A Educação
Renascentista
O contexto histórico.• A Renascença foi um
despertar cultural e ideológico, surge na Itália e se expande pela Europa.
• Movimento artístico de caráter burguês que anula e despreza a cultura medieval, vista como Período das Trevas consolida uma nova cultura: modernidade
Como resposta às transformações ocorridas no final da Idade Média surgiu o Renascimento. Fatores antes aceitos sem questionamentos passam a ser estudados e criticados.A prática da usura (empréstimo de dinheiro com juros), fortalecimento da burguesia e comércio deram origem aos Estados Modernos e ao Mercantilismo.
• Aumento de relações comerciais entre os povos.
• Surgimento de novas idéias e produtos que se refletiram sobre a sociedade européia da época
• Surgimento da imprensa, criada no século XV por Johannes Gutenberg, grandes passo tecnológico dentro do Renascimento
Transformações:
• contraposição aos ideais da Idade Média:
• HUMANISMO: visão de mundo centrada no HOMEM (antropocentrismo).
• RACIONALISMO: explicação do mundo pelo conhecimento racional.
• INDIVIDUALISMO: ênfase na individualidade dos homens livres.
• NACIONALISMO: mundo marcado pelas diferenças regionais entre os Estados
Novos valores formulados pela burguesia
As influências na educação
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Educação Renascentista
HUMANISMO RENASCIMENTO
Retomada da herançaGreco-Romana
Visão Do mundo ANTROPOCÊNTRICA
Valorização da
RAZÃO e NATUREZA ESPÍRITO CRÍTICO
ÁREAS DE INTERESSES
a vida real do passado
o mundo subjetivo das emoções
mundo da natureza física
ConseqüênciasAfastamento do teocentrismo e exaltação do antropocentrismo.Oposição à escolástica, propondo situar o ideal da nova vida nos propósitos e atividades específicas das disciplinas de humanidades.Busca de respostas racionais.
Pensamento Pedagógico Renascentista• Essa nova mentalidade influenciou a
educação tornando-a mais prática, incluindo a cultura do corpo e substituindo processos mecânicos por outros mais agradáveis.
• As grandes navegações do século XVI e a invenção da imprensa realizada por Gutemberg exerceram grande influência neste pensamento pedagógico.
• Foi caracterizada pelo elitismo, pelo aristocratismo e pelo individualismo liberal. Atingia principalmente o clero, a nobreza e a burguesia nascente.
Principais educadores renascentistas • VITORINO DA
FELTRE: • “Quero ensinar o jovem a pensar, não
a delira. Vinde, crianças, aqui se
instrui, não se tortura”
• Defendia uma educação individualizada, o auto-governo do aluno e a competição;
Erasmo de Roterdã
“ Ninguém pode escolher os pais ou a pátria, mas cada um pode moldar sua personalidade pela educação”
• Holandês, lutou pelo fim da predominância religiosa na educação .Defendeu a leitura dos clássicos e o desenvolvimento do homem integral.
Fraçois Rabelais
“Ciência sem consciência é ruína da alma.”
• Contrário à educação formalista e livresca, defendia o ensino lúdico e programado.
• Formação integral, críticas ao ensino memorístico e desenvolvimento do senso crítico
• Michel de Montaigne
• acreditava que as crianças devem aprender o que farão quando adultos.
• Interiorizar-se, duvidar e entrar em contato outros costumes e pontos de vista.
• Exercitar a inteligência, fortalecer a alma e desenvolve os músculos
Reforma e contra reforma
• A Reforma Protestante capitaneada pelo monge católico Martinho Lutero, a partir de 1517 veio dinamizar o processo educacional.
• Martinho Lutero era um monge católico inconformado com algumas práticas da Igreja, como a venda de indulgências. Sua revolta levou a cristandade a uma cisão definitiva
Lutero
• “Lutero defendia a educação universal e pública, Propôs jogos, exercícios físicos, música, valorizou os conteúdos literários e recomendava o estudo de história e das matemáticas.
• Incentivava a alfabetização e leitura da bíblia traduzida por ele.
Para Lutero
O Estado tem o dever de obrigar seus súditos a enviarem seus filhos à
escolaO mundo necessita de homens e
mulheres educados(Carta aos Prefeitos e Conselheiros das
cidades alemães)
“Não há outra ofensa que pese tanto diante de Deus e que mereça maior castigo
que o pecado de negligenciar a educação das crianças”.
Reforma e Educação
Defendeu o conceito de Educação útil
• Suas idéias levaram o Cristianismo ocidental a dividir-se.
• Foi um dos responsáveis pela formulação do sistema de ensino público.
A maior força de uma cidade é ter muitos
cidadãos instruídos.Preparação para o trabalho.
