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PROJETO DE MARKETING Domingo, 14 de maio de 2017 Zootecnistas contribuem há 50 anos com o agronegócio brasileiro NO DIA 13 DE MAIO, COMEMORA-SE O DIA DO PROFISSIONAL DAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS, FUNDAMENTAL PARA A AGROPECUÁRIA O primeiro curso de Zoo- tecnia do Brasil foi criado pela Pontifícia Universida- de Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), na cidade de Uruguaiana-RS, em 13 de maio de 1966. O fato ocor- reu 13 anos após a primei- ra proposta curricular para um curso de Zootecnia ter sido elaborada. A profissão foi regulamentada em 4 de dezembro de 1968, pela Lei Federal 5.550, assinada pelo então presidente Arthur da Costa e Silva. Nessa época, os profissionais estavam liga- dos aos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs). De acordo com o Art. 4° da Lei 5.550, “a fiscalização do exercício da profissão de Zootecnista será exercida pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Enge- nharia, Arquitetura e Agrono- mia, enquanto são instituídos os Conselhos de Medicina Veterinária ou os da própria entidade de classe”. Com a criação dos Conse- lhos Regionais de Medicina Veterinária, em outubro de 1968, os zootecnistas passa- riam a ser fiscalizados pelos CRMVs, de acordo com o Decreto-lei n° 425, publica- do em 21 de janeiro de 1969, que revogou o Art. 4° da Lei 5.550. Em 12 de julho de 1969, por meio do Parecer 406, Resolução n° 6, foi esta- belecido o currículo mínimo e a duração para o curso de Zootecnia. O Centro-Oeste, devido à grande quantidade de pro- priedades rurais, é um bom campo para o profissional, que está em ascensão devido ao aumento populacional, ao mesmo tempo em que dimi- nuem as terras de cultivo, o que gera pressão por uma pro- dução agropecuária eficiente, lucrativa e capaz de atender à demanda por alimentos, que cresce a cada dia. 1 – Promoção do melhoramento dos rebanhos, abrangendo conhe- cimentos bioclimatológicos e gené- ticos para a produção de animais precoces, resistentes e de elevada produtividade. 2 – Supervisão e assessoramento na inscrição de animais em sociedades de registro genealógico e em provas zootécnicas. 3 – Formulação, preparação, balance- amento e controle da qualidade das rações para animais 4 – Desenvolvimento de trabalhos de nutrição que envolvam conhecimen- tos bioquímicos e fisiológicos que visem melhorar a produção e produ- tividade dos animais 5 – Elaborar, orientar e administrar a execução de projetos agropecuários na área de produção animal 6 – Supervisão, planejamento e exe- cução de pesquisas, visando gerar tecnologias e orientações à criação de animais 7 – Desenvolver atividades de as- sistência técnica e extensão rural na área de produção animal 8 Supervisão, assessoramento e execução de exposições e feiras agropecuárias, julgamento de ani- mais e implantação de parques de exposições 9 – Avaliar, classificar e tipificar car- caças, bem como atividades ligadas ao meio ambiente 10 – Planejar e executar projetos de construções rurais específicos de pro- dução animal e de meio ambiente. 11 – Implantar e manejar pastagens envolvendo o preparo, adubação e conservação do solo 12 – Administrar propriedades rurais 13 – Avaliar e realizar peritagem em animais, com fins administrativos de crédito e seguro. 15 – Regência de disciplinas ligadas à produção animal em quaisquer ní- veis de ensino Campos de atividade Primeira turma do Centro-Oeste Valor para a produção A primeira turma de Zootec- nia da região Centro-Oeste foi da então Escola Superior de Ciências Agrárias de Rio Verde (EsucaRV), que era mantida pela Fundação de Ensino Superior de Rio Verde (FesuRV), atual Universidade de Rio Verde (UniRV), no sudoeste goiano. A professora aposentada da Unirv, Isabel Dias Carvalho, que é da primeira turma formada em 1985, conta que a graduação, na época, foi “um glamour”. Até hoje ela ainda guarda o convite de formatura e o jornal com o resultado dos aprovados no ves- tibular. Nessa turma, que iniciou os estudos em 1981 e concluiu em 1985, 17 profissionais se gra- duaram, sendo 11 homens e seis mulheres. Hoje, existem 1.637 zoo- tecnistas inscritos em Goiás, até abril de 2017. Para o pre- sidente da Comissão Estadu- al de Zootecnia do Conselho Regional de Medicina Veteri- nária de Goiás (CRMV-GO), Fabrício Estrela Mendonça, o propósito do zootecnista é gerar valor para o agrone- gócio nas diversas áreas da produção animal do país, ocupando as funções em or- ganizações de trabalho pú- blicas e privadas. O zootecnista de suces- so, segundo ele, além das competências técnicas, deve reunir competências hu- manísticas como trabalhar bem em equipe, obedecer a hierarquias, liderar e tomar decisões. Deve possuir ainda habilidades gerenciais para contribuir com os agentes envolvidos em determinado negócio ou setor produtivo para alavancar os resultados. “Goiás forma zootecnistas há 32 anos e possui, atual- mente, um quadro expressi- vo de ótimos profissionais. Aproveito para parabenizar aqueles que focam em seus propósitos e contribuem com a valorização do agronegócio no Estado”, destacou Estrela, ao ressaltar a importância do dia 13 de maio. Fabrício Estrela: “O propósito do zootecnista é gerar valor para o agronegócio nas diversas áreas da produção animal” E C T N O I O A Z Z Este suplemento especial é uma iniciativa do CRMV-GO em comemoração ao Dia do Zootecnista.

