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Ciências

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© Editora Positivo Ltda., 2011

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)(Maria Teresa A. Gonzatti/CRB9-1584/Curitiba, PR, Brasil)

S586 Silvano, AngelaCiências: 7º. ano / Angela Silvano, Marco Aurélio Pereira

Bueno; ilustrações Angela Giseli... [et al.]. — Curitiba: Positivo, 2011.

v. 1 : il.

Sistema Positivo de Ensino.7º. ano – Regime 9 anos.ISBN 978-85-385-5454-7 (Livro do aluno)ISBN 978-85-385-5455-4 (Livro do professor)

1. Ciências. 2. Ensino fundamental – Currículos. I. Bueno, Marco Aurélio Pereira. II. Giseli, Angela. III. Título.

CDU 372.8

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Ruben FormighieriEmerson Walter dos SantosJoseph Razouk JuniorMaria Elenice Costa DantasCláudio Espósito GodoyAngela Silvano e Marco Aurélio BuenoMilena Santiago dos Passos LimaAlessandra DominguesBianca Cecilia Propst e Joice Cristina da CruzCarla Tosta e Ilma Elizabete Rodenbusch©Shutterstock/Evan Chesser, Thinkstock/Getty Images, ©Shutterstock/Vittorio BrunoAngela Giseli de SouzaLuciano Daniel TulioAngela Giseli, Divo, Eduardo Borges,Elias, Jack Art, Luis Moura, Marcos Gomes e Priscila SansonO2 ComunicaçãoBettina Toedter PospissilEditora Positivo Ltda.Rua Major Heitor Guimarães, 17480440-120 – Curitiba – PRTel.: (0xx41) 3312-3500 Fax: (0xx41) 3312-3599Gráfica Posigraf S.A.Rua Senador Accioly Filho, 50081310-000 – Curitiba – PRFax: (0xx41) 3212-5452Email: [email protected]

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Concepção de ensino

Sobre o ensino de CiênciasA área de Ciências é constituída por diversos saberes que auxiliam na compreensão e no estudo

dos mais variados fenômenos observados na natureza, sejam eles biológicos, físicos ou químicos, e de sua relação com o ser humano.

Nesse contexto, a educação em Ciências tem como objetivo a construção de uma cultura cien-tífica, na qual os alunos possam compreender a racionalidade e a natureza da Ciência, entender sua história e linguagem própria, bem como de que forma esse conhecimento é gerado. Portanto, a inserção do conhecimento científico no cotidiano deve priorizar as inter-relações presentes na cultura, na tecnologia e na sociedade.

Essa visão da ciência inserida socialmente, cujo principal meio de entendimento ocorre ainda por intermédio do conhecimento escolar, vem ao encontro do que Boaventura Santos define como “Ciência pós-moderna”, em oposição à Ciência moderna caracterizada pela tradicional “transmissão” dos conteúdos produzidos pelos cientistas, estritamente racional, e constituída por verdades absolutas:

A ciência pós-moderna sabe que nenhuma forma de conhecimento é, em si mesma, racional; só a configuração de todas elas é racional. Tenta, pois, dialogar com outras formas de conhecimento deixando-se penetrar por elas. (SANTOS, 2005. p. 88).

Na década de 1960, havia uma preocupação extrema com a transmissão dos conhecimentos ligados à “ciência pura” em formar novos cientistas, pois, de acordo com a visão dominante na época, isso poderia contribuir com o avanço científico e tecnológico da sociedade. Desde então, o ensino dessa área de conhecimento passou por profundas transformações. Assim, na visão atual, a educação científica não está centrada somente no aprendizado de conceitos e memorização de fórmulas e teorias. Essa educação propõe, por meio do entendimento e da aplicabilidade dos con-ceitos formulados e estudados nos laboratórios, a construção de um saber científico que valoriza a dimensão cultural e social em que a ciência como atividade humana é feita, destacando suas falhas, metamorfoses e interesses:

A produção do conhecimento científico é uma construção [...] existem crises, rupturas, profundas remodelações dessas construções. Conhecimentos cien-tificamente aceitos hoje poderão ser ultrapassados amanhã. A ciência é viva. (MOREIRA; OSTERMANN, 1993, p. 115).

Entre os múltiplos aspectos que envolvem o ensino das Ciências da Natureza, valorizam-se a educação sobre ciência (centrada na natureza do saber específico) e a educação pela ciência. Segundo Santos (2001), a educação pela ciência parte do atual reconhecimento do valor sociocultural e ético da ciência e do seu ensino.

