal, o raio de

influência da rede de drenagem, a tendência do escoamento e o volume mensal

escoado.

5.2.1 – Grau de dissecação

O grau de dissecação na área de estudo tem uma relação direta com a

erosão gerada pela dinâmica climática da região, pela condição do sistema de

canais, tipo de relevo e situação da declividade. Das 195 sub-bacias analisadas,

144 foram classificadas como de relevo variando de plano a ondulado, cujo grau

de dissecação pode variar de muito baixo a moderado (Tabela 5).

A classificação do relevo em função das classes de declividade contribuiu

para compreender o grau de dissecação da grande bacia. Pouco mais da metade

das áreas apresentam um grau de dissecação de baixa à moderada, enquanto

nas demais, a dissecação enquadra-se em muito baixa (14%), forte (28%), ou

excepcional (1% das áreas).

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84

Tabela 5 – Classificação do relevo e grau de dissecação nas sub-bacias de

terceira ordem da bacia do Pajeú.

Declividade

(%)

Número de

casos

Área

relacionada

(Km²)

Representação

entre as sub-

bacias (%)

Classificação do relevoGrau de

dissecação

Áte 3 35 883,8 14,27 plano muito baixo

3 a 8 40 1180,9 19,06 suave ondulado baixo

8 a 13 26 847,7 13,68 moderadamente ondulado médio

13 a 20 43 1461,6 23,59 ondulado moderado

20 a 45 49 1744,2 28,16 fortemente ondulado forte

Acima de 45 2 76,5 1,23 montanhoso excepcional

Total 195 6194,7 100,00 - -

Fonte: Elaborada pelo autor a partir da EMBRAPA (1999).

O relevo dominante nas áreas analisadas foi classificado de plano a

ondulado (70%) e fortemente ondulado (30%). Esses resultados podem ser

diretamente relacionados a rugosidade do terreno, o grau de dissecação e a

variação entre as cotas altimétricas observadas dentro da situação de cada uma

das sub-bacias (Figura 26).

Figura 26 – Variação altimétrica nas sub-bacias de terceira ordem na bacia

do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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85

5.2.2 – Susceptibilidade a enchentes

Cada uma das sub-bacias hidrográficas da bacia do rio Pajeú apresenta

similaridade com alguma outra sub-bacia, seja em função da declividade e do

relevo, conforme já demonstrado anteriormente, ou em função da densidade de

canais, tipo de drenagem, forma e nível de rugosidade. A partir dessas

informações foi possível identificar e compreender a susceptibilidade das áreas de

cada sub-bacia a enchentes. Inicialmente, em 176 áreas a regularidade dos

canais foi classificada como média e o tipo de drenagem como moderada,

indicando que entre as sub-bacias analisadas há uma boa similaridade com

relação a densidade de canais (Tabelas 6) e, depois, foi observado a forma, o tipo

de escoamento superficial e as condições da topografia local.

Tabela 6 – Classificação da regularidade dos canais e tipo de drenagem nas

sub-bacias do Pajeú, em função da densidade de canais.

Densidade de

Canais

Número de

casos

Área drenada

(Km²)

Representação

entre as sub-

bacias (%)

ClassificaçãoRegularidade

dos canais

Tipo de

drenagem

Áte 0,5 16 470,4 7,59 baixa baixa bem

0,5 a 1,0 176 5644,1 91,11 média média moderada

Acima de 1,0 3 80,2 1,29 alta alta mal

Total 195 6194,7 100 - - -

Fonte: Elaborada pelo autor.

A densidade de canais (Tabela 6) teve reflexo direto na determinação da

densidade de drenagem, que foi ser classificada como média e do tipo moderada,

com 99% das suas sub-bacias no intervalo de 0,5 a 1,0 canal/km2. Apenas uma

das sub-bacia (Sb-44) apresentou valor menor que 0,5 canal/km2. Os valores das

195 sub-bacias tiveram, de modo geral, distribuição normal, com média e

mediana de 0,77 canal/ km2.

Os resultados observados para a densidade de canais e a densidade de

drenagem, contribuíram para compreender a susceptibilidade das sub-bacias de

terceira ordem às enchentes, em função da regularidade média de seus canais,

que foi classificada como média à baixa. Este resultado confirma a influência

dessas áreas na formação dos ambientes de várzeas.

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86

Na análise das classes da densidade de canais, 91% das sub-bacias,

apresentaram um tipo de drenagem moderada, o que vem a confirmar o seu tipo

de susceptibilidade a enchentes, principalmente em função do índice de

declividade baixo, com valor médio de 1,4%. Esse fato corrobora a metodologia

sugerida para identificação dos ambientes de várzeas nas sub-bacias, em função

da declividade média considerada e do valor médio de 187,6 para a distância

entre a calha do canal principal e a menor cota topográfica.

Houve domínio da regularidade do número de canais de 0,5 a 1,0 por km2,

com 176 casos, enquanto três casos ficaram acima desse intervalo (Sb-10, Sb-18

e Sb-74) e 16 casos ficaram abaixo (Sb-31, Sb-32, Sb-34, Sb-40, Sb-44, Sb-57,

Sb-68, Sb-76, Sb-77, Sb-115, Sb-118, Sb-149, Sb-156, Sb-175, Sb-177, e Sb-

187). O valor médio e mediana de 0,67 e do desvio padrão de 0,10 para essas

variáveis foi considerado satisfatório, apresentando-se com uma pequena

variação entre classes consideradas (Gráfico 4).

As classes consideradas nas sub-bacias para até 0,5 canal/km2, 0,5 a 1,0

canal/km2 e acima 1,0 canal/km2 indicam a possibilidade da rede de drenagem em

manter um canal perene. Os resultados encontrados precisam ser confrontados

com outras informações relativas ao domínio do relevo, da geologia, do clima e do

solo da área.

Gráfico 4 – Representação da distribuição da densidade de rios nas sub-

bacias do Pajeú.

Os resultados foram confrontados com a forma e o tipo de escoamento

superficial em cada sub-bacia, em função do índice de circularidade (Tabela 7) e

do relevo dominante já conhecido na área.

16

176

3 0

30

60

90

120

150

180

210

Áte 0,5 0,5 a 1,0 Acima de 1,0

mer

o d

e C

aso

s

Intervalo (Canal/km2)

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Tabela 7 – Classificação da forma e do tipo de escoamento superficial

nas sub-bacias do Pajeú, em função do índice de

circularidade.

Indice de

Circularidade

(Ic)

Número de

casos

Área

drenada

(Km²)

Representação

entre as sub-

bacias (%)

Classificação Escoamento

superficial

Áte 0,3 5 238,3 3,85 muito alongada rápido

0,3 a 0,6 163 5202,6 83,98 alongada moderado

0,6 a 1,0 27 753,8 12,17 tendência circular baixo

Acima de 1,0 0 0,0 0 circular lento

Total 195 6194,7 100,00 -

Fonte: Elaborada pelo autor.

Nas sub-bacias, 163 casos apresentaram forma alongada correspondendo

a 87% das áreas (Tabela 7). Nesse tipo de forma, o escoamento superficial das

águas das chuvas tende a ser de moderado a rápido. Ainda de acordo com o

índice de circularidade, 27 casos foram classificados com tendência circular, nos

quais o escoamento superficial é baixo.

O relevo da área exerce papel fundamental na forma e no ritmo do

escoamento superficial. Nesse sentido, conhecer o índice de rugosidade de cada

sub-bacia foi uma forma de compreender o papel do relevo dominante no

escoamento superficial (Tabela 8). Na classificação adotada, 83% das áreas

foram consideradas como de escoamento médio a forte, indicando um domínio de

relevo moderadamente ondulado a forte-ondulado, confirmando os resultados

anteriores, principalmente no que se refere ao maior número de casos (156 no

total) das áreas estudadas.

Tabela 8 – Classificação do relevo e tipo de escoamento nas sub-bacias

do Pajeú, em função do índice de rugosidade.

Indice de

Rugosidade

Número de

casos

Área

relacionada

(Km²)

Representação

entre as sub-

bacias (%)

Relevo dominanteEscoamento

superficial

Áte 3 2 46,6 0,75 plano muito baixo

3 a 8 35 944,4 15,25 suave ondulado baixo

8 a 13 48 1517,9 24,50 moderadamente ondulado médio

13 a 20 52 1652,5 26,68 ondulado moderado

20 a 45 56 1990,6 32,13 forte ondulado forte

Acima de 45 2 42,7 0,69 montanhoso excepcional

Total 195 6194,7 100,00 - -

Fonte: Elaborada pelo autor.

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88

As áreas das sub-bacias apresentam baixa susceptibilidade às

enchentes, não só por conta do clima dominante na região, com baixas

precipitações ao longo do ano, mas também, por conta das condições

topográficas. Há exceções (Figura 27), compostas das sub-bacias que se

enquadraram como de relevo plano a suavemente ondulado, com tendência

circular e alta susceptibilidade as enchentes (Sb-1, Sb-4, Sb-33, Sb-37, Sb-44,

Sb-45, Sb-66, Sb-67, Sb-69, Sb-80, Sb-87, Sb-99, Sb-103, Sb-105, Sb-116, Sb-

118, Sb-120, Sb-126, Sb-129, Sb-132, Sb-140, Sb-152, Sb-155, Sb-157, Sb-161,

Sb-168 e Sb-185) ou, de alta regularidade de canais de drenagem (Sb-10, Sb-18

e Sb-74), mas com média susceptibilidade as enchentes.

Figura 27 – Distribuição das sub-bacias com maior e menor susceptibilidade

as enchentes na bacia do Pajeú, em função do relevo e

capacidade de drenagem.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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89

5.2.3 – Capacidade para gerar um curso de canal perene

A capacidade de uma bacia possuir um canal perene pode ser observada a

partir de uma relação direta, entre a área drenada por seus canais e a área

necessária para o escoamento superficial. Esta relação pode ser feita entre o

coeficiente de massividade (Tabela 9), o tipo de relevo dominante, a declividade

máxima dentro da bacia e o coeficiente de manutenção, que descreve o ritmo do

escoamento superficial máximo de suas águas.

Tabela 9 – Capacidade das sub-bacias do Pajeú em gerar um canal

perene, em função do coeficiente de massividade.

Coeficiente de

Massividade

(km)

Número de

casos

Área drenada

(Km²)

Representação

entre as sub-

bacias (%)

ClassificaçãoEscoamento

superficial

1,0 a 1,5 179 5799,1 93,61 baixa rápido

1,5 a 2,0 15 370,1 5,97 média moderado

Acima de 2,0 1 25,5 0,41 alta baixo

Total 195 6194,7 100,00 -

Fonte: Elaborada pelo autor.

O resultado de 93% das sub-bacias com coeficiente de massividade

variando de 1,0 a 1,5 km (tabela 9) permitiu classificá-las, como tendo baixa

capacidade na geração de um canal perene. Esse resultado é confirmado por

44% das sub-bacias classificadas como de baixo a muito baixo coeficiente de

manutenção de seus canais e 22% casos de negativo a insuficiente (Tabela 10).

Tabela 10 – Classificação do coeficiente de manutenção dos canais nas sub-

bacias do Pajeú, em função da declividade.

Declividade

(%)

Número de

casos

Área

relacionada

(Km²)

Representação

entre as sub-

bacias (%)

Relevo dominanteEscoamento

superficial

Coeficiente de

massividade

Classificação

do coeficiente

de manutenção

Áte 3 1 20,0 0,32 plano muito baixo muito alto muito alto

3 a 8 22 694,6 11,21 suave ondulado baixo alto alto

8 a 13 39 1332,7 21,51 moderadamente ondulado médio médio médio

13 a 20 43 1402,5 22,64 ondulado moderado baixo baixo

20 a 30 44 1375,6 22,21 forte ondulado forte muito baixo muito baixo

30 a 40 24 743,6 12,00 fortemente ondulado rápido negativo negativo

Acima de 40 22 625,3 10,09 montanhoso excepcional insuficiente insuficiente

Total 195 6194,3 100,00 - - - -

Fonte: Elaborada pelo autor.

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90

5.2.4 – Limite geométrico da rede de drenagem

O limite geométrico da rede de drenagem das sub-bacias teve valor médio

de 9,1 Km2 e frequência na densidade de drenagem de 0,90 canal/km2 (Tabela

11). Em 158 casos esse limite foi baixo, confirmando de modo geral, que as áreas

estudadas são mal drenadas. Considera-se que a área seja bem drenada quando

essa densidade de drenagem é igual ou superior a 1. Abaixo desse valor a área

da sub-bacia passa a ser considerada mal drenada. Não está sendo considerada

nessa análise a capacidade de influência dos solos no processo de escoamento

superficial nas sub-bacias.

Tabela 11 – Classificação do limite geométrico da rede de drenagem das sub-

bacias do Pajeú, em função da situação física e topográfica.

Intervalos de

Classes (Km²)

Número de

canais (média)

Número de

casos

Compriment

o médio das

sub-bacias

(Km)

Largura

média das

sub-bacias

(Km)

Declividade

minima na

área (%)

Declividade

máxima na

área (%)

Frequencia da

densidade

(canal/Km²)

Limite

geométrico

(Km²)

Classificação

19 - 20 17,4 25 7,4 3,3 1,18 15,3 0,90 4,5 baixo

21 - 25 24,1 55 8,1 3,7 1,27 23,7 0,90 5,3 baixo

26 - 30 14,7 38 9,2 3,9 1,72 25,1 0,90 6,4 baixo

31 - 35 16,7 27 10,4 3,9 1,45 22,9 0,90 7,5 baixo

36 - 40 20 13 10,8 4,3 1,58 22,3 0,90 8,3 baixo

41 - 45 19,8 16 12,3 4,5 1,33 28,3 0,90 9,5 médio

46 - 50 23,3 3 12,8 4,6 1,22 19,7 0,90 10,6 médio

51 - 55 26,5 8 13,7 4,6 1,50 27,2 0,90 11,7 alto

56 - 60 27 4 15,4 4,6 1,51 24,4 0,90 13,3 alto

61 - 65 30 3 14,9 5,1 1,38 16,7 0,90 13,8 alto

66 a 80 34,6 3 15,1 6,2 1,00 10,1 0,90 16,9 alto

Média 22,4 195 11,5 4,4 1,4 20,6 0,90 9,1 -

Fonte: Elaborada pelo autor.

Com os valores da Tabela 11, para os limites geométricos da drenagem

nas áreas estudadas, foram calculados os raios de influências das redes de

drenagem. Das 195 sub-bacias, 111 casos tiveram valores negativos, indicando

baixa possibilidade de manter as áreas úmidas. Em 84 casos, os valores foram

positivos, indicando maior influência da declividade e características físicas das

sub-bacias na manutenção das áreas úmidas (Figura 28). Esses casos possuem

áreas mais rebaixadas e de relevo plano a suavemente ondulado, junto a calha do

canal principal.

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91

Figura 28 – Distribuição das sub-bacias de terceira ordem na bacia do

Pajeú, em função da umidade.

Fonte: Elaborado pelo autor.

5.2.5 – Volume de água escoado dentro das sub-bacias

Os volumes escoados dentro das áreas foram obtidos com o cálculo da

chuva vazão e da curva número. Para o cálculo da chuva vazão (Q), ou

escoamento superficial direto, foram admitidas duas situações de cobertura do

solo. A primeira, com solo coberto por vegetação de caatinga e a segunda com

solos cultivados. O valor da curva número (CN) para o primeiro caso foi 83, com

tipo de solo “B” para as áreas mais úmidas e CN igual a 90,2 com tipo de solo “C”

para as áreas mais secas.

Nessas situações, a chuva vazão (Q) necessária para o escoamento

superficial direto nas áreas de estudo varia de 565,6 mm a 592 mm, admitindo-se

a média histórica da precipitação de 647 mm/ano para 45 anos de dados. O Ia,

que é uma referência às perdas iniciais de água por infiltração, foi de 10,1 mm

para CN igual a 83 e de 5,5 mm para CN igual a 90,2.

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92

Para o valor do armazenamento potencial máximo do solo (S), na situação

de CN igual a 83, o valor foi de 52,1 mm e, para a CN igual a 90,2, o valor foi de

27,6 mm. Esses resultados mostram a importância da cobertura da terra no

armazenamento da água das chuvas no solo e suas variações refletem as perdas

potenciais para as sub-bacias. Além disso, contribuíram para a identificação do

escoamento superficial nas áreas das sub-bacias, cujas consequências podem

ser observadas na erosão efetiva dos solos a partir da declividade do terreno.

Em áreas de solos mal drenados e rasos, de relevo ondulado a fortemente

ondulado, foi observado um escoamento superficial muito irregular, variando de

moderado a rápido, em função do tipo de cobertura e características do terreno.

Nas áreas mais rebaixadas de relevo plano a suavemente ondulado, o

escoamento superficial é baixo ou muito baixo e os solos são mais desenvolvidos

e profundos. Os resultados obtidos estão diretamente relacionados a forma de

uso da terra, a pouca manutenção de cultivos permanentes e ao desaparecimento

da boa parte da vegetação nativa nas sub-bacias.

