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1RAIO-X DA OAB 2ª FASE

CONSTITUCIONAL

1.1. BREVE INTRODUÇÃO

No intuito de ofertar ao leitor um amplo e sólido conhecimento do perfil da Fundação Getulio Vargas enquanto organizadora do Exame da OAB, elaboramos este didático Raio-X do certame, no qual uma análise criteriosa e cuidadosa das últimas dezesseis provas é realizada.

Apresentaremos nos itens seguintes, por meio de tabelas, gráficos e textos conclusivos, os temas já cobrados e identificaremos aqueles de maior incidência nos exames pretéritos.

De posse desta útil ferramenta para seus estudos, o leitor garantirá uma pre-paração mais focada e realizará treinos direcionados e certeiros que permitirão sua aprovação no Exame de Ordem.

1.2. PEÇAS PRÁTICAS

Nos dezesseis Exames unificados realizados pela FGV (2010.2 ao XVII), foram cobrados nove diferentes tipos de peças, sendo que em três ocasiões (Exames V, IX e XVII) a banca examinadora aceitou como gabarito do caso prático-profissional duas peças distintas – em razão de problemas redacionais e estruturais do caso narrado, que impediram que uma única peça profissional solucionasse a questão.

O quadro posto a seguir permitirá uma visualização precisa acerca das peças já cobradas e a incidência de cada uma:

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O gráfico abaixo ilustra com exatidão a proporção da distribuição de peças já cobradas pela FGV nos exames anteriores:

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Habeas Data 1

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Mandado de

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2PETIÇÃO INICIAL1

2.1. BREVE INTRODUÇÃO

O processo civil inicia-se pela vontade do autor (art. 262, CPC), que se vale da petição inicial para levar ao Judiciário a sua pretensão consubstanciada em um pedido em detrimento do réu.

A petição inicial aqui estudada refere-se ao procedimento comum, de rito ordinário ou sumário. Advirta-se, desde logo, que não se deve haver exacerbada preocupação com o nome que será atribuído à peça (se ação de cobrança, inde-nizatória, declaratória etc.). O nome que se dá à petição inicial não a caracteriza2, sendo tecnicamente correto nomeá-la como ação pelo procedimento, seguida da especificação do rito utilizado.

O primeiro passo é saber qual o rito adequado à ação. A parte deve primeiro atentar-se ao rol previsto no art. 275 do CPC e, não encontrando nele a hipótese de ajuizamento da sua demanda, concluir pelo cabimento no rito ordinário.

Considerem-se, portanto, as hipóteses de observância do rito sumário:

Código de Processo CivilArt. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: I – nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo;

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II – nas causas, qualquer que seja o valor:a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao con-domínio; c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; g) que versem sobre revogação de doação;h) nos demais casos previstos em lei.

Consequência

prática

Por exclusão, ou seja, sempre que a situação ensejadora da ação judicial não estiver retratada nas hipóteses acima descritas, observar-se-á o rito ordinário.

2.2. REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL

A petição inicial é, pois, peça escrita que deve observar requisitos formais e substanciais (art. 282, CPC), e a ação nela consubstanciada tem por objetivo al-cançar a prestação jurisdicional efetivada pela sentença (declaratória, constitutiva, condenatória ou mandamental). Em alguns casos, admite-se sua propositura na forma oral.

Convém alertar para o fato de que o Código de Processo Civil admite, ex-cepcionalmente, que o leigo postule em causa própria quando não houver advo-gados na comarca ou, havendo, estes negarem patrocínio à causa por recusa ou impedimento (art. 36, CPC).

Qualquer que seja o caso, se oral ou escrita, se eletrônica ou física, se subscrita ou não por advogado, a petição inicial deverá preencher certos requisitos, os quais serão listados e comentados a seguir.

