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GOMBRICH, F. H. A História da Arte. 16 ed. Lisboa: LTC, 1998.
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JANSON, H. W. História Geral da Arte. São Paulo. Martins Fontes, 1993.
LOMMEL, Andreas, A Arte Pré-histórica e Primitiva. O mundo da Arte. Livraria José Olympio Editora/ Editora Expressão e Cultura. Rio de Janeiro. 1966.
RIKWERT, Joseph. A Casa de Adão no Paraíso. São Paulo, Pesrspectiva, 2003.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
BIBLIOGRAFIA
Bisão. 15000 a 1000 a.C.
Altamira, Espanaha.
“O animal apenas utiliza a Natureza, nela produzindo modificações
somente por sua presença; o homem a submete, pondo-a a serviço de
seus fins determinados, imprimindo-lhe as modificações que julga
necessárias, isto é, domina a Natureza. E esta é a diferença essencial e
decisiva entre o homem e os demais animais; e, por outro lado, é o
trabalho que determina esta diferença”
F. Engels
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
PALEOLÍTICO INFERIOR
aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C.;
primeiros hominídios (250.000 a.C.);
caça e coleta; controle do fogo;
instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos:
facas, machados.
PALEOLÍTICO SUPERIOR
Aproximadamente 30.000 a. C.
instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra:
machado, arco e flecha, lançador de dardos, anzol e
linha; e desenvolvimento da pintura e da escultura.
- Neolítico
instrumentos de pedra polida, enxada e tear;
início do cultivo dos campos;
artesanato: cerâmica e tecidos;
construção de pedra; e
primeiros arquitetos do mundo.
- Idade dos Metais
aparecimento de metalurgia;
aparecimento das cidades;
invenção da roda;
invenção da escrita; e
arado de bois. Sítios pré-históricos europeus
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
ETAPAS PRÉ-HISTÓRICAS
O homem e o seu ambiente formam-se
juntos, no longo inverno do Paleolítico
A capacidade de interagir com o ambiente e
de modificá-lo de algum modo em seu
proveito é própria do homem. Depende das
transformações anatômicas e fisiológicas do
organismo humano, e contribui para orientar
essas transformações. Torna-se assim um
fator constituinte da condição humana.
Podem-se apontar três aspectos transpostos
no período Paleolítico (de 2.700.000 a 10.000
a.C.):
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
A capacidade de colocar a si próprio e aos objetos
exteriores num espaço unitário.
A consciência de si e do mundo circunstante é a centelha,
escondida no cérebro humano, que é impossível situar num
tempo exato. O seu caráter universal torna possível
simultaneamente a compreensão reflexa das situações
reais, presentes ou passadas, e a simulação de situações
ainda não existentes.
Funda a atividade projetual, o circuito entre a realidade
existente e a imaginada. A arquitetura é o conjunto das
intenções e das intervenções sobre o ambiente físico, que
tendem a formar um sistema em virtude de sua duração no
tempo.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
Cabanas pré-históricas segundo Caramuel
A capacidade de colocar num suporte físico as
imagens de qualquer objeto visível.
A função dessas imagens pode apenas ser conjecturada,
mas é secundária. O que conta é a possibilidade de
captar a forma de uma realidade passada, e de passar
de uma forma imaginada a uma nova realidade ainda
não existente.
A partir desse momento, as evoluções do pensamento
concentram-se no ambiente físico, tornando-se
operantes no presente e no futuro.
Nasce o projeto como ainda hoje o compreendemos,
composto de uma gama de instrumentos, desde as
incisões na pedra até as modulações magnéticas
contidas nos computadores de hoje.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
Incisões de espirais provenientes de Grange, Irlanda: 2000 a.C.
A capacidade de denotar simbolicamente, e de
indicar aos outros, os objetos de todos os tipos.