Das 195 áreas, em 65% dos casos a declividade máxima varia de 13 a

40%, justificando a perda potencial das águas das chuvas por conta do

escoamento superficial. Além disso, a baixa capacidade de ocupação do solo com

cultivos permanentes tem levado muitos produtores da região a mudarem a forma

de uso da terra, substituindo áreas antes ocupadas por cultivos e vegetação

nativa por pastagens. Essas áreas ficam com solo exposto a maior parte do ano,

por conta do déficit hídrico gerado pela baixa precipitação.

5.3 – Caracterização das sub-bacias hidrográficas e suas áreas de várzeas no

semiárido, em função dos parâmetros morfométricos.

A rede de drenagem nas sub-bacias hidrográficas influencia de modo direto

as alterações que ocorrem no interior das grandes bacias e, passam a refletir

suas mudanças, principalmente quando condicionadas por processos naturais ou,

em decorrência de atividades humanas. Mudanças na estrutura, forma e

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93

tamanho, ou mesmo, perda de alguns dos canais, faz dela um bom indicador das

condições ambientais das grandes bacias.

A partir da compreensão e importância da rede de drenagem foram

analisadas as características físicas e caracterizado as áreas de cada sub-bacia.

Inicialmente, com a hierarquização dos canais nas redes de drenagem, depois

estratificando suas ocorrências em ordem, número e comprimento. O resultado

permitiu uma maior compreensão da rede de drenagem, em função da densidade

e da capacidade de drenagem em cada sub-bacia.

Na análise dos parâmetros morfométricos foram considerados como canais

de drenagem todos aqueles perceptíveis a partir das imagens do SRTM e

definidos no MNT com a extração da rede de drenagem. Esse procedimento

permitiu analisar o escoamento das águas de chuvas, independentemente da sua

condição, se perene ou intermitente.

A determinação dos parâmetros morfométricos relativos às redes de

drenagem foi feita de acordo com o grau de importância na caracterização física

das sub-bacias, identificando-se as variáveis que mais influenciam na formação

dos ambientes de várzeas, principalmente por se tratar de uma área dentro do

semiárido, onde a disponibilidade de água é um fator limitante. As informações

obtidas foram classificadas e modeladas em ambiente computacional, devido a

maior praticidade no trato com grandes volumes de informações, rapidez e

acurácia dos dados na espacialização dos resultados.

A maior parte das 195 sub-bacias teve rede de drenagem de 11 a 25

canais. Esse resultado é um reflexo direto do tamanho, grau de dissecação do

relevo e características físicas das áreas. Entre os dados, foram observados

valores que caracterizam a maior e a menor ocorrência dos ambientes de

várzeas. Das 352 áreas de várzeas identificadas nas sub-bacias, 81% dos casos

ocorrem nesse intervalo (Tabela 12).

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94

Tabela 12 – Representação do número de canais e áreas de

várzeas identificadas nas sub-bacias do Pajeú, em

função da área drenada.

Número de

Canais

Número de

casos

Área drenada

(km²)

Total de canais

nas sub-bacias

Representação

entre as sub-

bacias (%)

Número de

várzeas

7 a 10 25 574,6 223 9,28 39

11 a 15 79 2025,8 1014 32,70 136

16 a 20 52 1712,5 920 27,64 93

21 a 25 25 1062,6 548 17,15 56

26 a 30 7 399,1 197 6,44 14

30 a 35 4 216,3 129 3,49 8

35 a 40 3 203,8 110 3,29 6

Total 195 6194,7 3141 100,00 352

Fonte: Elaborada pelo autor.

As características físicas das sub-bacias apresentam uma relação direta

com a formação dos ambientes de várzeas (352 casos) e contribuem para maior

distribuição das áreas ocupadas por elas, em função da sua maior relação nas

classes com áreas menores que 35 km2 (Tabela 13).

Tabela 13 – Distribuição do número de várzeas, em função da área e

características físicas das sub-bacias do Pajeú.

Intervalos

de Classes

(Km²)

Número de

casos

Distância

média entre as

menores cotas

e o canal (m)

Distância

média entre

rampas (m)

Comprimento

médio das sub-

bacias (Km)

Largura média

das sub-bacias

(Km)

Declividade

minima na área

(%)

Número de

várzeas

Área total das

várzeas (Km²)

19 - 20 25 332,9 1635,2 7,4 3,3 1,18 39 31,2

21 - 25 55 306,3 1716,2 8,1 3,7 1,27 87 76,9

26 - 30 38 297,3 2274,9 9,2 3,9 1,72 73 53,1

31 - 35 27 221,6 1035,5 10,4 3,9 1,45 44 49,5

36 - 40 13 218,8 813,6 10,8 4,3 1,58 26 25,3

41 - 45 16 179,6 1107,3 12,3 4,5 1,33 35 34,5

46 - 50 3 126,2 372,4 12,8 4,6 1,22 7 8,9

51 - 55 8 153,8 295,6 13,7 4,6 1,50 18 26,1

56 - 60 4 173,2 637,0 15,4 4,6 1,51 10 17,2

61 - 65 3 120,9 813,1 14,9 5,1 1,38 8 8,1

65 a 80 3 94,2 777,7 15,1 6,2 1,00 5 12,5

Total 195 187,6 886,0 11,5 4,4 1,4 352 343,3

Fonte: Elaborada pelo autor.

Nos resultados obtidos para o número de várzeas, 160 áreas estão

relacionadas as classes de sub-bacias com áreas que varia de 21 a 30 km2. Esse

fato pode ser relacionado ao maior comprimento das rampas e declividade.

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95

O grau de meandrização foi outra informação obtida para caracterização

física das sub-bacias. Em 149 casos o grau de meandrização foi considerado de

baixo a alternado, indicando que a dissecação nestas áreas é baixa. Esse

resultado pode ser relacionado diretamente ao índice de bifurcação (Tabela 14) e,

por extensão, ao número de canais das sub-bacias. Nos casos das sub-bacias

com índice de bifurcação maior que 4, o grau de dissecação vai de médio a forte,

influenciando diretamente o grau de meandrização dos canais.

Tabela 14 – Classificação da dissecação e grau de meandrização nas sub-bacias

hidrográficas, em função da bifurcação.

BifurcaçãoNúmero de

casos

Área

drenada

(Km²)

Representação da

área drenada nas

sub-bacias (%)

Grau de

dissecação

Grau de

meandrização

1 a 2 86 2544,1 41,07 baixo baixo

2 a 3 63 1981,1 31,98 médio alternado

3 a 4 33 1303,3 21,04 moderado moderado

4 a 5 10 265,1 4,28 forte severo

5 a 6 3 101,1 1,63 excepcional excepcional

Total 195 6194,7 100,00

Fonte: Elaborada pelo autor.

As sub-bacias hidrográficas apresentam valor médio do coeficiente de

manutenção de 1.297 m/m2, reflexo do tamanho da área e do comprimento dos

canais. Esse índice reflete a área mínima necessária para que cada sub-bacia

possa manter um canal perene. Porém, depende muito da condição morfológica

e, de modo particular, da declividade do terreno. A condição morfológica pode ser

avaliada em função de muitos fatores e de algumas variáveis, como a rugosidade

(Tabela 15) e a declividade (Tabela 16), cujos resultados podem ser tomados

como referências para a classificação do relevo e da declividade.

Tabela 15 – Classificação do relevo e grau de dissecação nas sub-bacias.

RugosidadeNúmero de

casos

Área

ocupada

(Km²)

Representação

entre as sub-

bacias (%)

Classificação Relevo dominanteGrau de

dissecação

Áte 3 2 46,6 0,75 muito baixa plano muito baixo

3 a 8 35 944,4 15,25 baixa suave ondulado baixo

8 a 13 48 1517,9 24,50 média moderadamente ondulado médio

13 a 20 52 1652,5 26,68 moderada ondulado moderado

20 a 45 56 1990,6 32,13 forte forte-ondulado forte

Acima de 45 2 42,7 0,69 excepcional montanhoso excepcional

Total 195 6194,7 100,00 - - -

Fonte: Elaborada pelo autor.

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96

A área apresentou 83% das sub-bacias com rugosidade de média a forte

que, na classificação adotada para relevo dominante, vai de moderadamente

ondulado a forte ondulado, com grau de dissecação de médio a forte. As áreas

que tiveram classificadas de baixa a muito baixa somaram 16%, indicando uma

condição de relevo plano a suavemente ondulado, corroborando a análise do

índice de bifurcação. Esta situação não muda muito quando avaliado o gradiente

de declividade (Tabela 16), com 66% das áreas delimitadas pelas sub-bacias

classificadas com relevo variando de moderadamente ondulado a forte-ondulado

e 33% de plano a suavemente ondulado.

Tabela 16 – Classificação do relevo e do grau de dissecação, em função

da declividade nas sub-bacias do Pajeú.

Declividade

(%)

Número de

casos

Área

ocupada

(km²)

Representação

entre as sub-

bacias (%)

ClassificaçãoGrau de

dissecação

Áte 3 35 883,8 14,27 plano muito baixa

3 a 8 40 1180,9 19,06 suave ondulado baixa

8 a 13 26 847,7 13,68 moderadamente ondulado média

13 a 20 43 1461,6 23,59 ondulado moderada

20 a 45 49 1744,2 28,16 forte-ondulado forte

Acima de 45 2 76,5 1,23 montanhoso excepcional

Total 195 6194,7 100,00 - -

Fonte: Elaborada pelo autor.

Com a caracterização física das sub-bacias, foi realizado o diagnóstico das

áreas, com a finalidade de caracterizar os ambientes de várzeas. Dentre as sub-

bacias, 163 sub-bacias apresentaram áreas com até 10% no total de suas terras

ocupadas com áreas de várzeas, 24 sub-bacias com até 20%, 2 sub-bacias com

até 30% e 6 sub-bacias com até 1% (Tabela 17) e (Gráfico 5).

Tabela 17 – Distribuição das classes de cobertura do solo e

áreas de várzeas nas sub-bacias do Pajeú.

Área

Ocupada

(%)

Vegetação

natural

(nº)

Solo

exposto

(nº)

Áreas com

Pastagens

(nº)

Áreas com

Cultivos

(nº)

Áreas de

várzeas

(nº)

Até 1 14 - 3 4 6

1 a 10 28 6 86 111 163

10 a 20 34 34 48 54 24

20 a 30 30 26 41 10 2

30 a 40 34 18 13 9 -

40 a 50 29 14 2 4 -

50 a 60 14 34 1 2 -

60 a 70 6 23 1 1 -

Acima de 70 6 40 0 - -

Fonte: Elaborada pelo autor.

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97

Gráfico 5 – Distribuição das áreas de várzeas em relação às áreas totais

nas sub-bacias do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Essa informação pode ser relacionada à umidade capturada pelo sensor do

satélite durante o imageamento da área, uma vez que nas áreas de topografia

plana e menor declividade junto aos canais de drenagem, a disponibilidade de

água é maior, principalmente em função dos solos e de escoamento superficial,

que sustentam as áreas de várzeas, abastecem os açudes e os mananciais. Esse

resultado demonstra o quanto, no clima semiárido, é importante a identificação

dessas áreas para minimizar os impactos das estiagens do período de seco,

quando a disponibilidade de água tornar-se crítica. Não só para a cobertura das

paisagens, mas, sobretudo, para as atividades agrícolas.

A caracterização das áreas de várzeas foi realizada em função das

características físicas de cada sub-bacia, obedecendo à estratificação de suas

áreas em intervalos de classes já estabelecidos. A menor cota topográfica, a

declividade e a maior área úmida junto à calha dos canais de drenagem, foram as

variáveis limitantes para a caracterização dessas áreas no semiárido.

5.4 – Classificação e zoneamento das sub-bacias com base nas características

físicas e cobertura do solo.

Realizado o diagnóstico físico das áreas das sub-bacias, com base nas

informações relacionadas à rede de drenagem e as variáveis morfológicas, foi

possível caracterizar as áreas de ocorrências de várzeas nas sub-bacias do

6

163

24 2 0 0 0 0 0

0

50

100

150

200

Até 1 1 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50 50 a 60 60 a 70 Acima de70

Núm

ero

de C

asos

Área (%)

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98

Pajeú. Inicialmente, essas áreas foram identificadas, com base nas cotas

topográficas que não ultrapassassem a variação de 0 a 10 metros junto a calha

do canal principal, obedecendo a mudança de nível do terreno ao longo da rede

de drenagem de cada sub-bacia de terceira ordem. Posteriormente, com os dados

referentes a morfometria e morfologia, foi possível observar que as áreas de

várzeas estavam diretamente relacionadas as sub-bacias com menor variação na

declividade, nas quais havia domínio de relevo plano a suavemente ondulado.

Nas sub-bacias com menor variação de declividades, foi possível observar

maior presença de áreas úmidas, onde as áreas de várzeas são maiores e o solo

é mais utilizado com cultivos de subsistência. Essas áreas estão bem distribuídas

no médio e baixo Pajeú.

Como as variáveis físicas já haviam sido determinadas por parâmetros

morfométricos e morfológicos faltava conhecer os tipos de coberturas do solo nas

sub-bacias para caracterizar os ambientes de várzeas. Para tanto, foi necessário

aplicar a classificação proposta para a cobertura e uso do solo nas sub-bacias a

partir dos resultados das imagens geradas pelo índice EVI (Enhanced Vegetation

Index). A classificação para cada sub-bacia foi da seguinte forma: água, caatinga

arbórea densa, caatinga arbóreo-arbustiva, caatinga arbustiva aberta, solo

exposto, áreas de cultivos e áreas com pastagens conforme distribuição e

ocorrências (Tabela 18).

A distribuição das classes de cobertura do solo mostra que as áreas de

várzeas são as mais utilizadas, com 66% das terras ocupadas com algum tipo de

atividade produtiva (Tabela 18). A pequena presença de áreas úmidas, partir

dessas informações, é outro resultado que mostra a importância das áreas de

várzeas para o semiárido a com destaque. A grande presença da classe de solos

expostos é resultado das condições naturais da região e do clima semiárido

durante o período de estiagem (Gráfico 6).

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99

Tabela 18 – Representação da distribuição dos tipos de

cobertura e uso do solo nas sub-bacias, áreas

de várzeas e bacia do Pajeú.

Nas áreas de

várzeas (%)

Nas áreas das

sub-bacias (%)

Na área da grande

bacia

Corpos de Água39,1 4,72 0,18 0,23

Solo Exposto7.110,26 24,04 45,48 42,61

Caatinga Arbórea1.409,41 1,72 11,38 8,45

Caatinga Arbóreo-

arbustiva 1.956,40 1,58 14,81 11,73

Caatinga

Arbustiva 363,72 0,39 2,13 2,18

Áreas com

pastagens 4534,89 20,84 14,86 27,18

Áreas de Cultivos1.271,85 46,70 11,15 7,62

Total16685,63 100,0 100,0 100,0

Classes de

Cobertura do Solo

Representação das Classes (%)

Área (Km²)

Fonte: Elaborado pelo autor.

A distribuição das classes de cobertura do solo (Tabela 18) mostra que as

áreas de várzeas são as mais utilizadas pelos agricultores da região do Pajeú,

com 46% das terras ocupadas com cultivos. O resultado de 24% para solo

exposto nas áreas de várzeas, 45% para toda a área de referência das sub-

bacias e de 42% para a área da grande bacia, foi um reflexo direto do período

seco (data de aquisição das imagens).

Gráfico 6 – Distribuição das áreas com solo exposto nas sub-bacias do Pajeú.

Fonte: Elaborado pelo autor.

6

34

26

18 14

34

23

40

0

10

20

30

40

50

1 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50 50 a 60 60 a 70 Acima de70

Núm

ero

de C

asos

Classes de proporções de Solo exposto (%)

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100

Outra informação importante, é a ocupação do solo pelas atividades de

cultivo (Gráfico 7) e pastagens (Gráfico 8) nas sub-bacias, percebendo-se o baixo

aproveitamento do solo para o desenvolvimento das atividades produtivas em

áreas fora dos ambientes de várzeas. Resultado que justifica o domínio das áreas

de solo exposto entre as sub-bacias. Das 195 sub-bacias estudadas, 111

apresentaram 10% de suas terras destinadas aos cultivos, seguidas por 54 com

até 20%, 19 com até 30% e 7 sub-bacias com expressivo aproveitamento de suas

áreas.

Gráfico 7 – Distribuição das áreas de cultivos no total das sub-bacias do

Pajeú, em função da área ocupada.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Gráfico 8 – Distribuição das áreas destinadas a agropecuária no total das

sub-bacias do Pajeú, em função da área ocupada.

