A Caminho do CrescimentoVerde:Um Sumário para os Decisores PolíticosMaio de 2011
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Em Junho de 2009, os ministros de 34 paísesassinaram uma Declaração sobre CrescimentoVerde, declarando que iriam: “Intensificar os seusesforços para continuar as estratégias decrescimento verde como parte das suasrespostas à crise e não só, reconhecendo que o verde pode caminhar lado a lado com ocrescimento.” Aprovaram um mandato para aOCDE no sentido de desenvolver uma Estratégiade Crescimento Verde, reunindo aspectoseconómicos, ambientais, sociais, tecnológicos e de desenvolvimento num quadro abrangente.
A Estratégia responde a esse mandato. Faz parte
das contribuições da OCDE para a Conferência do
Rio+20 que terá lugar em Junho de 2012.A Declaração sobre Crescimento Verde, adoptada na Reunião do Conselho
a nível ministerial da OECD a 25 de Junho de 2009
Esta brochura foi preparada para a Reunião do Conselho a nível
ministerial da OCDE, a 25 e 26 de Maio de 2011 em Paris
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Esta obra é publicada sob a responsabilidade do Secretário-Geral da
OCDE. A opinião expressa e os argumentos aqui expostos não
reflectem necessariamente os pontos de vista oficiais da Organização
nem dos governos dos seus países-membros.
© OECD 2011
A OCDE autoriza a utilização livre deste material para fins não
comerciais. Todos as solicitações deste material para fins comerciais ou
para direitos de tradução deverão ser enviadas para: [email protected].
Uma mensagem do Secretário-Geral da OCDE 3
O que é o crescimento verde e porque precisamos dele? 4
Fontes de crescimento verde 5
Crescimento verde em acção 6
Um quadro para as estratégias de crescimento verde 7
Quais são os elementos essenciais das estratégias de crescimento verde? 8
Exemplos de iniciativas de crescimento verde 12
De que forma o crescimento verde irá afectar oemprego? 15
Resolução dos problemas de distribuição 17
Cooperação Internacional para o crescimento verde 18
Processo de monitorização a caminho do crescimento verde 20
Construir estratégias de crescimento verde 22
Próximos passos da Estratégia de Crescimento Verde da OCDE 23
Publicações-chave da OCDE 24
Índice
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2 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE
New Songdo City (Coreia): Situada numa ilhaartificial a 40 milhas de Seul, a cidade de 1,500hectares tem por objectivo emitir apenas umterço dos gases com efeito de estufa de umacidade de tamanho semelhante e tornar-se ocentro comercial do nordeste da Ásia. www.songdo.com
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A Estratégia de Crescimento Verde da OCDE: Um prisma paraexaminar o crescimento
A economia mundial está lentamente, e desigualmente, a sair da pior crise que a maioria denós já conheceu. Ao mesmo tempo que se tratam problemas imediatos como o desempregoelevado, as pressões inflacionistas ou os défices fiscais, temos que olhar para o futuro econceber novas formas de garantir que o crescimento e o progresso que já não dispensamossejam assegurados nos próximos anos.
Agir “como de costume” seria insensato e, em última instância, insustentável, envolvendoriscos que poderiam impor custos humanos e condicionalismos que dificultam o crescimentoeconómico e o desenvolvimento. Tal poderia resultar num aumento da escassez de água,estrangulamentos de recursos, poluição do ar e da água, alterações climáticas e perda debiodiversidade que poderia ser irreversível.
São precisas estratégias para alcançar um crescimento mais respeitador do ambiente. Se pretendermos garantirque o progresso no nível de vida a que assistimos nestes últimos cinquenta anos não fique paralisado, temos deencontrar novas formas de produzir e consumir. E mesmo redefinir o que queremos dizer com progresso e como omedimos. E temos que ter a certeza que os nossos cidadãos nos acompanham neste caminho, especialmente noque respeita à preparação das pessoas com as competências adequadas para colher os benefícios do empregonesta mudança estrutural.
Mas não podemos simplesmente começar do zero. A alteração dos actuais padrões de crescimento, hábitos dosconsumidores, tecnologia e infra-estrutura é um projecto de longo prazo e teremos que viver muito tempo com asconsequências de decisões passadas. É provável que estas “dependências históricas” intensifiquem os riscosambientais, mesmo que obtivéssemos os contextos políticos certos de forma relativamente rápida.
A economia moderna foi criada graças à inovação e prospera com ela, e, por sua vez, a economia incentivanovas formas de fazer as coisas e a invenção de novos produtos. E assim continuará a ser. As alterações nãotecnológicas e a inovação como os novos modelos de negócio, modalidades de trabalho, planeamento urbano oudisposições de transporte constituirão igualmente elementos fundamentais na concretização do crescimento verde.Nenhum governo possui por si só todos os recursos tecnológicos, científicos, financeiros ou outros necessáriospara a implementação do crescimento verde. Os desafios são globais e, recentemente, verificámos esforçosinternacionais encorajadores para uma abordagem colectiva das questões ambientais, incluindo os pioneirosAcordos de Cancún para responder à questão das alterações climáticas.
Na reunião Ministerial da OCDE em Junho de 2009, os ministros reconheceram que o verde pode caminhar ladoa lado com o crescimento, e solicitaram à OCDE que desenvolvesse uma Estratégia de Crescimento Verde. Desdeentão, temos trabalhado com um vasto leque de parceiros, provenientes do governo e da sociedade civil, parafornecer um quadro que determine a forma como os países podem alcançar o crescimento e o desenvolvimentoeconómicos combatendo, simultaneamente, as alterações climáticas e prevenindo uma degradação ambientaldispendiosa e uma utilização ineficaz dos recursos naturais.
As publicações A Caminho do Crescimento Verde e A Caminho do Crescimento Verde – Monitorização doProgresso: Os indicadores da OCDE resumem o trabalho feito até agora. A análise apresentada, através da qual sepode examinar o crescimento, é um primeiro passo importante para a concepção de estratégias de crescimentoverde. E fornece simultaneamente, um quadro politico de acção para os decisores políticos em economiasavançadas, emergentes e em desenvolvimento. A OCDE irá continuar a apoiar esforços globais para promover ocrescimento verde, sobretudo tendo em conta a Conferência do Rio+20. Nos próximos passos, o crescimento verdeestará reflectido nos exames dos países da OCDE, bem como no resultado de futuros trabalhos sobre indicadores,ferramentas e estudos sectoriais da OCDE para apoiar os países a implementarem esforços com vista aocrescimento verde.
Estabelecemos para nós próprios objectivos ambiciosos, mas estou confiante que trabalhando em conjunto,nós seremos capazes de os atingir.
Angel GurríaSecretário-Geral da OCDE
Uma mensagem do Secretário-Geral da OCDE
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O crescimento verde significa fomentar ocrescimento e o desenvolvimentoeconómicos, assegurando simultaneamenteque as riquezas naturais continuam afornecer os recursos e os serviços ambientais,dos quais depende o nosso bem-estar. Paratal, deve catalisar o investimento e a inovaçãoque irão apoiar o crescimento verde e darorigem a novas oportunidades económicas.
Precisamos do crescimento verde porque osriscos do desenvolvimento estão a aumentar àmedida que o crescimento continua a desgastaro capital natural. Se tal não for tido em conta,significará um aumento da escassez da água,piorando o estrangulamento dos recursos, maiorpoluição, alterações climáticas e uma perda debiodiversidade irrecuperável.
Estas tensões podem minar perspectivas futurasde crescimento, pelo menos devido a duas razões:
� Em primeiro lugar, está a tornar-se cada vezmais dispendioso substituir capital físico porcapital natural. Por exemplo, se a água setornar mais escassa ou mais poluída, serãonecessárias mais infra-estruturas para atransportar e purificar.
� Em segundo lugar, uma mudança não seguenecessariamente uma trajectória suave ouprevisível. Por exemplo, algumas unidadespopulacionais de peixes desaparecemsubitamente depois de registarem apenas umdeclínio lento durante anos.
Se pretendermosgarantir que o progressodo nível de vidaalcançado nestesúltimos cinquenta anosnão fique paralisado,temos de encontrarnovas formas e padrõesde produzir e consumire mesmo redefinir o quequeremos dizer comprogresso e como omedimos.
0
500
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OCDE2005
SemBaixoMédioGrave
OCDE2030
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BRIC 2030
RdM2005
RdM 2030
0 200 400 600 800 1000
Pacífico
Europa
América do Norte
Ásia
Brasil
Rússia
China
Sul da Ásia
Resto do Mundo
Mundo
1
20002030
Restante biodiversidadePerda para azotoPerda para infra-estrutura
Perda para fragmentação e florestasPerda para climaPerda para agricultura
0 20 40 60 80 100
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Ameaças mundiais à biodiversidade (percentagem)
Milhões de pessoas que vivem com grande stress hídrico
Mortes prematuras devido a poluição atmosférica de PM10 (pormilhão de habitantes)
Fonte: OCDE (2008), Perspectivas Ambientais da OCDE para 2030 e OCDE (2009), A Economia da
Mitigação das Alterações Climáticas: Políticas e Opções para Acções Globais para além do ano 2012.
1. Incluindo a Índia.
O que é o crescimento verde e porque precisamos dele?