A representação simbólica tem um papel fundamental
na difusão da realização de projetos. A possibilidade
de representar um objeto complexo através de apenas
uma parte das suas características, e de estabelecer a
relação das características pré-selecionadas com o
objeto completo, cria a economia mental do
pensamento e da capacidade de ação humana. A
linguagem e, posteriormente, a escrita são patrimônio
da coletividade e podem ser transmitidos no espaço e
no tempo.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
Caverna: Lascaux, França (15.000 a 10.000 a.C)
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AS ORIGENS DA ARQUITETURA
Paleolítico Superior - a principal
característica dos desenhos da Idade da
Pedra Lascada é o naturalismo. O
artista pintava os seres, um animal, por
exemplo, do modo como o via de uma
determinada perspectiva, reproduzindo
a natureza tal qual sua vista captava.
Os artistas do Paleolítico Superior
realizaram também trabalhos em
escultura. Mas, tanto na pintura quanto
na escultura, nota-se a ausência de
figuras masculinas. Predominam figuras
femininas, com a cabeça surgindo como
prolongamento do pescoço, seios
volumosos, ventre saltado e grandes
nádegas.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
Atualmente, a explicação mais
aceita é que essa arte era
realizada por caçadores, e que
fazia parte do processo de magia
por meio do qual procurava-se
interferir na captura de animais,
ou seja, o pintor-caçador do
Paleolítico supunha ter poder
sobre o animal desde que
possuísse a sua imagem.
Acreditava que poderia matar o
animal verdadeiro desde que o
representasse ferido
mortalmente num desenho.
Utilizavam as pinturas rupestres,
isto é, feitas em rochedos e
paredes de cavernas. O homem
deste período era nômade.
Cavalo: Lascaux, França (15.000 a 10.000 a.C)
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
As grandes marcas coloridas do interior
e em volta do contorno dos cavalos
selvagens visavam provavelmente a
aumentar a fertilidade dos animais.
Os aborígenes australianos ainda fazem
incisões rupestres formadas por uma
aglomeração de pontos, ou as fazem em
pedras sob pinturas rupestres, com o
intuito de "destruir o poder espiritual
da pedra".
Não se sabe qual seria o significado das
impressões em negativo de mãos
humanas, mas quase certamente
estavam ligadas aos ritos propiciat6rios
da caça.
Cavalos. 20.000 a.C.
Pintura rupestre. 3,40 m (Peach-Merle, França)
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AS ORIGENS DA ARQUITETURA
Apesar da escala diminuta, a sucessão
dessas figuras ao longo da parede
rochosa produz impressão das mais
realistas.
As cavernas de Altamira contêm as
obras-primas do estilo da Era Glacial, e
o efeito de força sólida obtido através
de traços despojados e de cores
impressionistas antecipa as técnicas de
muitos pintores do séc. XX.
Bisão. 12.000 a.C. Pintura rupestre. Comp. 80 cm. Altamira, Espanha.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
Esta cena vívida e sangrenta pode ser
explicada através de lendas
xamanistas que sobreviveram na
Sibéria até tempos recentes. Dois
xamãs rivais travam combate, um
disfarçado em bisão e o outro com
uma cabeça de ave.
A vara encimada por uma figura de
ave indica que o "espírito-guia" do
xamã prostrado apareceu em forma
de ave.
Uma lança parece ter perfurado o
flanco do bisão, cujas entranhas
brotam da ferida.
Homem com máscara de cabeça de ave atacado por um bisão ferido. 15.000-10.000 a.C. Pintura rupestre. Alt., 1,40 m. Lascaux, França.
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AS ORIGENS DA ARQUITETURA
Essa vigorosa imagem é uma das mais antigas esculturas
em pedra do nu feminino da história da arte.
As concepções clássicas da beleza humana ideal não
têm validade para explicar sua significação e
peculiaridades; da mesma forma, seu naturalismo
inabalável não pode ser equacionado como fidelidade à
natureza, pois a cabeça e as mãos são apenas
esboçadas.
A carnação flácida e os seios caídos representam um
tipo generalizado de nutriz e enfatizam a fertilidade.
Tal como nas estatuetas de marfim das "Vênus" de
WilIendorf e outras, o artista julgou sem importância os
detalhes pessoais do rosto e das mãos.
O chifre (cheio de sangue) está ligado aos mitos da
"senhora dos animais", uma deusa que tem ascendência
sobre os animais e os conduz aos caçadores.
