Colégio Estadual Humberto de Campos - EFMNP Rua João Polini, 560 – Querência do Norte – PR – FONE: (44) 3462-1232
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1-APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual “Humberto de Campos” – Ensino
Fundamental, Médio, Normal e profissional, tem como finalidade propiciar a esta comunidade escolar
reflexão sobre o processo ensino e aprendizagem , onde ações pedagógicas estejam voltadas à
qualidade do ensino, envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar.
2-INTRODUÇÃO
O Colégio Estadual Humberto de Campos – Ensino Fundamental, Médio e Normal está
localizado na zona urbana, Rua João Polini Nº 560, centro, no município de Querência do Norte,
Estado do Paraná, à 50 km. da cidade de Loanda, onde encontra-se situado o Núcleo Regional de
Educação.
Esta instituição de ensino tem o seu código de registro número 00183, e o município de
Querência do Norte, tem código de registro número 2120, está jurisdicionado ao NRE ( Núcleo
Regional de Educação) de Loanda – Paraná, código 20. Esta instituição de ensino é pública e sua
entidade mantenedora é a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), que tem sua sede
localizada na Avenida Água Verde, bairro Água Verde, Curitiba – Paraná.
O Colégio Estadual Humberto de Campos – Ensino Fundamental, Médio Normal e
Profissional é o resultado de uma longa vida escolar que se iniciou em 1956 e era denominada
Escola Isolada, e que passou a Escola Normal Regional de Querência do Norte, pelo Decreto Nº
22.217 publicado no Diário Oficial de 12 de março de 1959, tendo sua instalação solene em 04 de
maio de 1959.
Em 24 de agosto de 1959 pelo Decreto Nº 24.910/59 foi denominado Escola Normal
Regional Antonio Tupy Pinheiro.
No Diário Oficial de 28 de novembro de 1959, através do Decreto Nº 26.734, quando ainda
Escola Isolada, foi reclassificada como Grupo Escolar Santos Dumont.
Em 1964 a Escola Normal Regional passou à Escola Normal de Grau Ginasial Antônio
Tupy Pinheiro.
Em 22 de Dezembro de 1967 o Decreto Nº 8.177/67 criou a Escola Normal Colegial
Estadual de Querência do Norte, e o Decreto Nº 13.748/69 denominou-a Humberto de Campos.
Em 1973 o Grupo Escolar Santos Dumont, através da Resolução Nº 958/73 de 18 de maio
de 1973 passou a denominar-se Grupo Escolar Gilberto Conceição Borsatto.
Com a aprovação do Plano de Implantação da Lei Nº 56.92/71 – Ensino de 1º Grau,
apresentado pelo Ginásio Estadual Antônio Tupy Pinheiro e pelo Grupo Escolar Gilberto Conceição
Borsatto, e também em caráter provisório do Projeto de Implantação do Ensino do 2º Grau do Colégio
Estadual Humberto de Campos nas habilitações plenas de Magistério e Contabilidade com início em
1979, a Resolução Nº 1468/81 autoriza o funcionamento do Colégio Humberto de Campos Ensino de
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1º e 2º Graus, resultante da reorganização dos estabelecimentos escolares passando a constituir um
único estabelecimento de ensino.
O Diário Oficial Nº. 1533 de 11 de maio de 1983 publica a Resolução Nº. 1155/83 que
reconhece o curso de 2º Grau regular e o Colégio Humberto de Campos Ensino de 1º e 2º Graus de
Querência do Norte, o qual passou a Colégio Estadual através da Resolução Nº. 1.694/93 publicada
no Diário Oficial Nº. 1.566 de 28 de junho de 1983.
Em 23 de maio de 1986 o Diário Oficial Nº. 2282 publica a Resolução Nº. 2160/86 que
reconhece o curso de 1º grau regular deste Estabelecimento de Ensino.
A Resolução Nº. 3696/87 autoriza o funcionamento no Colégio Estadual Humberto de
Campos Ensino de 1º e 2º Graus de um Centro de Atendimento
Especializado na Área de Deficiência Auditiva.
Em 1991 com a municipalização das séries iniciais do 1º grau a Resolução Nº. 1892/91
suspende em caráter definitivo as atividades escolares relativas ao ensino das quatros primeiras
séries do 1º grau.
A partir de 1991 o Colégio foi autorizado a ofertar a 4ª série de Contabilidade podendo ao
final desta série expedir Diploma de Técnico em Contabilidade.
Resolução Nº 6874/93 publicada no Diário Oficial Nº. 4176 em 07 de Janeiro de 1994
autoriza a implantação do curso de 2º Grau – Educação Geral.
Em 1996 com a adesão ao programa de Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio
do Paraná – PROEM – o Colégio Estadual Humberto de Campos EPSG entra no processo de
cessação da oferta dos cursos profissionalizantes.
No ofício nº. 199/97 o Colégio opta por dependência a partir do ano de 1998.
O curso de Educação Geral fica definitivamente reconhecido através da Resolução nº.
1631/98 publicada no Diário Oficial nº. 5285 de 06 de Julho de 1998.
A Resolução Nº. 3120/98 publicada no Diário Oficial nº. 5332 de 11 de setembro de 1998
confere a adequação da nomenclatura dos Estabelecimentos de Ensino da Educação Básica
passando então a denominar-se Colégio Estadual Humberto de Campos Ensino Fundamental e
Médio.
A Proposta Curricular do Ensino Médio diurno e noturno com implantação gradativa a partir
de 1999 foi aprovada pelo parecer nº. 7 39/99 de 22 de dezembro de 1998 e homologada pelo
parecer nº. 150/99 de 16 de agosto de 1999.
Em relação ao espaço físico o Colégio Estadual Humberto de Campos – Ensino
Fundamental, Médio, Normal e Profissional possui uma área construída de aproximadamente 3.500
metros quadrados distribuída em 02 edificações, contando com a casa do zelador, 21 salas de aula,
biblioteca, laboratórios de informática, laboratório de ciências, sala de vídeo, sala de arte, cozinha,
refeitório, lavanderia, depósito de merenda, almoxarifados, áreas cobertas, dependência
administrativa. Foram “adaptados” 2 espaços, onde funcionam as salas de Recurso e Apoio, uma
ampla área calçada e arborizada com mesinhas e bancos de concreto, espaço teatral aberto ( palco),
utilizados por alunos e professores.
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Esta instituição de Ensino oferta o Ensino Fundamental, séries finais, Ensino Médio, Curso
de Formação de Docentes da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental nas
modalidades Integrado e com Aproveitamento de Estudos, Curso Profissional Técnico em
Informática e Administração. Além disso, ofertamos também Atividades Pedagógicas de
Complementação Curricular, Celem (Língua Estrangeira Moderna), Salas de apoio, e Salas de
Recurso, tudo em contraturno.
As instâncias colegiadas à referida instituição educacional são: Conselho Escolar, APMF
(Associação de Pais, Mestres e Funcionários), Conselho de Classe e Grêmio Estudantil.
3-OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICO
Oferecer o ensino e o aprendizado, oportunizando aos sujeitos, a apropriação do
conhecimento, na construção dos saberes que lhes possibilitem compreender, refletir e analisar
criticamente a realidade social, no sentido de promover ações transformadoras, investindo numa
educação de qualidade, numa educação que priorize a valorização do Ser, contribuindo, assim, para
a formação de cidadãos conscientes, capazes de enfrentar e vencer desafios, através de atitudes que
reflitam na construção de uma sociedade mais justa e mais humana.
4- MARCO SITUACIONAL
Temos nos deparado, com sérios obstáculos socioculturais e isto tem dificultado a eficácia
do processo ensino e aprendizagem e gerado nos professores, bem como em toda a equipe escolar,
um sentimento de impotência, pois não estamos conseguindo “fazer a diferença” e cumprir a função
primordial da escola que é ensinar.
Quando analisada a situação da sociedade atual, pode-se descrevê-la como uma
sociedade desigual, desestruturada, com má distribuição de renda, com grande índice de analfabetos
funcionais, com diversidade histórica cultural e desestimulada, frente aos processos históricos
culturais. Mas, esta análise não pode ficar apenas na descrição, principalmente quando se pensa na
própria comunidade escolar, pois almeja-se uma sociedade mais humana, mais justa e sem violência;
com melhor distribuição de renda; gerando oportunidades; capaz de redefinir valores morais, éticos e
culturais; com direito a conhecer e respeitar as leis; uma sociedade crítica, consciente de seus
direitos/deveres de aprender e decidir. Para entender a realidade social em que vive e propor
mudanças, é necessário conhecer os fatores econômicos, políticos, culturais e ideológicos que
constituem esta sociedade.
Inserido nesse contexto, o Estado do Paraná, segue o mesmo modelo econômico, político
e social, e os reflexos dessa sociedade são fortemente sentido nas instituições escolares , visto que
estão situadas num contexto histórico cultural como: assistencialista; normativa; com salas
numerosas; com deficiência de recursos humanos.
Nesta perspectiva entende-se que a verdadeira função social da escola se perdeu nos
últimos anos, em decorrência da ideologia neoliberal. Torna–se necessário resgatar o seu papel
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social que consiste na socialização do saber sistematizado, bem como democratizar o conhecimento
produzido e socializado por ela, que de acordo com CARDOSO, (p.31, 1996), refere - se à forma de
organização interna da escola, contemplando os processos administrativos, a participação tanto da
comunidade escolar quanto da sociedade civil nos projetos pedagógicos, político e administrativo da
instituição, ou seja, à forma como é administrada a escola.
O Colégio Estadual Humberto de Campos, faz parte deste cenário político-social, sofrendo
com os reflexos desta sociedade, o qual afeta diretamente o processo ensino aprendizagem, bem
como, todo o panorama educacional do país.
Apesar da somatória de esforços dos profissionais, dessa escola, a evasão e a repetência
ainda é uma realidade, principalmente no ensino noturno, devido a necessidade de trabalhar para
contribuir com o orçamento da família, e isso tem influenciando também nos resultados do
rendimento escolar.