Zootecnistas contribuem há 50 anos com o agronegócio ... · ra proposta curricular para um curso de Zootecnia ter sido elaborada. A profissão foi regulamentada em 4 de ... ao meio

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PROJETO DE MARKETINGDomingo, 14 de maio de 2017

Zootecnistas contribuem há 50 anos com o agronegócio brasileiro

NO DIA 13 DE MAIO, COMEMORA-SE O DIA DO PROFISSIONAL DAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS, FUNDAMENTAL PARA A AGROPECUÁRIA

O primeiro curso de Zoo-tecnia do Brasil foi criado pela Pontifícia Universida-de Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), na cidade de Uruguaiana-RS, em 13 de maio de 1966. O fato ocor-reu 13 anos após a primei-ra proposta curricular para um curso de Zootecnia ter sido elaborada. A profissão foi regulamentada em 4 de dezembro de 1968, pela Lei Federal 5.550, assinada pelo então presidente Arthur da Costa e Silva. Nessa época, os profissionais estavam liga-dos aos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs).

De acordo com o Art. 4° da Lei 5.550, “a fiscalização do exercício da profissão de Zootecnista será exercida pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Enge-nharia, Arquitetura e Agrono-mia, enquanto são instituídos os Conselhos de Medicina Veterinária ou os da própria entidade de classe”.

Com a criação dos Conse-lhos Regionais de Medicina Veterinária, em outubro de 1968, os zootecnistas passa-riam a ser fiscalizados pelos CRMVs, de acordo com o Decreto-lei n° 425, publica-do em 21 de janeiro de 1969, que revogou o Art. 4° da Lei 5.550. Em 12 de julho de 1969, por meio do Parecer 406, Resolução n° 6, foi esta-belecido o currículo mínimo e a duração para o curso de Zootecnia.

O Centro-Oeste, devido à grande quantidade de pro-priedades rurais, é um bom campo para o profissional, que está em ascensão devido ao aumento populacional, ao mesmo tempo em que dimi-nuem as terras de cultivo, o que gera pressão por uma pro-dução agropecuária eficiente, lucrativa e capaz de atender à demanda por alimentos, que cresce a cada dia.

