DURABILIDADE DO CONCRETO
Engo Rubens CurtiSupervisor de ConcretoRecife - Outubro de 2006
2Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
DEFINIÇÃO
Durabilidade é a capacidade do concreto de resistir à
ação das intempéries
O concreto é considerado durável quando conserva sua
forma original, qualidade e capacidade de utilização
estando exposto ao meio ambiente
3Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
DETERIORAÇÃO E ENVELHECIMENTO DO CONCRETO
Processos físicos
Processos químicos
4Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
MODELO CLÁSSICO DE DETERIORAÇÃO E ENVELHECIMENTO DO CONCRETO
O concreto é um material poroso e os fenômenos de deterioração físico-química são normalmente associados à ação da água em movimento.
A grandeza desse ataque é proporcional àpermeabilidade do concreto (sólido).
No caso da ação química, a água é o agente de transporte dos íons agressivos.
5Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
MECANISMOS PREPONDERANTES DE DETERIORAÇÃO RELATIVOS AO CONCRETO
Expansão por ação dos sulfatos
Expansão por reação álcalis/agregados reativos
Reações deletérias superficiais de certos agregados
6Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
MECANISMOS PREPONDERANTES DE DETERIORAÇÃO RELATIVOS À ARMADURA
Despassivação por carbonatação
Despassivação por elevado teor de cloretos
– penetração por difusão
– despassivação do aço
7Curso Tecnologia Básica do Concreto
A DURABILIDADE DO CONCRETO É INFLUENCIADA
PELA PERMEABILIDADE
8Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
PERMEABILIDADE
Propriedade que governa a taxa de fluxo de um fluído
para o interior de um sólido poroso.
9Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
CONCRETO AO MICROSCÓPIO ÓPTICO
10Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
COMPOSIÇÃO DA PASTA
A permeabilidade diminui com o aumento do consumo de
cimento.
O cimento com menor área específica (cimentos mais
grossos) tende a produzir concretos mais porosos e mais
permeáveis.
11Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
GRAU DE HIDRATAÇÃO DA PASTA
Quanto maior o grau de hidratação da pasta, menor a
permeabilidade do concreto.
A cura diminui a permeabilidade do concreto.
12Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO
Quanto menor for a relação água / cimento menor será a
permeabilidade do concreto e conseqüentemente mais
duráveis serão as estruturas.
13Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
ATAQUES QUÍMICOS
Concreto + ácidos = sais solúveis (lixiviação).
Reação favorecida por pH inferiores a 6,5 (meio ácido).
Concreto + sulfatos = etringita expansiva.
Os ataques são mais intensos em concretos submetidos a ciclos de molhagem e secagem.
Concreto + água do mar = cristalização de sais.
14Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
LIXIVIAÇÃO
Remoção de sais solúveis pela passagem de fluído pelo
concreto.
Característico de manchas esbranquiçadas na superfície.
Produz aumento da porosidade e redução do pH.
15Curso Tecnologia Básica do Concreto
Durabilidade
Devido a evolução do conhecimento do mecanismo de deterioração das estruturas, ocorrida nos últimos
anos, a normalização avança na direção de concretos adequados à
Este é o foco principal das exigências da
NBR 6118/2003
16Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
NORMA NBR 6118/2003
EXIGÊNCIAS DE DURABILIDADE
– As estruturas de concreto devem ser projetadas, construídas e utilizadas de modo que sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto, conservem suas segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil.
17Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
NORMA NBR 6118 /2003
VIDA ÚTIL
– Vida útil de projeto é o período de tempo durante o qual as estruturas de concreto mantém suas características conforme estabelecido nas exigências se exigir medidas extras de manutenção e reparo.
– O conceito de vida útil aplica-se à estrutura como um todo ou às suas partes; dessa forma, determinadas partes da estrutura podem merecer consideração especial com valor de vida útil diferente do todo.
18Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
NORMA NBR 6118 /2003
AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE
– Está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto.
– Nos projetos das estruturas correntes a agressividade ambiental pode ser classificada de acordo a Tabela 1.
– Segundo as condições de exposição a agressividade do ambiente pode ser classificada de acordo a Tabela 2.
19Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
NORMA NBR 6118 /2003
TABELA 1 - Classes de Agressividade Ambiental
ElevadoMuito forteIV
GrandeForteIII
PequenoModeradaII
InsignificanteFracaI
Risco de deterioração da
estruturaAgressividade
Classe de agressividade
ambiental (CAA)
20Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADENORMA NBR 6118 /2003
TABELA 2 - Classes de agressividade ambiental em função das condições de exposição
21Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
NORMA NBR 6118 /2003
TABELA 3 - Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto
22Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
NORMA NBR 6118 /2003
COBRIMENTO
– A durabilidade das estruturas é altamente dependente das características e da espessura do concreto docobrimento das armaduras
– Para garantir o cobrimento mínimo (Cmín) o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal (Cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução (∆c)
23Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADE
NORMA NBR 6118 /2003
COBRIMENTO
– Quando houver na obra um controle de qualidade
rigoroso ∆C = 5 mm, caso contrário ∆C = 10 mm.
– Na tabela 4 aparecem os valores do cobrimento
nominal, quando o controle de qualidade for rigoroso.
24Curso Tecnologia Básica do Concreto
DURABILIDADENORMA NBR 6118 /2003
TABELA 4 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal para ∆c = 10 mm