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Page 1: A bela e a Fera

“A Bela e a Fera”

(No começo todos fazem o papel de narradores, depois vestem seus adereços em cena e “viram” moradores do vilarejo onde mora Bela).

Era uma vez um príncipe muito bonito, rico e arrogante que vivia em um enorme castelo.Pessoa 2 - Certo dia uma velha senhora bateu em sua porta pedindo ajuda.Pessoa 3- O príncipe vendo aquilo debochou da feiura da velha e mandou que ela fosse embora.Pessoa 4 - No mesmo instante aquela senhora se transformou em uma linda princesa na sua frente, era uma feiticeira testando o caráter do príncipe.Pessoa 5 – Como castigo, jogou um feitiço em cima do príncipe transformando-o em uma fera horrível e todos os empregados do castelo em objetos.Pessoa 6 - Antes de sair deixou em sua mão uma rosa e um recado: Se quiser que esse feitiço se desfaça, terá até a queda desta última pétala para arranjar quem o ame.Pessoa 7 - Se isso não acontecer, ficará assim para sempre.Pessoa 8 - Mas quem poderia enxergar através daquela horrível fera o coração bom de um homem?

(Música, todos vestem seus adereços se transformando em pessoas comuns do vilarejo, cada um está fazendo um tipo de ação. Bela passeia entre eles lendo um livro. Música baixa). Pessoa 1 - Olha que menina estranha!Pessoa 2- É metida a inteligente, tem mania de leitura.Pessoa 3- É diferente das irmãs.Pessoa 4- Eu acho ela feia!Pessoa 5 – Horrorosa! Não tem charme.Pessoa 6 – Dizem que ela é meio doida.Pessoa 7 – Coitado de seu pai.Narradora – Ela é uma moça especial!Todos – Estranha!Gaston – Fiquem quietos, não falem mal de Bela!Teles (imitando-o) – É, não falem mal de Bela!

(Todos saem, entram as irmãs e depois Bela).

Narradores: O pai dessas adoráveis criaturas era muito rico, mas um certo dia, perdeu toda sua fortuna, restando apenas uma pequena casa no campo, bem longe da cidade.

Pai de Bela aos filhos (chorando): Meus queridos filhos, agora que perdemos toda nossa fortuna, vamos ter que morar na casinha do campo e trabalhar lá como camponeses. Só assim, iremos sobreviver...

Narradores: Essas gentis senhoritas estavam muito enganadas. Seus admiradores não queriam mais nem olhar para elas agora que estavam pobres. Já com a Bela era diferente, muito moços queria casar com ela, e ela sempre recusava os convites com a mesma educação com que eles eram feitos. Gaston, era um deles, bonito, forte, porém era muito bruto, arrogante e sempre abordava Bela de maneira grosseira.

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Gaston: Case-se comigo, Bela? Você é uma moça tão bonita,merece o melhor. E quem é o melhor nessa vila hein, hein?

Bela: Obrigada, mas sou muito jovem e também quero cuidar mais do meu pai, tenho certeza que você achará alguém que o mereça.

Gaston – Eu é que decido quem me merece ou não. E eu escolhi você Bela!

Bela – Desculpe tenho que ir andando...

Gaston – Você será minha Bela (gritando) minhaaaaa!

Narradores – Então o pai partiu. Como o dia estava nebuloso e era a primeira vez que ia para cidade desde que chegaram ao campo, teve dificuldades no caminho.

(A cena mostra o pai com dificuldades para andar a cavalo por causa da ventania, em seguida ele cai do cavalo).

Pai – Ai meu Deus, está tão frio! Essa ventania não para!. Já está escurecendo.(Ouvindo) Que barulho é esse? São lobos? Vão me devorar a noite! (vendo) O que é aquilo? Ó meu Deus, é um castelo! Tenho que chegar lá (os lobos aparecem). Ai...e agora?

(O pai pega um pedaço de pau e luta com alguns lobos, depois corre com os lobos atrás. Sai de cena, quando volta já está dentro do castelo. Lá ele encontra uma mesa com refeição para uma pessoa).

Pai- Ainda bem que consegui me livrar daqueles lobos! (chamando) Olá! Tem alguém ai?

Relógio – Vamos fazer silêncio, quem sabe ele vai embora!

Pai – Eu me perdi na floresta desculpe ter entrado assim, é que havia lobos atrás de mim.

Castiçal – Ai pessoal, coitado! Temos que ajudá-lo, ele deve estar com fome e com frio.