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Cap. 2

a) Juiz ou Tribunal a quem é dirigida;

A parte deve observar, segundo as regras gerais e especiais de competência, qual juízo processará e julgará seu pedido. Tendo em vista a complexa estrutura de competências definida na Constituição Federal, no Código de Processo Civil, nas leis extravagantes e de organização judiciária e nos regimentos internos dos Tribunais, recomenda-se a adoção dos seguintes passos3:

– Verificar se a justiça brasileira é competente para julgar a causa (arts. 88 e 89, CPC);

– Se for, verificar se é competência originária de Tribunal (arts. 102, 105, 108, CF/1988);

– Não sendo, verificar se o assunto pertence à Justiça Especial (eleitoral, militar e trabalhista) ou à Justiça Comum (federal, estadual);

– Sendo competência da Justiça Comum, verificar se é da Justiça Federal. Se não o for, será residualmente da Justiça Estadual;

– Sendo da Justiça Estadual, devem-se observar as regras do CPC sobre competência absoluta e relativa, tais como material, valor da causa, ter-ritorial etc.

Consequência

prática

Quando o endereçamento se fizer ao juízo monocrático, o advogado deve primeiro atentar-se à justiça competente. Se se tratar da Justiça Comum Federal, o endereçamento é feito ao Juiz Federal vinculado à determinada Seção ou Subseção Judiciária; se Justiça Estadual, o endereçamento é feito ao Juiz de Direito atuante na Comarca.

b) os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;

Exige-se, aqui, a completa qualificação das partes, visando identificá-las para o correto cumprimento do mandado de citação. Além desta finalidade, algumas

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ações indicam a necessidade de litisconsórcio necessário entre pessoas casadas, por exemplo, e a qualificação exposta na petição inicial pode dar indícios ao ma-gistrado sobre a necessidade de regularização. Interessante hipótese também reside na exigência de caução para os autores estrangeiros ou nacionais não residentes no país que, se não forem proprietários de bens imóveis no Brasil, devem oferecer garantia para as custas e honorários advocatícios da parte contrária (art. 835, CPC).

Por fim, vale mencionar que o desconhecimento dessas informações não pode inviabilizar o acesso à justiça, devendo o autor noticiar tal fato na petição inicial, justificá-lo e, sempre que possível, fornecer indícios para identificação do réu. Em ações possessórias, por exemplo, é comum atribuir-se ao oficial de justiça a incumbência de, no ato de citação, colher a identificação dos demandados.

Consequência

prática

c) o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

Os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido formam a causa de pedir. Os fatos jurídicos são aqueles que geram consequências jurídicas (contrapõem-se aos fatos simples). São aqueles em virtude dos quais o autor justifica seu ingresso em juízo para pleitear uma providência prevista pelo ordenamento, a que decorre dos efeitos jurídicos daqueles fatos4.

Consequência

prática

A jurisprudência não considera inepta a inicial que não menciona os funda-mentos legais do pedido5.

d) o pedido com as suas especificações;O pedido é o que se pretende com a propositura da demanda. Toda pe-

tição inicial deve conter expressamente ao menos um pedido. Não há, pois,

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Cap. 2

petição sem pedido, pois o contrário implicaria a extinção do processo por inépcia da inicial.

O pedido vincula a atividade jurisdicional, de modo que esta não poderá ser extra, ultra ou citra petita (arts. 128 e 460 do CPC). O pedido identifica a demanda e é critério para aferição do valor da causa (art. 259, CPC). O pedido deve ser certo e determinado6, ou seja, ser expresso e inteligível, conclusivo e coerente.

e) o valor da causa;

Os critérios para atribuição de valor à causa estão fixados no art. 259 do CPC. Quando não se verificar nenhuma daquelas hipóteses, deve-se atribuir um valor para fins fiscais, já que o art. 258 do CPC dispõe que a toda causa deverá ser atribuído um valor certo, ainda que ela não possua conteúdo econômico imediato.

Consequência

prática

O réu pode impugnar o valor da causa, devendo fazê-lo por peça autônoma (art. 261, CPC), que não suspende o processo. É importante destacar que, no pro-cedimento ordinário, a jurisprudência majoritária não conhece da impugnação se formulada como preliminar de contestação, diferente do rito sumário, onde a impugnação pode ser arguida na defesa e decidida na própria audiência, conforme o art. 277 do CPC.

f) as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

Esse dispositivo tem pouca força prática, pelo menos no rito ordinário. No rito sumário a parte deve apresentar o rol de testemunhas com a inicial e, nesta oportunidade já requerer perícia e apresentar quesitos (art. 276, CPC). No rito ordinário, há uma fase específica, após o saneamento do processo, onde as partes são intimadas para indicar os meios de prova.