A importância sobre o entendimento da educação pela ciência aumenta à medida que crescem significativamente as alterações ambientais decorrentes da histórica e conturbada relação entre o ser humano e a natureza. Nesse sentido, faz-se necessário um ensino que busque a contextualização dos

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objetivos gerais

Entendendo que o ensino de Ciências deve proporcionar aos alunos a compreensão sobre os fenômenos naturais e suas relações com o ser humano, bem como ampliar seu conhecimento sobre as atuais pesquisas científicas e o papel que estas desempenham no desenvolvimento da tecnologia, ao final de Ensino Fundamental, o aluno deve estar apto a:

K compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

K compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural;

K identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;

K compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

conhecimentos produzidos pela ciência, os quais apresentem um sentido prático para o aluno, não apenas do entendimento teórico, mas visando, desse modo, promover o restabelecimento de uma relação entre os seres humanos e a natureza em outros termos, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência social e planetária (PCN,1998).

Somente o entendimento da realidade, sob o olhar do conhecimento historicamente produzido, poderá orientar as decisões e intervenções necessárias para promover qualidade de vida e o bom uso dos aparatos científico/tecnológicos importantes ao avanço da sociedade, como nos ensina Paulo Freire:

O intelectual memorizador, que lê horas a fio, domesticando-se ao texto, te-meroso de arriscar-se, fala de suas leituras quase como se estivesse recitando- -as de memória, não percebe, quando realmente existe, alguma relação entre o que leu e o que vem ocorrendo em seu país, na sua cidade, no seu bairro. Repete o lido com precisão, mas raramente ensaia algo pessoal. Fala bonito de dialética, mas pensa mecanicistamente. Pensa errado. É como se os livros todos cuja leitura dedica tempo farto nada devessem ter com a realidade de seu mundo. (FREIRE, 1996, p. 26-27).

A concepção de ensino proposta para este material didático tem a pretensão de refletir sobre as interações encontradas entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente, sobretudo quando expressa sua preocupação pelo desenvolvimento de novas estratégias de ensino e por apresentar o conhecimento científico clássico, tradicional em uma visão contextualizada, que busca não apenas o aprendizado de conceitos, mas, também, sua aplicabilidade, um ensino que contribua para a formação da cidadania. Entendemos aqui a relação pertinente entre a cidadania e a ciência como a proposta por Maria Eduarda Vaz Moniz dos Santos (2005), “civilizar” a ciência e “cientifizar” a cidadania.

Nessa mesma linha, propomos um ensino voltado à aproximação entre as Ciências e as outras áreas do conhecimento humano, em uma perspectiva interdisciplinar. O material utiliza, portanto, elementos da Literatura, da Arte, da Fotografia, do sensoriamento remoto, do noticiário, entre ou-tros, para reforçar a contextualização do conhecimento científico e mostrar aos alunos do Ensino Fundamental sua importância para a construção da cidadania, a fim de entenderem como essas questões interferem em sua vida.

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Conteúdos privilegiados

No Ensino Fundamental, os alunos têm contato com os primeiros conhecimentos sobre as ciências. Desse modo, cabe ao professor privilegiar a articulação necessária entre os diversos saberes da Física, da Química, da Biologia, das Ciências da Terra, das Ciências da Saúde e das Ciências Ambientais, que constituem a formação científica esperada. Como meio de se atingir esse propósito, elencamos determinados conteúdos encontrados nestas e, também, em outras áreas de conhecimento, aqui denominados de conhecimentos privilegiados, responsáveis pela formação básica dos estudos, rea-lizados no decorrer do trabalho com a disciplina de Ciências.

Nos estudos relacionados à Astronomia, privilegiamos a observação do céu e dos astros, noções sobre o Sol, as constelações e as galáxias, bem como o conhecimento dos movimentos do sistema Lua – Terra – Sol, pois estes influenciam os ciclos biológicos (o dia e a noite, as estações do ano e as fases da Lua). A Astronomia é uma das primeiras ciências a ser sistematizada. Por meio de seu estudo, possibilita a compreensão do processo histórico da produção de conhecimento, desde as primeiras observações até os avançados instrumentos para examinar o céu e os modelos de formação do Universo. Sua importância e utilidade se estendem a diversas civilizações orientais e ocidentais.

