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1922 - PRÉ-MODERNISMO - 1922
Raul Pompeia - O Ateneu
Euclides da Cunha - Os Sertões – Contastes e confrontos
Lima BarretoTriste fim de Policarpo Quaresma Recordações do escrivão Isaías Caminha
Monteiro LobatoUrupês - O Presidente Negro - Cidades Mortas
Graça Aranha – Canaã
Augusto dos Anjos - Eu
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CaracterísticasQuanto à forma:
Conserva elementos ligados ao Realismo e
Naturalismo
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Quanto ao conteúdo:
Interesse crítico pela realidade social da época.Daí a temática:
Guerra de CanudosA situação dos imigrantesO preconceito de raça e de cor.A situação dos marginalizados.O caipira, o mulato, o negro e os trabalhadores à margem do progresso.
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1922 MODERNISMO – fase heroica (geração de 22) 1930
Manuel BandeiraTestamento - Última Canção do BecoOs sapos - Vou-me embora pra Pasárgada
Oswald de AndradeMemórias Sentimentais de João Miramar
Mário de AndradeMacunaíma - Pauliceia DesvairadaContos Novos - Amar Verbo Intransitivo
Alcântara MachadoBrás, Bexiga e Barra Funda
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Características da poesia – forma
Verso livreLinguagem ColoquialAproximação com a prosa
Quanto ao conteúdoHumorIrreverênciaValorização do cotidianoNacionalismo
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Características da prosa – forma
períodos curtosLinguagem coloquialAproximação com a poesiaNarrativa não linear
Quanto ao conteúdoNacionalismoPreocupação com o presente
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1930 MODERNISMO – fase construtivista (geração de 30) 1945
Carlos Drummond de AndradeMãos Dadas - Os ombros suportam o mundoJosé - Confissões do itabirano
Vinícius de MoraesO dia da criação - Pátria minhaO operário em construção - Mensagem à poesia
Cecília MeirelesO Romanceiro da Inconfidência
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Com a aceitação das novas ideias (Modernismo), não há mais necessidade dos excessos experimentais e irreverentes da fase inicial. Em consequência, surge uma poesia mais amadurecida e equilibrada, mantendo
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I – QUANTO À FORMA:
As conquistas anteriores.Verso livreQuebra das regras fixas, mas sem exagero.
II – QUANTO AO CONTEÚDO:
Ampliação da temática.ExistencialismoPreocupação política
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1922 - PRÉ-MODERNISMO - 1922
Raul Pompeia - O Ateneu
Euclides da Cunha - Os Sertões – Contastes e confrontos
Lima BarretoTriste fim de Policarpo Quaresma Recordações do escrivão Isaías Caminha
Monteiro LobatoUrupês - O Presidente Negro - Cidades Mortas
Graça Aranha – Canaã
Augusto dos Anjos - Eu
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1922 MODERNISMO – fase heroica (geração de 22) 1930
Manuel BandeiraTestamento - Última Canção do BecoOs sapos - Vou-me embora pra Pasárgada
Oswald de AndradeMemórias Sentimentais de João Miramar
Mário de AndradeMacunaíma - Pauliceia DesvairadaContos Novos - Amar Verbo Intransitivo
Alcântara MachadoBrás, Bexiga e Barra Funda
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1930 MODERNISMO – fase construtivista (geração de 30) 1945
Carlos Drummond de AndradeMãos Dadas - Os ombros suportam o mundoJosé - Confissões do itabirano
Vinícius de MoraesO dia da criação - Pátria minhaO operário em construção - Mensagem à poesia
Cecília MeirelesO Romanceiro da Inconfidência
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Mãos Dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
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Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
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não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
A vida presente. 17
1 O poeta se nega a cantar um mundo:
mórbido, rejuvenescido, materialista, senil
2 Na primeira estrofe, o poeta se compromete a se abster de compor:
Poemas lírico-amorososPoemas a respeito do porvirPoemas indianistasPoemas sobre a esperança
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3 “Estão Taciturnos...” Os companheiros estão?
SoturnosIndecisosEsperançososDesesperençados
4 “Entre eles considero a realidade”. Considerar aqui equivale a:
Distinguir, dar distinção, examinar, dar consideração 19
5 “nem serei raptados por serafins”. O poeta não será levado por:
anjos, divindades mitológicas, companheiros, Mulheres
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MORFOLOGIA
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
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SINTAXE
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
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JOSÉ
E agora, José?A festa acabou,a luz apagou,o povo sumiu,a noite esfriou,e agora, José?e agora, você?você que é sem nome,que zomba dos outros,você que faz versos,que ama protesta,e agora, José?
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Está sem mulher,está sem discurso,está sem carinho,já não pode beber,já não pode fumar,cuspir já não pode,a noite esfriou,o dia não veio,o bonde não veio,o riso não veio,não veio a utopiae tudo acaboue tudo fugiue tudo mofou,e agora, José? 24
E agora, José?