De qualquer modo, a boa prática recomenda a clareza e precisão na indicação das provas pretendidas, desde a inicial. Deve-se, então, privilegiar a especificidade na indicação da prova e não o simples protesto genérico – tão comum na prática

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forense – pela produção de todas as provas admitidas em direito. Entretanto, em uma eventual prova, o mero protesto genérico é suficiente para fins de pontuação.

Não se pode esquecer que o juiz pode determinar de ofício a produção das provas que entender necessárias (art. 130, CPC).

g) requerimento para a citação do réu;

O autor pode escolher a forma de citação, se pelo correio (regra), se por ofi-cial de justiça ou edital. O autor pode ser responsabilizado se agir dolosamente ao requerer uma ou outra forma de citação (citação por edital, por exemplo, quando sabe o paradeiro do réu).

A citação por edital, em regra, somente é deferida quando esgotados os meios ordinários de localização do réu. Assim, ainda que o autor possua um único endereço do réu e descubra, logo na primeira tentativa de citação, que este se mudou, deverá requerer a expedição de ofícios na tentativa de localizar o atual paradeiro do réu.

Ademais, a petição inicial deve ser instruída com os documentos indispen-sáveis à sua propositura, devendo o autor providenciar a juntada dos documentos pré-constituídos que estiver em seu poder ou alcance7, permitindo-se a juntada de novos documentos em situações específicas, como, por exemplo, nas hipóteses do art. 397 do CPC8.

2.3. EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL

O juiz tem o dever de viabilizar a correção de vício sanável na petição inicial. Para tanto, deve intimar o autor para que emende a inicial no prazo de dez dias. O STJ já afirmou que esse prazo pode ser prorrogado a critério do juiz (REsp 102.398-PR), desde que a situação seja peculiar de modo que justifique a prolongação do prazo. Em geral, a emenda tem que ser feita no prazo de dez dias, sob pena de indeferimento da inicial (art. 295, VI, CPC).

Consequência

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Cap. 2 31

2.4. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL

Se o juiz receber a inicial, mandará citar o réu para apresentar defesa no prazo de quinze dias, sob pena de serem considerados verdadeiros os fatos alegados pelo autor. Se, no entanto, tratar-se de rito sumário, citará o réu com a antecedência mínima de dez dias para comparecer à audiência de conciliação, munido de defesa instruída com rol de testemunhas e pedido de perícia e quesitos para ser apresen-tada caso reste infrutífera a tentativa de conciliação.

Se ocorrer uma das hipóteses do art. 295 do CPC, isto é, faltar à petição ini-cial algum requisito essencial, estará o juiz diante de um caso de indeferimento. O indeferimento da petição inicial leva à extinção do processo sem resolução de mérito, com fundamento no inciso I do art. 267 do CPC (com exceção dos arts. 285-A e 295, VI, do CPC, quando há resolução de mérito).

Consequência

prática

Cumpre-nos advertir que o indeferimento da petição inicial só pode ser exe-cutado antes da citação do réu, pois, ao passo que se formou a relação triangular do processo, o magistrado terá de voltar-se à análise dos requisitos e extinguir o processo por outro motivo, isto é, “quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo” (art. 267, IV, CPC).

2.5. CARACTERÍSTICAS DO RITO SUMÁRIO

No rito sumário, o autor deve apresentar em sua inicial o rol de testemunhas, bem como requerer perícia e, desde logo, formular quesitos, podendo indicar assistente técnico. Pede-se a citação do réu para comparecer à audiência de con-ciliação a ser realizada em trinta dias, devendo este ser citado com a antecedência mínima de dez.