Principais desafios ambientais
4 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
33% da populaçãomundial pode vir a serafectada pela escassezde água até 2025
10%, a percentagem daperda de biodiversidadeaté 2030 sem medidaspara conseguir travaresta tendência
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Fontes de crescimento verde
O crescimento verde pode proporcionarnovas fontes de crescimento através de:
� Produtividade. Incentivos para uma maioreficácia na utilização dos recursos e activosnaturais, incluindo o reforço da produtividade, aredução do desperdício e do consumo deenergia e tornar os recursos disponíveis para oseu valor de utilização mais elevado.
� Inovação. Oportunidades para a inovação,impulsionadas por políticas e condições-quadroque permitam novas formas de criação de valore abordagem dos problemas ambientais.
� Novos mercados. Criação de novos mercadosestimulando a procura de tecnologias, bens eserviços verdes, criando novas oportunidadesde emprego
� Confiança. Impulsionar a confiança dosinvestidores através de maiores previsibilidade eestabilidade no que respeita à forma como osgovernos abordam as principais questõesambientais
� Estabilidade. Condições macroeconómicasmais equilibradas, menor volatilidade dos preços
dos recursos e apoio à consolidação orçamentalrevendo, por exemplo, a composição e eficáciada despesa pública e aumentando as receitasatravés da atribuição de um preço à poluição.
O crescimento verde reduzirá igualmente osriscos para o crescimento provenientes:
� Estrangulamentos que surgem quando aescassez de recursos ou a sua qualidadereduzida torna o investimento mais caro, como éo caso da necessidade de infra-estruturasintensivas em termos de capital quando oabastecimento de água se torna escasso ou aqualidade da água é reduzida. A este respeito, aperda de capital natural pode exceder osganhos gerados pela actividade económica,minando assim a capacidade de apoiar ocrescimento futuro.
� Os desequilíbrios nos sistemas naturaispodem originar o risco de efeitos abruptos,altamente prejudiciais e potencialmenteirreversíveis. As tentativas de identificação depotenciais limiares sugerem que alguns destes –alterações climáticas, ciclos de azoto globais eperda de biodiversidade – já foram excedidos.
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112 biliões de dólaresamericanos, valor dapoupança decombustível entre 2020 e2050 no investimento emsistemas energéticoscom baixo teor emcarbono
153 mil milhões deeuros – valor económico,em 2005, dos insectospolinizadores(principalmente abelhas)para as principais culturasque alimentam o mundo
2.1 a 6.3 biliões dedólares americanos,oportunidades comerciaispotenciais até 2050relacionadas com asustentabilidade ambientalsó nos sectores derecursos naturais
1991, o ano em que aSuécia introduziu oimposto sobre o carbono.A economia continuou acrescer, expandindo-sedesde então em 50%.
O desenvolvimentosustentável forneceum contextoimportante para ocrescimento verde. A
Estratégia de Crescimento Verde daOCDE impulsiona o corpo substancialde análise e o esforço politicodecorrentes da Cimeira da Terra de1992 no Rio de Janeiro. Desenvolveuma agenda clara e bem orientadapara a concretização de algumasaspirações-chave da Cimeira da Terrado Rio de Janeiro.
O crescimento verde não foi concebidopara substituir o desenvolvimentosustentável, devendo sim serconsiderado com um subconjunto
tanto ao nível nacional comointernacional. Para alcançar estesobjectivos, devem ser implementadasparalelamente a iniciativas centradasno pilar social mais alargado dodesenvolvimento sustentável.
A Estratégia desenvolve um quadropolítico de acções que foi concebido deforma suficientemente flexível de modo aser ajustado às diferentes circunstânciase estados de desenvolvimento de cadapaís. Em parceria com iniciativas deoutras organizações internacionais,incluindo o PNUA, a ESCAP e o BancoMundial, o trabalho da OCDE sobre ocrescimento verde foi realizado com vistaa contribuir para os objectivos daConferência Rio+20.
deste. Tem um alcance mais limitado,implicando uma agenda políticaoperacional que possa alcançarprogressos concretos e mensuráveisnas interacções da economia e doambiente. Incide fortemente napromoção das condições necessáriaspara a inovação, investimento econcorrência que podem dar origem anovas fontes de crescimentoeconómico – compatíveis comecossistemas saudáveis.
As estratégias de crescimento verdedevem prestar especial atenção amuitas das questões sociais epreocupações relativas à equidade quepodem surgir como resultado directode se tornar a economia mais verde –
Crescimento verde e desenvolvimento sustentável
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6 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
Crescimento verde em acçãoCoreia, Irlanda, China, Ruanda
“As recompensas por tornarmos as economias do mundo mais ecológicas são tangíveis econsideráveis, os meios estão nas mãos tantodos governos como do sector privado e omomento para abraçar o desafio é agora.” PNUA, A Caminho de uma Economia Verde: Caminhos para o DesenvolvimentoSustentável e a Erradicação da Pobreza www.unep.org/greeneconomy
A Estratégia para o Crescimento Verde e o PlanoQuinquenal da Coreia (2009-2013) fornecem umquadro político global para o crescimento verde. AEstratégia pretende: (1) promover novos motoresde crescimento respeitadores do ambiente, (2) reforçar a qualidade de vida das pessoas e (3) contribuir para os esforços internacionais nocombate às alterações climáticas. Para facilitar asua realização, em 2009, foi estabelecida umaComissão Presidencial para o Crescimento Verde e,em 2010, foi promulgada uma lei-quadro sobreCrescimento Verde de Baixo teor em Carbono. OPlano Quinquenal fornece um modelo para asacções dos governos para a implementação daEstratégia, contendo previsões orçamentaisespecíficas e tarefas detalhadas para os ministériose entidades de governo locais. Nos termos doplano referido, o governo gastará aproximadamente2% do PIB anual em programas e projectos decrescimento verde.
O Plano de Desenvolvimento Nacional da Irlanda(2007-2013) apresenta dotações financeirasindicativas para prioridades de investimento tendopor objectivo aumentar a competitividadeeconómica e garantir uma melhor qualidade devida. Reúne várias políticas de investimento sectorialnum quadro global para promover a coordenação ealinhamento entre as políticas, fornecendo umquadro financeiro no qual os departamentos eagências governamentais possam planear e realizara implementação do investimento público. Ocapítulo do Plano dedicado ao ambiente abrange otransporte, gestão dos resíduos, alteraçõesclimáticas, investigação ambiental e energiasustentável. Em 2007, os programas de
investimento com um impacto directo na promoçãoda sustentabilidade ambiental ultrapassaram os 1.3 milmilhões de euros.
A secção sobre o ‘Desenvolvimento Verde’ do 12ºPlano Quinquenal da China (2011-2015) é umamanifestação da aspiração do país de mudar parauma economia mais verde. O Plano é um roteiroestratégico nacional, que estabelece as prioridades noque respeita ao desenvolvimento socioeconómico daChina e que fornece directrizes e alvos para aelaboração de políticas aos níveis sectorial e sub-nacional. O tema do ‘Desenvolvimento Verde’identificou seis pilares estratégicos: alteraçõesclimáticas, economia e gestão de recursos, economiacircular, protecção ambiental, protecção erecuperação dos ecossistemas, conservação da águae prevenção de catástrofes naturais. Estes pilaresimplicam vários novos objectivos vinculativos (ex.: aredução das emissões de carbono por unidade doPIB em 17% até 2015, a redução de emissõesatmosféricas de NOx e de azoto em 10% até 2015),para além da continuação dos objectivos do 11º PlanoQuinquenal (ex.: intensidade energética, poluição deSO2 e carência química de oxigénio). No 12º PlanoQuinquenal foram igualmente fornecidas orientaçõespolíticas detalhadas, por exemplo, demonstrações detecnologias para a eficiência energética e programasde divulgação foram enfatizados como sendo o motortanto para economizar energia como para novasoportunidades de crescimento.
A Estratégia de Desenvolvimento Económico eRedução da Pobreza do Ruanda (2008-2012)representa a sua segunda estratégia de médio prazocom vista a alcançar a visão e Objectivos de longoprazo do Ruanda para 2020. A Estratégia estabeleceobjectivos de médio prazo e dotações financeirasindicativas. O ambiente é identificado como sendouma questão transversal. Além disso, foramidentificados vários sectores com forte impacte emtermos de recursos ambientais e naturais comosendo críticos para alcançar os objectivos dedesenvolvimento do Ruanda, devido às suas ligaçõescom a produção (ex.: terra) ou com a saúde (ex.:abastecimento de água e saneamento básico). Aosector do ambiente, solos e florestas foi atribuído umtotal de 62 mil milhões de francos ruandeses (RWF),para o período de 2008-12, representando 1.8% dototal da despesa pública. Por sua vez, ao sector deabastecimento de água e saneamento foi atribuídoum total de 146 mil milhões de francos ruandeses(RWF), representando 4.2% da despesa pública.
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O objectivo global de um quadro para ocrescimento verde é estabelecer incentivos ouinstituições que aumentem o bem-estar, como:
� melhorando a gestão de recursos e aumentandoa produtividade;
� incentivando a actividade económica onde, alongo prazo, a sociedade poderá produzir commaiores vantagens;
� estabelecendo novas formas de alcançar estesdois primeiros objectivos (inovação, etc.)
