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2016

2a edição

revista, ampliada e atualizada

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SOBRE A ORGANIZAÇ ÃO E AUTORIA

ORG ANIZ AD OR A

FLÁVIA CRISTINA MOURA DE ANDRADE• Procuradora Federal. Professora exclusiva do Damásio Educacional, ministrando aulas de Direi-

to Administrativo e Direito Previdenciário nos Cursos Preparatórios para Concursos Públicos e Exames da OAB. Coordenadora e autora de diversos livros jurídicos.

ORG ANIZ AD OR – NO ÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

JÚLIO CÉSAR FRANCESCHET• Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Mestre em Direito pela Universidade

do Estado do Rio de Janeiro. Doutor em Direito pela Universidade de São Paulo. Professor do Centro Universitário de Araraquara – UNIARA das disciplinas de Direito Civil – Direito das Sucessões – e de Direito Empresarial – Direito Societário. Autor e coordenador de diversas obras jurídicas.

ORG ANIZ AD OR – NO ÇÕES DE DIREITO ADMINISTR ATIVO – NO ÇÕES DE DIREITO PRE VIDENCIÁRIO

LUCAS DOS SANTOS PAVIONE• Procurador Federal. Coordenador e coautor de diversas obras jurídicas voltadas à preparação

para concursos públicos.

LÍNGUA POR TUGUESA

PAULA BARBOSA• Mestranda em Criminologia pela UCES – Universidad de Ciencias Empresariales Y Sociales, Buenos

Aires, Argentina. Especialista na área de Gramática Normativa, Literatura Brasileira e Linguística pela Universidade Federal da Bahia. Licenciada em Letras Vernáculas pela Universidade Católica do Salvador. Licenciada em Pedagogia pela UNICOC. Professora de Língua Portuguesa da Rede LFG-Anhanguera e do curso Juspodivm. Professora e Coordenadora de Língua Portuguesa do Colégio SartreCOC – Salvador. Professora do Curso Preparatório para Concursos Letrados. Coautora da coleção Carreiras Específicas Analista dos Tribunais Regionais do Trabalho, Técnico dos Tribunais Regionais Eleitorais, Técnico dos Tribunais Regionais do Trabalho, Polícia Federal, Analista de Técnico do MPU, Receita Federal.

M ATEM ÁTIC A E R ACIO CÍNIO LÓ GICO

DAMARES PAVIONE• Formada em engenharia civil pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Mestre em engenharia

civil pela Universidade Federal de Viçosa. Trabalhou como engenheira civil da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP). Engenheira civil do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA)

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TÉCNICO DO INSS – Doutrina • Volume Único6

NO ÇÕES DE INFOR M ÁTIC A

TALES FERREIRA DA COSTA• Administrador de Redes pelo SERPRO - Serviço Federal de Processamento de Dados. Formação

e diversos cursos relacionados à Tecnologia da Informação. Foi Analista de Suporte e telecom-puting pela CPM-Braxis. Agente de Registro ICP-Brasil – AC SERPRO/RFB. Atuando há mais de 13 anos nas áreas da Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

ATUALIDADES

RODOLFO M. A. GRACIOLI• Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

(UNESP), com especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação pela mesma insti-tuição. Professor de Sociologia, Filosofia, Geopolítica e Atualidades de instituições particulares de ensino e cursos on-line especializados em concursos públicos.

ÉTIC A NO SERVIÇO PÚBLICO - REGIME JURÍDICO ÚNICO

BRUNO VERONEZE• Graduado em Gestão de Recursos Humanos, pós-graduando em Direito do Trabalho, Servidor

Público Federal há 10 anos no INSS, há 7 anos Gestor Público.

NO ÇÕES DE DIREITO PRE VIDENCIÁRIO

OTACÍLIO DE ANDRADE SILVA JÚNIOR• Graduado em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba – UEPB. Procurador Federal atuante

na defesa do INSS.