Se o réu deixar de comparecer à audiência injustificadamente, incidirão sobre ele os efeitos da revelia. As partes devem comparecer pessoalmente à audiência, mas podem fazer-se representar por prepostos que tenham poderes para transigir.

O juiz deve decidir, na própria audiência, a impugnação ao valor da causa, determinando, se for o caso, a conversão do procedimento sumário em ordinário. A conversão também ocorrerá quando houver necessidade de prova técnica de maior complexidade, ou quando o juiz assim o entender conveniente e desde que não haja prejuízo às partes.

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Não obtida a conciliação, oferecerá o réu, na própria audiência, resposta escrita ou oral, acompanhada de documentos e rol de testemunhas, devendo também requerer perícia nesta oportunidade, sob pena de preclusão. O Código de Processo Civil admite que o réu formule pedido contraposto na própria contestação (não há reconvenção no rito sumário).

No procedimento sumário não são admissíveis a ação declaratória incidental e a intervenção de terceiros – salvo a assistência –, o recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro.

2.6. CONFECCIONANDO A PETIÇÃO INICIAL

PETIÇÃO INICIAL

COMPETÊNCIA

ENDEREÇAMENTO

LEGITIMIDADE ATIVA

LEGITIMIDADE

PASSIVA

FUNDAMENTOS

LEGAIS

REQUERIMENTOS/

PEDIDOS

PARTICULARIDADES

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2.7. CASO PRÁTICO DE PETIÇÃO INICIAL

Com muito sacrifício, Pedro e sua esposa Ruth adquiriram uma unidade residencial no Condomínio “Bom-Viver”, situado na Rua das Árvores, nº 1.987. O local, cercado por extensa área verde, é famoso por conferir tranquilidade a seus moradores. Em cada um dos 22 andares, há dois apartamentos.

Recentemente, o apartamento vizinho ao de Pedro e Ruth foi vendido a Talles, um jovem solteiro, de aproximados 24 anos, torcedor fanático do “Pernas de Pau F.C.”.

Dia desses, após assistir ao jogo em que seu time perdera de goleada, Talles avistou Ruth na varanda, vestida com a camiseta do time rival. Irritado, Talles espalhou aos demais moradores do condomínio a história de que Ruth frequen-temente traía seu marido. Não bastasse isso, Talles passou a proferir, da varanda de seu apartamento, palavras de baixo calão, todas direcionadas contra Pedro e Ruth, que se sentiram humilhados e profundamente ofendidos.

Como advogado do casal, que pretende ser indenizado em 10 mil reais pelas constantes agressões verbais, adote a medida judicial mais adequada, aduzindo os fundamentos constitucionais e infraconstitucionais no caso concreto.

2.8. RESOLUÇÃO DE CASO PRÁTICO

I – DOS FATOS

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II – DO DIREITO

Constituição Federal

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer nature-za, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:(...)X –

Código CivilArt. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.(...)Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( ), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

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Cap. 2 35

III – DO PEDIDO

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23EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

23.1. BREVE INTRODUÇÃO

No Exame de Ordem, um erro fatal e impeditivo da aprovação é a confec-ção de uma peça inadequada ao caso prático proposto. Resolver variados casos e treinar a escolha da solução jurídica a ser ofertada a cada um deles, dará ao leitor o traquejo necessário para sempre optar pela peça jurídica correta.

É o intuito deste capítulo: por meio de exercícios adicionais, oportunizar novo e intenso treinamento, em que o leitor terá que optar, dentre todas as peças ensinadas, por uma única que responderá com exatidão o caso prático-profissional proposto.

Acertando ou errando, ao resolver os casos postos abaixo, estará o leitor sedimentando seu aprendizado e adquirindo confiança, experiência e segurança, características que conduzem à aprovação.

23.2. EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 1

Tício, brasileiro, casado, engenheiro, foi aprovado em 12º lugar no con-curso público realizado pela Prefeitura do Município X. No Edital do concurso constava a existência de 15 vagas e sua validade era de 2 anos. Foram chamados para posse os dez primeiros colocados. Dois meses antes do fim da vigência do concurso, o Prefeito publicou novo Edital para realização de concurso público para preenchimento de 5 novas vagas para o mesmo cargo. Inconformado, Tício requereu ao Prefeito sua nomeação, o que foi negado em ofício datado há cinco dias, sob a alegação da discricionariedade para chamamento de aprovados em concurso e que a mera aprovação não gera direito à nomeação para o cargo.

Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c)

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fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural; e) necessidade de tutela de urgência.

EXERCÍCIO 2

Ana Amado, mais conhecida como Don’Aninha, é sacerdote de religião afro-brasileira. Seu terreiro de candomblé se localiza no município de Capitães da Areia, no interior do estado de Tieta. Com a notícia de violação a vários ter-reiros com violência e escárnio, Don’Aninha começou a se preocupar e conversar sobre isso com seus amigos e pessoas próximas. Um filho de santo e estudante de Direito comentou com Don’Aninha que havia um direito na Constituição que previa certa proteção aos terreiros, mas que não havia regulamentação. Indignada, Don’Aninha o procura buscando alguma medida judicial para suprir essa lacuna e poder usufruir do direito de proteção especial, no âmbito do Direito Civil e do Direito Penal.

EXERCÍCIO 3

José M. Filho, soldado do Exército Brasileiro, pretendendo ascender profissionalmente na carreira militar como Oficial se candidatou ao concurso público para a Academia Militar das Agulhas Negras, sendo aprovado nas diversas fases (escrita, médica, física etc.), porém, acabou sendo reprovado na fase de investigação social.

A justificativa do Presidente da Comissão de Concurso dada a José foi de que constavam em seus assentamentos individuais informações que o in-compatibilizavam para o cargo de Oficial, sendo que tais informações eram provenientes da Organização Militar que José M. Filho servia.

Indignado com sua exclusão do certame, protocolou um pedido adminis-trativo, perante a Administração Pública da Unidade que servia em Brasília, a fim de tomar conhecimento das informações registradas em seus assentamentos individuais. Formulou recursos administrativos e, em última instância teve seu pedido indeferido, documentalmente, pelo Comandante do Exército Brasileiro, que alegou serem as informações sigilosas.

Diante da situação hipotética apresentada, na condição de advogado de José M. Filho, adote a medida judicial cabível ao caso, a ser apresentada ao órgão competente, com os argumentos que reputar pertinentes, atentando-se para: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural.

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Cap. 23

EXERCÍCIO 32

Associação em Defesa do Meio Ambiente, entidade sem fins lucrativos, constituída desde 1989, com sede no Estado Y, tem por finalidade a defesa do meio ambiente e do patrimônio público no âmbito daquele Estado, promovendo a identificação de quem infringe esses valores para enquadrá-los judicialmente, obrigando-os a reparar o dano e, quando o caso, também indenizar a sociedade.

A associação descobriu que o Prefeito do Município X, pertencente ao Estado Y, contratou sem licitação a empresa Mevius Corporation S.A. para derrubada de árvores em área de preservação permanente, de propriedade do município, mediante a contraprestação mensal de um milhão de reais. O contrato tem duração de 12 meses. Não foi feito qualquer estudo ambiental e há indícios de que a obra está sendo superfaturada.

Na qualidade de advogado contratado pela Associação, redija a peça cabível ao tema, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural.

23.3. GABARITOS DOS EXERCÍCIOS

GABARITO DO EXERCÍCIO 1

Medida judicial cabível: Mandado de Segurança Individual (art. 5.º, LXIX, CF/88 c/c art. 1.º, Lei 12.016/09).

Endereçamento: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara da Fazenda Pública do Município X.

Legitimidade ativa: TícioLegitimidade passiva: a autoridade coatora é o Prefeito (art. 6.º, § 3.º, Lei

12.016/09). A pessoa jurídica interessada é o Município X (art. 6.º, Lei 12.016/09). Fundamentos jurídicos: violação ao art. 37, caput e I, da CF/88. Direito

líquido e certo à nomeação. Ofensa aos princípios da legalidade, moralidade e eficiência.