1 – Promoção do melhoramento dos rebanhos, abrangendo conhe-cimentos bioclimatológicos e gené-ticos para a produção de animais precoces, resistentes e de elevada produtividade.

2 – Supervisão e assessoramento na inscrição de animais em sociedades de registro genealógico e em provas zootécnicas.

3 – Formulação, preparação, balance-amento e controle da qualidade das rações para animais

4 – Desenvolvimento de trabalhos de nutrição que envolvam conhecimen-tos bioquímicos e fisiológicos que visem melhorar a produção e produ-tividade dos animais

5 – Elaborar, orientar e administrar a execução de projetos agropecuários na área de produção animal

6 – Supervisão, planejamento e exe-cução de pesquisas, visando gerar tecnologias e orientações à criação de animais

7 – Desenvolver atividades de as-sistência técnica e extensão rural na área de produção animal

8 – Supervisão, assessoramento e execução de exposições e feiras agropecuárias, julgamento de ani-mais e implantação de parques de exposições

9 – Avaliar, classificar e tipificar car-caças, bem como atividades ligadas ao meio ambiente

10 – Planejar e executar projetos de construções rurais específicos de pro-dução animal e de meio ambiente.

11 – Implantar e manejar pastagens envolvendo o preparo, adubação e conservação do solo

12 – Administrar propriedades rurais

13 – Avaliar e realizar peritagem em animais, com fins administrativos de crédito e seguro.

15 – Regência de disciplinas ligadas à produção animal em quaisquer ní-veis de ensino

Campos de atividade

Primeira turma do Centro-Oeste

Valor para a produção

A primeira turma de Zootec-nia da região Centro-Oeste foi da então Escola Superior de Ciências Agrárias de Rio Verde (EsucaRV), que era mantida pela Fundação de Ensino Superior de Rio Verde (FesuRV), atual Universidade de

Rio Verde (UniRV), no sudoeste goiano. A professora aposentada da Unirv, Isabel Dias Carvalho, que é da primeira turma formada em 1985, conta que a graduação, na época, foi “um glamour”. Até hoje ela ainda guarda o convite

de formatura e o jornal com o resultado dos aprovados no ves-tibular. Nessa turma, que iniciou os estudos em 1981 e concluiu em 1985, 17 profissionais se gra-duaram, sendo 11 homens e seis mulheres.

Hoje, existem 1.637 zoo-tecnistas inscritos em Goiás, até abril de 2017. Para o pre-sidente da Comissão Estadu-al de Zootecnia do Conselho Regional de Medicina Veteri-nária de Goiás (CRMV-GO), Fabrício Estrela Mendonça, o propósito do zootecnista é gerar valor para o agrone-gócio nas diversas áreas da produção animal do país, ocupando as funções em or-

ganizações de trabalho pú-blicas e privadas.

O zootecnista de suces-so, segundo ele, além das competências técnicas, deve reunir competências hu-manísticas como trabalhar bem em equipe, obedecer a hierarquias, liderar e tomar decisões. Deve possuir ainda habilidades gerenciais para contribuir com os agentes envolvidos em determinado

negócio ou setor produtivo para alavancar os resultados.

“Goiás forma zootecnistas há 32 anos e possui, atual-mente, um quadro expressi-vo de ótimos profissionais. Aproveito para parabenizar aqueles que focam em seus propósitos e contribuem com a valorização do agronegócio no Estado”, destacou Estrela, ao ressaltar a importância do dia 13 de maio.

Fabrício Estrela: “O propósito do zootecnista é gerar valor para o agronegócio nas diversas áreas da produção animal”

ECT NO IO AZ

ZEste suplemento especial é uma iniciativa do CRMV-GO em comemoração ao Dia do Zootecnista.