Martinho LUTERO
(1483-1546)
Educação luterana
• Família: fator importante, tanto quanto a escola, no processo
educativo
• Educação universal destinada a todos: obrigação do Estado
• Ensino profissional e intelectual: preparação para o trabalho
• Instrução: veículo de estabilidade espiritual
Bíblia: Base do processo de aprendizagem
A contra reforma Católica
• A contra- reforma ou reforma católica foi a reação da igreja católica à campanha da Reforma Protestante e seu crescimento vertiginoso, cristalizou-se de várias maneiras:
• Em 1546 tem inicio o concilio de trento que traz profundas mudanças a organização católica. Dentre as medidas do concílio está:
• a Inquisição foi restabelecida, • criou-se uma lista de livros proibidos
aos fiéis, o INDEX• Para ser um sacerdote era necessário
curso de formação, fundação de seminários
• A catequização de habitantes de novas terras, O concílio também emitiu decretos disciplinares,
• A venda de indulgências foi proibida
A Cia de Jesus
• Criada por Inácio de Loiola em 1534 com aspectos militares e reconhecida pelo Papa Paulo II, a Companhia de Jesus tinha como principais objetivos a confissão, o ensino e a pregação.
• Seus membros devem total lealdade ao Papa e obedecem a uma preparação muito rigorosa que inclui os votos de pobreza, obediência e castidade.A Companhia de Jesus tornou-se o braço forte da contra-reforma e foi a principal responsável em disseminar o cristianismo nas colônias.
Ideal educacional
• O método de ensino intitulado Ratio Studiorium, elaborado pelos jesuítas no final do século XVI expandiu-se rapidamente por toda a Europa e regiões do Novo Mundo em fase de ocupação. Ele constava das regras e grade de ensino que todas as unidades educacionais dos jesuítas deveriam obedecer em qualquer parte do planeta em que estivessem situadas.
• O objetivo era unificar a educação católica, ministrando todos um mesmo conteúdo, da mesma maneira. Somente eram admitidas modificações em casos excepcionais.
• Essa regulamentação foi dividida em duas partes: • Studia inferiora e Studia superiora.
Studia inferiora• Letras Humanas composta de gramática,
humanidades e retórica, que era o grau médio e durava três anos.
• Filosofia e Ciências durava três anos e compunha-se de: lógica, introdução às ciências, cosmologia, psicologia, física aristotélica, metafísica e moral, cujo objetivo era formar filósofos.
• Tecnologia e Ciências Sagradas era a culminância dos estudos e objetivava a formação de padres.
Studia superiora
• O estímulo à competição era fomentado entre indivíduos e classes.
• Montavam peças de teatro com textos clássicos e litúrgicos, desde diálogos até comédias e tragédias.
• Tinham colégios com internato e externato, com muito estudo e atividades recreativas.
• As férias eram bem curtas para que os alunos não tivessem a mínima oportunidade de desviar-se dos ensinamentos recebidos.
• Os que mais se destacavam na emulação eram premiados.
• Os indisciplinados recebiam castigo físico, ministrados por ‘corretor’ fora dos quadros da instituição.
Referencias
• A Educação No Renascimento publicado 22/08/2008 por Márcia Regina Cabral em: http://www.webartigos.com/articles/8796/1/A-Educacao-No-Renascimento/pagina1.html#ixzz15wSP0jvg
• A educação no renascimento a reforma protestante, a contra-reforma católica e a educação. Por Carlos Eurico Augusto Germe em http://livrepensar.wordpress.com/2008/07/07/a-educacao-no-renascimento/
• ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação e da pedagogia. São Paulo: Moderna, 2006.
• FERRARI, Pedro. Ratio Studiorum. IN: Revista Espaço da Sophia - Nº 09 – Dezembro/2007 – Mensal – Ano I
Referencias
• FRIANCISCO FILHO, Geraldo. Historia geral da educação. Campinas SP: Editora Alínea, 2006.
• MANACORDA Mario A. História da Educação - da antigüidade aos nossos dias. 7ª edição, São Paulo, Cortez, 1996.
• RIBEIRO, Maira Luiza S. História da Educação Brasileira: a organização escolar. 12. Ed. São Paulo: Cortez, 1992.
• ROSANA, Andréa Gonçalves E OUTROS, Luzes e sombras sobre a colônia: educação e casamento na São Paulo do século XVIII. São Paulo, editora Humanistas. 1998.
Montagem e
Apresentação:
Nila Michele Bastos
SantosHistoriadora, Psicopedagoga, Professora da Rede Municipal e Privada de São Luis –Ma. Professora Da Faculdade Santa Fé .
Email: [email protected]