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  • EDIO DE

    APECA

    Este trabalho s foi possivel, em tempo til, com a colaborao do meu scioDr. Antnio Rodrigues Neto e dos meus colaboradores Davide Ribeiro, Celestino

    O TRABALHODE FECHO DE CONTASDE 2012

    Coordenadao: DR. JORGE MANUEL TEIXEIRA DA SILVA

    REVISOROFICIALDECONTAS

    Araujo, Fbio Pinho, Ricardo Macias, Joo Pedro Rino, Rui Matos e Joo Santiago.

    Jorge Silva

    ESTA EDIO DISPONIBILIZADA APENAS EM SUPORTE DIGITAL

  • Reproduo expressamente proibida, total ou parcialmente, sem autorizao escrita do Autor ou da APECA.

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    NDICE

    TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DE 2012

    1. PARTE ASPECTOS DA LEGISLAO COMERCIAL E FISCAL RELACIONADOS COM O FECHO E A PRESTAO DE CONTAS.

    1 Introduo 2 Obrigaes dos Comerciantes 3 Os Livros dos Comerciantes 4 Os documentos de Prestao de Contas e dever de apresentao e relatar a Gesto 5- As Convocatrias das Assembleias Gerais 6 Perda de metade do Capital 7 Deliberaes dos Scios 8 Deliberaes sobre as Contas 9 rgos de Administrao e Fiscalizao 10- Distribuio de Bens aos Scios 11 Lucros no distribuveis 12 Entidades sujeitas Reviso Legal

    2. PARTE ASPECTOS CONTABILISTICOS E FISCAIS

    Breves notas sobre: 1.1 - O Sistema de Normalizao Contabilstica 1.1.1 A transio POC/SNC 1.1.2 A Estrutura Conceptual 1.1.3 As Bases p/ apresentao das Demonstraes Financeiras 1.1.4 As NCRF, NCRFPE, NCM e a N ESNL 1.1.5 Resumo das Demonstraes Financeiras a apresentar

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    1.2-O regime de preos de transferncia

    2 O Trabalho de Fecho de Contas propriamente dito

    2.1 Meios Financeiros Lquidos 2.1 Contas a receber e a pagar 2.3 Pessoal 2.4 Estado e Outros Entes Pblicos 2.5 Financiamentos Obtidos 2.6 Scios 2.7 Acrscimos de Rendimentos, Acrscimos de Gastos e Diferimentos 2.8 Provises, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 2.9 Inventrios 2.10 Ativos Biolgicos 2.11 Investimentos Financeiros 2.12 Propriedades de Investimento, Depreciaes e Perdas por Imparidade 2.13 Ativos Fixos Tangveis, Depreciaes e Perdas por Imparidade 2.14 Ativos Intangveis, Depreciaes e Perdas por Imparidade 2.15 Ativos No Correntes Detidos p/Venda 2.16 Rdito e Contratos de Construo 2.17 Subsdios do Governo

    2.18 Programa de Trabalho p/Encerramento de Contas de 2012 2.19 Anexos: 2.19.1- Criao lquida de Postos de Trabalho 2.19.2- Circular n 24/91 da DGCI- Regime das rendas devidas pelo aluguer

    sem condutor das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas 2.19.3- Esclarecimentos s/ Perdas de Imparidade em Clientes 2.19.4- Coeficientes de Desvalorizao da Moeda a utilizar em 2011 2.19.5- Taxas de Cmbio a utilizar em 31-12-2012 2.19.6- Taxas de Derrama a aplicar relativamente a 2012 2.19.7- Lista de Pases, Territrios e Regies com regime de tributao claramente mais favorvel

    2.19.8-Circular n 6/2011 2.19.9-Circular n 7/2011

    3. PARTE (A disponibilizar pela APECA-Trabalho do Dr. Joaquim Alexandre Silva)) 3 - ASPECTOS FISCAIS DO FECHO DE CONTAS DE 2011

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    3.1 Apuramento do Lucro Tributvel 3.2 A determinao da Matria Coletvel 3.3 O Clculo do Imposto 3.4 Benefcios Fiscais 3.5 Depreciaes e Amortizaes 3.6 Provises /Perdas por Imparidade 3.7 Diferimentos 3.8 Ajudas de Custo e Subsdios de Deslocaes 3.9 Dissoluo Liquidao de Sociedades 3.10 Declarao Mod.22 e seus anexos

    4. PARTE INVENTRIO PERMANENTE E SUAS IMPLICAES

    1 Critrios Valorimtricos Aplicveis s Existncias 1.1 Sistema de Normalizao Contabilistica I Enquadramento II Mensurap 1.2 Cdigo do IRC 1.2.1 Aspectos Gerais 1.2.2. Obras de Carcter Plurienal 2 O sistema de inventrio permanente no S.N.C. (DL n 158/09 de 13/07) 3 Consequncias da no implementao do Sistema de Inventrio Permanente 4 Breves Noes de Contabilidade Analtica 4.1 Custos, Gastos, Despesas, Pagamentos e Proveitos, Receitas e Recebimentos 4.2 Custos e as Funes da Empresa 4.3 Custos dos Produtos e Custos do Perodo 4.4 O Custo e os Produtos 4.4.1 Componentes do Custo Industrial 4.4.2 A Hierarquia dos Custos 4.5 Custos Fixos e Variveis 4.6 Mtodos de Apuramento de Custos I Mtodo Directo II Mtodo Indirecto ou de Custos por Processos 4.7 Sistemas de Custeio 4.7.1 Momentos do Clculo 4.7.2 Tratamento de Custos 4.7.2.1 Custeio por Absoro ou Custeio Racional 4.7.2.2 Custeio Varivel

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    4.8 Determinao do Custo dos Resduos, Sub-produtos e Co-produtos 4.8.1 Custos dos Resduos 4.8.2 Sub-produtos 4.8.3 Co-produtos 4.9 Repartio e Imputao dos Custos 4.10 Custos Reais, Custos Bsicos ? 5 Custeio por Absoro versus Custeio Varivel 5.1 Descrio dos Sistemas 5.1.1 Custeio por Absoro 5.1.2 Custeio Varivel 6 Planificao Contabilstica 6.1 Formas de Articulao I Monista Radical II Sistema nico Diviso III Sistema Duplo Contabilstico IV Sistema Duplo Misto 6.2 Plano de Contas Propostos I Proposta de Plano de Contas de Contabilidade Analtica para Empresas de Construo Civil II Proposta de Plano de Contas de Contabilidade Analtica para Outras Empresas Industriais 7 Exemplos Prticos em Sistema de Inventrio Permanente 7.1- Empresa Comercial 7.2 Exemplo Prtico Sistema Dualista 8 Nota final Bibliografia

    5. PARTE IMPOSTOS DIFERIDOS (A disponibilizar muito brevemente)

    1 Relaes entre Contabilidade e Fiscalidade 1.1 Normas Contabilsticas e Normas Fiscais 1.2 Diferenas entre o Lucro Tributvel e o Lucro Contabilstico 1.3 Diferenas Permanentes ou Definitivas 1.4 Diferenas Temporrias 1.4.1- Diferenas Temporrias Tributveis 1.4.2 Diferenas Temporrias Dedutveis 2 Natureza do Imposto sobre Lucros. Os Mtodos de Contabilizao 2.1 O Imposto s/ os Lucros Gasto do Exerccio ou Distribuio de Resultados 2.2 Mtodos de Contabilizao

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    2.2.1 Mtodo do Imposto a Pagar 2.2.2. Mtodos de Contabilizao dos Efeitos Tributrios 2.2.2.1 O Mtodo do Diferimento 2.2.2.2 Mtodo da Dvida 2.2.2.2.1 Mtodo de Dvida Baseado na Demonstrao de Resultados 2.2.2.2.2- Mtodo da Dvida Baseado no Balano 2.2.2.3 O Mtodo do Valor Lquido de Imposto 3 Reconhecimento e Mensurao dos Ativos e Passivos por Impostos Diferidos 4 Tratamento Contabilstico dos Impostos Diferidos 5 Prejuzos Fiscais 5.1 Regime Fiscal dos Prejuzos 5.2 Tipos de Reporte de Prejuzos Fiscais 5.3 Natureza de Direito de Compensao de Perdas Fiscais 5.4 O Clculo e Contabilizao de Efeito Tributrio da Compensao 6 Apresentao e Divulgao e Regime Transitrio 6.1 Apresentao 6.2 Divulgao 6.3 Disposies Transitrias 7 Concluses 8 Exemplos Prticos Principais situaes em Portugal 8.1 Exemplo de Diferena Temporria Tributvel 8.2 Exemplos de Diferenas Temporrias Dedutveis 8.3 Ajustamentos de dvidas a receber 8.4 Exemplos de diferenas temporrias tributveis 8.5 Regime Transitrio 8.6 Prejuzos Fiscais 9 - Bibliografia

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    1. PARTE

    ASPECTOS DA LEGISLAO COMERCIAL

    RELACIONADA COM O TRABALHO DE FECHO DE CONTAS DE 2012

    DR. JORGE MANUEL TEIXEIRA DA SILVA REVISOR OFICIAL DE CONTAS

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    ASPECTOS DA LEGISLAO COMERCIAL RELACIONADA COM O TRABALHO DE ENCERRAMENTO DAS

    CONTAS DE 2012

    1 - INTRODUO 1

    I) QUEM COMERCIANTE 1. As pessoas que tendo capacidade para praticar actos de comrcio, fazem deste profisso, e

    2. As sociedades comerciais (Art. 13 do Cdigo Comercial). Portanto, os requisitos para a qualificao so:

    No caso de Comerciantes Individuais: a) - Ter capacidade Comercial. b) - Exercer a profisso de comrcio. d) - Exercer o comrcio em nome prprio. No caso de Sociedades Comerciais, para que ela tenha a qualificao de comerciante

    necessrio: a) - Ter um objecto comercial: Prtica de actos de comrcio. b) - Adoptar um tipo de forma referido no n. 2 do Art. 1 do Cdigo das Sociedades Comerciais: Sociedade em nome colectivo. Sociedade por quotas. Sociedades annimas. Sociedades em comandita. Sociedade unipessoal por quotas.

    Quanto responsabilidade dos scios, as sociedades comerciais podem classificar-se em: a) Sociedades de responsabilidade ilimitada (em nome colectivo); b) Sociedades de responsabilidade limitada (annimas e por quotas plurais e unipessoais); c) Sociedades de responsabilidade mista (em comandita, simples e por aces).

    Esta classificao auxilia-nos a distinguir as sociedades comerciais umas das outras. Isto porque a responsabilidade dos scios uma caracterstica fundamental a atender, e pode mesmo dizer-se que, volta dela, gira toda a organizao das sociedades.

    Para comprovar este facto, basta-nos considerar que o nome pelo qual toda a sociedade designada no exerccio do comrcio - a sua firma - deve dar sempre a conhecer a responsabilidade que os scios tomam pelas obrigaes assumidas pela sociedade. (sobre os requisitos da firma ver

    1 A exposio deste ponto 1) segue, na sua parte inicial, de perto a obra Lies de Direito Comercial 12 Edio, Rei dos Livros.