Fazer com que o percurso do crescimento deuma economia seja mais respeitador doambiente depende das orientações políticas einstitucionais, nível de desenvolvimento, dotaçãode recursos e aspectos específicos de pressãono ambiente. Os países avançados, emergentese em desenvolvimento enfrentam desafios eoportunidades diferentes no que respeita aocrescimento verde, como será o caso dos paísescom circunstâncias económicas e políticasdiferentes. Por outro lado, há consideraçõescomuns que deverão ser tratadas em todos oscontextos. Em qualquer dos casos, a acçãopolítica implica que se analise um leque muitovasto de políticas e não apenas as tradicionaispolíticas “verdes”.
O quadro da Estratégia de Crescimento Verdefornece um prisma para se analisar o crescimentoe identificar aspectos da política económica eambiental que se reforçam mutuamente.Reconhece o valor integral do capital humanocomo factor de produção juntamente com outrosprodutos de base e serviços. Centra-se emformas mais eficientes e rentáveis de atenuar aspressões ambientais de forma a efectuar umatransição para novos padrões de crescimentoque irão evitar ultrapassar os limiares ambientaiscríticos locais, regionais e globais.
Esta estratégia reconhece que com a tecnologiade produção e o comportamento dosconsumidores existentes, os resultados positivosapenas podem ser obtidos até um certo ponto.Haverá uma altura em que a exaustão do capitalnatural terá consequências negativas para o
crescimento global. Em todo o caso, nãosabemos com exactidão quando será estemomento, mas sabemos que, caso não hajainovação, a capacidade de substituir capitalreprodutível (como as máquinas) por capitalnatural (esgotado) é limitada.
Uma Estratégia de Crescimento Verde reconheceigualmente que ao centrar-se no PIB como medidado progresso económico, geralmente, se ignora acontribuição dos activos naturais para a riqueza,saúde e bem-estar. Visará, portanto, um leque demedidas de progresso, abrangendo a qualidade e acomposição do crescimento e a forma como talafecta a riqueza e o bem-estar das pessoas.
De forma a adaptar este quadro para paísesemergentes e em desenvolvimento seráimportante articular as políticas de crescimentoverde com os objectivos de redução da pobreza.Existem complementaridades importantes entre ocrescimento verde e a redução da pobreza quepodem ajudar a orientar o progresso de forma aalcançar os objectivos de Desenvolvimento doMilénio (ODM). Estas incluem:
� o fornecimento de infra-estruturas de água etransporte mais eficazes
� a atenuação dos problemas de saúdeassociados com a degradação ambiental
� a introdução de tecnologias eficazes quepossam reduzir os custos e aumentar aprodutividade, ao mesmo tempo que a pressãono ambiente alivia.
Dada a importância capital dos activos naturaisnos países de baixo rendimento, as políticas decrescimento verde podem reduzir a vulnera -bilidade aos riscos ambientais e aumentar asegurança dos meios de subsistência dos pobres.
Um quadro para as estratégias de crescimento verde
© OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS . 7
“Se não zelarmos pelo ambiente estamos a retirardígitos ao PIB e, consequentemente, a limitar o nosso próprio potencial para o futuro” Inger Andersen, Vice-Presidente do Banco Mundial para DesenvolvimentoSustentável http://web.worldbank.org
22, factor em função doqual cresceu a produçãoeconómica no séc. XX.
30 anos suplementaresna esperança de vida namaior parte do mundograças ao progressohumano alcançado nosúltimos 150 anos
1.7 milhões, número demortes anuais evitáveisdevido à poluição daágua em todo o mundo,principalmente entrecrianças com idadeinferior a 5 anos
6.4 milhões, número demortes evitáveis devidoà poluição atmosférica
1.3 biliões, de dólaresamericanos - benefíciospara a saúde públicamensuráveis devido àUS Clean Air Act(Regulamentação contraPoluição do Ar dosEstados Unidos)
50%, uma estimativa daredução dos custos daatenuação dasalterações climáticasquando sãoconsideradas asmelhorias em termos deesperança de vida
25% da riqueza dospaíses de baixorendimento é atribuídaao capital natural
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A alteração dos actuais padrões de crescimento,hábitos dos consumidores, tecnologia e infra-estrutura é um projecto de longo prazo e teremosque viver durante muito tempo com asconsequências de decisões passadas. É provávelque estas “dependências históricas”intensifiquem os riscos ambientais sistémicos,mesmo que obtivéssemos os contextos políticoscertos de forma relativamente rápida.
Portanto, as estratégias de crescimento verdeprecisam ser suficientemente flexíveis para tirarpartido das novas tecnologias e de oportuni -dades inesperadas e ser capazes de abandonaruma abordagem caso uma melhor se apresente.
A utilização e gestão eficazes dos recursosconstituem um objectivo essencial da políticaeconómica e, de futuro, muitas intervençõesfiscais e regulamentares que normalmente nãosão associadas com uma agenda “verde”, serãointegradas no crescimento verde.
Em qualquer estratégia de crescimento verde sãoessenciais dois vastos conjuntos de políticas.
� O primeiro conjunto consiste num quadroalargado de políticas que permita que ocrescimento económico e a conservação docapital natural se reforcem mutuamente.Estas incluem disposições fiscais eregulamentares essenciais como o cálculodas taxas aplicáveis e a concorrência que, seforem correctamente elaboradas eexecutadas, maximizam a afectação eficazdos recursos. Esta é a conhecida agenda depolítica económica com a tomada deconsciência adicional de que tal pode serbenéfico tanto para o ambiente como para aeconomia. As políticas de inovação deveriamigualmente ser integradas neste conjunto.
� O segundo conjunto, inclui políticas quefornecem incentivos para a utilização eficazdos recursos naturais e que tornam apoluição mais dispendiosa. Estas políticasincluem uma combinação de instrumentospuramente baseados no preço, como é ocaso de impostos relacionados com oambiente, e instrumentos não baseados nomercado, como é o caso dasregulamentações, políticas de apoio àstecnologias e abordagens voluntárias.
Embora as circunstâncias variem em cada país,atribuir um preço à poluição ou à sobreexploraçãode recursos naturais escassos – através demecanismos como impostos ou sistemas delicenças negociáveis – deveria constituir umelemento central da combinação de políticas. Osmecanismos de fixação de preços tendem aminimizar os custos da consecução de umdeterminado objectivo e fornecem incentivos paramaiores ganhos de eficiência e inovação.
A utilização acrescida de impostos relacionadoscom o ambiente pode ter um papel importante nareforma fiscal orientada para o crescimentoajudando a retirar uma parte da carga fiscal dosimpostos sobre o rendimento das empresas e daspessoas singulares com maiores distorções econtribuições sociais. A tributação sobre energia esobre o dióxido de carbono podem fazerigualmente parte de um pacote de consolidaçãoorçamental mais amplo, oferecendo umaalternativa atraente ao aumento da carga fiscalsobre o trabalho ou sobre o rendimento dasempresas ou aos cortes na despesa pública.
Nem todas as situações se prestam aosinstrumentos de mercado. Nalguns casos, umaregulamentação bem concebida, políticas activasde apoio à tecnologia e abordagens voluntáriaspodem ser mais apropriadas ou constituírem umcomplemento importante para os instrumentosde mercado. Além disso, a capacidade deresposta das empresas e dos consumidores aossinais proporcionados pelos preços pode, emmuitas situações, ser reforçada através demedidas baseadas na informação que realçamas consequências dos danos ambientaiscausados por actividades específicas e adisponibilidade de alternativas menos poluentes.
Em qualquer caso, as decisões de políticaeconómica tomadas no presente necessitamincorporar um horizonte temporal mais alargado,uma vez que os padrões de crescimento e asalterações tecnológicas tendem a integrar-seuns nos outros criando dependências históricase barreiras institucionais. Os impactosambientais são igualmente acumulativos e, porvezes, irreversíveis. Acções agora tomadascontra resultados desfavoráveis, irreversíveis oumesmo catastróficos podem evitar no futurocustos económicos significativos.
Quais são os elementos essenciais dasestratégias de crescimento verde?
8 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
Até à próximageração as emissõesmundiais de GEEnecessitam serreduzidas
2 gerações, a vida útiltípica de uma centraleléctrica
Até 10 gerações,vida útil prevista dosmodelos de sistemas de transporte e dedesenvolvimento urbano
5% do PIB, a média de consolidaçãoorçamental necessárianos países da OCDE, o mais tardar até 2025
3%, do PIB, as fontesde receita potencialaproximada dosimpostos sobre ocarbono na OCDE, até2020
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© OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE . 9
Políticas para resolver os condicionalismos docrescimento verde
Condicionalismos do Opções políticascrescimento verde
Infra-estrutura inadequada – Parcerias entre o sector público e
o sector privado
– Investimento público
– Tarifas
– Transferências
Capitais humano e social – Reforma/remoção de subsídio
reduzidos e fraca qualidade – Aumentar e estabilizar as
institucional receitas públicas
Direitos de propriedade – Revisão e reforma ou remoção
incompletos, subsídios
Incerteza regulamentar – Metas definidas
– Criar sistemas de governação
independente
Externalidades de informação – Rotulagem
e incentivos repartidos – Abordagens voluntárias
– Subsídios
– Modelos de tecnologia e
desempenho
Externalidades ambientais – Licenças negociáveis
– Subsídios
– Impostos
Baixa rentabilidade no que – Subsídios de I&D e incentivos
respeita a I&D fiscais
– Visar as tecnologias genéricas
Efeitos de rede – Reforçar a concorrência nas
indústrias em rede
– Subsídios ou garantias de
empréstimo para projectos de rede
Entraves à concorrência – Reformar a regulamentação
– Reduzir o monopólio público
Quais são os elementos essenciais das estratégias decrescimento verde?