Requerimentos/Pedido:a) a concessão da medida liminar para que o Estado nomeie o impetrante

ao cargo para o qual foi aprovado em concurso público (art. 7.º, III, Lei 12.016/09);

b) notificação da autoridade coatora para prestar informações no prazo de dez dias (art. 7.º, I, Lei 12.016/09);

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c) ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica a que se vincula a autoridade (art. 7.º, II, Lei 12.016/09);

d) intimação do Ministério Público para oferecer parecer no prazo de dez dias (art. 12, Lei 12.016/09);

e) a concessão da segurança para condenar o Estado a obrigação de fazer, isto é, nomear o impetrante ao cargo para o qual foi aprovado em concurso público (art. 269, I, CPC);

f) valor da causa: R$ 1.000,00 (um mil reais), para fins fiscais (art. 258, CPC).

Cuidado: não requerer a condenação em honorários advocatícios, em razão do disposto no art. 25 da Lei 12.016/09. Criar tópico específico para o pedido liminar, demonstrando os requisitos periculum in mora (perigo de dano irreparável ou de difícil reparação) e fumus boni iuris (verossimilhança das alegações).

GABARITO DO EXERCÍCIO 2

Medida judicial cabível: Mandado de Injunção Individual (art. 5º, LXXI, CF/88; Lei 8.038/90, art. 24, parágrafo único; Lei 12.016/09).

Endereçamento: Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, “q”, CF/88).

Legitimidade ativa: Ana AmadoLegitimidade passiva: Congresso Nacional, pois ele possui competência para

editar a norma regulamentadora.Fundamentos jurídicos: ausência de regulamentação do direito à proteção

aos locais de culto e a suas liturgias, nos termos do inciso VI do Art. 5º da CF. Aplicabilidade imediata dos direitos e garantias fundamentais, nos termos do § 1º do art. 5º da CF.

Requerimentos/Pedido:a) notificação da autoridade omissa para prestar informações no prazo legal

de dez dias (art. 7º, I, da Lei 12.016/09);b) intimação do Procurador-Geral da República para oferecer parecer no

prazo de dez dias (art. 12 da Lei 12.016/09 c/c art. 103, § 1º da CF/88);c) procedência do pedido, a fim de determinar, de forma mandamental, o

direito da impetrante à proteção especial ao seu local de culto;d) valor da causa: R$ 1.000,00 (mil reais), para fins fiscais (art. 258 do CPC).

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24PEÇAS E QUESTÕES COBRADAS

NOS EXAMES ANTERIORES

24.1. BREVE INTRODUÇÃO

É neste capítulo que o leitor terá a oportunidade de confirmar os dados apresentados no Raio-X do Exame – arquitetado no capítulo 1.

Serão apresentadas, de forma organizada e sistematizada por assunto, todas as peças e questões discursivas – com seus respectivos gabaritos e espelhos de distribuição de pontos – já cobradas pela FGV no Exame de Ordem.

Conheça o estilo da prova, sua formatação usual, os temas mais recorrentes e as feições narrativas do examinador. Em suma, torne-se especialista no Exame e domine-o rumo à aprovação!

24.2. PEÇAS COBRADAS NOS EXAMES ANTERIORES

Peças abordadas pela FGV: Exames Unificados II a XVII

TEMA 1: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (4 peças)

1. (VII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – 08/07/2012) -----

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(valor: 5,00)

Gabarito comentado

A ação referida no parecer, consoante jurisprudência assente, é a Ação Direta de Inconstitucionalidade.

O autor será a Confederação Nacional do Comércio, legitimada pela norma do art. 103, IX, da CRFB, que deve comprovar a pertinência temática que está caracterizada nesse caso.

Serão interessados o Governador do Estado e a Assembleia Legislativa es-tadual.

A competência será do Supremo Tribunal Federal.O fundamento constitucional assente nesse caso é a violação da competência

legislativa para o Direito Civil privativa da União Federal, pelo Congresso Nacional (CRFB, art. 22, I), pois ocorre violação ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII).

Há necessidade de medida liminar vez que estão preenchidos os pressupostos legais.