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    art. 10 do C.S.C.) Neste sentido, nas sociedades em nome colectivo, a firma deve incluir a expresso e Companhia ou qualquer outra que indique a existncia de outros scios, como seja e Sucessores (art. 177 do C.S.C.); nas sociedades por quotas, a firma deve incluir, em todos os casos, as palavras responsabilidade limitada ou simplesmente limitada (Lda), nos termos do art. 200 do C.S.C.; nas sociedades, annimas, a firma deve incluir a expresso Sociedade Annima ou simplesmente as iniciais S.A., de acordo com preceituado no art. 275 do C.S.C.; nas sociedades em comandita, a firma formada pelo nome ou firma de um, pelo menos, dos scios comanditados e o aditamento em Comandita ou Comandita, em Comandita por Aces ou Comandita por aces (art. 467 do C.S.C.).

    O Decreto-Lei n. 257/96 de 31 de Dezembro, veio permitir a criao de sociedades unipessoais por quotas, tendo aditado ao Cdigo das Sociedades Comerciais os art.os 270-A, 270-B, 270-C, 270-D, 270-E, 270-F e 270-G.

    A este tipo de sociedades aplicam-se as normas que regulam as sociedades por quotas, excepto as que pressupem a pluralidade dos scios.

    A sociedade unipessoal por quotas constituda por um nico scio, pessoa singular ou colectiva, que titular da totalidade do capital social (n. 1 do art. 270-A do C.S.C.). A firma destas sociedades deve ser formada pela expresso sociedade unipessoal ou pela palavra unipessoal limitada ou unipessoal Lda..

    Pode tal tipo de sociedades resultar de: constituio inicial com um nico scio, transformao da sociedade por quotas com vrias quotas cujo nmero de scios se reduz a

    um,

    transformao de EIRL (Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada). Por outro lado o scio da sociedade unipessoal por quotas pode modificar esta sociedade em sociedade por quotas plural atravs de diviso e cesso de quota ou aumento de capital com entrada de novo scio.

    Importa referir ainda, outros aspectos caracterizadores deste novo tipo de sociedade: uma pessoa singular s pode ser scia de uma nica sociedade unipessoal por quotas; uma sociedade por quotas no pode ter como nico scio uma sociedade unipessoal por quotas; nas sociedades unipessoais por quotas o scio nico que exerce as competncias da

    assembleia geral, e as suas deliberaes por si tomadas devem constar de acta por ele assinada;

    os negcios entre o scio nico e a sociedade unipessoal por quotas devem observar a forma escrita;

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    os documentos de que constam os negcios jurdicos entre o scio e a sociedade, devem ser patenteados conjuntamente com o relatrio de gesto e os documentos de prestao de contas, podendo ser consultados por qualquer interessado na sede social;

    a violao das normas referidas sobre negcios entre o scio e a sociedade, implica a sua nulidade e responsabiliza ilimitadamente o scio.

    De referir ainda que a sociedade unipessoal por quotas uma pessoa colectiva, e portanto sujeita a tributao do rendimento em sede do IRC. O mesmo no acontece em relao ao EIRL (Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada), que sendo um patrimnio autnomo destacado do patrimnio particular do comerciante, est sujeito a tributao do rendimento em sede de IRS.

    Depois desta breve referncia s sociedades unipessoais por quotas, importa analisar a responsabilidade dos scios nos diversos tipos de sociedades. Assim:

    Sociedades em nome colectivo

    A responsabilidade de todos os scios perante as dvidas da sociedade subsidiria, solidria e ilimitada.

    Diz-se subsidiria porque os scios respondem pelas dvidas sociais depois de executado todo o patrimnio da prpria sociedade; s no caso de insuficincia patrimonial das sociedades que os scios so pessoalmente responsveis.

    solidria porque os credores da sociedade, depois de executados os bens sociais, podem exigir a todos ou, a qualquer um dos scios o pagamento das dvidas da sociedade. No caso do credor exigir o pagamento a um dos scios, este ter direito de regresso contra os outros scios.

    A responsabilidade ilimitada porque os scios respondem, no caso de insuficincia patrimonial da sociedade, com todo o seu patrimnio pessoal, pelas dvidas sociais (art. 175 C.S.C.).

    Sociedades por quotas

    A responsabilidade dos scios perante as dvidas da sociedade limitada ao valor das suas quotas mas poder ser, igualmente, solidariamente responsveis pelas entradas no realizadas.

    Embora limitada, pode estabelecer-se no contrato social que um ou mais scios respondem solidariamente com a sociedade at determinado montante para alm da sua quota, ou estabelecer-se que determinado scio responde, para alm do valor da sua quota, at certo montante. Esta responsabilidade tanto pode ser solidria com a da sociedade como subsidiria em relao sociedade e a efetivar apenas na fase de liquidao. Isto significa que poder haver scios que respondam em montante mais elevado que outros, mas, mesmo assim, a responsabilidade ser sempre limitada (art.os 197 n. 3 e 198 n. 1 do C.S.C.).

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    Sociedades unipessoais por quotas

    A responsabilidade do scio nico limitada ao capital subscrito . Contudo a no observncia das regras sobre os negcios jurdicos entre o scio e a sociedade unipessoal por quotas, implica a nulidade dos negcios e responsabiliza ilimitadamente o scio (n. 4 do art. 270-F do C.S.C.)

    Sociedades annimas

    So caracterizadas por a responsabilidade de cada scio (accionista) se limitar ao valor nominal das suas aces. Por outras palavras: s a sociedade responsvel pelas suas dvidas e cada scio responde individual e exclusivamente para com a sociedade pelo valor da sua entrada (art. 271. do C.S.C.).

    Sociedades em comandita

    No domnio da responsabilidade dos scios, tem como caractersticas o facto de existirem dois tipos de scios: os comanditados, que assumem a responsabilidade por dvidas nos mesmos termos dos scios das sociedades em nome colectivo, e os comanditrios, que respondem apenas pela sua entrada, mas no pelas dvidas da prpria sociedade (art. 465 do C.S.C.). Estas sociedades compreendem dois tipos: as sociedades em comandita simples e as sociedades em comandita por aces (art. 465 n. 3 do C.S.C.).

    2 - OBRIGAES ESPECIAIS DOS COMERCIANTES

    Nos termos do Art. 18 do Cdigo Comercial, os comerciantes so especialmente obrigados a: 1. - A adoptar uma firma; 2. - A ter escriturao mercantil; 3. - A fazer inscrever no registo os actos a ele sujeitos; 4. - A dar balano e a prestar contas.

    Estas obrigaes, que impendem sobre os comerciantes, so os meios de que a lei se serve para garantir o exerccio do comrcio em condies de equilbrio e segurana.

    Quais ento os fins primrios que se pretende atingir? So fundamentalmente trs: a) distinguir claramente os comerciantes uns dos outros, bem como os seus

    estabelecimentos e os seus produtos; (Isto consegue-se pela regulamentao da firma, nome de estabelecimento, marcas, etc.).

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    b) dar a conhecer, em qualquer altura, a situao econmica e financeira do comerciante, e fazer a prova das suas operaes;

    (Alcana-se este objectivo por meio da escriturao, balano e prestao de contas). c) dar publicidade a certos actos importantes que podem influir na vida mercantil dos

    comerciantes. (O registo comercial satisfaz esta necessidade). Teceremos breves notas sobre estas obrigaes especiais dos comerciantes j que elas servem de introduo aos temas abordados mais frente.

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    FIRMA 2

    Caracteres da firma

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    2 Extrado de pg. 114 e seguintes de Lies de Direito Comercial.

    3 No caso das Sociedades Unipessoais por quotas, a firma deve ser formada pela expresso Sociedade Unipessoal ou pela palavra

    Unipessoal antes da palavra Limitada ou abreviatura Lda.

    Todo o comerciante, singular ou sociedade, ser designado, no exerccio do seu comrcio, sob um nome comercial, que constituir a sua firma. A firma deve dar a conhecer, no s a pessoa ou pessoas que exercem o comrcio ou o negcio explorado, mas tambm a responsabilidade que essas pessoas tomam pelas suas obrigaes mercantis. E, assim, os aditamentos obrigatrios: C.a, Ct.a, Lda., S.A. Todo o comerciante, com legtimo direito ao uso da sua firma, pode impedir que outro adopte uma igual ou to semelhante que se preste a confuso.

    Obrigatoriedade

    Verdade ou sinceridade

    Exclusivismo

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    Comerciantes em nome individual (ou singulares): o nome completo ou abreviado.

    Modo de constituio Sociedades da firma Comerciais

    Firma

    Distino da Nome de firma quanto estabelecimento . Individualizam o a outras Insgnia de estabelecimento. designaes estabelecimento

    Marcas Individualizam o produto

    REGISTO COMERCIAL 4

    Importncia do registo e suas vantagens

    mbito do registo factos que abrange

    Modalidades do registo

    4 Extrado de pg. 114 e seguintes de Lies de Direito Comercial

    Firma propriamente dita, ou razo social: nomes de todos os scios, ou de um ou mais scios, com o aditamento explicativo da espcie de sociedade - C.a, Ct.a, Lda. - conforme se trate de soc. em nome colectivo, em comandita, ou por quotas.

    Denominao social ou particular: uma palavra ou conjunto de palavras que dem a conhecer, quanto possvel, o objecto da sociedade, e o aditamento Lda. ou S.A., conforme se trate de sociedade por quotas ou annimas.

    Individualiza o comerciante

    Nome com que o comerciante, em nome individual ou sociedade, exerce o seu comrcio.

    Serve para designar e tornar conhecido um estabelecimento. Serve tambm para identificar um estabelecimento e torn-lo conhecido.

    Marcas industriais - Servem para o industrial, o agricultor ou artfice assinalar os seus produtos, distinguindo-os de outros idnticos ou semelhantes.

    Marcas comerciais - Servem para o comerciante ou produtor assinalar os produtos do seu comrcio ainda que seja o produtor.

    Caractersticas da publicidade - que se exprime principalmente numa garantia para todos que contratam com os comerciantes.

    Organizao de um cadastro dos comerciantes - cadastro completo das sociedades comerciais, e dos comerciantes em nome individual, dado que o registo das suas firmas obrigatrio assim como dos factos mais importantes a eles respeitantes.

    Conhecimento dos actos mais importantes que podem condicionar a actividade mercantil - pois que obrigatria a inscrio desses actos.

    Efeito fundamental do registo - Os factos jurdicos sujeitos a registo s produziro efeitos contra terceiros desde a data do registo, e pela ordem por que este se ache feito.

    1. Depsito de Documentos Matricula 2. Inscries Averbamentos 3. Publicaes legais

    Registo provisrio - S produz efeitos durante certo tempo (6 meses), no fim do qual caduca, se no for convertido em definitivo. Tem lugar este registo para os actos que s mais tarde venham a realizar-se, ou quando haja dvidas sobre a legalidade dos documentos apresentados, e tambm no caso de falta de quaisquer formalidades ou do pagamento de quaisquer impostos, etc..

    Registo definitivo - Realizado na generalidade dos casos, sempre que se no verifiquem as circunstncias especiais que do lugar ao registo provisrio.

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    ESCRITURAO MERCANTIL 5

    Vantagens da escriturao

    Livros comerciais

    Sigilo da escriturao a regra e as excepes Excepes Prova nos tribunais que reveste duas formas:

    J que estamos a tratar, embora a ttulo de introduo, de uma obrigao dos comerciantes, que a de ter escriturao mercantil, parece pertinente aqui abordar quais os livros obrigatrios para os comerciantes e qual o perodo mximo de atraso em que tais livros podem estar.