COL ABOR AÇ ÃO

RENATA DOS SANTOS RODRIGUESAdvogada. Pós-Graduada em Direito Privado pela Universidade Cândido Mendes – UCAM

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APRESENTAÇ ÃO

É com enorme satisfação que apresentamos este livro que reúne, com clareza e objetividade, o conteúdo exigido nos concursos públicos para o cargo de TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL.

Sabemos que o estudo do Direito, especialmente para aqueles que não possuem formação específica, costuma revelar-se desafiador e, muitas vezes, complexo. No caso do concurso para o cargo de TÉCNICO DO INSS, normalmente são exigidas matérias muito diversificadas (raciocínio lógico e matemática, língua portuguesa, noções de direito constitucional e de direito administrativo, noções de informática, conhecimentos sobre seguridade social, regime jurídico único, ética no serviço público, entre outras), pertencentes a áreas distintas do conhecimento.

O candidato, nestes casos, muitas vezes não sabe por onde começar seus estudos e sente-se, verdadeiramente, ‘perdido’ diante de todo o conteúdo apresentado no Edital, encontrando grande dificuldade para sistematizar todas as matérias e otimizar seu tempo.

Pensando nestas e noutras dificuldades e, ainda, valendo-nos da experiência anterior com a obra Exame OAB – Doutrina volume único, também publicada pela EDITORA JUSPODIVM, conhecida nacional e internacionalmente por seu compromisso com a qualidade, apresentamos TÉCNICO DO INSS – Doutrina volume único, uma obra completa, sistematicamente ela-borada por especialistas, verdadeiros estrategistas em concursos públicos.

O principal objetivo da obra foi reunir, de forma clara, concisa e didática, todas as discipli-nas presentes no concurso público para o cargo de TÉCNICO DO INSS, aliado a um método bastante didático de apresentação dos diversos temas.

Não se trata de um mero resumo, mas sim de uma obra cuidadosamente pensada, a fim de permitir o máximo aproveitamento, por meio de um estudo estratégico, e, por consequência, o melhor resultado.

Os autores, após criteriosa análise de concursos públicos anteriores para o cargo de TÉC-NICO DO INSS, exploraram questões, permitindo, assim, que o leitor possa conhecer da técnica empregada pelos examinadores. Além disso, foram usados diversos recursos didáticos, favorecendo-se a rápida absorção da matéria e potencialização dos estudos.

Tivemos por objetivo, portanto, reunir todo o conteúdo necessário ao estudo em uma única obra, valendo-nos de técnica diferenciada capaz de otimizar o tempo do candidato, ma-ximizando os resultados.

Além disso, focamos, com fundamento na análise de provas anteriores, naquilo que se revela fundamental ao resultado desejado, proporcionando, ainda, uma leitura direta, concisa e clara a fim de possibilitar toda a compreensão necessária, especialmente no que diz respeito às matérias jurídicas, mesmo para aqueles que não possuem formação específica.

Trata-se, pois, de uma obra diferenciada que, além dos pontos acima ressaltados, reúne vários tópicos de suma importância na preparação de nossos leitores, quais sejam:

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TÉCNICO DO INSS – Doutrina • Volume Único8

MUITA ATENÇÃO!

MUITA ATENÇÃO!

O servidor público estável só perderá o cargo:

1. Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

2. Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

3. Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

Há determinados pontos em cada matéria que são frequentemente abordados em concursos públicos, tornando-se repetitiva sua incidência. E, muitas vezes, estes pontos são abordados de maneira bastante sutil, de modo que os candidatos mais desatentos acabam cometendo erros que levam à perda de pontos importantes. Por isso, nesta seção os autores destacaram os tópicos que demandam maior cuidado e atenção, alertando o leitor acerca de sua manifesta importância.

QUESTÃO

? QUESTÃO: Quais são as diferenças entre plebiscito e referendo?