4

111

54

10 9 4 2 1 0 0

20

40

60

80

100

120

Até 1 1 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50 50 a 60 60 a 70 Acima de70

Núm

ero

de C

asos

Classes de proporções de ocupação (%)

3

86

48 41

13 2 1 1 0

0

20

40

60

80

100

Até 1 1 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50 50 a 60 60 a 70 Acima de70

Núm

ero

de C

asos

Classes de proporções de pastagens (%)

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101

Entre as sub-bacias, 151 tiveram mais áreas de solo exposto que em

qualquer outra classe de cobertura. Esse resultado pode ser relacionado ao déficit

hídrico gerado com a seca e as baixas precipitações, que é muito comum na

região semiárida, principalmente por conta da concentração das chuvas em

apenas um período do ano.

Das 352 áreas de várzeas, 115 apresentaram áreas de cultivos, totalizando

171 km², que corresponde a pouco mais de 2,7% das terras das sub-bacias. Esse

resultado demonstra o quanto a bacia do Pajeú é subaproveitada para a

produção, em decorrência da falta de água e do clima semiárido da região.

Entre as 195 sub-bacias, 26 tiveram vegetação de caatinga representando

mais de 50% da área, havendo maior destaque para o tipo de caatinga arbóreo-

arbustiva. Essas áreas juntas representam apenas 8,5 % da área considerada

para todas as sub-bacias.

Nas Tabelas 19, 20 e 21 são apresentadas as informações que foram

consideradas neste estudo como resultados para o zoneamento das sub-bacias

de terceira ordem, a caracterização das áreas de várzeas e a distribuição das

suas características físicas, principalmente no que se refere à drenagem, a

declividade, a altitude e a cobertura do solo.

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102

Tabela 19 – Zoneamento das sub-bacias hidrográficas da bacia do rio Pajeú com suas respectivas áreas de várzeas e tipos de

cobertura do solo.

(Km²) (%) (Km²) (%) (Km²) (%) (Km²) (%) (Km²) (%) (Km²) (%) (Km²) (%)

Sb-1 32,58 2 0,9 2,76 3,91 12,00 5,32 16,33 5,04 15,47 6,71 20,60 4,77 14,64 0,06 0,18 6,77 20,78

Sb-2 41,74 3 2,89 6,92 6,22 14,90 5,62 13,46 3,49 8,36 8,04 19,26 12,63 30,26 0,05 0,12 5,69 13,63

Sb-3 24,07 1 0,93 3,86 1,58 6,56 2,97 12,34 1,28 5,32 6,21 25,80 9,83 40,84 0,01 0,04 2,19 9,10

Sb-4 29,22 2 1,17 4,00 3,51 12,01 3,41 11,67 1,14 3,90 8,95 30,62 8,78 30,05 0,04 0,14 3,39 11,60

Sb-5 31,27 1 0,89 2,85 3,71 11,87 4,74 15,16 2,84 9,08 7,98 25,51 7,74 24,76 0,01 0,03 4,25 13,59

Sb-6 20,88 1 1,51 7,23 0,91 4,36 3,19 15,28 2,98 14,27 5,70 27,29 2,84 13,60 0,17 0,81 5,09 24,38

Sb-7 39,40 2 3,93 9,97 2,66 6,75 7,05 17,89 6,3 15,99 8,94 22,70 5,71 14,49 0,23 0,58 8,51 21,60

Sb-8 42,47 1 1,86 4,38 4,88 11,49 6,96 16,39 3,74 8,81 11,68 27,50 10,7 25,20 0,09 0,21 4,42 10,41

Sb-9 29,75 1 2,84 9,55 2,34 7,87 7,05 23,70 3,78 12,71 5,98 20,10 6,05 20,34 0,25 0,84 4,3 14,45

Sb-10 22,65 1 3,9 17,22 1,61 7,11 4,9 21,63 2,96 13,07 3,65 16,11 3,84 16,95 0,4 1,77 5,29 23,36

Sb-11 47,95 3 3,6 7,51 4,13 8,61 6,35 13,24 9,92 20,69 12,29 25,62 6,5 13,56 0,03 0,06 8,73 18,21

Sb-12 20,95 2 0,82 3,91 1,97 9,40 2,6 12,41 2,4 11,46 7,03 33,56 3,98 19,00 0,01 0,05 2,96 14,13

Sb-13 71,38 2 6,64 9,30 13,18 18,47 16,99 23,80 9,39 13,16 12,02 16,84 13,21 18,51 0,2 0,28 6,39 8,95

Sb-14 27,06 1 1,42 5,25 7,68 28,39 2,16 7,98 0,28 1,03 5,69 21,02 3,58 13,23 0 0,00 7,67 28,35

Sb-15 20,40 2 0,73 3,58 14,03 68,79 0,97 4,76 0,01 0,05 1,32 6,46 2,63 12,89 0 0,00 1,44 7,06

Sb-16 31,44 1 3,72 11,83 1,41 4,49 5,82 18,51 2,96 9,42 10,38 33,01 5,32 16,92 0,07 0,22 5,48 17,43

Sb-17 23,45 2 1,78 7,59 8,25 35,17 1,13 4,82 0,02 0,09 5,27 22,49 3,34 14,24 0 0,00 5,44 23,19

Sb-18 20,92 2 2,39 11,43 0,48 2,29 3,23 15,44 2,69 12,86 7,10 33,92 4,17 19,94 0 0,00 3,25 15,54

Sb-19 35,01 2 1,86 5,31 15,3 43,70 1,37 3,91 0,01 0,03 7,23 20,65 6,58 18,80 0,01 0,03 4,51 12,88

Sb-20 28,63 2 2,1 7,33 6,56 22,91 2,59 9,05 0,01 0,03 6,05 21,14 4,87 17,01 0 0,00 8,55 29,86

Sb-21 22,71 2 2,23 9,82 1,4 6,16 7,1 31,26 1,96 8,63 4,70 20,71 3,57 15,72 0 0,00 3,98 17,52

Sb-22 19,49 2 4,87 24,99 0,72 3,69 3,71 19,03 0,89 4,57 4,46 22,89 6,45 33,09 0,03 0,15 3,23 16,57

Sb-23 32,85 2 3,93 11,96 1,08 3,29 5,13 15,62 1,01 3,07 14,13 43,01 7,02 21,37 0 0,00 4,48 13,64

Sb-24 41,34 3 2,74 6,63 1,31 3,17 9,48 22,93 1,83 4,43 15,60 37,73 5,89 14,25 0 0,00 7,23 17,49

Sb-25 35,52 2 2,51 7,07 1,37 3,86 8,47 23,84 1,96 5,52 8,49 23,91 5,88 16,55 0,05 0,14 9,3 26,18

Sb-26 20,36 2 0,98 4,81 0,59 2,90 4,33 21,27 2,88 14,15 5,83 28,63 2,21 10,86 0 0,00 4,52 22,20

Sb-27 25,05 1 0,69 2,75 9,77 39,00 3,11 12,41 0 0,00 6,26 25,00 2,13 8,50 0 0,00 3,78 15,09

Sb-28 38,19 2 1,34 3,51 4,96 12,99 4,19 10,97 0 0,00 9,35 24,48 2,94 7,70 0,03 0,08 16,72 43,78

Sb-29 25,22 2 1,69 6,70 1,61 6,38 11,06 43,86 1,63 6,46 2,47 9,79 3,17 12,57 0 0,00 5,28 20,94

Sb-30 36,95 3 0,72 1,95 1,47 3,98 2,67 7,23 0,03 0,08 2,13 5,76 0,79 2,14 0,01 0,03 29,85 80,79

Sb-31 30,05 2 1,67 5,56 0,86 2,86 8,83 29,38 2,98 9,92 8,11 26,99 3,13 10,42 0 0,00 6,14 20,43

Sb-32 27,29 3 1,52 5,57 1,04 3,81 1,88 6,89 0,1 0,37 6,29 23,05 2,98 10,92 0 0,00 15 54,96

Sb-33 42,45 3 2,6 6,12 1,14 2,69 11,38 26,81 1,61 3,79 13,67 32,21 4,96 11,68 0,01 0,02 9,68 22,80

Sb-34 26,65 1 0,65 2,44 1,57 5,89 8,74 32,80 0,56 2,10 4,21 15,79 1,76 6,60 0,01 0,04 9,8 36,78

Sb-35 39,91 3 1,31 3,28 1,03 2,58 12,11 30,34 1,87 4,69 9,21 23,08 2,17 5,44 0,01 0,03 13,51 33,85

Sb-36 36,07 2 0,86 2,38 0,8 2,22 2 5,55 0 0,00 3,47 9,62 0,54 1,50 0 0,00 29,26 81,12

Sb-37 20,71 2 0,98 4,73 3,17 15,31 4,17 20,14 0,1 0,48 1,63 7,86 5,48 26,46 0 0,00 6,16 29,75

Sb-38 20,62 1 0,84 4,07 3,95 19,16 1,9 9,21 0,01 0,05 7,38 35,79 1,17 5,67 0 0,00 6,21 30,11

Sb-39 24,70 3 2,89 11,70 0,54 2,19 0,32 1,30 0 0,00 4,78 19,34 3,92 15,87 0 0,00 15,14 61,31

Sb-40 60,50 2 4,38 7,24 10,79 17,83 5,45 9,01 0,01 0,02 11,52 19,05 7,13 11,78 0,26 0,43 25,34 41,88

Áreas de Cultivos Corpos Hídricos Áreas sem CoberturaSub-

bacias

(ordem)

Áreas das

Sub-bacias

(Km²)

Número

de

Várzeas

Áreas

das

Várzeas

(Km²)

Representação

das Várzeas

nas Sub-bacias

(%)

Tipo de Cobertura do Solo nas Sub-bacias

Caatinga ArbóreaCaatinga Arbórea-

arbustivaCaatinga Arbustiva Áreas com Pastagens

Page 103: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

103

Continuação.....

Sb-41 19,61 1 1,18 6,02 2,84 14,48 3,39 17,29 0,02 0,10 4,29 21,87 1,89 9,64 0 0,00 7,18 36,62

Sb-42 21,48 2 0,95 4,42 0,5 2,33 1,04 4,84 0 0,00 5,93 27,62 1,45 6,75 0 0,00 12,56 58,46

Sb-43 25,38 1 0,4 1,58 1,45 5,71 1,14 4,49 0 0,00 6,47 25,48 1,71 6,74 0 0,00 14,61 57,57

Sb-44 25,52 1 0,87 3,41 4,11 16,10 0,42 1,65 0 0,00 6,23 24,42 12,05 47,22 0 0,00 2,71 10,62

Sb-45 27,90 1 2,01 7,20 3,27 11,72 3,63 13,01 0,01 0,04 4,13 14,81 1,52 5,45 0 0,00 15,34 54,98

Sb-46 55,71 3 2,2 3,95 22,75 40,84 7,84 14,07 0,07 0,13 7,14 12,81 9,42 16,91 0,02 0,04 8,47 15,20

Sb-47 21,61 1 1,12 5,18 5,78 26,74 4,4 20,36 3,25 15,04 1,96 9,09 2,97 13,74 0 0,00 3,25 15,04

Sb-48 36,42 3 1,33 3,65 8,73 23,97 3,83 10,52 0,01 0,03 7,94 21,80 3,82 10,49 0 0,00 12,09 33,20

Sb-49 73,57 2 2,33 3,17 3,44 4,68 9,38 12,75 0,15 0,20 15,77 21,43 7,95 10,81 0 0,00 36,88 50,13

Sb-50 64,97 4 1,72 2,65 3,18 4,89 15,89 24,46 0,22 0,34 9,23 14,21 5,7 8,77 0 0,00 30,75 47,33

Sb-51 37,52 2 4,68 12,47 1,74 4,64 7,89 21,03 1,79 4,77 9,17 24,45 7,9 21,05 0,02 0,05 9,01 24,01

Sb-52 52,90 3 3,58 6,77 4,93 9,32 14,1 26,66 9,03 17,07 9,04 17,08 7,92 14,97 0 0,00 7,88 14,90

Sb-53 21,49 2 0,63 2,93 2,62 12,19 1,22 5,68 0 0,00 3,59 16,71 1,1 5,12 0 0,00 12,96 60,31

Sb-54 19,84 2 0,81 4,08 0,43 2,17 0,61 3,07 0 0,00 3,00 15,12 0,69 3,48 0 0,00 15,11 76,16

Sb-55 24,45 2 2,01 8,22 0,97 3,97 2,07 8,46 0,01 0,04 9,43 38,58 4,08 16,68 0,06 0,25 7,83 32,02

Sb-56 26,25 1 0,32 1,22 2,63 10,02 0,39 1,49 0 0,00 5,47 20,83 9,35 35,62 0 0,00 8,41 32,04

Sb-57 34,79 1 0,41 1,18 13,99 40,21 1,91 5,49 0,22 0,63 3,15 9,05 7,5 21,56 0 0,00 8,02 23,05

Sb-58 36,87 1 0,7 1,90 10,73 29,10 7,07 19,18 0,2 0,54 5,06 13,72 3,8 10,31 0 0,00 10,01 27,15

Sb-59 31,73 1 1,85 5,83 1,66 5,23 8,93 28,15 3,52 11,09 7,51 23,66 3,18 10,02 0 0,00 6,93 21,84

Sb-60 22,12 1 0,21 0,95 0,26 1,18 3,66 16,55 0,03 0,14 4,84 21,87 0,64 2,89 0 0,00 12,69 57,38

Sb-61 28,35 1 0,57 2,01 5,42 19,12 8,61 30,37 2,98 10,51 2,17 7,64 2,21 7,80 0 0,00 6,96 24,55

Sb-62 23,50 1 1,29 5,49 1,5 6,38 7,56 32,17 8,27 35,19 1,40 5,97 1,76 7,49 0 0,00 3,01 12,81

Sb-63 19,45 2 0,39 2,00 6,51 33,47 3,26 16,76 0 0,00 1,08 5,56 2,49 12,80 0 0,00 6,11 31,41

Sb-64 30,71 1 2,08 6,77 3,05 9,93 8,29 26,99 4,66 15,17 6,11 19,91 3,93 12,80 0,06 0,20 4,61 15,01

Sb-65 22,73 1 0,16 0,70 0,37 1,63 6,42 28,24 0,01 0,04 1,02 4,50 0,16 0,70 0 0,00 14,75 64,88

Sb-66 25,65 2 1,18 4,60 0,89 3,47 4,6 17,94 0,03 0,12 4,84 18,86 1,74 6,78 0 0,00 13,55 52,83

Sb-67 23,11 1 0,38 1,64 0,74 3,20 11,68 50,53 0,01 0,04 1,77 7,67 1,17 5,06 0 0,00 7,74 33,49

Sb-68 34,52 2 0,8 2,32 3,23 9,36 2,43 7,04 0 0,00 9,63 27,91 7,37 21,35 0 0,00 11,86 34,35

Sb-69 28,73 3 1,64 5,71 3,91 13,61 2,89 10,06 0,01 0,03 1,82 6,34 2,03 7,07 0 0,00 18,07 62,89

Sb-70 35,82 3 0,91 2,54 0,94 2,62 2,5 6,98 0 0,00 3,32 9,27 1,35 3,77 0 0,00 27,71 77,36

Sb-71 25,25 3 3,53 13,98 0,51 2,02 2,38 9,43 0,01 0,04 6,89 27,27 4,18 16,56 0,01 0,04 11,27 44,64

Sb-72 48,78 2 0,46 0,94 7,34 15,05 10,35 21,22 0,11 0,23 9,69 19,86 3,07 6,29 0 0,00 18,22 37,35

Sb-73 19,44 2 1,65 8,49 1,49 7,66 3,5 18,00 3,53 18,16 6,11 31,43 2,37 12,19 0 0,00 2,44 12,55

Sb-74 36,72 2 0,65 1,77 5,73 15,61 4,12 11,22 0,01 0,03 4,77 12,98 1,29 3,51 0 0,00 20,8 56,65

Sb-75 25,82 2 1,78 6,89 0,36 1,39 2,57 9,95 0,03 0,12 4,50 17,44 2,16 8,36 0 0,00 16,2 62,73

Sb-76 26,81 2 1,31 4,89 1,13 4,21 1,57 5,86 0,02 0,07 4,02 15,01 1,71 6,38 0,02 0,07 18,34 68,40

Sb-77 24,03 1 0,32 1,33 1,97 8,20 8,04 33,45 0,01 0,04 3,79 15,78 1,12 4,66 0 0,00 9,1 37,86

Sb-78 59,27 3 2,12 3,58 18,9 31,89 1,89 3,19 0 0,00 16,82 28,38 8,88 14,98 0 0,00 12,78 21,56

Sb-79 42,79 1 1,62 3,79 6,75 15,78 8,46 19,77 7,95 18,58 9,70 22,67 4,59 10,73 0,13 0,30 5,21 12,18

Sb-80 22,47 2 0,75 3,34 6,38 28,39 2,69 11,97 0,03 0,13 0,94 4,20 0,49 2,18 0 0,00 11,94 53,13

Sb-81 62,19 3 4,25 6,83 8,73 14,04 5,69 9,15 0,1 0,16 7,02 11,28 5,29 8,51 1,86 2,99 33,5 53,87

Sb-82 57,08 3 3,91 6,85 13,65 23,91 3,92 6,87 0,03 0,05 11,05 19,36 8,39 14,70 0,02 0,04 20,02 35,07