O foco do estudo sobre a Terra e o Universo passa pelo entendimento acerca da descoberta do espaço e a exploração do Universo, realizada por meio das viagens espaciais, e os progressos científicos e tecnológicos provenientes dessa atividade exploratória e utilizados em larga escala pela sociedade moderna. Além disso, evidencia as condições fundamentais ao surgimento e à manutenção da vida na Terra, a biosfera e os seus ecossistemas e biomas. Sobre as características do planeta, priorizam-se a função e os tipos de solo, os problemas ambientais decorrentes de seu mau uso, os diversos tipos de lixo e as técnicas de tratamento de resíduos comerciais e industriais, principalmente. O solo também é a base do estudo sobre a agricultura, propiciando a análise da prática das diversas técnicas de produção de alimentos, sem esquecer dos impactos que estas e outras atividades representam para o equilíbrio do ambiente natural.

Nos estudos sobre a água e o ar, estabelecemos a correlação entre a vida, a presença e a qualidade desses recursos, possibilitando a análise dos ciclos naturais e intervenções humanas nos processos de poluição e limpeza. Esses conceitos, incluindo as principais características e propriedades de tais recursos, devem subsidiar uma visão mais ampla sobre a saúde humana e a manutenção da biodiversidade, relacionada com a qualidade da água e do ar.

Os recursos naturais também são tema para a análise de diferentes formas de energia, apre-sentando o Sol como principal fonte energética para a vida na Terra. A força das águas e dos ventos, os combustíveis e outras formas de energia também são abordados, permitindo a discussão sobre os caminhos possíveis para o desenvolvimento sustentável.

O conhecimento da biodiversidade e a análise das informações biológicas permitem a visão integrada das adaptações e dos caminhos evolutivos. Esse estudo busca o reconhecimento da vida em diferentes ambientes, sejam eles naturais ou transformados pelo ser humano, aquáticos ou terrestres. A

K formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais com base nas ciências, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

K utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, à matéria, à transformação, ao espaço, ao tempo, ao sistema, ao equilíbrio e à vida;

K combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;

K valorizar o trabalho em grupo, atuando de forma crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento.

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organização didática

Este livro integrado está organizado em quatro volumes. Cada um deles é subdividido em uni-dades de trabalho, as quais desenvolvem conteúdos, primando pela participação ativa dos alunos. As situações descritas partem de contextualizações e exemplos práticos, os quais trazem maior significância ao tema estudado. Para efeito de organização didática e visual, foram criadas seções que abrangem situações específicas. A seguir, descrevemos as seções e a importância de cada uma delas na construção dos conhecimentos:

Engloba todas as ações substancialmente práticas, sejam elas visitas orientadas, aulas de campo, modelagens ou experimentos. As aulas práticas ampliam a percepção de mundo e instigam a curiosidade, sendo peças-chave no estudo de Ciências. De acordo com o experimento proposto, cabe ao professor decidir se será realizado como demonstração ou com a participação dos alunos. Caso algum experimento ou atividade sugerida não possa ser realizado, é possível substituí-lo por outra estratégia com o mesmo tema. É no aprender a fazer, a experimentar e a criar que se amplia a criatividade e a compreensão presentes na Ciência.

dinâmica dos ecossistemas indica como a vida se processa, incluindo as relações de interdependência dos organismos vivos e destes com os demais componentes existentes no ecossistema. Exploramos tais relações nos estudos das cadeias e teias alimentares, dos ciclos biogeoquímicos, do fluxo de energia, da dinâmica das populações, do desenvolvimento e evolução dos diferentes ambientes. Outro enfoque dado é quanto ao estudo da identificação de estruturas adaptativas de grupos de seres vivos característicos dos mais diversos ambientes terrestres. A sistematização é feita com base no sistema binomial de Lineu e na divisão nos cinco reinos: Monera, Protista, Plantae, Fungi e Animalia.

Para entender melhor a dinâmica de funcionamento dos organismos, o conhecimento sobre matéria e energia nos ecossistemas é fundamental. Dessa forma, enfocamos a estrutura celu-lar, a função das organelas, a transformação da energia, a fotossíntese, as cadeias alimentares e os ciclos biológicos, estabelecendo relação pertinente entre os ciclos biogeoquímicos e efeito estufa, aquecimento global, entre outros problemas ambientais.

Privilegiamos, ainda, o entendimento sobre a história da vida na Terra, observando as mudan-ças no decorrer da evolução dos seres vivos, as teorias e avanços evolutivos nas espécies e grupos taxonômicos.

