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Ã É ÉRELAÇÃO ESTÉRIL MINÉRIO

e Modelagem de Blocose Modelagem de Blocos

Prof. Alexandre dos Santos Nunes

INTRODUÇÃO:• A relação estéril/minério pode ser definida como a

quantidade de estéril que deve ser removida para se conseguirb tâ i i l útil d j l A iacesso a substância mineral útil, que se deseja lavrar. Assim a

opção de se lavrar subterraneamente ou a céu aberto dependede se ultrapassar ou não a relação de mineração limite (oua relação estéril/minério limite) número adimensionala relação estéril/minério limite), número adimensionalque expressa uma relação mássica (como, por exemplo, t/t).

ã ã é• Esta relação de mineração limite é um dos valoresfundamentais de qualquer planejamento de lavra, bem comoos denominados teores de corte (para a mesma jazidah á t d t dif t l f l dhaverá teores de corte diferentes se ela for lavradasubterraneamente ou se a céu aberto, admitindo comotecnicamente viáveis ambos estes tipos de lavra), os teoresmínimos ou marginais etc todos possuindo importantesmínimos ou marginais, etc., todos possuindo importantessignificados técnicos e econômicos, sendo impossível o seucalculo sem recurso qualquer tipo de “função benéfico” e semse recorrer “as técnicas de parametrização”se recorrer as técnicas de parametrização .

• Teor de Corte (lavra a céu aberto)Entende-se por teor de corte de um bloco (tc) aquele teor capaz de

l t t t b tpagar sua lavra, seu tratamento, bem como seus custosindiretos e financeiros, não auferindo nenhum lucro e tambémnão suportando a remoção de nenhum estéril associado (ao bloco).

• Teor mínimo ou marginal (lavra a céu aberto)Teor mínimo ou marginal (tm) é aquele teor que paga apenas os

t d b fi i t lé d t i di tcustos de beneficiamento, além dos custos indiretos efinanceiros subseqüentes corresponde ao bloco que já foi lavradoque, em lugar de ser jogado ao “bota-fora”, é levado à usina debeneficiamento extraindo-se o elemento valioso não dando nembeneficiamento, extraindo se o elemento valioso, não dando nemlucro nem prejuízo.

• Teor de utilização (lavra a céu aberto)• Teor de utilização (lavra a céu aberto)O conceito de teor de utilização (tu) tem aspectos a ver comestabelecimento do contorno final da cava, planejamento seqüencialda lavra beneficiamento do minério e fluxo de caixa da empresada lavra, beneficiamento do minério e fluxo de caixa da empresa.

• Teor limite (teor de corte subterrâneo)D fi i li i ( )Defini-se como teor limite (tl) o menor teor que compensaeconomicamente a lavra subterrânea.

RELAÇÃO DE MINERAÇÃO LIMITE

• A escolha ou delimitação entre as alternativas de se lavrara céu aberto ou em subsolo é feita levando-se em contaos custos de lavra, a recuperação e a diluição.

• A mineração a céu aberto, normalmente, é executadacom a remoção de certa proporção de estéril (de

ãcobertura ou profundidade) e o custo desta operação,obviamente, deve ser levado em conta.

• Desta forma, a relação estéril/minério desempenha umimportante papel na definição da lavra se a céu abertoimportante papel na definição da lavra, se a céu abertoou se em subsolo.

RELAÇÃO DE MINERAÇÃO LIMITE

Expressão Opção Equação

CMs > CMca + Ce*R Lavra a céu aberto (1)

CMs = CMca + Ce*R Indiferente (2)

CMs < CMca + Ce*R Lavra subterrânea (3)

CMs – Custo de lavra subterrânea de uma unidade mássica do minério,inclui os custos operacionais de desmonte, carregamento, britagem dominério e transporte do mesmo ate a usina de concentração;

C Custo de lavra a céu aberto de uma unidade mássica do minérioCMca – Custo de lavra a céu aberto de uma unidade mássica do minério,inclui os custos de desmonte, carregamento, britagem e transporte até ausina de concentração;

Ce – Custo de lavra do estéril, de uma unidade mássica do minério,Ce Custo de lavra do estéril, de uma unidade mássica do minério,inclui seu desmonte, carregamento e transporte até o correspondentepilha de estéril;

R – Representa o número de unidades mássicas de estéril a remover para cadaunidade de minério lavrada a céu aberto;

RELAÇÃO DE MINERAÇÃO LIMITE

• R é denominado relação de mineração limite (RL).