Quanto o processo avaliativo a escola já alcançou progressos no processo de ensino-
aprendizagem. No entanto, a proposta de mudanças da postura educacional é uma questão bastante
complexa. A avaliação exige rigor técnico-científico, ampliando o aspecto pedagógico. Nessa
perspectiva, o professor deve avaliar constantemente com a preocupação de não fragmentar o
processo. Desta forma, uma prática avaliativa coerente exige do professor aprofundamento em
teorias e visão ampla de sua disciplina e dos fundamentos teóricos que permitam estimular e criar
novas possibilidades de aprendizagem em que o aluno reformula e amplia o próprio conhecimento.
Assim, a avaliação em nossa escola objetiva acompanhar todo o processo de aprendizagem. Os
professores já estão conscientes de que a avaliação é um instrumento didático pedagógico utilizado
tanto para a reflexão da prática do professor, quanto para o desenvolvimento da aprendizagem do
aluno. O sistema de avaliação desta escola é bimestral feita através de registro de notas de 0,0 a
10,0 (zero a dez vírgula zero), sendo a nota mínima exigida para aprovação 6,0 ( seis vírgula zero).
O resultado de cada avaliação é registrado no livro de chamada do professor, no campo
próprio de avaliação, sendo priorizado para cada bimestre a realização de no mínimo três avaliações.
É proporcionada ao aluno recuperação de estudos de forma paralela, a cada conteúdo não
apreendido. Ela é realizada através de tarefas individuais orientadas pelo professor, pesquisa
extraclasse, trabalhos de pesquisa na biblioteca, tarefas em grupo monitorado com apoio do
professor.
A avaliação externa é realizada através do Prova Brasil e SAEB, nas 8º séries do Ensino
Fundamental e 3º ano do Ensino Médio, a cada dois anos.A partir das informações coletadas o MEC
divulga o desempenho dos alunos para escolas –IDEB –Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica.Esse resultado é ponto reflexão coletiva, com a finalidade de discutir e viabilizar ações
conjuntas para que não só resultado , mas a aprendizagem possa ser melhorada cada vez mais.
Em relação à gestão, o Colégio está alicerçado em uma gestão democrática, onde o diretor
(a) e o vice-diretor(a) são escolhido através de consulta a comunidade escolar.A administração
conta com a parceria dos Colegiados (APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil) no entanto , a
comunidade , ainda é pouco participativa está adquirindo o hábito de participação lentamente. Há
ainda muito que se fazer para chegar ao desejável.
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Sendo assim, acreditamos que para ter a escola que almejamos com o processo de ensino
e aprendizagem definido, precisamos de salas menos numerosas, com a efetiva participação da
comunidade escolar, com sincronia de atitudes entre equipe pedagógica, professores e funcionários,
entende que o que se apresenta como necessidade são mudanças significativas que envolvam o
coletivo da escola, pois a realidade desta escola não condiz com a realidade da escola que
almejamos, sendo necessário repensar e refletir coletivamente sobre o trabalho, pois entendemos
que é a partir da reflexão coletiva que realizaremos melhor a prática pedagógica.
E este trabalhar coletivamente, a partir de uma atitude reflexiva, deverá ser feito por nós,
sujeitos históricos, inseridos neste contexto social, professores, alunos, equipe pedagógica,
funcionários, enfim toda a comunidade escolar.
4- MARCO CONCEITUAL
5-Concepções: sabendo que todo homem é um ser social e segundo Vigotski ciente do
seu papel histórico na sociedade, pois se constitui pelas relações sociais que estabelece com outros
homens e com a natureza, produzindo assim saberes mediados pelas relações num processo
histórico, os quais se traduzem em teorias e concepções. Pretende-se apresentar a seguir ,algumas
concepções que nortearão o trabalho pedagógico:
5.1-Concepção de Sociedade: a sociedade brasileira de modo geral e a educação em
particular, encontram-se diante de importantes desafios, devendo incorporar, ao mesmo tempo, as
enormes mudanças provocadas pela revolução tecnológica e a reestruturação da sociedade em
função do conhecimento e das novas tecnologias de informação e comunicação. Por outro lado, há
um desafio para sociedade o de exercitar o seu papel social de questionador crítico e fomentador de
conhecimentos que dialoguem e interfiram positivamente na realidade social e econômica em que se
insere. É preciso diminuir os processos excludentes do contexto em que vivemos, onde o mundo do
trabalho e suas radicais transformações são evidências incontestáveis.
Tendo em vista que vivemos em uma sociedade capitalista, competitiva baseada nas ações
e resultados imediatistas, faz-se necessário de acordo com PASSERINO, (1996) construir uma
sociedade libertadora, crítica, reflexiva, igualitária, democrática e integradora, fruto das relações entre
as pessoas, caracterizadas pela interação de diversas culturas em que cada cidadão/ã constrói a sua
existência e a do coletivo. Nesse sentido, cabe ressaltar que o papel social da escola, além de
promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade, também está
segundo Gramsci, (1999) para transformar as relações sociais, para humanizar, oferecer condições
de emancipação, a fim de possibilitar a compreensão crítica do mundo.
5.2 - Concepção de Homem: O ser humano, na atualidade, é competitivo e individualista,
resultado das relações impostas pelo modelo de sociedade que temos. No entanto, a luta deve ser
por um homem social, voltado para o seu bem próprio, mas, acima de tudo, para o bem estar do
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grupo do qual faz parte. O homem, que modifica a si mesmo pela apropriação dos conhecimentos,
modifica também a sociedade por meio do movimento dialético, ou seja, “do social para o individual
para o social” (Destarte) torna-se sujeito da história.
No entanto, partindo do que diz Morin (2001:40) ao se referir sobre a complexidade da
formação do ser humano, tendo em vista que é um “ser ao mesmo tempo totalmente biológico e
cultural” temos a intenção de desenvolver no aluno a consciência crítica para que possa enfrentar
realidades cada vez mais complexas, sabendo mediar conflitos, propondo soluções criativas em favor
da solidariedade humana, além de compreender as relações entre o mundo do
trabalho/natureza/sociedade deve também interagir de forma crítica e responsável com seu meio
natural e social.
5.3 - Concepção de Educação: O ato de educar segundo Sarramona (2000), é um ato
essencialmente social, a partir do qual surgiu a escola. Basta considerar os núcleos familiares, as
comunidades sociais, os diversos meios de comunicação para concluir que a escola não foi nem é o
único meio educativo. Mas, apesar disso, não se pode esvaziar a sua função histórica sob pena de
comprometer-se o indivíduo e a própria sociedade. Também não podemos subordinar uma à outra.
Assim como não podemos acreditar que somente a escola vai mudar a sociedade, nem que a escola
é o reflexo ou a reprodutora da ideologia dominante. Nesta relação conflitiva, cabe à escola focalizar
seu papel, formal, de principal responsável pela organização, sistematização e desenvolvimento das
capacidades científicas, éticas e tecnológicas de uma nação.
O eixo estrutural comum à educação, escola e sociedade e o conhecimento da relação
dialética entre esses componentes resultará o modelo de educação, de escola e de sociedade. Estas
forças de acordo com GRAMSCI (1991) estão em permanente conflito e mutação, o que justifica a
fundamental importância do educador e do educando na práxis social. Sem desenvolvimento
educacional não há desenvolvimento social, e vice-versa.
Para Machado (2008) a educação no mundo em que vivemos, pensada de forma concreta,
tem que usar os mecanismos e ferramentas provenientes da ciência e do progresso humano; deve
ser reflexiva, analítica e pensar o mundo e seus próprios processos; tem que se assumir como
instituição politizada, atuante e engajada e abandonar a falsa neutralidade que acomoda fraquezas e
submissão. O processo educacional deve contemplar ainda um tipo de ensino e aprendizagem que
ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizados” e desemboque em um processo de
produção e de apropriação de conhecimento de modo a transformá-lo, possibilitando, assim, que o
cidadão torne-se crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais, buscando
cada vez mais alternativas de superação da realidade.
No entanto, a educação que queremos está pautada em tornar a educação um real e
efetivo instrumento de emancipação individual, onde todos realmente aprendam a ler o mundo, se
posicionar, participar de forma ativa, sem preconceitos, e acima de tudo, com ética e dignidade.
Nessa perspectiva, Gimeno Sacristán e Pérez Gómez (1998, p. 09) afirmam que, se as "idéias,
valores e projetos se tornam realidade na educação, é porque os docentes os fazem seus de alguma
maneira".
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5.4- Concepção de Conhecimento:O conhecimento segundo Gasparim (2002) se origina
da prática social dos homens, que agindo sobre a realidade a modificam e são modificados por ela
numa relação dialética. Norteada pela pedagogia histórico crítica, o autor define esta teoria dialética
do conhecimento, a partir da prática social, questionar e analisar a ação cotidiana, buscando
conhecimento teórico do que aconteceu, o que tornar-se-á um guia para a nova ação/transformação.
Também embasada nessa concepção as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Estado do Paraná defende um currículo baseado nas dimensões: cientifica, artística e filosófica do
conhecimento abordando a produção cientifica, as manifestações artísticas e o legado filosófico da
humanidade, como dimensões para as diversas disciplinas do currículo, propondo um ensino pautado
num trabalho pedagógico que aponte na direção da totalidade do conhecimento e sua relação com o
cotidiano, ou seja, o conhecimento como um fato histórico social, supõe continuidade, ruptura,
reelaboração, reincorporações, permanências e avanços .
Desta forma o conhecimento é visto como um movimento de construção e reconstrução
sendo a escola um espaço de confronto e diálogo entre os conhecimentos sistematizados e os
conhecimentos do cotidiano popular, o qual se funde e sofre modificações, oferecendo condições
para o enfrentamento com vistas à transformação social, econômica e política de seu tempo.