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Inovação verde
As sociedades tornam-se dependentes dasinstituições e das tecnologias com as quais sefamiliarizam. A inércia social e económica pode serde tal forma forte que mesmo uma alteração quepoderia produzir um grande benefício não mudará oscomportamentos. A inovação desempenha um papelessencial no que respeita a tornar o crescimentomais respeitador do ambiente rompendo com adependência das formas actuais de fazer ascoisas e ajudando a dissociar o crescimento doesgotamento do capital natural.
Para a realização de inovação verde, asestratégias de crescimento verde necessitam deresponder aos seguintes desafios:
� Muitas externalidades ambientais vêm o seupreço fixado abaixo do seu valor ou nem sequerlhes é fixado um preço. Por exemplo, um preçode carbono pode incentivar a inovação acombater as alterações climáticas, no entantoos actuais níveis do preço de carbono sãodemasiado baixos para fornecerem osincentivos necessários.
� As novas tecnologias podem não conseguircompetir com as existentes, nem obter um lugar
no Mercado e crescerem especialmente emmercados como o da energia e transporte, ondepredominam as tecnologias existentes. Emcertos casos, pode ser necessário investir emáreas de investigação relevantes e apoiartemporariamente o desenvolvimento e acomercialização de tecnologias verdes. Esteapoio tem de promover a emergência e aaceitação de tecnologias eficazes ao mesmotempo que minimiza os riscos das barreirastecnológicas, a falta de concorrência ou odesinvestimento privado. Igualmente importanteé reforçar os mercados para a inovação verde,por exemplo, através de uma boa concepção decontratos públicos, normas e regulamentações
� Os entraves ao comércio e ao investimentopodem constituir um grave obstáculo aodesenvolvimento e divulgação das tecnologiasverdes. É essencial reduzir estes entraves efortalecer uma protecção e uma aplicaçãoefectivas dos direitos de propriedade intelectual(DPIs) para incentivar o desenvolvimento e adivulgação de tecnologias, facilitar o invest -imento directo estrangeiro e a licenciamento.A acção multilateral será igualmente necessáriapara facilitar o acesso dos países menosdesenvolvidos às tecnologias verdes.
Tecnologia verde
17.4%
10.5%
4.9%
7.5%
5.7% 3.7% 6.6%
4.8%
10.6%
9.5%
14.2%
Ciênciados materiais
Física
EnergiaEngenharia
Engenharia química
Química
Ciênciaambiental
Imunologia eMicrobiologia
Ciências da terra e planetáriasBioquímica, Genética e Biologia molecular
Ciências agrícolas e biológicas
Legenda
Citações científicas
(100
% = todas as citações)
Patentes
A ligação entre inovação e ciência em tecnologias verdes seleccionadasLigação entre patentes e ciência através de citações, 2000-07
Fonte: OECD (2010), OCDE (2010), Measuring and Monitoring Innovation, baseado na base de dados “Scopus”, de Elsevier, em Julho de 2009;
OCDE, Base de dados sobre patentes, Janeiro de 2010; e EPO, Base de Dados Estatística Mundial das Patentes, Setembro de 2009.
10 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
Nalgumas áreas, odesenvolvimento detecnologias verdes estáa acelerar. Entre 1999 e2008, as patentes deinvenções aumentaramanualmente: :24%, para a energiarenovável 20%, para os veículoseléctricos e híbridos11%, para a eficiênciaenergética naconstrução e nailuminação
25%, quota detecnologias verdes emtodos os investimentosde capital de risco nosEstados Unidos, naprimeira metade de2010
26%, quota dosorçamentosgovernamentais paraI&D em energia,dedicados á eficiênciaenergética e energiarenovável, a partir de13% em 1990
Quais são os elementos essenciais das estratégias de crescimento verde?
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Políticas para fomentar a inovação verde
Desafio político Opções políticas
Procura insuficiente da inovação verde – As políticas para a procura, como os contratos públicos,
normas e regulamentações, em mercados e circunstâncias
específicos.
– Instrumentos de mercado para fixar o preço das
externalidades e reforçar os incentivos
Falta de capacidade de inovação – Políticas alargadas para reforçar a inovação
Obstáculos tecnológicos e falta de inovação radical – Investimento em I&D relevantes, incluindo a investigação
temática e orientada para missões
– Cooperação internacional
Tendência da investigação e investimento – Apoio à I&D, incentivos fiscais
para as tecnologias existentes – Adopção de incentivos/subsídios
– Prémios de tecnologia
Falta de financiamento – Fundos de co-investimento
– Desenvolvimento do mercado
Entraves regulamentares para as novas empresas – Reforma da regulamentação
– Política de concorrência
– Abordagens de primeira linha
Falta de capacidade por parte das PMEs no que – Acesso a financiamento
respeita à adopção da inovação verde – Desenvolvimento de competências
– Ligar as PMEs a redes de conhecimento
– Melhorar o fornecimento de informação
– Reduzir as cargas regulamentares
Inovação não tecnológica – Planeamento urbano e dos transportes
– Reforma da regulamentação
Transferência da tecnologia à escala internacional – Desenvolvimento de capacidades
– Políticas comerciais e de investimento
– Aplicação e protecção dos DPI
– Agrupamentos de patentes voluntários e mecanismos de
colaboração
© OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS . 11
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Iniciativas decrescimento verde
UNIÃO EUROPEIA:
acompanhar os
progressos. A
Estratégia para a Europa
2020 da U. E. para uma
economia inteligente,
sustentável e solidária
acompanha os factores
macroeconómicos, as
reformas propícias ao
crescimento e as
finanças públicas.
DINAMARCA:
agricultura do futuro.
O Acordo de
Crescimento Verde da
Dinamarca (2009)
combina um elevado
nível de protecção do
ambiente, da natureza
e do clima com
indústrias agrícolas e
alimentares modernas e
competitivas.
ESTADOS UNIDOS:
crescimento a longo
prazo. A Lei de
Recuperação e
Reinvestimento dos
EUA (2009) tem como
objectivo criar e
salvar postos de
trabalho, relançar a
economia e criar as
bases de um
crescimento económico
a longo prazo.
BRASIL: cidades
sustentáveis. Curitiba
possui a taxa mais
elevada do uso de
transportes públicos
em todo o Brasil e uma
das taxas de poluição
atmosférica urbana
mais baixas graças a
planos urbanísticos
integrados.
RUANDA:
restabelecimento
dos ecossistemas.
A iniciativa do Ruanda
para preservar o habitat
dos gorilas de montanha
fomentou o turismo, que
actualmente representa
a maior proporção do
PIB nacional.
ALEMANHA: pioneiro
verde. A Estratégia
Nacional para o
Desenvolvimento
Sustentável (2002)
definiu objectivos para
21 sectores diferentes.
Em 2010, quase 17%
do fornecimento de
electricidade foi gerado
por fontes renováveis,
ultrapassando o valor
alvo de 12.5%.
REINO UNIDO: Banco
de Investimento
Verde. O Banco será
lançado em 2012, com
3 mil milhões de libras
esterlinas (GBP) de
dinheiro público para
fornecer fundos a
projectos de baixo teor
em carbono que seriam
demasiado arriscados
ou cujos retornos
seriam a muito longo
prazo para o investi -
mento no mercado.
Nota: Este mapa é meramente ilustrativo e em nadaprejudica o estatuto da ou a soberania que se encontre emqualquer território abrangido pelo mesmo.
12 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
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JAPÃO: inovação
verde. Os Projectos
Nacionais Estratégicos
Relacionados com a
Inovação Verde do
Japão visam alcançar
um mercado relacionado
com o ambiente de 50
biliões de Ienes (JPY) e
criar 1.4 milhões de
novos postos de
trabalho relacionados
com o ambiente.
COREIA: planos
nacionais de
crescimento verde.
A Estratégia para o
Crescimento Verde e o
Plano Quinquenal da
Coreia (2009-2013)
fornecem um quadro
político global para o
crescimento verde. Nos
termos do plano
referido, o governo irá
gastar aproximadamente
2% do PIB anual em
programas e projectos
de crescimento verde.
INDONÉSIA: reduzir
os subsídios..
Os planos da Indonésia
para reduzir os subsídios
gerais relativos à energia
de 10-15% por ano até
2014.
AUSTRÁLIA: infra-
estruturas eficazes. .
Prevê-se que as
prioridades da Austrália
em material de infra-
estruturas originem
benefícios económicos,
sociais e ambientais com
custos significativamente
mais baixos do que o
investimento em novas
capacidades.
