Interpretação e Ensino da Bíblia em Ellen White
Pr. Adenilton Aguiar
Ellen White e a interpretação das Escrituras
• Diretrizes gerais
– Convide o Espírito Santo para guiá-lo no estudo (Ed 189)
– Esteja disposto a obedecer a mensagem (5T 705)
– Seja receptivo (PJ 112; CW 35)
Ellen White e a interpretação das Escrituras
• Diretrizes gerais
– Acautele-se contra interpretações extremadas
– Trabalhe junto com pessoas de experiência (5T 291,293)
– Use o bom senso (CPPE, 257)
O uso das Escrituras por Ellen White
• Os Escritos de Ellen White não são um comentário exegético inspirado da Bíblia.
• A compreensão disso torna-se importante quando algumas pessoas tentam usar seus escritos como a última palavra sobre o significado de um texto específico.
O uso das Escrituras por Ellen White
• Alerta aos pregadores modernos: Ellen White era uma profetisa, ou seja, estava escrevendo sob inspiração.
O uso das Escrituras por Ellen White
• Os escritos de Ellen White são muitas vezes usados incorretamente porque esses princípios de hermenêutica não são aplicados. Sentenças são tiradas do contexto e pessoas sustentam que ela ensina algo quando, na verdade, ela não o faz.
ALGUMAS CITAÇÕES
• “ Os que estudam a Palavra de Deus com o coração aberto para a iluminação do Espírito Santo, não permanecerão em trevas quanto à significação da mesma.” Parábolas de Jesus, pág. 36
Uma promessa Divina
• “Uma luz celeste raiará no templo da alma e será revelada a outros como o brilho refulgente de uma lâmpada em estrada tenebrosa.”
Parábolas de Jesus, pág. 36
Um efeito poderoso
• “Aquele que pela fé aceita a Palavra, recebe a própria vida e o caráter de Deus.” P. J., pág. 36
Uma vida transformada
• “O tema das pregações e ensinamentos de Cristo era a Palavra de Deus...
• “Os servos de Cristo devem fazer a mesma obra.” P. J. pág. 39
O tema das pregações
• “ Os mestres de Israel não disseminavam a semente da Palavra de Deus... Eles se firmavam sobre tradições, teorias humanas e especulações. Seus ensinos não tinham poder para refrigerar a alma.” (grifo acrescentado)
P.J. pág. 39
Os mestres em Israel
• “ Nos dias de Cristo os rabinos forçavam uma construção mística sobre muitas porções das Escrituras. Porque os claros ensinos da Palavra de Deus lhes condenavam as práticas, procuravam destruir-lhes a força. Em Seus dias, Cristo censurava estas práticas. Ensinava que a Palavra de Deus deve ser compreendida por todos.” P.J, pág. 40
Cristo censurou os rabinos
• “ [Cristo]Apontava as Escrituras como de autoridade inquestionável, e devemos fazer o mesmo. A Bíblia deve ser apresentada como a Palavra do Deus infinito, como o termo de toda polêmica e o fundamento de toda a fé.” P.J. pág. 40
Cristo apontava as Escrituras
• “ A Bíblia tem sido espoliada do seu poder, e vemos a consequência do tom da vida espiritual. Nos sermões de muitos púlpitos de hoje, não há aquela divina manifestação, que desperta a consciência e dá vida à alma. Os ouvintes não podem dizer: ‘Porventura não ardia o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?’” P.J. pág. 40
Quando a Bíblia é despojada
• “Há muitos que estão clamando pelo Deus vivo, e anseiam a presença divina. Teorias filosóficas ou composições literárias, embora brilhantes, não podem satisfazer o coração. As afirmações e descobrimentos dos homens não tem valor algum. Fale a Palavra de Deus ao povo! Os que só ouviram tradições, teorias e máximas humanas, ouçam a voz dAquele cuja palavra pode renovar a alma para a vida eterna.” P.J. pág. 40
Um grande anseio
• “ O tema predileto de Cristo era o amor paterno e a abundante graça de Deus; demorava-Se muito sobre a santidade de Seu caráter e de Sua lei; e apresentou-Se a Si mesmo aos homens como o Caminho, a Verdade e a Vida. Sejam estes os temas dos ministros! Anunciai a verdade como é em Jesus.” (grifo acrescentado)P.J. p.40
O tema predileto de Cristo
• “Explicai as reinvidicações da Lei e do Evangelho. Contai ao povo da vida de renúncia e sacrifício de Cristo; de Sua humilhação e morte; de Sua ressureição e ascenção; de Sua intercessão por eles na corte de Deus; de Sua promessa: ‘ Virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo.’” P.J. pág. 40
Temas a serem apresentados
• “ Mas o professor da verdade sagrada só poderá comunicar aquilo que ele conhece por experiência própria. ...os que querem ensinar a Palavra de Deus, precisam apropriar-se dela pela experiência pessoal.” P.J. pág. 43.
