23ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA
4º PRÊMIO TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO METROFERROVIÁRIOS
1
CATEGORIA 3
Impactos das decisões de arquitetura e engenharia civil nos custos das estações do metrô de
São Paulo.
INTRODUÇÃO
A concepção de projetos metroviários requer constantes discussões técnicas que, alinhadas
às necessidades da expansão da rede metroviária da cidade, resultem na realização de mais
obras com custos menores, em implantações eficientes de estações, na utilização da
tecnologia mais recente e na garantia da qualidade funcional e estética dos espaços
necessários a uma estação de Metrô.
Tais discussões trazem questionamentos sobre como proporcionar ao usuário um meio de
transportes eficiente e seguro, sem gastos excessivos. Entende-se que um estudo eficaz
sobre redução de custos envolve a avaliação dos itens mais custosos do empreendimento,
com base em dados históricos e condições vigentes de implantação.
O Metrô de São Paulo, com seus mais de 40 anos de experiência em construção e operação
de linhas metroviárias, possui um rico histórico que permite avaliar as características dos
projetos e sua evolução na linha do tempo. Este trabalho compila dados extraídos desta
experiência, que são analisados com o objetivo de se constatarem, pautados na variação de
2
métodos construtivos predominantes, os itens que representam maior valor no orçamento
de implantação de Metrô, traçando possibilidades de redução e observando oportunidades
que o projeto, somado à pesquisa tecnológica, pode obter em seu processo de concepção.
Baseados nos últimos projetos feitos para a extensão da Linha 2-Verde em direção a Dutra,
demonstra-se o quanto o custo de construção de uma estação de Metrô se deve aos
elementos que se sobressaem e são vistos nas áreas públicas depois de entregues ou em
perspectivas eletrônicas que simulam a aparência final da construção. É esperado, devido às
imagens realistas das estações produzidas em fase de projeto, que haja a expectativa de se
reduzirem os custos do empreendimento por meio da eliminação ou substituição de
elementos de acabamento especificados para as áreas públicas, ou então pela exclusão de
coberturas de vidro. A presente pesquisa permite avaliar o quão eficaz seriam essas medidas
levando em consideração o quanto representam no custo total da obra.
A análise dos resultados da pesquisa traz as descrições dos itens mais representativos no
custo dos empreendimentos, com considerações sobre possibilidades de otimização dos
custos das estações de Metrô.
DIAGNÓSTICO
O projeto de uma estação de Metrô é resultado de uma avaliação multidisciplinar. A
arquitetura define os espaços com o principal objetivo de comportar a demanda prevista
para a estação, de forma a garantir a qualidade espacial, a segurança e o conforto do
usuário. Tal dimensionamento é decorrente de cálculos que têm como base as capacidades
3
dos elementos de circulação vertical, das áreas de circulação horizontal (corredores, rampas,
halls, áreas de acesso), e os níveis de serviço definidos por J. J. Fruin1. Essas necessidades
espaciais se adequam aos métodos construtivos estabelecidos pela geotecnia em conjunto
com as estruturas. Por vezes, devido à necessidade de áreas de circulação, definições do
sistema de ventilação principal e encaminhamento de cabos, por exemplo, o envoltório da
estação em locais pontuais é revisto para que se garanta o atendimento ao programa
levantado pela arquitetura.
A definição macro do projeto é, portanto, realizada conjuntamente pelas áreas atuantes de
arquitetura e engenharia civil. Definidos os espaços, as áreas de acabamento, comunicação
visual, hidráulica, paisagismo, elétrica e demais sistemas fornecem os elementos que
integrarão o projeto completo.
Para realizar estudos de custos de empreendimentos metroviários, é necessário ter a visão
sistêmica dos métodos construtivos de obras civis empregados nesta Companhia e sua
evolução ao longo do tempo, na busca de novas tecnologias e novos produtos e adaptações
às condições locais.
Considerando apenas as obras subterrâneas, as unidades construtivas “macros” de um
empreendimento metroviário podem ser divididas em 3 grandes grupos de obras civis:
Estações, Vias e Poços de Ventilação e Saídas de Emergência.
1 Fruin, J. J. “Pedestrian planning and design”. New York: Metropolitan Association of Urban
Designers and Environmental Planners (1971).
4
Figura 1 - Corte esquemático do Projeto Básico licitado da Estação Orfanato – método
construtivo: poço de grandes dimensões centralizado em relação ao comprimento da
plataforma e ao eixo do túnel de via, plataformas construídas em NATM
Figura 2 - Corte esquemático do Projeto Básico licitado da Estação Anália Franco – método
construtivo: Vala a céu aberto (VCA)
5
Figura 3 - Corte esquemático do VSE João Prioste – método construtivo: poço de pequenas
dimensões deslocado do túnel de via; túnel de ligação construído em NATM.
Iniciando com as Vias Metroviárias, temos a distribuição de métodos construtivos de todas
as vias implantadas (Linha 1, Linha 3, Linha 2- Trecho V. Madalena/V. Prudente, Linha 4-
Trecho Luz/Pátio V. Sônia e Linha 5-Trecho Capão Redondo/Adolfo Pinheiro), e projetadas
(Linhas 2-Trecho Vila Prudente/Dutra, Linha 4-Trecho Chácara do Joquei/Largo do Taboão e
Linha 6-Trecho S. Joaquim/Brasilândia), representada na Figura 4
40
19
22
22
Total Geral
Shield
VCA
Elevated/Surface
NATM
6
Figura 4 – Percentuais de Métodos Construtivos das vias metroviárias.
Tomando-se como base os últimos projetos elaborados pelo Metrô, ou seja, considerando a
Linha 2-Trecho Vila Prudente/Dutra, Linha 4-Trecho V. Sônia/Largo do Taboão, Linha 5-
Trecho Adolfo Pinheiro/Chácara Klabin e Linha 6-Trecho São Joaquim/Brasilândia, a
distribuição altera significativamente, conforme apresentada na Figura 5.
Figura 5 – Percentuais de Métodos Construtivos das vias metroviárias das Linhas 2 (Vila
Prudente/Dutra), 4 (Fase III), 5 (Adolfo Pinheiro/Chácara Klabin) e 6 (S. Joaquim/Brasilândia).
Notamos aumento significativo do emprego do método mecanizado por TBM (Tunnel Boring
Machine), que é de 40% quando consideram todas as linhas em operação e as projetadas,
conforme Figura 4, mas que nos últimos 10 anos sua adoção foi de 69 % nos trechos
estudados.
Outra unidade construtiva de significativa importância tanto como de porte de obra como
também de custos é a unidade de poços de saída de emergência e ventilação, que nos
69%
9%
1%
21%
Túnel de via: Linhas 2 (V. Prud./Dutra), 4 (Fase III), 5 (Adolfo P./Klabin) e 6
Shield
VCA
Elevated/Surface
NATM
7
projetos iniciais eram largamente executados por VCA (Vala a Céu Aberto) em seções
retangulares e que foram alterados mais tarde para seções circulares com ou sem túneis de
ligação com os túneis de via. Considerando também os últimos projetos, os mesmos dos
estudos realizados para os túneis de via, a totalidade dos poços com finalidade exclusiva
para VSE (Ventilação e Saída de Emergência) foram detalhados em poços circulares com ou
sem túneis de ligação.
Desta forma, podemos considerar que os empregos dos métodos mecanizados para os
túneis de via e poços circulares para as VSEs são tendências de projetos hoje e devem ser
consideradas como potenciais soluções em condições normais. Evidentemente existem
outras soluções e situações onde outros métodos podem ser mais favoráveis, mas o
presente estudo faz referência aos métodos observados nos últimos projetos para as
condições encontradas.
Outra unidade construtiva e de maior impacto em um empreendimento metroviário é sem
dúvida a unidade Estação, onde as atividades estão concentradas, representa grande parcela
do custo total e onde a arquitetura é de grande importância uma vez que define todo o
espaço interno e funcionalidade de uma área destinada aos usuários de transporte de alta
capacidade.
No presente trabalho, levamos em consideração apenas as estações subterrâneas e seus
dados quantitativos e de custos para avaliações dos impactos das decisões técnicas nos
custos finais destas estações.
8
O levantamento dos métodos construtivos mostrou a seguinte distribuição quando
consideramos todas as estações subterrâneas da Linha 1, Linha 3, Linha 2-Trecho Vila
Madalena/Vila Prudente e Linha 4-Trecho Luz/Vila Sônia, e projetadas para as Linhas 2-
Trecho Orfanato/Dutra e Linha 6:
Figura 6: Métodos construtivos das estações subterrâneas das Linhas em operação e
projetadas para as Linhas 2 e 6
Considerando os projetos na ordem cronológica, temos os métodos construtivos distribuídos
da seguinte forma: (Figura 7)
VCA 49%
NATM 43%
POÇOS 8%
Métodos construtivos das estações subterrâneas
0123456789
101112131415161718
VCA
NATM
POÇOS
9
Figura 7: Métodos construtivos de estações subterrâneas, na sequência de projeto.