CHINA: energia
renovável. Até 2020, a
China visa produzir
16% da sua energia
primária a partir de
fontes renováveis.
ÁFRICA DO SUL: Novo
Plano de Crescimento.
Em 2011, o ministro do
Desenvolvimento
Económico declarou
que a Industrial
Develop ment
Corporation atribuiu 25
mil milhões de rands
sul-africanos (ZAR) para
novos investimentos na
"economia verde" da
África do Sul durante os
próximos cinco anos.
NOVA ZELÂNDIA:
Grupo Consultivo do
Crescimento Verde.
Os ministros das
Finanças, do
Desenvolvimento
Económico e do
Ambiente estabeleceram
conjuntamente um
grupo consultivo, de alto
nível, para o sector
privado para examinar
de que forma se poderia
conferir valor
acrescentado à indústria
da exportação, garantir
uma utilização mais
inteligente das
tecnologias e da
inovação e prestar
assistência às PMEs de
forma a aumentarem a
sua eficiência energética.
© OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS . 13
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Programas de investimento eminfra-estruturas
Para tornar o crescimento mais respeitador doambiente serão igualmente necessárias políticaspara estabelecer redes de infra-estruturasapropriadas para a próxima geração detecnologias, especialmente nos sectores daenergia, transporte, água e comunicações. Osinvestimentos em infra-estruturas verdes podemajudar a evitar a imposição de modelos decrescimento ineficazes dispendiosos. Podemelevar o crescimento económico e trazerbenefícios sociais e de saúde. Nas economias emdesenvolvimento, existirão oportunidades parapassar a novas formas de desenvolvimento deinfra-estruturas.
Será necessário impulsionar os financiamentospúblico e privado – por exemplo, através deparcerias público-privadas, uma combinaçãode tarifas e impostos, facilitando oinvestimento dos seus mais importantesparceiros institucionais através da reforma deentraves regulamentares e através de sinais deuma política sólida e de longo prazo e ajuda aodesenvolvimento – dado o grande volume deinvestimentos necessários na maioria dospaíses. Muitos países anunciaram um grandeaumento neste tipo de investimentos. Porexemplo, a África do Sul irá investir 44 milmilhões de dólares americanos nas infra-estruturas dos transportes, água e energiaentre 2009 e 2011 – um aumento de 73% emrelação aos níveis de 2007-08.
14 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
Quais são os elementos essenciais das estratégias de crescimento verde?
Tarifas (direitos de utilização)
FrançaÁustria (AA)Áustria (AR)
Moldávia (AR)México
República Checa (INV)Geórgia
CoreiaArménia
EtiópiaMoçambique (AAR)
Egito, Cairo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100%
Subsídios de natureza fiscal Transferências APD
O financiamento do abastecimento de água e de saneamento básico –fontes de receita 2005-07
A idade das infra-estruturas hídricas écada vez mais um problema nos paísesdesenvolvidos. Algumas estimativassugerem que os Estados Unidos terão deinvestir anualmente 23 mil milhões dedólares americanos nos próximos 20anos para manter as infra-estruturashídricas no nível actual dos serviçosprestados, respeitando as normassanitárias e ambientais. O Reino Unido eo Japão terão de efectuar um aumentode 20 a 40% nas respectivas despesascom a água para fazerem face àreabilitação urgente e modernização dassuas infra-estruturas hídricas. Segundo aOMS, nos países em desenvolvimento,serão necessários 18 mil milhões dedólares americanos anualmente paraprolongar as infra-estruturas existentesde forma a alcançar os OMDs (Objectivosdo Milénio para o Desenvolvimento)relacionados com a água, praticamenteduplicando as despesas actuais. Só paraassegurar a continuação dos serviços àpopulação actualmente servida serãonecessários mais 54 mil milhões dedólares americanos por ano.
orçamentos de saúde dos governosreduzindo os custos externos dosimpactos negativos sobre a saúderesultantes de fracos serviços deabastecimento de água e de saneamentobásico. Foi referido que, nos países emdesenvolvimento, as relações custo-benefício ascendem a 7 para 1 nosserviços básicos de água e saneamento.
A aplicação de uma recuperaçãosustentável dos custos para os serviçosde abastecimento de água e desaneamento básico pode fornecerreceitas públicas para ajudar a financiaras necessidades de infra-estrutura.
O investimento nas infra-estruturashídricas pode reduzir a sobrecarga dos
Investir nas infra-estruturas hídricas
0.012%,é a actual partede mercado dasobrigações ecológicasnos 91 biliões de dólaresamericanos do mercadoobrigacionista global
AA = Abastecimento de água. AR = Águas residuais. INV = Só investimento. AAR = Abastecimento de água a zonas rurais.
Fonte: OCDE (2009), Gestão da Água para Todos: Uma Perspectiva da OCDE sobre Tarifação e Financiamento
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Indústrias mais poluentes
Parte cumulativa de emissıes de CO2 provenientes da queima de combustíveis fósseis
(% das emissıes totais de CO2 provenientes da queima de combustíveis fósseis)
Parte cumulativa do emprego (% do emprego total)
© OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS . 15
Tornar o crescimento mais respeitador do ambienteirá criar mais empregos, incluindo empregosqualificados em emergentes actividades verdesinovadoras. No entanto, alguns empregos ficarãoem risco e, por isso, é necessária uma reafectaçãode trabalhadores dos sectores em contracção paraos em expansão, como os que substituemactividades poluentes por alternativas menospoluentes ou que fornecem serviços ambientais.
O potencial de criação de emprego noinvestimento em actividades verdesInvestir em actividades verdes irá criar muitospostos de trabalho e muitos governos jásalientaram o considerável potencial de criaçãode emprego de alguns dos seus pacotes deestímulo ecológico e estratégias de crescimentoverde mais alargadas. Para além dos pacotes deestabilização macroeconómica a curto prazo,existe um grande potencial de criação deemprego associado à expansão das energiasrenováveis. Estimativas recentes sugerem que emtodo o mundo poderiam ser criados perto de 20milhões de postos de trabalho até 2030 naprodução e distribuição de energias renováveis.
As energias renováveis irão desenvolver-se, emgrande medida, em detrimento de fontes de energiamais poluentes com a perda de emprego associada.No entanto, prevê-se que estas perdas de postos detrabalho surgirão sobretudo numa pequena parte daforça de trabalho total. De facto, enquanto que asindústrias que mais poluem representam uma partesignificativa do total das emissões de CO2, apenasrepresentam uma pequena parte do emprego total(ver figura). Em 2004, em média, nos países da OCDEsobre os quais se dispõe de dados, 82% dasemissões de CO2 no sector não agrícola foramgerados por estas indústrias, mas empregam menosde 8% da força de trabalho total.
Globalmente, a maioria dos estudos concorda como facto que a reestruturação do sector energéticoem prol de um cabaz energético menos poluentepossui o potencial de gerar consideráveis ganhoslíquidos a nível do emprego. Tal ocorre porque osector das energias renováveis gera mais postos detrabalho por megawatts de potência instalada, porunidade de energia produzida e por dólar deinvestimento, do que o sector energético baseadoem combustíveis fósseis.
Fonte: Inquérito às Forças de Trabalho da U.E., base de dados do GTAP (Projecto de Análise do Comércio Global), base de dados “KLEMS”.
1. Os sectores estão
classificados por aumento da
intensidade de emissões de
CO2, definido como a relação
entre emissões de CO2 e valor
acrescentado. Ao nível de
desagregação mostrado no
gráfico, são destacados sete
sectores como sendo as
indústrias mais poluentes: três
sectores de transporte, dois
sectores de produção de
energia e dois sectores da
indústria transformadora.
De que forma o crescimento verde irá afectar o emprego?
Emprego sectorial e intensidade das emissões de CO2
Média não ponderada em 27 países da OECD, 2004 1
Estima-se que os 90 milmilhões de dólaresconferido aoinvestimento emenergias limpas na Leide Recuperação eReinvestimento dos EUA(US Recovery andReinvestment Act)salvem ou criem720.000 postos detrabalho por ano até aofinal de 2012.
Espera-se que os50 biliões de wonscoreanos (KRW) queforam investidos comoparte do “Novo AcordoVerde” da Coreia criem960.000 postos detrabalho de 2009 a2012, incluindo postosde trabalho numa redede transportesrespeitadora doambiente, gestão daágua e reabilitação dosrios, energia limpa,tecnologias deinformação verdes eenergia a partir deresíduos.
OECD Green Growth layout [Port] [5]:Layout 1 26/7/11 17:55 Page 15
O efeito global a longo prazo do empregoNo entanto, uma transição para o crescimento verdesignifica mais do que uma mudança de fontes deenergia, envolve mudanças sistémicas em toda aeconomia que apenas podem ser avaliadas commodelos de equilíbrio geral abrangentes. Nestecontexto, um crescente número de equipas demodelização económica aplicou modelos deequilíbrio geral calculável (EGC) para analisar osimpactos económicos das políticas ambientais,incluindo os impactos nos mercados de trabalho.Devido ao facto das políticas do mercado detrabalho e instituições variarem muito entre os paísese interagirem de formas complexas com políticas deoutros mercados, introduzir uma representaçãoprofunda do mercado de trabalho em modelosambientais EGC continua a ser um desafio. Paramelhor clarificar estas questões, a OCDE levouigualmente a cabo exercícios de simulaçãoilustrativos que analisam as repercussões daspolíticas relativas ao clima utilizando o modelo deequilíbrio geral multi-sector transnacional OECDENV-linkages model.
