Margarida Costa, 2008 1
2. Factores de sucesso na ligação da BE ao funcionamento da escola, ao
desenvolvimento curricular e ao sucesso educativo dos alunos
2.1. Novos desafios
Os conceitos em causa, quando falamos de factores de sucesso na integração da
BE na missão fundamental da escola, têm sofrido alguma evolução nos últimos tempos:
The overall focus of school library programs from 1950 to the present can be
characterized in four stages: a concentration on collections in the early and mid-1950s;
a focus on the library program to make the collections useful, which emerged from
national standards in 1960 and 1969; a major emphasis on instruction as revealed by
the 1975 and 1988 standards; and finally the current shift to a focus on learning and a
complete blending of process and content instruction. (Stripling, 1996)
Considerando o ambiente digital em que cada vez mais a sociedade se sustenta
(socioeconomicamente falando), onde “Informação é poder”, a Biblioteca Escolar vê
reforçado o seu papel tradicional de equidade no acesso à informação junto dos alunos
que não dispõem dessa possibilidade senão através da escola.
O próprio papel atribuído ao professor bibliotecário tem sofrido mudanças desde o
determinante documento Information Power: Guidelines for School Library Media
Programs (AASL & AECT, 1988) no qual este se assumia como um mero consultor, ao
contrário do papel de co-educador que se preconiza na literatura actual onde a BE tem
um lugar central no processo de ensino-aprendizagem.
O novo perfil de competências necessário ao professor bibliotecário exige-lhe que
tome como missão a formação de aprendentes ao longo da vida, assegurando-se que a
definição de competências de informação a desenvolver com os alunos se prende com
um conjunto de acções como pensar, organizar, questionar, criticar, avaliar, tirar
conclusões e comunicar.
Stripling (1996) fala mesmo numa evolução do termo de information skills para
process skills pois mais do que ensinar como aceder à Internet, temos que lhes ensinar
como seleccionar informação relevante num ambiente electrónico, como avaliar fontes
electrónicas, quando utilizar determinado tipo de fonte, como interagir com a
informação que é recebida por esta via.
2 2
2.2. Acessibilidade dos serviços
Os serviços oferecidos pela BE têm que aparecer como uma resposta ao ciclo de
ensino-aprendizagem, funcionando como suporte quer do processo, quer dos conteúdos.
O programa formativo da BE reveste-se de grande importância sendo essencial que
classroom teachers and library media specialists must understand the essential
interrelationship of process and content. (Stripling, 1996). Mas a este aspecto
voltaremos mais tarde, quando falarmos do trabalho colaborativo.
Quando falamos de serviços, não podemos deixar de falar da colecção, sendo
necessário que esta se aproxime cada vez mais do desenho curricular da escola. Se aqui
há uns tempos a oferta editorial não era muito fértil em documentação de carácter
informativo, temos assistido nos últimos anos a uma verdadeira explosão no mercado
livreiro e não só, permitindo o enriquecimento das colecções. Tendo em conta as
dificuldades orçamentais dos nossos estabelecimentos de ensino, as bibliotecas
escolares não devem funcionar de forma independente. No seio do agrupamento, as
colecções devem ser desenvolvidas de forma cooperativa, podendo ainda ser criadas
parcerias com outras BEs ou mesmo com a biblioteca pública.
A criação de redes, quer físicas quer virtuais, tornaram-se essenciais à gestão
eficaz dos serviços de biblioteca permitindo evitar a duplicação de esforços, de fundos e
recursos.
A acessibilidade dos serviços passa também pelos aspectos aparentemente mais
prosaicos mas que são determinantes para a criação de hábitos de uso da BE como, por
exemplo, a definição (e cumprimento) de um horário de funcionamento, o
acompanhamento por pessoal especializado que faça simultaneamente a formação dos
utilizadores no sentido de uma progressiva autonomia.
Também o estabelecimento de comunicação e diálogo com os utilizadores através
das ferramentas tecnológicas como a Web 2.0 será um factor crítico de sucesso na
assumpção do utilizador como central na prestação do serviço.
2.3. Gestão participativa e participada por toda a escola
3 3
Apesar de ainda muito longe da generalização entre nós, a evolução das teorias
psicológicas e educacionais conduz à introdução de algumas práticas baseadas em
novos recursos de aprendizagem fazendo com que o aluno e o desenvolvimento das suas
competências nas diversas áreas do saber assumam o protagonismo do programa da BE.