Obs.: Linha 2*: Trecho Vila Madalena/Vila Prudente; Linha 2**: Trecho Orfanato/Dutra;
Linha 4*: Trecho Luz/Vila Sônia.
Da figura com distribuição dos métodos construtivos na ordem cronológica, observamos os
seguintes aspectos:
Aumento do método construtivo em NATM;
Consolidação do método por poços secantes;
Redução, mas ainda tem continuidade do emprego do método em VCA.
As justificativas quanto aos aspectos de aumento, consolidação ou continuidade dos
métodos construtivos podem ser diversas, mas podemos citar algumas que consideramos
preponderantes:
O aumento do método em NATM na ordem cronológica acompanha o aumento da
profundidade média das estações, como veremos adiante. Com as linhas cruzando regiões
onde a topografia tem grandes variações, e com limitação de rampa da via permanente, as
estações tendem a ter grandes profundidades quando cruzam com os espigões.
O método totalmente em poços secantes teve utilização inicial na estação Adolfo Pinheiro
da Linha 5, mas a estação Vila Prudente foi implantada com 2 poços em parte do corpo da
estação e restante em NATM, e na estação Luz a execução foi com 3 poços e NATM. A partir
da estação Adolfo Pinheiro, iniciou-se o projeto com a totalidade do comprimento da
estação em poços secantes. Solução que tem vantagens em relação a VCA devido a não
utilização de apoios de contenção como tirantes e contar com o revestimento
10
predominantemente à compressão, mas tem a desvantagem de ocupar uma área maior que
a estação em VCA e alternância na execução de múltiplos poços, que deve ser
detalhadamente analisado quanto ao cronograma.
O método em VCA (Vala a Céu Aberto), é empregado nas estações desde a primeira linha, e
ainda bastante utilizado, sendo comum nas obras de qualquer porte.
A distribuição das profundidades médias das estações pode ser observada na Figura 8
Trecho implantado/em implantação/contratado
Linha Estações do trecho Sequência Prof. Média (m)
1 Jabaquara/Tiradentes e
Tucuruvi/Jardim S.P 1 17,48
3 Sé/Marechal 2 19,36
2 V. Madalena/V. Prudente 3 22,00
4 Luz/V. Sônia 4 30,15
5 Adolfo Pinheiro/Chácara Klabin 5 31,42
6 Brasilândia/S. Joaquim 6 (?) 40,74
2 V. Prudente/Dutra 7 (?) 38,90
Figura 8: Profundidade média das estações, na sequência de implantação
11
O custo do empreendimento de uma linha do Metrô pode variar em função de diversos
aspectos, como inserção urbana, topografia local, condição geológico-geotécnica,
profundidade das estações e ventilações, entre outros fatores. Podemos dizer que cada
Linha tem sua particularidade, seus riscos e complexidades daquele empreendimento.
Mas, para fazer estudo mais detalhado de custos, tomamos como base o projeto da Linha 2
entre a estação Vila Prudente (exclusive) até estação Dutra. Grande parcela dos estudos aqui
apresentados foi baseado no projeto dessa linha.
O projeto básico da Linha 2-Verde, concluído em 2013, é constituído por 13 estações (no
presente estudo, constam 12 estações que são empreendimentos contratados. A Ponte
Grande não foi considerada), sendo 5 em VCA, 6 em poço central com plataformas em
NATM e 1 em poços secantes; 14 poços de ventilação e saída de emergência e um pátio de
manutenção e estacionamento de trens.
As estimativas percentuais de custos mostram as seguintes distribuições, com base no
orçamento estimado do Metrô, com as planilhas de quantidades da licitação:
12
Linha 2- Trecho V. Prudente/Dutra % de custo de obra
Obra provisória Suporte provisório 27 37
Escavação 10
Obra permanente Estrutura permanente 26 42
TBM 16
Demais 21 21
Figura 9: Percentuais de custos de obras civis da Linha 2 - trecho V. Prudente/Dutra
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Para o presente trabalho, consideramos 4 tipos de estudos com foco nas decisões de
arquitetura e de engenharia civil com implicações nos custos do empreendimento, mais
especificamente nos custos das estações:
Premissas de projeto arquitetônico;
13
Curva ABC;
Fator tempo;
Gestão de Riscos.
3.1. Premissas de projeto arquitetônico
Premissas de projeto:
Salas Técnicas e demais instalações na vala ou na superfície
As salas técnicas, operacionais e demais instalações na superfície, conforme já descrito
anteriormente, não representa parcela significativa de custos, mas em algumas situações
podemos avaliar a possibilidade de implantar na própria VCA da estação, uma vez que a vala
será executada, independentemente da existência ou não das STs. É necessário, neste caso,
projetar a laje para instalação das STs e considerar os custos do concreto armado, que
conforme já observado, têm valor significativo. Mas o resultado de custo será mais vantajoso
para a retirada das STs da superfície e inserção no Corpo da Estação. Essa opção pode
reduzir também as desapropriações ou aumentar o canteiro de obras. A desvantagem, que
deve ser analisada, é o cronograma de implantação, que sendo uma edificação
independente pode ser executada concomitante com outras obras.
14
No método VCA quase sempre há área suficiente para acomodar todas as salas técnicas e
operacionais necessárias ao funcionamento da estação. Nos demais métodos construtivos, a
premissa predominante é locar as salas técnicas na superfície, de maneira a diminuir a área
escavada. Em situações urbanas excepcionais, devido ao alto valor dos imóveis ou a
restrições de cunho histórico e paisagístico, opta-se por acomodar todas as salas em
escavações extras no subsolo, como, por exemplo, no trecho da linha 2 sob a Av. Paulista
Implantação / inserção urbana
As áreas definidas de desapropriação para construção de estações de Metrô são resultado
de alguns fatores principais:
- área necessária para se viabilizar o empreendimento: quando a estação é em VCA, o
comprimento da escavação será igual ao comprimento da plataforma, 136m; quando a
estação é em poço central com plataformas escavadas em NATM, o diâmetro interno do
poço projetado nas linhas mais recentes fica em torno de 40m, sem considerar a vala
necessária próxima à superfície para que se garanta o atendimento ao programa de
necessidades da estação. Trata-se de dimensões significativas em tecidos urbanos
consolidados como o de São Paulo.
- a malha urbana consolidada nas regiões de implantação de Metrô: um dos grandes
objetivos do projeto é viabilizar a construção com o menor impacto possível nas condições
locais de forma a garantir a continuidade da circulação de veículos e pessoas na superfície
15
durante a obra. Sempre que possível, é ideal que se construa ao longo dos eixos das grandes
vias para se minimizarem as áreas desapropriadas. Na implantação da Linha 1-Azul no início
da década de 70, por exemplo, todo o trecho de túneis de via e estações entre o Liberdade-
Jabaquara foi feito em vala a céu. Avalia-se que a solução é hoje em dia é inviável.
Figura 10 - Obras da Linha 1 – Túnel de via executado pelo método construtivo VCA; Av.
Jabaquara esquina com Rua Carneiro da Cunha
- Necessidade de canteiro de obra
As áreas desapropriadas não se limitam à projeção da área escavada, sendo necessárias
áreas de circulação de máquinas e equipamentos ao redor das escavações e áreas para a
instalação dos escritórios, vestiários e depósitos de apoio à construção.
16
Aberturas para o exterior / conforto ambiental
O conforto térmico das estações é uma premissa para a concepção de projetos. As aberturas
projetadas para o exterior visam as entradas de luz e ar naturais. Para a última, é necessária
uma área mínima de 120m2. As aberturas não constituem escavações adicionais. São
sempre aproveitadas as áreas residuais da escavação de qualquer um dos métodos
construtivos adotados. A tomada de ar natural da estação faz parte do sistema de ventilação
dos túneis de via, sendo necessária para renovação e troca do ar de todo o sistema
metroviário.
3.2. Curva ABC
Considerando que a Linha 2, no trecho em estudo, compõe-se de todos os métodos
construtivos acima referenciados, foram elaborados gráficos de curva ABC para avaliar quais
são os preços unitários significativos e analisar os quantitativos correspondentes, visando
estudo de redução de custos.
Apresentamos a seguir, os gráficos de curva ABC das estações desta Linha, separados por
métodos construtivos: NATM, VCA e Poços secantes múltiplos:
17
Os gráficos das Figuras 11, 13, 15 e 17 indicam Curva ABC com os preços unitários e globais
mais significativos do orçamento estimado, até atingir 85% do custo das estações
consideradas.
Os gráficos das Figuras 12, 14, 16 e 18 indicam os preços com diversos serviços agrupados,
para obtenção de 100% do custo.
Estações em NATM:
Figura 11: Curva ABC com estações em NATM e preços unitários e globais
ARRUMAR AGRAFICO
Aço
CA
-5
0 –
forn
eci
me
nto
e c
olo
caçã
o.
TRA
TAM
ENTO
E M
ON
ITO
RA
MEN
TO D
E Á
REA
S C
ON
TAM
INA
DA
S
Tran
spo
rte
de
te
rra
dm
=40
km
AC
AB
AM
ENTO
Forn
eci
me
nto
e a
pli
caçã
o d
e c
on
cre
to p
roje
tad
o 3
0,0
≤
fck
< 3
4,0
MP
a.