As simulações indicam que, por exemplo, podemser alcançadas reduções significativas nasemissões de gases com efeito de estufa apenascom efeitos limitados no ritmo do crescimento doemprego. Realmente, se as receitas da tarifação docarbono forem utilizadas para promover a procurade mão-de-obra os resultados referentes aomercado de trabalho podem melhorar. Porexemplo, num cenário razoável sobre modelos deajuste no mercado de trabalho, o emprego daOECD aumentaria 7.5% durante o período de2013-2030, contra 6.5% na ausência de medidasde mitigação, e isto, sem qualquer perda no poderde compra dos trabalhadores. Além disso, estasestimativas não têm em consideração o impactopositivo no emprego decorrente do potencialmenteforte crescimento gerado pela inovação verde.
Políticas de mercado de trabalho e decompetênciasAs políticas laborais e de formação podemdesempenhar um papel importante no âmbito doquadro político geral para a consecução docrescimento verde. É necessário que as políticaslaborais assegurem que os trabalhadores e asempresas são capazes de se ajustarem
rapidamente às mudanças decorrentes de tornar aeconomia mais ecológica, nomeadamenteaproveitando as novas oportunidades. Ajudando ostrabalhadores a passarem de empregos nos sectoresem contracção para empregos nos sectores emexpansão, estes podem igualmente ajudar a garantiruma partilha justa dos custos de adaptaçãooriginados pela transição. Serão necessárias novascompetências e tal irá requerer políticas educativas ede formação apropriadas. Ainda que muitascompetências existentes continuem a serapropriadas, é possível que surjam inadequações decompetências ou lacunas. Os programas deformação e de requalificação serão muitoimportantes para ajudar os trabalhadores a participarplenamente na emergente economia verde.
A Estratégia Reavaliada para o Emprego da OCDEfornece um quadro útil na identificação de políticasque podem conciliar o vigoroso processo de“destruição criativa” necessário para alcançar umcrescimento verde com um elevado nível deemprego e prosperidade partilhada Deveria ser dadaprioridade a três áreas políticas para promover umatransição suave e justa:
� Um sistema de desenvolvimento de competênciasforte e programas activos do mercado de trabalhoque facilitem uma célere reintegração na vida activadas pessoas à procura de emprego constituemelementos políticos em relação à oferta essenciaispara reforçar a capacidade de adaptação dosmercados de trabalho.
� No que respeita à procura, uma protecção doemprego moderada e uma concorrência maisforte no mercado de produtos constituemsuportes importantes para uma vigorosa criaçãode emprego à medida que as políticas ambientaise a eco-inovação vão criando novos nichosecológicos competitivos.
� É necessário combinar as políticas que aumentama capacidade de adaptação dos mercados detrabalho com medidas de acompanhamento,como os apoios ao desemprego e as prestaçõesrelacionadas com uma situação de emprego, quegarantem que o dinamismo não é alcançado aocusto da insegurança e desigualdade excessivaspara os trabalhadores e respectivas famílias.
16 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
De que forma o crescimento verde irá afectar o emprego?
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RússiaPaíses exportadores de petróleo1
Os países não comunitários Leste2
Índia China Resto do Mundo
-1
0
1
2
3
4.19%
1. A região inclui o Médio
Oriente, Argélia-Líbia-Egipto,
Indonésia e Venezuela.
2. Esta região inclui a Arménia,
Azerbaijão, Bielorrússia,
Croácia, Geórgia,
Cazaquistão, Quirguistão,
Moldávia, Tajiquistão,
Turquemenistão, Ucrânia e
Uzbequistão.
Resolução dos problemas de distribuição
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Impacto da supressão unilateral dos subsídios aos combustíveis fósseis no rendimentoreal dos países e regiões seleccionados% desvio em relação ao cenário de referência
Existe a ideia generalizada de que algumas pessoasficarão em pior situação devido às políticas decrescimento verde. Embora tal não seja necessaria -mente o caso, a não ser que essas preocupaçõessejam consideradas, a aceitabilidade de algumaspolíticas essenciais pode ser questionada.
Os grupos afectados necessitam participar, desde oinício, no processo de elaboração das políticas. Esteprocesso deve ser transparente e deve explicarclaramente a justificação da reforma. Aspreocupações das empresas, ou seja, preocupaçõescom as alterações na concorrência durante atransição, deveriam ser abordadas através de umacoordenação política multilateral. Os mecanismos decompensação podem justificar-se, mas têm os seuspróprios custos. Quaisquer impactos negativos nosagregados familiares mais pobres devem sercompensados através de programas devidamentefocalizados, tendo em conta as variáveis em todo osistema fiscal e de compensações.
© OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS . 17
10% redução deemissões mundiais deGEE até 2050 comeliminação dossubsídios aoscombustíveis fósseis
2%-4%, o potencialdos ganhos emrendimento real comeliminação dossubsídios aoscombustíveis fósseis
T
Fonte: Modelo ENV-linkages da
OCDE baseado em dados
fornecidos pela Agência
Internacional de Energia (AIE).
Por exemplo, a supressão gradual dos subsídiospara os combustíveis terá impactos positivos noambiente e na economia em geral, mas pode vir ater, a curto prazo, consequências negativasnalguns países ou grupos de população. Surge umdilema típico de economia política. As perdasprovocadas pelo aumento dos preços doscombustíveis serão imediatamente óbvias esignificativas para algumas pessoas, enquanto osganhos económicos e ambientais levarão maistempo a materializar-se e serão mais difusos. Seránecessário introduzir medidas de compensaçãoespecíficas, especialmente nos mercadosemergentes onde algumas populações são maisvulneráveis aos custos de transição associados aoprocesso de tornar o crescimento mais ecológico.No quadro dos seus compromissos em matéria deredução dos subsídios aos combustíveis, a Índia ea Indonésia, por exemplo, estão a dar passosimportantes nesse sentido.
Emissões de GEE com supressão do subsídio aos combustíveis fósseis % desvio em relação ao cenário de referência
OECD Green Growth layout [Port] [5]:Layout 1 26/7/11 17:55 Page 17
Nota: Este mapa é meramente
ilustrativo e em nada prejudica o
estatuto da ou a soberania que
se encontre em qualquer
território abrangido pelo mesmo.
Fonte: Hascic, I., N. Johnstone,
F. Watson e C. Kaminker (2010)
“Política Climática e Inovação e
Transferência Tecnológica: Uma
Perspectiva das Tendências nos
Recentes Resultados
Empíricos”, OCDE, Paris.
Cooperação tecnológica internacional como meio dedesenvolver capacidadesO caso da tecnologia solar fotovoltaica
A criação de uma arquitectura global que sejapropícia ao crescimento verde necessitaráuma melhor cooperação internacional. Oreforço dos mecanismos de gestão dosbens públicos mundiais, especialmente abiodiversidade e o clima, é a chave paraabordar problemas de coordenação eincentivos. Os acordos alcançados em 2010na Cimeira sobre o clima de Cancún justificamas razões para optimismo quanto à realizaçãode progressos, sendo contudo necessárioenvidar mais esforços. É necessário que osfluxos financeiros, em particular, se tornemnum motor para o crescimento edesenvolvimento bem como num incentivopara manter a qualidade dos bens comuns atodo o planeta.
A Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD)pode continuar a desempenhar um papelimportante na criação de condições parao crescimento verde, através daconcentração em áreas concretas nas quaisos incentivos para o investimento privado sãolimitados e o investimento é escasso, incluindoas infra-estruturas essenciais e a construçãode capacidades a nível humano e institucional.Nos países em desenvolvimento, acontribuição da AOD para o crescimento verdepode ser mais reforçada assegurando para talque as abordagens de resistência àsalterações climáticas e de redução dos riscosde catástrofes sejam integradas nosinvestimentos públicos. Da mesma forma, énecessário que a ajuda à redução pobrezapromova meios de subsistência que sejamseguros e resistentes à degradação ambiental.
Uma maior cooperação em termos deciência e tecnologia deverá ser apoiada porabordagens mais concertadas de forma aacelerar o desenvolvimento e difusão datecnologia e criar capacidade de investigaçãonos países em desenvolvimento. É importanteutilizar mecanismos financeiros específicos, comuma duração precisa, tais como as garantias deempréstimo e mecanismos de seguro, outrasformas de partilha de riscos e um empenhonuma política económica e ambiental estável eprevisível para promover uma difusão atempadados processos e tecnologias verdes.
Um aumento dos esforços para fomentaro comércio global e os fluxos deinvestimento poderia constituir uma ajudano apoio ao crescimento sustentado e àdifusão das tecnologias verdes. Existeigualmente uma necessidade de garantir queas perspectivas de desenvolvimento dospaíses de baixo rendimento não sejamminadas pelos potenciais efeitos colaterais docomércio interno e das medidas deinvestimento. Alguns países expressaram asua preocupação relativamente ao facto docomércio e investimento poderem vir a serafectados caso a agenda de políticas decrescimento verde potenciasse interessesproteccionistas.