    5 Extrada de pg. 114 e seg. de Lies de Direito Comercial.

    Registo das operaes do comerciante - permitindo determinar em qualquer momento (e, como regra, no fim de cada ano) a sua situao econmico-financeira e apurar os resultados (lucros ou prejuzos) do exerccio.

    Possibilidade de fazer prova, em tribunal, a favor ou contra o prprio comerciante, assim constituindo uma garantia da actividade mercantil.

    Carcter obrigatrio - que funciona, no s no interesse do prprio comerciante, como tambm das pessoas que com ele contratam, e, at, no interesse geral.

    Livros obrigatrios - para as sociedades: obrigatrio apenas o livros de actas (art 31 do Cod. Comercial).

    Livros facultativos - Ficam ao arbtrio do comerciante e podem revestir as mais variadas espcies, nomeadamente os livros: Caixa, Compras, Vendas, Armazm, Clientes, Fornecedores, Depsitos em Bancos, etc..

    O princpio do sigilo - Nenhuma autoridade, juzo ou tribunal pode mandar investigar se o comerciante tem ou no os seus livros devidamente arrumados (salvo Finanas, casos do Art. 43 do Cdigo Comercial e violao do direito a informao dos scios).

    Fiscalizao para efeitos fiscais - por parte dos servios de Finanas, que tm a faculdade de proceder a exames escrita dos comerciantes, para averiguarem sobre a regularidade no pagamento dos vrios impostos.

    Exibio (da escrita) - abrange os livros comerciais por inteiro, isto , torna pblica toda a escriturao do comerciante. feita no tribunal e s admissvel em casos especiais: falncia, sucesso universal e comunho ou sociedade.

    Exame ( escrita) - sempre parcial e diz respeito a pontos restritos que procuram esclarecer-se, designadamente os lanamentos efectuados em certa data e em certos livros. feito sempre no escritrio do prprio comerciante e na sua presena ou e quem represente (caso Peritagens).

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    3-OS LIVROS DOS COMERCIANTES

    Para alm da escriturao auxiliar efectuada de forma manual ou informatizada os comerciantes so obrigados a possuir livros obrigatrios, no s pela legislao comercial mas tambm pela legislao fiscal.

    Este um dos pontos onde a legislao comercial complementada pela legislao fiscal. Vejamos ento, e utilizando tambm alguma terminologia fiscal, quais os livros obrigatrios para os comerciantes.

    I) SUJEITOS PASSIVOS EM NOME SINGULAR

    Nos termos do art 28 do CIRS, a determinao dos rendimentos empresariais e profissionais faz-se:

    a)Com base na aplicao das regras decorrentes do regime simplificado; ou

    b)Com base na contabilidade organizada.

    Pela sua importncia, , pensamos no ser descabida a transcrio integral dos art 28 e 31 do Cdigo do IRS:

    Artigo 28.

    1 - A determinao dos rendimentos empresariais e profissionais, salvo no caso da imputao prevista no artigo 20., faz-se:

    a) Com base na aplicao das regras decorrentes do regime simplificado; b) Com base na contabilidade. 2 - Ficam abrangidos pelo regime simplificado os sujeitos passivos que, no exerccio da sua actividade, no tenham ultrapassado no perodo de tributao imediatamente anterior um montante anual ilquido de rendimentos desta categoria de 150.000.

    3 - Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado podem optar pela determinao dos rendimentos com base na contabilidade.

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    4 - A opo a que se refere o nmero anterior deve ser formulada pelos sujeitos passivos: a) Na declarao de incio de actividade; b) At ao fim do ms de Maro do ano em que pretendem alterar a forma de determinao do rendimento, mediante a apresentao de declarao de alteraes.

    5 - O perodo mnimo de permanncia em qualquer dos regimes a que se refere o n. 1 de trs anos, prorrogvel por iguais perodos, excepto se o sujeito passivo comunicar, nos termos da alnea b) do nmero anterior, a alterao do regime pelo qual se encontra abrangido. 6 - A aplicao do regime simplificado cessa apenas quando o montante a que se refere o n. 2 seja ultrapassado em dois perodos de tributao consecutivos ou, quando o seja num nico exerccio, em montante superior a 25%, caso em que a tributao pelo regime de contabilidade organizada se faz a partir do perodo de tributao seguinte ao da verificao de qualquer desses factos.

    7 - Os valores de base necessrios para o apuramento do rendimento tributvel so passveis de correco pela Direco-Geral dos Impostos nos termos do artigo 39., aplicando-se o disposto no nmero anterior quando se verifiquem os pressupostos ali referidos.

    8 - Se os rendimentos auferidos resultarem de servios prestados a uma nica entidade, excepto tratando-se de prestaes de servios efectuadas por um scio a uma sociedade abrangida pelo regime de transparncia fiscal, nos termos da alnea b) do n. 1 do artigo 6. do Cdigo do IRC, o sujeito passivo pode optar pela tributao de acordo com as regras estabelecidas para a categoria A, mantendo-se essa opo por um perodo de trs anos.

    9 - Sempre que da aplicao dos indicadores de base tcnico-cientfica a que se refere o n. 1 do artigo 31. se determine um rendimento tributvel superior ao que resulta dos coeficientes estabelecidos no n. 2 do mesmo artigo, pode o sujeito passivo, no exerccio da entrada em vigor daqueles indicadores, optar, no prazo e nos termos previstos na alnea b) do n. 4, pelo regime de contabilidade organizada, ainda que no tenha decorrido o perodo mnimo de permanncia no regime simplificado.

    10 - No exerccio de incio de actividade, o enquadramento no regime simplificado faz-se, verificados os demais pressupostos, em conformidade com o valor anual de rendimentos estimado, constante da declarao de incio de actividade, caso no seja exercida a opo a que se refere o n. 3.

    11 - Se, tendo havido cessao de actividade, esta for reiniciada antes de 1 de Janeiro do ano seguinte quele em que se tiverem completado 12 meses, contados da data da cessao, o regime de determinao dos rendimentos empresariais e profissionais a aplicar o que vigorava data da cessao.

    12 - O referido no nmero anterior no prejudica a possibilidade de a DGCI autorizar a alterao de regime, a requerimento dos sujeitos passivos, quando se verifique ter havido modificao substancial das condies do exerccio da actividade.

    13 - Exceptuam-se do disposto no n. 11 as situaes em que o reincio de actividade venha

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    a ocorrer depois de terminado o perodo mnimo de permanncia.

    O Oramento de Estado de 2010, substituiu os dois parmetros de incluso no regime simplificado em IRS, at ento utilizados por apenas um o rendimento.

    Artigo 31.

    1 - A determinao do rendimento tributvel resulta da aplicao de indicadores objectivos de base tcnico-cientfica para os diferentes sectores da actividade econmica.

    2 - At aprovao dos indicadores mencionados no nmero anterior, ou na sua ausncia, o rendimento tributvel obtido adicionando aos rendimentos decorrentes de prestaes de servios efectuadas pelo scio a uma sociedade abrangida pelo regime de transparncia fiscal, nos termos da alnea b) do n. 1 do artigo 6. do Cdigo do IRC, o montante resultante da aplicao do coeficiente de 0,20 ao valor das vendas de mercadorias e de produtos e do coeficiente de 0,75 aos restantes rendimentos provenientes desta categoria, excluindo a variao de produo.

    3 - O rendimento colectvel objecto de englobamento e tributado nos termos gerais. 4 - Em lista aprovada por portaria do Ministro das Finanas so determinados os indicadores a que se refere o n. 1 e, na ausncia daqueles indicadores, so estabelecidos, pela mesma forma, critrios tcnicos que, ponderando a importncia relativa de concretas componentes dos custos das vrias actividades empresariais e profissionais, permitam proceder correcta subsuno dos proveitos de tais actividades s qualificaes contabilsticas relevantes para a fixao do coeficiente aplicvel nos termos do n. 2.

    5 - Para os efeitos do disposto no n. 2, aplica-se aos servios prestados no mbito de actividades hoteleiras e similares, restaurao e bebidas, bem como ao montante dos subsdios destinados explorao, o coeficiente de 0,20 a indicado.

    6 - [Revogado pela Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril - OE]

    7 - Os subsdios ou subvenes no destinados explorao sero considerados, para efeitos do disposto nos n.s 1 e 2, em fraces iguais, durante cinco exerccios, sendo o primeiro o do recebimento do subsdio.

    8 - Cessando a aplicao do regime simplificado no decurso do perodo referido no nmero anterior, as fraces dos subsdios ainda no tributadas, sero imputadas, para efeitos de tributao, ao ltimo exerccio de aplicao daquele regime.

    9 - Para efeitos do clculo das mais-valias referidas na alnea c) do n. 2 do artigo 3., so utilizadas as quotas mnimas de amortizao, calculadas sobre o valor definitivo, se superior, considerado para efeitos de liquidao de imposto municipal sobre as transmisses onerosas de imveis.

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    Tambm, para 2003 e seguintes aplica-se o princpio da especializao dos exerccios para todos os sujeitos passivos do IRS (por fora do n 6 do art 3 do CIRS). Assim: -Sujeitos passivos com rendimento apurado com base na contabilidade: -aplica-se o disposto no art 18 do CIRC;

    -Sujeitos passivos de IRS Regime simplificado: -Os rendimentos ficam sujeitos a tributao desde o momento em que se torna obrigatria, para efeitos de IVA, a emisso de factura ou documento equivalente, ou no sendo obrigatria a sua emisso, desde o momento do pagamento ou colocao disposio dos respectivos titulares.

    Para efeitos de apuramento do lucro tributvel em IRS, no regime simplificado, os subsdios no destinados explorao, sero considerados em fraces iguais, durante cinco exerccios, sendo o primeiro o do recebimento do subsidio.

    Caso, no decurso deste perodo, cesse a aplicao do regime simplificado, as fraces do subsidio ainda no tributadas, sero dadas a tributar no ltimo exerccio de aplicao do regime simplificado.

    ainda importante referir que por fora do aditamento do art 36-A ao CIRS, pelo Oramento de Estado de 2003, quando o sujeito passivo tiver o seu lucro tributvel determinado com base na contabilidade, e tiver subsdios no destinados explorao, e passe ao regime simplificado, a parte dos subsdios ainda no tributados, ser imputada na sua totalidade, ao ltimo exerccio de aplicao do regime da contabilidade.

    I - a) SEM ESCRITA ORGANIZADA

    Tendo sido revogado o art 111 do CIRS, a questo dos registos a efectuar pelos sujeitos passivos enquadrados no regime simplificado de IRS, foi tratada no art 107 do CIRS. Dada a renumerao de foram objecto os cdigos do IRS, IRC e EBF, tal matria vem tratada no art 116 do cdigo do IRS, que reza:

    Artigo 116.

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    Livros de registo

    LIVROS DE REGISTO

    1 - Os titulares dos rendimentos da categoria B so obrigados:

    a) A escriturar os livros a que se referem as alneas a), b) e c) do n. 1 do artigo 50. do Cdigo do IVA, no caso de no possurem contabilidade organizada; e

    b) A evidenciar em separado no respectivo livro de registo as importncias respeitantes a reembolsos de despesas efectuadas em nome e por conta do cliente, as quais, quando devidamente documentadas, no influenciam a determinao do rendimento, quando no possuam contabilidade organizada.