De que somos feitos? Com o objetivo de esclarecer essa dúvida, é importante o estudo sobre as células e as substâncias que as formam, além da exploração sobre tecidos, órgãos, sistemas e o entendimento sobre a transmissão das características hereditárias. Seguindo essa linha de estudo da Genética, apresentamos o conteúdo sobre Biotecnologia e suas aplicações. Em uma visão dinâmica e integrada do corpo, é importante compreender os recursos necessários ao funcionamento corporal, as necessidades de energia e alimentação e os mecanismos de reprodução humana e de regulação da temperatura corporal. Tal estudo se amplia, apresentando a saúde como um estado de equilíbrio dinâmico do corpo e um bem coletivo. Parte dessa concepção inclui a compreensão dos mecanismos das doenças, suas formas de contágio, sintomas e profilaxia.

Com esta divisão de conteúdos, o livro integrado de Ciências busca o diálogo com as demais disciplinas do Ensino Fundamental, estruturando conceitos que são tradicionalmente apresentados aos alunos na disciplina de Ciências, mas que poderão, também, ser abordados de outras formas e por outras áreas de conhecimento, como a Geografia, a História, a Matemática, entre outras, no decorrer da sua trajetória escolar.

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Relaciona os conhecimentos científicos com aquilo que o aluno vivencia em seu dia a dia. Os temas próprios da ciência se fazem cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, bem como orientam diversas decisões que devem ser tomadas, de modo individual ou coletivo. Nessa seção, são apresentadas novas pesquisas, descobertas e estudos referentes à ciência e à importância do desenvolvimento desse conhecimento para nosso dia a dia.

Apresenta as grandes descobertas e os principais cientistas responsáveis pela evolução do pensamento científico. Traz à tona atividades que remetem à história da ciência, respeitando o contexto histórico em que ocorreram os principais avanços científicos e os diversos acontecimentos históricos que influenciaram e influenciam o desenvolvimento das pesquisas científicas.

Atividades de investigação e estudo dos temas abordados por meio de consulta a fontes diversificadas, como o portal da escola, livros, revistas, jornais, entre outros. É uma das principais ferramentas no estudo das Ciências, pois estimula a curiosidade dos alunos e contribui de modo significativo para que eles mesmos construam seu conhecimento. Cabe ao professor orientar como o trabalho deve ser realizado, auxiliando os alunos a extraírem e sintetizarem, das fontes de consulta, o objeto de estudo proposto para cada atividade de pesquisa.

Possibilita maior interação e envolvimento dos alunos sobre os temas apre-sentados. Trata-se de uma importante ferramenta mediadora, tanto para o levantamento de conhecimentos prévios quanto para o desenvolvimento de argumentos e articulações das ideias expostas.

Apresenta outros pontos de vista, teorias e hipóteses alternativas para explicar determinado conteúdo científico estudado. No caso de ciências, traz explicações alternativas para alguns fenômenos naturais, como o relato dos povos indígenas e outras comunidades tradicionais, além do que é explicado por meio da mitologia, de obras de ficção, entrevistas, pinturas, ilustrações, entre outras atividades humanas.

Relações de intersecção encontradas entre o estudo do conteúdo e as demais áreas, possibilitando e incentivando a realização de atividades interdisciplinares nas mais diversas áreas de conhecimento e oportunizando um aprendizado integrado das disciplinas escolares.

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Apresentação de informações complementares, como glossário, curiosidades e imagens.

Ampliações, detalhes e informações complementares sobre determinados con-teúdos estudados. Busca detalhar determinadas descobertas e explicações, aprofundando o objeto de estudo, de modo a facilitar o entendimento.

Atividades, ao final de cada unidade, que reforçam a correlação dos temas com o cotidiano e que possibilitam a visão integrada que o material propõe. Essas atividades podem ser discursivas e objetivas.

Privilegia os avanços tecnológicos e a aplicabilidade desses recursos em nosso cotidiano. Apresenta as mais recentes invenções de equipamentos, medicamen-tos, transportes, entre outros, além de mostrar pesquisas atuais realizadas e a forma como esses estudos são recebidos e utilizados pela sociedade moderna.

Sempre aparecerá quando um experimento ou atividade necessitar de acom-panhamento de um adulto, ou se fizer uso de algum material que possa ser perigoso (exemplo: água quente, fogo, ferramentas, etc.). Essa seção alerta os alunos para que cumpram as instruções de segurança descritas nas atividades e práticas propostas.