O professor bibliotecário incorpora novos papéis, deixando de ser o único e último
decisor naquilo que à BE concerne, vendo contudo a sua função pedagógica altamente
valorizada em relação aos modelos do passado.
Apesar de a sua proposta já ultrapassar uma década de idade, não encontramos um
melhor design para as renovadas funções do professor bibliotecário como pivot na
gestão da biblioteca para uma escola (ou conjunto de escolas, no caso dos
agrupamentos) que a de Stripling (1996). Para esta autora, este profissional deve ser
altamente qualificado, especialista da informação mas generalista na apropriação da
oferta curricular que a escola oferece, de modo a arrogar-se como:
– Caregiver (Cuidador): Essa função relaciona-se com a ideia de que o processo
de aprender envolve uma dimensão afectiva e relacional em que é importante respeitar a
individualidade e os interesses pessoais de cada utilizador. Assim, a função do professor
bibliotecário passa por apoiar a aprendizagem individualizada, o estudo e a pesquisa
autónoma;
– Coach (Orientador): Baseia-se na ideia de que o aluno é o principal responsável
pela construção de seu conhecimento, colocando o professor bibliotecário na posição de
estimular a aprendizagem, levando o aluno a encontrar as fontes, as estratégias e
consequentemente respostas para as suas necessidades;
– Connector (Elo de ligação): Parte do princípio de ambas as funções anteriores
seriam da responsabilidade conjunta do professor de turma/disciplina e do professor
bibliotecário; este último assume, no entanto, uma função que normalmente não é
assumida pelo primeiro: a de estabelecer a ligação dos alunos e do currículo que rege o
seu percurso formativo com as ideias concretizadas no universo dos recursos
informacionais disponíveis. Naturalmente, e à medida que esse universo se torna cada
vez mais complexo, essa função acaba por prevalecer sobre as anteriores;
– Catalyst (Catalisador): Esta função coloca o professor bibliotecário como
catalisador das mudanças na escola, tendo em conta a sua posição na estrutura escolar -
considerada como privilegiada, não só por ter uma visão global do processo de
aprendizagem, mas por se constituir num líder na introdução da literacia da informação
como transversal em todas as áreas. Se as funções anteriores se operacionalizarem,
4 4
teremos o professor bibliotecário como colaborador na planificação curricular e
facilitador da aprendizagem, logo um dos motores da mudança - aliado à gestão
administrativa e pedagógica da escola.
Assim, a mudança começa a acontecer quando a gestão da BE conseguir um olhar
estratégico sobre a escola, incorporando não apenas uma missão estandardizada (da
UNESCO, da IFLA ou outra) mas contemplando, antes de mais, a missão e objectivos
do Projecto Educativo daquela escola/agrupamento num enunciado claro e partilhado
por todos os actores da organização. Suportada por uma equipa de competências
diversificadas, a operacionalização desta missão através da actuação essencialmente
pedagógica coloca a BE, enquanto estrutura, num lugar privilegiado auxiliando no
cumprimento dos objectivos pedagógicos, formativos, culturais (e até de lazer, na lógica
da escola a tempo inteiro) da escola.
Ainda assim, consideramos que só se efectiva a integração plena da BE no
funcionamento geral da escola quando esta se torna indispensável às actividades de
ensino-aprendizagem. Por isso, tal como preconizado por Stripling para a relação com
os alunos e a aprendizagem, é necessário que o professor bibliotecário desempenhe o
seu papel de catalisador através de uma acção assertiva junto dos órgãos executivos e
pedagógicos da escola, enquanto desenvolve as funções de orientador e elo de ligação
junto dos professores da escola, construindo a visão partilhada que poderá conduzir à
gestão participada por toda a escola de um currículo baseados em recursos de
aprendizagem.
2.4. Trabalho colaborativo entre BE e professores de turma
Os estudos realizados desde o final do século passado nos EUA, principalmente
por Lance (referidos por Conde, 2006) e Todd (2006) evidenciam que os alunos
atingem níveis médios mais elevados no desempenho académico nas bibliotecas em que
os responsáveis desempenham um papel proactivo no domínio do processo de ensino-
aprendizagem, colaborando com os professores na identificação de recursos e no
planeamento de actividades curriculares ou extra-curriculares e apoiando os alunos a
nível das suas competências de informação.