RESPOSTA: O referendo e o plebiscito decorrem do direito de sufrágio e são expressão da soberania popular, conforme destacado acima. O plebiscito tem caráter consultivo prévio, podendo se referir a uma medida administrativa ou lei em sentido estrito. A decisão do plebiscito poderá ser ou não vinculante ao legislador. O referendo não tem natureza con-sultiva, mas sim decisória acerca de certa medida legislativa ou administrativa já tomada pelo Poder Público. O referendo presta-se a dar vigência ou eficácia à norma. A autorização para realização de referendo e convocação para plebiscito é de competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49, XV, CF/88), mediante decreto legislativo.

A fim de se alcançar um diálogo mais claro e dinâmico com o leitor, foram inseridas algu-mas perguntas e respostas ao longo do texto. Esta metodologia auxilia o leitor na compreensão de temas mais complexos e, sobretudo, na fixação de pontos chave, imprescindíveis ao estudo de certos tópicos.

FIQUE POR DENTRO!

FIQUE POR

DENTRO:

“Prisão do depositário infiel”

Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia (art. 5º, inc. LXVII da CF). O STF

não mais admite a prisão do depositário infiel em razão do Pacto de São José

da Costa Rica e da prevalência dos direitos humanos.

Neste sentido, a fim de espancar qualquer divergência doutrinária e jurisprudencial, o STF editou a Súmula Vinculante de nº 25 com a seguinte redação: “é ilícita a prisão civil do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”.

Para saber mais: cf. CUNHA JUNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 5. ed., Salvador: Editora Jus Podivm, 2015.

Certos temas polêmicos são também apresentados aos leitores de forma rápida e precisa, alertando-os, assim, para a sua existência. O objetivo não é fornecer todos os elementos que

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9Apresentação

cercam alguns temas controvertidos, mas sim permitir que o leitor deles tenha conhecimento a fim de que possa se precaver, evitando surpresas desagraváveis no concurso público.

EM RESUMO

EM RESUMO: DIREITOS POLÍTICOS

Direitos

Políticos

Participação do cidadão nos negócios políticos do Estado.

Espécies

de direitos

políticos

Direito de votar (capacidade eleitoral ativa) e direito de ser votado (capacidade eleitoral passiva).

A iniciativa popular, o referendo, o plebiscito e a ação popular são também formas de manifestação dos direitos políticos.

SufrágioDireito público subjetivo, de natureza política, que tem a pessoa humana de participar ativa ou passivamente da organização do Estado.

A utilização de palavras-chave contribui para a absorção dos pontos principais, au-xiliando na fixação da matéria. Assim, visando otimizar os estudos, proporcionando o máximo aproveitamento, foram elaborados “quadros resumo” com o objetivo principal de condensar os principais tópicos expostos, contribuindo para a compreensão e absorção dos temas apresentados.

DICA IMPORTANTE

DICA

IMPORTANTE

A leitura dos artigos 12 e 13 da Constituição Federal revela-se imprescindí-vel, especialmente o §3º do art. 12 que trata dos cargos que só poderão ser ocupados por brasileiros natos.

O objetivo desses quadros, denominados DICA IMPORTANTE, é chamar a atenção do candidato para aqueles pontos que merecem especial cuidado. A experiência tem demonstrado que alguns temas são exigidos com maior frequência. Assim, os autores, atentos aos concursos anteriores, apontaram aquilo cuja leitura deve ser reforçada.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

• ALEXANDRINO, Marcelo e PAULO, Vicente. Direito Constitucional Descomplicado. Rio de Janeiro: método.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

• CUNHA JUNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. Salvador: Juspodivm.

• FERREIRA FILHO, Roberval Rocha. Principais Julgamentos do STF. Salvador: Juspodivm.

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TÉCNICO DO INSS – Doutrina • Volume Único10

Embora completa, diferenciada e estrategicamente elaborada, não deixamos de indicar outras referências a fim de que o candidato, caso deseje, possa buscar outras fontes de conhecimento, sempre com vistas a alcançar o resultado desejado, qual seja, a APROVAÇÃO!!!