Questões ou situações-problema que exijam que os alunos ultrapassem o con-teúdo básico, representando realmente uma atividade desafiadora. Pode ser aplicada por meio de diferentes estratégias (leituras de gráfico, textos, imagens ou raciocínio lógico).

Sinaliza as atividades que devem ser realizadas em equipe.

Atividades no corpo das unidades que estabelecem relação com o que foi ou será trabalhado.

Sinaliza as atividades a serem realizadas no caderno.

Hiperlink

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orientações de segurança

Prezando pela integridade física e psicológica dos alunos, é fundamental seguir algumas normas de segurança nas aulas práticas de Ciências, na prática de experimentos, nas aulas de campo e no uso de computadores e outros equipamentos eletrônicos. As normas de segurança devem ser repassadas aos alunos e expostas em lugares apropriados, como nos laboratórios.

Orientações gerais para as aulas práticas K Sempre realizar o experimento antes. Se houver troca de material, realizar novos testes.

K Solicitar, com antecedência, a compra e a organização do material a ser utilizado.

K Organizar a aula de modo a otimizar o tempo, planejando, antecipadamente, a ordem e a forma de realização dos experimentos.

K Sempre que necessário, experimentos e materiais podem ser substituídos.

Eletricidade

K Somente podem ser realizadas experiências com pilhas e baterias de corrente contínua e tensão máxima de 9 volts.

K Os fios condutores nunca devem estar desencapados, sob o risco de provocar choques elétricos e curto-circuito.

Substâncias químicas

K Quando forem fortes, devem estar diluídas.

K Ao manipulá-las, o professor deve utilizar proteção não somente para os olhos, mas, também, para mãos, braços e tronco.

K Substâncias muito concentradas, tóxicas ou que ofereçam risco aos alunos não devem ser utilizadas.

Avaliação

Acreditamos que a avaliação é uma ferramenta que deve ser conduzida de modo sistemático e contínuo, priorizando a participação dos alunos durante o processo. Para isso, é importante utilizar estratégias que valorizem a reconstrução do objeto de conhecimento por meio de problematizações, debates, exposição dialogada, pesquisa, trabalho em grupo, experimentação, aula de campo, maquete, ensaio, dramatização, entre outras atividades afins.

Como o processo de ensino e aprendizagem não é estanque, não pode ter na prova (avaliação formal) o seu objetivo final. A avaliação deve ser orientada de forma contextualizada e incrementa-da com atividades de cunho político e sociocultural, pois o intuito maior é a formação integral dos alunos, formando uma sociedade consciente e participativa. Desse modo, é necessário compreender que professor e aluno interagem na conquista da construção dos conhecimentos.

Em Ciências, é de suma importância a valorização das aulas práticas e experimentos, entendendo-se que estes não dependem de um laboratório bem equipado, mas podem ser realizados com materiais simples. Nas aulas práticas, é importante orientar os alunos a fazerem o levantamento de hipóteses e observações e chegarem a conclusões sobre o resultado de seus experimentos, pois estes os apro-ximam e instigam sua curiosidade, possibilitando o desenvolvimento do gosto de aprender Ciências e de observar o mundo ao seu redor.

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Orientações de segurança nas aulas de campoQuando sair com os alunos para trabalhos fora do ambiente escolar, as seguintes propostas

devem ser consideradas:

K andar sempre com os alunos em grupo e devidamente identificados;

K orientá-los para que andem sempre com calma e que, somente sob orientação, toquem ou mexam em objetos e instrumentos;

K os alunos devem ir para a aula de campo com uniforme (facilita a identificação), sapatos adequados (de preferência tênis) e levar água. Se forem a algum local aberto, orientá-los a usarem boné e protetor solar;

K se necessário o uso de transporte, optar por aquele que ofereça cintos de segurança (três pontos) e não permitir a circulação dos alunos enquanto o veículo estiver em movimento.