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PROJETO DE MARKETINGCRMV GOIÁS Domingo, 14 de maio de 2017

Utilização eficiente dos recursos naturais

PROFISSIONAL É UM DOS RESPONSÁVEIS PELA PUJANÇA NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Presidente do Conselho Regional de Medicina Veteri-nária de Goiás (CRMV-GO), Benedito Dias de Oliveira Filho, lembra a importância do zootecnista para o agro-negócio brasileiro, que gera 32,7% dos postos de trabalho no Brasil. Segundo o dirigen-te, os bons números do setor, que em 2015 foi responsável por 23% da fatia no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e acumulou crescimento de 4,48% ano passado, mostram a contribuição decisiva do profissional.

Em Goiás, a contribuição do zootecnista é ainda mais relevante. O Estado possui o terceiro maior rebanho bovi-no do país, com 21,7 milhões de cabeças, e tem a quarta

O termo “Zootecnia” surgiu na França, em 1849, quando o conde Gasperin propôs a divisão do ensino das plantas (Agronomia), do estudo das técnicas de criação dos animais. Também foi ele quem sugeriu o nome Zootec-nia, aceito em quase todos os países, exceto os da língua in-glesa que preferiram o termo “Animal Science”.

Para tanto, foi criada no Instituto Agronômico de Ver-sailles, em Paris, a “cátedra” Zootecnia e escolhido para lecionar, sob concurso, o jo-vem naturalista Emile Beaud-ment, que, aliás, com sua tese revolucionária para época, considerou os “animais como verdadeiras máquinas vivas, transformadoras e valorizado-ras dos alimentos”, tese essa que continua até hoje como o fundamento teórico da Zoo-tecnia em todo mundo, pois

Termo surgiu na França, em 1849

maior produção leiteira na-cional. É o maior produtor nacional de bovinos de corte em confinamento. “Esses nú-meros revelam a importância do segmento para o Estado e como profissionais médicos veterinários e zootecnistas são agentes cruciais para o crescimento do setor”, defen-de Benedito.

“Com certeza precisamos de mais profissionais capazes de enxergar o agronegócio como elemento fundamental na economia brasileira. So-mente o conhecimento téc-nico já não é mais suficien-te. O profissional precisa ser múltiplo e atento”, completa o presidente do CRMV-GO.

Outra questão discutida mundialmente é o desafio de

reduzir a fome e a miséria no mundo, por meio da produ-ção racional de alimentos. O zootecnista, com seu conhe-cimento técnico, gerencial e estratégico, deve ser um gran-de agente de sustentabilida-de do país, antenado com as novas tecnologias e capaz de utilizar da melhor forma pos-sível os recursos naturais, as terras já abertas e os milhões de hectares disponíveis para pastagens com a tarefa de produzir mais alimentos no mesmo espaço e respeitan-do a natureza. Essa eficiência do uso de recursos naturais, principalmente água, energia e terra tem o objetivo de res-ponder a demanda dos nove bilhões de habitantes do pla-neta previstos em 2050.

Expediente CRMV-GO

www.crmvgo.org.brwww.facebook.com/crmvgo

www.twitter.com/crmvgo

Avenida Universitária, n° 2169, Setor Universitário, Goiânia-GO. Fone (62) 3269-6500

[email protected]

Diretoria ExecutivaMéd. Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho CRMV-GO 0438

presidenteMéd. Vet. Wanderson Alves Ferreira – CRMV-GO 0524

vice-presidenteMéd. Vet. Rosângela de O. Alves Carvalho – CRMV-GO 2316

secretária-geralMéd. Vet. Rafael Costa Vieira – CRMV-GO 5255

tesoureiroConselheiros Efetivos

Méd. Vet. Edward Robinson Lacerda – CRMV-GO – 1232Zoot. Elis Aparecido Bento – CRMV-GO 0254/Z

Méd. Vet. Marcius Ribeiro de Freiras – CRMV-GO 0973Méd. Vet. Mércia de Oliveira Silva – CRMV-GO 1136Méd. Vet. Olízio Claudino da Silva – CRMV-GO 0547