Mais concretamente, está provado que não basta a simples existência de um
professor bibliotecário, mesmo formado e com dedicação exclusiva, para obter estes
5 5
resultados. As vantagens obtém-se quando o professor-bibliotecário faz parte das
equipas de planificação e ensino (ligação aos departamentos curriculares), em
interacção com cada turma (ligação aos conselhos de turma), quando ensina literacia da
informação e quando fornece apoio tutorial individual aos estudantes dele necessitados
(apoio individualizado).
Estes dados introduzem um novo aspecto na discussão, que parece paradoxal à
questão que pretendemos abordar - A capacidade de liderança do professor-bibliotecário
como uma peça chave no sucesso da integração da BE na escola. A liderança passa hoje
pelo poder de estabelecer uma rede de colaboração nos processos e no cumprimento dos
objectivos formativos e curriculares através do trabalho colaborativo com
departamentos, professores e alunos. The library media specialist is a leader in
connecting through collaboration. Collaboration between the classroom teacher and
the library media specialist is fundamental to good school libraries. Beyond working
with individual teachers, the library media specialist weaves a web of collaboration
among teacher teams (grade level or interdisciplinary). (Stripling, 1996)
Quando falamos de trabalho colaborativo entre professor bibliotecário e
professores de turma, podemos considerar ainda como determinantes para o sucesso da
integração da BE os níveis dessa colaboração. De acordo com a tipologia proposta por
Buzzeo (2008), os níveis de colaboração que se conseguem atingir numa BE podem
condicionar de forma importante o sucesso das aprendizagens dos alunos. Este autor
distingue quatro níveis de colaboração:
While in cooperation, the teacher and library media specialist work
independently but come together briefly for mutual benefit, their relationship is loose.
Coordination means there is a more formal working relationship and an
understanding of shared missions. The teacher and library media specialist do some
planning and communicate more.
In collaboration, the two partners have a prolonged and interdependent
relationship. They share goals, have carefully defined roles in the process, and plan
much more comprehensively.
In data-driven collaboration, the two partners have a prolonged and
interdependent relationship. They share goals, have carefully defined roles in the
process, and plan comprehensively based on the results of evidence of student
knowledge, skills, and learning, such as grade level standardized assessments.(Buzzeo,
2008)
6 6
Não existindo nas nossas escolas práticas efectivas deste tipo, cabe ao professor
bibliotecário assumir a liderança no estabelecimento progressivo de pontes,
progressivamente mais sólidas, no desenvolvimento curricular com e através da BE.
A ideia de colaboração pode também ultrapassar a colaboração entre pares
docentes e ser incentivada entre os alunos. Tendo em conta que a aprendizagem é um
processo essencialmente social, o professor bibliotecário deve incentivar a partilha de
ideias, a resolução de problemas em grupo, o saber ouvir outros pontos de vista, o
aproveitamento da experiência e saberes uns dos outros. Mas como as boas situações de
aprendizagem cooperativa não acontecem espontaneamente, devem também elas ser
objecto de cuidada programação entre professor bibliotecário e professor curricular.
Juntos devem documentar os resultados escolares dos alunos evidenciando uma outra
estratégia inerente ao sucesso da BE: a comunicação que confere visibilidade àquilo que
se faz, que se passa na BE ou “através “ da BE, utilizando os resultados dos alunos.
2.5. Estabelecimento de políticas que confiram um carácter sistemático e de
intencionalidade ao programa da BE
A visibilidade dos (bons) resultados escolares dos alunos que vivem uma
integração quotidiana da BE na sua vida escolar é a evidência necessária ao próximo
passo fundamental para o sucesso da integração da BE na escola - a definição de
políticas que confiram o tal carácter sistemático ao programa da BE e o estendam a toda
a escola (não apenas aos “habituais” parceiros do professor bilbliotecário).
Como evoca Doug Johnson, não podemos esquecer que a classroom instruction
is and will remain the primary focus of education, and unless we have an impact on it,
we will be seen as superfluous. Our [da BE] media program goals must be directly
aligned to the instructional goals of the district, building, and classroom.
Assim, é no Projecto Educativo da escola/agrupamento que devem ter lugar as
definições de políticas claras, articulando uma visão e uma agenda (Eisenberg, 2002)
que congreguem todo o esforço de uma escola em tornos de duas vertentes intimamente
ligadas à BE e cruciais na educação das crianças e jovens:
7 7
a. Política de Promoção da Leitura que promova as literacias de forma
transversal ao currículo e às aprendizagens
Reading is a window to the world. Reading is a foundational skill for learning,
personal growth, and enjoyment. The degree to which students can read and understand
text in all formats (…) and all the contexts is a key indicator of success in school and in
life. (AASL, 2007)
A investigação tem comprovado que o envolvimento do professor bibliotecário e
a utilização da BE tem um impacto positivo no desenvolvimento de competências
leitoras que, por sua vez, contribuem inequivocamente para a melhoria dos resultados
escolares.