A "Vênus de Laussel", c. 15.000-10.000 a.C. Relevo rupestre. Alt., 46 cm. Musée d'Aquitaine, Bordeaux.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
O fim do período glacial de Wurm, que assinala a
passagem do Plistoceno ao Holoceno, há cerca de
10.000 anos, transforma o ambiente geográfico
em todos os continentes já povoados pelo
homem.
Os bancos de gelo recuam em direção aos polos,
as florestas desenvolvem-se na mesma direção, as
estepes e os desertos aumentam nas latitudes
inferiores.
Com a fusão dos gelos, o nível dos mares sobe até
130 metros, e mais da vigésima parte das terras
emersas ficam debaixo de água, mudando a
geografia do planeta (dentro desta faixa de
profundidade encontram-se alguns artefatos de
difícil interpretação).
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
A FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA
Incisões de espirais provenientes de Grange, Irlanda: 2000 a.C.
Em algumas áreas da faixa intermédia, entre a
floresta e os desertos, o homem aprende a
fixar-se e a modificar o território de maneira
estável, cultivando plantas e criando animais.
Toma-se possível um forte aumento da
população, e alteram-se de modo decisivo as
relações dimensionais entre o homem e o
ambiente: se um caçador-recoletor precisa de
10 quilômetros quadrados de território, a um
agricultor-criador basta meio quilômetro
quadrado de terreno seco e um décimo de
quilômetro quadrado de terreno irrigado.
A nova cultura caracterizada por estas
inovações, mas sem escrita e com a população
espalhada por aglomerados de pequenas
dimensões, é chamada neolítica, em oposição à
paleolítica.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
A FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA
Vale nos arredores de Mênfis
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
A FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA
A medida da importância deste período é dada por
algumas aquisições fundamentais, determinantes
mesmo para todo o futuro: a seleção das plantas e dos
animais domésticos, que constituem a bagagem
duradoura da existência humana, a invenção das
principais indústrias, a cerâmica, a carpintaria, a
tecelagem, os inícios da metalurgia, e, juntamente com
estas, o empenho tecnológico destinado a modificar
progressivamente o cenário terrestre.
A sua distribuição no tempo varia consideravelmente
nas diversas regiões da Terra. No Médio Oriente e no
Mediterrâneo oriental pode situar-se entre os milênios
IX e IV a.C., quando aparecem as primeiras cidades e os
primeiros documentos escritos.
Kalaa Sghria (Tunísia)
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
A FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA
Assim, num espaço de tempo muito breve, ocorre um
extraordinário esforço físico e mental, que introduz na
vida do homem os produtos e os espaços projetados
por ele mesmo, em alternativa aos espaços e aos
ambientes naturais.
No longo período do Paleolítico, o homem adapta a
sua vida ao ambiente, propagando-se assim a toda a
superfície terrestre.
A partir do Neolítico, o homem adapta o ambiente à
sua vida, ocupando-se com intervenções a longo e a
longuíssimo prazo, e começando a transformar a
Terra.Vila dos trabalhadores Deir el-Medina (Egito)
1500 – 1000 a.C.
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A FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA
“Dependemos ainda das enormes descobertas que assinalaram aquela
que se chama, sem de fato exagerar, a revolução neolítica: a
agricultura, a criação de gado, a cerâmica, a tecelagem. A todas
estas “artes da civilização” há oito ou dez mil anos que nos temos
limitado a introduzir apenas aperfeiçoamentos”.
O advento da agricultura, que ocorre independentemente em quase
todas as sociedades humanas, é levado em conta nesta nossa
exposição pelas suas consequências gerais na relação entre o homem
e o ambiente. Não existem ainda explicações fiáveis acerca das
causas externas e internas deste acontecimento.