PR
OJE
TO E
XEC
UTI
VO
Op
era
ção
, man
ute
nçã
o, l
imp
eza
e v
igil
ânci
a d
o
can
teir
o.
Esca
vaçã
o d
e t
ún
el e
est
ação
pe
lo s
iste
ma
“min
eir
o”.
Estr
utu
ra m
etá
lica
par
a co
be
rtu
ra e
ace
sso
s.
Form
a p
ara
tún
el e
est
acão
su
bte
rrân
ea
Imp
erm
eab
iliz
ação
flex
íve
l co
m m
anta
te
rmo
plá
stic
a p
ara
tún
el (
forr
o g
eo
têxt
il n
ão t
eci
do
-gr
amat
ura
=70
0g/
m2
)
Ge
stão
de
Ris
co
Enfi
lage
m d
e v
erg
alh
ão d
e f
ibra
de
vid
ro in
stal
ada
em
p
re-f
uro
até
Ø 2
1/2
''.
Co
ncr
eto
34
,0 ≤
fck
< 3
7,0
MP
a –
Par
a tr
abal
ho
no
turn
o.
INST
RU
MEN
TAÇ
ÃO
GEO
TÉC
NIC
A
Lan
çam
en
to d
e c
on
cre
to.
Co
ncr
eto
34
,0 ≤
fck
< 3
7,0
MP
a.
Enfi
lage
m in
jeta
da
de
bu
lbo
co
ntí
nu
o c
om
CC
PH
até
Ø
30
cm
e t
ub
o d
e a
ço S
CH
Cim
bra
me
nto
.
Estr
utu
ra m
etá
lica
do
me
zan
ino
.
Enfi
lage
m t
ipo
Je
t-G
rou
tin
g h
ori
zon
tal 0
,50
m ≤
d
iâm
etr
o <
0,8
0 m
.
Forn
eci
me
nto
e a
pli
caçã
o d
e c
on
cre
to p
roje
tad
o 2
4,0
≤
fck
< 2
7,0
MP
a.
Enfi
lage
m d
e v
erg
alh
ão d
e f
ibra
de
vid
ro in
stal
ada
em
p
ré-f
uro
até
Ø 4
1/2
''.
Tela
me
táli
ca
PAIS
AG
ISM
O
Esca
vaçã
o e
m t
rin
che
iras
e e
staç
õe
s su
bte
rrân
eas
Form
a p
ara
est
açõ
es
e e
dif
ício
s
Op
era
ção
de
bo
mb
a su
bm
ers
a co
m c
apac
idad
e Q
≤ 7
,5
m3
/h.
Enfi
lage
m t
ub
ula
r d
e a
ço in
jeta
da.
Enfi
lage
m d
e v
erg
alh
ão d
e f
ibra
de
vid
ro in
stal
ada
em
p
re-f
uro
Ø 2
1/2
''.
INV
ESTI
GA
ÇÕ
ES G
EOTÉ
CN
ICA
S, S
ON
DA
GEN
S E
ENSA
IOS
PAR
A E
LAB
OR
AÇ
ÃO
DO
PR
OJE
TO E
XEC
UTI
VO
Co
ncr
eto
30
,0 ≤
fck
< 3
4,0
MP
a –
Par
a tr
abal
ho
no
turn
o.
HID
RÁ
ULI
CA
Co
be
rtu
ra d
e v
idro
lam
inad
o t
em
pe
rad
o 1
6 m
m.
Forn
eci
me
nto
de
pe
rfil
me
táli
co p
ost
o o
bra
.
10,4%
18,5%
26,4%33,0%
38,8%
42,7%
46,2%
49,3%
52,3% 55,3%
58,2%60,7% 63,0% 64,7%
66,3%67,9%
69,4%70,9%
72,3% 73,6%
74,8% 75,9% 76,8% 77,6% 78,3% 79,1% 79,9%80,6% 81,3% 82,0%
82,6% 83,3%83,9% 84,5%
85,1%10,4%
8,1%7,9%
6,6%5,7%
3,9%
3,5%
3,1%
3,1%
3,0%
2,9%
2,5%
2,3%1,6%
1,6%
1,6%
1,5%
1,5%
1,4%
1,3%
1,2%
1,0%
0,9%
0,8%0,8%
0,8%
0,8%
0,7%
0,7%
0,7%0,6% 0,6%
0,6%
0,6%
0,6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
Po
rce
nta
gem
acu
mu
lad
a -C
urv
a A
BC
Po
rce
nta
gem
do
Se
rviç
o e
m r
ela
ção
ao
To
tal
Curva ABCEstações em NATM - SERVIÇOS 0.85
18
Figura 12: Curva ABC com estações em NATM e preços de diversos serviços agrupados
Estações em VCA:
Figura 13: Curva ABC com estações em VCA e preços unitários e globais
MO
VIM
ENTO
DE
TER
RA
; 13
,3%
AÇ
O; 1
0,4
%
TRA
TAM
ENTO
; 9,2
%
TRA
TAM
ENTO
E M
ON
ITO
RA
MEN
TO D
E Á
REA
S C
ON
TAM
INA
DA
S; 8
,1%
CO
NC
RET
O M
OLD
AD
O; 6
,9%
CO
NC
RET
O P
RO
JETA
DO
; 6,8
%
AC
AB
AM
ENTO
; 6,6
%
ESTR
UTU
RA
MET
ÁLI
CA
; 6,3
%
SER
VIÇ
OS
PR
ELIM
INA
RES
; 6,0
%
PR
OJE
TO E
XEC
UTI
VO
; 3,9
%
FOR
MA
; 3,8
%
IMP
ERM
EAB
ILIZ
AÇ
ÃO
; 3,1
%
GES
TÃO
DE
RIS
CO
; 2,5
%
REB
AIX
AM
ENTO
; 2,2
%
INST
RU
MEN
TAÇ
ÃO
; 1
,6%
PAR
EDE
DIA
FRA
GM
A; 1
,4%
CIM
BR
AM
ENTO
; 1,4
%
TELA
; 0,8
%
PAIS
AG
ISM
O E
REU
RB
AN
IZA
ÇÃ
O; 0
,8%
UR
BA
NIZ
AÇ
ÃO
; 0,8
%
GER
AL;
0,7
%
SON
DA
GEN
S E
ENSA
IOS;
0,6
%
HID
RÁ
ULI
CA
; 0,6
%
FUN
DA
ÇÃ
O; 0
,6%
TIR
AN
TES;
0,5
%
CA
MB
OTA
S; 0
,4%
CO
MU
NIC
AÇ
ÃO
VIS
UA
L; 0
,2%
RED
ES E
TU
BO
S; 0
,1%
GES
TÃO
AM
BIE
NTA
L; 0
,1%
AR
QU
EOLO
GIA
; 0,1
%
Ate
nd
ime
nto
em
erg
en
cial
par
a re
cup
era
ção
de
dan
os
aos
imó
veis
lin
de
iro
s; 0
,1%
MA
NEJ
O A
RB
ÓR
EO; 0
,1%
SIN
ALI
ZAÇ
ÃO
E D
ESV
IO D
E TR
ÁFE
GO
; 0,1
%
13,3%
23,7%
32,9%
41,0%
47,8%
54,6%
61,2%
67,5%
73,5%
77,4%
81,3%
84,3%86,8%
89,0%90,6%
92,0%93,4% 94,2% 95,0% 95,8%
96,5% 97,1% 97,7% 98,3% 98,8% 99,2% 99,4%99,5% 99,7% 99,8%
99,9%99,9% 100,0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
Po
rce
nta
gem
acu
mu
lad
a -C
urv
a A
BC
Po
rce
nta
gem
do
agr
up
ame
nto
em
re
laçã
o a
o T
ota
lCurva ABC
Estações em NATM - SERVIÇOS AGRUPADOS
ARRUMAR AGRAFICO
Aço
CA
-5
0 –
forn
eci
me
nto
e c
olo
caçã
o.;
13
,4%
TRA
TAM
ENTO
E M
ON
ITO
RA
MEN
TO D
E Á
REA
S C
ON
TAM
INA
DA
S; 9
,1%
Tran
spo
rte
de
te
rra
dm
=40
km; 6
,6%
AC
AB
AM
ENTO
; 4,9
%
PR
OJE
TO E
XEC
UTI
VO
; 4,0
%
Form
a p
ara
tún
el e
est
acão
su
bte
rrân
ea;
2,9
%
Co
ncr
eto
34
,0 ≤
fck
< 3
7,0
MP
a –
Par
a tr
abal
ho
n
otu
rno
.; 2
,8%
Co
ncr
eto
34
,0 ≤
fck
< 3
7,0
MP
a.; 2
,6%
Esca
vaçã
o d
e p
are
de
dia
frag
ma
com
uti
liza
ção
de
d
iafr
agm
ado
ras
hid
ráu
lica
e h
idro
fre
sa, i
ncl
uin
do
o
forn
eci
me
nto
e a
pli
caçã
o d
e b
en
ton
ita
-so
lo; 2
,6%
Estr
utu
ra m
etá
lica
par
a co
be
rtu
ra e
ace
sso
s.; 2
,6%
Ge
stão
de
Ris
co; 2
,5%
Imp
erm
eab
iliz
ação
flex
íve
l co
m m
anta
te
rmo
plá
stic
a p
ara
tún
el (
forr
o g
eo
têxt
il n
ão t
eci
do
-gr
amat
ura
=70
0g/
m2
); 2
,2%
Op
era
ção
, man
ute
nçã
o, l
imp
eza
e v
igil
ânci
a d
o
can
teir
o.;
2,1
%
Lan
çam
en
to d
e c
on
cre
to.;
2,0
%
Aço
CA
-5
0 –
forn
eci
me
nto
.; 1
,9%
Estr
utu
ra m
etá
lica
par
a co
be
rtu
ra e
ace
sso
s -
par
a tr
abal
ho
em
ho
rári
o r
est
rito
; 1,8
%
Tira
nte
s 1
00
t, c
ust
o li
ne
ar.;
1,7
%
Exe
cuçã
o d
e p
are
de
dia
frag
ma.