Por fim, queremos ressaltar que o candidato a concurso público deve ser um bom estrate-gista! O estudo deve ser estratégico a fim de otimizar o tempo e alcançar bons resultados. Foi pensando nisso tudo que elaboramos a presente obra, valendo-nos, como já dissemos, de exitosa experiência anterior com o Exame OAB – Doutrina volume único.

Por tudo isso, estamos certos de que esta obra contribuirá com os estudos daqueles que tanto desejam a aprovação no concurso público para o cargo de TÉCNICO DO INSS. Bons estudos!!!! Sucesso!!!

E, é claro: sugestões e críticas são sempre bem-vindas!

Bons estudos!

FLÁVIA CRISTINA

MOURA DE ANDRADE

LUCAS DOS SANTOS

PAVIONE

JÚLIO CÉSAR

FRANCESCHET

Twitter: @profaflavia Twitter: @lucaspavione

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27Capítulo I • MORFOLOGIA: Substantivo e seus modificadores

Língua Portuguesa – Paula Barbosa

C APÍTULO I

MORFOLOGIA: SUBSTANTIVO E SEUS MODIFIC ADORES

1. NOÇÕES GERAISA morfologia estuda os aspectos físicos das palavras (variável ou invariável) e suas classes

gramaticais. O substantivo é o núcleo nominal, ou seja, é o centro da sentença nominal. As classes que se relacionam com ele são artigo, adjetivo, numeral e pronome adjetivo. São chamadas de modificadores nominais ou adjuntos adnominais.

Resumindo:O grupo nominal é formado pelo substantivo (núcleo da sentença nominal) e pelos seus

modificadores: o adjetivo, artigo, numeral e pronome adjetivo. Isso significa que estas quatro classes existem, de modo geral, para modificar o sentido do substantivo. São, portanto, chamadas de modificadores nominais.

Observe:Sentença a: Malas sumiram.Sentença b: As minhas duas malas novas sumiram.Os termos “as”, “minhas”, “duas” e “novas” modificam o sentido do substantivo

“malas”. Poderíamos dizer que já não são quaisquer malas, e sim “as minhas duas” e “novas”. Vale ressaltar, inclusive, que essas classes concordam, em gênero e número, com o substantivo a que se referem e que são dispensáveis à estrutura sintática do período. Como são dispensáveis, tais termos são considerados acessórios.

Observe o esquema abaixo:

Pronome Adjetivo

Núcleo

Palavras Variáveis

Substantivo

Artigo

Adjetivo

Numeral

MODIFICADORES NOMINAIS

GRUPO NOMINAL

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TÉCNICO DO INSS – Doutrina • Volume Único28

DICA IMPORTANTE

Quando o enunciado faz referência à questão morfológica, refere-se à classe

gramatical à qual a palavra pertence. Quando o enunciado faz referência

à questão sintática, refere-se à função que a palavra desemprenha dentro

da sentença. Na sentença, “O homem idoso adoeceu”, morfologicamente os vo-cábulos são classificados, respectivamente, como artigo, substantivo, adjetivo

e verbo. Do ponto de vista sintático, os termos são classificados como adjunto

adnominal, núcleo do sujeito, adjunto adnominal e verbo intransitivo.

2. GRUPO NOMINAL

|A| Substantivo: dá nome aos seres. É a classe de palavras que exerce o maior número de funções sintáticas. Varia em gênero (masculino/feminino) e em número (singular e plural). Normalmente as palavras precedidas de artigo tornam-se substantivo.

Há uma classificação para os substantivos:

• Simples – possuem apenas um elemento. Ex.: casa, dinheiro, amor.

• Compostos - possuem mais de um elemento. Ex.: beija-flor, pé-de-moleque, girassol.

• Concretos – possuem existência independente. Ex.: mesa, ar, carteira, som.