When teacher-librarians model and celebrate the power of reading with students
and connect them with meaningful books, students become more motivated to read, view
reading favorably, and see themselves as readers. When teacher-librarians help
students learn how to independently locate and evaluate information, read for main
ideas, and share learning in a variety of modes, students feel more confident in their
reading abilities and better see themselves as lifelong learners. (Asselin, 2006)
A articulação entre o programa da BE e as orientações do Plano Nacional de
Leitura contribuirá para o necessário equilíbrio entre a leitura orientada e a consequente
aquisição de competências leitoras e a leitura recreativa e a desejável formação do
prazer de ler e da formação de leitores para a vida.
Para além dos livros (na sua forma “clássica) e publicações periódicas, existem
hoje uma série de novas e cativantes formas de criar novos leitores ou de manter os já
aficionados: blogues ou sites dedicados à leitura e à escrita mantém o interesse através
de jogos, passatempos, contactos com autores, actividades entre alunos, etc.
Também a investigação neste domínio tem demonstrado a importância do
envolvimento dos alunos na selecção, disponibilização e promoção do fundo
documental existente. A partir de determinado nível de ensino, podem ser eles mesmos
a construir os seus sites e a auxiliar a equipa da B a organizar eventos relacionados com
a leitura. Os telemóveis, o e-mail e as redes sociais virtuais nas quais os alunos se
comunicam actualmente podem ser importantes no marketing da promoção da leitura.
A visibilidade desta política no Projecto Educativo será o reflexo da paixão pela
leitura do professor bibliotecário, das estratégias de promoção que implementa, da
8 8
valorização que a escola atribui ao acesso a uma colecção diversificada e da importância
que revela a formação de leitores competentes ao longo da vida para esta organização
educativa.
b. Política de Literacia da Informação que igualmente promova a
integração das TIC em contexto curricular
The definition of information literacy has become more complex as resources
and Technologies have changed. Information literacy has progressed from the simple
definition of using reference resources to find information. (AASL, 2007)
A Literacia da Informação mudou, de facto, o papel do professor bibliotecário
nos últimos anos, não apenas nas suas funções mas também na forma de trabalhar, pois
é de todas a que exige um nível mais elevado de colaboração com os professores.
Requer uma compreensão aprofundada do processo de ensino-aprendizagem e a
capacidade de aplicar esta compreensão no seu trabalho de desenvolvimento de
competências de informação em contexto curricular.
A sociedade sofre alterações contínuas e os alunos, a quem hoje são
direccionadas as práticas pedagógicas e didácticas iguais desde há trinta anos atrás, têm
actividades, necessidades e interesses diferentes dos de outrora.
A liderança neste domínio é um desafio exigente mas apresenta-se nos dias de
hoje como a solução para retirar a BE do isolamento a que está votada na maioria da
escolas (pelo menos, no que ao desenvolvimento curricular diz respeito) e torná-la no
centro da aprendizagem.
Como refere Johnson (2002), thoughtful information literacy units can also
teach most if not all technology competences needed by students. Assim, a inscrição de
uma política que integre o desenvolvimento de competências informacionais e
tecnológicas depende da capacidade de diálogo do professor bibliotecário com os
órgãos de gestão executiva e pedagógica, da capacidade de planeamento e de
desenvolvimento de estratégias de interacção curricular, baseadas em evidências
decorrentes da avaliação. Só através da definição de uma política clara neste domínio
será possível a integração plena da BE na vida da escola e o cumprimento da sua
missão.
9 9
2.6. Permeabilidade à mudança e capacidade de adaptação permanente por
parte do professor bibliotecário e equipa responsável pela gestão da BE
The library profession desperately needs leadership to develop a new vision for
the 21st century and reverse its declining profile and influence. This should start with
effecting that shift from a content-orientation to a user-facing perspective and then on
to an outcome focus. (Rowlands, 2008)
Gladwell (2007) no seu livro A Chave do Sucesso demonstra como a mudança
está ao alcance de todas as organizações desde que se concentrem os recursos em
poucas áreas-chave. Esta afirmação corrobora a necessidade de uma outra ferramenta de
gestão, ainda não abordada - o Plano de Acção da BE, onde após avaliação diagnóstica
se procede à definição de prioridades para a implementação das necessárias acções de
melhoria.