A inovação da agricultura não produz vantagens imediatas. Em
comparação com o caçador-recoletor, o agricultor dedica tanto ou
mais tempo ao trabalho. M. D. Sahlins (em Âge de pierre, âge
d'abondance, 1976) calcula que o tempo mínimo necessário para o
trabalho agrícola é de três horas e meia por dia, e que o tempo para
a caça varia entre três e cinco horas por dia. O agricultor dispõe de
menos carne na dieta, tem menos segurança quanto à disponibilidade
de alimentos no caso de uma má colheita e está dependente, para a
sua sobrevivência, de fatores climáticos externos e insondáveis.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
A FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA
O homem, agora, pode considerar-se numa posição
diferente e dominante em relação às outras criaturas:
seleciona as espécies adequadas à cultura e à criação,
prepara os terrenos através do desmatamento,
transforma com método e constância o mundo
inanimado da paisagem, a forma dos lugares.
Nasce a tarefa aventureira de “forçar a natureza”, o
que no campo religioso é considerado umas vezes um
título de superioridade e outras uma transgressão a
expiar.
O trabalho agrícola e a criação pressupõem uma
capacidade de previsão que vai para além da vida de
um simples indivíduo. Exigem projetos de longa
duração, cujos efeitos se manifestarão muito tempo
depois.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
A FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA
A vida das comunidades que sobrevivem com a caça e a
recolha é, necessariamente, mais táctica do que
estratégica, feita de decisões rápidas.
A economia agrícola e de criação de animais requer
previsões estratégicas e prospectivas de longo e de
longuíssimo prazo (existem estádios intermédios entre as
duas opções, porque os processos de seleção e de
domesticação se desenrolam ao longo de grandes períodos
de tempo).
Mas a aquisição das prospectivas de longa duração
provoca uma alteração psicológica definitiva, comporta
novas noções sobre a hereditariedade, sobre a sucessão,
sobre a distinção entre propriedades privadas e coletivas.
Vaso pintado. Terceiro milênio a.C. terracota. Serra d’Alto, Matera, Itália.
Alt., 15,5 cm. Museo Nazionale, Matera.
PALEOLÍTICO SUPERIOR
NEOLÍTICO - a fixação do homem da Idade da Pedra Polida,
garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção de manadas,
ocasionou um aumento rápido da população e o
desenvolvimento das primeiras instituições, como família e a
divisão do trabalho. Assim, o homem do Neolítico desenvolveu a
técnica de tecer panos, de fabricar cerâmicas e construiu as
primeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetos do
mundo. Conseguiu ainda, produzir o fogo através do atrito e deu
início ao trabalho com metais.
Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na
arte. O homem, que se tornara um camponês, não precisava
mais ter os sentidos apurados do caçador do Paleolítico, e o seu
poder de observação foi substituído pela abstração e
racionalização. Como conseqüência surge um estilo
simplificador e geometrizante, sinais e figuras mais que
sugerem do que reproduzem os seres. Os próprios temas da arte
mudaram: começaram as representações da vida coletiva.
Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziu
uma cerâmica que revela sua preocupação com a beleza e não
apenas com a utilidade do objeto, também esculturas de metal.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
O vaso neolítico chinês
(conhecido como cerâmica Pan
Xan) já era decorado com uma
variante da espiral, cujo original
pertence às primitivas culturas
agrícolas da Rússia Ocidental, c.
3.000 a.C.
(embora alguns estudiosos
chineses relutem em admitir
quaisquer fontes "estrangeiras"
para sua arte).
Jarro pintado de Ning-Ting-Hsien, Kansu, China, segundo milênio antes de Cristo. Cerâmica. Alt., 35 cm. Museum für Võlkerkunde, Munique.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
As descobertas desses
típicos machados de pedra
polida e de seção oval
permitem traçar as
migrações dos primitivos
agricultores no Sudeste
Asiático e na Oceania.
Os machados cerimoniais
olmecas constituem prova
da forte influência dessas
culturas na América
Central.
Machados olmecas de EI Mangal, Estado de Vera Cruz, México. 1.500.
Diopsita-jadeíta. Comp., 28,2 cm. e 21,5 cm. Coleção Robert Woods Bliss, National Gallery of Art, Washington.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
AS ORIGENS DA ARQUITETURA
Os barcos constituem um tema freqüente na arte indonésia, possuindo um duplo sentido. Representam a migração dos ancestrais da tribo através do mar; e, como se referem a fatos antepassados, simbolizam também o "mundo dos espíritos". O motivo da espiral está presente em todo o desenho.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
Motivo de barcos em tecido da Região de Krõe, Sumatra meridional, séc. XX. Algodão. Comp. 2,80 m. Museum für Võkerkunde..