    2 - Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, os sujeitos passivos que exeram actividades agrcolas, silvcolas ou pecurias devem possuir ainda os seguintes elementos de escrita:

    a) Livro de registo do movimento de produtos, gado e materiais; b) Livro de registo de imobilizaes. 3 - Os livros referidos no nmero anterior podem ser substitudos pelos livros e demais elementos de escrita exigidos pelo sistema adoptado na Rede de Informao de Contabilidades Agrcolas (RICA) ou pelas listagens do Sistema Gestagro, independentemente de os sujeitos passivos estarem integrados na referida rede.

    4 - A escriturao dos livros referidos na alnea a) do n. 1 obedece s seguintes regras: a) Os lanamentos devero ser efectuados no prazo mximo de 60 dias; b) As importncias recebidas a ttulo de proviso, adiantamento ou a qualquer outro destinadas a custear despesas da responsabilidade dos clientes devem ser registadas em conta corrente e escrituradas no respectivo livro, sendo consideradas como receita no ano posterior ao da sua recepo, sem contudo exceder a apresentao da conta final relativa ao trabalho prestado;

    c) Os lanamentos devem ser sempre suportados por documentos comprovativos. 5 - Os titulares dos rendimentos referidos nas alneas h) e i) do n. 2 do artigo 3. ficam dispensados do cumprimento das obrigaes previstas no n. 1.

    6 - Os titulares de rendimentos da categoria B que, no sendo obrigados a dispor de contabilidade organizada, possuam, no entanto, um sistema de contabilidade que satisfaa os requisitos adequados ao correcto apuramento e fiscalizao do imposto podem no utilizar os livros referidos no presente artigo.

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    Estes livros so:

    a)O livro de registo de compras de mercadorias e ou o livro de registo de matrias-primas e de consumo,

    b)Livro de registo de vendas de mercadorias e ou o livro de registo de produtos fabricados; c)Livro de registo de servios prestados.

    Contudo no podemos ignorar que uma coisa o IRS outra o IVA. Assim sendo, para os sujeitos passivos de IRS que sejam simultneamente sujeitos passivos de IVA, mantm-se a obrigatoriedade de escriturao dos livros referidos no cdigo do IVA.

    Vejamos ento: LIVROS OBRIGATRIOS

    (IVA ) SUJEITOS PASSIVOS EM NOME SINGULAR

    IVA N. 1 do art. 50

    REGIME NORMAL

    a) - Livro de registo de compras de mercadorias ......Mod. 1 Livro de registo de compras de matrias-primas e de consumo .................................................... Mod. 2 b) - Livro de registo de vendas de mercadorias ........Mod. 3 Livro de registo de produtos fabricados ............. Mod. 4 c) - Livro de registo de servios prestados ............... Mod. 5 d) - Livro de registo de despesas e de operaes liga- das a bens de investimento ................................. Mod. 6 e) - Livro de registo de mercadorias, matrias-pri- mas e consumo, de produtos fabricados e outras existncias data de 31 de Dezembro de cada ano...................................................................... Mod. 7

    PEQUENOS RETALHISTAS

    N. 2 do art. 65 do CIVA e CIRC. n. 29/90 da D.G.C. Impostos

    a) - Livro de registo de compras, vendas e servios prestados ............................................................. Mod.10 b) - Livro de registo de despesas gerais e operaes ligadas a bens de investimentos .......................... Mod.11

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    N. 1 do art. 50 c) - Livro de registo de existncias de mercadorias, etc .......... Mod. 7

    REGIME ESPECIAL DE ISENO Pensamos que no caso de sujeitos passivos sujeitos ao regime especial de iseno os livros exigidos so os exigidos pelo art 116 do CIRS, ou seja, os livros mod. Nos 1, 2, 3, 4 e 5 para efeitos de IVA

    Nos termos do art 50 no n 3 do cdigo do IVA, permitido aos sujeitos passivos no obrigados a possuir contabilidade organizada que, no entanto, disponham de um sistema de contabilidade que possibilite o correcto apuramento e fiscalizao do imposto, a substituio por este dos livros de registo previstos para efeitos de IVA. Esta possibilidade de substituio dos livros de registo tambm vlida para efeitos de IRS.

    Tal possibilidade est j prevista, como vimos na redaco do art 116, n 6 do cdigo do IRS, dada pelo Oramento de Estado de 2002 (Lei n 109-B/2001 de 27/12).

    I - b) C/ ESCRITA ORGANIZADA So obrigados a possuir contabilidade organizada segundo o Decreto-lei n 158/2009, de 13 de Julho, e nos termos da lei comercial, que permita o apuramento e o controlo do seu rendimento tributvel:

    -Aqueles que exeram a titulo individual qualquer actividade comercial, industrial ou agrcola, e que na mdia dos trs ltimos anos, hajam realizado um volume de negcios superior a 150.000 euros (art. 3 e art. 10 do Decreto-lei n 158/2009);

    -Os sujeitos passivos que por ela tenham optado;

    -O sujeitos passivos de IRS que nos dois perodos de tributao imediatamente anteriores tenham ultrapassado, na sua actividade, o volume de rendimentos de 150.000 euros ou, num nico exerccio, em montante superior a 25% daquele montante (art 28 do CIRS).

    Para os sujeitos passivos de IRS com escrita organizada, recente alterao introduzida ao Cdigo Comercial, pelo Dec. Lei n. 76-A/2006 de 29/3, no existem os livros obrigatrios para os comerciantes em nome individual com escrita organizada.

    II) SOCIEDADES COMERCIAIS

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    ii-b)-Livros Obrigatrios

    Os livros obrigatrios para as sociedades por quotas, em nome colectivo e em comandita simples, fruto de alterao introduzida ao art 31 do cdigo comercial, pelo Dec. Lei n 76-A/2006 de 29/3, ficaram reduzidos apenas ao livro de actas.

    Para as sociedades Annimas, so obrigatrios:

    Registo de emisso de valores mobilirios (art. 43 do cdigo de valores mobilirios e Port 290/2001 de 25/5-no selado)

    Livro de registo de obrigaes Livros de actas para: Assembleia-Geral Conselho de Administrao Conselho fiscal

    De acordo com o n 2 do art 31 do cdigo comercial, os livros de actas podem ser constitudos por folhas soltas, numeradas sequencialmente e rubricadas pela administrao, ou pelos membros do rgo social a que respeitam, ou quando, existam pelo secretrio da sociedade ou pelo presidente da mesa da assembleia-geral da sociedade, que lavram igualmente os termos de abertura e de encerramento, devendo as folhas soltas ser encadernadas depois de utilizadas.

    Nota: a Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril OE/2010 revogou o artigo 59. e a verba 13 da tabela anexa ao Cdigo do Imposto do Selo pelo que, a partir daquela data, os livros de actas deixaram de ser obrigatoriamente selados.

    ATRASO NA ESCRITURAO MERCANTIL Para efeitos de IVA, os registos devem ser efectuados aps a emisso dos respectivos documentos e at apresentao das declaraes peridicas se enviadas dentro do prazo legal ou at ao fim desse prazo, se essa obrigao no tiver sido cumprida (art. 48 CIVA). Assim os sujeitos passivos do regime normal mensal apenas podero ter a sua escriturao

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    atrasada cerca de 40 dias, enquanto que os sujeitos passivos do regime normal trimestral, apenas podem ter a sua escriturao atrasada, at apresentao da respectiva declarao peridica.

    Se se tratar de sujeitos passivos do regime especial dos pequenos retalhistas, a sua escriturao no pode andar atrasada mais que 30 dias (n. 1 art. 65 CIVA). No entanto, chamamos a ateno para a nova redao dos artigos 40 (fatura simplificada) e 46 do CIVA.

    Diz o artigo 46:

    Artigo 46 Registo das operaes em caso de emisso de faturas simplificadas

    1 - Os sujeitos passivos que emitam faturas nos termos do artigo 40. e no utilizem sistemas informticos integrados de faturao e contabilidade podem efetuar o registo das operaes, realizadas diariamente com no sujeitos passivos, pelo montante global das contraprestaes recebidas pelas transmisses de bens e prestaes de servios tributveis, imposto includo, assim como pelo montante das contraprestaes relativas s operaes no tributveis ou isentas.

    2 - O registo referido no nmero anterior deve ser efetuado, o mais tardar, no 1. dia til seguinte ao da realizao das operaes, com base em duplicados das faturas emitidas, em extratos dirios produzidos pelos equipamentos eletrnicos relativos a todas as operaes realizadas ou em folhas de caixa, que podem substituir o mesmo registo desde que contenham a indicao inequvoca de um nico total dirio.

    3 - Os registos dirios a que se referem os nmeros anteriores devem ser objecto de relevao contabilstica ou de inscrio nos livros referidos no artigo 50., conforme os casos, no prazo previsto no artigo 45.

    4 - [Revogado pelo Decreto-Lei n. 197/2012, de 24 de agosto]

    5 - A opo pela elaborao de folhas de caixa a que se refere o n. 2 no dispensa a obrigatoriedade de conservao dos duplicados das faturas e dos demais documentos ali referidos nas condies e prazo previstos no artigo 52.

    Vejamos agora a situao perante os impostos sobre o rendimento:

    I.R.S.

    Sujeitos passivos sem contabilidade organizada:

    Nos termos da alinea a) do n 4 do art. 116 do CIRS, no so permitidos atrasos superiores a sessenta dias no registo das receitas. Assim o prazo previsto no Cdigo do IVA, no vlido para o IRS.

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    Sujeitos passivos com contabilidade organizada:

    O regime aplicvel o das entidades sujeitas a IRC.

    Nos termos do n. 3 do art. 123. do CIRC, no so permitidos atrasos na execuo da contabilidade superiores a noventa dias, contados do ltimo dia do ms a que respeitam as operaes.

    Nestes casos, para os sujeitos passivos de IVA, os noventa dias no funcionam porque, os prazos para efeitos de IVA so diferentes, como j vimos. Os sujeitos passivos com contabilidade organizada, do regime normal mensal do IVA, no podem manter a escrita atrasada mais de 40 dias (termo do prazo legal para envio ao SIVA da declarao peridica).

    Para evitar toda esta confuso, deveriam ser harmonizadas as respectivas legislaes que regulam o atraso da escriturao, o que at agora no aconteceu.

    O regime das penalidades aplicveis ao atraso na escriturao vem referido no art. 121 do Regime Geral das Infraces Tributrias (RGIT) aprovado pelo Dec. Lei n 15/2001 de 5/7. Assim, a no organizao da contabilidade de harmonia com as regras da normalizao contabilstica, bem como o atraso na execuo da contabilidade, na escriturao dos livros ou na elaborao de outros elementos de escrita, ou de registos, por periodo superior ao previsto na lei fiscal, quando no sejam punidos como crime ou contra-ordenao mais grave, so punidos:

    -Pessoas singulares -Pessoas colectivas

    Coima atraso de escriturao 75 euros a 2750 euros; 150 a 5 500 euros

    4) OS DOCUMENTOS DE PRESTAO DE CONTAS E O DEVER DE RELATAR A GESTO E APRESENTAR CONTAS

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    Nos termos do Artigo 8. , n 1, do CIRC, o IRC, salvo o disposto no n. 10, devido por cada perodo de tributao, que coincide com o ano civil, sem prejuzo das excepes previstas neste artigo.