; 1,5
%
Op
era
ção
de
bo
mb
a su
bm
ers
a co
m c
apac
idad
e Q
> 7
,5
m3
/h.;
1,4
%
INST
RU
MEN
TAÇ
ÃO
GEO
TÉC
NIC
A; 1
,4%
Tira
nte
s 1
20
t, c
ust
o li
ne
ar.;
1,3
%
Tira
nte
s 1
00
t, c
ust
o f
ixo
.; 1
,3%
Cim
bra
me
nto
.; 1
,2%
Esca
vaçã
o d
e p
are
de
dia
frag
ma
com
forn
eci
me
nto
e
apli
caçã
o d
e b
en
ton
ita.
; 1,2
%
Tira
nte
s 8
0 t
, cu
sto
lin
ear
.; 1
,2%
Op
era
ção
de
bo
mb
a su
bm
ers
a co
m c
apac
idad
e Q
≤ 7
,5
m3
/h.;
0,9
%
Tira
nte
s 1
20
t, c
ust
o f
ixo
.; 0
,9%
Mo
nta
gem
de
est
ron
cam
en
to.;
0,7
%
PAIS
AG
ISM
O;
0,7
%
Co
ncr
eto
34
,0 ≤
fck
< 3
7,0
MP
a –
Par
a tr
abal
ho
em
d
om
ingo
s e
fe
riad
os.
; 0,7
%IN
VES
TIG
AÇ
ÕES
GEO
TÉC
NIC
AS,
SO
ND
AG
ENS
E EN
SAIO
S PA
RA
ELA
BO
RA
ÇÃ
O D
O P
RO
JETO
EX
ECU
TIV
O; 0
,6%
Form
a p
ara
est
açõ
es
e e
dif
ício
s; 0
,6%
Forn
eci
me
nto
de
pe
rfil
me
táli
co p
ost
o o
bra
.; 0
,6%
Co
ncr
eto
15
,0 ≤
fck
< 1
8,0
MP
a.; 0
,6%
Co
be
rtu
ra d
e v
idro
lam
inad
o t
em
pe
rad
o 1
6 m
m.;
0,6
%
Tran
spo
rte
de
mat
eri
al e
scav
ado
-ro
cha
dm
=40
km;
0,6
%
Esca
vaçã
o e
m t
rin
che
iras
e e
staç
õe
s su
bte
rrân
eas
; 0,5
%
Tira
nte
s 8
0 t
, cu
sto
fix
o.;
0,5
%
De
mo
liçã
o d
e e
dif
icaç
õe
s; 0
,5%
13,4%22,5%
29,1%34,1%38,1%
40,9% 43,7%
46,4%49,0%
51,6%54,1%
56,3% 58,4%60,4%
62,3%64,1%
65,8%67,2%
68,6% 70,0%
71,3% 72,6% 73,8%75,0%
76,2% 77,0%77,9%78,6% 79,3% 80,0%
80,6%81,2%81,8%82,3% 82,9%
83,5%84,0%
84,5% 85,1%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
Po
rce
nta
gem
acu
mu
lad
a -C
urv
a A
BC
Po
rce
nta
gem
do
Se
rviç
o e
m r
ela
ção
ao
To
tal
Curva ABCEstações em VCA- SERVIÇOS 0.85
19
Figura 14: Curva ABC com estações em VCA e preços de diversos serviços agrupados
Estação em poços múltiplos:
Figura 15: Curva ABC com estação em poços múltiplos e preços unitários e globais
AÇ
O; 1
3,4
%
CO
NC
RET
O M
OLD
AD
O; 9
,1%
TRA
TAM
ENTO
E M
ON
ITO
RA
MEN
TO D
E Á
REA
S C
ON
TAM
INA
DA
S; 9
,1%
PAR
EDE
DIA
FRA
GM
A; 9
,0%
MO
VIM
ENTO
DE
TER
RA
; 9,0
%
ESTR
UTU
RA
MET
ÁLI
CA
; 8,2
%
TIR
AN
TES;
7,7
%
AC
AB
AM
ENTO
; 4,9
%
REB
AIX
AM
ENTO
; 4,3
%
PR
OJE
TO E
XEC
UTI
VO
; 4,0
%
FOR
MA
; 3,7
%
SER
VIÇ
OS
PR
ELIM
INA
RES
; 3,6
%
GES
TÃO
DE
RIS
CO
; 2,5
%
IMP
ERM
EAB
ILIZ
AÇ
ÃO
; 2,5
%
GER
AL;
1,4
%
INST
RU
MEN
TAÇ
ÃO
; 1
,4%
CIM
BR
AM
ENTO
; 1,3
%
UR
BA
NIZ
AÇ
ÃO
; 0,7
%
PAIS
AG
ISM
O E
REU
RB
AN
IZA
ÇÃ
O; 0
,7%
SON
DA
GEN
S E
ENSA
IOS;
0,6
%
FUN
DA
ÇÃ
O; 0
,6%
TRA
TAM
ENTO
; 0,5
%
HID
RÁ
ULI
CA
; 0,5
%
RED
ES E
TU
BO
S; 0
,4%
CO
NC
RET
O P
RO
JETA
DO
; 0,2
%
CO
MU
NIC
AÇ
ÃO
VIS
UA
L; 0
,2%
GES
TÃO
AM
BIE
NTA
L; 0
,2%
AR
QU
EOLO
GIA
; 0,1
%
TELA
; 0,1
%
Ate
nd
ime
nto
em
erg
en
cial
par
a re
cup
era
ção
de
dan
os
aos
imó
veis
lin
de
iro
s; 0
,1%
MA
NEJ
O A
RB
ÓR
EO; 0
,1%
SIN
ALI
ZAÇ
ÃO
E D
ESV
IO D
E TR
ÁFE
GO
; 0,1
%
CA
MB
OTA
S; 0
,0%
13,4%
22,5% 31,6%
40,6%49,6%
57,8%
65,5%
70,4%74,7%
78,7%
82,4%
86,0%88,6%
91,1%92,4%
93,8%95,1% 95,8% 96,5% 97,1%
97,7% 98,2% 98,6% 99,1% 99,3% 99,4% 99,6%99,7% 99,8% 99,9% 99,9%
100,0%100,0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
Po
rce
nta
gem
acu
mu
lad
a -C
urv
a A
BC
Po
rce
nta
gem
do
agr
up
ame
nto
em
re
laçã
o a
o T
ota
lCurva ABC
Estações em VCA- SERVIÇOS AGRUPADOS
ARRUMAR AGRAFICO
TRA
TAM
ENTO
E M
ON
ITO
RA
MEN
TO D
E Á
REA
S C
ON
TAM
INA
DA
S; 1
1,9
%
Aço
CA
-5
0 –
forn
eci
me
nto
e c
olo
caçã
o.;
11
,3%
Tran
spo
rte
de
te
rra
dm
=40
km; 7
,3%
Esca
vaçã
o d
e p
are
de
dia
frag
ma
com
forn
eci
me
nto
e
apli
caçã
o d
e b
en
ton
ita
SPT
>50
go
lpe
s.; 7
,0%
AC
AB
AM
ENTO
; 5,8
%
Aço
CA
-5
0 –
forn
eci
me
nto
.; 5
,4%
Op
era
ção
, man
ute
nçã
o, l
imp
eza
e v
igil
ânci
a d
o
can
teir
o.;
5,0
%
PR
OJE
TO E
XEC
UTI
VO
; 4,2
%
Exe
cuçã
o d
e p
are
de
dia
frag
ma.
; 4,0
%
Co
ncr
eto
34
,0 ≤
fck
< 3
7,0
MP
a –
Par
a tr
abal
ho
n
otu
rno
.; 3
,9%
Form
a p
ara
tún
el e
est
acão
su
bte
rrân
ea;
3,1
%
Esca
vaçã
o d
e p
are
de
dia
frag
ma
com
forn
eci
me
nto
e
apli
caçã
o d
e b
en
ton
ita.