5.5- Concepção de Escola: a verdadeira escola se constrói na sua relação com a
sociedade, sendo um reflexo das necessidades socioculturais de cada época. Assim, vê-se a
necessidade da escola repensar profundamente sua organização, sua gestão, sua maneira de definir
os tempos, os espaços, os conteúdos, meios e formas de ensinar, isto é, ensinar bem e preparar
todos os indivíduos para exercer a cidadania e o trabalho no contexto de uma sociedade complexa,
enquanto se realizam como pessoas. De acordo com Veiga (2001), isso exige uma construção
coletiva da gestão da educação, por meio do Projeto Político Pedagógico que se efetivará na sala de
aula, através da atuação competente de todos os envolvidos na condução da prática pedagógica,
articulando as ações necessárias e a organização de espaços coletivos de reflexão e análises
contínuas das práticas pedagógicas, sociais e escolares, para que todos os educadores-gestores e
professores participem de maneira democrática e construtiva. Para isso ,segundo Veiga, (2001), é
necessário criar espaços aos órgãos de gestão que garantam, por um lado, a responsabilidade e, por
outro a continuidade e conseqüentemente a legitimidade.
5.6 Concepção de Currículo: O currículo extrapola o “fazer” pedagógico abrangendo
elementos como grade curricular, disciplinas, conteúdos e conhecimento. De acordo Gimeno
Sacristán e Pérez Gómez (1998, p. 09) é necessário resgatar os saberes que o/a aluno/a traz de seu
cotidiano. Dessa forma, o objeto do conhecimento, este não deve ser trabalhado de forma superficial
e desvinculado da realidade.
É preciso que o objeto do conhecimento seja tratado por meio de um processo que
considere a interação/ mediação entre educador e educando como uma via de “mão dupla” em que
as relações de ensino-aprendizagem ocorram dialeticamente.
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5.7 Concepção de Ensino e Aprendizagem: O processo ensino/aprendizagem visa uma
educação compromissada com o saber científico priorizando o aluno como um todo, uma educação
que tenha ações efetivas que combatam a evasão e a exclusão, dando ênfase ao conteúdo científico.
Assim sendo, os profissionais do Colégio Estadual Humberto de Campos, tem como
pressupostos a Pedagogia Histórico-Crítica que direciona o processo ensino e aprendizagem numa
abordagem pedagógica sustentada por Vigotski (2007) que utilizou princípios e métodos do
materialismo histórico-dialético – o qual busca compreender a realidade a partir de suas contradições
e dentro do processo histórico em constante transformação - para organizar o novo sistema
psicológico. Seus estudos foram profundamente influenciados pelas idéias de Marx e Engels.
Sob o ponto de vista a Teoria Histórico-Cultural de Vigotski, (2007) em sua gênese,
pressupõe uma natureza social da aprendizagem, sobre o fato de que aprender é por natureza um
fenômeno social; que a aquisição de um novo conhecimento é o resultado da interação de um
dialogo; que aprender é um processo dialético no qual um sujeito contrasta seu ponto de vista
pessoal com outro até chegar a um acordo.
Na perspectiva da Teoria Histórico-Cultural, a aprendizagem é o motor do desenvolvimento. Assim,
podemos inferir a importância do ensino e do trabalho docente no processo de ensino-aprendizagem.
Desta maneira, na escola, o trabalho intencional, planejado e sistematizado do professor permite aos
educandos apropriarem-se dos instrumentos culturais construídos pela humanidade historicamente,
caracterizando o processo de humanização desses indivíduos.
Tais ações, no contexto escolar, referem-se às ações do educador que organiza o ensino
com a finalidade de promover a humanização dos indivíduos por meio da aprendizagem do
conhecimento historicamente elaborado (no contexto escolar). O produto do ensino,
consequentemente, pode ser entendido como a apropriação do conhecimento científico por meio de
ações dos estudantes que lhes possibilitem fazer uso de tais conceitos nas diversas relações com a
realidade objetiva, tanto na sua manifestação externa como também nas relações interpessoais.
5.8 Concepção de Planejamento: planejar significa, a partir da realidade do estudante, e
do conceito que ele tem sobre determinado conteúdo , pensar em ações pedagógicas possíveis de
serem realizadas no intuito de possibilitar a sistematização e produção de conhecimentos por parte
do/a educando/a. Além disso, o planejamento deve contemplar a possibilidade de um movimento de
ação-reflexão-ação na busca constante de um processo de ensino-aprendizagem produtivo.
No entanto, para que o planejamento seja realmente eficaz é necessário realizar
periodicamente atividades com o intuito de investigar o que o aluno já sabe o que ele aprendeu, e o
que ele precisa aprender. De acordo com os resultados obtidos, passa-se a reflexão e discussão
sobre os conhecimentos historicamente sistematizados. Essa forma permite que professor e aluno
avancem em seus conhecimentos e se constituam como sujeitos reflexivos.
É preciso lembrar que a contextualização entre as disciplinas deve ser vista como um dos
instrumentos para a concretização da idéia da interdisciplinaridade a qual favorece a atribuição de
significados pelo aluno no processo de ensino e aprendizagem.
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5.9 Concepção de Avaliação: a avaliação do processo de ensino e aprendizagem, é
realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática na escola, com o objetivo de diagnosticar a
situação de aprendizagem de cada aluno, em relação à programação curricular. Para Hoffmann
(2005) a avaliação não deve priorizar apenas o resultado ou o processo, mas deve como prática de
investigação, interrogar a relação ensino aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos
construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. O erro, passa a ser considerado como pista
que indica como o educando está relacionando os conhecimentos que já possui com os novos
conhecimentos que vão sendo adquiridos, admitindo uma melhor compreensão dos conhecimentos
solidificados, interação necessária em um processo de construção e de reconstrução. O erro, neste
caso deixa de representar a ausência de conhecimento adequado. Toda resposta ao processo de
aprendizagem, seja certa ou errada, é um ponto de chegada, por mostrar os conhecimentos que já
foram construídos e absorvidos, e um novo ponto de partida, para um recomeço possibilitando novas
tomadas de decisões.
Dessa forma, a avaliação da aprendizagem nesta instituição tem como objetivo dar
condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das
práticas pedagógicas, proporcionando dados, através dos quais o estabelecimento de ensino poderá
promover a reformulação do currículo, com adequação dos conteúdos e métodos, se necessário,
reestruturar o planejamento e buscar novas metodologias para que se alcance os objetivos
propostos.
Além disso, respeitando a LDB - Lei de Diretrizes e bases da Educação (Lei nº.9394/96) a
avaliação é contínua e permanente, preponderando o aspecto qualitativo de aprendizagem, dando
maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese, trabalhos de pesquisa, atividades
individuais e em grupo, participação, relatórios, debates, assiduidade, pontualidade, interesse e
provas convencionais.
Assim, analisando, discutindo e refletindo sobre a avaliação nessa instituição de ensino
chegou-se a conclusão de que a oralidade ,a escrita, a leitura de mundo, o senso crítico e
participativo dos alunos em atividades dentro e fora da escola, devem permear a prática pedagógica
dos professores,
Quanto a recuperação paralela de estudos, o objetivo é oportunizar aos alunos a retomada
de conteúdos já trabalhados e que eventualmente não tenham sido devidamente compreendidos.
Essa retomada, deve ser realizada na própria aula quando o professor detectar no aluno dificuldades
de compreensão.
Sabendo-se, que cada aluno consegue assimilar melhor os conhecimentos de uma
determinada forma (lendo, ouvindo, falando ou escrevendo), o professor deverá retomar os
conteúdos já trabalhados, buscando metodologias diferenciadas das usadas anteriormente, visando
sempre a melhoria do ensino/aprendizagem.
5.10- Concepção de Gestão Democrática, Conselho Escolar, Conselho de Classe e
APMF: A Gestão Democrática é a forma de gerir uma instituição de maneira que possibilite a
participação, transparência e democracia. Sendo assim, alguns princípios devem nortear o trabalho
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do gestor. Um desses principios é a descentralizaçao, ou seja , o gestor deve administrar de forma
não centralizada , as açoes e as decisões devem ser elaboradas e executadas de forma coletiva
entrando aí um outro principio que é o da participaçao , onde todos os envolvidos no cotidiano
escolar devem participar da gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis,
pessoas que participam de projetos na escola, e toda a comunidade escolar. Além disso , o principio
da transparencia é fundamental, pois qualquer decisão e ação tomada ou implantada na escola tem
que ser de conhecimento de todos.
O Conselho Escolar, o Conselho de Classe, a Associação de Pais, mestres e funcionários
e o Grêmio Estudantil, apresentam-se como formas colegiadas de participação que devem ser
organizadas pelo coletivo da escola com a representatividade necessária à tomada de decisões
democráticas, assegurando a direção estabelecida no Projeto Político Pedagógico, construindo
coletivamente e sendo instrumento condutor da política educacional em ação da escola.
Dentre as instâncias colegiadas, o Conselho Escolar é um órgão de natureza consultiva,
deliberativa e fiscal com o objetivo de estabelecer o Projeto Político da Escola, critérios relativos a
sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da
legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela Secretaria de
Estado da Educação. Tem por finalidade promover a articulação entre os vários segmentos
organizados da sociedade e os setores da escola a fim de garantir a eficiência e qualidade do seu
funcionamento.
O Conselho de Classe também é um órgão colegiado de natureza consultiva com a
atuação restrita a cada turma, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino/aprendizagem na
relação professor/aluno e os procedimentos adequados a cada caso, o qual ocorre ao final de cada
bimestre e conta com a presença de alunos representantes de turmas, professores, coordenadores,
diretor e vice-diretor. É um momento para análise dos avanços dos alunos, do desempenho do
professor e da equipe escolar, onde o diretor é mediador e tem a função de conduzir a reunião, bem
como, acompanhar as práticas pedagógicas e ações delas recorrentes.
Considera-se o Conselho de Classe, um dos mais importantes de todas as instâncias
colegiadas da escola, pelos objetivos de seu trabalho, pois é capaz de dinamizar o coletivo escolar.