• Se qualquer bloco a ser desmontado demandar umaremoção de estéril com relação de mineraçãoremoção de estéril com relação de mineraçãosuperior ao valor de RL, este só poderá serlavrado subterraneamente.

• Da equação (2) tira-se o valor desta relação limite:• Da equação (2) tira se o valor desta relação limite:

CC

e

McaMsL C

CCR

e

RELAÇÃO DE MINERAÇÃO LIMITE

• Se o bloco tecnológico tiver uma relação R > RL e se o teor ti forigual, ou superior ao teor tl (ti ≥ tl), o bloco será lavradosubterraneamente.

• Se R > RL, com teor de bloco inferior ao teor limite (ti < tl), nãohaverá lavra, pois, se houvesse, conduziria a prejuízos econômicos

• Se R < RL, várias considerações devem ser feitas:

d d bl f l d ( )– Quando o teor do bloco ti for igual ou superior ao teor de corte (ti ≥ tc) obloco será lavrado a céu aberto;

– Quando o teor do bloco ti, estiver compreendido entre o teor marginal e oteor de corte (tm ≤ ti < tc) aplica-se o conceito de teor de utilizaçãoteor de corte (tm ≤ ti < tc) aplica se o conceito de teor de utilização(tu) (a lavra ou não dependerá de outras variáveis)

– Finalmente, por razões de ordem econômica, não se aproveita emhipótese alguma, materiais com teores inferiores ao teor mínimo,sendo pois estes blocos considerados estéreissendo, pois, estes blocos considerados estéreis.

Resumindo as diversas opções no gráfico abaixo, tem-se, por exemplo,para R = 8 83 tl = 0 69% t = 0 33% epara RL = 8,83, tl = 0,69%, tc = 0,33% etu = tm = 0,29%.

RELAÇÃO ESTÉRIL/MINÉRIO GLOBAL, GERAL OU MÉDIA:GERAL OU MÉDIA:• É baseada na quantidade total de estéril que deve ser removida para

obter a tonelagem de minério desejado.• Pode ser usado para comparar diferentes desenhos da mesma cava

ou de cavas diferentes e depende de fatores como forma e altitudeou de cavas diferentes e depende de fatores como forma e altitudedo corpo mineral, ângulos de inclinação e topografia. É usadageralmente para comparar diferentes tipos de cavas e determinar osespaços para as pilhasespaços para as pilhas.

• A relação estéril/minério global é sempre menor que a relação estérilminério econômica.

EGlobal

QMRE /Onde:

Q = quantidade (tonelagem) de estéril eM

Global Q/

QE = quantidade (tonelagem) de estéril eQM = quantidade (tonelagem) de minério

RELAÇÃO ESTÉRIL/MINÉRIO ECONÔMICA:ECONÔMICA:

• Indica qual a quantidade de estéril pode serq q peconomicamente removido para extrair uma tonelada deminério (viabilidade) e é usada para determinar o limited d d i ô i É í lda cava do ponto de vista econômico. É sensível emmudanças na operação e nos custos de remoção doestéril estradas e preço do produtoestéril, estradas e preço do produto.

ESTÉRILDOREMOÇÃODECUSTOPRODUÇÃODECUSTORECEITAMRE ECONOMICA

/

ESTÉRILDOREMOÇÃODECUSTO

Questão

RELAÇÃO ESTÉRIL/MINÉRIO INSTANTÂNEA OU PERIÓDICA:INSTANTÂNEA OU PERIÓDICA:

• É a relação estéril/minério aplicada em um período de( ê l ) d d dtempo (como um mês, por exemplo). Pode ocorrer desde

o começo da mina até o fim da vida da cava. Com oesboço da cava final todo minério acima da cava finalesboço da cava final, todo minério acima da cava finalpode ser minerado com lucro. No limite da cava final, ocusto de remoção é balanceado pelo pagamento líquidoç p p g qdo minério extraído e processado.

Questão

• Considerando um jazimento de minério de cobre, calcule é é ôo teor de corte e a relação estéril/minério econômica

com base nos dados abaixo fornecidos:

Questão

Planejamento a longoPlanejamento a longo, médio e curto prazosd o u o p os

Há basicamente três grupos de fatoresenvolvidos nesse planejamento.

a) Fatores naturais e geológicos: condições geológicas– a) Fatores naturais e geológicos: condições geológicas,tipos de minérios, condições hidrológicas, topografia ecaracterísticas metalúrgicas do minério.