; 2,7
%
Ge
stão
de
Ris
co; 2
,4%
Estr
utu
ra m
etá
lica
par
a co
be
rtu
ra e
ace
sso
s.; 2
,3%
Lan
çam
en
to d
e c
on
cre
to.;
2,1
%
Co
ncr
eto
37
,0 ≤
fck
< 4
2,0
MP
a p
ara
par
ed
e d
iafr
agm
a,
est
acão
/tu
bu
lão
.; 2
,1%
Imp
erm
eab
iliz
ação
flex
íve
l co
m m
anta
te
rmo
plá
stic
a p
ara
tún
el (
forr
o g
eo
têxt
il n
ão t
eci
do
-gr
amat
ura
=70
0g/
m2
); 2
,0%
Co
ncr
eto
34
,0 ≤
fck
< 3
7,0
MP
a.; 1
,8%
Co
ncr
eto
37
,0 ≤
fck
< 4
2,0
MP
a p
ara
par
ed
e d
iafr
agm
a,
est
acão
/tu
bu
lão
–P
ara
trab
alh
o n
otu
rno
.; 1
,8%
11,9%23,2%
30,5%
37,5%
43,3%
48,8%
53,8%
58,0% 61,9%
65,8%
69,0%
71,6%74,1%
76,4%78,5%
80,6%82,6%
84,4%86,1%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
Po
rce
nta
gem
acu
mu
lad
a -C
urv
a A
BC
Po
rce
nta
gem
do
Se
rviç
o e
m r
ela
ção
ao
To
tal
Curva ABCEstações POÇOS SERVIÇOS 0.85
20
Figura 16: Curva ABC com estação em poços múltiplos e preços de diversos serviços
agrupados
Estações com todos os métodos construtivos
Figura 17: Curva ABC de estações com todos os métodos construtivos e preços unitários e
globais
PAR
EDE
DIA
FRA
GM
A; 2
3,7
%
TRA
TAM
ENTO
E M
ON
ITO
RA
MEN
TO D
E Á
REA
S C
ON
TAM
INA
DA
S; 1
1,9
%
AÇ
O; 1
1,3
%
CO
NC
RET
O M
OLD
AD
O; 9
,6%
MO
VIM
ENTO
DE
TER
RA
; 8,7
%
SER
VIÇ
OS
PR
ELIM
INA
RES
; 6,2
%
AC
AB
AM
ENTO
; 5,8
%
PR
OJE
TO E
XEC
UTI
VO
; 4,2
%
FOR
MA
; 3,7
%
ESTR
UTU
RA
MET
ÁLI
CA
; 3,3
%
IMP
ERM
EAB
ILIZ
AÇ
ÃO
; 2,5
%
GES
TÃO
DE
RIS
CO
; 2,4
%
CIM
BR
AM
ENTO
; 1,6
%
GER
AL;
1,1
%
INST
RU
MEN
TAÇ
ÃO
; 0
,9%
FUN
DA
ÇÃ
O; 0
,5%
SON
DA
GEN
S E
ENSA
IOS;
0,5
%
HID
RÁ
ULI
CA
; 0,5
%
PAIS
AG
ISM
O E
REU
RB
AN
IZA
ÇÃ
O; 0
,3%
CO
MU
NIC
AÇ
ÃO
VIS
UA
L; 0
,3%
UR
BA
NIZ
AÇ
ÃO
; 0,2
%
GES
TÃO
AM
BIE
NTA
L; 0
,2%
AR
QU
EOLO
GIA
; 0,1
%
RED
ES E
TU
BO
S; 0
,1%
MA
NEJ
O A
RB
ÓR
EO; 0
,1%
Ate
nd
ime
nto
em
erg
en
cial
par
a re
cup
era
ção
de
dan
os
aos
imó
veis
lin
de
iro
s; 0
,0%
SIN
ALI
ZAÇ
ÃO
E D
ESV
IO D
E TR
ÁFE
GO
; 0,0
%
REB
AIX
AM
ENTO
; 0,0
%
TIR
AN
TES;
0,0
%
TRA
TAM
ENTO
; 0,0
%
CO
NC
RET
O P
RO
JETA
DO
; 0,0
%
TELA
; 0,0
%
CA
MB
OTA
S; 0
,0%
23,7%
35,6%
46,9%
56,5%65,2%
71,4%
77,2%
81,4%85,1%
88,4%91,0%
93,4% 95,0% 96,2% 97,1% 97,6% 98,1% 98,6% 99,0% 99,3%99,5% 99,7% 99,8% 99,9% 99,9% 100,0%100,0%
100,0% 100,0% 100,0%100,0%100,0%100,0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
Po
rce
nta
gem
acu
mu
lad
a -C
urv
a A
BC
Po
rce
nta
gem
do
agr
up
ame
nto
em
re
laçã
o a
o T
ota
lCurva ABC
Estações POÇOS SERVIÇOS AGRUPADOS
ARRUMAR AGRAFICO
Aço
CA
-5
0 –
forn
eci
me
nto
e c
olo
caçã
o;
12
,1%
TRA
TAM
ENTO
E M
ON
ITO
RA
MEN
TO D
E Á
REA
S C
ON
TAM
INA
DA
S;
8,8
%
Tran
spo
rte
de
te
rra
(dm
t =
40
km);
7,2
%
AC
AB
AM
ENTO
; 5
,6%
PR
OJE
TO E
XEC
UTI
VO
; 4
,0%
Form
a p
ara
tún
el e
est
ação
su
bte
rrân
ea;
2,9
%
Op
era
ção
, m
anu
ten
ção
, lim
pe
za e
vig
ilân
cia
do
can
teir
o;
2,8
%
Estr
utu
ra m
etá
lica
par
a co
be
rtu
ra e
ace
sso
s; 2
,7%
Ge
stão
de
Ris
co;
2,5
%
Imp
erm
eab
iliza
ção
fle
xíve
l co
m m
anta
te
rmo
plá
stic
a p
ara
tún
el;
2
,5%
Co
ncr
eto
34
,0 ≤
fck
< 3
7,0
MP
a -
Par
a tr
abal
ho
no
turn
o;
2,4
%
Forn
eci
me
nto
e a
plic
ação
de
co
ncr
eto
pro
jeta
do
30
,0 ≤
fck
<
34
,0 M
Pa;
2,3
%
Co
ncr
eto
34
,0 ≤
fck
< 3
7,0
MP
a; 2
,2%
Lan
çam
en
to d
e c
on
cre
to;
1,9
%Es
cava
ção
de
par
ed
e d
iafr
agm
a co
m u
so d
e d
iafr
agm
ado
ras
hid
ráu
lica
e h
idro
fre
sa, i
ncl
uin
do
o f
orn
eci
me
nto
e a
plic
ação
de
b
en
ton
ita
-so
lo;
1,5
%IN
STR
UM
ENTA
ÇÃ
O G
EOTÉ
CN
ICA
; 1
,4%
Aço
CA
-5
0 -
forn
eci
me
nto
; 1
,4%
Cim
bra
me
nto
; 1
,3%
Esca
vaçã
o d
e t
ún
el e
est
ação
pe
lo s
iste
ma
"min
eir
o";
1,2
%
Exe
cuçã
o d
e p
are
de
dia
frag
ma;
1,1
%
Estr
utu
ra m
etá
lica
par
a co
be
rtu
ra e
ace
sso
s -
Par
a tr
abal
ho
em
h
orá
rio
re
stri
to; 1
,0%
Esca
vaçã
o d
e p
are
de
dia
frag
ama
com
fo
rne
cim
en
to e
ap
licaç
ão
de
be
nto
nit
a; 1
,0%
Tira
nte
s 1
00
t, c
ust
o li
ne
ar;
1,0
%En
fila
gem
de
ve
rgal
hão
de
fib
ra d
e v
idro
inst
alad
a e
m p
ré-f
uro
at
é Ø
2 1
/2''
com
PV
C d
e 1
.1/8
" e
4 b
arra
s d
e f
ibra
de
vid
ro d
e
1/2
"; 0
,9%
Op
era
ção
de
bo
mb
a su
bm
ers
a co
m c
apac
idad
e Q
> 7
,5 m
³/h
; 0
,8%
Op
era
ção
de
bo
mb
a su
bm
ers
a co
m c
apac
idad
e Q
≤ 7
,5 m
³/h
; 0
,8%
Tira
nte
s 1
20
t, c
ust
o li
ne
ar;
0,7
%
Tira
nte
s 8
0 t
, cu
sto
lin
ear
; 0
,7%
PAIS
AG
ISM
O;
0,7
%
Tira
nte
s 1
00
t, c
ust
o t
rech
o a
nco
rad
o;
0,7
%
Form
a p
ara
est
açõ
es
e e
dif
ício
s; 0
,7%
Esca
vaçã
o e
m t
rin
che
iras