Para DALBEN (2004) é um espaço de grande valor, se considerarmos que este é o momento que se
processa a avaliação dos encaminhamentos tomados no período escolar, devendo ser um
instrumento de crescimento da consciência crítica de todos que participam, como confere à ação
pedagógica, o rigor metodológico e a dimensão participativa.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – pessoa jurídica de direito privado, é um
órgão de representação dos pais e professores do Estabelecimento escolar, não tendo caráter
político, partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e
Conselheiros. Esse conselho, tem por finalidade fomentar a democracia no espaço escolar tendo em
vista que contribui para o exercício de administração compartilhada,
O Grêmio Estudantil é um órgão máximo de representação dos estudantes do colégio,
estabelecendo as normas sob as quais vai funcionar, tendo como objetivo defender os interesses
individuais e coletivos dos alunos, dando incentivo a cultura literária, artística e desportiva,
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promovendo e cooperando entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho
escolar, buscando seus aprimoramentos, realizando intercâmbio com outras instituições de caráter
educacional, e lutar pela democracia permanente da escola. Acreditamos que seja de maior
importância a organização dos estudantes por meio do Grêmio Estudantil, da organização de equipe
de trabalho, projetos da juventude ou grupos da cultura. É claro que à medida que esses estudantes
se organizam, se estruturam, eles passam a reivindicar um espaço maior de participação. Há um
certo confronto de interesses e isso tudo tem que ser assimilado como um processo natural dentro da
democracia, pois, a sociedade é formada por muitas idéias, interesses e valores, mas isso tudo fica
contido e acaba vindo a tona quando a gente abre espaço para a participação, para a democracia.
Nesse processo de confronto, os segmentos sociais passam a compreender a realidade, a perceber-
se melhor e a firmar as suas identidades, que muitas vezes não estão sólidas ainda. A organização
do Grêmio como uma expressão da vontade estudantil é um aspecto muito importante no
compartilhamento do poder. Um bom gestor não é aquele que impõe uma direção, é aquele que a
organiza, levando em conta que todos são dirigentes e que todos precisam estar “aprendendo a
dirigir”. Dirigir é organizar uma caminhada rumo a um determinado objetivo, a uma determ inada
meta, fazendo isso de uma maneira compartilhada com os vários segmentos que compõe a
comunidade escolar e local.
6- MARCO OPERACIONAL:
6.1-Calendário Escolar: o Calendário Escolar tem por objetivo organizar o ano letivo em
consonância com a comunidade escolar, adequando-o a realidade do seu público alvo, agendo e
prevendo tempos pedagógicos escolares.
No entanto, para construir o calendário escolar, apesar da autonomia da escola, é
necessário levar em conta no ato da sua construção, o que determina a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional nº. 9394/96 , o artigo 56 da Lei complementar nº. 7, de 23/1276 e o Estatuto do
Magistério do Paraná.
O Calendário do Colégio Estadual Humberto de Campos obedece um mínimo de 800 (
oitocentas) horas distribuídos em um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar , os
quais são distribuídos em 4 (quatro ) bimestres.
As datas fixas para o início e o termino do ano ,bem como férias e alguns recessos, já vem
sugerido pela SEED, cabendo ao Colégio , agendar os feriados municipais , reuniões pedagógicas e
conselhos de classe.
6.2-Espaços Educativos: a verdadeira escola se constrói na sua relação com a sociedade,
sendo um reflexo das necessidades socioculturais de cada época. Assim, vê-se a necessidade da
escola repensar profundamente sua organização, sua gestão, sua maneira de definir os tempos, os
espaços, os conteúdos, meios e formas de ensinar, isto é, ensinar bem e preparar todos os indivíduos
para exercer a cidadania e o trabalho no contexto de uma sociedade complexa, enquanto se realizam
como pessoas. Isso exige uma construção coletiva da gestão da educação, por meio do Projeto
Político Pedagógico que se efetivará na sala de aula, através da atuação competente de todos os
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envolvidos na condução da prática pedagógica, articulando as ações necessárias e a organização de
espaços coletivos de reflexão e análises contínuas das práticas pedagógicas, sociais e escolares,
para que todos os educadores-gestores e professores participem de maneira democrática e
construtiva. Para isso é necessário criar espaços aos órgãos de gestão que garantam, por um lado, a
responsabilidade e, por outro a continuidade e conseqüentemente a legitimidade.
Este estabelecimento de ensino, tem suas atividades escolares distribuídas em três turnos
distintos, sendo, Ensino Fundamental manhã e tarde ensino médio nos três turnos (manhã tarde e
noite) Formação de Docentes ( manhã e noite) e os cursos Profissionalizantes - Administração
Informática no noturno.
Buscando um atendimento de qualidade para alunos com necessidades especiais, criou-se
a sala de recurso que é um ambiente de natureza pedagógica, orientado por professor especializado,
que suplementa e complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do ensino
fundamental de 6º ao 9º anos, sendo que a prioridade da sala de recurso é atender alunos com
necessidades educacionais especiais, podendo ser um atendimento realizado individualmente ou em
pequenos grupos. O trabalho a ser desenvolvido na sala de recurso deverá partir das necessidades
e dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos e
contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na classe comum. Os alunos da educação especial
ou aqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem com atraso acadêmico significativo,
distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e que necessitam de apoio especializado para
obter sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.
Contamos, ainda com a sala de apoio, que atende no contraturno, os alunos que estão do
6º ao 9º ano, levando em conta a defasagem de alguns conteúdos no ensino fundamental (português
e matemática), respeitando as diferenças de aprendizagem e sócio-cultural de cada aluno,
contribuindo para o desenvolvimento do processo de pensamento e a aquisição de conteúdos,
elevando a auto-estima, a confiança e o desprendimento para analisar e enfrentar situações novas.
Assim, o aluno poderá acompanhar com mais desempenho e segurança os conteúdos propostos na
série em que está matriculado. Também no contraturno, são oferecidas Atividades Complementares
Curriculares, integradas ao Currículo Escolar, com ampliação de tempos, espaços e oportunidades de
aprendizagem que visam ampliar a formação do aluno e o Celem - Lingua Estrangeira Moderna nas
modalidades Integrado e Aprimoramento.
Como forma de subsidiar a ação pedagógica, contamos também com outros espaços
educativos, como :a biblioteca , o laboratório de ciências , Proinfo e laboratório de informática .
6.3 - Ações dos gestores escolares ( Plano de ação –Direção e equipe pedagógica) :
Para realizar uma Gestão Democrática é necessário cumprir o Plano de Ação do Diretor,
expresso pelas diretrizes da Secretaria de Estado da Educação, tomando decisões conjuntas com o
envolvimento das instâncias colegiadas agraciadas no Projeto Político Pedagógico. O Plano de Ação
do Diretor são ações e angústias dos profissionais envolvidos na educação como: cumprimento do
horário de entrada dos alunos, uniforme escolar, conscientização dos pais da obrigatoriedade dos
filhos na escola, para solucionar ou amenizar um pouco o fracasso escolar (evasão e repetência) que
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está inserido no regimento escolar do colégio. O princípio da gestão democrática deve estar na sala
de aula, no processo de aprendizagem e avaliação do estudante, ou seja, no ambiente como um todo
da escola. Toda política de governo tem uma intencionalidade e essa tem a intencionalidade de
cuidar da formação pedagógica e política dos educadores, da comunidade educacional desse
estabelecimento.
Sendo assim a equipe técnico pedagógica tem procurado incentivar os professores a
participarem da formação continuada organizada pelo estabelecimento.
Os estudos acontecem através de leituras, discussões e registro de material teóricos,
utilizando uma porcentagem da hora atividade do professor e em momentos de socialização de
práticas pedagógicas, fora do período letivo ( aos sábados), onde é possível acompanhar o
desempenho dos professores e alunos e, se necessário tentar mudar alguns aspectos que o grupo
considere necessários e que contribuam para a qualidade educacional. Acreditando que dessa forma,
haverá uma reflexão permanente sobre a ação pedagógica e conseqüentemente um melhor resultado
no processo ensino/aprendizagem.
6.4-Avaliação educacional na escola ( sistema de avaliação): a avaliação da
aprendizagem nesta instituição tem como objetivo dar condições para que seja possível ao professor
tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das práticas pedagógicas, proporcionando dados,
através dos quais o estabelecimento de ensino poderá promover a reformulação do currículo, com
adequação dos conteúdos e métodos, se necessário, reestruturar o planejamento e buscar novas
metodologias para que se alcance os objetivos propostos.
A avaliação é contínua e permanente, preponderando o aspecto qualitativo de
aprendizagem, dando maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese, trabalhos de
pesquisa, atividades individuais e em grupo, participação, em seminários, relatórios, debates, etc.
Assim, analisando, discutindo e refletindo sobre a avaliação neste estabelecimento de
ensino chegou-se a conclusão de que a oralidade a escrita a leitura de mundo o senso crítico e
participativo dos alunos em atividades dentro e fora da escola, devem permear a prática pedagógica
dos professores,
Quanto a recuperação paralela de estudos, o objetivo é oportunizar aos alunos a retomada
de conteúdos já trabalhados e que eventualmente não tenham sido devidamente compreendidos.
Essa retomada, deve ser realizada na própria aula quando o professor detectar no aluno dificuldades
de compreensão.
Sabendo-se, que cada aluno consegue assimilar melhor os conhecimentos de uma
determinada forma (lendo, ouvindo, falando ou escrevendo), o professor deverá retomar os
conteúdos já trabalhados, buscando metodologias diferenciadas das usadas anteriormente, visando
sempre a melhoria do ensino/aprendizagem.
Desta forma, o Colégio Estadual Humberto de Campos seguirá as normas estabelecidas
pela lei.
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6.5-Trabalho com a comunidade escolar: nesse mundo, em que a sociedade está cada
vez mais exigente e competitiva, onde a diversidade e a iniciativa, com responsabilidade individual e
coletiva se apresenta como uma nova forma de sobrevivência social. Nesta sociedade está inserida
a escola, como instituição primeira da educação formal, cujos conteúdos são historicamente
construídos e assimilados por alunos cada vez mais exigentes e, conseqüentemente, tendo o
professor como o intelectual, onde só a formação inicial não lhe basta para o resto da vida,
precisando atualizar-se e aperfeiçoar os seus conhecimentos e técnicas ao longo da vida.
Analisando e discutindo sobre todos os segmentos que fazem parte da comunidade
escolar, grande parte dos funcionários do Colégio Estadual “Humberto de Campos” inseridos neste
contexto, com a participação que lhes é peculiar, mantém contato bastante cordial com os
educandos, desde a sua chegada a este estabelecimento de ensino o que, certamente também
contribui para a formação desse aluno. Por isso almejamos, também para os funcionários a
formação continuada, com funções específicas, valorização do profissional, integração e participação
em toda a comunidade escolar.