Sb-83 24,78 2 1,17 4,72 1,85 7,46 4,28 17,27 0,01 0,04 1,23 4,98 1,08 4,36 0 0,00 16,33 65,89

Sb-84 32,51 1 1,25 3,85 13,68 42,08 0,68 2,09 0 0,00 4,29 13,19 10,43 32,08 0 0,00 3,43 10,55

Sb-85 41,40 1 0,53 1,28 9,94 24,01 4,6 11,11 0,01 0,02 4,99 12,06 0,94 2,27 0 0,00 20,92 50,53

Sb-86 27,55 3 1,08 3,92 5,77 20,95 5,31 19,28 0 0,00 1,08 3,91 0,73 2,65 0 0,00 14,66 53,22

Sb-87 41,15 1 7,44 18,08 5,47 13,29 4,13 10,04 0,02 0,05 4,59 11,14 5,25 12,76 0,58 1,41 21,11 51,31

Sb-88 19,96 1 3,39 16,98 1,8 9,02 5,39 27,00 0,02 0,10 1,78 8,92 3,88 19,44 0 0,00 7,09 35,52

Sb-89 21,61 2 2,15 9,95 0,69 3,19 2,43 11,25 0,07 0,32 1,30 6,00 2,49 11,52 0 0,00 14,63 67,71

Sb-90 23,81 1 0,65 2,73 3,51 14,74 3,47 14,57 0 0,00 3,25 13,65 0,16 0,67 0 0,00 13,42 56,36

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104

Continuação.... Sb-91 31,69 2 1,64 5,18 1,21 3,82 5,39 17,01 0,19 0,60 2,73 8,61 1,35 4,26 0 0,00 20,82 65,70

Sb-92 19,17 2 0,58 3,03 0,61 3,18 2,84 14,82 0 0,00 2,19 11,41 0,33 1,72 0 0,00 13,2 68,87

Sb-93 25,98 2 0,7 2,69 2,38 9,16 6,68 25,72 0 0,00 1,18 4,53 0,17 0,65 0 0,00 15,57 59,94

Sb-94 19,65 1 0,34 1,73 2,32 11,80 4,16 21,17 0 0,00 0,99 5,05 0,54 2,75 0 0,00 11,64 59,23

Sb-95 38,95 2 0,7 1,80 2,8 7,19 13,3 34,15 0,05 0,13 2,77 7,10 0,93 2,39 0 0,00 19,1 49,04

Sb-96 20,00 1 1,21 6,05 0,04 0,20 0,13 0,65 0 0,00 3,28 16,40 0,89 4,45 0,02 0,10 15,64 78,20

Sb-97 21,18 1 2,15 10,15 1,27 6,00 5,87 27,72 0,07 0,33 1,81 8,54 1,57 7,41 0 0,00 10,59 50,00

Sb-98 53,29 2 3,7 6,94 4,81 9,03 2,21 4,15 0,01 0,02 4,35 8,17 2,45 4,60 0 0,00 39,46 74,05

Sb-99 23,31 1 2,3 9,87 2,14 9,18 6,83 29,30 0,02 0,09 4,14 17,78 1,93 8,28 0 0,00 8,25 35,39

Sb-100 24,44 1 0,32 1,31 3,78 15,47 7,15 29,26 0 0,00 0,68 2,78 0,31 1,27 0 0,00 12,52 51,23

Sb-101 26,60 1 2,8 10,53 3,21 12,07 4,59 17,26 0,1 0,38 4,94 18,56 0,78 2,93 0 0,00 12,98 48,81

Sb-102 32,57 1 3,84 11,79 1,08 3,32 3,83 11,76 0,01 0,03 5,04 15,46 3,4 10,44 0 0,00 19,21 58,99

Sb-103 29,98 1 1,19 3,97 2,38 7,94 6,91 23,05 0,2 0,67 2,20 7,34 1,12 3,74 0,04 0,13 17,13 57,14

Sb-104 24,45 2 0,51 2,09 0,37 1,51 1,19 4,87 0 0,00 6,47 26,48 0,54 2,21 0 0,00 15,88 64,94

Sb-105 19,74 1 2,07 10,49 0,09 0,46 0,38 1,93 0 0,00 6,60 33,43 0,66 3,34 0 0,00 12,01 60,85

Sb-106 31,87 1 1,21 3,80 2,07 6,50 2,28 7,16 0,01 0,03 5,79 18,15 0,79 2,48 0 0,00 20,93 65,68

Sb-107 28,93 2 0,72 2,49 3,16 10,92 8,93 30,87 0,13 0,45 1,74 6,01 0,88 3,04 0 0,00 14,09 48,71

Sb-108 29,83 2 0,58 1,94 1,5 5,03 2,89 9,69 0 0,00 8,42 28,24 0,83 2,78 0 0,00 16,19 54,27

Sb-109 58,89 2 6,82 11,58 3,87 6,57 10,74 18,24 0,04 0,07 3,34 5,67 2,71 4,60 1,1 1,87 37,09 62,98

Sb-110 29,51 1 0,45 1,52 0,43 1,46 1,5 5,08 0,02 0,07 4,16 14,10 1,58 5,35 4,75 16,10 17,07 57,84

Sb-111 35,24 1 0,35 0,99 1,77 5,02 5,09 14,44 0 0,00 0,90 2,55 0,21 0,60 0 0,00 27,27 77,39

Sb-112 25,11 1 3,06 12,19 0,45 1,79 0,68 2,71 0 0,00 1,81 7,21 1,51 6,01 0 0,00 20,66 82,27

Sb-113 35,60 2 1,2 3,37 4,18 11,74 2,51 7,05 0,04 0,11 7,54 21,18 1,64 4,61 0 0,00 19,69 55,31

Sb-114 31,01 2 1,1 3,55 1,83 5,90 1,75 5,64 0,01 0,03 11,63 37,51 1,7 5,48 0 0,00 14,09 45,44

Sb-115 24,72 3 0,83 3,36 1,7 6,88 1,99 8,05 0,06 0,24 2,19 8,86 0,58 2,35 0 0,00 18,2 73,63

Sb-116 25,12 3 1,84 7,32 5,28 21,02 7,59 30,21 0,01 0,04 2,10 8,37 1,28 5,09 0 0,00 8,86 35,27

Sb-117 79,36 1 3,53 4,45 12,14 15,30 33,84 42,64 0,41 0,52 6,49 8,18 5,3 6,68 0 0,00 21,18 26,69

Sb-118 22,01 1 0,48 2,18 0,82 3,73 2,13 9,68 0 0,00 0,49 2,23 0,3 1,36 0 0,00 18,27 83,01

Sb-119 20,75 1 0,39 1,88 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1,99 9,61 0,33 1,59 0 0,00 18,43 88,80

Sb-120 27,41 3 1,24 4,52 0,58 2,12 2,13 7,77 0,02 0,07 4,17 15,22 0,6 2,19 0 0,00 19,91 72,63

Sb-121 19,56 1 0,27 1,38 1,63 8,33 2,43 12,42 0 0,00 0,96 4,92 0,24 1,23 0 0,00 14,3 73,10

Sb-122 29,67 2 1,21 4,08 0,41 1,38 0,9 3,03 0 0,00 5,04 17,00 0,33 1,11 0 0,00 22,99 77,47

Sb-123 36,77 2 0,47 1,28 10,32 28,07 18,82 51,19 0,08 0,22 0,75 2,03 2,29 6,23 0 0,00 4,51 12,27

Sb-124 25,11 2 1,45 5,77 0,16 0,64 0,25 1,00 0 0,00 1,21 4,81 1 3,98 0 0,00 22,49 89,57

Sb-125 23,07 1 0,24 1,04 10,08 43,69 7,91 34,28 0,03 0,13 0,11 0,48 1,27 5,50 0 0,00 3,67 15,91

Sb-126 24,97 1 2,42 9,69 0,2 0,80 1,03 4,13 0 0,00 1,92 7,69 1,35 5,41 0,01 0,04 20,46 81,94

Sb-127 27,23 3 2,1 7,71 4,81 17,66 7,26 26,66 0 0,00 1,33 4,89 1,15 4,22 0 0,00 12,68 46,56

Sb-128 39,54 1 4,91 12,42 0,07 0,18 0,09 0,23 0 0,00 2,97 7,52 2,45 6,20 0 0,00 33,96 85,88

Sb-129 26,38 2 1,13 4,28 6,12 23,20 9,74 36,92 0,11 0,42 2,14 8,11 2,65 10,05 0 0,00 5,62 21,30

Sb-130 35,74 1 1,26 3,53 13,77 38,53 3,51 9,82 0,09 0,25 4,98 13,93 5,93 16,59 0 0,00 7,46 20,87

Sb-131 47,25 2 4,82 10,20 6,25 13,23 18,93 40,06 0,14 0,30 6,19 13,10 6,96 14,73 0 0,00 8,78 18,58

Sb-132 28,60 2 0,53 1,85 2,66 9,30 3,51 12,27 0 0,00 1,66 5,79 0,4 1,40 0 0,00 20,37 71,23

Sb-133 34,52 2 3,22 9,33 0,55 1,59 0,82 2,38 0,01 0,03 1,23 3,55 1,78 5,16 0 0,00 30,13 87,29

Sb-134 22,98 1 2,19 9,53 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0,95 4,12 0,85 3,70 0 0,00 21,18 92,18

Sb-135 20,43 1 0,39 1,91 5,66 27,71 4,13 20,22 0,18 0,88 1,84 8,99 1,14 5,58 0 0,00 7,48 36,62

Sb-136 23,26 3 0,65 2,79 9,32 40,07 4,73 20,34 0,21 0,90 1,74 7,48 2,87 12,34 0,01 0,04 4,38 18,83

Sb-137 25,52 1 1,4 5,49 1,49 5,84 5,52 21,63 0,03 0,12 2,30 9,00 0,37 1,45 0 0,00 15,81 61,96

Sb-138 41,44 2 0,41 0,99 3,3 7,96 3,96 9,56 0 0,00 2,84 6,85 1,01 2,44 0 0,00 30,33 73,19

Sb-139 32,92 1 1,22 3,71 0,3 0,91 0,26 0,79 0,01 0,03 1,98 6,01 0,4 1,22 0,01 0,03 29,96 91,01

Sb-140 36,95 1 3,72 10,07 1,53 4,14 8,67 23,46 0,02 0,05 3,61 9,77 2,61 7,06 0 0,00 20,51 55,50

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105

Continuação.... Sb-141 27,58 1 3 10,88 1,26 4,57 0,97 3,52 0,03 0,11 1,76 6,37 0,97 3,52 0 0,00 22,59 81,92

Sb-142 30,14 3 1,71 5,67 0 0,00 0 0,00 0 0,00 7,03 23,33 0,72 2,39 0 0,00 22,39 74,28

Sb-143 26,68 3 0,58 2,17 4,43 16,60 3,01 11,28 0,06 0,22 2,72 10,19 8,9 33,36 0,01 0,04 7,55 28,30

Sb-144 41,37 2 2,91 7,03 0,4 0,97 0,41 0,99 0 0,00 2,36 5,70 1,42 3,43 0 0,00 36,78 88,90

Sb-145 29,15 2 2,71 9,30 0,23 0,79 0,3 1,03 0,01 0,03 2,48 8,52 1,07 3,67 0 0,00 25,06 85,96

Sb-146 29,09 4 1,28 4,40 5,93 20,38 2,91 10,00 0,12 0,41 2,16 7,43 14,03 48,23 0 0,00 3,94 13,54

Sb-147 25,78 1 2,5 9,70 0,05 0,19 0,12 0,47 0 0,00 9,07 35,19 1,55 6,01 0,01 0,04 14,98 58,10

Sb-148 62,83 1 2,22 3,53 10,05 16,00 18,3 29,13 0,05 0,08 1,19 1,89 1,82 2,90 0 0,00 31,42 50,01

Sb-149 30,09 2 0,72 2,39 4,59 15,25 2,45 8,14 0,03 0,10 4,14 13,77 14,8 49,18 0 0,00 4,08 13,56

Sb-150 26,94 3 0,89 3,30 4,74 17,60 7,07 26,25 0,01 0,04 0,23 0,84 10,18 37,79 0 0,00 4,71 17,49

Sb-151 44,69 3 1,25 2,80 6,95 15,55 10,18 22,78 0,02 0,04 2,04 4,56 1,51 3,38 0 0,00 23,99 53,68

Sb-152 42,91 3 1,36 3,17 8,71 20,30 5 11,65 0,13 0,30 1,01 2,35 24,52 57,15 0 0,00 3,54 8,25

Sb-153 41,40 3 1,71 4,13 1,64 3,96 2,51 6,06 0 0,00 2,35 5,68 1,59 3,84 0,02 0,05 33,29 80,41

Sb-154 42,80 3 1,9 4,44 0,19 0,44 4,36 10,19 0 0,00 10,01 23,39 2,5 5,84 0,1 0,23 25,64 59,90

Sb-155 27,58 1 2,74 9,93 4,03 14,61 4,6 16,68 0,04 0,15 0,92 3,35 1,47 5,33 0 0,00 16,52 59,89

Sb-156 32,71 2 1,16 3,55 5,13 15,69 7,63 23,33 0,01 0,03 0,55 1,67 0,78 2,38 0 0,00 18,61 56,90

Sb-157 24,22 1 1,56 6,44 3,72 15,36 2,43 10,03 0,04 0,17 1,51 6,25 13,12 54,16 0 0,00 3,4 14,04

Sb-158 52,50 1 7,48 14,25 0,29 0,55 0,32 0,61 0,09 0,17 5,26 10,01 4,05 7,72 0,03 0,06 42,46 80,88

Sb-159 32,84 3 2,95 8,98 1,21 3,68 0,5 1,52 0 0,00 1,18 3,60 1,8 5,48 0 0,00 28,15 85,72

Sb-160 32,42 2 1,21 3,73 8,31 25,63 0,59 1,82 0,04 0,12 0,39 1,21 21,87 67,46 0,07 0,22 1,15 3,55

Sb-161 25,34 1 0,23 0,91 9,57 37,77 9,29 36,66 0,02 0,08 0,40 1,58 0,28 1,10 0 0,00 5,78 22,81

Sb-162 30,71 2 0,37 1,20 2,3 7,49 5,46 17,78 0 0,00 1,04 3,39 2,24 7,29 0 0,00 19,67 64,05

Sb-163 29,73 3 1,11 3,73 0,01 0,03 0,03 0,10 0 0,00 15,29 51,42 1,38 4,64 0,06 0,20 12,96 43,60

Sb-164 19,70 2 1 5,08 1,22 6,19 0,93 4,72 0 0,00 0,38 1,92 1 5,08 0 0,00 16,17 82,09

Sb-165 25,36 2 0,72 2,84 0,19 0,75 1,31 5,17 0 0,00 8,58 33,82 2 7,89 0 0,00 13,28 52,37

Sb-166 24,66 1 0,32 1,30 6,25 25,34 13,99 56,73 0,46 1,87 0,32 1,30 2,61 10,58 0 0,00 1,03 4,18

Sb-167 24,22 2 1,25 5,16 6,45 26,64 3,95 16,31 0,18 0,74 1,20 4,94 9,06 37,41 0 0,00 3,38 13,96

Sb-168 25,12 2 2,19 8,72 0,98 3,90 0,99 3,94 0,04 0,16 4,20 16,73 7,46 29,69 0 0,00 11,45 45,58

Sb-169 54,55 2 1,17 2,14 9,91 18,17 24,06 44,10 0,01 0,02 0,63 1,16 4,55 8,34 0,01 0,02 15,38 28,19

Sb-170 43,85 3 3,05 6,96 3,29 7,50 2,92 6,66 0,01 0,02 1,62 3,70 2,61 5,95 0,09 0,21 33,31 75,96

Sb-171 32,08 2 0,42 1,31 3,03 9,45 9,8 30,55 0 0,00 0,27 0,84 1,78 5,55 0 0,00 17,2 53,62

Sb-172 20,88 2 1,57 7,52 0,24 1,15 1,89 9,05 0,1 0,48 1,85 8,88 2,57 12,31 0 0,00 14,23 68,14

Sb-173 19,27 2 0,41 2,13 2,35 12,19 9,61 49,87 0 0,00 0,31 1,61 0,81 4,20 0 0,00 6,19 32,12

Sb-174 28,49 2 0,79 2,77 1,71 6,00 4,93 17,31 0 0,00 0,57 1,99 1,31 4,60 0 0,00 19,97 70,10

Sb-175 23,27 1 0,74 3,18 2,15 9,24 9,43 40,52 0,96 4,13 0,72 3,10 7,18 30,85 0 0,00 2,83 12,16

Sb-176 52,88 3 2,08 3,93 0,18 0,34 1,11 2,10 0,02 0,04 14,96 28,29 2,79 5,28 0,11 0,21 33,71 63,75

Sb-177 24,07 2 1,74 7,23 1,9 7,89 2,75 11,43 0 0,00 1,60 6,65 1,96 8,14 0 0,00 15,86 65,89