e e
staç
õe
s su
bte
rrân
eas
; 0
,7%
Enfi
lage
m in
jeta
da
de
bu
lbo
co
ntí
nu
o c
om
CC
PH
Ø 3
0 c
m e
tu
bo
d
e a
ço S
CH
40
de
Ø 2
1/2
”; 0
,6%
INV
ESTI
GA
ÇÕ
ES G
EOTÉ
CN
ICA
S, S
ON
DA
GEN
S E
ENSA
IOS
PAR
A
ELA
BO
RA
ÇÃ
O D
O P
RO
JETO
EX
ECU
TIV
O;
0,6
%
Co
be
rtu
ra d
e v
idro
lam
inad
o t
em
pe
rad
o 1
6 m
m;
0,6
%
Esca
vaçã
o d
e p
are
de
dia
frag
ma
com
fo
rne
cim
en
to e
ap
licaç
ão
de
be
nto
nit
a SP
T >
50
go
lpe
s; 0
,6%
Forn
eci
me
nto
de
pe
rfil
me
tálic
o p
ost
o o
bra
; 0
,6%
Estr
utu
ra m
etá
lica
do
me
zan
ino
; 0
,5%
Enfi
lage
m t
ipo
Je
t-G
rou
tin
g h
ori
zon
tal
0,5
0 m
≤ d
iâm
etr
o <
0,8
0
m;
0,5
%C
on
cre
to 3
4,0
≤ f
ck <
37
,0 M
Pa
-P
ara
trab
alh
o e
m d
om
ingo
s e
fe
riad
os;
0,5
%
HID
RÁ
ULI
CA
; 0
,5%
De
mo
lição
de
ed
ific
açõ
es;
0,5
%
Mo
nta
gem
de
est
ron
cam
en
to; 0
,5%
Tira
nte
s 1
20
t, c
ust
o t
rech
o a
nco
rad
o;
0,5
%
Co
ncr
eto
15
,0 ≤
fck
< 1
8,0
MP
a; 0
,5%
Tran
spo
rte
de
mat
eri
al e
scav
ado
-ro
cha
(dm
t=4
0 k
m);
0,4
%
Forn
eci
me
nto
e a
plic
ação
de
co
ncr
eto
pro
jeta
do
24
,0 ≤
fck
<
27
,0 M
Pa;
0,4
%
12,1%
21,0%
28,2%
33,8%
37,8% 40,7%
43,4%
46,2%
48,7%51,2%
53,6%
55,9% 58,1%59,9%
61,4%62,8%
64,3%65,6%
66,8% 68,0%
69,0% 69,9%
70,9%71,8%
72,6%
73,4%
74,1%74,8%
75,5% 76,2%76,9%
77,5%78,2%
78,8%79,4%
79,9%80,5%
81,0%81,5%
82,0%
82,6%
83,1%
83,5%
84,0%84,5%
84,9%85,3%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
Po
rce
nta
gem
acu
mu
lad
a -C
urv
a A
BC
Po
rce
nta
gem
do
Se
rviç
o e
m r
ela
ção
ao
To
tal
Curva ABCTOTAL 0.85
21
Figura 18: Curva ABC de estações com todos os métodos construtivos e preços de diversos
serviços agrupados
Para realizar um estudo mais detalhado, escolhermos o método em VCA para análise de
quantitativos considerados significativos, para avaliar seus impactos e consequente
variações nos custos.
A Figura 19 apresenta a curva ABC do método em VCA com os preços de serviços agrupados
“macros” como concreto armado (concreto, aço, impermeabilização, forma e cimbramento)
que representa toda estrutura definitiva de uma estação; de concreto projetado (concreto
projetado, tela e cambotas) e de contenção (parede diafragma e tirantes).
AÇ
O; 1
2,7
%
MO
VIM
ENTO
DE
TER
RA
; 10
,6%
TRA
TAM
ENTO
E M
ON
ITO
RA
MEN
TO D
E Á
REA
S C
ON
TAM
INA
DA
S; 8
,8%
CO
NC
RET
O M
OLD
AD
O; 8
,3%
ESTR
UTU
RA
MET
ÁLI
CA
; 7,2
%
PAR
EDE
DIA
FRA
GM
A; 6
,8%
AC
AB
AM
ENTO
; 5,6
%
SER
VIÇ
OS
PR
ELIM
INA
RES
; 4,7
%
TIR
AN
TES;
4,5
%
PR
OJE
TO E
XEC
UTI
VO
; 4,0
%
TRA
TAM
ENTO
; 3,8
%
FOR
MA
; 3,8
%
REB
AIX
AM
ENTO
; 3,2
%
CO
NC
RET
O P
RO
JETA
DO
; 2,7
%
IMP
ERM
EAB
ILIZ
AÇ
ÃO
; 2,7
%
GES
TÃO
DE
RIS
CO
; 2,5
%
INST
RU
MEN
TAÇ
ÃO
; 1
,4%
CIM
BR
AM
ENTO
; 1,4
%
PAIS
AG
ISM
O E
REU
RB
AN
IZA
ÇÃ
O; 0
,7%
UR
BA
NIZ
AÇ
ÃO
; 0,7
%
SON
DA
GEN
S E
ENSA
IOS;
0,6
%
FUN
DA
ÇÃ
O; 0
,6%
GER
AL;
0,5
%
HID
RÁ
ULI
CA
; 0,5
%
TELA
; 0,4
%
RED
ES E
TU
BO
S; 0
,3%
CO
MU
NIC
AÇ
ÃO
VIS
UA
L; 0
,2%
GES
TÃO
AM
BIE
NTA
L; 0
,2%
CA
MB
OTA
S; 0
,2%
AR
QU
EOLO
GIA
; 0,1
%
Ate
nd
ime
nto
em
erg
en
cial
par
a re
cup
era
ção
de
dan
os
aos
imó
veis
lin
de
iro
s; 0
,1%
MA
NEJ
O A
RB
ÓR
EO; 0
,1%
SIN
ALI
ZAÇ
ÃO
E D
ESV
IO D
E TR
ÁFE
GO
; 0,1
%
12,7%
23,3%
32,2% 40,4%
47,6%
54,5%
60,1%
64,8%
69,3%
73,3%
77,1%
80,9%84,1%
86,8%
89,6%92,1%
93,5%94,9% 95,6% 96,3%
96,9% 97,5% 98,0% 98,5% 98,9% 99,2% 99,4%99,5% 99,7% 99,8%
99,9%99,9% 100,0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
Po
rce
nta
gem
acu
mu
lad
a -C
urv
a A
BC
Po
rce
nta
gem
do
agr
up
ame
nto
em
re
laçã
o a
o T
ota
l
Curva ABC TOTAL SERVIÇOS AGRUPADOS
22
Figura 19: Curva ABC das estações em VCA e preços de diversos serviços agrupados, como
serviços de concreto armado, de concreto projetado e de contenção.
Para obter o orçamento estimado de uma estação em VCA, é necessário considerar quase
400 itens de planilhas de quantidades representados apenas pela obra bruta. Os outros itens
como acabamento e hidráulica, entre outros foram considerados como um item, em função
da forma global de pagamento. Mesmo assim, podemos observar que em torno de 10% do
total destes itens são significativos em valores para ter um orçamento de aproximadamente
85% do total do valor de uma estação.
Com a curva ABC podemos visualizar os itens mais significativos, portanto passíveis de
atuação, que destacamos alguns a seguir. Porém, lembramos que os estudos realizados a
seguir são válidos sempre dentro de determinadas condições, parâmetros e prazos
adotados.