Sua doce palavra,seu instante de febre,sua gula e jejum,sua biblioteca,sua lavra de ouro,
seu terno de vidro, sua incoerência,seu ódio - e agora?
Com a chave na mãoquer abrir a porta,não existe porta;quer morrer no mar,mas o mar secou;quer ir para Minas,Minas não há mais.José, e agora?
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Se você gritasse,se você gemesse,se você tocassea valsa vienense,se você dormisse,se você cansasse,se você morresse…Mas você não morre,você é duro, José!
Sozinho no escuroqual bicho-do-mato,sem teogonia,sem parede nuapara se encostar,sem cavalo pretoque fuja a galope,você marcha, José!José, pra onde? 26
LER – VERBO NO INFINITIVO
LIDO – VERBO NO PARTICÍPIO
LENDO – VERBO NO GERÚNDIO
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REDUZA AS ORAÇÕES E AS CLASSIFIQUE
Seria bom que você lesse algo.Seria bom você ler algo.
O bom é que ele tem acesso à informação.
Ela disse que estava cheia.
Acredito que mereço um descanso.28
Eu tinha a impressão de que estava fazendo algo errado.
Emprestei-lhe a blusa para que não sentisse frio.
Magoei o aluno embora não tivesse a intenção.
Nas há crianças que esperam ajuda.
Porque você age assim, terás muitos animigos.
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Se estudares mais, terás mais conhecimento.
Quando percebeu a falha, ele começou a gritar.
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E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
- Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.E Jesus, respondendo, disse-lhe:- Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.Lucas, cap. V, vs. 5-8.
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Era ele que erguia casasOnde antes só havia chão.Como um pássaro sem asasEle subia com as casasQue lhe brotavam da mão.Mas tudo desconheciaDe sua grande missão:Não sabia, por exemploQue a casa de um homem é um temploUm templo sem religiãoComo tampouco sabiaQue a casa que ele faziaSendo a sua liberdadeEra a sua escravidão. 32
De fato, como podiaUm operário em construçãoCompreender por que um tijoloValia mais do que um pão?Tijolos ele empilhavaCom pá, cimento e esquadriaQuanto ao pão, ele o comia...Mas fosse comer tijolo!E assim o operário iaCom suor e com cimentoErguendo uma casa aquiAdiante um apartamentoAlém uma igreja, à frenteUm quartel e uma prisão:Prisão de que sofreriaNão fosse, eventualmenteUm operário em construção. 33
Mas ele desconheciaEsse fato extraordinário:Que o operário faz a coisaE a coisa faz o operário.De forma que, certo diaÀ mesa, ao cortar o pãoO operário foi tomadoDe uma súbita emoçãoAo constatar assombradoQue tudo naquela mesa- Garrafa, prato, facão - Era ele quem os fazia Ele, um humilde operário, Um operário em construção. Olhou em torno: gamela Banco, enxerga, caldeirão Vidro, parede, janela Casa, cidade, nação! Tudo, tudo o que existia Era ele quem o fazia Ele, um humilde operário Um operário que sabia Exercer a profissão. 34
Ah, homens de pensamento Não sabereis nunca o quanto Aquele humilde operário Soube naquele momento! Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara Um mundo novo nascia De que sequer suspeitava. O operário emocionado Olhou sua própria mão Sua rude mão de operário De operário em construção E olhando bem para ela Teve um segundo a impressão De que não havia no mundo Coisa que fosse mais bela. 35
Foi dentro da compreensãoDesse instante solitárioQue, tal sua construçãoCresceu também o operário.Cresceu em alto e profundoEm largo e no coraçãoE como tudo que cresceEle não cresceu em vãoPois além do que sabia- Exercer a profissão -O operário adquiriuUma nova dimensão:A dimensão da poesia.
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E um fato novo se viuQue a todos admirava:O que o operário diziaOutro operário escutava.
E foi assim que o operárioDo edifício em construçãoQue sempre dizia simComeçou a dizer não.E aprendeu a notar coisasA que não dava atenção:
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Notou que sua marmitaEra o prato do patrãoQue sua cerveja pretaEra o uísque do patrãoQue seu macacão de zuarteEra o terno do patrãoQue o casebre onde moravaEra a mansão do patrãoQue seus dois pés andarilhosEram as rodas do patrãoQue a dureza do seu diaEra a noite do patrãoQue sua imensa fadigaEra amiga do patrão. 38
E o operário disse: Não!E o operário fez-se forteNa sua resolução.
Como era de se esperarAs bocas da delaçãoComeçaram a dizer coisasAos ouvidos do patrão.Mas o patrão não queriaNenhuma preocupação- "Convençam-no" do contrário -Disse ele sobre o operárioE ao dizer isso sorria.
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