Orientações de segurança no uso de computadores e outros equipamentos elétricos

Alguns cuidados que você e seus alunos devem ter com os recursos elétricos ou eletrônicos:

K o equipamento deve ser inspecionado regularmente, procurando-se sinais de funcionamento anormal, como superaquecimento e odor característico;

K cabos e conectores devem ser verificados, certificando-se de que estejam funcionando corre-tamente, sem ligações improvisadas com fita isolante ou sinais de abrasão, ou, ainda, falta de parafusos de fixação nas conexões;

K fios excedentes devem estar acondicionados adequadamente, evitando alças que possam originar acidentes;

K o ambiente deve estar limpo e seco;

K os circuitos devem estar protegidos por fusíveis projetados para suportar a intensidade de corrente dos aparelhos, sendo necessária, onde for o caso, a instalação de fio terra.

ImportanteÉ importante, ainda, orientar os alunos para que tenham cuidados, como:

K entrar no laboratório (ou local do experimento) andando, nunca correndo;

K aguardar as instruções do professor para iniciar a aula e ler, atentamente, os procedimentos (como fazer);

K comunicar ao professor acidentes de qualquer natureza;

K evitar passar os dedos nos olhos, no nariz e na boca, ao realizar experimentos;

K tomar cuidado ao utilizar tomadas;

K ler, atentamente, a identificação dos materiais;

K ter cuidado ao manusear vidraria.

Sangue humano

K Não poderá ser utilizado em hipótese alguma.

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Programação anual de conteúdos

1o. volume

1. De olho no Universo

• Estrelas, constelações e galáxias • História da Astronomia• Sistema Solar• Origem e expansão do Universo

2. Terra e Universo• A descoberta do espaço• Os movimentos dos astros• Lua: satélite natural da Terra

3. Terra: lugar de vida

• A formação da Terra• Condições para a existência de vida• A Terra e os seres vivos• Os ambientes da Terra

2o. volume

4. Relações ecológicas• Relações harmônicas• Relações desarmônicas

5. Solo e vida• Solo e ambiente• Funções do solo• Degradação do solo

6. Poluição do solo• O problema do lixo• O solo e a saúde

3o. volume

7. A importância da agricultura• Técnicas de tratamento do solo• O mau uso do solo

8. A água

• Distribuição da água no planeta• Importância da água• Ciclo da água• Propriedades da água

9. Água e saúde

• Água bem tratada• Poluição da água • Saneamento ambiental e tratamento de esgoto• A qualidade da água e a saúde

4o. volume

10. O ar• Propriedades do ar• Poluição do ar e seus efeitos

11. O ar e a saúde• Poluição do ar e seus efeitos• Doenças relacionadas ao ar

12. Fontes de energia• Energias convencionais• Energias alternativas • Sustentabilidade

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1o. volume

1. Conhecendo a biosfera

• Célula: unidade da vida• Origem da vida e das espécies• A classificação dos seres vivos e o conhecimento da

biodiversidade

2. Vírus e bactérias

• Vírus: seres sem reino• Conhecendo as bactérias• Bactérias e arqueobactérias• Importância das bactérias

3. Protistas• Protozoários• Algas

2o. volume

4. Fungos• Variedade dos fungos• Hábitat e modo de vida dos fungos• Importância ecológica e econômica dos fungos

5. Animais invertebrados I• Poríferos e cnidários• Platelmintos e nematódeos• Moluscos e anelídeos

6. Animais invertebrados II• Artrópodes• Equinodermos

3o. volume

7. Animais vertebrados ectotérmicos

• Peixes• Anfíbios• Répteis

8. Animais vertebrados endotérmicos

• Aves• Mamíferos

4o. volume

9. Plantas

• Briófitas e pteridófitas• Gimnospermas• Angiospermas• Órgãos vegetativos e reprodutivos

10. Matéria e energia nos ecossistemas

• Cadeias e teias alimentares• Ciclos biogeoquímicos e a vida

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7º. ano – 1º. volume

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC, 1998.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 35. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

LOPES, Alice R. C. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ, 1999.

MAIA, Newton Freire. A ciência por dentro. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1995.

MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem significativa. Brasília: UnB, 1998.

MOREIRA, Marco Antônio; OSTERMANN, Fernanda. Sobre o ensino do método científico. Caderno catarinense de ensino de Física, Florianópolis, v. 10, n. 2, p. 102-195, ago. 1993.

SANTOS, Boaventura de Souza. Um discurso sobre as Ciências. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

SANTOS, Maria Eduarda Vaz Moniz dos. Cidadania, conhecimento, ciência e educação CTS. Rumo a “novas” dimensões epistemológicas. Revista Ibero-americana de Ciência, Tecnologia e Sociedade, Portugal, v. 2, n. 6, p. 137-157, dez. 2005.

referências

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Anotações