• Abstratos – possuem existência dependente, ou seja, precisam de outros substantivos para que existam. Ex.: tristeza, amor, desejo, ambição.

• Comuns – nomeiam seres da mesma espécie. Ex.: cachorro, criança, animal.

• Próprios – nomeiam um elemento específico entre todos de mesma espécie. Ex.: Carlos, Brasília, Europa.

• Primitivos – não possuem origem em outra palavra, ou seja, não provêm de outro termo. Ex.: casa, fruta, menino.

• Derivados – possuem origem em outra palavra, ou seja, provêm de outro termo. Ex.: casebre, fruteira, meninice.

• Coletivos – designam conjunto de seres de mesma espécie. Embora apareçam no singular, indicam pluralidade de elementos.

Alguns substantivos mudam de valor semântico, ou seja, de sentido quando mudam de gênero.

Observe:

O cabeça (líder) / a cabeça (parte do corpo)

O moral (ânimo) / a moral (código ético)

O capital (dinheiro) / a capital (cidade)

O rádio (aparelho, elemento químico) / a rádio (emissora)

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29Capítulo I • MORFOLOGIA: Substantivo e seus modificadores

Língua Portuguesa – Paula Barbosa

MUITA ATENÇÃO!

Qualquer palavra pode ser substantivo. Para tanto, basta aparecer precedida de

artigo ou outro modificador. Ex.: O amar deixa o ser humano realizado.

Normalmente são masculinos os substantivos que admitem a anteposição do artigo “o”: o sapo; o dia; o cão; o amor. São femininos os substantivos que admitem a anteposição do artigo “a”: a mesa; a semana; a mulher; a proposta.

Os substantivos biformes apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: pai / mãe; mulher / homem; embaixador / embaixatriz.

Os substantivos uniformes apresentam a mesma forma para os dois gêneros: cobra, criança, estudante, criatura. Nessa categoria, há uma subdivisão:

CONCEITO EXEMPLOS

EpicenosDistinção é feita com as

palavras “macho” e “fêmea”.Onça

Borboleta

Comuns de doisDistinção é feita pelo emprego do artigo.

o pianista / a pianista

o cliente / a cliente

SobrecomunsDistinção é feita pelo contexto, pois o

determinante não varia.A vítima

A criatura

DICA IMPORTANTE

Os substantivos compostos variam de acordo com sua composição.

Observe:

1. Os substantivos compostos sem a presença do hífen variam como os substan-tivos simples. Ex.: planalto – planaltos; girassol – girassóis; rodapé – rodapés.

2. Em substantivos compostos formados por duas palavras variáveis, as duas são pluralizadas: Ex.: amor-perfeito / amores-perfeitos; guarda-civil / guardas-civis / primeira-dama / primeiras-damas.

3. Ficarão invariáveis os verbos, os advérbios e os prefixos que façam parte do substantivo composto. Ex.: guarda-chuva / guarda-chuvas; sempre-viva / sempre-vivas; vice-diretora / vice-diretoras.

4. Somente variará o primeiro elemento quando o substantivo composto pos-suir preposição. Ex.: pé-de-moleque / pés-de-moleque; pimenta-do-reino / pimentas-do-reino.

5. Se o segundo elemento indicar a finalidade do primeiro, apenas o primeiro varia. Ex.: navio-escola / navios-escola; decreto-lei / decretos-lei.

|B| Adjetivo: termo que qualifica ou caracteriza o substantivo. Normalmente, concorda, em gênero e número, com o substantivo ao qual se refere.

Observe:

Os alunos jovens mais exaltados criticaram muito a atitude do professor exigente.

Os termos “jovens” e “exaltados” caracterizam o substantivo “alunos”; o termo “exigente” caracteriza o substantivo “professor”. São classificados, portanto, como adjetivos.

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TÉCNICO DO INSS – Doutrina • Volume Único30

MUITA ATENÇÃO!