Méd. Vet. Ronaldo Medeiros de Azevedo – CRMV-GO 1193

Conselheiros SuplentesMéd. Vet. Arthur Francisco Júnior – CRMV-GO – 1751

Méd. Vet. Cidervane Rabelo da Pascoa – CRMV-GO – 2004Méd. Vet. Ingrid Bueno Atayde – CRMV-GO 2738

Méd. Vet. Luciano Schneider da Silva – CRMV-GO 2765Méd. Vet. Stiwens Roberto T. Orpinelli – CRMV-GO 4308

Méd. Vet. Valdir Cardoso Martins – CRMV-GO 0949

Assessoria de ComunicaçãoDenise Duarte

Núcleo Independente de ConteúdoDiagramação, arte e edição

Oficina de Comunicação

o jovem Emile já previa aí a relação: máquina animal x fa-zenda empresa.

No Brasil, a Zootecnia sur-giu por meio da luta do en-genheiro agrônomo Otávio Domingues, considerado o pai da Zootecnia no país, mas que infelizmente não viveu para ver seu sonho realizado (fale-ceu em 1965). O professor Do-mingues deixou um excelente legado para as gerações futuras com sua abnegação para con-seguir realizar o sonho de criar um curso nessa área do conhe-cimento agrário.

Ele contribuiu ainda com uma das definições mais completas e objetivas do seg-mento, quando considerou a Zootecnia “uma ciência apli-cada que estuda e aperfeiçoa os meios de promover a adap-tação econômica do animal ao ambiente criatório e deste ambiente ao animal”.

O Zootecnista é um profissional que gera e difunde tecnologias referentes à criação, alimentação, melhoramento,

manejo e profilaxia das diferentes espécies de animais úteis ao homem

Marlos Castanheira, coordenador e professor adjunto do curso de Zootecnia da PUC-GO

Izarico Camilo Neto atua com melhoramento genético de gado e julgamento de exposições de zebu

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PROJETO DE MARKETING CRMV GOIÁSDomingo, 14 de maio de 2017

Os equipamentos revelam os valores de forma confiável e rápida

com o objetivo de maximizar a produção e minimizar os custos

Zootecnia de precisão, uma realidade

FERRAMENTAS PERMITEM MAIOR PRODUTIVIDADE E QUALIDADE NA PRODUÇÃO ANIMAL, COM MENORES CUSTOS

O termo “zootecnia de precisão” vem sendo cada dia mais utilizado pelos profissionais da área de pro-dução animal. A Zootecnia é uma ciência abrangente que trata, principalmente, da produção animal (nutri-ção, melhoramento genéti-co e administração rural) e que permite levar ao con-sumidor produtos de ori-gem animal com qualidade e biossegurança. Todas as atividades produtivas desen-volvidas zootecnicamente devem sempre ser realizadas considerando o bem-estar animal e a sustentabilidade econômica e ambiental da propriedade.

Precisão, quando associa-da à Zootecnia, se relaciona-da à eficiência, como expli-ca a professora Alessandra Gimenez Mascarenhas, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (UFG). “Quanto mais nos aproximamos dos obje-tivos ou atingimos os resul-tados com menores índices de perdas, mais precisos so-mos”, comenta. “Quanto maior a precisão das ativi-dades desenvolvidas dentro de um sistema, maior é a produção e a qualidade do produto final, com menores custos”, completa. Para tan-to, o profissional conta com ferramentas que permitem alcançar esses resultados de forma rápida e confiável.

Embora o termo zootec-nia de precisão seja recente,

na prática os zootecnistas sempre trabalharam esse conceito. Exemplo são os dados zootécnicos coletados dentro de uma propriedade. Uma série de diferentes índi-ces e medidas são diariamen-te determinados e usados como subsídio para avaliar se as técnicas utilizadas estão realmente sendo efetivas a fim de melhorar a produti-vidade de forma economica-mente viável.