6.6-Avaliação dos resultados de aprendizagem da escola: a avaliação da
aprendizagem, bem como a institucional são muito importantes para a gestão democrática da escola
pública, em especial porque nos permitem construir um diagnóstico da realidade educacional , com
isto, sustentar um processo mais qualificado de tomada de decisões, de planejamento e de ações .
Diante disso, O Colégio Estadual Humberto de Campos, avalia os resultados da
aprendizagem, investigados através do Conselho de Classe, da Prova Brasil e SAEB, analisando não
com a perspectiva de comparação/competição, mas sim com intuito de identificar problemas
educacionais e reorientar o rumo do trabalho pedagógico de forma que esses resultados sirva de
instrumento para tomada de ações conjuntas articuladas com ações individuais para que a avaliação
cumpra realmente o seu papel que é a de melhorar a qualidade educacional.
6.7-Hora atividade dos professores: a hora atividade/benefício previsto pela L.D.B.,
significa uma maior dedicação do docente às atividades fora da sala de aula. O Professor estuda,
planeja, participa de reuniões pedagógicas, corrige provas, atende alunos, discute e troca
experiências, prepara as aulas com mais tempo.
A hora atividade tem o papel de subsidiar os professores na preparação de seu trabalho
pedagógico e, conseqüentemente, contribuir para a melhoria do ensino/aprendizagem. Por isso,
mesmo insuficiente a hora atividade é de suma importância, por entender o professor como eterno
pesquisador.
Se pensarmos na educação como um todo, não podemos nos omitir e sim,
constantemente, buscar alternativas para viabilizar melhorias na qualidade educacional.
6.8-Proposta de formação continuada: a escola também contribui para essa formação
continuada, agrupando, sempre que possível , professores da mesma área e oportunizando aos
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mesmos, nas horas atividades, leitura e reflexão de textos pedagógicos que enriquecem suas
práticas diárias.
Também se pode dizer sem sombra de dúvidas, que os cursos ofertados pela SEED como:
Faxinal do Céu, DEB Itinerante e encontros por disciplinas em horas atividades coletivas promovidas
pelo NRE, fazem parte de um plano de Formação continuada, pois os mesmos aprimoram e
enriquecem o trabalho docente, visto que os conteúdos, as técnicas, as trocas de experiências e as
metodologias trabalhadas refletem em um trabalho mais aprimorado por parte dos professores que lá
estiveram se aperfeiçoando.
7-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação do Projeto Político Pedagógico será realizada a cada três anos, durante a
Semana Pedagógica, que acontece no início do ano letivo, através de reflexões sobre o contexto
atual da educação expressa em legislações e diretrizes. Procuraremos direcionar as discussões em
prol de ações que viabilize a melhoria da qualidade do ensino.
8- EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Sendo o espaço escolar o lugar privilegiado para a construção e produção de
conhecimentos, ele configura-se como lócus de formação cidadã onde os saberes sistematizados
transversam a formação humana. Dessa forma, as políticas de inclusão vêm recebendo novos
olhares nas últimas décadas no contexto escolar.
A Lei 10.639/03, alterada pela Lei 11.645/08 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana e Cultura Indígena, trouxeram como eixo norteador à conscientização, valorização e
reconhecimento do negro na construção da sociedade brasileira, representando avanços para o papel
social da instituição escolar é papel da escola educar para as Relações Étnico-Raciais tendo por
objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que
eduquem cidadãos quanto ao seu pertencimento étnico-racial – descendentes de africanos, povos
indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – capazes de interagir e de negociar objetivos
comuns que garantam, a todos, ter igualmente respeitados seus direitos, valorizada sua identidade e
assim participem da consolidação da democracia brasileira.
Nesse sentido, a Equipe Multidisciplinar tem como tarefa orientar e auxiliar o
desenvolvimento de ações relativas à educação das relações étnico-raciais, que devem estar
presentes no plano de ação escolar e no plano de trabalho docente.
Como afirma BENTO (2005), uma reflexão sobre nossos próprios valores, crenças e
condutas são fundamentais para entendermos as desigualdades raciais na sociedade brasileira.
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Muito mais do que apenas participar das ações da escola e da comunidade é necessário
criarmos aqui um ambiente de rejeição ao preconceito, seja de qualquer natureza, bem como a
intolerância em relação à segregação racial.
Oportunizar aos alunos um pensar em relação às ações do seu cotidiano, evidenciando a
discussão da temática étnico-racial, levando estes mesmos alunos a se verem como sujeitos
históricos, pertencentes a determinados grupos e estimula-los a buscarem pela pesquisa, pelo novo,
sem deixar de encontrar no velho os elementos importantes para enfrentarem a realidade presente.
O ensino da educação étnico-racial é uma dívida para com o nosso povo, só assim, será
restaurado a importância do negro como agente ativo do processo de formação da sociedade
brasileira e fará com que nossos alunos se sintam construtores da sua própria história.
8-REFERÊNCIAS:
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2009.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA
ENSINO FUNDAMENTAL
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1-APRESENTAÇÃO
A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que o Ensino Fundamental é
prioridade no Atendimento escolar, justificando o seu caráter obrigatório e gratuito, inclusive para as
pessoas que não tiveram acesso à escolarização em idade própria. É um direito Público de interesse
de toda sociedade e todo cidadão, individual ou coletivamente, tem direito de exigir do Estado a sua
oferta.
Nessa perspectiva, a função principal da escola fundamental é o trabalho com o
conhecimento que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem.
O Colégio Estadual Humberto de Campos estabelece uma proposta de ensino que
reconhece e valoriza práticas culturais dos sujeitos, sem perder de vista o conhecimento
historicamente produzido que é universal. Além disso, é consenso de todos os envolvidos no
processo educacional do colégio, especificidade tais como: Alunos oriundos da zona rural, das Ilhas,
que enfrentam dificuldades para chegar até o Colégio, bem como, os que em período contrário,
precisam trabalhar para ajudar no sustento familiar.
2-OBJETIVOS GERAIS
O Ensino Fundamental, como uma das etapas da educação básica é obrigatório e gratuito
na escola pública. Esta etapa da escolarização deve garantir a formação básica do cidadão e o
desenvolvimento integral do educando mediante:
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos e pleno domínio da
leitura, da escrita e do cálculo;
- Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos
valores em que se fundamenta a sociedade;
- O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
- O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se assenta a vida social;
- A valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações com os contextos
nacional/global.
- O respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de ideologia e de
condição sócio-econômica.
- Utilização das diferentes linguagens, expressar e comunicar e comunicar suas idéias, interpretar
e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo as diferentes
intenções e situações de comunicação.
- Posicionamento de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais,
utilizando o diálogo como forma de mediar os conflitos e de tomar decisões coletivas;
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- Compreensão da cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos
e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação
e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito.
- O conhecimento e a valorização da pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como
aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação
baseada em diferenças culturais de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras
características individuais e sociais;
- Utilização das diferentes linguagens verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal
como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções
culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de
comunicação.
- O saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para adquirir e construir
conhecimentos.
3-ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A Escola embora não seja a única instância de transmissão do conhecimento científico é,
por excelência a instituição incumbida disso. A posse destes conhecimentos, historicamente
acumulados, oportuniza outras formas de ver e compreender o mundo abrindo possibilidades de
mudanças na ação cotidiana das pessoas.
Nesta perspectiva, os saberes escolares em sua constituição, vão sendo profundamente
marcados pelas relações que professores e alunos estabelecem com o conhecimento a partir de
múltiplas possibilidades de interesses e das articulações dos conteúdos com a prática social.
Sendo assim, é importante destacar uma metodologia para o Ensino Fundamental voltada
para uma formação na qual, os educandos possam refletir criticamente, agir com responsabilidade
individual e coletiva e comportar-se de forma ética e solidária respeitando as diversidades.
4-AVALIAÇÃO
“A avaliação é um juízo de valor sobre dados relevantes para uma tomada de decisão” (Luckesi 1995,
p. 9)
O conceito de avaliação da aprendizagem tem evoluído sensivelmente nas últimas
décadas. Sua definição se tornou mais ampla e mais complexa assim como sua aplicação. Muitas
teorias contribuíram para o enriquecimento deste tema, entre elas, particularmente, a psicologia
evolutiva e a psicologia da aprendizagem e, mais tarde as diferentes concepções que se relacionam
com a formação da pessoa e como o próprio processo de ensinar - aprender.
A avaliação da aprendizagem representou até recentemente, a medida do progresso do
aluno pela quantificação do que ele supostamente tenha aprendido no contexto escolar, ou seja, em
outras palavras, a avaliação escolar dava a medida da quantidade de conhecimentos dominados
pelos alunos.
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No começo deste século, quando o tema da avaliação da aprendizagem foi efetivamente
introduzido como questão teórica, consolidou-se o seu significado de medida. Pouco mais tarde essa
concepção seria aperfeiçoada pela criação de emprego de testes e escalas.
Desde o início da década de 70, o entendimento sobre avaliação da aprendizagem tomou
um rumo mais crítico. Sua preocupação principal se voltou ao uso da avaliação para melhoria de todo
o tipo de aprendizagem. Seu fundamento recebe uma dimensão qualitativa.
Entretanto, passados mais de 30 anos de estudo e discussão sobre o tema da avaliação da
aprendizagem, a mais simples observação dá conta de que o discurso teórico está mais consolidado
do que sua prática nas escolas, ou seja, a avaliação ainda é utilizada com a função de classificar,
selecionar, disciplinar e punir os alunos. É nessa perspectiva que podemos analisar a relação entre
currículo e a produção do fracasso escolar. Mediante a aplicação de provas, instrumento privilegiados
na avaliação, os professores “cobram” dos alunos os conteúdos trabalhados em classe e verificam as
aquisições realizadas. Dessa maneira, os resultados expressam o currículo realizado indicando a
dissociação entre ensino e aprendizagem e na medida em que a avaliação produz o fracasso escolar
e o legitima, ela atesta os limites do processo de transmissão de conhecimentos e a incapacidade
dos professores e das escolas garantirem aos alunos a aprendizagem dos conteúdos considerados
relevantes.