– b) Fatores econômicos: teor e tonelagem do minério,razão de extração, teor de corte, custo operacional, custo deinvestimento lucro desejado razão de produção e condiçõesinvestimento, lucro desejado, razão de produção e condiçõesde mercado.

– c) Fatores tecnológicos: equipamentos, ângulo de talude,c) Fatores tecnológicos: equipamentos, ângulo de talude,altura da bancada, rampa da estrada, limites de propriedadee limites da cava.

• Os limites da cava definem a quantidade de bemmineral lavrável e a quantidade de rejeito e estérilq jassociados.

PLANEJAMENTO A LONGO PRAZO• Procura-se definir o limite da cava final, podendo

sofrer mudanças como consequência da variação naeconomia de mercado, aumento do conhecimento docorpo de minério e melhoria na tecnologia de mineração.O PLP d f li õ d• O PLP deve sofrer atualizações de tempos emtempos, visando adequá-lo a novas situações.O limite final da cava define a fronteira além da qual a• O limite final da cava define a fronteira além da qual alavra de um determinado bem mineral deixa de sereconômica, além de estabelecer a reserva lavrável e aeconômica, além de estabelecer a reserva lavrável e aquantidade de estéril a ser removida e disposta empilhas.

• Sobre os limites da cava não podem ser construídasestruturas permanentes da mina, tais como: plantas deb f b dbeneficiamento, barragem de rejeito etc.

PROJETO DE CAVA FINAL

• Existem basicamente três grupos principais de abordagempara o planejamento de cava final:para o planejamento de cava final:

– a) Abordagem manual (Modelagem de blocos)b) Ab d t i l (S D t Mi t )– b) Abordagem computacional (Surpac, DataMine, etc.)

– c) Combinação de ambas.

• Métodos computacionais são atualmente os maisempregados devido à enorme quantidade de dadosrequeridos para um projeto de mina a céu abertorequeridos para um projeto de mina a céu aberto.

• Como muitas reservas minerais estão cada vez maismarginais (teores) uma análise exaustiva acaba sendomarginais (teores), uma análise exaustiva acaba sendorequerida para o projeto de cava final, acabando por,usualmente, extrapolar as capacidades dos métodos, p pmanuais.

MODELO DE BLOCOS

Planejamento a Longo Prazo de

minas a céu aberto

MÉTODO MANUAL DE DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA CAVA

Este método é baseado no conceito de relação

DOS LIMITES DA CAVA

Este método é baseado no conceito de relaçãoestéril/minério, consistindo de tentativas e erros cujosucesso de aplicação dependerá muito da habilidadee julgamento do engenheiro.

Os detalhes preliminares necessários para um projetop p p jde cava final incluem:– Seções verticais mostrando claramente os limites do corpo, teor doç p ,

minério, porções de capeamento e estéril;– Plantas de cada nível da mina proposto mostrando os correspondentes

detalhes do minério e estéril;;– Ângulo máximo de talude permitido para os vários tipos de rochas;– Largura mínima proposta para o fundo da cava (Praça);

C as da elação esté il/miné io most ando as possí eis a iações destas– Curvas da relação estéril/minério mostrando as possíveis variações destasem função do teor do minério e o preço do produto no mercado.

Corpo Mineralizado Planejamento Extração.

• Visão em Planta

• Visão em Corte

MÉTODO MANUAL DE DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA CAVADOS LIMITES DA CAVA

• Usaremos como exemploUsaremos como exemplouma mina de cobre.

A R l ã E/M li it• A Relação E/M limiteé definida com base noteor do próprio materialteor do próprio materialde interesse (cobre) eno seu valor econômicode mercado.

MÉTODO MANUAL DE DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA CAVA• O teor do lado direito de uma determinada DOS LIMITES DA CAVA

cava para explotação de minério de cobre foi estimado em 0,6% de cobre (MM), comfoi estimado em 0,6% de cobre (MM), com um preço de venda de $ 2,25/kg de cobre.

• Pelo gráfico anterior, a relação de extração g , ç çlimite seria de 1,45:1. (RE/M Limite)

• Se o teor do minério mudar, a razão de extração de corte também mudará.