A posição que o adjetivo ocupa em relação ao substantivo pode determinar

seu valor semântico, ou seja, o seu sentido.

Ex.: Um país grande nem sempre é um grande país.

Na 1ª ocorrência, “grande” faz referência a extensão; na 2ª, faz referência a im-portância e desenvolvimento.

DICA IMPORTANTE

Os adjetivos podem aparecer em forma de locução adjetiva, ou seja, é possível atribuir uma característica ao substantivo através de uma expressão preposicio-nada (preposição + substantivo). Vejamos:

Cadeira de madeira

Lata de leite

Café com leite

Em alguns casos, é possível transformar a locução adjetiva em um adjetivo. Observe:

Dia de chuva = dia chuvoso

Amor de mãe = amor materno

Luz do sol = luz solar

Além da locução adjetiva, o adjetivo pode aparecer sob a forma de uma oração adjetiva (estrutura verbal que qualifica o substantivo). Vejamos:

O jovem que estuda tende a ser bem sucedido = O jovem estudioso tende a ser bem sucedido.

Encontrei os homens que criaram a máquina = Encontramos os homens criadores da máquina.

? QUESTÃO: Toda expressão preposicionada que se refere ao substantivo é locução adjetiva?

RESPOSTA: Não. É possível haver uma expressão preposicionada que se refira ao substantivo e que não o modifique, ou seja, que não seja uma locução adjetiva (adjunto adnominal). Algumas expressões preposicionadas completam o substantivo, e funcionam como com-

plemento nominal. Esse caso só ocorre quando o substantivo é abstrato, pois, quando o substantivo é concreto, a expressão preposicionada é sempre modificadora, ou seja,

adjunto adnominal.

Quando os adjetivos assumem a condição de substantivos, eles são classificados como adje-tivos substantivados, ou simplesmente são chamados de palavras substantivadas, afinal passaram pelo processo de substantivação. De igual modo, um substantivo pode aparecer caracterizando, sendo classificado como adjetivo.

Observe:

1) “... não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor...” (M. de Assis)

Na expressão “autor defunto”, o termo “autor” é o substantivo; “defunto” equivale a “morto” ou “que morreu”, possui função adjetiva. Na expressão “defunto autor”, o termo “defunto” é o substantivo, o ser de quem se fala; “autor” equivale a “escritor” ou “que escre-ve”. É o adjetivo.

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31Capítulo I • MORFOLOGIA: Substantivo e seus modificadores

Língua Portuguesa – Paula Barbosa

Explicando: ... não sou um autor que morreu, mas um morto que escreve...

2) No título “o velho e o mar”, o termo “velho” não é adjetivo; é um substantivo, pois substitui o substantivo. No verso “um velho calção de banho” (Vinícius de Moraes), o mesmo vocábulo funciona como adjetivo, pois caracteriza “calção”.

O adjetivo pode variar em gênero, número. Observe:

1) O adjetivo concorda com o substantivo, em gênero (masculino /feminino) e em nú-mero (singular /plural). Há, entretanto, alguns adjetivos que são invariáveis como simples, piegas.

2) Os adjetivos podem ser simples (belo), compostos (socioeconômico), primitivos (fácil) e derivados (bondoso).

3) Quando se pluraliza um adjetivo composto, apenas o último elemento é flexionado: seminários luso-franco-brasileiros; blusas verde-claras.

4) Não há variação em cores que remetam a substantivos: calças rosa, blusas laranja.

5) Quando, nos adjetivos compostos, o segundo elemento de uma cor for um substantivo, não haverá variação: camisas amarelo-ouro; meias verde-limão.

6) No adjetivo composto “surdo-mudo”, os dois elementos são pluralizados: surdos-mu-dos.

7) Os adjetivos que fazem referência a continentes, países, cidades ou regiões são chamados de pátrios: europeu, brasileiro, baiano, nordestino.

|C| Artigo: classe gramatical variável, que modifica o substantivo, determinando-o ou indeterminando-o. O artigo concorda com o substantivo em gênero e em número.