Diante disso, pensar avaliação numa perspectiva democrática e libertadora vai exigir a
denuncia de mecanismos muitas vezes ocultos, que permeiam as práticas educativas e a construção
de uma mentalidade que modifiquem fundamentalmente os processos de relações escolares. Sendo
assim, a avaliação deve ter seu sentido ampliado, ou seja, deve ser uma alavanca do progresso do
aluno, um sistema de informação para alunos e professores sobre o andamento do processo ensino-
aprendizagem, sobre dificuldades, falhas, necessidades de revisão, reforço etc. Dessa maneira, ela
adquire um sentido comparativo do antes e do depois da ação do professor, da valorização dos
avanços perdendo o caráter de mero instrumento de seletividade.
PERRENOUD, (1992) afirma que mudar a avaliação significa “mudar a escola, senão
totalmente pelo menos o suficiente “para que não nos envolvamos ingenuamente na mudança das
práticas de avaliação sem nos preocuparmos com o que as tornam possíveis ou as limita”. P.(156).
Após refletirmos sobre a complexidade da ação avaliativa, propomos para o Ensino
Fundamental do Colégio Estadual Humberto de Campos EFMN uma avaliação da aprendizagem
entendida como um processo organizado, cuja finalidade principal é fornecer informações sobre o
processo pedagógico que permitam aos agentes escolares decidir sobre intervenções e ajustes que
se fizerem necessários, em face do projeto educativo definido coletivamente e comprometido com a
garantia da aprendizagem do aluno.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA
ENSINO MÉDIO
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1- APRESENTAÇÃO
A identidade do Ensino Médio esteve ao longo da história retratada por dois focos um
que privilegia a formação do aluno para o mercado de trabalho e outro para a continuidade dos
estudos. Essas duas possibilidades determinavam para os diferentes indivíduos, a posição a eles
reservada na divisão social e técnica do trabalho.
Percebe-se que historicamente o projeto para o Ensino Médio esteve centrado no mercado
de trabalho e não na pessoa humana. Esse discurso naturalizou o que chamamos de dicotomia, ou
seja “uma escola de cultura geral para as classes dirigentes e uma escola de trabalho produtivo e
alienado para os jovens das classes populares, filhos de trabalhadores. (Frigotto, 2004, p.58).
Apesar das mudanças ocorridas, durante toda a história do Ensino Médio, a dicotomia,
entretanto, persiste, apontando para a urgência de discussões e reflexão contínuas, em todas as
instâncias da Educação Pública Estadual, no sentido de “construir um projeto de ensino médio que
supere a dualidade entre a formação específica e formação geral e que desloque o foco de seus
objetivos do mercado de trabalho para a pessoa humana” (Ramos, 2004,p.40)
Pensar em proposta curricular que supere esta dicotomia exige que se considere as
especificidades do atual período histórico, onde as relações sociais e de trabalho são mais
complexas e fragmentadas do que no passado, visando, portanto, vincular a educação com o mundo
do trabalho e a prática social, consolidando a preparação para o exercício da cidadania e propiciando
preparação básica para o trabalho.
2-OBJETIVOS GERAIS
Trabalhar uma proposta de educação que oportunize ao estudante condições tanto de se
inserir no mercado de trabalho, quanto de continuar seus estudos, ingressando no ensino superior.
Também prepará-lo para a vida, tornando-o um cidadão crítico, capaz de compreender seu tempo
histórico e nele agir com consciência, na construção de uma sociedade mais justa e mais humana.
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de três anos, tem
como finalidade:
- A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental,
possibilitando o prosseguimento de estudos;
- a formação que possibilita ao aluno, no final do curso, compreender o mundo em que vive em sua
complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua transformação;
- o aprimoramento do aluno como cidadão consciente, como formação ética, autonomia intelectual e
pensamento crítico;
- a compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas dimensões filosófica, artística
e científica, em sua interdependência nas diversas disciplinas.
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3-ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
De acordo com o projeto político pedagógico do Colégio Estadual Humberto de Campos e
as Diretrizes Curriculares (DCEM) as ações desenvolvidas neste estabelecimento de ensino está
centrada no ensino-aprendizagem, dentro de uma pedagogia sociointeracionista, visando o
desenvolvimento do senso crítico e a construção do conhecimento.
Todo o trabalho deste colégio está voltado à formação humanística e científica, de sujeitos
autônomos, críticos e criativos, que possam participar, compreender e transformar a sociedade na
qual estão inseridos.
Para isso, propõe-se a ampliação e a consolidação do conhecimento do estudante para
agir em diferentes situações, o que inclui o trabalho sistemático com textos literários jornalísticos,
científicos, técnicos, etc, considerados os diferentes meios em que circulam: imprensa, rádio,
televisão, internet, etc, de modo que contribuam para que os alunos se construam, de forma
consciente e consistente, sujeitos críticos, engajados e comprometidos com a cultura e a memória de
seu país.
4-AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos pelo qual se estuda e interpreta os
dados da aprendizagem e do próprio trabalho do professor, com a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e
atribuir-lhes valores.
Os problemas dos métodos avaliativos não se referem somente aos tempos modernos.
Esses processos estão sempre em reciclagem e assim descobrimos novos olhares para este tema.
Sabe-se que a avaliação constitui um elemento central na organização de prática
pedagógica, na medida em que favorece o processo de construção do conhecimento. De fato, pode-
se, por meio dos procedimentos e mecanismos de avaliação, constatar, compreender e intervir nos
processos de construção do conhecimento. Processual, reflexiva e mediadora, a avaliação concorre,
entre outros aspectos, para a definição do tempo e das formas de promoção do estudante e, como
diz HOFFMAMN (2001) “ O argumento aqui é em favor de avaliar para promover”.
Portanto a avaliação do ponto de vista crítico, não pode ser instrumento de exclusão, deve
ser democrático, deve favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de apropriar-se de
conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente e deve ser resultante de
um processo de avaliação diagnostica, ou seja, com base no diagnóstico da realidade.
Sendo assim, a avaliação da aprendizagem do Ensino Médio do Colégio Estadual
Humberto de Campos, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, tem como objetivo dar
condições, para que seja possível ao professor, tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das
práticas pedagógicas, proporcionando dados, através dos quais poderá adequar conteúdos e
métodos, que contribuam para a aprendizagem e promoção dos alunos.
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5-REFERÊNCIAS:
DCNEM,Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: São Paulo: Paz e Terra, 1997. ______, Paulo. Política e
Educação: Ensaios São paulo:Cortez,2001
GIMENO, José. Currículo: Uma Reflexão sobre a Prática. Porto Alegre: Artes Médicas,1998
Luckesi, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem escolar: Estudos e proposições. 6 ed. São
Paulo: Cortez,1997
PASSOS, Ilma ª Veiga - Projeto Político Pedagógico da Escola – Uma construção possível.
SACRISTÁN, J.Gimeno. O Currículo: uma reflexão sobre a prática. 3ª edição.
SEED, Secretaria de Estado da Educação .Orientações curriculares para o Ensino Médio:
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
SEED -Secretaria de Estado da Educação.Identidade do Ensino Médio – 2006.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA
FORMAÇÃO DE DOCENTES DA
EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL – NORMAL E
APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
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1-APRESENTAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional define como finalidade da Educação
Básica: “desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício da
cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
No caso do Ensino Profissionalizante – Formação de Docentes - acredita-se que
encaminhando os jovens para a profissão de educador, é possível formá-los solidamente nos
fundamentos das diferentes ciências e artes, especialmente nas ciências da educação.
Dessa forma, propõe-se a composição curricular articulada aos saberes disciplinares e
específicos do “saber fazer” da profissão de professor. Isso significa dizer que o núcleo fundamental
da formação do professor pressupõe por um lado o domínio dos conteúdos que serão objeto do
processo ensino-aprendizagem e, por outro, o domínio das formas através das quais se realiza este
processo.
A história da formação de profissionais no Brasil demonstra que os cursos
profissionalizantes – habilitação Magistério, tiveram um papel fundamental na formação de recursos
humanos habilitados para atuação nas séries iniciais do primeiro grau, atual Ensino Fundamental.
Foram os cursos denominados “Normal” , até os anos 1960, e de “Magistério”, a partir dos anos 1970
e, de “Normal”, novamente, após 1996, que possibilitaram a passagem do ensino realizado por leigos
para o ensino assumido por profissionais qualificados para o exercício desta importante função.
(Pimenta 1997).
No Paraná, a história não foi diferente, ou seja, até que fossem disseminados os cursos de
Pedagogia em nível superior, os cursos de Magistério eram o principal espaço de formação de
professores qualificados para a educação inicial de crianças apesar dos fatores limitantes de uma
formação em nível médio. Reconhecidamente, o ideal sempre foi a preparação desses profissionais
em nível superior, questão já apontada nas Diretrizes Curriculares elaboradas no início dos anos 90.
Os cursos de Magistério contribuíram para a melhoria dos procedimentos pedagógicos nas escolas e
imprimiram um caráter científico e profissional a uma ocupação considerada simples e desqualificada,
que era realizada por mulheres e em caráter complementar às suas atividades familiares. Pouco a
pouco, a atividade de ensinar crianças foi sendo percebida como uma atividade complexa, que
necessitava de profissionais capazes de dominar as teorias pedagógicas e metodologias, além dos
conhecimentos científicos de cada disciplina curricular da pré-escola até a 4ª série. (Vieira,1997).
Tomando como base o histórico do Colégio Estadual Humberto de Campos, no que diz
respeito a oferta do Curso de Formação Profissional “Magistério”, é possível verificar que no ano de
1959, através do Decreto N° 22.217 DDE, cria-se a Escola Normal Regional de Querência do Norte.
Já nessa época com o intuito de atender a realidade desta comunidade escolar, pelo fato de muitos
alunos não terem acesso a outros centros de formação.
Entretanto no Município, a demanda por esta Modalidade de Ensino manteve-se, sem
interrupção até 1999. Sempre com o propósito de formar profissionais competentes para atuar nas
primeiras séries do atual Ensino Fundamental. Paralelamente também acompanhou todo o processo
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de mudança ocorrida nas políticas públicas educacionais tanto no Ensino Médio como
Profissionalizante.