MÉTODO MANUAL DE DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA CAVADOS LIMITES DA CAVA

MÉTODO MANUAL DE DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA CAVA• A linha para o limite da cava final foi encontrada usando o

ângulo de talude previamente determinado e locado num

DOS LIMITES DA CAVA

ângulo de talude previamente determinado e locado num ponto que forneça uma RE/M de 1,45:1.

• Cálculo do ponto:• Cálculo do ponto:(Conforme a figura)45,1

YZXY

OndeComprimento no estéril (XY)

YZp ( )

Comprimento no minério (YZ)

• No lado esquerdo da seção, o limite da cava para o teor de 0,7% de cobre é determinado da mesma forma, mas usando uma relação de extração de 3:1.

MÉTODO MANUAL DE DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA CAVADOS LIMITES DA CAVA

MODELOS DE BLOCOS PARA PROJETOS DE CAVA FINALDE CAVA FINAL

• O modelo de blocos é a base para quasep qtodos projetos suportados por computadores.

• Para este modelo, um bloco retangulargrande o suficiente para cobrir a área emgrande o suficiente para cobrir a área emestudo é locado ao redor do depósito.

• Este grande bloco é então subdividido empequenos blocos tridimensionais, commesmas dimensões, que passarão a constituiras unidades interdependentes de estudo.

Grande bloco delimitante do corpo mineral.

U id dUnidades interdependen-tes constituintes do grande blocodo grande bloco

MODELOS DE BLOCOS PARA PROJETOS DE CAVA FINAL

• A posição geométrica de um bloco é estabelecida

DE CAVA FINAL

• A posição geométrica de um bloco é estabelecidacom base num sistema de coordenadas.

• A cada bloco é definido dados geológicos,â ógeomecânicos e tecnológicos pertencentes a cada

tipo de material contido no bloco.

• A altura vertical de cada bloco é usualmente aA altura vertical de cada bloco é usualmente aaltura do banco de lavra, e a forma horizontalserá normalmente um retângulo ou um quadrado.será normalmente um retângulo ou um quadrado.

VALOR ECONÔMICO DE UM BLOCO• De forma a otimizar o valor total da cava, deveremos encontrar uma coleção de

blocos que irão trazer o máximo valor possível, respeitando os limites deestabilidade e outras restrições da lavra.

• Desta forma cada bloco pode ser caracterizado por:

– R (Receita) = valor da parte recuperável e vendável do bloco;– CD (Custos Diretos) = custos com a extração, tratamento e transporte do bloco;– CI (Custos Indiretos) = custos gerais, que não podem ser alocados para um bloco, pois dependem do

tempo: e.g. salários, depreciação de equipamentos, etc.

P t t l ô i d bl (VEB) d tã d fi id• Portanto, o valor econômico de um bloco (VEB) pode ser então definido como:

VEB = R – CD

L P d (VEB) CILucro ou Perda = (VEB) – CI

• Blocos de estéril têm um VEB negativo uma vez que a receita deste é zero. Blocos deminério, por sua vez, podem ter valores que vão do negativo, nulo ao positivo,dependendo da qualidade e quantidade do material (metal) de interesse nele contido.

• O critério de otimização para o problema dos limites de cava final pode então ser expresso como

Maximização = (VEB)

PLANEJAMENTO A MÉDIO PRAZO• A escala e a seqüência de produção devem merecer atenção

especial. Os equipamentos e os sistemas de operação da mina sãoimplantados visando a atender a produção dentro de critériosimplantados visando a atender a produção dentro de critériosótimos de produtividade, mantendo a viabilidade operacional egarantindo a continuidade da lavra e os compromissos de produção daempresa.

• O objetivo da programação de produção é a maximização do VPL• O método e a seqüência de extração, o teor de corte e a estratégia deO método e a seqüência de extração, o teor de corte e a estratégia de

produção são afetados pelos seguintes fatores primários:

– a) Locação e distribuição do minério com relação a topografia e cota– b) Tipos de minério, características físicas e teor– c) Despesas diretas com operação associadas com a lavra e o beneficiamento– d) Custo de capital inicial e de reposição necessários para iniciar e manter a

operação– e) Custos indiretos– f) Fatores de recuperação dos produtos e valores– g) Restrições de mercado e de capital– h) Considerações ambientais e políticas

PLANEJAMENTO A CURTO PRAZO• De uma maneira geral esse planejamento não está baseado no

conceito de cava ótima, mas sim em determinar áreas de lavra e desenvolvimento no curto prazo com o maior fluxo de caixa contudodesenvolvimento no curto prazo, com o maior fluxo de caixa, contudo limitado pelo conceito econômico e geométrico da cava ótima.