Sb-178 43,71 2 1,44 3,29 2,51 5,74 3,82 8,74 0 0,00 1,41 3,23 0,77 1,76 0 0,00 35,2 80,52

Sb-179 25,92 2 0,57 2,20 9,93 38,32 3,93 15,16 0 0,00 0,85 3,26 0,68 2,62 0 0,00 10,53 40,63

Sb-180 19,96 1 0,22 1,10 0,63 3,16 0,49 2,46 0 0,00 1,05 5,25 0,34 1,70 0 0,00 17,45 87,44

Sb-181 33,93 1 6,3 18,57 0,07 0,21 0,01 0,03 0 0,00 6,31 18,61 5,66 16,68 0,01 0,03 21,87 64,45

Sb-182 30,40 1 0,45 1,48 11,82 38,88 1,41 4,64 0,01 0,03 1,11 3,66 1,81 5,95 0 0,00 14,24 46,84

Sb-183 25,13 1 1,58 6,29 0,03 0,12 0,19 0,76 0,03 0,12 4,99 19,84 4,25 16,91 0 0,00 15,64 62,25

Sb-184 28,93 2 1,19 4,11 1,03 3,56 2,48 8,57 0 0,00 2,63 9,10 2,78 9,61 0 0,00 20,01 69,16

Sb-185 24,72 2 1,52 6,15 0,06 0,24 0,34 1,38 0 0,00 2,89 11,68 2,07 8,38 0 0,00 19,36 78,33

Sb-186 27,57 1 3,22 11,68 1,25 4,53 3,31 12,01 0,01 0,04 3,30 11,96 3,01 10,92 0 0,00 16,69 60,54

Sb-187 23,35 1 0,67 2,87 0,51 2,18 1,39 5,95 0,01 0,04 1,05 4,52 1,52 6,51 0 0,00 18,87 80,80

Sb-188 19,83 2 2,24 11,30 0 0,00 0,01 0,05 0 0,00 8,20 41,35 1,6 8,07 0 0,00 10,02 50,53

Sb-189 22,92 1 5,16 22,52 0,01 0,04 0,01 0,04 0,01 0,04 4,45 19,41 4,84 21,12 0 0,00 13,6 59,34

Sb-190 24,23 3 1,98 8,17 0,04 0,17 0,01 0,04 0 0,00 3,64 15,03 1,96 8,09 0,01 0,04 18,57 76,64

Sb-191 52,02 3 0,65 1,25 13,7 26,34 11,71 22,51 0,21 0,40 2,28 4,38 2,48 4,77 0 0,00 21,64 41,60

Sb-192 45,52 1 0,67 1,47 0,78 1,71 0,67 1,47 0 0,00 2,31 5,08 1,97 4,33 0 0,00 39,79 87,41

Sb-193 33,58 2 2,05 6,11 0,29 0,86 0,32 0,95 0 0,00 2,51 7,47 2,93 8,73 0,01 0,03 27,52 81,96

Sb-194 31,62 1 1,4 4,43 0,04 0,13 0,08 0,25 0 0,00 5,17 16,36 3,97 12,55 0 0,00 22,36 70,71

Sb-195 51,31 1 5,17 10,08 0,01 0,02 0,05 0,10 0 0,00 33,96 66,18 5,97 11,64 0,11 0,21 11,21 21,85

Page 106: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

106

Tabela 20 – Quadro do zoneamento das sub-bacias hidrográficas da bacia do rio Pajeú com suas respectivas áreas de várzeas e

Dados Morfométricos.

(P) (L) (Li) (N) (B) (Dr) (Dd) (R) (Kc) (Ic) (Cm) (F) (Icn) (Ip)

Sb-1 32,58 2 0,9 2,76 25,26 7,165 4,76 23 3,00 0,706 0,769 13,08 1,25 0,642 2,21 0,635 54,18 2501,4

Sb-2 41,74 3 2,89 6,92 33,14 11,239 4,9 27 2,00 0,647 0,746 17,15 1,45 0,478 1,83 0,330 64,82 940,8

Sb-3 24,07 1 0,93 3,86 31,53 9,526 2,73 13 2,33 0,540 0,700 7,00 1,81 0,304 3,33 0,265 34,12 262,0

Sb-4 29,22 2 1,17 4,00 23,84 7,685 3,91 21 3,67 0,719 0,640 8,96 1,24 0,646 2,71 0,495 57,89 1510,5

Sb-5 31,27 1 0,89 2,85 29,14 9,363 3,78 21 3,67 0,672 0,699 17,46 1,47 0,463 2,34 0,357 53,74 1971,7

Sb-6 20,88 1 1,51 7,23 24,32 7,44 2,77 18 1,43 0,862 0,855 9,41 1,50 0,444 3,08 0,377 41,62 1267,2

Sb-7 39,40 2 3,93 9,97 34,38 12,598 3,9 27 2,00 0,685 0,746 12,68 1,54 0,419 1,74 0,248 64,81 301,1

Sb-8 42,47 1 1,86 4,38 35,27 13,297 3,77 29 3,00 0,683 0,759 16,70 1,53 0,429 1,73 0,240 68,48 404,3

Sb-9 29,75 1 2,84 9,55 25,42 7,392 4,32 23 2,40 0,773 0,869 12,16 1,31 0,579 2,21 0,544 49,38 1832,1

Sb-10 22,65 1 3,9 17,22 24,95 9,806 2,84 23 4,00 1,015 0,784 9,41 1,48 0,457 2,84 0,236 53,38 538,0

Sb-11 47,95 3 3,6 7,51 33,67 12,694 4,17 29 1,75 0,605 0,846 10,99 1,37 0,532 1,36 0,298 58,76 76,8

Sb-12 20,95 2 0,82 3,91 22,60 8,806 2,69 13 1,75 0,621 0,654 15,71 1,39 0,516 3,53 0,270 36,13 2255,0

Sb-13 71,38 2 6,64 9,30 45,03 12,85 5,84 56 3,22 0,785 0,834 20,03 1,50 0,442 0,95 0,432 122,96 633,5

Sb-14 27,06 1 1,42 5,25 28,29 9,821 3,17 21 1,57 0,776 0,724 15,94 1,53 0,425 2,54 0,281 52,15 1490,9

Sb-15 20,40 2 0,73 3,58 20,99 7,916 3,37 15 2,00 0,735 0,773 17,77 1,31 0,582 3,42 0,325 36,00 2850,4

Sb-16 31,44 1 3,72 11,83 30,02 10,778 3,55 23 1,20 0,732 0,736 10,31 1,51 0,438 1,99 0,271 56,13 495,2

Sb-17 23,45 2 1,78 7,59 27,27 7,281 4,1 19 1,43 0,810 0,875 12,25 1,59 0,396 2,74 0,442 40,92 1940,9

Sb-18 20,92 2 2,39 11,43 21,84 7,446 3,62 21 4,50 1,004 0,851 3,40 1,35 0,551 2,79 0,377 37,62 121,5

Sb-19 35,01 2 1,86 5,31 35,33 13,52 3,53 18 2,00 0,514 0,831 27,43 1,68 0,352 2,12 0,192 42,53 895,3

Sb-20 28,63 2 2,1 7,33 27,43 8,614 4,04 20 1,43 0,699 0,900 19,81 1,45 0,478 2,23 0,386 40,09 2194,9

Sb-21 22,71 2 2,23 9,82 24,71 7,077 3,69 17 1,50 0,748 0,936 9,36 1,46 0,468 2,56 0,454 35,12 1346,6

Sb-22 19,49 2 4,87 24,99 22,46 6,838 5,04 16 2,25 0,821 0,907 10,89 1,43 0,486 3,01 0,417 35,89 1896,4

Sb-23 32,85 2 3,93 11,96 29,54 9,718 4,28 20 2,20 0,609 0,764 9,93 1,45 0,473 1,85 0,348 49,95 696,5

Sb-24 41,34 3 2,74 6,63 35,32 13,026 3,6 26 1,86 0,629 0,731 9,50 1,55 0,417 1,46 0,244 61,20 86,2

Sb-25 35,52 2 2,51 7,07 28,74 8,709 4,81 23 6,00 0,647 0,703 4,92 1,36 0,540 1,70 0,468 58,30 282,9

Sb-26 20,36 2 0,98 4,81 21,76 8,356 2,92 13 2,33 0,639 0,623 4,36 1,36 0,541 2,98 0,292 37,67 362,5

Sb-27 25,05 1 0,69 2,75 24,92 7,196 5,19 15 1,60 0,599 0,793 19,83 1,40 0,507 2,74 0,484 35,27 4027,9

Sb-28 38,19 2 1,34 3,51 35,63 11,732 4,38 23 1,71 0,602 0,742 28,95 1,63 0,378 1,75 0,277 55,77 1923,5

Sb-29 25,22 2 1,69 6,70 23,93 5,946 4,84 17 2,25 0,674 0,924 5,54 1,34 0,554 2,45 0,713 35,44 1047,1

Sb-30 36,95 3 0,72 1,95 33,93 12,061 3,54 26 2,00 0,704 0,856 17,98 1,57 0,403 1,66 0,254 58,22 703,6

Sb-31 30,05 2 1,67 5,56 27,58 7,624 5,35 12 1,75 0,399 0,686 7,54 1,42 0,497 1,89 0,517 34,72 1252,5

Sb-32 27,29 3 1,52 5,57 26,03 8,25 3,67 11 2,00 0,403 0,608 6,68 1,41 0,506 2,10 0,401 33,02 976,2

Sb-33 42,45 3 2,6 6,12 28,48 8,395 5,59 29 2,50 0,683 0,770 10,00 1,23 0,658 1,41 0,602 67,72 1174,6

Sb-34 26,65 1 0,65 2,44 24,81 9,173 3,41 9 2,50 0,338 0,679 2,72 1,36 0,544 2,37 0,317 25,02 -164,6

Sb-35 39,91 3 1,31 3,28 32,06 11,102 4,56 31 2,00 0,777 0,798 6,38 1,43 0,488 1,49 0,324 61,46 39,1

Sb-36 36,07 2 0,86 2,38 32,71 12,41 3,49 24 2,40 0,665 0,812 9,74 1,54 0,424 1,59 0,234 51,97 149,2

Sb-37 20,71 2 0,98 4,73 20,74 6,065 3,2 13 2,33 0,628 0,691 21,42 1,29 0,605 3,47 0,563 34,50 7537,5

Sb-38 20,62 1 0,84 4,07 21,23 7,466 3,08 19 2,00 0,921 0,741 19,28 1,32 0,575 3,21 0,370 46,52 3874,4

Sb-39 24,70 3 2,89 11,70 25,67 6,563 3,43 17 1,80 0,688 0,769 10,00 1,46 0,471 2,21 0,573 40,66 2388,1

Sb-40 60,50 2 4,38 7,24 37,76 13,431 5,21 29 2,50 0,479 0,867 37,28 1,37 0,533 1,17 0,335 61,82 1463,7

Dados Morfométricos nas Sub-baciasSub-

bacias

(ordem)

Áreas das

Sub-bacias

(Km²)

Número

de

Várzeas

Áreas

das

Várzeas

(Km²)

Representação

das Várzeas

nas Sub-bacias

(%)

Page 107: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

107

Continuação...

Sb-41 19,61 1 1,18 6,02 25,41 6,439 3,77 14 3,50 0,714 0,947 27,46 1,62 0,382 3,20 0,473 27,09 6184,6

Sb-42 21,48 2 0,95 4,42 22,24 7,297 3,62 17 1,67 0,791 0,816 14,69 1,35 0,546 2,70 0,403 43,13 2690,5

Sb-43 25,38 1 0,4 1,58 27,37 8,862 3,87 19 2,00 0,749 0,901 17,12 1,53 0,426 2,38 0,323 40,07 1719,3

Sb-44 25,52 1 0,87 3,41 22,56 6,964 3,47 10 3,00 0,392 0,461 27,19 1,26 0,630 3,47 0,526 42,39 1100,6

Sb-45 27,90 1 2,01 7,20 24,17 6,932 4,81 26 3,00 0,932 0,810 28,34 1,29 0,601 2,13 0,581 52,07 6453,7

Sb-46 55,71 3 2,2 3,95 36,85 10,079 6,89 37 2,11 0,664 0,781 38,28 1,39 0,516 1,28 0,548 84,77 3823,5

Sb-47 21,61 1 1,12 5,18 24,28 7,773 4,32 19 2,50 0,879 0,893 26,79 1,47 0,461 3,29 0,358 40,33 4125,3

Sb-48 36,42 3 1,33 3,65 29,42 10,65 5,51 23 2,40 0,632 0,797 28,68 1,37 0,529 1,77 0,321 52,73 2334,0

Sb-49 73,57 2 2,33 3,17 45,31 14,902 6,64 52 3,00 0,707 0,768 12,29 1,49 0,450 0,79 0,331 122,09 80,5

Sb-50 64,97 4 1,72 2,65 44,24 16,752 4,27 35 3,00 0,539 0,670 8,71 1,55 0,417 0,85 0,232 91,09 -146,8

Sb-51 37,52 2 4,68 12,47 30,65 10,526 4,35 27 2,14 0,720 0,765 8,42 1,41 0,502 1,59 0,339 68,04 342,8

Sb-52 52,90 3 3,58 6,77 46,47 17,255 3,5 27 1,75 0,510 0,693 20,78 1,80 0,308 1,26 0,178 68,87 177,6

Sb-53 21,49 2 0,63 2,93 27,39 9,395 3,84 13 1,40 0,605 0,743 19,32 1,67 0,360 2,85 0,243 32,50 2185,6

Sb-54 19,84 2 0,81 4,08 23,10 8,522 2,97 11 1,50 0,554 0,783 13,32 1,46 0,468 2,77 0,273 26,71 1690,8

Sb-55 24,45 2 2,01 8,22 23,18 7,883 4,07 17 1,50 0,695 0,649 5,84 1,32 0,572 2,11 0,394 46,78 878,3

Sb-56 26,25 1 0,32 1,22 29,54 11,44 2,78 15 2,00 0,571 0,744 22,31 1,63 0,378 2,61 0,201 37,12 1452,3

Sb-57 34,79 1 0,41 1,18 34,41 12,936 3,36 15 2,67 0,431 0,767 26,08 1,65 0,369 2,09 0,208 36,21 1171,8

Sb-58 36,87 1 0,7 1,90 33,53 11,617 3,39 20 1,43 0,542 0,760 29,63 1,56 0,412 1,85 0,273 45,62 2019,9

Sb-59 31,73 1 1,85 5,83 31,54 12,205 3,35 19 1,43 0,599 0,720 8,64 1,58 0,401 1,96 0,213 47,65 125,6

Sb-60 22,12 1 0,21 0,95 24,09 7,107 3,59 15 2,67 0,678 0,639 5,75 1,44 0,479 2,48 0,438 42,12 1191,8

Sb-61 28,35 1 0,57 2,01 27,95 8,554 4,15 23 2,00 0,811 0,765 27,55 1,48 0,456 2,70 0,387 54,43 3970,0

Sb-62 23,50 1 1,29 5,49 22,93 8,427 3,39 13 1,75 0,553 0,720 12,97 1,33 0,562 2,75 0,331 33,34 1784,7

Sb-63 19,45 2 0,39 2,00 21,02 7,304 3,02 15 2,00 0,771 0,785 50,24 1,34 0,553 3,82 0,365 35,56 1089,6

Sb-64 30,71 1 2,08 6,77 32,33 11,38 3,07 23 2,00 0,749 0,739 14,05 1,65 0,369 2,11 0,237 55,95 707,1

Sb-65 22,73 1 0,16 0,70 22,04 6,168 5,03 21 4,50 0,924 0,948 8,53 1,30 0,588 2,38 0,598 34,82 1785,7

Sb-66 25,65 2 1,18 4,60 23,02 8,117 3,47 13 1,75 0,507 0,693 14,56 1,28 0,608 2,01 0,389 34,41 2537,3

Sb-67 23,11 1 0,38 1,64 20,70 7,687 3,67 15 2,00 0,649 0,511 6,14 1,21 0,678 2,41 0,391 51,35 1430,8

Sb-68 34,52 2 0,8 2,32 39,23 14,583 2,86 15 2,00 0,434 0,697 20,20 1,88 0,282 1,92 0,162 39,17 543,7

Sb-69 28,73 3 1,64 5,71 23,15 6,615 4,94 21 1,83 0,731 0,876 27,16 1,22 0,674 1,97 0,657 44,98 6334,4

Sb-70 35,82 3 0,91 2,54 31,18 9,653 3,99 31 3,75 0,865 0,843 8,43 1,47 0,463 1,44 0,384 63,14 503,2

Sb-71 25,25 3 3,53 13,98 26,95 10,197 2,99 16 1,33 0,634 0,903 18,05 1,51 0,437 1,96 0,243 32,02 1283,5

Sb-72 48,78 2 0,46 0,94 36,06 13,059 4,68 31 3,20 0,636 0,722 21,66 1,46 0,471 1,20 0,286 76,07 1019,1