Ensinar com base na experiência pessoal
“Nós [adventistas] cremos que a luz dada por Deus aos seus servos é pela iluminação da
mente, comunicando assim o pensamento e não as palavras em que as ideias devem ser expressas”. – Review and Herald, 27 de
Novembro de 1833.
Sobre Inspiração
• Inspiração verbal
• Inspiração do pensamento
• Revelação do encontro
• Visão encarnacional das Escrituras – visão adventista
Sobre Inspiração
• O padrão teofânico – Deus se faz presente • O padrão verbal – Deus de fato escreve as palavras • O padrão profético – Deus produz meios visuais de
revelação
Padrões de revelação
• O padrão histórico – Deus usa eventos da história humana, mas o profeta, em geral, não participou do evento que narra
• O padrão existencial – Deus se revela por meio das
experiências pessoas e comunitárias do escritor • O padrão sapiencial – Deus usa as experiências da vida
cotidiana
• A multiplicidade de padrões revelatórios permite afirmar que a revelação divina se estende por todo o texto bíblico
Padrões de revelação
– A inspiração não produz os conteúdos; estes já foram revelados antes. Em vez disso, a inspiração aperfeiçoa a transmissão dos conteúdos e garante a confiabilidade do registro.
O Papel da Inspiração
• O locus da inspiração – A mente do escritor
• A contribuição humana – O modo linguístico
– A composição do livro
– As palavras (Ex Arão e Moisés)
– Formas literárias
– O trabalho editorial
– Fontes literárias
O Papel da Inspiração
• A contribuição divina
– O padrão de supervisão geral
– O padrão de correção e aprimoramento
• Um auxílio à memória
• Novas revelações
• A seleção de fontes literárias
“Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram. A inspiração não
atua nas palavras do homem ou em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a
influência do Espírito Santo, é possuído de pensamentos. As palavras, porém, recebem o
cunho da mente individual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como Sua vontade, é
combinada com a mente e a vontade humanas; assim as declarações do homem são a Palavra de
Deus”. ME, vol. 1, p. 21.
Pensamento de Ellen White
“A Bíblia foi escrita por homens
inspirados, mas não é a maneira de
pensar e exprimir-se de Deus. Esta é da
humanidade. [...] Os escritores da Bíblia
foram os instrumentos de Deus, não Sua
pena. Olhai os diversos escritores.” – ME,
vol 1, p. 21
Pensamento de Ellen White
Mas a Escritura Sagrada, com suas divinas verdades, expressas em linguagem de homens, apresenta uma união do divino com o humano. União semelhante existiu na natureza de Cristo, que era o Filho de Deus e Filho do homem. Assim, é verdade com relação à Escritura, como o foi em relação a Cristo, que "o Verbo Se fez carne e habitou entre nós". João 1:14. (GC, 7)
Por que nossos jovens, e mesmo os de idade mais madura, são tão facilmente levados à tentação e ao pecado? É porque a Bíblia não é estudada e meditada como devia ser. Se dela se fizesse estudo diário, haveria uma retidão interior, uma fortaleza de espírito capazes de resistir às tentações do inimigo. – Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 441.
É desígnio de Deus que, mesmo nesta vida, as verdades de Sua Palavra se vão sempre desdobrando perante Seu povo. Só há um meio de obter esse conhecimento. Só nos é possível chegar a compreender a Palavra de Deus mediante a iluminação do Espírito pelo qual ela foi dada. [...] Deus deseja que o homem exercite suas faculdades de raciocínio; e o estudo da Bíblia robustecerá e elevará o espírito como nenhum outro. – Caminho a Cristo, p.109-110
A negligência do estudo da Palavra de Deus é a grande causa de debilidade e ineficiência mentais. Desviando-se dessa Palavra para alimentar-se dos escritos dos homens não inspirados, o espírito se amesquinha e vulgariza. [...] Não há nada tão enobrecedor e próprio para revigorar, como o estudo dos grandes temas que dizem respeito à nossa vida eterna. – Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 441.