Castiçal – Porque você não se senta um pouco?

Pai – Quem disse isso?

Castiçal– Eu.

Relógio – O patrão não vai gostar nada disso.

Lumieré – Chá, por favor!

(Entra o bule)

Bule (enchendo a xícara de chá) – É um prazer tê-lo aqui senhor. (para sua filha xícara). Sirva-o querida!

Xícara – Beba senhor! (depois que ele bebe) Hahahaha a barba dele faz cócegas.

Vela- Coma a vontade, o senhor está muito pálido.

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Pai – Nossa, é um castelo encantado!

Relógio – Oras, como chegou a essa conclusão?

Livro (Irônico) – Bem, acho que por ele mesmo.

(Todos escutam o som da Fera se aproximando e se encolhem).

Fera (gritando) – Como ousa entrar sem ter sido convidado?

Relógio – Eu quis avisar senhor, mas...

Fera (interrompendo) – Silêncio!

Pai – Desculpe, eu não queria lhe ofender, é que estava com frio...

Fera- Veio para ver a Fera, não é? Então olhe bem para mim. Será o meu prisioneiro para sempre. (Arrasta o pai).

Pai (Gritando) – Nããããããããããooooooooooooooooo!!!!

(As luzes acendem-se e apagam-se, ouve barulho de chuva e trovão. Entram as narradoras).

Narradoras – A sorte é que o cavalo voltou para vila e Bela preocupada montou nele e pediu que a mostrasse onde seu pai estava. Bela era muito corajosa e quando viu aquele enorme castelo sentiu um frio na barriga, mas foi entrando confiante.

Bela – Paaaaaiiiiiiii!!!!!!

(Sai do palco quando volta encontra seu pai preso)

Pai – Bela!

Bela – Papai

Fera – Quem te convidou para vir aqui?

Bela – Solte meu pai por favor, ele não fez nada! Ele está doente, não vai aguentar ficar aqui.

Fera (gritando) – Nããõoo!

Bela – E se eu ficar no lugar dele?

Pai – Não.

Fera – Teria coragem de ficar no lugar dele?

Bela – Sim teria e estou disposta a isso.

(Em um gesto rápido a Fera liberta o pai e coloca Bela em seu lugar, o pai sai gritando por Bela e Bela gritando por ele).

Fera- Leve ele de volta para vila.

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Relógio – Chefe, já que a menina vai morar aqui ela poderia ficar mais a vontade, porque você não mostra o quarto dela?

(A Fera rosna de raiva mas depois atende o pedido do relógio livro. Bela está chorando de cabeça baixa).

Bela – Nem deixou eu me despedir dele. Nunca mais vou vê-lo!

Fera- Venha vou lhe mostra seu quarto.

Bela (admirada) – Meu quarto?

Fera – Ou prefere ficar trancada?

Bela – Não, não.

Fera – Você pode circular por toda parte do castelo, aqui será sua nova casa. (gritando) Porém, não ouse visitar a ala oeste, é uma ordem!

(Saem, depois volta a Fera e a vela e o livro).

Vela – O senhor já pensou que esta pode ser a menina que vai quebrar o encanto mestre?

Fera (ríspido) – Lógico que já pensei.

Vela – Então seria bom tratá-la com carinho. Seja Cortez.

Livro - Cortês: bem educado, delicado, polido.

Fera (gritando) – Eu sei. (triste) Embora aquela bruxa tenha levado boa parte da minha inteligência eu sei. Vou chamá-la para o jantar de hoje. (Saí, quando volta Bela está no palco).

Fera- Quero que jante comigo hoje a noite, as nove horas, isso não é um pedido.

Bela – Eu não vou.

Fera – O quê? Isso é uma ordem!

Bela – Você não manda em mim, eu não vou!

Fera – Se não vai jantar comigo então vai passar fome! (fala para os objetos) Não quero que ela coma nada, ouviram?

Todos os objetos – Uhum

Narradoras – Porém, quando o relógio bateu meia noite ela ficou com muita fome então resolveu ir à ponta do pé até a cozinha ver se arranjava algo para comer.

Bule – Ela é muito bonita aquela moça.

Relógio – Ela é nossa esperança.

Espanador – O único jeito de voltarmos a ser humanos novamente.

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Vela – Precisamos torcer para ela e nosso senhor se apaixonarem.

Bule – Verdade, ela precisa dizer que ama ele sinceramente para isso acontecer, porque ele...bem, ele já deve estar caidinho por ela.