Cooperação Internacional para o crescimento verde
18 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
O mapa mostra a
frequência com que os
inventores de vários
países colaboram no
desenvolvimento de
tecnologias patenteadas.
Baseado em dados
extraídos da Base de
Dados Estatística Mundial
das Patentes (PATSTAT) da
EPO/OCDE.
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Ajuda que visa os desafios ambientaisClassificado de acordo com as Convenções do Rio de Janeiro, milhões de dólares americanos 1
Biodiversidade
As mudanças climáticas
Desertificação
0
2000
4000
6000
8000
10000
milhões de dólares americanos
1998-99 2000-01 2002-03 2004-05 2006-07 2008-09
© OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS . 19
Ainda que o proteccionismo em matéria deinvestimento associado com as políticas decrescimento verde não tenha sido consideradoum problema importante até à data, deveriaser incentivada uma vigilância contínua. AMesa Redonda sobre Liberdade deInvestimento promovida pela OCDE irácontinuar a monitorizar medidas deinvestimento de forma a garantir que estas nãosejam utilizadas como proteccionismodisfarçado. Os governos são encorajados aprosseguirem com a monitorização das suaspráticas de investimento do tratado no querespeita aos objectivos ambientais.
Tendo em vista a Conferência do Rio+20 em
2012, os esforços recentemente realizados
no sentido de fomentar o crescimento verde
registaram um crescente número de
iniciativas internacionais.
A Iniciativa Economia Verde (IEV)
liderada pelo Programa das Nações Unidas
para o Ambiente (PNUA), lançada em 2008,
reúne mais de 20 agências das Nações
Unidas para promover o investimento em
sectores mais respeitadores do ambiente.
Desde 2010, a IEV tem vindo a prestar
serviços de aconselhamento a muitos
governos, contando com uma presença
activa em quinze países. Em Fevereiro de
2011, o PNUA apresentou o seu relatório
sobre a Economia Verde: Caminhos para o
Desenvolvimento Sustentável e a
Erradicação da Pobreza, afirmando que a
economia verde não é apenas relevante
para as economias mais desenvolvidas mas
que pode ser igualmente um catalisador
para o crescimento e para a erradicação da
pobreza nos países em desenvolvimento.
Como parte dos esforços para apoiar
os países na avaliação dos progressos no
sentido do crescimento verde, a OCDE e o
PNUA estão a trabalhar em estreita
colaboração, bem como com outras
OCDE e o PNUA. A plataforma reúne
defensores do desenvolvimento
sustentável para promover e implementar
políticas de crescimento verde através do
intercâmbio de conhecimento, informação
e experiência. As três organizações
juntam igualmente os seus esforços para
fornecer contributos coordenados para a
Conferência do Rio+20, que constituirá
um marco na concretização da
transformação da economia global para
uma economia mais verde.
Outras instituições emergentes,
nomeadamente o Instituto para o
Crescimento Verde Global (GGGI -Global
Green Growth Institute), desempenham um
papel cada vez mais importante na criação
de uma arquitectura global que conduza ao
crescimento mais ecológico. Promovendo
uma forte parceria e partilha de
conhecimentos entre um grupo diverso de
organizações internacionais e regionais bem
como governos, o GGGI apoia a criação e a
difusão de crescimento verde que integre
objectivos de redução da pobreza, criação
de oportunidades e desenvolvimento social,
com objectivos para a sustentabilidade
ambiental, resistência às alterações
climáticas e segurança energética.
organizações, incluindo a Divisão de
Estatística da ONU (UNSD - UN Statistics
Division), outras agências da ONU, o Banco
Mundial, o EUROSTAT e a Agência Europeia
do Ambiente (AEA), para desenvolverem um
conjunto comum de indicadores
fundamentais para a economia verde.
As iniciativas internacionais que
exploram as implicações do crescimento
verde ao nível sectorial incluem o projecto da
FAO sobre “Tornar a Economia mais
Respeitadora do Ambiente com a
Agricultura”, contemplando o
desenvolvimento sustentável, segurança
alimentar e atenuação da pobreza através
da mobilização dos sectores alimentar e
agrícola. Em Setembro de 2011 será
realizada uma reunião conjunta de peritos
internacionais entre a FAO e a OCDE.
A AIE e a OCDE estão a desenvolver
um relatório conjunto sobre o crescimento
verde no sector energético que será
apresentado em Junho de 2011.
Em Março de 2011 o Banco Mundial
exortou os governos e as agências de
desenvolvimento a participarem numa
nova plataforma global de conhecimento
sobre o crescimento verde desenvolvida
conjuntamente pelo Banco Mundial, a
Cooperação e iniciativas internacionais no âmbito docrescimento verde
1. Membros do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da OCDE (CAD), médias de dois anos, compromissos,preços constantes de 2008Fonte: OCDE-CAD: Base de dados da Actividade em termos de ajuda do SNPC (Sistema de Notificação dePaíses Credores).
International co-operation for green growth
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Caminhar para o crescimento verde requer umainformação adequada e dados comparáveis paraapoiar a análise política e acompanhar osprogressos, inclusive ao nível internacional. Oquadro de referência da OCDE para acompanharos progressos realizados em matéria decrescimento verde explora quatro grupos deindicadores inter-relacionados sobre
� A produtividade ambiental e dosrecursos, para captar a necessidade de umautilização eficaz do capital natural e aspectosda produção que raramente sãoquantificados em modelos económicos esistemas de contabilização.
� Activos económicos e ambientais, porforma a reflectir o facto de uma base deactivos em declínio apresentar riscos para ocrescimento e porque para o crescimentosustentado é necessário que a base deactivos se mantenha intacta.
� A qualidade de vida ambiental,capturando os impactos directos doambiente na vida das pessoas através, porexemplo, o acesso à água ou os efeitosnocivos da poluição atmosférica.
� Oportunidades económicas e respostaspolíticas, que podem ser utilizadas paraajudar a discernir a eficácia das políticas naconcretização do crescimento verde e ondeos efeitos são mais acentuados.
Processo de monitorização a caminho docrescimento verde
20 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
150
140
130
120
110
100
90 1990
(Index, 1990 = 100)
1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010
160 PIB
Aprovisionamento energético
Emissões de gases com efeito de estufa
Produção de resíduos urbanos
Consumo de materiais não energéticos
Tendências de dissociação, OCDEÍndice, 1990 = 100
Fonte: Dados ambientais da OCDE e da AIE
Para cada grupo, é proposta uma lista deindicadores com base no trabalho e experiênciaexistentes na OCDE; o trabalho referido nesta listaencontra-se em curso e será aperfeiçoado àmedida que os dados se tornem disponíveis e osconceitos evoluam. Para o complementar devemexistir indicadores descrevendo o contexto socio-económico e as características do crescimento.
Os trabalhos levados a cabo até agora sugeremque embora existam diferenças significativasentre os países, as taxas de crescimento do PIBe outras medidas de produção tendem aultrapassar as taxas de crescimento doscontributos ambientais no sistema de produção.Dito de outro modo, tem-se verificado umaumento na produtividade ambiental e dosrecursos. No entanto, a produtividade ambientalmelhorada não tem necessariamente de estarrelacionada com diminuições absolutas dapressão no ambiente ou a utilização sustentável.
Os indicadores que medem a "economia verde"devem ser cuidadosamente interpretados. Aactual economia verde é relativamente pequena,sendo avaliada simplesmente pela dimensão dasindústrias envolvidas na produção de bens eserviços ambientais. No entanto, podem surgirem todos os sectores oportunidades económicas,empreendedorismo e inovação juntamente com ocrescimento verde, e por conseguinte, umaavaliação baseada nas indústrias verdessubestima a importância económica dasactividades relacionadas com o ambiente.
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Visão geral dos grupos de indicadores propostos e tópicos abrangidos
Indicadores de acompanhamentoda produtividade ambiental e dosrecursos
• Produtividade de carbono e de energia• Produtividade dos recursos: materiais, nutrientes, água • Produtividade multifactores
• Reservas renováveis: água, floresta, recursos haliêuticos• Reservas não renováveis: recursos minerais• Biodiversidade e ecossistemas
• Saúde ambiental e riscos • Serviços e comodidades ambientais
• Technologia e inovação• Bens e serviços ambientais• Fluxos financeiros internacionais• Preços e transferências• Competências e formação• Regulamentações e abordagens de gestão
• Crescimento e estrutura económicos• Productividade e comércio• Mercados de trabalho, educação e rendimento• Modelos sócio-demográficos
1
Indicadores de acompanhamentoda base de activos naturais2
Indicadores de acompanhamentoda qualidade de vida ambiental3
Indicadores de acompanhamentodas oportunidades económicas erespostas políticas
4
O contexto socioeconómico e ascaracterísticas do crescimento
Comodidades, aspectos de saúde e segurança
Resíduos Poluentes
Energia e matérias-primas, água, solo, biomassa, ar
Depósitos
Serviços Recursos
Base de activos naturais (reservas de capital, qualidade ambiental)
Actividades económicas (produção, consumo, comércio)
Consumo Produção
Investimentos Produtividade multifactores
LaresGovernos
Recursos utilizados
Resultados
Resíduos
Receitasde produtos
e serviços
Recursos
TrabalhoCapital
1 3
2
4
Políticas,medidas,
oportunidades
ReciclagemReutilizaçãoRedução de
Resíduos
Processo de monitorização a caminho do crescimento verde
Quadro de Avaliação
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Construir estratégias de crescimento verde
Baixa rentabilidadeeconómica
Inércia
Baxia rentabilidadepara I&D
Efeitos de rede
Entraves à concorrência
Direitos de propiedadeincompletos, subsídiosperversos, preferências
pelos operadores existentes
Normas e hábitos
Baixa rentabilidadesocial
Incapacidade dogoverno
Insuficiência domercado
Baixa apropriablidadede retornos
Infra-estruturasinadequadas
Baixo capitalhumano
Baixo capital sociale fraca qualidade
institucional
Imprevisibilidade política e incerteza
regulamentar
Externalidades de informação e
incentivos repartidos
Externaildaes negativas
Baixa rentabilidadepara as actividades“verdes”, inovação
e investimento
Diagnóstico do crescimento verde
22 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
O crescimento verde deveria ser concebidocomo um complemento estratégico dasactuais prioridades de reforma da políticaambiental e económica. Se os governosdesejarem que as trajectórias de crescimentodas suas economias sejam respeitadoras doambiente, necessitam abordar os desafios dapolítica verde como desafios que vão aoâmago das respectivas estratégiaseconómicas. Tal implica que as agênciasfinanceiras, económicas e ambientaisdesempenhem um papel de liderança.