CO
NC
RET
O A
RM
AD
O; 3
0,0
%
CO
NTE
NÇ
ÃO
; 16
,8%
TRA
TAM
ENTO
E M
ON
ITO
RA
MEN
TO D
E Á
REA
S C
ON
TAM
INA
DA
S; 9
,1%
MO
VIM
ENTO
DE
TER
RA
; 9,0
%
ESTR
UTU
RA
MET
ÁLI
CA
; 8,2
%
AR
QU
ITET
UR
A; 5
,8%
REB
AIX
AM
ENTO
; 4,3
%
PR
OJE
TO E
XEC
UTI
VO
; 4,0
%
SER
VIÇ
OS
PR
ELIM
INA
RES
; 3,6
%
GES
TÃO
DE
RIS
CO
; 2,5
%
GER
AL;
1,4
%
INST
RU
MEN
TAÇ
ÃO
; 1
,4%
UR
BA
NIZ
AÇ
ÃO
; 0,7
%
SON
DA
GEN
S E
ENSA
IOS;
0,6
%
FUN
DA
ÇÃ
O; 0
,6%
TRA
TAM
ENTO
; 0,5
%
HID
RÁ
ULI
CA
; 0,5
%
RED
ES E
TU
BO
S; 0
,4%
CO
NC
RET
O P
RO
JETA
DO
; 0,3
%
GES
TÃO
AM
BIE
NTA
L; 0
,2%
AR
QU
EOLO
GIA
; 0,1
%
Ate
nd
ime
nto
em
erg
en
cial
par
a re
cup
era
ção
de
dan
os
aos
imó
veis
lin
de
iro
s; 0
,1%
MA
NEJ
O A
RB
ÓR
EO; 0
,1%
SIN
ALI
ZAÇ
ÃO
E D
ESV
IO D
E TR
ÁFE
GO
; 0,1
%
30,0%
46,8% 55,9%
64,8%
73,0%
78,8%
83,1%
87,1%90,7%
93,2%94,6%
96,0% 96,7% 97,3% 97,9% 98,4% 98,8% 99,2% 99,5% 99,7%99,8% 99,9% 99,9% 100,0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
Po
rce
nta
gem
acu
mu
lad
a -C
urv
a A
BC
Po
rce
nta
gem
do
agr
up
ame
nto
em
re
laçã
o a
o T
ota
lCurva ABC
Estações em VCA- SERVIÇOS AGRUPADOS MACRO
23
Concreto armado:
Em uma estação em VCA o custo de concreto armado é o mais significativo dos itens
agrupados, representando em torno de 30%. O volume de concreto armado, composto por
itens como fornecimento de concreto, lançamento, fornecimento e colocação de aço,
fornecimento e instalação de forma e cimbramento, além da impermeabilização, está
diretamente ligado ao volume de escavação. Como o comprimento e a largura da vala estão
definidos em função do comprimento do material rodante e da largura da plataforma, a
única geometria possível de alteração é na profundidade. A redução na profundidade
implica em significativa redução nos custos de uma estação em VCA, mas as implicações
decorrentes desta premissa devem ser bem analisadas. Neste aspecto, os túneis de via que
chegam à estação devem ter condições adequadas em termos estruturais, inserção ao meio
local e de riscos, pois uma atuação na mitigação de riscos pode elevar os custos dos túneis,
com resultado final pouco favorável ou até mesmo desfavorável no custo total. Depende
das condições locais para implantação de qualquer solução.
Contenção da vala:
A contenção da vala, composta no projeto com a parede diafragma e tirantes, representa a
segunda parcela significativa de custos de uma estação, com 17%. E por razões acima
descritas no item referente ao concreto armado, o parâmetro variável é a profundidade da
vala, e neste caso, a variação na altura tem grande variação nos custos da estrutura de
24
contenção. Em um estudo com essa consideração, observamos que os custos resultantes da
contenção do maciço composto de parede diafragma e tirantes em função da profundidade
não é uma variação proporcional (Figura 20).
Figura 20: Custos relativos da parede diafragma e tirantes em função da profundidade da
vala
Considerando o custo de contenção da vala de 15m de profundidade como base,
observamos que para as valas com profundidades de 20, 25 e 30m, as variações em custos
das contenções representam 2, 3 e 5 vezes quando considerados sem rebaixamento do nível
dágua. Os custos dos tirantes são muito significativos nesses aumentos de custos não
lineares em função da profundidade. Com rebaixamento ativado, o custo da estrutura de
contenção reduz devido ao menor empuxo atuante, mas neste caso deve considerar o
acréscimo dos custos devido ao rebaixamento, que também é significativo.
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
0 10 20 30 40
Cu
sto
re
lati
vo
Profundidade (m)
Com Rebaixamento
Sem Rebaixamento (NA -4,0 m)
25
Figura 21: Custo relativo da escavação, contenção e rebaixamento da vala em função das
profundidades variáveis.
O estudo de rebaixamento do lençol freático por poços profundos mostrou que a partir de
uma determinada profundidade, o emprego deste sistema é compensador se considerados
os custos de escavação, contenção e rebaixamento. Ou seja, mesmo com custo adicional do
sistema de rebaixamento, o alívio do carregamento na parede de contenção traduz em
redução do custo total dos itens em questão.
Comparando os custos de obra provisória (movimento de terra, contenção e rebaixamento),
das valas (VCA) com os dos poços múltiplos secantes, observamos que os poços múltiplos
4,05
2,99
2,09
1,34
4,33
2,96
1,85
1,00 1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
15 20 25 30
Cu
sto
re
lati
vo
Profundidade (m)
Com RebaixamentoSem Rebaixamento (NA -4,0 m)
26
quando profundos, resulta em valores inferiores ao da vala. A escavação de poços múltiplos
é maior que a de uma vala retangular, mas os custos dos tirantes das valas profundas
superam proporcionalmente este custo, e resulta em vantagem de custos para os poços
secantes, considerando apenas os itens envolvidos da fase provisória. Os estroncamentos
dos poços não foram considerados nesse estudo, por considerar que são estruturas
definitivas executadas antecipadamente.
Figura 22: Custo relativo considerando escavação, contenção e rebaixamento para valas e
poços secantes
4,05
2,99
2,09
1,34
4,33
2,96
1,85
1,00
3,21
2,67 2,14
1,60
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
15 20 25 30
Cu
sto
re
lati
vo
Profundidade (m)
Com Rebaixamento
Sem Rebaixamento (NA -4,0 m)
Poços Secantes
27
Custos relativos de rebaixamento:
Figura 23: Custo relativo de rebaixamento de uma vala (VCA) em profundidades variáveis
Na estimativa de custos do rebaixamento para diversas profundidades, consideramos como
referência, o valor unitário para o custo total de uma vala de 15m. Foram considerados
prazos maiores para as valas mais profundas, necessários para implantação, com o objetivo
de demonstrar as variações dos custos com a profundidade.
Aço
Entre os preços unitários quantificados para orçamento, o item fornecimento e colocação de
aço aparece como o mais significativo para uma estação em VCA. A redução do aço,
isoladamente é difícil de obter, uma vez que faz parte do dimensionamento estrutural e a
quantificação é decorrente deste cálculo. Existem, porém, diferentes formas de cálculo, uns
1,00
1,30
1,60
1,90
2,20
0,29 0,35 0,41 0,48 0,54 0,71
0,95
1,18
1,42
1,66
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
15 20 25 30 35
Cu
sto
rel
ativ
o
Profundidade (m)
Custo Total (R$)
Custo de Instalação(R$)Custo de Operação(R$)
28
mais detalhados e com uso de softwares diferentes, distribuições diferentes de aço, que
podem resultar em pequenas variações de peso de aço para uma determinada peça, mas
que no total pode ser significativo, mais pelo elevado custo do aço do que pela grande
variação na quantidade. Portanto, o dimensionamento estrutural deve ser realizado com
premissas bem definidas e máximo de refinamento para otimização na quantidade de aço. E
essa possível otimização pode ser decorrente de outros fatores, como padronização e
modelo de contratação, por exemplo.
Em Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações
Públicas, 3ª edição, elaborado pela área técnica do Tribunal de Contas da União, há
referência de que a margem de erro de projeto básico é de 10 a 15%. Caso utilize este
número de 15% como erro nos custos percentuais de aço, o custo adicional para uma
estação em VCA só devido ao aço será de aproximadamente 2%, o que demonstra que o
custo do aço é muito significativo.
Para obtenção de maior precisão no quantitativo de aço, está previsto no MAN-10-201 -
Elaboração e Fornecimento da Documentação Técnica de Engenharia Civil, Arquitetura, Via
Permanente e Desapropriações - o dimensionamento estrutural e indicação de armaduras
na fase de Projeto Básico, conforme conteúdo previsto:
“Campo 1: Cortes em que se representam os esquemas de armação típicos das principais
peças estruturais, tais como: revestimento secundário, laje de fundo, pilares e vigas
29
importantes. Devem ser indicados diâmetro, posição e espaçamento de barras longitudinais
e estribos, na escala 1:100”
Figura 24: Seção transversal de uma estação, com armação típica em projeto básico
Tratamento e Monitoramento de áreas contaminadas:
A existência do passivo ambiental pode implicar em adequações do método construtivo,
como implantação de sistemas de contenção para não haver movimentação da pluma de
30
contaminação, por exemplo. Assim, é de grande importância a localização da obra e escolha
de áreas a serem desapropriadas.
Acabamento e coberturas de vidro:
Nas curvas ABC representadas nas figuras 8 a 16 observa-se a participação do custo dos
elementos de acabamento no montante final. Fica em torno dos 5,5%. Neste grupo estão
incluídos os custos de comunicação visual e paisagismo. Nota-se que o esforço para
eliminação ou substituição de elementos de acabamento não representará uma redução
significativa no valor total da obra. A cobertura de vidro também aparece em alguns dos
gráficos, indicando um custo de 0,6% do custo total do empreendimento. Sua supressão
penalizaria o conforto do usuário ao se limitarem as aberturas para iluminação e ventilação
naturais e representaria pouca economia financeira.
3.3. Fator Tempo
Canteiro de obra, Instrumentação e Rebaixamento:
Os custos como Canteiros, Instrumentação e Rebaixamento são compostos de custo fixo,
que é a instalação, e de custos variáveis em função do tempo, como manutenção,
leitura/interpretação e operação, respectivamente. Portanto, o cronograma de implantação
é de grande importância não só pelo atendimento às datas marco, mas também para não
incorrer em custos adicionais devido aos atrasos.