• Desta forma o planejamento de curto prazo é uma serie de seqüênciasde expansões que o seu somatório deverá ser fisicamente a exaustão da reserva lavrável e o resultado econômico a relação estéril minérioda reserva lavrável e o resultado econômico a relação estéril minério global.

• Cada planejamento curto prazo objetiva a relação custo benefício teórica:

1dimRe entosnRB 1custososTodos

RB

• A figura em seguida mostra uma sequencia de lavra.

PLANEJAMENTO A CURTO PRAZO• A sequência de extração para uma relação custo beneficio alta seria a sequência de

lavra de A a G.

TÉCNICA DO CONETÉCNICA DO CONEFLUTUANTE

Para determinação dos limites daPara determinação dos limites da

cava

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

• O método consiste numa pesquisa do contorno ótimo por tentativas.

• O ápice do cone é movido de um bloco de minério para outro, sendofeito o cálculo do valor do cone para cada posição explorada.

Q d l l l d é iti é dit t ib i ã• Quando o valor calculado é positivo, o cone é dito como contribuiçãopositiva para o lucro da cava, e armazenado para ser lavrado, com osblocos de minério e estéril contidos no cone.

• O método identifica e conserva em memória os sucessivos conesfortes e fracos. Os sucessivos cones vão sendo transformados comadições e subtrações de blocosadições e subtrações de blocos.

• O cálculo é feito a partir de uma matriz de blocos em que os teoresdos blocos são calculados por métodos consagrados como krigagemdos blocos são calculados por métodos consagrados como krigagemou inverso do quadrado da distância. A continuidade doprocedimento conduz a um teor mínimo de explotação e, um ângulodeterminado para a inclinação das paredes da cavadeterminado para a inclinação das paredes da cava.

TECNICA DO CONE FLUTUANTE• Coloca-se o cone no primeiro bloco econômico (maior que o teor mínimo de explotação) que exista

na matriz de blocos, começando de cima para baixo e da esquerda para a direita fazendo-se a avaliação de todos os blocos com valores positivos acima do teor mínimo estabelecido para a explotação.

• A viabilidade econômica do cone é calculada utilizando a seguinte fórmula:

onde

DAVBNEMENBPMMNBGRMPB R ))()((o de

– B = Benefício– Pr = Preço de venda do metal (mineral)– RM = Recuperação Metalúrgica (metálica)– G = Teor médio– NB = Número de blocos com G como teor médio– MM = Custo de extração e transporte de cada tonelada de minério– P = Custo de processamento para cada tonelada de minério– ME = Custo de extração e transporte para cada tonelada de estéril– NE = Número de blocos estéreis– VB = Volume do bloco– DA = Densidade aparente

• Se o benefício é positivo, todos os blocos incluídos dentro do cone são selecionados e retirados da matriz de blocos, originando uma nova superfície. Pelo contrário, se o benefício é negativo, a matriz g gpermanece como está e o vértice do cone translada-se ao segundo bloco cujo valor está acima do teor mínimo de lavra, e o processo é repetido.

• Se o primeiro cone gera resultados positivos, o segundo cone apenas geraria blocos já avaliados positivamente, pois a sua economicidade é mais do que prováveldo que provável.

• Se o benefício é negativo no primeiro cone e positivo no segundo, o cone volta a transladar-se ao primeiro cone, pois a extração dos blocos do

d d i bili t ã d i isegundo cone pode viabilizar a extração do primeiro cone. • A técnica é portanto, interativa e termina quando forem avaliados todos os

blocos que possuam teores acima do teor mínimo de explotação, e não se t i t h d l t l tpossa aumentar mais o tamanho da cava, nem lateralmente nem para

baixo.

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

• O processo se realiza da seguinte forma:

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

) O i i í l bl l i i• a) O primeiro nível apresenta um bloco com valor positivo; posto que não existem blocos superiores, sua extração geraria resultados positivos, sendo o valor do com do bloco (+1), conforme a seguinte figura:

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

O i á d fi id l bl d í l 2 l 4 ( 4)• O cone seguinte será definido pelo bloco do nível 2 e coluna 4 (+4).O valor do cone será:

-1-1-1+4 = +1Como o valor do cone é positivo, o cone é extraído

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

O bl i li d á d í l 3 l 3 ( 7)• O bloco seguinte a ser analisado será o do nível 3 e coluna 3 (+7). O valor desse cone é:

-1-1-2-2+7 = +1Novamente o valor do cone é positivo, portanto também será extraído.