Dados simples como peso inicial e final de animais nos lotes, consumo de ração e conversão alimentar podem ser citados como exemplo dessa rotina de trabalho. Outros parâmetros também são monitorados para verifi-

Tecnologias facilitam o trabalho

Um bom exemplo dessa automação está relacionado ao ganho de peso dos ani-mais. Se o rebanho é pesado na entrada e na saída dos lotes, o profissional tem o resultado de ganho de peso do lote, mas se esse ganho de peso estiver baixo, só é possí-vel obter essa informação ao fim do processo e nada mais poderá ser feito para reverter a situação. Para evitar isso, já existem sistemas automáticos de pesagem que podem ser acessados e controlados até remotamente. Dessa forma, o profissional acompanha a variação de peso dos animais diariamente e, no caso de um ganho abaixo do esperado, é possível detectar a causa e fazer os ajustes no momento certo.

Para utilizar a “zootecnia de precisão” é preciso desen-volver tecnologias ligadas às etapas do processo produti-vo. Os sistemas de automação têm um grande potencial na produção animal, permitin-do um controle mais rigoro-so do rebanho e do ambiente de criação (instalações). Por meio de identificação eletrô-nica (transponders ou micro-chips), monitoramento por imagens, microfones, senso-res de temperatura, umidade, pressão, gases (entre outros índices) e uso de câmeras termográficas, o profissional identifica as alterações de comportamento relacionadas às doenças, respostas fisioló-gicas ao estresse ambiental, sabe se os animais estão se alimentando corretamente, controla a quantidade indi-vidual de ração fornecida e verifica a atividade física do rebanho no galpão.

A professora do Departa-mento de Zootecnia da UFG, Alessandra Gimenez Masca-renhas, alerta que é preciso avaliar cada propriedade para determinar a ferramenta cor-reta. O profissional deve con-siderar o tamanho do local, tipo de produção, se as práti-cas de manejo e nutrição es-tão corretas, o grau de instru-ção dos funcionários, entre outros fatores.

Em algumas situações é melhor um sistema de au-tomação e monitoramento mais simples que um alta-mente sofisticado. Todas as propriedades podem ser be-neficiadas pela zootecnia de precisão. O importante é o correto diagnóstico do ce-nário para definir a melhor sugestão.

Ao formular uma ração, o profissional utiliza dados da composição nutricional dos ingredientes (níveis de proteína, cálcio, fósforo, ami-noácidos, fibra etc). O milho é um ingrediente muito uti-lizado nas rações brasileiras e, em geral, as análises feitas apontam dados somente so-bre a umidade do material. Poucas unidades produtivas determinam o teor de pro-teína. Os valores dos demais nutrientes são retirados de tabelas de composição nutri-cional que, mesmo se aproxi-

mando, podem não ser exa-tamente o valor contido no milho usado.

O zootecnista sabe que a composição nutricional do alimento sofre pequenas alte-rações, conforme o lote. En-tão, ao usar dados de tabela, o profissional não estará sen-

do preciso no atendimento das exigências do animal. O ideal seria que cada partida do ingrediente fosse analisa-da em laboratório e as rações fossem formuladas com esses valores determinados. Aí sim o profissional estaria sendo exato na formulação.

Ganho de peso animal

Entretanto, algumas aná-lises de laboratório são caras e demandam tempo, o que pode inviabilizar a sua reali-zação como rotina para ajus-tes das formulações. Para agi-lizar o processo, o zootecnista precisa da automação, os equipamentos que revelam esses valores de forma confi-ável e rápida com o objetivo de maximizar a produção e minimizar os custos por meio da redução de perdas e ainda prezar pelo bem-estar animal, como explicou a professora Alessandra Mascarenhas.