Relógio – Silêncio tem gente vindo ai.

(Entra Bela)

Vela – Olá mademoiselle.

Bela – Quem disse isso?

Vela – Aqui

Bela – Olha só! Estou em um castelo encantado!

vela – Somos todos seus criados madame.

Bule- O que deseja meu bem?

Bela- Ó, estou com fome!

Relógio – É para já.

(A cena congela, depois todos saem de cena)

Narradora – Ali, Bela percebeu que não precisava ter medo daquele castelo e nem mesmo da Fera, sentiu-se no meio de amigos e comeu feliz da vida no meio deles. Depois pediu a vela e ao livro que lhe mostrasse o castelo. Distraídos os objetos deixaram que ela subisse até a ala oeste. Bela entra sozinha na ala oeste e se depara com a rosa enfeitiçada

Fera (gritando)- O que está fazendo aqui? Eu disse para você não vir aqui.

Bela – Desculpe, eu não queria lhe ofender.

Fera- Imagine o que poderia ter acontecido! Saia já daqui!

Bela – Eu vou mesmo, não vou ficar mais nenhum minuto nesse castelo.

(Música. Bela sai chorando. Pega seu cavalo e atravessa a floresta. Luz baixa. Sons de lobos. Bela está com medo, logo surgi um lobo, que ela tenta lutar, depois surge outros, ela fica encurralada, apavorada e começa a gritar. A Fera surge combatendo todos os lobos, esses avançam sobre a Fera, mas ela afasta todos de perto, depois a Fera cai machucada. Bela se comove e levanta-o, ajudando-o a voltar para o castelo).

(Enquanto isso na vila o Pai chega desesperado e encontra as filhas, Gaston e seu amigo que não ligam para seu desespero)

Gaston (irritado) – Bela, bela, bel ...Você ainda, há de me querer!

Irmã 2- Não ligue tanto para ela.

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Irmã 3 – Você deveria dar valor a quem te quer bem.

(Entra o pai desesperado)

Pai – Socorram, por favor, Bela está nas mãos de uma fera horrível.

Gaston – O que foi velho?

Pai – Eu fui raptado por uma fera, mas bela apareceu e foi presa em meu lugar.

(Irmãs tentam disfarçar o riso)

Teles (no ouvido de Gastón) – Ele está ficando louco!

Gaston – Estou percebendo...

Pai – Ninguém vai fazer nada? Ninguém vai me ajudar? Ora, eu vou resolver isso sozinho então.

Irmãs – Papai está ficando biruta o coitado!

Irmã 1 – Se bem que poderia ser verdade essa história.

(As outras irmãs riem. Elas ficam em um canto cochichando. Foco em Gaston e no seu amigo).

Teles – Eu acabo de ter uma ideia.

Gaston– Ótimo! O que é?

Teles - O pai da sua amada está ficando louco pelo que parece certo?

Gaston – É...ele nunca bateu muito bem...

Teles – Poderíamos entrar com um pedido de internação em um hospício, chamaríamos todas as pessoas da vila e contaríamos essa história de fera que ele inventou. As pessoas te adoram Gaston e melhor: elas têm medo de você! Isso vai ajudar todas as pessoas assinarem o documento que eu vou preparar para o diretor do hospício. Bela estando desamparada você poderá se casar com ela a força.

Gaston – Isso é simplesmente detestável! Eu adoro isso! (Saem)

(No castelo Bela cura o machucado de Fera)

Fera – Ai! Isso dói

Bela - Se ficar quieto, não vai doer tanto!

Fera – Se você não tivesse tentado fugir isso não teria acontecido!

Bela – Se você não tivesse me assustado isso não teria acontecido!

Fera – E você não deveria ter ido a ala oeste!

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Bela – E você deveria aprender a controlar seus nervos.

(Ele fica encabulado)

Bela – A propósito, obrigada por salvar minha vida!

Fera – Me desculpe.

(Fera beija a mão de Bela)

Narradoras – Então Bela começou a perceber que Fera tinha um coração generoso, poderia ter atitudes delicadas e era aberto para conversas. A essa altura, Fera já estava apaixonado.

Bela (Lendo) Ai ela disse: Romeu, sem teu amor não posso viver. Há de haver alguma maneira para que nosso amor seja possível...

Fera (interrompendo) – Bela você se casaria comigo?

Bela – Oh, não. Desculpe eu sou sincera, mas não vejo alternativa além da amizade para nós.

Fera – É lógico! Como uma moça linda se interessaria por alguém como eu?