Esta magnífica figura naturalística no estilo das ilhas do
Almirantado mostra típicos aspectos locais nos cabelos
aparados da mulher, na posição da boca aberta e nos lobos
auriculares aumentados segundo o costume tribal.
Contudo, é raro encontrar-se uma figura olhando para trás
sobre o ombro. As decorações podem representar pintura
sobre o corpo ou tatuagens. A quase imperceptível flexão das
pernas indica que se trata de uma figura ancestral.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
Figura ancestral das ilhas do Almirantado, Melanésia. Começo do séc. XX. Madeira. AIt., 60 cm. Museum für Võlkefkunde, Munique.
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Caveça de um negro (provavelmente um rei). Nigéria séc. XII- XIV. Bronze. AIt., 36 cm. Museu do Homem, Londres.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
Máscara ritual. Nova Guiné. Bronze. AIt., 152,4cm. Madeira, casca de árvore e fibra vegetal.
Museu do Homem, Londres.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
A FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA
A ocupação contínua de um lugar tem como conseqüência
imediata a construção de moradias e a delimitação dos
espaços de uso. Deixa de ser indispensável concentrar e
comprimir tudo o necessário para o desenvolvimento das
atividades humanas nas dimensões e no peso da bagagem
transportável de um indivíduo.
A programação dos excedentes permite: uma maior
densidade de população, maiores aglomerados de indivíduos,
o uso de tecnologias mais complexas e pesadas, a
disponibilidade de artefatos fixos e não transportáveis,
sistemas sociais mais complexos e o reconhecimento de
hierarquias.
Juntamente com tudo isto aparece a arquitetura em sentido
próprio, ou seja, a capacidade de conhecer e modelar o
território habitado. Tem interesse descrever de modo geral
os seus resultados e definir as suas características
fundamentais, que provêm do patrimônio genético unitário
da família humana, posto à prova numa ampla variedade de
paisagens terrestres.
Sítio: Passo di Corvo, Itália (4.500 a 4.000 a.C)
Fileira de menires. Terceiro milênio a.C. terracota. Morbirhan, França.
1099 pedras alongadas dispostas em 13 fileiras.
As construções mais difundidas são as pedras
isoladas, erguidas na vertical, que se
chamam menires, e as estruturas trilíticas
simples chamadas dólmens, em que dois
pedestais sustentam uma laje de cobertura,
também coberta de terra.
Estas estruturas elementares, de todas as
dimensões, que se encontram em todos os
lugares habitados da Terra e formam
conjuntos variados, baseiam-se na
experiência universal da força da gravidade,
que se exerce permanentemente em todos os
aspectos da vida humana, tendo
condicionado substancialmente a forma do
corpo humano e de todos os outros órgãos.
Por vezes, os menires assumem a forma de
estrelas antropomórficas, tornando explícita
a associação entre essas construções e o
corpo humano.
Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva
A FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA
O Santuário de Stonehenge, no sul da Inglaterra,
pode ser considerado uma das primeiras obras da
arquitetura que a História registra. Ele apresenta
um enorme círculo de pedras erguidas a intervalos
regulares, que sustentam traves horizontais
rodeando outros dois círculos interiores. No centro
do último está um bloco semelhante a um altar.
O conjunto está orientado para o ponto do
horizonte onde nasce o Sol no dia do solstício de
verão, indício de que se destinava às práticas
rituais de um culto solar. Lembrando que as pedras
eram colocadas umas sobre as outras sem a união
de nenhuma argamassa.
Em Stonehenge, cada uma das pedras importantes
acha-se alinhada com pelo menos uma outra,
apontando para alguma posição extrema do Sol ou
da Lua.
Vista aérea de Stonehenge. Entre 1.900 e 1.600 a.C.
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A FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA
Casa primitiva
Interior de uma habitação neolítica
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