Diante do contexto pelo qual ocorreu a discussão e reformulação sobre o processo de
fechamento dos Cursos Profissionalizantes, assim como em outras localidades no Paraná, este
Estabelecimento também deixou de ofertar entre os anos de 2000 a 2003 o Curso de Formação de
Professores, conhecido como Magistério. Desta forma pode-se perceber as perdas na Educação
Querenciana, pois a procura pelo curso não deixou de acontecer, ocorrendo nessa época outros
meios de formação à Distância, mas que ainda não supria totalmente a necessidade dessa
comunidade local.
Tal período denominado de transição, ou mesmo de mudanças, demonstrou que seria
fundamental uma releitura da LDBEM. Uma vez que é fundamental a preocupação da escola
pública, gratuita e de qualidade social em todos os Níveis e Modalidades de Ensino.
Tendo como base a atual conjuntura, abre-se novamente a possibilidade da oferta dos
Cursos Profissionalizantes, agora com uma nova nomenclatura e abordagem político-filosófica.
Sendo assim, o Colégio Estadual Humberto de Campos inicia-se no ano de 2004, de forma
gradativa, a oferta do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental , na Modalidade Normal, em Nível Médio : Integrado ( quatro anos) e
Subseqüente, (dois anos).
E, neste ano de 2007, de acordo com as novas Diretrizes Curriculares, foi implantado, de
forma gradativa, o Aproveitamento de Estudos, com duração de três anos.
Com a retomada da abertura dos Cursos Profissionalizantes, iniciou-se a solicitação do
Processo de Autorização e Reconhecimento do Curso, que além de cumprir aos critérios
estabelecidos pela SEED, visa atender ao anseio da nossa comunidade escolar, onde uma grande
quantidade de alunos após concluir o Ensino fundamental ,deste ou de outros Estabelecimento de
Ensino, situados na área urbana ou rural, buscam no Ensino Médio e Profissionalizante, a
continuidade à educação formal.
Vale ressaltar que a oferta do Ensino Profissionalizante no Município se efetiva através da
Modalidade Normal, em Nível Médio e Subseqüente. Isso ocorre para garantir ao educando o direito
a uma Educação de Qualidade e ao mesmo tempo respeitar as especificidades dentro de uma
mesma comunidade escolar.
No caso do ensino noturno, há muitos alunos que concluíram o Ensino Médio, com isso
procuram a Modalidade Normal com Aproveitamento de Estudos. Outros que por já atuarem no
mercado de trabalho, só podem freqüentar o período da noite.
Portanto cada um busca ampliar sua formação, de acordo com sua realidade. Para tanto há
de se ter um olhar especial tanto para o ensino diurno como o noturno, por se tratar de educandos
com faixas etárias e realidades de vida distintas.
Uma das metas de ação desta proposta pedagógica, é a de se pensar em meios de
estimular nossos futuros alunos, concluintes do Ensino Fundamental, e demais alunos a perceberem
a importância desta Modalidade de Ensino para a formação humana. Mesmo reconhecendo a
problemática em que se encontra a educação, bem como a falta de valorização profissional do
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educador. Contudo, uma outra dificuldade é manter tais alunos incentivados., pois diante da
necessidade de trabalho, muitos ou abandonam a Formação ou acabam mudando de Curso, por
não conseguir conciliar estudo, estágio e trabalho.
Neste sentido, este Estabelecimento de Ensino sente a necessidade de dar continuidade a
sua origem, por ser o pioneiro na formação de profissionais para atuar nas séries iniciais do Ensino
Fundamental e conseqüentemente poder atender à realidade de certos alunos, que
impossibilitados de deslocar-se para centros maiores, busca no próprio Município, uma
oportunidade de profissionalização.
2-OBJETIVOS GERAIS
- Formar docentes para atuarem na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental
assegurando-lhes a formação básica nacional comum de qualidade com consonância das
responsabilidades inerentes à função docente.
- Proporcionar a formação de profissionais aptos a exercerem as atividades específicas de
docência, com escolaridade correspondente ao nível médio;
- Promover a compreensão dos fundamentos científicos – tecnológicos dos processos
educacionais relacionados a teoria com a prática no processo ensino e aprendizagem;
- Desenvolver, no aluno, a criatividade, o interesse e expectativa com o objetivo de formar
profissionais, críticos, capazes de bem desenvolverem suas atividades profissionais.
3-ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
As ações propostas para o curso de Formação de Docentes, do Colégio Estadual
Humberto de Campos de acordo com o Projeto Político Pedagógico, estão centradas numa
metodologia participativa, onde o aluno é mobilizado a buscar respostas para os seus
questionamentos, sendo sujeito de construção do conhecimento.
Serão proporcionadas aos educandos várias técnicas, as quais poderão ser usadas para o
desenvolvimento dos conteúdos, em cada área de conhecimento, tais como: pesquisas, debates,,
dinâmicas de grupos, leituras reflexivas, produção, reestruturação e reescrita de textos, vídeos,
elaboração e discussão de projetos e planos de aula, regência de sala, dentre outras.
O currículo não deve ser separado, pois o “fazer e saber sobre o fazer” deverão ser
elementos integrados ao processo de formação dos alunos. Os saberes disciplinares não poderão ser
independentes dos saberes profissionais tanto os alunos, do integrado quanto do aproveitamento de
estudos, por sua vez, deverão estar comprometidos com o processo de aprendizagem, pois estão se
preparando para um trabalho com características muito especiais – a educação de crianças
Educação esta que deve estar alicerçada na afetividade e nas diversas formas de
convivência no ambiente escolar.
Assim sendo a sensibilidade da prática docente, fortalecerá a qualidade do ensino e
consequentemente, a aprendizagem do aluno.
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4-AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática muito difundida no sistema escolar em qualquer nível de ensino
e em qualquer de suas modali8dades ou especialidades. Conceituá-la como “prática” significa que
estamos frente a uma atividade que se desenvolve seguindo certos usos, que cumpre múltiplas
funções, que se apóia numa série de idéias e formas de realizá-la e que é a resposta a determinados
condicionamentos do ensino institucionalizado. (J.Gimeno Sacristán, 2000)
Notas e conceitos, em princípio, expressam a qualidade que se atribui à aprendizagem do
educando, medida sob forma de acertos ou pontos.
Com o resultado em mãos, o professor tem diversas possibilidades de utilizá-los, porém,
espera que se atente para as dificuldades e desvios da aprendizagem do educando e decida
trabalhar com eles para que, de fato, aprendam aquilo que deveriam aprender.
Nesta perspectiva a avaliação do Curso de Formação de Docentes, do Colégio Estadual
Humberto de Campos – Aproveitamento de Estudos e Integrado, será praticada como uma avaliação
de qualidade nos resultados da aprendizagem dos educandos, tendo como base, seus aspectos
essenciais e, como objetivo final , uma tomada de decisão que direcione o aprendizado e,
conseqüentemente, o desenvolvimento e a promoção do aluno.
Lembramos que avaliar, especialmente no curso de Formação de Docentes, é acompanhar
o Ser humano integralmente. É ouvir, ver, sentir, relacionar-se. “Claro que há respostas certas e
erradas. O equívoco está em ensinar ao aluno que é disto que a ciência, o saber, a vida são feitos. E
com isto ao aprender as respostas certas, os alunos desaprendem a arte de se aventurar e errar, sem
saber que para uma resposta certa, milhares de tentativas erradas devem ser feitas. Espero que
haverá um dia em que os alunos serão avaliados também pela ousadia de seus vôos! Pois isto
também é conhecimento”. (Rubem Alves, 1995, páginas. 19).
Portanto, a tarefa do professor ao avaliar, mais do que saberes técnicos exige competência
de um magistrado, uma vez que o que está em jogo é pleno desenvolvimento do ser humano.
6- REFERÊNCIAS:
Fundamentos Políticos e Pedagógicos da Educação Profissional do Paraná Curitiba – 2005.
Apostila: A Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, em Nível Médio do Paraná- 2003.
SACRISTÁN, j. Gimeno e A I. Pérez Gómez – Compreender e Transformar o Ensino – 4ª Edição.
LIBÂNIO, José Carlos – Didática – Editora Cortez.
LIMA, Elvira Souza – Avaliação na Escola. G.E.D.H. Grupo de Estudos do Desenvolvimento
Humano – São Paulo: Editora Sobradinho.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURSO TÉCNICO EM
ADMINISTRAÇÃO
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1- APRESENTAÇÃO
O Curso Técnico em Administração, forma subseqüente, está previsto na legislação
educacional brasileira, por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação - nº. 9394/96 que
estabelece a educação técnica de nível médio , oferecida na modalidade subseqüente, somente a
quem já tenha concluído o ensino médio. ( artigos 39, 40 e 41 ).
O curso tem como eixo tecnológico a área de Gestão e Negócios, de acordo com a
Resolução nº 04/99 do CNE (Conselho Nacional de Educação). Tal área compreende atividades de
administração e de suporte logístico à produção, além de apoio administrativo a todas as atividades
que envolvem o setor econômico, pois atividades de planejamento, execução e desenvolvimento de
atividades administrativas estão presentes em todos os negócios.
Sabendo-se que o mundo do trabalho exige cada vez mais qualidade e produtividade, o
Colégio Estadual Humberto de Campos –EFMN, oferta o Curso técnico em Administração, com
organização curricular subseqüente, tendo em vista a necessidade da qualificação profissional para
inserir os educandos no mundo do trabalho , procurando atender a demanda local e regional,
formando profissionais que, além da qualificação necessária as suas áreas de atuação, sejam
também flexíveis às mudanças, cujos conhecimentos ultrapassem os limites de uma formação
específica, permitindo a sua atuação em qualquer segmento produtivo.