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

d) Fi l úl i á d fi id l í l 3 l 4• d) Finalmente, o último cone será definido pelo nível 3 e coluna 4 (+1), cuja extração gerará o seguinte valor:

-2+1 = -1• Neste caso, o valor é negativo por isso não será extraído.

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

• O desenho final da cava é o mostrado na figura que segue:

O valor total da cava será dado por:-1-1-1-1-1+1-2-2+4+7 = +3

• Nessa simulação simples, o desenho final obtido é o ótimo.

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

• Contudo, esse método de otimizaçãonem sempre oferece a situação ótimanem sempre oferece a situação ótima,pois podem apresentar-se diferentes

õ ásituações problemáticas.

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

O i i bl d bl i i ã• O primeiro problema se apresenta quando blocos positivos são analisados individualmente. A extração de um único bloco positivo pode não se justificar, mas a combinação deste bloco com outros blocos que se sobrepõem pode-se gerar um cone com valores positivos.

• O cone definido pelo bloco do nível 3 e coluna 3 (+10) tem um• O cone definido pelo bloco do nível 3 e coluna 3 (+10) tem um valor de:

-1-1-1-1-1-2-2-2+10 = -1

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

Já l d fi l d é i ã i D i l• Já que o resultado final do cone é negativo, não se extrai. De igual forma, o cone estabelecido segundo o bloco do nível 3 e coluna 5 (+10) terá um valor de:

-1-1-1-1-1-2-2-2+10 = -1

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

T bé ã li i l ã P• Também neste caso não se realizaria a sua explotação. Portanto, usando a análise simples dos cones flutuantes, nenhum bloco será extraído nas duas simulações realizadas.

TECNICA DO CONE FLUTUANTE• Entretanto, devido à superposição que apresentam ambos os cones

anteriores o valor de suas combinações apresentariam resultadosanteriores, o valor de suas combinações apresentariam resultados positivos:

-1-1-1-1-1-1-1-2-2-2-2-2+10+10 = +3

• Este desenho seria a autêntica otimização. Esta situação pode apresentar em jazidas reais, e a otimização simples pelo método dos cones flutuantes não a consideraria.

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

b) A d i ã d é d i l i bl• b) A segunda situação se apresenta quando o método inclui blocos sem benefício no desenho final da cava. Esta discussão pode reduzir o valor líquido da explotação. Dada a matriz, o cone correspondente ao bloco do nível 3 e coluna 3, definirá um valor de:

-1-1-1-1-1+5-2-2+5 = +1

Cone de tamanho maior para o bloco do nível 3 e coluna 3 do segundo tipo de problema do método dos cones flutuantes

TECNICA DO CONE FLUTUANTE• Desde que o valor deste cone seja positivo, não implica que deva

ser extraído Como se observa na figura abaixo o valor do blocoser extraído. Como se observa na figura abaixo, o valor do bloco correspondente ao nível 2 e coluna 2 terá um valor de:

-1-1-1+5 = +2• que será o valor do desenho ótimo, pois, uma vez extraído este, o

seguinte gerará resultados negativos (nível 3 e coluna 3):-1-1-2-2+5 = -11 1 2 2+5 1

TECNICA DO CONE FLUTUANTE

• Nesse caso, o valor do cone menor (nível 2 e coluna 2) émaior que o valor do cone maior (nível 3 e coluna 3).

• É um método muito simples, apesar de ter problemas.

• Aspectos positivos que possibilita a técnica ser uma dasmais utilizadas.

– a) O método é uma informatização das técnicas manuais e por isso osa) O método é uma informatização das técnicas manuais, e por isso osusuários podem utilizá-lo, entender o que estão fazendo e sentirem-sesatisfeitos com os resultados.

é á á– b) O algoritmo é muito simples, permitindo uma fácil e ágil interfacecom outros programas de mineração.

– c) O algoritmo gera resultados suficientemente seguros e confiáveis.c) O algoritmo gera resultados suficientemente seguros e confiáveis.