    Contudo, as pessoas colectivas com sede ou direco efectiva em territrio portugus que, nos termos da legislao aplicvel, estejam obrigadas a elaborar demonstraes financeiras consolidadas, bem como as pessoas colectivas ou outras entidades sujeitas a IRC que no tenham sede nem direco efectiva neste territrio e nele disponham de estabelecimento estvel, podem adoptar um perodo anual de imposto diferente do estabelecido no nmero anterior, o qual deve ser mantido durante, pelo menos, os cinco perodos de tributao imediatos, salvo se o sujeito passivo passar a integrar um grupo de sociedades obrigado a elaborar demonstraes financeiras consolidadas, em que a empresa me adopte um perodo de tributao diferente daquele adoptado pelo sujeito passivo. Nos termo do n 3 do referido artigo, o Ministro das Finanas pode, a requerimento dos interessados, a apresentar com a antecedncia mnima de 60 dias contados da data do incio do perodo anual de imposto pretendido, tornar extensiva a outras entidades a faculdade prevista no nmero anterior, e nas condies dele constantes, quando razes de interesse econmico o justifiquem.

    O perodo de tributao pode ser inferior a um ano, nas seguintes situaes:

    a) No ano do incio de tributao, em que constitudo pelo perodo decorrido entre a data em que se iniciam actividades ou se comeam a obter rendimentos que do origem a sujeio a imposto e o fim do perodo de tributao;

    b) No ano da cessao da actividade, em que constitudo pelo perodo decorrido entre o incio do perodo de tributao e a data da cessao da actividade;

    c) Quando as condies de sujeio a imposto ocorram e deixem de verificar-se no mesmo perodo de tributao, em que constitudo pelo perodo efectivamente decorrido;

    d) No ano em que, de acordo com o n. 3, seja adoptado um perodo de tributao diferente do que vinha sendo seguido nos termos gerais, em que constitudo pelo perodo decorrido entre o incio do ano civil e o dia imediatamente anterior ao do incio do novo perodo.

    O relatrio de gesto, as contas do exerccio e os demais documentos de prestao de contas devem ser apresentados ao rgo competente e por este apreciados, salvo nos casos previstos na lei, no prazo de trs meses a contar da data de encerramento de cada exerccio anual, ou no prazo de cinco meses a contar da mesma data quando se trate de sociedades que devam apresentar contas consolidadas ou que apliquem o mtodo da equivalncia patrimonial.

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    De acordo com o artigo 11. do Decreto-lei n 158/2009, de 13 de Julho:

    As entidades sujeitas ao SNC so obrigadas a apresentar as seguintes demonstraes financeiras: a) Balano; b) Demonstrao dos resultados por naturezas; c) Demonstrao das alteraes no capital prprio; d) Demonstrao dos fluxos de caixa pelo mtodo directo; e) Anexo.

    Nota: a apresentao da demonstrao dos resultados por funes, nos termos do n. 3 do artigo 11 do Decreto-lei n. 158/2009, passou a ser opcional.

    No entanto, as pequenas entidades, se manifestarem a opo pela NCRF-PE, so dispensadas de apresentar a demonstrao das alteraes no capital prprio e a demonstrao dos fluxos de caixa, podendo apresentar modelos reduzidos relativamente s restantes demonstraes financeiras.

    So pequenas entidades as abrangidas pelo SNC, nos termos do artigo 3 do Decreto-lei 158/2009, excluindo as situaes dos artigos 4. (aplicao das normas internacionais de contabilidade) e 5. (entidades sujeitas superviso do BdP, ISP e CMVM), que no ultrapassem dois dos trs limites seguintes, salvo quando por razes legais ou estatutrias tenham as suas demonstraes financeiras sujeitas a certificao legal de contas: a) Total de balano: 1.500.000; [Redaco dada pela Lei n. 20/2010, de 23 de Agosto] b) Total de vendas lquidas e outros rendimentos: 3.000.000; [Redaco dada pela Lei n. 20/2010, de 23 de Agosto]

    c) Nmero de trabalhadores empregados em mdia durante o exerccio: 50. [Redaco dada pela Lei n. 20/2010, de 23 de Agosto] Alm destas condies, tambm necessrio que a pequena entidade no integre o permetro de consolidao de uma entidade que apresente demonstraes financeiras consolidadas.

    Os limites previstos para o exerccio da opo pela aplicao da NCRF-PE operam da seguinte forma:

    a) Para as entidades constitudas at 2008, os limites reportaram-se s demonstraes financeiras do exerccio de 2008, produzindo efeitos a partir do exerccio de 2010;

    b) Para as entidades que se constituiram no ano de 2009, os limites reportaram-se s previses para esse ano e produziram efeitos a partir do exerccio de 2010;

    c) Para as entidades que se constituam nos anos de 2010 e seguintes, os limites reportam-se s previses para o ano da constituio e produzem efeitos imediatos;

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    d) Sempre que os limites sejam ultrapassados num determinado exerccio, a opo deixa de poder ser exercida a partir do segundo exerccio seguinte, inclusive;

    e) Sempre que os limites deixem de ser ultrapassados num determinado exerccio, a entidade pode exercer a opo a partir do segundo exerccio seguinte, inclusive.

    O Dec. Lei n 158/2009, de 13 de Julho, atravs do artigo 12. mantm obrigatoriamente a adopo do sistema de inventrio permanente na contabilizao das existncias, e a realizao de contagens fsicas com vista ao inventrio das existncias para as entidades a quem seja aplicvel o SNC.

    Esta obrigao aplica-se s entidades que ultrapassem, durante dois exerccios consecutivos, dois dos trs limites indicados no n. 2 do artigo 262. do Cdigo das Sociedades Comerciais, passando a obrigao a produzir efeitos no exerccio seguinte ao termo daquele perodo.

    Cessa a obrigao a que se refere o n. 1, sempre que as entidades nele referidas deixem de ultrapassar, durante dois exerccios consecutivos, dois dos trs limites referidos no n. 2 do artigo 262. do Cdigo das Sociedades Comerciais, produzindo esta cessao efeitos a partir do exerccio seguinte ao termo daquele perodo.

    As contas anuais devem ser elaboradas com um objectivo prioritrio que o de proporcionar informao acerca da posio financeira, do desempenho e das alteraes na posio financeira de uma entidade que seja til a um vasto leque de utentes na tomada de decises econmicas. Em traos muito largos consegue-se obter tal objectivo quando na elaborao das contas so observados os pressupostos subjacentes sua preparao e as caractersticas qualitativas que tornam a informao financeira til para os seus utilizadores.

    So diversos os utilizadores das Demonstraes Financeiras, nomeadamente, Investidores, Fisco, Bancos e outras instituies financeiras, Credores, Clientes, Pblico em Geral, etc..

    Assim sendo, vejamos quais os documentos a elaborar em relao ao exerccio de 2012 para dar satisfao aos pedidos de alguns utilizadores das contas:

    DIRECO GERAL DAS CONTRIBUIES E IMPOSTOS:

    DECLARAO PERIDICA DE RENDIMENTOS - Mod. 22 do IRC

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    A declarao Mod. 22 do IRC, servir apenas para efectuar a liquidao do imposto e ter um anexo A para clculo da derrama (que a partir de 2007 incide sobre o lucro tributvel e no sobre a colecta como anteriormente), um anexo B para clculo do lucro tributvel no caso do regime simplificado de determinao do lucro tributvel dos periodos de 2010 e anteriores, um anexo C, que visa o apuramento do impostos relacionado com rendimentos imputveis s Regies autnomas e um anexo D relativo a Beneficios fiscais. Este anexo D modelo 22 do IRC, vem substituir o anexo F da IES, a partir do exercicio de 2011.

    De acordo com o art 120. do Cdigo de IRC:

    1 - A declarao peridica de rendimentos a que se refere a alnea b) do n. 1 do artigo 117. (Mod. 22 de IRC) deve ser enviada, anualmente, por transmisso electrnica de dados, at ao ltimo dia do ms de Maio, independentemente de esse dia ser til ou no til.

    2 - Relativamente aos sujeitos passivos que, nos termos dos n.s 2 e 3 do artigo 8., adoptem um perodo de tributao diferente do ano civil, a declarao deve ser enviada at ao ltimo dia do 5. ms seguinte data do termo desse perodo, independentemente de esse dia ser til ou no til, prazo que igualmente aplicvel relativamente ao perodo mencionado na alnea d) do n. 4 do artigo 8. .

    3 - No caso de cessao de actividade nos termos do n. 5 do artigo 8., a declarao de rendimentos relativa ao perodo de tributao em que a mesma se verificou deve ser enviada at ao 30. dia seguinte ao da data da cessao, independentemente de esse dia ser til ou no til, aplicando-se igualmente este prazo ao envio da declarao relativa ao perodo de tributao imediatamente anterior, quando ainda no tenham decorrido os prazos mencionados nos n.s 1 e 2.

    4 - As entidades que no tenham sede nem direco efectiva em territrio portugus, e que neste obtenham rendimentos no imputveis a estabelecimento estvel a situado, so igualmente obrigadas a enviar a declarao mencionada no n. 1, desde que relativamente aos mesmos no haja lugar a reteno na fonte a ttulo definitivo.

    5 - Nos casos previstos no nmero anterior, a declarao deve ser enviada:

    a) Relativamente a rendimentos derivados de imveis, exceptuados os ganhos resultantes da sua transmisso onerosa, a ganhos mencionados na alnea b) do n. 3 do artigo 4., e a rendimentos mencionados nos n.s 3) e 8) da alnea c) do n. 3 do artigo 4., at ao ltimo dia do ms de Maio do ano seguinte quele a que os mesmos respeitam, ou at ao 30. dia posterior data em que tenha cessado a obteno dos rendimentos, independentemente de esse dia ser til ou no til;

    b) Relativamente a ganhos resultantes da transmisso onerosa de imveis, at ao 30. dia posterior data da transmisso, independentemente de esse dia ser til ou no til;

    c) Relativamente a incrementos patrimoniais derivados de aquisies a ttulo gratuito, at ao 30.

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    dia posterior data da aquisio, independentemente de esse dia ser til ou no til.

    6 - Quando for aplicvel o regime especial de tributao dos grupos de sociedades:

    a) A sociedade dominante deve enviar a declarao peridica de rendimentos relativa ao lucro tributvel do grupo apurado nos termos do artigo 70.;

    b) Cada uma das sociedades do grupo, incluindo a sociedade dominante, deve enviar a sua declarao peridica de rendimentos na qual seja determinado o imposto como se aquele regime no fosse aplicvel.

    7 - Nos casos previstos nos n.s 5 e 6 do artigo 51., o sujeito passivo deve integrar, no processo de documentao fiscal a que se refere o artigo 130., a declarao confirmada e autenticada pelas autoridades fiscais competentes do Estado membro da Unio Europeia de que residente a entidade que distribui os lucros de que esta se encontra nas condies de que depende a aplicao do que nele se dispe.

    8 - A correco a que se refere o n. 9 do artigo 51. deve ser efectuada atravs do envio da declarao de substituio, no prazo de 60 dias a contar da data da verificao do facto que a determinou, independentemente de esse dia ser til ou no til, relativa a cada um dos perodos de tributao em que j tenha decorrido o prazo de envio da declarao peridica de rendimentos.

    9 - Sempre que no se verifique o requisito temporal estabelecido na parte final do n. 11 do artigo 88., para efeitos da tributao autnoma a prevista, o sujeito passivo deve enviar a declarao de rendimentos no prazo de 60 dias a contar da data da verificao do facto que a determinou, independentemente de esse dia ser til ou no til.