A oferta do Curso Técnico em Administração, justifica-se, pela necessidade de uma formação
que propicie ao educando à aquisição do conhecimento tecnológico, científico, sócio-cultural, político
e econômico, tornando-o apto a enfrentar os novos desafios, posto que a sociedade atual está
envolvida em um processo desenfreado de mutação em suas estruturas
2. OBJETIVOS
O mercado de trabalho exige profissionais preparados para enfrentar os desafios do novo
milênio, beneficiando não apenas setores modernos da economia, mas toda a sociedade. Neste
contexto o curso Técnico em Administração subseqüêncial tem como objetivo:
-Promover a transição entre a escola e o mundo do trabalho, capacitando jovens e adultos
com conhecimentos e habilidades gerais e específicas para o exercício de atividades produtivas;
-Formar Técnicos em administração com uma visão crítica, capaz de analisar as atividades
econômicas, financeiras, mercadológicas, patrimoniais além de outras atividades afins, sem esquecer
a formação humanística, para que possa interagir na sociedade de forma harmoniosa, consciente e
autônoma ;
3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICO
O educando está inserido numa realidade histórico - social e o conhecimento escolar deve responder
a essas necessidades.
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O educador deverá articular o conhecimento, o processo de análise e a interação do
sujeito-objeto, numa prática participativa, consciente e transformadora.
O trabalho com as diversas disciplinas no Curso Técnico em Administração terá como base
um encaminhamento metodológico contextualizado e multidisciplinar, assegurando que as disciplinas
sejam complementares, possibilitando relações concretas e dinâmicas entre o objeto de estudo e a
atividade profissional.
Os conteúdos deverão ser trabalhados de forma a desenvolver capacidade de
reflexão/ação dos educandos, através das experiências de vida, levando-os a apropriar-se do
conhecimento científico produzido pela humanidade, possibilitando-lhes a compreensão mais efetiva
e contextualizada da realidade.
A metodologia utilizada por todos os docentes terá como eixo básico a relação teoria-
prática. Assim, devem ser utilizado como recursos pedagógicos para enriquecimento do processo
ensino-aprendizagem: os espaços escolares, visitas às empresas, relatórios, seminários, palestras,
portfólios, memorial dos conteúdos, projetos interdisciplinares, entre outras atividades.
4 - AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A avaliação da aprendizagem será considerada um instrumento que norteará o trabalho do
professor, pois a mesma tem a função de diagnosticar a construção da aprendizagem e
fundamentar as decisões que devem ser tomadas para que os resultados sejam, de fato, construídos.
Nesta perspectiva, a avaliação da aprendizagem se configura como um mecanismo subsidiário do
planejamento do professor.
Nesse processo, são assumidas as funções diagnóstica, processual e formativa .Na
perspectiva do planejamento curricular e de ensino, as três funções são importantes e devem ser
levadas em conta no planejamento escolar. Com relação ao planejamento das atividades
pedagógicas, a avaliação diagnóstica é o ponto de partida, pois é ela que define as necessidades dos
alunos, conquistas e possibilidades de avanços . Levando sempre em conta que a avaliação do
aluno em sala de aula tem como objetivo levantar informações sobre o grau de aprendizagem dos
educandos e buscar alternativas para o aperfeiçoamento do ensino que vem sendo oferecido.
Quanto aos instrumentos avaliativos, o professor irá definir o que avaliar e refletir sobre o
ensino que pretende desenvolver e as dificuldades que terá que enfrentar para alcançar os propósitos
esperados. É a partir do planejamento que realizou para promover o processo de ensino-
aprendizagem, ou seja, dos conteúdos abordados e das estratégias que escolheu para desenvolver a
aprendizagem é que o professor irá definir a forma de avaliar.
No entanto, esta proposta prevê atividades avaliativas que funcionem como instrumentos
colaboradores na avaliação da aprendizagem, contemplando os seguintes aspectos:
• adoção de procedimentos de avaliação contínua processual, formativa e cumulativa;
• prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
• inclusão de atividades contextualizadas;
• manutenção de diálogo permanente com o aluno;
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• definição de conhecimentos significativos;
• divulgação dos critérios a serem adotados na avaliação;
• exigência dos mesmos critérios de avaliação para todos os alunos;
• divulgação dos resultados
5-REFERÊNCIAS
AGUSTINI, Carlos Alberto Di. Capital de Giro. São Paulo: Atlas, 1999.
ÂNGELO, C.F. de. e SILVEIRA, J.A.G. da. Finanças no varejo: gestão operacional. São Paulo:
Atlas,2000.
ARNOULD, J. R. Tony. Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999.
BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, 1995.
BRAGA, R. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1998.
BRASIL. Código Civil Brasileiro. 19.ed.: Saraiva: SP: 2004.
CASAROTTO FILHO, Nelson; KIPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de Investimentos. São Paulo:
2000.
COTRIM, Euclides L. Direito básico. Curitiba: LBR: 2004.
GIAMBIAGI, Fabio. ALEM, Claudia Ana. Finanças públicas: teoria e prática no brasil. RJ: Campus:
HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2000.
MARTINS, Petrônio Garcia e LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. São Paulo :
MAYER, R. R. Administração de Produção. São Paulo: Atlas, 1997.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. SP: LTR: 2004.
NUNES, Luiz Antonio Rizzato. Manual de introdução ao estudo do direito. 4.ed.: Saraiva: SP:
2002.
PALAIA, Nelson. Noções essenciais de direito. 3.ed.: Saraiva: SP: 2005.
SLACK, Nigel; et al. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1999.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo:
Atlas,2000.
VIANA, João José. Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.
WELSCHE, G. A. Orçamento Empresarial: planejamento e controle do lucro. São Paulo: USP, 1996.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA
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-APRESENTAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – (LDB) Lei nº. 9394/96 propõe que a
educação profissional integre-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do
trabalho, da ciência e da tecnologia. Os cursos poderão ser organizados por eixos tecnológicos,
possibilitando assim, a construção de diversos itinerários formativos, aperfeiçoando o aluno na área
escolhida. O Capítulo II do Título V da LDB propõe também que o ensino médio, prepare para o
exercício de profissões técnicas e que a articulação deve ser feita de forma integrada, concomitante
ou subseqüente (Lei nº 11.741/2008).
O Colégio Estadual Humberto de Campos-EFMN, optou por ofertar o Curso Técnico de
Nível Médio em Informática - modalidade subseqüente, (duração 18 meses), tendo em vista que a
informática, nos dias atuais, já faz parte da maioria dos setores da sociedade. Ela está presente na
indústria, no comércio, na área financeira, na área de saúde, na área de ensino e na vida privada das
pessoas. Devido à implantação de sistemas computacionais em todos estes setores, o mercado de
trabalho vem exigindo que os profissionais, de diversas áreas, estejam familiarizados com as
ferramentas computacionais, além de criar uma demanda para profissionais que sejam capazes de
construir, implantar e manter o funcionamento destes sistemas.
O curso busca preparar profissionais qualificados em informática para atuar no
planejamento , análise, desenvolvimento, avaliação e utilização de tecnologias para o
desenvolvimento de aplicações e manutenção e redes de computadores nos diversos setores da
sociedade.
2-OBJETIVOS GERAIS
Formar profissionais por meio da Educação Profissional - Nível Médio, na área de
informática, para atuar como Técnico em Informática, proporcionando uma visão geral de instalação,
uso e manutenção de computadores e programas (utilitários e sistema operacional) e a construção
das competências necessárias para o domínio dos princípios de funcionamento de um sistema de
computadores, qualificando-o a instalar e configurar o sistema, identificar e corrigir anomalias,
monitorar o desempenho e adequar o uso às necessidades do usuário.
Destacar durante todo o curso e em todas as Disciplinas a importância da preservação dos
recursos e do equilíbrio ambiental.
3-ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O processo de ensino-aprendizagem constitui-se em um processo de construção do
conhecimento, no qual professor e aluno são agentes participantes na tentativa de compreender,
refletir e agir sobre os conhecimentos do mundo.
Nessa concepção, é necessário buscar uma metodologia que favoreça um aprendizado
contextualizado à realidade do aluno, a fim de desenvolver a formação integral e humanística aliada à
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formação técnico-científica para que o educando seja um cidadão mais participativo e agente
transformador da sociedade.
Nesse processo, o trabalho com os conteúdos será mediado de forma a promover a
interrelação entre a teoria e a prática favorecendo a aprendizagem científica, tecnológica e funcional
, relacionando-a com seu universo de experiência e situações profissionais, tornando a aprendizagem
significativa e dinâmica. Além disso, deve-se buscar situações metodológicas que possibilitem aos
alunos a vivência de situações desafiadoras ,instigando-os a decidir, opinar, debater e construir com
autonomia seu desenvolvimento profissional.
4-AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem é parte integrante do processo de construção do
conhecimento, sendo compreendida como valioso instrumento no sentido de diagnosticar,
acompanhar, indicar os caminhos com vistas ao desenvolvimento global do aluno e da construção do
desempenho profissional que se espera formar.
A proposta pedagógica do curso prevê uma avaliação contínua e cumulativa, a qual
assume, de forma integrada, no processo ensino e aprendizagem, as funções diagnóstica, formativa
e somativa. Essas funções devem ser utilizadas como princípios para a tomada de consciência das
dificuldades, conquistas e possibilidades de avanços. Devem funcionar também, como instrumento
colaborador na constatação da aprendizagem, a qual deve ser analisada e redirecionada, levando
sempre em consideração os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. O ato de avaliar implica em
coleta, análise e síntese de dados que configuram o objeto de avaliação acrescido de uma atribuição
de valor. Sendo assim, ao final de cada bimestre o desempenho do estudante será registrado através
de nota compreendendo os valores de 0 (zero) à10,0 ( dez), resultante de pelo menos três
instrumentos de avaliação de natureza diferente, representados por parâmetros orientadores de
práticas avaliativas, sendo a média mínima 6,0 para aprovação.
Quanto a recuperação de estudos, devem ser criados durante o processo de
aprendizagem, espaços para a recuperação paralela dos estudantes que apresentarem dificuldade de
aprendizagem. Neste sentido, ao final de cada atividade avaliativa o docente deverá analisar o
desempenho dos alunos e, quando os mesmos apresentarem rendimento insatisfatório, deverá
procurar recuperá-los por meio de instrumentos avaliativos diferenciados dos anteriores.
5-REFERÊNCIAS
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Colégio Estadual Humberto de Campos - EFMNP Rua João Polini, 560 – Querência do Norte – PR – FONE: (44) 3462-1232
e-mail: [email protected]
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