Sb-73 19,44 2 1,65 8,49 23,09 6,49 3,22 17 4,50 0,875 0,827 9,92 1,48 0,458 3,39 0,462 38,43 2149,0

Sb-74 36,72 2 0,65 1,77 28,80 8,187 4,61 37 1,58 1,008 0,728 31,32 1,34 0,556 1,61 0,548 89,68 5535,3

Sb-75 25,82 2 1,78 6,89 25,97 9,365 2,98 21 1,57 0,813 0,716 10,02 1,44 0,481 1,94 0,294 52,65 1016,3

Sb-76 26,81 2 1,31 4,89 31,15 9,065 2,34 13 1,75 0,485 0,673 19,52 1,70 0,347 2,17 0,326 35,27 2759,1

Sb-77 24,03 1 0,32 1,33 23,74 8,591 2,97 11 1,50 0,458 0,537 5,37 1,37 0,536 2,12 0,326 36,84 794,9

Sb-78 59,27 3 2,12 3,58 37,46 13,285 5,17 41 3,50 0,692 0,761 27,41 1,37 0,531 1,15 0,336 95,63 1139,8

Sb-79 42,79 1 1,62 3,79 33,84 12,825 4,05 25 1,86 0,584 0,807 21,78 1,46 0,470 1,62 0,260 56,56 791,5

Sb-80 22,47 2 0,75 3,34 21,64 7,343 3,35 13 1,40 0,578 0,675 19,59 1,29 0,604 2,61 0,417 35,17 4648,4

Page 108: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

108

Continuação...Sb-81 62,19 3 4,25 6,83 41,96 14,161 5,56 48 3,57 0,772 0,839 36,08 1,50 0,444 0,89 0,310 105,56 1294,3

Sb-82 57,08 3 3,91 6,85 49,09 17,764 4 29 1,67 0,508 0,696 39,67 1,83 0,298 1,16 0,181 73,50 816,3

Sb-83 24,78 2 1,17 4,72 24,51 6,568 3,86 13 1,40 0,525 0,675 10,13 1,39 0,519 2,01 0,575 35,17 2907,2

Sb-84 32,51 1 1,25 3,85 28,99 10,409 3,62 19 2,50 0,584 0,917 32,08 1,43 0,486 2,33 0,300 39,59 2330,4

Sb-85 41,40 1 0,53 1,28 36,74 12,869 4,29 25 1,44 0,604 0,817 23,70 1,61 0,386 1,59 0,250 56,01 951,1

Sb-86 27,55 3 1,08 3,92 24,21 7,551 4,64 21 2,20 0,762 0,853 5,97 1,30 0,591 1,70 0,483 45,87 727,7

Sb-87 41,15 1 7,44 18,08 29,17 7,823 5,61 22 2,00 0,535 0,774 20,13 1,28 0,608 1,31 0,672 53,91 3568,4

Sb-88 19,96 1 3,39 16,98 20,89 6,928 4,09 17 2,25 0,852 0,858 12,87 1,32 0,575 2,41 0,416 37,38 2555,2

Sb-89 21,61 2 2,15 9,95 22,49 7,574 3,44 17 1,50 0,787 0,797 4,78 1,36 0,537 2,03 0,377 39,53 575,9

Sb-90 23,81 1 0,65 2,73 23,17 6,696 3,3 17 1,50 0,714 0,698 21,64 1,34 0,557 2,61 0,531 43,99 6094,0

Sb-91 31,69 2 1,64 5,18 26,65 9,106 4,48 23 1,71 0,726 0,770 17,72 1,33 0,561 1,63 0,382 54,14 2133,8

Sb-92 19,17 2 0,58 3,03 22,74 6,463 3,48 14 1,60 0,730 0,761 8,37 1,46 0,466 2,73 0,459 36,43 2053,4

Sb-93 25,98 2 0,7 2,69 24,21 8,25 3,64 15 2,67 0,577 0,743 19,32 1,34 0,557 2,45 0,382 37,15 3030,0

Sb-94 19,65 1 0,34 1,73 21,33 6,971 2,85 15 1,17 0,763 0,623 15,57 1,36 0,543 3,51 0,404 37,70 4334,6

Sb-95 38,95 2 0,7 1,80 28,82 9,773 4,62 26 2,00 0,668 0,650 14,30 1,30 0,590 1,30 0,408 72,69 1673,4

Sb-96 20,00 1 1,21 6,05 20,52 5,468 4,06 15 1,33 0,750 0,901 1,80 1,29 0,597 2,09 0,669 32,07 248,9

Sb-97 21,18 1 2,15 10,15 24,38 7,595 3,79 19 4,00 0,897 0,840 14,28 1,49 0,448 2,54 0,367 33,75 2317,1

Sb-98 53,29 2 3,7 6,94 39,78 15,37 4,27 39 2,22 0,732 0,812 25,18 1,54 0,423 0,97 0,226 86,57 602,2

Sb-99 23,31 1 2,3 9,87 20,34 5,586 4,32 17 1,80 0,729 0,675 11,47 1,19 0,708 2,13 0,747 45,26 4858,1

Sb-100 24,44 1 0,32 1,31 27,27 8,491 3,55 14 1,40 0,573 0,862 28,44 1,56 0,413 2,79 0,339 28,98 3747,2

Sb-101 26,60 1 2,8 10,53 26,29 8,684 3,46 17 1,00 0,639 0,743 29,72 1,44 0,484 2,53 0,353 37,15 4434,2

Sb-102 32,57 1 3,84 11,79 26,23 7,787 4,53 24 1,63 0,737 0,813 13,83 1,30 0,595 1,43 0,537 56,20 2223,6

Sb-103 29,98 1 1,19 3,97 23,82 6,903 4,68 21 1,83 0,700 0,759 13,67 1,23 0,664 1,97 0,629 50,19 3107,4

Sb-104 24,45 2 0,51 2,09 24,26 8,455 3,69 16 1,60 0,654 0,797 17,52 1,38 0,522 2,26 0,342 35,15 2417,5

Sb-105 19,74 1 2,07 10,49 20,12 6,391 3,64 16 1,80 0,811 0,867 6,94 1,28 0,613 2,44 0,483 37,07 1438,6

Sb-106 31,87 1 1,21 3,80 32,54 11,89 3,14 23 1,33 0,722 0,692 24,22 1,63 0,378 2,07 0,225 59,08 1635,7

Sb-107 28,93 2 0,72 2,49 26,62 8,091 3,72 21 1,83 0,726 0,774 13,93 1,40 0,513 1,90 0,442 49,44 2119,6

Sb-108 29,83 2 0,58 1,94 28,49 9,966 4,05 23 1,71 0,771 0,739 17,01 1,47 0,462 1,93 0,300 55,94 1625,7

Sb-109 58,89 2 6,82 11,58 47,29 16,892 4,07 44 1,77 0,747 0,818 16,36 1,74 0,331 0,79 0,206 99,03 120,9

Sb-110 29,51 1 0,45 1,52 27,96 10,863 3,13 19 3,33 0,644 0,769 22,31 1,45 0,474 1,57 0,250 45,17 1787,5

Sb-111 35,24 1 0,35 0,99 29,38 9,2 4,44 18 1,29 0,511 0,766 16,86 1,40 0,513 1,73 0,416 40,76 1859,2

Sb-112 25,11 1 3,06 12,19 27,51 9,131 3,52 16 1,60 0,637 0,884 15,91 1,55 0,417 1,92 0,301 32,50 1568,9

Sb-113 35,60 2 1,2 3,37 33,01 12,289 3,39 20 3,67 0,562 0,835 20,05 1,56 0,411 1,67 0,236 46,60 909,2

Sb-114 31,01 2 1,1 3,55 32,21 9,095 3,61 23 1,71 0,742 0,768 18,44 1,63 0,376 2,01 0,375 54,24 2171,4

Sb-115 24,72 3 0,83 3,36 24,70 8,908 3,07 11 2,00 0,445 0,623 18,06 1,40 0,509 2,00 0,312 32,32 2984,6

Sb-116 25,12 3 1,84 7,32 22,41 7,509 3,64 13 1,75 0,517 0,586 16,41 1,26 0,629 2,34 0,446 39,77 4225,9

Sb-117 79,36 1 3,53 4,45 61,12 17,481 5,9 49 3,29 0,617 0,773 15,46 1,93 0,267 0,70 0,260 103,48 -5,5

Sb-118 22,01 1 0,48 2,18 21,31 8,039 3,56 11 3,00 0,500 0,733 13,92 1,28 0,609 2,31 0,341 28,18 2340,0

Sb-119 20,75 1 0,39 1,88 22,41 7,473 3,18 14 2,33 0,675 0,694 6,24 1,39 0,519 1,98 0,372 34,39 1151,6

Sb-120 27,41 3 1,24 4,52 23,53 8,035 3,86 19 1,43 0,693 0,741 18,51 1,27 0,622 2,21 0,425 46,56 3132,3

Page 109: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

109

Continuação...Sb-121 19,56 1 0,27 1,38 20,58 8,097 2,98 17 1,80 0,869 0,716 9,31 1,31 0,580 2,78 0,298 43,07 1362,9

Sb-122 29,67 2 1,21 4,08 27,93 10,997 3,43 19 2,00 0,640 0,838 19,28 1,45 0,478 1,79 0,245 42,26 1231,9

Sb-123 36,77 2 0,47 1,28 30,13 11,016 3,79 25 1,63 0,680 0,677 24,38 1,40 0,509 1,40 0,303 65,17 2226,6

Sb-124 25,11 2 1,45 5,77 23,88 6,428 4,04 17 4,50 0,677 0,914 10,96 1,34 0,553 1,66 0,608 35,71 2414,2

Sb-125 23,07 1 0,24 1,04 25,11 8,143 3,42 17 2,25 0,737 0,869 28,68 1,47 0,460 2,69 0,348 37,02 4166,7

Sb-126 24,97 1 2,42 9,69 22,75 7,763 4 18 1,75 0,721 0,883 11,49 1,28 0,607 1,81 0,414 28,45 1617,2

Sb-127 27,23 3 2,1 7,71 31,56 11,768 2,72 15 2,67 0,551 0,858 25,75 1,71 0,344 2,24 0,197 33,22 1406,3

Sb-128 39,54 1 4,91 12,42 30,23 9,038 5,8 22 3,00 0,556 0,802 11,23 1,36 0,544 1,10 0,484 52,44 1183,9

Sb-129 26,38 2 1,13 4,28 23,42 6,904 5,01 18 2,50 0,682 0,690 20,01 1,29 0,605 2,21 0,553 49,36 5354,1

Sb-130 35,74 1 1,26 3,53 29,88 7,971 5,05 27 2,00 0,755 0,866 39,85 1,41 0,503 1,89 0,562 49,48 6329,9

Sb-131 47,25 2 4,82 10,20 36,03 12,698 4,78 35 2,00 0,741 0,745 14,89 1,48 0,458 1,02 0,293 83,45 660,4

Sb-132 28,60 2 0,53 1,85 23,54 8,204 3,97 15 1,60 0,525 0,858 13,73 1,24 0,649 1,76 0,425 33,22 1777,2

Sb-133 34,52 2 3,22 9,33 29,15 10,925 3,58 31 3,75 0,898 0,791 20,56 1,40 0,511 1,37 0,289 66,30 1528,4

Sb-134 22,98 1 2,19 9,53 26,05 6,501 3,8 17 1,29 0,740 0,906 6,34 1,53 0,426 1,81 0,544 35,93 1206,3

Sb-135 20,43 1 0,39 1,91 23,55 8,741 2,69 13 2,33 0,636 0,662 33,12 1,47 0,463 3,21 0,267 35,76 5604,1

Sb-136 23,26 3 0,65 2,79 25,89 9,66 3 16 1,60 0,688 0,906 46,22 1,51 0,436 3,11 0,249 31,93 4525,3

Sb-137 25,52 1 1,4 5,49 24,34 7,72 4 13 1,75 0,509 0,655 10,48 1,36 0,541 2,12 0,428 36,09 2064,6

Sb-138 41,44 2 0,41 0,99 42,90 16,487 3,23 21 1,38 0,507 0,777 27,97 1,88 0,283 1,33 0,152 49,29 554,4

Sb-139 32,92 1 1,22 3,71 27,52 9,568 3,81 21 1,83 0,638 0,697 15,34 1,35 0,546 1,42 0,360 53,80 1803,1

Sb-140 36,95 1 3,72 10,07 27,62 9,916 4,33 21 1,67 0,568 0,776 9,31 1,28 0,609 1,16 0,376 44,86 730,4

Sb-141 27,58 1 3 10,88 24,66 6,971 4,11 17 1,80 0,616 0,844 11,82 1,32 0,570 1,80 0,567 37,83 2291,0

Sb-142 30,14 3 1,71 5,67 27,22 7,619 4,06 29 1,75 0,962 0,854 5,98 1,40 0,511 1,32 0,519 58,34 775,9

Sb-143 26,68 3 0,58 2,17 28,23 10,874 2,71 14 1,75 0,525 0,868 44,25 1,54 0,421 2,36 0,226 28,83 3403,1

Sb-144 41,37 2 2,91 7,03 39,31 13,036 3,64 29 3,00 0,701 0,880 22,88 1,72 0,337 1,19 0,243 61,14 860,0

Sb-145 29,15 2 2,71 9,30 26,58 9,813 3,41 19 3,00 0,652 0,724 22,46 1,39 0,519 1,68 0,303 42,66 2529,3

Sb-146 29,09 4 1,28 4,40 31,23 9,557 4,24 21 4,50 0,722 0,835 40,90 1,63 0,375 2,20 0,319 38,16 4464,8

Sb-147 25,78 1 2,5 9,70 26,01 6,096 4,33 17 2,25 0,659 0,889 5,34 1,44 0,479 1,43 0,694 36,41 1214,6

Sb-148 62,83 1 2,22 3,53 38,26 14,006 5,04 48 2,40 0,764 0,763 15,25 1,36 0,539 0,85 0,320 109,14 409,5

Sb-149 30,09 2 0,72 2,39 29,38 10,331 3,7 15 1,33 0,498 0,863 36,26 1,51 0,438 1,88 0,282 33,07 3105,2

Sb-150 26,94 3 0,89 3,30 27,29 10,193 3,34 15 1,60 0,557 0,704 33,08 1,48 0,455 2,54 0,259 38,84 3643,7

Sb-151 44,69 3 1,25 2,80 34,19 11,805 4,44 31 3,20 0,694 0,768 14,58 1,44 0,481 1,20 0,321 72,39 723,4

Sb-152 42,91 3 1,36 3,17 29,72 8,751 5,94 35 3,00 0,816 0,676 34,48 1,28 0,611 1,63 0,560 90,37 5729,7

Sb-153 41,40 3 1,71 4,13 31,09 11,12 5,64 25 2,75 0,604 0,807 12,92 1,36 0,539 1,12 0,335 47,84 733,9

Sb-154 42,80 3 1,9 4,44 34,14 12,392 3,94 25 2,17 0,584 0,724 8,69 1,47 0,462 0,92 0,279 61,64 321,4

Sb-155 27,58 1 2,74 9,93 23,45 7,835 4,19 23 1,71 0,834 0,836 23,41 1,26 0,631 1,98 0,449 50,81 3851,2

Sb-156 32,71 2 1,16 3,55 30,88 10,887 4,57 13 1,75 0,397 0,732 18,31 1,52 0,431 1,53 0,276 32,89 1469,2

Sb-157 24,22 1 1,56 6,44 20,15 6,529 4,27 17 3,50 0,702 0,738 31,00 1,15 0,750 2,51 0,568 32,68 9032,7

Sb-158 52,50 1 7,48 14,25 41,58 15,42 4,24 37 3,17 0,705 0,725 17,41 1,62 0,382 0,79 0,221 89,97 419,4

Sb-159 32,84 3 2,95 8,98 30,11 9,819 3,69 28 3,75 0,853 0,853 8,53 1,48 0,455 1,36 0,341 62,57 527,2

Sb-160 32,42 2 1,21 3,73 27,90 8,977 3,93 20 1,11 0,617 0,774 38,69 1,38 0,524 2,06 0,402 44,95 5284,5

Page 110: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

110

Continuação....