Os requisitos formais da peça são os previstos no art. 282, do CPC, ressal-tando o requerimento de intervenção do Ministério Público e da Advocacia Geral da União.

O fundamento legal para a cautela é o art. 10 da Lei n. 9868/99.

ESPELHO DE CORREÇÃO

ITEM PONTUAÇÃO

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Cap. 24

ESPELHO DE CORREÇÃO

ITEM PONTUAÇÃO

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24.3. QUESTÕES DISCURSIVAS COBRADAS NOS EXAMES

ANTERIORES

Questões abordadas pela FGV: Exames Unificados II a XVII

TEMA 1: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE (40 questões)

1.1. Decisão definitiva (5 questões)

1. (OAB – EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2010.2 – 14/11/2010)

Gabarito comentado

A inconstitucionalidade parcial sem redução de texto é uma modalidade de declaração de inconstitucionalidade prevista na lei 9868/99 que tem como conse-quência a declaração de inconstitucionalidade de uma determinada interpretação, sem afetar o texto da norma. É dizer, o texto da norma permanece inalterado, mas determinada interpretação que a princípio poderia ser feita da norma é considera-da inconstitucional. Esta modalidade de declaração de inconstitucionalidade tem importantes consequências nos processos de fiscalização abstrata, como é o caso da ADI (citada na questão), pois a declaração de inconstitucionalidade não do texto da norma, mas de sua interpretação, terá eficácia erga omnes (contra todos) e efeito vinculante, conforme dispõe o parágrafo único do art. 28 da lei 9868: “A

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330 Nathalia Masson

declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a inter-pretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.”

ESPELHO DE CORREÇÃO

ITEM PONTUAÇÃO

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2. (OAB – EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2010.2 – 14/11/2010) O Conselho Federal da

responda:

Gabarito comentado

Segundo a jurisprudência do STF, o Tribunal, ao julgar ação direta de in-constitucionalidade, está limitado em relação ao pedido, mas não à causa de pedir, que é aberta. É dizer, o STF pode considerar a lei impugnada inconstitucional por motivos diversos daqueles apresentados pelo proponente da ADI. Entendimento diverso implicaria reconhecer que uma ADI mal formulada, com argumentos frágeis ou equivocados pela inconstitucionalidade da lei, levando à improcedência da ação e à consequente declaração de constitucionalidade da lei.

Em relação ao pedido, este, a princípio, é limitado ao que foi questionado pelo proponente da ação. O STF, no entanto, admite em caráter excepcional que dispositivos legais não impugnados na ação sejam declarados inconstitucionais, mas somente se forem dependentes dos dispositivos impugnados. É dizer, nos casos em que a inconstitucionalidade de um dispositivo impugnado implica necessaria-mente a inconstitucionalidade de outro não impugnado. A este fenômeno dá-se o nome de inconstitucionalidade por “arrastamento” ou “atração” ou “consequente”.

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25SIMULADOS

25.1. BREVE INTRODUÇÃO

Este é o último capítulo desta obra e, como não podia deixar de ser, ele lhe oferece a derradeira oportunidade de incrementar sua preparação. Temos aqui cinco simulados, formatados no padrão utilizado pela FGV quando da confecção do Exame Unificado de Ordem: uma peça prático-profissional e quatro questões discursivas.

A sugestão é que você, caro leitor, realize essa atividade como se estivesse efetivamente no domingo do Exame! Praticando você se tornará capaz de admi-nistrar corretamente o tempo de prova e treinar a escrita legível, fundamental para o examinador compreender seu raciocínio sem esforço.

Por isso, selecione na sua agenda de estudos uma data em que o período de 5 horas possa ser destacado (sem prejuízo das aulas e leituras) para a feitura dessa prova-simulada. Se organize separando alguns alimentos que podem ser consumidos rapidamente durante a prova, fornecendo energia extra para construir suas respostas. Não se esqueça da garrafa de água! Quanto aos materiais, somente podem ser consultados aqueles que são permitidos pelo edital.

Tudo organizado? O relógio já começou a marcar... Chegou a hora de con-quistar sua aprovação! Boa prova!