    10 - Os elementos constantes das declaraes peridicas devem, sempre que for caso disso, concordar exactamente com os obtidos na contabilidade ou nos registos de escriturao, consoante o caso.

    -INFORMAO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA

    A publicao no Dirio da Repblica, no dia 17 de Janeiro de 2007, do Dec.-Lei n 8/2007, veio criar a Informao Empresarial Simplificada (I.E.S.), uma medida interministerial do Simplex, promovida pelo Ministrio da Justia.

    O IES uma nova forma de entrega electrnica e desmaterializada de informaes de natureza contabilstica, fiscal, e estatstica, que as empresas devem entregar a quatro entidades distintas.

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    Assim as empresas estavam sujeitas prestao anual da seguinte informao:

    1- a prestao de contas junto da Conservatria do Registo Comercial; 2-entrega da declarao anual de informao contabilstica e fiscal, junto da Administrao

    Tributria;

    3-a entrega e elementos estatsticos relacionados com as contas anuais, junto do Instituto Nacional de Estatstica;

    4-a entrega de informao estatstica ao Banco de Portugal.

    Com a IES, as empresas passam a cumprir estas quatro obrigaes num nico momento, j no em formato de papel, mas atravs da Internet, por via do preenchimento de formulrios electrnicos nicos. A IES ser, assim, entregue no site das declaraes electrnicas.

    Do mesmo modo, para os sujeitos passivos de IRS, devem ser igualmente entregues as seguintes declaraes:

    -A declarao anual de informao contabilstica e fiscal prevista no art 113 do cdigo do IRS, quando respeitem a pessoas singulares que no sejam titulares de EIRL;

    -A declarao anual de informao contabilstica e fiscal e os mapas recapitulativos de clientes e fornecedores para efeitos de IVA;

    -A declarao anual de informao sobre o imposto do selo.

    A IES apresentada anualmente, at ao dia 15 de Julho do ano seguinte, considerando-se como data de apresentao a da respectiva submisso por via electrnica.

    Sempre que a IES, constitua, por fora de obrigao legal, o registo de prestao de contas, ser cobrada uma taxa do montante de 85 euros (art 13-E da Portaria 1416-A/2006 de 19.12, alterada pela portaria n 562/2007 de 30/7). S a partir do momento em que este pagamento seja efectuado, se considera realizada a prestao das contas.

    Os anexos que dele fazem parte integrante do modelo declarativo da informao empresarial simplificada (IES), so:

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    -Folha de Rosto-IES-declarao anual;

    Anexo A IRC informao empresarial simplificada (entidades residentes que exercem, a ttulo principal, actividade comercial, industrial ou agrcola e entidades no residentes com estabelecimento estvel);

    Anexo A1-IRC- Informao empresarial simplificada (entidades residentes que exercem a titulo principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agrcola-contas consolidadas modelo no oficial)

    Anexo B IRC informao empresarial simplificada (empresas do sector financeiro Decreto Lei n. 298/92, de 31 de Dezembro);

    Anexo B1- IRC- Informao empresarial simplificada (empresas do sector financeiro-Dec.Lei n 298/92 de 31/12-contas consolidadas modelo no oficial);

    Anexo C IRC informao empresarial simplificada (empresas do sector segurador Decreto Lei n. 94 -B/98, de 17 de Abril);

    Anexo C1 IRC- Informao empresarial simplificada s (empresas do sector segurador-Dec. Lei n 94-B/98 de 17/4-contas consolidadas modelo no oficial);

    Anexo D IRC informao empresarial simplificada (entidades residentes que no exercem, a ttulo principal, actividade comercial, industrial ou agrcola);

    Anexo E- Elementos contabilisticos e fiscais (entidades no residentes sem estabelecimento estvel);

    Anexo G IRC regimes especiais (sociedades e outras entidades sujeitas ao regime de transparncia fiscal);

    Anexo H-IRC-Operaes com no residentes;

  • 34

    Anexo I IRS informao empresarial simplificada (sujeitos passivos de IRS com contabilidade organizada);

    Para controlo de IVA:

    Anexo L IVA- Elementos contabilisticos e fiscais;

    Anexo M IVA-Operaes realizadas em espao diferente da sede,

    Anexo N-IVA-Regimes especiais;

    Anexo O-IVA-Mapa recapitulativo de clientes;

    Anexo P IVA-Mapa recapitulativo de fornecedores.

    Para controlo do imposto de selo:

    Anexo Q Imposto do selo- Elementos contabilsticos e fiscais

    Informao estatstica:

    Anexo R-Informao estatstica- Informao empresarial simplificada (entidades residentes que exeram a titulo principal, actividade comercial, industrial ou agrcola, entidades no residentes com estabelecimento estvel e EIRL);

    Anexo S--Informao estatstica- Informao empresarial simplificada (empresas do sector financeiro-Dec. Lei n 298/92 de 31/12);

    Anexo T- Informao estatstica- Informao empresarial simplificada (empresas do sector segurador-Dec. Lei n 94-B/98 de 17/4);

    Em relao ao IES referente ao exercicio de 2011, pela Port 26/2012 de 27/1, foram alterados

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    as folhas de rosto e anexo Q-Imp. Selo, .mantem-se em vigor os restantes anexos.

    .O Anexo F-Beneficios fiscais apenas deve ser utilizado para o periodo de 2010 e exercicios anteriores, j que, como referimos foi criado um novo anexo D declarao modelo 22 do IRC, que substitui este anexo F da IES relativemnte ao exercicio de 2011. anteriores

    As Micro entidades que aplicam a Norma contabilistica para as Micro entidades esto dispensadas de apresentar os anexos L (IVA), M (op. Em espao difernte da sede) , e Q (IS).

    No que toca ao IRS, e de acordo com a Portaria n 1632/2007 de 31 de Dezembro, ficam obrigados ao envio da declarao Mod. 3 por via electrnica:

    -1. OS sujeitos passivos da categoria B, cujos rendimentos so determinados com base na contabilidade;

    2. Os Sujeitos passivos da categoria B, no regime simplificado, quando o montante ilquido dos rendimentos seja superior a 10.000,00 , e no resulte da prtica de actos isolados.

    So em ambos os casos, obrigados a apresentar a Declarao Modelo 3 dos anos 2001 e seguintes por internet.

    Para os restantes sujeitos passivos de IRS, o envio por internet facultativo.

    Se as declaraes forem enviadas por internet, cada declarao considera-se apresentada na data em que submetida, sob condio de correco de eventuais erros no prazo de 30 dias.

    Findo este prazo, se no forem corrigidos os erros detectados, a declarao considerada sem efeito.

    -Ficam obrigados ao envio, por transmisso electrnica de dados, da declarao Mod. 10:

    -todos os sujeitos passivos de IRC, ainda que isentos, subjectiva ou objectivamente; -sujeitos passivos de IRS titulares de rendimentos empresariais ou profissionais.

    As pessoas singulares, que no tendo auferido rendimentos empresariais ou profisssionais, estejam obrigados a cumprir esta obrigao declarativa podero optar pelo envio atravs de Internet ou em suporte de papel.

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    Nota: a partir de 1 de Janeiro de 2013, esta obrigao passa a ser mensal para os sujeitos passivos de IRC e sujeitos passivos de IRS titulares de rendimentos empresariais ou profissionais, relativamente aos rendimentos de trabalho dependente. Para os sujeitos passivos de IRS que no sejam titulares de rendimentos empresariais ou profissionais esta obrigao, a existir, anual.

    No que toca ao IVA e a titulo meramente informativo, a declarao peridica deve ser enviada por transmisso electrnica de dados, nos seguintes prazos:

    a) At ao dia 10 do 2. ms seguinte quele a que respeitam as operaes, no caso de sujeitos passivos com um volume de negcios igual ou superior a 650.000 no ano civil anterior;

    b) At ao dia 15 do 2. ms seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as operaes, no caso de sujeitos passivos com um volume de negcios inferior a 650.000 no ano civil anterior.

    No entanto, nos termos do art 29 do CIVA, para alm da obrigao do pagamento do imposto, os sujeitos passivos referidos na alnea a) do n. 1 do artigo 2. so obrigados, sem prejuzo do previsto em disposies especiais, a:

    1 - Para alm da obrigao do pagamento do imposto, os sujeitos passivos referidos na alnea a) do n. 1 do artigo 2.devem, sem prejuzo do previsto em disposies especiais: [Redao dada pelo Decreto-Lei n. 197/2012, de 24 de agosto] a) Entregar, segundo as modalidades e formas prescritas na lei, uma declarao de incio, de alterao ou de cessao da sua actividade; b) Emitir obrigatoriamente uma fatura por cada transmisso de bens ou prestao de servios, tal como vm definidas nos artigos 3. e 4., independentemente da qualidade do adquirente dos bens ou destinatrio dos servios, ainda que estes no a solicitem, bem como pelos pagamentos que lhes sejam efetuados antes da data da transmisso de bens ou da prestao de servios; [Redao dada pelo Decreto-Lei n. 197/2012, de 24 de agosto] c) Enviar mensalmente uma declarao relativa s operaes efectuadas no exerccio da sua actividade no decurso do segundo ms precedente, com a indicao do imposto devido ou do crdito existente e dos elementos que serviram de base ao respectivo clculo; d) Entregar uma declarao de informao contabilstica e fiscal e anexos respeitantes aplicao do Decreto-Lei n. 347/85, de 23 de Agosto, e dos regimes especiais previstos em legislao complementar a este diploma, relativos s operaes efectuadas no ano anterior, os quais fazem parte integrante da declarao anual a que se referem os Cdigos do IRC e do IRS;

  • 37

    e) Entregar um mapa recapitulativo com identificao dos sujeitos passivos seus clientes, donde conste o montante total das operaes internas realizadas com cada um deles no ano anterior, desde que superior a 25.000, o qual parte integrante da declarao anual a que se referem os Cdigos do IRS e do IRC; f) Entregar um mapa recapitulativo com a identificao dos sujeitos passivos seus fornecedores, donde conste o montante total das operaes internas realizadas com cada um deles no ano anterior, desde que superior a 25.000, o qual parte integrante da declarao anual a que se referem os Cdigos do IRS e do IRC; g) Dispor de contabilidade adequada ao apuramento e fiscalizao do imposto; h) Enviar, por transmisso electrnica de dados, a declarao, os anexos e os mapas recapitulativos a que se referem as alneas d), e) e f) at ao dia 15 de Julho ou, em caso de adopo de um perodo de tributao em sede de IRC diferente do ano civil, at ao 15. dia do 7. ms posterior data do termo desse perodo, independentemente de esse dia ser til ou no til. i) Indicar na declarao recapitulativa a que se refere a alnea c) do n. 1 do artigo 23. do Regime do IVA nas Transaces Intracomunitrias, nos prazos e nas condies previstos no artigo 30. desse Regime, as prestaes de servios efectuadas a sujeitos passivos que tenham noutro Estado membro da Comunidade a sede, um estabelecimento estvel ou, na sua falta, o domiclio, para o qual os servios so prestados, quando tais operaes no sejam tributveis em territrio nacional em resultado da aplicao do disposto na alnea a) do n. 6 do artigo 6. 2 - A obrigao de declarao peridica prevista no nmero anterior subsiste mesmo que no haja, no perodo correspondente, operaes tributveis. 3 - Esto dispensados das obrigaes referidas nas alneas b), c), d) e g) do n. 1 os sujeitos passivos que pratiquem exclusivamente operaes isentas de imposto, excepto quando essas operaes dem direito a deduo nos termos da alnea b) do n. 1 do artigo 20. 4 - Se, por motivos de alterao da actividade, o sujeito passivo passar a praticar exclusivamente operaes isentas que no conferem direito deduo, a dispensa do envio da declarao referida na alnea c) do n. 1 produz efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano civil seguinte quele em que apresentada a respectiva declarao. 5 - O disposto no n. 3 no se aplica aos sujeitos passivos que, embora passando a praticar exclusivamente operaes isentas que no conferem o direito deduo, tenham de efectuar as regularizaes previstas nos artigos 24. e 26., os quais, no entanto, s ficam obrigados apresentao de uma declarao com referncia ao ltimo perodo de imposto anual. 6 - Quando o julgue conveniente, o sujeito passivo pode recorrer ao processamento de facturas globais, respeitantes a cada ms ou a perodos inferiores, desde que por cada transaco seja emitida guia ou nota de remessa e do conjunto dos dois documentos resultem os elementos referidos no n. 5 do artigo 36. 7 - Quando o valor tributvel de uma operao ou o imposto correspondente sejam alterados por qualquer motivo, incluindo inexatido, deve ser emitido documento retificativo de fatura. [Redao dada pelo Decreto-Lei n. 197/2012, de 24 de agosto] 8 - As transmisses de bens e as prestaes de servios isentas ao abrigo das alneas a) a j), p) e

