Mecanismos Nacionais de Coordenação de
Políticas de Enfrentamento ao Tráfico de
Pessoas e Integração de Políticas Públicas
(estratégias nacionais e boas práticas)
5 de dezembro de 20145 de dezembro de 2014
As Diretrizes Internacionais A Assembleia Geral da ONU em suas Resoluções sobre o tráfico de pessoas (63/156, 61/144 e A/RES/59/166) recomendou que os Estados considerem a criação ou reforço de um mecanismo de coordenação nacional, como, um relator nacional ou um organismo interagencial para incentivar a troca de informações e para informar sobre os dados, causas, fatores e tendências na violência contra as mulheres, em especial, o tráfico de mulheres e crianças
Princípios e Diretrizes Recomendados sobre Direitos Humanos e Tráfico Humano (E / 2002/68 / Add.1), do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) recomendou que os Estados e as organizações intergovernamentais e não-governamentais, considerem a criação de mecanismos para monitorar e avaliar o impacto nos direitos humanos das leis anti-tráfico, políticas, programas e ações.
As Diretrizes Internacionais
O Plano de Ação Global da ONU para o Combate ao Tráfico de Pessoas (Resolução 64/293 GA, 2010) também incentivou a coordenação de esforços nos níveis nacionais, bilaterais, sub-regionais, regionais e internacionais e através das redes fornecidas pelo relevante organizações, a partilha de boas práticas no desenvolvimento de capacidades para responder e enfrentar o tráfico de pessoas.
A Relatora Especial sobre o tráfico de pessoas, especialmente mulheres e crianças, convocou 2 reuniões de consulta sobre o fortalecimento de parcerias com os relatores nacionais sobre o tráfico de pessoas e de mecanismos equivalentes (NREMS), em parceria com o UNODC, com o os mecanismos e fortalecer ainda mais a parceria entre estes e o seu mandato
As Diretrizes Internacionais
A Resolução da Assembleia Geral da OEA (AG/RES. 2551 (XL-O/10) que aprova o Plano de Trabalho Contra o Tráfico De Pessoas no Hemisfério Ocidental incentiva os Estados membros a aprofundar a efetiva aplicação da Convenção, com base em um enfoque integral, nos tres eixos e no respeito aos direitos humanos das vítimas, e a intensificação da cooperação internacional
Essas diretrizes reforçam o Artigo 9 do Protocolo de Palermo que demanda:
que os Estados devam desenvolver políticas, programas e outras medidas abrangentes, tais como: campanhas, pesquisas, informação de massa e iniciativas sociais e econômicas contra o tráfico de pessoas incluindo a cooperação com as organizações não-governamentais, outras organizações relevantes e outros atores da sociedade civil
Pressupostos
• Transversalidade e complexidade da temática que demanda políticas de ETP: atuação em rede - necessidade de diálogo entre atores;
• Intersetorialidade das ações de ETP: implementação complexa, não está na mão de um único ator – integração de pp na ponta;
• Co-responsabilidade da implementação (tomada de decisão complexa) - envolvimento de vários atores na coordenação, implementação e monitoramento da política local;
• Relevância e imprescindibilidade da participação social na gestão de políticas públicas nacionais – alargamento da esfera pública.
Por que coordenar?
1. Ter uma implementação das ações de ETP mais efetiva, condizente com a realidade da questão, com a integração de atores relevantes;
2. Proceder com uma verificação permanente e continuada dos avanços e dificuldades técnicas, conceituais, legais, políticas e/ou institucionais;
3. Negociar e acordar soluções para as dificuldades de implementação de p.p., em parcerias entre órgãos e as instituições governamentais e não governamentais, e de diferentes níveis de governo;
Por que coordenar?
4. Mapear as temáticas para tomada de decisões e proceder com encaminhamentos necessários para a implementação;
5. Fortalecer a institucionalidade da relação entre os atores envolvidos.
Por que coordenar?
Segundo a Relatora Especial sobre o Tráfico de Pessoas a estruturação de mecanismos:
Serve de plataforma para organizações governamentais e não governamentais;
Maximiza a utilização dos recursos humanos, financeiros e materais dirigidos ao ETP;
Promove fóruns para compartilhar experiências e idéias e discutir áreas de interesse comum e de estratégias conjuntas;
Oferta visibilidade e fomenta a colaboração em conformidade com as normas internacionais.
Desafios a serem superados coordenação entre as instituições relevantes do governo - exige
capacidade e dedicação prioridades concorrentes em instituições financiamento de mecanismos interagenciais precisam ser
regulares e suficientes ausência de avaliação dos atendimentos pelos beneficiários das
políticas falta de coleta e análise de informações sistemática mecanismos autônomos ou de controle social para avaliar pp comunicação efetiva, frequente e célere, permitindo visibilidade
que respeite a horizontalidade entre o atores abordagem – promoção e proteção dos direitos humanos das
vítimas - indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados
Monitorar & Avaliar
1. Mensurar o progresso ou as dificuldades na implementação de ações e o avanço do enfrentamento ao tráfico de pessoas;
2. Adotar métricas comuns, qualitativas e quantitativas, e consensuar sobre elas para indicar os níveis de progresso dos planos locais;
3. Tornar público os avanços ou dificuldades na implementação de ações locais
Monitorar & Avaliar
Desafios internacionais:
Indicadores comuns para mensurar o tráfico de pessoas e,
o quanto os países estão alcançando patamares mínimos para resposta à questão
fortalecer a transparência e o controle social
O Modelo Brasileiro
Modelo de Governança da Política Nacional – ATORES ENVOLVIDOS
Decreto nº 7.901/2013
1. Coordenação Tripartite da Política2. Coordenação Nacional de ETP/MJ3. Comitê Nacional de ETP - CONATRAP4. Grupo Interministerial de Monitoramento e Avaliação 5. Integração Federativa - Rede de Núcleos e Postos 6. Comitês Estaduais de ETP7. Demais poderes, organismos internacionais e sociedade civil
– Fazem parte da macro Rede Nacional de ETP
Como funciona?
A cada quatro meses, o Grupo Interministerial relata o progresso e realização de resultados de cada meta do plano; O Tripartite Coordenação analisa os resultados e discute e os avalia com o Grupo Interministerial e valida o Relatório quadrimestral; O relatório é publicado no site do MJ e passa a ser submetido ao Comitê Nacional (CONATRAP) para o controle dos resultados; O Comitê Nacional apresenta recomendações ao Grupo Interministerial
Sistema de Monitoramento & Avaliação do PNETP
O fluxo do monitoramento
16
Mensagem lembrete para executores sobre
data para entregar dados
Ministérios
Executores enviam seus
dados de execução
Grupo Interministerial de Monitoramento e Avaliação do PNETP
Com base nos dados de execução do PNETP
alimentados no sistema, o GI pode atuar produzindo recomendações sobre a
implementação do Plano para a Coordenação Tripartite e/ou
o Comitê Nacional
Coordenação Tripartite
Comitê Nacional
Sociedade
E o que se espera com este Diálogo?
Aprofundar a compreensão sobre os mecanismos nacionais e as boas práticas desenvolvidas nas Américas,
Reconhecer os esforços e desenhos nacionais adotados,
Compreender o estágio do desenvolvimento das ações locais e os arranjos que possibilitam a integração de distintas políticas públicas
Desafios, perspectivas e obstáculos que ainda estão postos a fim de proteger as pessoas deste crime em nível regional Propor recomendações para o monitoramento e a avaliação do II Plano de Ação do Hemisfério Ocidental
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Justiça
Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação
http://www.justica.gov.br/sua-protecao/trafico-de-pessoas/
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