25.2. SIMULADOS 1

SIMULADO 1

Caso prático profissional

Jorge requereu vista de processo administrativo relativo a um contrato de aquisição de materiais de escritório por uma autarquia federal, a fim de obter in-

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Nathalia Masson

formações e documentos para instruir representação perante os órgãos de controle externo. O presidente da entidade, no entanto, recusou ontem o pedido de vista, ao argumento de que as condições contratuais não podem ser divulgadas a terceiros, razão pela qual tinha a incumbência de guardar confidencialidade.

Jorge resolve contratá-lo para propor a medida judicial cabível.

Na qualidade de advogado contratado por ele, aponte a peça cabível ao tema, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) funda-mentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural.

Questão 1

Sob o fundamento de ofensa à repartição constitucional de competências entre os entes da Federação, o Procurador-Geral da República propõe ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, tendo por objeto lei estadual editada em 2010 que complementa a disciplina de determinada matéria de direito urbanístico constante de lei federal editada em 2008. Conforme se depreende de elementos extraídos do processo, a lei estadual tem por finalidade atender as peculiaridades do Estado-membro, sem contrariar as normas gerais contidas na lei federal preexistente, a qual, contudo, não contém norma de autorização para que os Estados-membros legislem sobre a matéria.

Nessa hipótese, e nos termos da Constituição da República, responda:A) A quem pertence a competência para legislar sobre o tema? Poderia o

Estado ter editado referida lei? (Valor: 0,45)B) O STF deve conhecer a ADI? Avalie a partir dos critérios referentes à

legitimidade para a propositura e objeto da ação. E quanto ao mérito da ação, como deve se pronunciar o STF? (Valor: 0,50)

C) AGU e PGR serão acionados a se manifestar nesta ação direta? Com qual finalidade? (Valor: 0,30)

Questão 2

Renan é militar (integra as Forças Armadas desde 2009) e possui 27 anos. Nas eleições de 2016 pretende se candidatar ao cargo de Prefeito do Município de Juiz de Fora, em MG. Sua irmã gêmea, Renata, já é vereadora em referido Município desde 2012 e, em 2016, pretende se candidatar a reeleição. Sobre o caso narrado, responda justificadamente:

A) A candidatura de Renan em 2016 é constitucionalmente possível? (Valor: 0,40)

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Nathalia Masson

B) Nascido em Londres, mas residente no Brasil há vinte anos ininterruptos e sem ostentar qualquer condenação penal, Robert Scoot (37 anos de idade) requereu a nacionalidade brasileira que lhe foi concedida. Assim poderá ele exercer, dentre outros, os cargos de Senador e de Ministro do Supremo Tribunal Federal? Justifique e aponte o fundamento constitu-cional pertinente.

C) David é um brasileiro nato condenado pela justiça espanhola a pena de quinze anos de prisão, por ter participado de ato terrorista com o obje-tivo de fomentar a independência do país Basco, atualmente, uma das regiões da Espanha. Nessa situação hipotética, considerando que David se encontra no Brasil, o que ocorrerá se o governo espanhol solicitar sua extradição para fins de cumprimento da pena?

D) José, nascido em Lisboa – Portugal, é filho de um português com uma brasileira que se mudou para Portugal em busca de melhores oportuni-dades de trabalho. Ao atingir a idade adulta, José ingressou na carreira diplomática, tendo recebido como primeiro posto no exterior o cargo de terceiro secretário na embaixada de Portugal no Brasil. No Brasil, conhe-ceu uma brasileira de nome Márcia, com quem se casou. Dessa união, nasceu, no Brasil, um menino, batizado Ronaldo. Nos termos da Carta Magna Brasileira de 1988, qual a nacionalidade de Ronaldo? Justifique e aponte o fundamento constitucional pertinente.

25.3. ESPELHOS DE CORREÇÃO DOS SIMULADOS

A) Espelho de correção SIMULADO 1

Caso prático profi ssional – Mandado de Segurança individual

Quesitos Avaliados Faixa de ValoresAtendimento

ao Quesito

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