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    q) do n. 1 do artigo 14. e das alneas b), c), d) e e) do n. 1 do artigo 15. devem ser comprovadas atravs dos documentos alfandegrios apropriados ou, no havendo obrigao legal de interveno dos servios aduaneiros, de declaraes emitidas pelo adquirente dos bens ou utilizador dos servios, indicando o destino que lhes ir ser dado. 9 - A falta dos documentos comprovativos referidos no nmero anterior determina a obrigao para o transmitente dos bens ou prestador dos servios de liquidar o imposto correspondente. 10 - O mapa recapitulativo a que se refere a alnea e) do n. 1 no inclui, em qualquer caso, os clientes que efectuem despesas com bens e servios previstos nas alneas b), c), d) e e) do n. 1 do artigo 21. 11 - O Ministro das Finanas pode dispensar a obrigao da apresentao dos mapas recapitulativos referidos nas alneas e) e f) do n. 1 relativamente a operaes em que seja especialmente difcil o seu cumprimento. (*) 12 - So regulamentados por portaria do Ministro das Finanas o mbito de obrigatoriedade, os suportes, o incio de vigncia e os procedimentos do envio de declaraes por transmisso electrnica de dados. 13 - [Revogado pelo Decreto-Lei n. 197/2012, de 24 de agosto] 14 - Para cumprimento do disposto na alnea b) do n. 1, as faturas podem ser elaboradas pelo prprio adquirente dos bens ou servios ou por um terceiro, em nome e por conta do sujeito passivo. [Redao dada pelo Decreto-Lei n. 197/2012, de 24 de agosto] 15 - Os sujeitos passivos referidos na alnea i) do n. 1 do artigo 2. so obrigados a emitir uma factura por cada aquisio de bens ou de servios a mencionados quando o respectivo transmitente ou prestador no seja um sujeito passivo, no se aplicando, nesse caso, os condicionalismos previstos no n. 11 do artigo 36. 16 - Ficam dispensados de apresentar a declarao, os anexos e os mapas recapitulativos a que se referem as alneas d), e) e f) do n. 1 os sujeitos passivos que no possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos de IRS. 17 - No preenchimento da declarao recapitulativa a que se refere a alnea i) do n. 1 deve atender-se ao seguinte: a) A obrigao declarativa s se verifica relativamente aos perodos em que sejam realizadas as prestaes de servios a referidas; b) As prestaes de servios a declarar so as efectuadas no perodo a que diz respeito a declarao, em conformidade com as regras previstas no artigo 7.; c) Podem no ser includas as prestaes de servios que sejam isentas do imposto no Estado membro em que as operaes so tributveis. 18 - Os sujeitos passivos a que seja aplicvel o regime de normalizao contabilstica para microentidades ficam dispensados da obrigao de entrega da declarao de informao contabilstica e fiscal e anexos respeitantes aplicao do Decreto-Lei n. 347/85, de 23 de Agosto. 19 - No permitida aos sujeitos passivos a emisso e entrega de documentos de natureza diferente da fatura para titular a transmisso de bens ou prestao de servios aos respetivos adquirentes ou destinatrios, sob pena de aplicao das penalidades legalmente previstas. [Aditado

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    pelo Decreto-Lei n. 197/2012, de 24 de agosto] __________

    (*) As referncias legais feitas nos artigos 22., n.s 9 e 10, 23., n. 9, 28., n.s 11 e 12, 35., n. 8, e 39., n. 5, do Cdigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto-Lei n. 394-B/84, de 26 de Dezembro, ao Ministro das Finanas, em matria que se insira nas competncias e atribuies fiscais da Regio Autnoma da Madeira, devem entender-se como sendo feitas ao secretrio regional com a tutela das finanas. (Artigo 3., n. 1 do Anexo ao Decreto Legislativo Regional n. 27/2008/M, de 3 de Julho)

    Nos termos do art 30 do RITI, na sua redaco dada pelo Decreto-Lei n. 186/2009, de 12 de Agosto

    1 - A declarao recapitulativa referida na alnea c) do n. 1 do artigo 23. deve ser enviada, por transmisso electrnica de dados, nos seguintes prazos: a) At ao dia 20 do ms seguinte quele a que respeitam as operaes, no caso dos sujeitos passivos abrangidos pela alnea a) do n. 1 do artigo 41. do Cdigo do IVA; b) At ao dia 20 do ms seguinte ao final do trimestre civil a que respeitam as operaes, no caso dos sujeitos passivos abrangidos pela alnea b) do n. 1 do artigo 41. do Cdigo do IVA. 2 - No obstante o disposto na alnea b) do n. 1, os sujeitos passivos a referidos devem enviar a declarao recapitulativa at ao dia 20 do ms seguinte quele a que respeitam as operaes, quando o montante total das operaes referidas na alnea c) do n. 1 do artigo 23., durante o trimestre civil em curso ou em qualquer dos quatro trimestres civis anteriores, seja superior a 100.000.

    3 - As transmisses de bens isentas de imposto nos termos das alneas d) a m) e v) do n. 1 do artigo 14. do Cdigo do IVA no devem constar da declarao recapitulativa a que se refere o n. 1, quando o adquirente dos bens seja um sujeito passivo registado para efeitos de IVA em outro Estado membro, que tenha utilizado o respectivo nmero de identificao para efectuar a aquisio, ainda que os bens sejam expedidos ou transportados para outro Estado membro. 4 - A obrigao declarativa a que se refere o n. 1 s se verifica relativamente aos perodos em que ocorram as operaes referidas na alnea c) do n. 1 do artigo 23.

    O DOSSIER FISCAL

    Em termos de apresentao de documentos, no so entregues com as declaraes referidas quaisquer documentos (excepto para as empresas objecto de acompanhamento pela Inspeco Tributria, que integrem um cadastro especial ou estejam sujeitos ao regime de

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    tributao dos grupos de sociedades).

    Contudo, por fora do 130 do Cdigo do IRC, so os sujeitos passivos obrigados a organizar um processo de documentao fiscal, at ao termo do prazo para apresentao da declarao anual e que devero conservar em boa ordem durante 10 (dez) anos. A este processo chama-se vulgarmente Dossier Fiscal

    A Portaria n 92-A/2011 de 28/2, veio revogar a Portaria n 359/2000de 20 de Junho, definindo novas regras sobre o processo de documentao fiscal, aplicveis a partir do exercicio de 2011. Vejamos:

    1 Constituio do dossier fiscal

    Relatrio de gesto, parecer do conselho fiscal e documento de certificao legal de contas quando legalmente exigidos (J no necessrio anexo ao balano e dem de resultados, acta de aprovao das contas e balancetes sintcticos antes e aps o apuramento de resultados)

    Lista e documentos comprovativos dos crditos incobrveis

    Mapa, de modelo oficial, de provises, perdas por imparidade em crditos e ajustamentos em inventrios

    Mapa, de modelo oficial, das mais-valias e menos-valias

    Mapas, de modelo oficial, das depreciaes e amortizaes Mapas, de modelo oficial, das depreciaes de bens reavaliados ao abrigo de diploma legal

    Mapa do apuramento do lucro tributvel por regimes de tributao

    Mapa de controlo de prejuzos no Regime Especial de Tributao de Grupos de Sociedades (artigo 71. do CIRC)

    Mapa de controlo das correces fiscais decorrentes de diferenas temporais de imputao entre a contabilidade e a fiscalidade

    Outros documentos mencionados nos Cdigos ou em legislao complementar que devam integrar o processo de documentao fiscal, nomeadamente, nos termos

    a) Dos artigos 38., 49., 63., 64., 66., 67., 78. e 120. do Cdigo do IRC;

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    b) Do artigo 78. do Cdigo do IVA; c) Do artigo 5. do Decreto-Lei n. 159/2009, de 13 de Julho; d) Do artigo 10. do Decreto Regulamentar n. 25/2009, de 14 de Setembro.

    Estes artigos referem-se a :

    Do CIRC: 38.-Desvalorizaes excepcionais 49.-Instrumentos financeiros derivados 63. - Preos de transferncia 64. - Correces ao valor de transmisso de direitos reais sobre bens imveis 66. - Imputao de lucros de sociedades no residentes sujeitas a um regime

    fiscal privilegiado 67. - Subcapitalizao 78.- Origaes acessrias relacionadas com fuses, cises e peruta de aces. 120. -Declarao peridica de rendimentos ( MOd. 22) e respectiva justificao

    para acrscimos e dedues no Q 07, e justificao de todos elementos que culminraram na liquidao e apuramento final do IRC a pagar/recuperar.

    Do CIVA: -art 78 -Regularizaes de Iva em crditos incobrveis.

    Do art 5 Dec. Lei n 159/2009 de 13/7 Regime transitrio POC/SNC

    Do artigo 10. do Decreto Regulamentar n. 25/2009, de 14 de Setembro. -Separao do terreno e valor de construo Separao do valor do terreno de explorao sujeita a deperecimento e parte no

    sujeita.

    2 - O dossier fiscal pode ainda integrar o ficheiro SAF-T (PT) relativo contabilidade, extrado aps o encerramento de contas, gravado em suporte digital no regravvel e assinado atravs de aplicao informtica disponibilizada para o efeito no stio da Direco-Geral dos Impostos, na Internet.

    3- Conservao e acesso

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    Os documentos que integram o dossier fiscal so mantidos em suporte papel ou em suporte digital.

    A entrega do dossier fiscal, por imposio legal ou a pedido da administrao fiscal, pode igualmente efectuar-se em suporte papel ou em suporte digital.

    4- O ficheiro SAF-T (PT) e os mapas de modelo oficial quando processados informaticamente devem ser remetidos em suporte digital.

    5- A documentao relacionada com os preos de transferncia considerada como parte integante do dossier fiscal. Pela sua importncia aconselhamos a leitura dos arts 13 a 16 da Port 1446-C/2001 de 21 de Dezembro, que definem o conteudo deste dossier:

    CAPTULO IV - Das obrigaes acessrias dos sujeitos passivos Artigo 13.