Mas a elaboração de documentos, se bem que imprescindível para dar visibilidade
às intenções, não é suficiente para provocar a mudança. Esta passa essencialmente pelas
pessoas e este autor afirma que, para operar a mudança, é preciso encontrar três tipos de
pessoas: os peritos, os comunicadores e os vendedores. E o que é que isto tem a ver com
bibliotecas escolares?
Tudo, como demonstrou Creighton (2008). No seu artigo Impact as a 21st-
Century Library Media Specialist, esta autora estabelece um paralelismo entre as
tipologias de perfil de gestores para a mudança de Gladwell com o perfil do professor
bibliotecário de séc. XXI, impulsionador por excelência de uma série de mudanças não
só na BE como na própria escola.
Os novos desenvolvimentos em TIC e o impacto do anunciado Plano
Tecnológico de Educação, os avanços nas questões da literacia da informação, o
conhecimento como de processa a aprendizagem e o imperativo de uma escola
inclusiva, assim como os resultados da investigação (Barrett, 2004) exigem que o
professor bibliotecário e a sua equipa se assumam como peritos que reap the
information harvest for the benefit of others e seek to increase their knowledge to better
serve their patrons, como comunicadores que are innovators, make themselves
available to serve e build communities both in person and virtually e como vendedores
create slogans, write mission statements, create contests, and schedule events that
attract new patrons and keep veteran patrons coming back, advocates of all things
10 10
related to school libraries e use research to convince others of their authority.
(Creighton, 2008)
Estas competências não são, na sua maioria, inatas devendo os professores
bibliotecários e suas equipas procurar em conjunto resposta aos novos desafios que se
colocam à escola e à BE, aprendendo e partilhando experiências de gestão, comunicação
e liderança e, sobretudo, capacidade de adaptação, seja através de formação formal ou
de continuada auto-formação.
O rápido desenvolvimento de recursos electrónicos faz com que a BE corra hoje o
risco de se ver ultrapassada. É por isso vital que os professores bibliotecários se
familiarizem com o que “de novo” vai surgindo, providenciando percursos formativos
que auxiliem professores e alunos a encontrar caminhos seguros perante a avalanche de
informação disponível através da Internet. Será assim que os professores bibliotecários
se afirmarão, mais do que como especialistas da informação, mas como gestores do
conhecimento.
This means that school librarians have a major responsibility to develop
themselves in all the areas outlined in the Guidelines. They need to become leaders in
schools by serving on key committees, by developing a vision and by sharing that vision
with others. They need to be co-educators by understanding learning, collaborating
with teaching colleagues and participating in staff training. They need to be information
navigators by bridging the gaps between students, teachers, online information and the
curriculum. They need to be managers by creating effective learning environments, and
by planning, implementing, evaluating and advocating their service. (Barrett, 2004)
2.7. Auto-avaliação contínua e sistemática, como forma de validação das
práticas e como indispensável ferramenta de planeamento
O mundo por mais que queiramos, não funciona de acordo com a nossa intuição
(…) Quem consegue ser bem sucedido (…) não faz apenas o que acha que deve fazer.
Testa deliberadamente a sua intuição. (Gladwell,2007: 249)
A avaliação não consiste apenas em olhar para trás, para os acontecimentos e
actividades que já se realizaram. Pelo contrário, constitui a ferramenta de gestão por
excelência para a planificação de todo o trabalho futuro. A auto-avaliação contínua e
11 11
sistemática, baseada em evidence-based practice [EBP] in school librarianship is
driven by central questions that give school libraries their raison d‟être. For school
librarians, the big question regarding EBP is, “Why do school libraries matter today,
particularly in the context of an educational world that increasingly relies on diverse,
complex, and often conflicting sources of digital information?” (Todd, 2008)
Esta ferramenta, associada a competências mais aprofundadas de marketing por
parte do professor bibliotecário, proporcionará o enquadramento necessário para uma
melhor compreensão da procura e análise que permita prever as necessidades
informacionais dos utilizadores, no sentido da promoção de serviços apropriados e
recursos que satisfaçam os utilizadores habituais e que atraiam os novos. Sem esta
compreensão clara das necessidades de toda a comunidade escolar e a identificação dos
pontos fortes e dos pontos fracos da BE que gerimos é difícil antecipar soluções e
planificar programas e serviços.
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