Bela (próxima) – Você tem um coração nobre, é gentil, educado, não fale desse jeito!

Fera – Está bem. Continue.

Bela – Não quer ler um pouco?

Fera – Tudo bem. Ai ele disse: Não se deses...ses...leia você estava indo tão bem!

(Bela passa a mão na cabeça da Fera consolando-o).

Bela – Não tem problema. Ai ele disse: Não se desespere Julieta, nosso amor é mais forte que a briga entre nossas famílias e eu lutarei por ele até o fim dos meus dias...

(Música. A cena mostra Bela e a Fera caminhando ,lendo, sorrindo e brincando juntos, os objetos estão em um canto espiando a cena toda. Música baixa).

Objetos (suspirando) – Ai ai!

Vela – Parece que alguma coisa está acontecendo entre eles.

Bule- Tomara que sim!

Relógio – Mas ela disse que não quer casar.

Livro – Mas seus olhos dizem outra coisa meu caro.

(Saem os objetos e entra a Bela e a Fera. Bela está de cabeça baixa).

Fera – O que foi Bela, não está feliz?

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Bela- Estou. É que...tenho tanta saudade do meu pai, se ao menos eu pudesse ver ele uma última vez...

Fera (pegando o espelho mágico) – Tome, esse espelho é mágico é só pedir que conseguirá ver seu pai...

Bela (falando para o espelho) – Eu quero ver meu pai!(o espelho mostra) Oh, não! Ele está doente e sozinho, minhas irmãs não estão cuidando dele!

Fera (Triste) – Neste caso você deve ir vê-lo.

Bela – O quê?

Fera – Vá Bela, não é mais minha prisioneira. Mas leve esse espelho consigo e quando quiser poderá me ver.

Bela – Oh, muito obrigada, nunca vou esquecer isso que está fazendo por mim! Vou passar sete dias com ele e depois volto. Isso é uma promessa!

Fera – Eu confio em você Bela, então no oitavo dia te esperarei com um grande jantar.

(Bela beija o rosto da Fera e sai. Os objetos entram).

Objetos (todos) – Onde ela vai amo?

Fera – Eu a libertei.

Objetos – Porquêêê???

Fera – Por que eu a amo.

Bule – Agora que ela não volta.

Xícara – Xiiiiuuu mamãe!

(Todos saem discutindo, entra o pai em cena ele está deitado na cama doente. Entra Bela).

Bela – Papai!

Pai – Bela você conseguiu escapar.

Bela – Não papai ele me libertou, ele não é aquele monstro horrível que nós pensávamos. Ele que me deixou vir.

(Barulho na porta)

Bela – Quem é? Pode entrar.

Teles (disfarçado) – Eu tenho um mandato de internação para seu pai. Todo o vilarejo está comentando que ele está louco, falando em uma Fera . Precisamos interná-lo. É para seu próprio bem!

Bela – Não vai internar coisa nenhuma, quem é que autorizou posso saber?

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Teles – Suas irmãs.

Bela (assustada) – Oh! Pois eu te digo que meu pai não está mentindo, olhe aqui (pegando o espelho).

(Teles vê a Fera e leva um enorme susto)

Teles - Santo Deus! O quê é isso?

Bela – É uma fera sim, mas é muito amável, gentil, educado, não precisa ficar assim!

(Gaston que estava escondido aparece de repente)

Gaston – Se eu não te conhecesse, não diria que você está caidinha por ele.

Bela (irritada) – Ahhhh tinha que ser você né Gaston? Mais um de seus planos! Saiba que daqui o meu pai não sai.

(As três irmãs aparecem)

Irmãs – Bela você voltou?

Bela – Sim, voltei para cuidar do papai já que vocês não estão fazendo isso (para Gastón e Teles), podem nos dar licença esse assunto agora é de família.

Gaston - Até mais Bela.

Bela – Eu voltei, mas tenho pouco tempo, a fera me deu apenas oito dias para ficar aqui ele pode ficar muito zangado comigo se eu não voltar.

Irmã 3 – Nossa, eu imagino como ele pode ficar zangado!

Irmã 2- O papai nos disse como ele tratou vocês.

Bela – Oh não, ele não é mais o mesmo. Ele é muito amável. (Bela volta a cuidar de seu pai).

(As três irmãs se juntam em um canto e cochicham).

Irmã 1 – Tenho um plano que vocês vão amar.

Irmã 1 e 2- Conte!