    Processo de documentao fiscal

    1 - O sujeito passivo deve dispor, nos termos do n. 6 do artigo 58. do Cdigo do IRC, de informao e documentao respeitantes poltica adoptada na determinao dos preos de transferncia e manter, de forma organizada, elementos aptos a provar:

    a) A paridade de mercado nos termos e condies acordados, aceites e praticados nas operaes efectuadas com entidades relacionadas;

    b) A seleco e utilizao do mtodo ou mtodos mais apropriados de determinao dos preos de transferncia que proporcionem uma maior aproximao aos termos e condies praticados por entidades independentes e que assegurem o mais elevado grau de comparabilidade das operaes ou sries de operaes efectuadas com outras substancialmente idnticas realizadas por entidades independentes em situao normal de mercado.

    2 - O processo de documentao fiscal referido no nmero anterior rege-se tambm pelo disposto nos n.s 1 e 2 do artigo 121. do Cdigo do IRC.

    3 - Fica dispensado do cumprimento do disposto no n. 1 o sujeito passivo que, no exerccio anterior, tenha atingido um valor anual de vendas lquidas e outros proveitos inferior a 3 000 000.

    Artigo 14.

    Informao relevante

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    Para dar cumprimento obrigao referida no artigo anterior, o sujeito passivo deve obter ou produzir e manter elementos informativos, designadamente quanto aos seguintes aspectos:

    a) Descrio e caracterizao da situao de relaes especiais em conformidade com o disposto no n. 4 do artigo 58. do Cdigo do IRC que seja aplicvel s entidades com as quais realiza operaes comerciais, financeiras ou de outra natureza, bem como da evoluo da relao societria do vnculo que constitua a origem da relao especial, incluindo, se for caso, o contrato de subordinao, de grupo paritrio ou outro de efeito equivalente, ou, bem assim, elementos demonstrativos da situao de dependncia a que se refere a alnea g) do n. 4 do mesmo artigo;

    b) Caracterizao da actividade exercida pelo sujeito passivo e pelas entidades relacionadas com as quais realiza operaes e, em relao a cada uma destas, indicao discriminada, por natureza das operaes, dos valores das mesmas registados pelo sujeito passivo nos ltimos trs anos, ou pelo perodo em que estas tenham tido lugar, se inferior, bem como, nos casos em que se justifique, a disponibilizao das contas sociais daquelas entidades;

    c) Identificao detalhada dos bens, direitos ou servios que so objecto das operaes vinculadas, e dos termos e condies estabelecidos, quando tal informao no resulte dos contratos celebrados;

    d) Descrio das funes exercidas, activos utilizados e riscos assumidos, quer pelo sujeito passivo, quer pelas entidades relacionadas envolvidas nas operaes vinculadas;

    e) Estudos tcnicos com incidncia em reas essenciais do negcio, nomeadamente nas de investimento, financiamento, investigao e desenvolvimento, mercado e reestruturao e reorganizao das actividades, bem como previses e oramentos respeitantes actividade global e actividade por diviso ou produto;

    f) Directrizes relativas aplicao da poltica adoptada em matria de preos de transferncia, independentemente da forma ou designao que lhes seja atribuda, que contenham instrues nomeadamente sobre as metodologias a utilizar, os procedimentos de recolha de informao, em especial de dados comparveis internos e externos, as anlises a efectuar para avaliar da comparabilidade das operaes e as polticas de custeio e de margens de lucro praticadas;

    g) Contratos e outros actos jurdicos praticados tanto com entidades relacionadas como com entidades independentes, com as modificaes que ocorram e com informao histrica sobre o respectivo cumprimento, devendo ainda ser fornecidos, quando no constem expressamente dos instrumentos jurdicos existentes ou quando a prtica seguida se afaste do neles acordado, os elementos seguintes:

    1) Definio do mbito de interveno das partes envolvidas; 2) Condies de entrega dos produtos e actividades acessrias envolvidas, designadamente

    servios ps-venda, assistncia tcnica e garantias;

    3) Preo e, se necessrio, respectiva forma de clculo, e, ainda, se esta estiver associada a

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    pressupostos, a indicao dos mesmos e das circunstncias em que ficam sujeitos a reviso, bem como a discriminao das respectivas regras e a explicao detalhada dos ajustamentos plurianuais de preos, apontando, nomeadamente, os efeitos quantitativos decorrentes de factores ligados aos ciclos econmicos;

    4) Durao acordada ou prevista e modalidades de extino admitidas; 5) Penalidades e o respectivo procedimento de clculo para a mora no cumprimento ou o

    incumprimento, qualquer que seja a sua forma de manifestao, incluindo designadamente juros de mora;

    h) Explicao sobre a aplicao do mtodo ou mtodos adoptados para a determinao do preo de plena concorrncia em relao a cada operao e indicao das razes justificativas da seleco do mtodo considerado mais apropriado;

    i) Informao sobre os dados comparveis utilizados, evidenciando, no caso de recurso a entidade externa expecializada em estudos de mercado, a justificao da seleco, nos casos em que se justifique, a ficha tcnica dos estudos e, bem assim, uma anlise de sensibilidade e segurana estatstica ou, sendo interna a fonte dos dados, a respectiva ficha tcnica;

    j) Detalhes sobre as anlises efectuadas para avaliar o grau de comparabilidade entre operaes vinculadas e operaes no vinculadas e entre as empresas nelas envolvidas, incluindo as anlises funcionais e financeiras, e sobre os eventuais ajustamentos efectuados para eliminar as diferenas existentes;

    l) Estratgias e polticas do negcio, nomeadamente quanto ao risco, que sejam susceptveis de influenciar a determinao dos preos de transferncia ou a repartio dos lucros ou perdas das operaes;

    m) Quaisquer outras informaes, dados ou documentos considerados relevantes para a determinao do preo de plena concorrncia, da comparabilidade das operaes ou dos ajustamentos realizados.

    Artigo 15.

    Documentao de suporte informao relevante

    1 - As informaes referidas nos artigos anteriores devem ter como suporte documentos produzidos pelo sujeito passivo ou por terceiros e reportar-se ao exerccio da realizao das operaes, podendo consistir em:

    a) Publicaes oficiais, relatrios, estudos e bases de dados elaborados por entidades pblicas ou privadas;

    b) Relatrios sobre estudos de mercado realizados por instituies nacionais ou estrangeiras reconhecidas;

    c) Listas de preos ou de cotaes divulgadas por bolsas de valores mobilirios e bolsas de mercadorias;

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    d) Contratos ou outros actos jurdicos praticados quer com entidades relacionadas, quer com entidades independentes, bem como documentao prvia sua elaborao e os textos de modificao ou aditamento aos mesmos;

    e) Consultas ao mercado, cartas e outra correspondncia que contenham referncias aos termos e condies praticados entre o sujeito passivo e entidades relacionadas;

    f) Outros documentos emitidos relativamente s operaes realizadas pelo sujeito passivo, nos termos das regras fiscais e comerciais aplicveis.

    2 - Quando se trate de operaes de carcter continuado, com incio em exerccios anteriores, devem os sujeitos passivos proceder actualizao da informao a que se refere o nmero anterior, caso os factos e as circunstncias associados s operaes tenham sido substancialmente alterados.

    3 - Os documentos que contenham informao em lngua estrangeira, quando solicitada a sua apresentao pelos servios da Direco-Geral dos Impostos, devem ser traduzidos previamente para a lngua portuguesa, sem prejuzo de esta poder, a requerimento do obrigado apresentao, dispensar a traduo por se mostrar acessvel o conhecimento do contedo desses documentos na lngua original.

    Artigo 16.

    Documentao relativa a acordos de partilha de custos e de prestao de servios intragrupo

    1 - A documentao relativa a acordos de partilha de custos deve conter, entre outros, os seguintes elementos informativos:

    a) Identificao dos participantes e de outras entidades relacionadas que participaro na actividade objecto do acordo ou que podero vir a explorar ou utilizar os resultados daquela actividade;

    b) Natureza e tipo de actividades desenvolvidas no mbito do acordo; c) Identificao e bases de avaliao da quota-parte de cada participante nas vantagens ou

    benefcios esperados;

    d) Processo de prestao de contas e mtodos utilizados para repartio dos custos, incluindo os clculos a efectuar para determinar a contribuio de cada participante;

    e) Pressupostos assumidos nas projeces dos benefcios esperados, periodicidade de reviso das estimativas e previso de ajustamentos resultantes de alteraes no funcionamento do acordo ou de outros factos;

    f) Descrio do mtodo utilizado para efectuar ajustamentos nas contribuies dos participantes motivadas por alteraes nos pressupostos que serviram de bases ao acordo ou por modificaes substanciais nele introduzidas posteriormente;

    g) Durao prevista para o acordo; h) Afectao antecipada de responsabilidades e tarefas associadas actividade do acordo entre os

    participantes e outras empresas;

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    i) Procedimentos de adeso e excluso de um participante do mbito do acordo, bem como os procedimentos destinados a pr-lhe termo e, em qualquer dos casos, as respectivas consequncias;

    j) Disposies sobre pagamentos compensatrios. 2 - A documentao relativa a acordos de prestao de servios intragrupo deve conter os

    seguintes elementos informativos:

    a) Cpia do contrato; b) Descrio dos servios objecto do contrato; c) Identificao das entidades beneficirias dos servios; d) Identificao dos encargos que so imputveis aos servios e critrios utilizados para a

    respectiva repartio.

    SAF-T-FICHEIRO DE AUDITORIA INFORMTICA PARA FINS TRIBUTRIOS

    A Portaria n 321-A/2007 de 26 de Maro, vem obrigar, os sujeitos passivos de IRC, que exeram, a titulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrcola, e que organizem a sua contabilidade com recurso a meios informticos, a disponibilizar Administrao Tributria, um ficheiro de formato normalizado (O SAF-T-Standard Audit File for Tax Purposes), de acordo com a estrutura de dados constantes da referida Portaria.

    Este ficheiro ser disponibilizado Administrao Fiscal, sempre que solicitado pelos Servios de Inspeco Tributria, e deve abranger a informao constante dos sistemas de facturao, relativamente s operaes realizadas a aprtir de 1 de Janeiro de 2008, e no que se refere contabilidade, deve abranger os registos correspondentes ao exerccio de 2008 e seguintes.

    A inexistncia do modelo de exportao de ficheiros punvel com coima de 225 e 22.500., de acordo com o previsto no art 120 do RGIT.

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    PRESTAO DE CONTAS AO PBLICO ( REGISTO COMERCIAL)

    Como referimos, o registo da prestao de contas, que anteriormente era efectuado na Conservatria de Registo Comercial, passa a ser efectuado atravs de comunicao electrnica da Informao Empresarial Simplificada (IES), at ao 15 dia do stimo ms posterior ao termo do exerccio econmico.

    Nos termos do art 70 do cdigo das sociedades comerciais, com a redaco que lhe foi dada pelo Dec. Lei n 8/2007 de 17/1, a informao respeitante s contas do exerccio e aos demais documentos de prestao de contas, devidamente aprovados, est sujeita a registo comercial, nos termos da lei respectiva, devendo a sociedade pr disposio dos interessados, no respectivo sitio da Internet, quando exista, e na sua sede, cpia integral dos seguintes documentos:

    a)relatrio de gesto; b) relatrio sobre a estrutura e as prticas de governo societrio, quando no faa parte integr