Para facilitar o desenvolvimento de estratégiasde crescimento verde e a definição dasprioridades políticas, o relatório A Caminho doCrescimento Verde inclui um quadrodiagnóstico para a identificação dos principaisobstáculos para que o crescimento se tornemais respeitador do ambiente e possíveisrespostas políticas. Este exercício éaprofundado num conjunto de ferramentas deacompanhamento: Ferramentas paraConcretizar o Crescimento Verde.
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© OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS . 23
Exemplos de trabalhos sobre o crescimento verde desenvolvidos pela OCDE
Para terem êxito, as estratégias de crescimento verdetêm de ser integradas nas políticas do Estado.
A OCDE encontra-se numa posição única paracontribuir para esses esforços, graças à sua longaexperiência na recolha de dados, concepção deferramentas para os analisar e na integração doconhecimento de um vasto conjunto de domíniospolíticos numa abordagem coerente.
A concretização da estratégia do CrescimentoVerde em Maio de 2011 constituirá o ponto departida de uma agenda a mais longo prazo daOCDE para apoiar os esforços nacionais einternacionais para alcançar o crescimento verde.
À medida que se avançar, as informações deenquadramento político do relatório podem seradaptadas considerando as circunstâncias específicasde cada país, e fornecer orientação para análisescontinuadas sob a forma de exames dos países. Essetrabalho pode oferecer oportunidades para umaavaliação aprofundada da forma como as políticasfuncionam em conjunto (ou não) para conduzir ocrescimento para um percurso mais ecológico. Odesenvolvimento e o aperfeiçoamento do conjunto deferramentas para o crescimento verde, queacompanhará esta Estratégia, podem apoiar aindamais a implementação das políticas a nível nacional.
Próximos passos da Estratégia de CrescimentoVerde da OCDE
Maio de 2011
� A Caminho do Crescimento Verde – Relatório de síntese
sobre a Estratégia de Crescimento Verde
� A Caminho do Crescimento Verde – Monitorização dos
Progressos: Indicadores da OCDE
� Ferramentas para Concretizar o Crescimento Verde
2011-2012
� Uma Estratégia de Crescimento Verde para a
Alimentação e a Agricultura: Relatório Preliminar
� Estudo Conjunto sobre o Crescimento Verde para a
Energia entre a AIE e a OCDE
� Trabalho de Monitorização do Crescimento Verde:
– Indicadores de Crescimento Verde
– Mais capítulos sobre o crescimento verde nos
Exames Económicos e nas Análises de Desempenho
Ambiental
– Relatórios sobre o crescimento verde para as
economias emergentes
– Monitorização das preocupações quanto ao
proteccionismo verde em matéria de investimento
� Relatório sobre crescimento verde e países em desenvolvimento
� Relatório sobre a inovação verde
� Plataforma de inovação política
� Crescimento verde e biodiversidade
� Crescimento Verde e a água
� Programa Cidades Verdes
� Energias renováveis e desenvolvimento rural
� Projecto para o financiamento ecológico
� Regulamentação ambiental e crescimento
� Receita fiscal verde
� O potencial de emprego na transição para uma economia
de baixo teor em carbono
� Relatório sobre a transição local para uma economia verde
A experiência adquirida tanto através dos examesdos países como da avaliação política geral poderiaconduzir ao desenvolvimento de uma ferramentaanalítica que possibilitaria a identificação dasprioridades políticas específicas a cada país combase numa análise transnacional e a compreensãodo que é uma boa prática. Tal poderia beneficiar deuma melhoria continuada no que respeita ao trabalhosobre indicadores de crescimento verde e questõesde medição. De facto, do confronto de indicadorescom os dados disponíveis e comparáveis a nívelinternacional, surge uma importante agenda decapacidade de medição. Nos próximos anos, aOCDE avançará na agenda de medição de forma amelhorar as possibilidades de acompanhamento datransição para o crescimento verde na OCDE enoutras economias.
É igualmente necessário levar a cabo outrostrabalhos analíticos sobre os custos e benefícios dosvários instrumentos políticos. Além disso, o trabalhosobre questões específicas e estudos de sectoresespecíficos fornecerão informações mais concretasrelativamente às implicações de tornar o crescimentomais ecológico em várias áreas. As primeirasprioridades incluem a alimentação e a agricultura, osector energético, a água, biodiversidade e odesenvolvimento da cooperação, bem como aspolíticas relativas ao desenvolvimento urbano e rural.
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A Framework for Assessing GreenGrowth Policies, OECD EconomicsDepartment Working Paper, No. 685(2010)
Better Policies to Support Eco-innovation (2011)
Cities and Climate Change (2010)
Eco-Innovation in Industry:Enabling Green Growth (2010)
Economic Policy Reforms 2010:Going for Growth (2010)
Employment Impacts of Climate Change Mitigation Policies inOECD: A General-EquilibriumPerspective, OECD EnvironmentWorking Papers, No. 32 (2011)
Energy Technology Perspectives2010: Scenarios and Strategies to2050, AIE (2010)
Environmental Outlook to 2030(2008)
Globalisation, Transport and theEnvironment (2010)
Greener and Smarter: ICTs, theEnvironment and Climate Change(2010)
Greening Household Behaviour:the Role of Public Policy (2011)
Greening Jobs and Skills: LabourMarket Implications of AddressingClimate Change, OECD Local Economicand Employment Development (LEED)Working Paper Series (2010)
Linkages between AgriculturalPolicies and EnvironmentalEffects: Using the OECD StylisedAgri-environmental Policy ImpactModel (2010)
OECD Green Growth Studies:Energy (2011, prestes a aparecer)
OECD Green Growth Studies: Foodand Agriculture (2011, relatóriopreliminar)
Paying for Biodiversity: Enhancingthe Cost-Effectiveness of Paymentsfor Ecosystem Services (2010)
Subsidy Reform and SustainableDevelopment: Political EconomyAspects, OECD SustainableDevelopment Studies (2007)
Taxation, Innovation and theEnvironment (2010)
The Economics of AdaptingFisheries to Climate Change (2011)
The Economics of Climate ChangeMitigation: Policies and Options forGlobal Action beyond 2012 (2009)
The OECD Innovation Strategy:Getting a Head Start on Tomorrow
Tools for Delivering on GreenGrowth (2011)
Towards Green Growth (2011)
Towards Green Growth –Monitoring Progress: OECDIndicators (2011)
Transition to a Low-CarbonEconomy: Public Goals andCorporate Practices (2010)
World Energy Outlook 2010, AIE (2010)
Publicações-chave da OCDE
24 . © OCDE A CAMINHO DO CRESCIMENTO VERDE: UM SUMÁRIO PARA OS DECISORES POLÍTICOS
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“A perda de biodiversidade e a degradação dosecossistemas continuam a aumentar, colocando,consequentemente, empresas em risco, que seforem correctamente geridas, podem sertransformadas em novas oportunidades.”Björn Stigson, Presidente do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentávelwww.wbcsd.org
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Diálogo Internacional sobre o Crescimento VerdePara aumentar a coordenação, os países da OCDE lançaram umDiálogo Internacional sobre o Crescimento Verde (InternationalGreen Growth Dialogue – IGGD), com a participação de paísesemergentes e de países em desenvolvimento, organizaçõesinternacionais, sector privado e ONGs. Este Diálogo irá promovera discussão em torno das questões relacionadas com ocrescimento verde e fornecerá uma plataforma para intercâmbiode experiências e melhores práticas.
Junte-se ao debate no sítio web protegido:https://community.oecd.org/community/greengrowth
Para efectuar o registo envie, por favor, um e-mail com os seusdados para: [email protected]. Os utilizadoresregistados receberão uma newsletter regular sobre temas relacionados com o crescimento verde.
Para mais informações: www.oecd.org/greengrowth
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