Irmã 1- Bela disse que tem oito dias para ficar com a gente senão a fera pode ficar muito zangada, precisamos segurar ela aqui, tratá-la bem, que nem uma rainha, para que fique bem mais tempo e assim quem sabe a fera a devore de uma vez.

Irmãs (todas) – Hahahahahaha

Bela – O que foi? Gostaria de rir também!

Irmã 1 – Imagine Bela, estávamos rindo de um tombo que eu levei hoje pela manhã, seria mais engraçado senão estivesse com as pernas doloridas agora.

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(Bela e as outras irmãs riem. Todos saem).

Narradoras – E assim se deu o plano: Começaram a tratar Bela como nunca havia tratado, Bela na sua inocência nada percebeu, apenas estranhou a bondade das irmãs, mas achou bom.

Irmã 1 – Venha Bela, vamos ver os garotos da vila e dar risada as suas custas.

(Música. Bela e a irmã caminham pela vila e dão muitas risadas. Depois saem).

Irmã 2 – Olha Bela, o que eu fiz para você, eu mesmo bordei, tem várias maneiras de se usar.

(Música, Bela conversa com a irmã, entretida em vestir o casaquinho que sua irmã bordou).

Irmã 3 – Bela, por sua causa comecei a escrever poemas, quero sua opinião sobre eles, afinal você sempre foi muito inteligente.

(Música, Bela e a irmã estão lendo juntas muito companheiras, depois saem).

(No final da música a Fera entra se arrastando e cai no chão, os objetos olham ele com piedade. A música baixa).

Relógio – Senhor, você não pode ficar assim.

Vela – Tem que reagir senhor, não pode continuar com essa greve de fome.

Bule – Tenho certeza que ela voltará.

Xícara- Ééééé.

Livro- Ela gosta do senhor, acredite.

Fera – Todos para dentro! Bela era minha única esperança, sem ela não quero mais viver!

(Os objetos saem primeiro, depois Fera sai se arrastando).

Narradoras – Mas eis que no décimo dia Bela acorda e alguma coisa no seu coração diz que precisa voltar urgentemente. Na verdade não era a obrigação, mas a saudade que já sentia de Fera. Do cuidado, da proteção, do carinho que nunca tivera antes.

Bela – Oh meu Deus! Estou mais tempo do que eu deveria estar aqui. (chamando) Paaaaiiii, irmãs, preciso partir.

Irmãs – Nããããoooo!

Bela – O quê é isso?

Irmã 1 – Fique mais um pouco Bela, só mais alguns dias.

Irmã 2 – Sentiremos sua falta Bela.

Irmã 3 – Se ficar podemos ir ao bosque, fazer bolo, contar piadas fique...

Bela (decidida) – Não posso. Tenho que ir, mas voltarei.

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Pai – Vai com Deus minha filha, dê notícias!

(Música, a Fera aparece caída no chão, os objetos reunidos estão de cabeça baixa em um canto quase chorando de tanta tristeza. Bela entra em cena correndo e quando vê Fera caída no chão caminha devagar até ele, a música para).

Bela- Fera! Acorde, acorde!

Fera – Bela, é você? Você esqueceu sua promessa, disse que no oitavo dia estaria aqui. A dor de perdê-la me fez decidir morrer de fome, mas morro contente porque tive o prazer de vê-la uma última vez.

Bela – Não meu caro, não vai morrer! Vai viver para se tornar meu esposo. Desde já lhe dou a minha mão e serei eternamente sua. Eu pensei que fosse só amizade, mas a dor que estou sentindo agora demonstra que não poderia viver sem a sua presença. Eu te amo!

Fera – Eu também te amo Bela, te amei desde a primeira vez que te vi.

(Os dois se abraçam . Todos os objetos estão em cena emocionados. O feitiço se desfaz e Fera se transforma no príncipe que era antes. Todos os objetos também voltam a ser humanos novamente).

Narradoras – Bela, feliz com a surpresa, deu a mão ao belo príncipe e foram juntos ao salão do castelo. Chegando lá, a surpresa foi ainda maior, encontrou seu pai, os criados do castelo e alguns amigos do vilarejo onde morava. Suas irmãs, invejosas receberam um castigo da mesma feiticeira do príncipe, foram transformadas em estátuas que ficariam na porta do palácio testemunhando a felicidade de Bela até o dia que se arrependerem das maldades que fizeram. A Bela e a Fera casaram e viveram em uma felicidade perfeita pois era fundada na virtude.

(Baile da Bela e a Fera. Black Out)


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