Os artigos podem ser definidos (o, a, os, as) ou indefinidos (um, uma, uns, umas).

Observe:

O homem encontrou uma criança sozinha em um ônibus.

MUITA ATENÇÃO!

O artigo tem o poder de substantivar um vocábulo que não é substantivo.

Ex.: O como possui diferentes funções na gramática.

Através do artigo, é possível determinar se o substantivo invariável está no singular ou no plural; se é masculino ou feminino.

Ex.: A jornalista fotografou os ônibus na avenida central.

Em determinadas construções, o artigo adquire um caráter de adjetivo, pois atribui característica e importância ao substantivo.

Ex.: “Ele se sente o professor!” – A ideia trazida pela presença do artigo é de “professor diferente”, “único”.

Após os pronomes relativos “cujos, cujas, cujos, cujas”, não se utiliza artigo.

Ex.: O homem cujo sonho é ser feliz precisa lutar muito.

O artigo indefinido “um” não deve ser confundido com o numeral “um”. Quando for um numeral, ele virá determinado pelo vocábulo “único”, “apenas”, “somente”.

Ex.: Apenas um aluno faltou à aula. (numeral)

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TÉCNICO DO INSS – Doutrina • Volume Único32

|D| Numeral: Classe de palavras que indica quantidade exata de seres ou a posição que esses seres ocupam em uma série. Os numerais cardinais indicam quantidade; os ordinais indicam a ordem dos seres; os multiplicativos indicam o aumento proporcional da quantidade; os fracionários indicam a diminuição proporcional da quantidade.

Observe:

Dez alunos da turma ocuparam as primeiras posições na lista de aprovados no concurso.

DICA IMPORTANTE

A palavra “meio”, quando equivale a “metade”, é numeral fracionário e é variável.

Ex.: São quatro horas e meia; preciso comer meio mamão.

O numeral ambos pode ser colocado anteposto ou posposto ao substantivo.

Os vocábulos últimos, penúltimos, anterior, posterior, derradeiro, embora exprimam posição, são considerados adjetivos.

? QUESTÃO: Está correto construir expressões como “meia cansada” ou “meia triste”?

RESPOSTA: Não. Nesses casos o termo “meio” funciona como advérbio. Como o advérbio é uma palavra invariável, quando aparece, não sofre mudança de gênero ou de número. Vale lembrar que o advérbio se refere ao verbo, ao adjetivo e ao próprio advérbio. Quando o termo “meio” é pronome ou é substantivo, varia. Ex.: Não empregue meias palavras.

|E| Pronome adjetivo: O pronome é uma palavra variável que acompanha (PRO-NOME ADJETIVO) ou substitui (PRONOME SUBSTANTIVO) o substantivo. Os pronomes que funcionam como adjunto adnominal, ou seja, que modificam o substantivo são os pronomes adjetivos. Os demais assumem as funções do subs-tantivo, ou seja, são o próprio substantivo.

Observe:

Alguns profissionais da vila encontraram motivos para produzirem um discurso mais agressivo, entretanto eles não conseguiram o apoio dos moradores.

Perceba que foram destacados dois pronomes. Enquanto o pronome “alguns” acompanha o substantivo “profissionais”, o pronome “eles” substitui o mesmo termo. Desse modo, o pri-meiro exerce a função de modificar o substantivo enquanto o segundo exerce a função que o substantivo exerceria se estivesse ali.

MUITA ATENÇÃO!

Os pronomes oblíquos “me, te, lhe, nos, vos”, quando podem ser substituídos

por um pronome possessivo, exercem função modificadora, ou seja, de ad-

juntos adnominal. Vejamos: “Sem um porquê, os marginais tiraram-lhe a vida”. A sentença apresentada equivale a “Sem um porquê, os marginais tiraram a sua vida”. Nesse caso, diz-se que o oblíquo possui função possessiva.