Sb-161 25,34 1 0,23 0,91 22,01 7,967 3,62 20 3,33 0,789 0,749 11,98 1,23 0,657 2,15 0,399 46,16 1890,8

Sb-162 30,71 2 0,37 1,20 27,94 10,545 3,48 26 2,33 0,847 0,729 8,02 1,42 0,495 1,34 0,276 66,02 529,2

Sb-163 29,73 3 1,11 3,73 25,34 9,297 4,06 25 1,63 0,841 0,806 4,84 1,31 0,582 1,24 0,344 56,58 304,2

Sb-164 19,70 2 1 5,08 20,41 6,111 3,69 13 1,25 0,660 0,817 13,08 1,30 0,595 2,45 0,527 21,54 3714,5

Sb-165 25,36 2 0,72 2,84 25,73 8,987 3,14 13 3,50 0,513 0,724 5,80 1,44 0,481 1,55 0,314 33,18 550,5

Sb-166 24,66 1 0,32 1,30 24,15 9,24 2,95 18 1,67 0,730 0,723 10,85 1,37 0,531 2,15 0,289 47,46 1246,9

Sb-167 24,22 2 1,25 5,16 23,09 6,674 4,03 13 1,75 0,537 0,667 23,99 1,32 0,571 2,18 0,544 35,57 7362,2

Sb-168 25,12 2 2,19 8,72 22,58 7,472 4,66 18 2,00 0,716 0,784 17,24 1,27 0,619 1,74 0,450 44,50 3360,5

Sb-169 54,55 2 1,17 2,14 40,15 13,674 4,37 38 1,46 0,697 0,709 13,47 1,53 0,425 0,80 0,292 91,70 466,2

Sb-170 43,85 3 3,05 6,96 39,06 14,138 3,82 29 4,33 0,661 0,709 13,48 1,66 0,361 0,99 0,219 62,71 400,6

Sb-171 32,08 2 0,42 1,31 28,54 10,105 4,03 28 5,00 0,873 0,895 11,63 1,42 0,495 1,34 0,314 60,42 773,1

Sb-172 20,88 2 1,57 7,52 21,93 8,524 2,86 13 3,50 0,622 0,848 5,93 1,35 0,546 1,86 0,287 29,34 533,4

Sb-173 19,27 2 0,41 2,13 23,66 8,943 2,13 10 2,50 0,519 0,852 15,34 1,52 0,433 2,39 0,241 20,87 1700,6

Sb-174 28,49 2 0,79 2,77 29,38 10,24 3,35 19 4,00 0,667 0,796 9,55 1,55 0,415 1,44 0,272 35,18 664,4

Sb-175 23,27 1 0,74 3,18 23,87 8,4 3,29 11 2,00 0,473 0,752 6,02 1,40 0,513 1,65 0,330 27,58 703,8

Sb-176 52,88 3 2,08 3,93 35,49 12,16 4,62 37 1,90 0,700 0,725 4,35 1,38 0,528 0,69 0,358 89,99 25,8

Sb-177 24,07 2 1,74 7,23 26,00 9,781 3,06 11 3,00 0,457 0,671 5,37 1,49 0,448 1,64 0,252 30,32 396,2

Sb-178 43,71 2 1,44 3,29 37,91 11,006 4,66 28 2,80 0,641 0,822 11,50 1,62 0,382 1,11 0,361 60,06 585,8

Sb-179 25,92 2 0,57 2,20 35,44 15,573 2,59 17 1,50 0,656 0,884 29,18 1,96 0,259 2,40 0,107 36,55 550,7

Sb-180 19,96 1 0,22 1,10 22,57 8,057 2,71 12 2,50 0,601 0,754 5,28 1,42 0,492 2,23 0,307 22,94 598,3

Sb-181 33,93 1 6,3 18,57 32,85 9,464 4,53 26 1,30 0,766 0,811 5,67 1,59 0,395 1,02 0,379 56,35 391,5

Sb-182 30,40 1 0,45 1,48 28,42 10,878 3,48 19 1,67 0,625 0,990 40,59 1,45 0,473 2,21 0,257 37,58 2564,9

Sb-183 25,13 1 1,58 6,29 24,08 8,497 3,96 17 2,25 0,677 0,784 7,06 1,35 0,545 1,44 0,348 40,04 826,6

Sb-184 28,93 2 1,19 4,11 32,76 10,888 4,29 15 2,00 0,518 0,819 6,55 1,72 0,339 1,30 0,244 25,81 254,8

Sb-185 24,72 2 1,52 6,15 21,99 5,658 4,88 21 1,83 0,850 0,918 5,51 1,25 0,643 1,39 0,772 43,51 1494,2

Sb-186 27,57 1 3,22 11,68 27,27 10,738 2,82 16 2,25 0,580 0,730 8,75 1,46 0,466 1,36 0,239 42,42 590,7

Sb-187 23,35 1 0,67 2,87 26,31 11,144 2,73 9 2,50 0,385 0,801 9,61 1,54 0,424 1,93 0,188 21,87 466,3

Sb-188 19,83 2 2,24 11,30 24,23 7,722 3,7 13 1,75 0,656 0,970 3,88 1,53 0,425 1,74 0,333 26,65 310,8

Sb-189 22,92 1 5,16 22,52 25,71 8,093 3,35 21 3,67 0,916 0,843 3,37 1,51 0,436 1,44 0,350 46,30 260,7

Sb-190 24,23 3 1,98 8,17 24,76 9,425 3,13 15 1,75 0,619 0,703 4,92 1,42 0,497 1,60 0,273 34,01 368,0

Sb-191 52,02 3 0,65 1,25 40,22 13,061 4,37 30 3,00 0,577 0,771 30,83 1,57 0,404 1,27 0,305 67,65 1464,8

Sb-192 45,52 1 0,67 1,47 42,75 17,449 3,45 29 1,88 0,637 0,831 9,14 1,79 0,313 0,93 0,150 63,79 -108,7

Sb-193 33,58 2 2,05 6,11 31,89 11,292 3,53 21 5,00 0,625 0,827 8,27 1,55 0,415 1,14 0,263 42,70 344,3

Sb-194 31,62 1 1,4 4,43 30,45 11,267 3,7 23 4,00 0,727 0,795 7,15 1,53 0,429 1,13 0,249 52,81 299,0

Sb-195 51,31 1 5,17 10,08 33,74 12,414 4,76 35 2,38 0,682 0,810 4,86 1,33 0,566 0,66 0,333 82,38 19,3

Page 111: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

111

Tabela 21 – Quadro do zoneamento das sub-bacias hidrográficas da bacia do rio Pajeú com suas respectivas áreas de várzeas e

Dados Topográficos.

Cotmax Cotmin Amplitude Variação Decliv. Max.decliv. Min. Hmed.

Sb-1 -37,2224 -7,3376 32,58 2 0,9 2,76 810 640 170 331 14,8 2,12 72

Sb-2 -37,2846 -7,3516 41,74 3 2,89 6,92 880 650 230 182 14,7 1,18 76

Sb-3 -37,3973 -7,3684 24,07 1 0,93 3,86 840 740 100 110 2,7 0,82 80

Sb-4 -37,4626 -7,3964 29,22 2 1,17 4,00 860 720 140 237 8,8 1,71 79

Sb-5 -37,3321 -7,4003 31,27 1 0,89 2,85 880 630 250 285 20,0 1,80 73

Sb-6 -37,0813 -7,4239 20,88 1 1,51 7,23 720 610 110 199 6,6 1,21 64

Sb-7 -37,1176 -7,4008 39,40 2 3,93 9,97 770 600 170 107 8,7 0,64 69

Sb-8 -37,4129 -7,4188 42,47 1 1,86 4,38 840 620 220 124 11,9 0,77 73

Sb-9 -37,3041 -7,4438 29,75 1 2,84 9,55 730 590 140 256 11,0 1,51 66

Sb-10 -37,3312 -7,4781 22,65 1 3,9 17,22 710 590 120 125 6,2 0,74 64

Sb-11 -37,0601 -7,4852 47,95 3 3,6 7,51 730 600 130 81 5,5 0,48 65

Sb-12 -37,5108 -7,4789 20,95 2 0,82 3,91 840 600 240 309 20,4 1,86 74

Sb-13 -37,4195 -7,4755 71,38 2 6,64 9,30 820 580 240 145 14,2 0,84 68

Sb-14 -37,5455 -7,5138 27,06 1 1,42 5,25 790 570 220 228 16,6 1,30 69

Sb-15 -37,6208 -7,5469 20,40 2 0,73 3,58 820 590 230 367 21,6 2,17 70

Sb-16 -37,3646 -7,5318 31,44 1 3,72 11,83 710 570 140 121 7,7 0,69 63

Sb-17 -37,5668 -7,5652 23,45 2 1,78 7,59 700 560 140 264 11,5 1,48 64

Sb-18 -37,2728 -7,5825 20,92 2 2,39 11,43 600 560 40 72 -2,1 0,40 58

Sb-19 -37,6858 -7,5995 35,01 2 1,86 5,31 910 580 330 181 20,1 1,05 74

Sb-20 -37,5893 -7,5984 28,63 2 2,1 7,33 770 550 220 296 19,2 1,63 64

Sb-21 -37,4045 -7,5957 22,71 2 2,23 9,82 650 550 100 200 6,4 1,10 58

Sb-22 -37,3435 -7,6163 19,49 2 4,87 24,99 670 550 120 257 9,5 1,41 59

Sb-23 -37,4848 -7,6000 32,85 2 3,93 11,96 680 550 130 138 7,7 0,76 61

Sb-24 -37,4372 -7,5803 41,34 3 2,74 6,63 680 550 130 77 5,8 0,42 60

Sb-25 -37,2590 -7,6302 35,52 2 2,51 7,07 640 570 70 92 1,5 0,53 60

Sb-26 -37,3106 -7,6577 20,36 2 0,98 4,81 640 570 70 100 1,6 0,57 61

Sb-27 -37,8357 -7,6685 25,05 1 0,69 2,75 800 550 250 483 27,1 2,66 69

Sb-28 -37,6454 -7,6672 38,19 2 1,34 3,51 910 520 390 283 28,8 1,47 67

Sb-29 -37,2597 -7,6895 25,22 2 1,69 6,70 650 590 60 170 0,2 1,00 62

Sb-30 -38,7495 -7,6770 36,95 3 0,72 1,95 740 530 210 144 13,0 0,77 62

Sb-31 -37,4989 -7,6940 30,05 2 1,67 5,56 640 530 110 189 7,5 1,00 57

Sb-32 -37,5883 -7,6836 27,29 3 1,52 5,57 640 530 110 162 6,9 0,86 57

Sb-33 -37,3991 -7,6915 42,45 3 2,6 6,12 670 540 130 184 9,1 1,00 60

Sb-34 -37,1783 -7,7135 26,65 1 0,65 2,44 640 600 40 48 -2,2 0,29 63

Sb-35 -37,4434 -7,7268 39,91 3 1,31 3,28 610 530 80 65 2,4 0,34 59

Sb-36 -38,8118 -7,7176 36,07 2 0,86 2,38 630 510 120 78 5,6 0,40 57

Sb-37 -38,6232 -7,7512 20,71 2 0,98 4,73 890 580 310 843 41,5 4,89 72

Sb-38 -37,9073 -7,7388 20,62 1 0,84 4,07 790 530 260 466 27,7 2,47 66

Sb-39 -37,6593 -7,7433 24,70 3 2,89 11,70 630 500 130 302 12,2 1,51 55

Sb-40 -37,8077 -7,7256 60,50 2 4,38 7,24 920 490 430 238 28,4 1,17 71

Dados Topográficos nas Sub-baciasLongitude Latitude

Sub-

bacias

(ordem)

Áreas das

Sub-bacias

(Km²)

Número

de

Várzeas

Áreas

das

Várzeas

Representação

das Várzeas nas

Sub-bacias (%)

Page 112: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

112

Continuação...

Sb-41 -38,4303 -7,7706 19,61 1 1,18 6,02 810 520 290 699 37,0 3,64 63

Sb-42 -37,8462 -7,7663 21,48 2 0,95 4,42 690 510 180 338 17,7 1,72 58

Sb-43 -37,8793 -7,7838 25,38 1 0,4 1,58 700 510 190 242 15,7 1,23 60

Sb-44 -38,0500 -7,7787 25,52 1 0,87 3,41 1160 570 590 1217 76,5 6,93 89

Sb-45 -38,3588 -7,7870 27,90 1 2,01 7,20 830 480 350 728 43,6 3,50 60

Sb-46 -38,4942 -7,7973 55,71 3 2,2 3,95 1000 510 490 482 43,6 2,46 71

Sb-47 -37,5957 -7,8136 21,61 1 1,12 5,18 840 540 300 497 31,6 2,68 71

Sb-48 -37,9347 -7,8150 36,42 3 1,33 3,65 840 480 360 317 29,3 1,52 65

Sb-49 -38,7346 -7,7855 73,57 2 2,33 3,17 640 480 160 72 7,5 0,35 58

Sb-50 -38,7891 -7,7827 64,97 4 1,72 2,65 610 480 130 46 4,9 0,22 55

Sb-51 -37,5024 -7,8135 37,52 2 4,68 12,47 650 540 110 99 5,3 0,54 60

Sb-52 -37,5500 -7,7985 52,90 3 3,58 6,77 830 530 300 101 14,3 0,53 67

Sb-53 -37,7369 -7,8174 21,49 2 0,63 2,93 760 500 260 295 22,4 1,47 61

Sb-54 -37,7937 -7,8515 19,84 2 0,81 4,08 650 480 170 234 14,3 1,12 55

Sb-55 -38,8180 -7,8394 24,45 2 2,01 8,22 570 480 90 145 5,3 0,70 52

Sb-56 -37,6810 -7,8540 26,25 1 0,32 1,22 840 540 300 229 21,5 1,24 69

Sb-57 -37,6394 -7,8325 34,79 1 0,41 1,18 860 520 340 203 22,3 1,06 73

Sb-58 -38,6495 -7,8309 36,87 1 0,7 1,90 870 480 390 289 29,4 1,39 68

Sb-59 -37,4977 -7,8608 31,73 1 1,85 5,83 680 560 120 81 5,2 0,45 62

Sb-60 -38,8942 -7,8543 22,12 1 0,21 0,95 590 500 90 178 5,6 0,89 55

Sb-61 -37,3149 -7,8797 28,35 1 0,57 2,01 950 590 360 492 35,2 2,90 76

Sb-62 -37,4145 -7,8958 23,50 1 1,29 5,49 750 570 180 253 14,6 1,44 65

Sb-63 -38,0545 -7,8806 19,45 2 0,39 2,00 1100 460 640 1200 81,3 5,52 74

Sb-64 -37,5375 -7,8986 30,71 1 2,08 6,77 760 570 190 147 11,7 0,84 65

Sb-65 -38,8561 -7,9187 22,73 1 0,16 0,70 580 490 90 237 6,6 1,16 54

Sb-66 -38,3816 -7,9044 25,65 2 1,18 4,60 650 440 210 319 20,5 1,40 52

Sb-67 -38,8104 -7,9173 23,11 1 0,38 1,64 600 480 120 203 9,4 0,97 56

Sb-68 -37,7180 -7,9042 34,52 2 0,8 2,32 820 530 290 136 16,3 0,72 66

Sb-69 -38,1185 -7,9294 28,73 3 1,64 5,71 750 440 310 708 40,2 3,12 57

Sb-70 -37,9135 -7,9151 35,82 3 0,91 2,54 570 470 100 107 5,5 0,50 52

Sb-71 -38,4125 -7,9064 25,25 3 3,53 13,98 640 440 200 192 15,3 0,85 50

Sb-72 -38,6167 -7,9123 48,78 2 0,46 0,94 740 440 300 176 19,6 0,77 59

Sb-73 -37,4897 -7,9465 19,44 2 1,65 8,49 700 580 120 285 9,6 1,65 66

Sb-74 -38,0171 -7,9417 36,72 2 0,65 1,77 880 450 430 642 47,0 2,89 59

Sb-75 -38,4937 -7,9533 25,82 2 1,78 6,89 580 440 140 160 10,3 0,70 50

Sb-76 -37,9503 -7,9337 26,81 2 1,31 4,89 770 480 290 353 26,7 1,69 58

Sb-77 -38,5549 -7,9508 24,03 1 0,32 1,33 560 460 100 135 6,3 0,62 51

Sb-78 -37,7280 -7,9535 59,27 3 2,12 3,58 900 540 360 204 23,0 1,10 68

Sb-79 -37,5337 -7,9463 42,79 1 1,62 3,79 850 580 270 164 16,5 0,95 69

Sb-80 -38,1157 -7,9705 22,47 2 0,75 3,34 730 440 290 538 33,5 2,37 59

Page 113: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

113

Continuação...