31
Figura 25: Percentual de custo da Instrumentação x Tempo, de uma estação típica
Rebaixamento:
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
0 10 20 30 40
% d
o c
ust
o d
e In
stru
me
nta
ção
Mês
fornecimento einstalação (%)
leitura eacompanhamento (%)
Total (%)
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3Tempo de Operação (Ano)
Custo relativo de Rebaixamento x Tempo de Operação
15 m
20 m
25 m
30 m
35 m
32
Figura 26: Custo relativo de rebaixamento x tempo, para diversas profundidades da vala
O custo de operação, manutenção, limpeza e vigilância de canteiro de obras representa
também valor significativo no custo do empreendimento, e a forma de pagamento é mensal.
A estimativa de custo para rebaixamento, para canteiro de obras, assim como para a
instrumentação requer uma estimativa prévia de prazo de execução para a avaliação de
custos.
Desta forma, na fase de elaboração do projeto básico deve ter uma avaliação detalhada do
cronograma do empreendimento, uma vez que as planilhas de quantidades e os custos de
alguns serviços dependem diretamente desta informação.
3.4. Gestão de Riscos
Todo projeto tem imprevistos, que devem ser mitigados por meio de gestão de riscos. Neste
estudo, referente ao projeto, podemos citar risco geológico, itens de novos preços, variações
de quantidades durante a implantação, entre outros, que podem representar parcela
significativa de custos.
33
Considerando que Risco é o resultante da probabilidade de ocorrência x impacto,
observamos que cada vez mais estamos inseridos nos riscos, conforme ilustrado na Figura
27, com aumento das edificações sobre os túneis de via. É uma situação que requer análises
mais detalhadas de implicações de obras metroviárias nas edificações da área de influência,
avaliação das fundações dessas edificações, e análise de ruídos e vibrações, entre outros. A
pesquisa indicada na figura abaixo considerou os empreendimentos implantados e
projetados, e também neste caso, os índices crescem de acordo com a ordem cronológica de
projeto.
Linha Trecho subterrâneo Ext. Total da Linha
(km)
Ext. de túnel
sob áreas
edificadas
% edificada
sobre Total
1 Jabaquara/Tiradentes e
Tucuruvi/Jardim S.P. 20,20 1,05 5%
3 Sé/Marechal 22,00 1,32 6%
2 V. Madalena/V. Prudente 14,70 2,59 18%
4 Luz/V. Sônia 12,80 2,46 19%
5 Adolfo Pinheiro/Chácara
Klabin 11,50 3,10 27%
6 Brasilândia/S. Joaquim 15,90 8,44 53%
2 V. Prudente/Dutra 14,4 6,13 43%
Figura 27: Edificações sobre os túneis de via
34
Importância das investigações geológico/geotécnica: Dados básicos para o desenvolvimento
do projeto:
Para o desenvolvimento de projeto, é de fundamental importância, a obtenção de todos os
dados básicos, que são compostos pela topografia, mapeamento de redes de interferências
e principalmente as investigações geológicas. O nível de investigação pode definir o nível de
projeto, e consequentemente, a precisão dos quantitativos e correspondentes custos de um
empreendimento. Mas são serviços que requer tempo para execução, ensaios e
interpretação para servir de base para a elaboração do projeto que deve mitigar riscos
geológicos de difícil mensuração, mas pode representar altos custos em casos de
ocorrências. Portanto, a seleção das contratadas para execução desse tipo de serviço e
planejamento adequado para a elaboração de projeto com todos os dados disponibilizados
são essenciais para o sucesso do projeto.
A Literatura Internacional recomenda em relação às sondagens:
35
Segundo U.S. National Committee on Tunelling Technology (USNC/TT) (1984): “Para
melhores resultados globais em túneis urbanos, a quantidade de sondagens ou furos
exploratórios deve atingir um índice de 1,5 m de perfuração/metro linear de túnel
Segundo : ITA ( International Tunnelling Association) Strategy for Site Investigation of
Tunnelling Projects ITA Working Group 2 ITA REPORT n°15 / MAY 2015, a relação entre
comprimento total de sondagens/ comprimento do túnel x Porcentagens de mudanças de
projeto, indicam seu ponto ótimo na relação 1,5 m de sondagens para cada metro de túneis,
relação esta para o total de sondagens executadas em todas a s fases do projeto , incluindo o
executivo ( figura 28)
Figura 28 Relação comprimento total de sondagens/comprimento do túnel x porcentagens
de mudanças no projeto observadas no mundo (ITA 2015 WG-2)traduzido
36
itens de preços novos:
Apesar de ter grande quantidade de itens planilhados para orçamento, não é possível
quantificar a totalidade dos itens. Se considerarmos itens de quantidades de obra bruta de
uma estação, em torno de 400 itens, e somarmos os itens de preços que resultaram em total
de acabamento, comunicação visual, paisagismo, tratamento e monitoramento de áreas
contaminadas, hidráulica e serviços preliminares, a quantidade total resulta em torno de
1.200 itens, mesmo sem considerar outros itens como instrumentação e sondagens. Para
reduzir o número de novos serviços, a alternativa é realizar maior detalhamento na fase do
projeto para licitação. Isso pode ser viabilizado por meio de padronização, que exige estudo
prévio minucioso, e levar em consideração todos os fatores envolvidos, desde processo
executivo até detalhes que podem fazer diferença nos custos e também no cronograma de
implantação. O modelo em BIM pode ajudar e ser uma ferramenta imprescindível para
elaboração de projeto e de elaboração de planilha de quantidades com maior precisão.
variações de quantidades durante a implantação:
Durante a implantação de obra, podem ocorrer variações quantitativas por diversos fatores,
como disponibilização de maiores informações nesta fase de desenvolvimento de projeto,
ocorrência de fatores supervenientes, etc. A mitigação desse tipo de problema pode ser por
meio de maiores detalhamentos no projeto de licitação, ou emprego de ferramentas com
maior precisão, como BIM e padronização onde possível, mas deve-se também analisar a
forma de contratação e principalmente forma de pagamento. Podemos citar como exemplo,
37
que na experiência em forma de pagamento global, obtivemos uma variação próxima de
zero nos quantitativos efetivamente executados de volume de concreto e no peso de aço,
em relação aos quantitativos disponibilizados na licitação. A Lei 13.303 admite o regime de
preço global, quando for possível definir previamente no projeto básico, com boa margem
de precisão, as quantidades dos serviços a serem posteriormente executados na fase
contratual. Portanto, em casos como a estrutura definitiva que é possível estimar
quantidade com nível elevado de precisão para a licitação, fica como proposta a adoção da
forma de pagamento global.
Custo de intervenção
O projeto deve ser desenvolvido para ter o mínimo de intervenção durante as fases de
execução e manutenção, uma vez que os custos das adequações futuras são muito
significativos, conforme representado no gráfico da Figura 29.
38
Figura 29: Custo de intervenção
CONCLUSÕES
Não é possível comparar o projeto atual com o do passado, tendo em vista que os requisitos
de implantação mudaram. Existem novas exigências ambientais, o traçado das novas linhas
percorrem vales e espigões da cidade, o que gera estações mais profundas, a inserção
urbana em um tecido urbano consolidado traz novos desafios de implantação, as grandes
demandas exigem espaços amplos nas estações, em especial nas de integração;
É possível se obterem resultados menos custosos por meio da padronização de soluções
bem estudadas. Para tanto o uso do processo BIM colabora com os estudos ao proporcionar
39
maior precisão nas definições de projeto, mais detalhamento, mais informações contidas e
maior integração entre as disciplinas de projeto;
A definição do método construtivo deve ser bem analisado, com todos os dados disponíveis,
uma vez que é determinante para os custos e cronograma do empreendimento;
O projeto deve ser desenvolvido com dados básicos em quantidades suficientes, para evitar
retrabalho ou mudança de projeto;
Os itens de preços significativos representam aproximadamente 10% do total dos itens das
planilhas, e devem ter cuidados adicionais nas avaliações destes quantitativos;
O regime de contratação e formas de pagamento são fatores importantes para a gestão de
um empreendimento;
O preço do concreto armado é o mais significativo dos custos envolvidos. Portanto, a nova
orientação do projeto básico de elaborar desenhos de armação esquemática com a
indicação de bitola e espaçamento nas estruturas deve ser uma providência adequada para
obter maior precisão no quantitativo.
Maior detalhamento de projeto para licitação implica em menor probabilidade de
ocorrência de risco na implantação de obra, uma vez que necessariamente exige maior
aprofundamento no dimensionamento e resolução prévia de interfaces nas questões de
projeto.
O cronograma de obra deve ser factível e bem definido já na fase de projeto para licitação,
uma vez que alguns itens de preços dependem dos prazos estimados;
40
Os custos das contenções das estações em VCA variam bastante com a profundidade, em
grande parte devido aos tirantes. Portanto, os poços secantes, se possível implantar, podem
ser mais competitivos em termos de custos para valas mais profundas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações Públicas,
3ª edição - Tribunal de Contas da União
Projeto Básico da Linha 2, trecho Vila Prudente (exclusive)/Dutra
Fruin, J. J. “Pedestrian planning and design”. New York: Metropolitan Association of Urban
Designers and Environmental Planners (1971).