Os pronomes adjetivos demonstrativos localizam os seres no espaço e no tempo, utilizando como referência as próprias pessoas do discurso.

|E.1| Este(s), esta(s), isto – indicam seres próximos a quem fala. Comumente são empregados atrelados ao advérbio “aqui”. Quanto à questão temporal, referem-se ao presente. Na escrita, referem-se ao que ainda será dito (recurso catafórico).

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33Capítulo I • MORFOLOGIA: Substantivo e seus modificadores

Língua Portuguesa – Paula Barbosa

Observe:

Este livro aqui é muito bom.

Este momento é muito importante para mim.

A questão complicada é esta: você não resolve as pendências do escritório.

|E.2| Esse(s), essa(s), isso - indicam seres próximos ao receptor, ao interlocutor. Co-mumente são empregados atrelados ao advérbio “aí”. Quanto à questão temporal, referem-se ao passado. Na escrita, referem-se ao que foi dito (recurso anafórico).

Observe:

Esse livro aí é muito bom.

No ano passado, entrei na faculdade. Esse momento marcou minha vida.

Eu não gosto de ler; isso é muito ruim.

|E.3| Aquele (s), aquela (s), aquilo - indicam seres distantes de locutor e inter-locutor. Comumente são empregados atrelados ao advérbio “lá”. Quanto à questão temporal, referem-se a um passado distante e indefinido. Na escrita, pode ser utilizado com “este”: Este indica o ser mais próximo; aquele indica o ser mais distante.

? QUESTÕES: 1) O que são recursos anafóricos?

RESPOSTA: São recursos de retomada de ideia ou de termos dentro dos textos. Quando se cita uma ideia e depois se faz referência a ela através de um pronome, utiliza-se um recurso anafórico. Observe: “O homem é um ser racional. Isso faz dele um ser diferenciado".

? 2) E os recursos catafóricos?

RESPOSTA: São recursos de antecipação do que ainda será dito. Observe: O problema do Brasil é este: corrupção.

FIQUE POR

DENTRO:

“MODIFICADORES NOMINAIS”

São os termos que atribuem um detalhe dispensável ao nome (substantivo). Nas questões aparecem como modificador do nome, especificador do nome ou, ainda, adjunto adnominal. Podem aparecer preposicionados ou não. Con-fundem quando aparecem preposicionados. Nesse caso, é necessário observar se tal termo faz referência ao substantivo concreto ou ao substantivo abstrato. Caso a expressão regida de preposição se refira ao substantivo abstrato, será adjunto adnominal (modificador nominal) se funcionar como agente da

ação nominal. Observe: O ataque da polícia deixou a população indignada. O termo “da polícia” funciona como agente do “ataque”; modifica, portanto,

o sentido do substantivo “ataque”. Caso a expressão funcione como paciente

da ação nominal, funcionará como complemento nominal. Se o substantivo for concreto, toda expressão preposicionada será adjunto adnominal.

Para saber mais: cf. Almeida, Nilson Teixeira de. Gramática da Língua Portu-

guesa para concursos, vestibulares, ENEM, colégios técnicos e militares. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

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TÉCNICO DO INSS – Doutrina • Volume Único34

EM RESUMO:

Substantivo e seus modificadores

O que sãoO núcleo nominal (substantivo) e seus adjuntos adnominais (artigo, adjetivo, numeral e pronome adjetivo).

FunçõesO substantivo exerce muitas funções sintáticas; os modificadores do substantivo são acessórios e podem ser retirados.

CaracterísticasNormalmente, variam em gênero (masculino e feminino) e em nú-mero (singular e plural).

Semântica

Os modificadores do substantivo produzem detalhes semânticos à estrutura textual (valor de posse, quantidade, atributo, estado, generalização).

MorfossintaxeA classe gramatical é a função morfológica; modificadores do nome ou adjunto adnominal é função sintática.