Thaisa Pedemonte Araújo realiza vistorias para certificação Sisbov de propriedades que vendem animais para frigoríficos exportadores

Verônica Auxiliadora Alves é responsável técnica de uma fábrica de suplementos para alimentação animal

car como está a produção e o bem-estar dos animais. Ao medir e coletar esses dados, o profissional tem os resulta-dos do trabalho executado e

pode fazer os ajustes no ma-nejo, nutrição e ambiente onde o animal se encontra, de modo a melhorar a pro-dutividade.

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PROJETO DE MARKETINGCRMV GOIÁS Domingo, 14 de maio de 2017

Ciclo de Palestrasda ZootecniaVI

A evoluçãotecnológica

do agronegóciopassa pelo trabalho

do zootecnista.13 de maio - Dia do Zootecnista

O zootecnista utiliza novas tecnologias para atuar na melhoria genética das espécies, coordenar processos de produção, monitorar os rebanhos, cuidar da nutrição dos animais e aprimorar o ambiente da criação. Esse trabalho torna o sistema produtivo mais eficiente, resultando diretamente na qualidade dos produtos de origem animal e colaborando com a evolução do agronegócio.

cfmvoficial | @CFMV_oficial | CFMVoficial | cfmv.gov.br

6° Ciclo de Palestras comemora Dia do Zootecnista

PROGRAMAÇÃO DEBATE SUINOCULTURA, PISCICULTURA, GESTÃO PRODUTIVA E FINANCEIRA NA PECUÁRIA DE CORTE

O CRMV-GO, por meio da Comissão de Zootecnia, promove dia 9 junho o 6° Ciclo de Palestras da Zootec-nia para comemorar o dia 13 de maio. A programação inclui palestras sobre suino-cultura, piscicultura, gestão produtiva e financeira na pe-cuária de corte, entre outros assuntos. Além das palestras, acontecerá também uma ho-menagem aos zootecnistas que foram destaques em suas áreas de atuação no último ano, com entrega de placas aos homenageados. O even-to acontecerá no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Veja mais informações no site www.crmvgo.org.br e redes sociais: www.facebook.com/crmvgo e www.twitter.com/crmvgo. O evento será gratuito.

Outra forma de celebrar a Zootecnia é a mídia busdoor, cuja veiculação começou dia 6 de maio e prossegue até o dia 6 de junho. O busdoor é aquela publicidade loca-lizada na parte traseira dos ônibus. São 10 linhas con-templadas, em Goiânia, com a campanha 2017 produzida especialmente para o Dia do Zootecnista, uma promoção do Sistema CFMV/CRMVs. O mote da campanha des-te ano fala sobre a evolução

tecnológica do agronegócio, que passa pelo trabalho do zootecnista. A campanha enfoca que esse profissional utiliza novas tecnologias para atuar na melhoria das espécies, coordenar proces-sos de produção, monitorar os rebanhos, cuidar da nutri-

ção dos animais e aprimorar o ambiente da criação.

Esse trabalho torna o sis-tema produtivo mais eficien-te, resultando diretamente na qualidade dos produtos de origem animal e colabo-rando com a evolução do agronegócio. Confira as li-

nhas de ônibus adesivadas com campanha no site www.crmvgo.org.br. Veja também no site do CRMV-GO e nas redes sociais os materiais da campanha 2017 em come-moração ao Dia do Zootec-nista. Compartilhe os conte-údos e promova a Zootecnia.

Instituições de ensino em Goiás

Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), em Goiânia

www.pucgoias.edu.br

Universidade Estadual de Goiás (UEG), câmpus São Luís

de Montes Beloswww.slmb.ueg.br

Universidade Federal de Goiás, regional Jataí

www.jatai.ufg.br

Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG, regional Goiânia

www.evz.ufg.br

Instituto Federal Goiano, câmpus Rio Verde

www.rioverde.ifgoiano.edu.br

Instituto Federal Goiano, câmpus Ceres

www.ifgoiano.edu.br/ceres

Instituto Federal Goiano, câmpus Morrinhos

www.ifgoiano.edu.br/morrinhos