Sb-81 -38,3333 -7,9405 62,19 3 4,25 6,83 850 420 430 214 27,4 0,90 56

Sb-82 -38,2338 -7,9230 57,08 3 3,91 6,85 990 420 570 181 29,7 0,76 67

Sb-83 -38,3789 -7,9847 24,78 2 1,17 4,72 570 420 150 348 16,4 1,46 50

Sb-84 -37,7463 -7,9915 32,51 1 1,25 3,85 900 550 350 323 28,3 1,78 76

Sb-85 -37,8304 -7,9772 41,40 1 0,53 1,28 800 510 290 175 18,6 0,89 66

Sb-86 -38,1581 -8,0036 27,55 3 1,08 3,92 500 430 70 123 3,6 0,53 47

Sb-87 -38,2391 -7,9931 41,15 1 7,44 18,08 680 420 260 425 27,9 1,78 54

Sb-88 -38,5881 -8,0271 19,96 1 3,39 16,98 570 420 150 313 15,6 1,31 48

Sb-89 -38,4184 -8,0099 21,61 2 2,15 9,95 470 410 60 105 2,5 0,43 44

Sb-90 -37,9364 -8,0139 23,81 1 0,65 2,73 820 510 310 691 38,7 3,53 62

Sb-91 -38,4578 -8,0294 31,69 2 1,64 5,18 640 410 230 277 20,8 1,14 52

Sb-92 -38,7582 -8,0320 19,17 2 0,58 3,03 580 470 110 263 9,7 1,24 52

Sb-93 -37,9143 -8,0442 25,98 2 0,7 2,69 790 530 260 382 25,1 2,02 64

Sb-94 -37,8117 -8,0533 19,65 1 0,34 1,73 810 560 250 514 27,8 2,88 69

Sb-95 -38,6102 -8,0619 38,95 2 0,7 1,80 630 410 220 230 18,3 0,94 51

Sb-96 -38,4863 -8,0946 20,00 1 1,21 6,05 420 400 20 67 -3,7 0,27 42

Sb-97 -38,8305 -8,1002 21,18 1 2,15 10,15 630 460 170 295 16,3 1,36 54

Sb-98 -38,3647 -8,1010 53,29 2 3,7 6,94 710 400 310 131 17,6 0,52 52

Sb-99 -38,6602 -8,1060 23,31 1 2,3 9,87 590 420 170 545 22,9 2,29 50

Sb-100 -37,9164 -8,0979 24,44 1 0,32 1,31 830 500 330 458 33,0 2,29 68

Sb-101 -38,1024 -8,1117 26,60 1 2,8 10,53 870 470 400 530 40,6 2,49 67

Sb-102 -38,6286 -8,1392 32,57 1 3,84 11,79 580 410 170 280 16,6 1,15 47

Sb-103 -38,8887 -8,1379 29,98 1 1,19 3,97 670 490 180 378 19,0 1,85 59

Sb-104 -38,2136 -8,1238 24,45 2 0,51 2,09 660 440 220 308 20,8 1,35 55

Sb-105 -38,1849 -8,1521 19,74 1 2,07 10,49 520 440 80 196 5,6 0,86 48

Sb-106 -37,8800 -8,1199 31,87 1 1,21 3,80 840 490 350 248 25,3 1,21 66

Sb-107 -38,7835 -8,1518 28,93 2 0,72 2,49 630 450 180 275 16,7 1,24 55

Sb-108 -38,1241 -8,1660 29,83 2 0,58 1,94 690 460 230 232 18,5 1,07 58

Sb-109 -38,6049 -8,1685 58,89 2 6,82 11,58 580 380 200 70 9,6 0,27 47

Sb-110 -38,4839 -8,1823 29,51 1 0,45 1,52 670 380 290 246 23,2 0,93 46

Sb-111 -37,8126 -8,1689 35,24 1 0,35 0,99 740 520 220 260 18,3 1,35 61

Sb-112 -38,3214 -8,1897 25,11 1 3,06 12,19 590 410 180 216 15,2 0,89 48

Sb-113 -38,1590 -8,1919 35,60 2 1,2 3,37 680 440 240 159 15,9 0,70 59

Sb-114 -38,0761 -8,1851 31,01 2 1,1 3,55 730 490 240 290 21,0 1,42 62

Sb-115 -38,4376 -8,1961 24,72 3 0,83 3,36 670 380 290 365 28,3 1,39 50

Sb-116 -38,6919 -8,2097 25,12 3 1,84 7,32 740 460 280 497 31,2 2,28 59

Sb-117 -38,7522 -8,1987 79,36 1 3,53 4,45 660 460 200 65 8,8 0,30 55

Sb-118 -38,3024 -8,2321 22,01 1 0,48 2,18 600 410 190 294 18,5 1,21 51

Sb-119 -38,5047 -8,2264 20,75 1 0,39 1,88 460 370 90 161 7,1 0,60 41

Sb-120 -37,8244 -8,2256 27,41 3 1,24 4,52 740 490 250 387 25,0 1,90 61

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114

Continuação...

Sb-121 -37,8029 -8,2473 19,56 1 0,27 1,38 620 490 130 198 10,0 0,97 54

Sb-122 -38,0417 -8,2233 29,67 2 1,21 4,08 670 440 230 190 16,9 0,84 53

Sb-123 -38,6317 -8,2588 36,77 2 0,47 1,28 740 380 360 297 29,2 1,13 52

Sb-124 -38,4742 -8,2680 25,11 2 1,45 5,77 490 370 120 290 12,9 1,07 42

Sb-125 -37,9131 -8,2790 23,07 1 0,24 1,04 810 480 330 498 34,6 2,39 62

Sb-126 -38,3020 -8,2958 24,97 1 2,42 9,69 540 410 130 216 11,5 0,88 45

Sb-127 -38,1398 -8,2677 27,23 3 2,1 7,71 760 460 300 217 21,6 1,00 61

Sb-128 -38,3974 -8,2858 39,54 1 4,91 12,42 530 390 140 171 11,2 0,67 44

Sb-129 -38,7016 -8,2962 26,38 2 1,13 4,28 730 440 290 608 35,6 2,68 58

Sb-130 -38,7471 -8,2911 35,74 1 1,26 3,53 910 450 460 724 52,1 3,26 67

Sb-131 -38,6271 -8,2975 47,25 2 4,82 10,20 580 380 200 124 12,8 0,47 48

Sb-132 -37,9643 -8,3138 28,60 2 0,53 1,85 600 440 160 238 14,1 1,05 50

Sb-133 -38,3621 -8,3257 34,52 2 3,22 9,33 650 390 260 218 20,2 0,85 47

Sb-134 -38,4243 -8,3335 22,98 1 2,19 9,53 450 380 70 166 4,9 0,63 42

Sb-135 -38,7632 -8,3427 20,43 1 0,39 1,91 940 440 500 654 52,2 2,88 66

Sb-136 -38,8049 -8,3293 23,26 3 0,65 2,79 940 430 510 547 48,3 2,35 72

Sb-137 -37,8183 -8,3592 25,52 1 1,4 5,49 620 460 160 268 14,8 1,23 54

Sb-138 -38,1511 -8,3389 41,44 2 0,41 0,99 770 410 360 132 19,3 0,54 55

Sb-139 -38,3840 -8,3656 32,92 1 1,22 3,71 600 380 220 240 19,0 0,91 47

Sb-140 -38,5916 -8,3739 36,95 1 3,72 10,07 490 370 120 122 8,4 0,45 43

Sb-141 -37,8727 -8,3695 27,58 1 3 10,88 590 450 140 288 13,6 1,30 50

Sb-142 -38,4460 -8,3767 30,14 3 1,71 5,67 430 360 70 121 4,5 0,43 40

Sb-143 -38,8610 -8,3606 26,68 3 0,58 2,17 910 400 510 431 43,2 1,73 63

Sb-144 -38,0163 -8,3679 41,37 2 2,91 7,03 670 410 260 153 16,8 0,63 49

Sb-145 -38,3433 -8,3830 29,15 2 2,71 9,30 690 380 310 322 27,7 1,22 49

Sb-146 -38,8183 -8,3856 29,09 4 1,28 4,40 900 410 490 536 47,0 2,20 64

Sb-147 -38,5162 -8,3958 25,78 1 2,5 9,70 400 340 60 161 4,3 0,55 37

Sb-148 -38,2610 -8,3803 62,83 1 2,22 3,53 610 410 200 102 11,4 0,42 53

Sb-149 -38,8851 -8,3865 30,09 2 0,72 2,39 830 410 420 394 36,7 1,61 57

Sb-150 -38,7013 -8,3857 26,94 3 0,89 3,30 880 410 470 452 42,1 1,85 69

Sb-151 -37,8332 -8,4030 44,69 3 1,25 2,80 640 450 190 136 12,3 0,61 54

Sb-152 -38,7497 -8,4014 42,91 3 1,36 3,17 930 420 510 666 53,5 2,80 70

Sb-153 -38,1430 -8,4128 41,40 3 1,71 4,13 560 400 160 129 10,8 0,52 46

Sb-154 -38,5824 -8,4237 42,80 3 1,9 4,44 460 340 120 78 6,9 0,27 39

Sb-155 -37,9268 -8,4179 27,58 1 2,74 9,93 710 430 280 456 30,2 1,96 55

Sb-156 -38,3159 -8,4244 32,71 2 1,16 3,55 640 390 250 211 19,4 0,82 50

Sb-157 -38,8116 -8,4308 24,22 1 1,56 6,44 820 400 420 985 58,2 3,94 61

Sb-158 -38,4322 -8,4292 52,50 1 7,48 14,25 590 350 240 101 13,3 0,35 42

Sb-159 -37,9824 -8,4501 32,84 3 2,95 8,98 510 410 100 104 6,0 0,43 45

Sb-160 -38,7625 -8,4504 32,42 2 1,21 3,73 920 420 500 620 51,0 2,61 67

Page 115: ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos,

115

Continuação...

Sb-161 -37,8248 -8,4552 25,34 1 0,23 0,91 630 470 160 252 14,2 1,18 55

Sb-162 -38,4213 -8,4662 30,71 2 0,37 1,20 460 350 110 99 7,1 0,35 41

Sb-163 -38,5646 -8,4689 29,73 3 1,11 3,73 390 330 60 69 2,9 0,23 37

Sb-164 -38,0053 -8,4840 19,70 2 1 5,08 570 410 160 428 19,5 1,76 48

Sb-165 -38,6189 -8,4697 25,36 2 0,72 2,84 440 360 80 99 4,9 0,36 39

Sb-166 -38,7146 -8,4972 24,66 1 0,32 1,30 510 360 150 176 12,3 0,63 53

Sb-167 -38,7790 -8,4936 24,22 2 1,25 5,16 720 360 360 808 48,5 2,91 53

Sb-168 -38,8204 -8,5047 25,12 2 2,19 8,72 580 360 220 394 24,6 1,42 44

Sb-169 -38,4094 -8,4980 54,55 2 1,17 2,14 550 360 190 102 11,3 0,37 44

Sb-170 -38,2177 -8,4801 43,85 3 3,05 6,96 550 360 190 95 10,9 0,34 43

Sb-171 -38,3204 -8,5087 32,08 2 0,42 1,31 500 370 130 127 9,2 0,47 43

Sb-172 -38,8450 -8,5308 20,88 2 1,57 7,52 430 360 70 96 4,0 0,35 39

Sb-173 -38,3621 -8,5157 19,27 2 0,41 2,13 550 370 180 225 16,0 0,83 46

Sb-174 -38,2586 -8,5099 28,49 2 0,79 2,77 480 360 120 114 8,2 0,41 41

Sb-175 -38,7442 -8,5272 23,27 1 0,74 3,18 430 350 80 113 5,4 0,40 38

Sb-176 -38,5723 -8,5212 52,88 3 2,08 3,93 380 320 60 41 2,3 0,13 36

Sb-177 -38,2848 -8,5353 24,07 2 1,74 7,23 440 360 80 84 4,5 0,30 40

Sb-178 -38,0202 -8,5346 43,71 2 1,44 3,29 570 430 140 116 8,8 0,50 48

Sb-179 -37,8543 -8,5281 25,92 2 0,57 2,20 810 480 330 136 18,1 0,65 62

Sb-180 -38,0914 -8,5589 19,96 1 0,22 1,10 480 410 70 108 3,6 0,44 45

Sb-181 -38,5228 -8,5596 33,93 1 6,3 18,57 390 320 70 78 4,0 0,25 35

Sb-182 -37,8940 -8,5621 30,40 1 0,45 1,48 900 490 410 346 33,2 1,70 67

Sb-183 -38,7129 -8,5910 25,13 1 1,58 6,29 420 330 90 125 6,7 0,41 36

Sb-184 -38,3945 -8,5700 28,93 2 1,19 4,11 420 340 80 67 4,2 0,23 38

Sb-185 -38,6285 -8,5871 24,72 2 1,52 6,15 380 320 60 187 4,9 0,60 34

Sb-186 -38,4544 -8,5776 27,57 1 3,22 11,68 450 330 120 104 8,1 0,34 38

Sb-187 -38,1472 -8,5836 23,35 1 0,67 2,87 500 380 120 97 7,4 0,37 45

Sb-188 -38,6646 -8,6086 19,83 2 2,24 11,30 360 320 40 67 1,0 0,21 35

Sb-189 -38,5756 -8,6114 22,92 1 5,16 22,52 350 310 40 61 1,1 0,19 33

Sb-190 -38,2541 -8,6160 24,23 3 1,98 8,17 420 350 70 79 3,7 0,28 39

Sb-191 -37,9870 -8,6142 52,02 3 0,65 1,25 880 480 400 234 27,0 1,13 66

Sb-192 -38,1943 -8,6142 45,52 1 0,67 1,47 470 360 110 36 4,2 0,13 42

Sb-193 -38,3254 -8,6499 33,58 2 2,05 6,11 440 340 100 78 5,8 0,27 38

Sb-194 -38,5224 -8,6670 31,62 1 1,4 4,43 410 320 90 71 5,1 0,23 36

Sb-195 -38,7171 -8,7001 51,31 1 5,17 10,08 370 310 60 39 2,3 0,12 34

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115

6 – CONCLUSÕES

Os estudos e métodos aplicados neste trabalho, integrando dados de

sensores orbitais e técnicas de sensoriamento remoto com procedimentos de

análises morfométricas e morfológicas, para extração de variáveis físicas sobre a

rede de drenagem e a morfologia das pequenas bacias hidrográficas num

ambiente de semiárido, mostraram-se satisfatórios.

A classificação das pequenas bacias hidrográficas da bacia do rio Pajeú,

em sub-bacias de terceira ordem atendeu a boa parte dos objetivos propostos.

Primeiro, por apresentarem área e número de canais suficientes para sustentarem

áreas úmidas e, por extensão, ambientes de várzeas; segundo, por constituírem a

melhor forma de representar a influência da rede de drenagem em uma pequena

bacia, em função da topografia e da declividade, favorecendo a dinâmica da

paisagem, principalmente no ambiente de semiárido nos períodos de secas.

A delimitação automática da rede de drenagem, obtida a partir da

modelagem de dados do SRTM, teve boa acurácia e apresentou precisão em

relação às cartas planialtimetricas do IBGE, permitindo extrair informações e

dados necessários para a identificação e caracterização física das sub-bacias

num ambiente de semiárido. Das 467 sub-bacias de terceira ordem delimitadas,

195 selecionadas apresentaram similaridades na formação de áreas de várzeas.

A análise das variáveis morfométricas e físicas para as sub-bacias permitiu

estabelecer a classificação para o relevo, a declividade, a drenagem, o grau de

dissecação e o tipo de escoamento superficial em cada área. A classificação

adotada para os resultados obtidos foram compatíveis com a literatura

empregada, permitindo indicar, inclusive, as áreas mais úmidas, mais secas e de

maior suscetibilidade a enchentes.

A modelagem dos dados gerados em ambiente de SIG foi um importante

instrumento para o zoneamento das sub-bacias, principalmente na identificação

das similaridades e estratificação dos resultados. Informações sobre a área, o

perímetro, o comprimento dos canais, a densidade dos rios e da drenagem, a

rugosidade, a forma, o relevo e a declividade foram importantes resultados para o

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116

conhecimento da disponibilidade e da capacidade da rede de drenagem na

manutenção dos ambientes de várzeas em cada sub-bacia, proporcionando

informações que podem viabilizar um melhor aproveitamento para o uso e

ocupação do solo.

Na caracterização física das sub-bacias da bacia do Pajeú, 99% das áreas

foram classificadas com densidade de drenagem moderada e escoamento

superficial moderado a rápido, onde há 94% de regularidade dos canais,

independentemente de serem perenes ou intermitentes. Esses resultados

indicaram a importância da rede de drenagem na compreensão do relevo, grau de

meandrização dos canais e dissecação na área.

Das 195 sub-bacias, 95% apresentaram-se com dissecação de baixa a

moderada, em função de um relevo plano a ondulado, 70% de suas áreas e 88%

delas apresentaram forma alongada a muito alongada, com baixa capacidade de

gerar canal perene. Esses resultados indicou que essas variáveis são importantes

na compreensão dos processos que estão relacionadas com a área, a largura e o

comprimento das pequenas bacias na formação dos ambientes de várzeas. Em

84% sub-bacias, a rugosidade foi classificada como média a forte, implicando na

distribuição dos ambientes de várzeas ao longo dos trechos mais planos e

próximos aos canais de maior extensão e declividade. Foram identificadas 352

áreas.

As informações sobre a cobertura e uso do solo nas sub-bacias, foram um

importante indicador do potencial das áreas de várzeas no semiárido. Nessas

áreas 67% das terras apresentaram-se com uso regular do solo para o

desenvolvimento da produção. Esse resultado demonstra o quanto o clima

semiárido influencia na bacia do Pajeú, principalmente no período de verão,

quando a disponibilidade de água tornar-se crítica, restando apenas as áreas de

várzeas. Não só para a cobertura das paisagens, mas, sobretudo, para as

atividades agrícolas.

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117

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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