Transcript

NDICE CaptulosIntroduo 02 04 10 24 32 39 43 45 49 52 56 58 61 63 67 68 74 76 77 81 94 107 111 112 113 114 115 116 120 154 160 1

I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. XII. XIII. XIV. XV. XVI. XVII. XVIII. XIX. XX. XXI. XXII. XXIII. XXIV. XXV. XXVI. XXVII. XXVIII. XXIX. XXX.

A Igreja e a Constituio Federal Brasileira Organizao Legal-Enquadramento-Estatuto- Membros-Ciso Assemblias, Requerimentos, Atas A Igreja e o Empregado A Igreja e o Pastor Trabalhador Voluntrio A Igreja e as Obrigaes Tributrias Aquisio de Imveis Preveno de Incndio Aposentadoria A Igreja e a Previdncia Social Comodato- Contrato O Governo Eclesistico Imunidade Tributria A Igreja no exterior e Legislao no Brasil Reintegrao do Plpito e do Imvel Sossego Alheio Documentos de Arquivo Obrigatrio A igreja e Justia do Trabalho Regimento Interno Modelos Ofcios Construo Veculos Documentos de Apresentao Obrigatria Documentos Obrigatrios para Congregao Como Requerer Iseno do IPTU Bandeiras Manual do Ministro ( Cerimonial) A Igreja e o Cdigo Civil Brasileiro Substituio

XXXI.

Perguntas e Respostas

165

Introduo O Rei Salomo ao iniciar a construo do templo do Senhor, entre tantas; uma das aes do Esprito Santo foi ungir os artesos que iriam trabalhar na obra. Apesar de profissionais experintados, receberam uma nova uno, equivalente a dos sacerdotes, esta foi uma manifestao impar do sacerdcio universal dos Santos. Esta atitude nos conduz a santificao de toda atividade humana,fazendo de cada ato de nossa vida um culto de adorao ao eterno. Os princpios e inspiraes espirituais so fixos,imutveis,permanecem sem alterao de gerao em gerao.A inspirao de Moiss,Josu e Paulo pode ser a nossa ainda hoje, com a mesma eficcia, pois o nosso ideal de liderana est exclusivamente em Jesus e nele devemos permanecer.Somos de Jesus Cristo e como tal somos cristos.Portanto, nosso referencial ele. Por muito tempo a Igreja tem se preocupado com o carisma, o organismo, sempre afirmando que somos cidados do cu.S que ainda estamos a caminho,e, enquanto estivermos na terra, temos que permanecer obedientes a Deus, mas cumprindo as leis dos homens. Jesus no mudou, mas os tempos mudaram. Com a queda , o homem tornou-se vulnervel s armadilhas do inimigo, o que tem permitido que mesmo entre o povo de Deus encontremos dificuldades para harmonizar carter e carisma. Quem temcarter nem sempre tem carisma, e quem possui carisma raramente tem carter. Como as leis so promulgadas com base nos usos e costumes obedecendo as necessidades sociais, os desvios de conduta que prejudicam a convivncia social so objetos de normatizao. A Igreja tambm passou por este crivo, esteve e est na mira da luneta dos legisladores,justamente para que se torne um segmento alternativo com sua doutrina e princpios, mas que no use isto para manipular nem constranger aqueles que a buscam, como tambm que no se transforme em um atalho para alguns espertos que em nome de Jesus vem trazendo transtornos sociais. At ento a Igreja era praticamente intocvel. Como sociedade religiosa se bastava a si mesma. Seu compromisso era espritual:2

tudo de Jesus, para Ele trabalhamos e vivemos. Porm , a Igreja deixou escapar que havia desvios, os quais no no foram solucionados a portas fechadas;e, diante disso foram esbarrar nos tribunais,alertando, ento,os legisladores para uma ateno no sentido de normalizar perante a Lei. A Lei no veio para atacar a Igreja,mas para que houvesse uma conscientizao que objeto de ateno normativa da Lei. A Igreja nunca foi alvo de uma legislao especial, mas to somente referncias sobre imunidade tributria,liberdade de culto, de associao e credo. O reino visado no diploma legal terreno enquanto a Igreja direcionada para o reino atemporal e espiritual. A Igreja disseminadora do reino de Deus deve estar acima de toda e qualquer norma legal, pois tem a responsabilidade de ser tica e proba. Assim sendo,no justificaria recusar seu enquadramento jurdico s normas legais, as quais so extraidas das atividades sociais. A Igreja como agente de transformao social no pode pretender viver a margem da ordem jurdica nacional.Jesus cumpriu as leis do seu tempo, e at mesmo pagou os tributos cobrados ilegalmente pelo Imprio Romano, mostarndo assim que aqueles que se dispem a viver para o reino de Deus devem pautar-se por uma postura tica irrepreensvel. Em Marcos 12.17 est escrito: Da a Csar o que de Csar. Foi uma atitude digna de exemplo para ns. Quando o fiscal da Receita Federal do Governo Romano questionou a Pedro sobre o pagamento do imposto do templo, este foi at Jesus e o mesmo mandou- o pescar para produzir o fato gerador do imposto. Portanto,at o Senhor Jesus submeteu-se as leis terrenas. No que depender de vocs tenham Paz com todos. A ningum permitido viver acima da Lei , a no ser mediante a manifestao do fruto do Esprito, quando vivemos um padro de justia superior ao exigido pela Lei.

3

Captulo I Igreja e a Constituio Federal A constituio federal mantm os dois paradigmas legais; a separao Igreja Estado e a liberdade de culto e crena: Art.19--- vedado unio, aos estados, ao Distrito Federal e aos Municpios: 1- estabelecer cultos religiosos ou igrejas subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles relao de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico. Art. 5 --- [...] VI - inviolvel a liberdade de conscincia e de crena sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos. Alm desses preceitos legais relativos religio, a Constituio Federal vigente traz ainda dispositivos concernentes a: Proteo aos locais de culto, assistncia religiosa, proibio da privao de direitos: Art. 5 --- [...] VI--E, garantida na forma da lei, a proteo aos locais de culto e suas liturgias; VII- assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva,: VIII- ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir de obrigao legal a todos imposta e recusar cumprir prestao alternativa, fixada em lei. Imunidade tributria: Art.150---sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte vedado Unio, aos estados, ao Distrito Federal e aos Municpios: VI-instituir impostos sobre: [. . .] b) templos de qualquer culto; [. . .]4

4. -As vedaes expressas no inciso VI alneas b e c compreendem somente o patrimnio, a renda e os servios relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. Ensino Religioso Art. 210 -Sero fixados contedos mnimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formao bsica comum e respeito aos valores culturais e artsticos, nacionais e regionais. 1. --- O ensino religioso, de matrcula facultativa constituir disciplina dos horrios normais das escolas pblicas de ensino fundamental. Acesso a recursos pblicos: Art.213--- Os recursos pblicos sero destinados s escolas pblicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitrias, confessionais ou filantrpicas, definidas em lei que: I--- comprovem finalidade no lucrativa e apliquem seus excelentes financeiros em educao; II---assegurem a destinao de seu patrimnio a outra escola comunitria, filantrpica ou confessional, ou ao Poder Pblico, no caso de encerramento de suas atividades. Casamento religioso: Art. 226---A famlia, base da sociedade, tem especial proteo do estado. {. . .} 2 O casamento religioso tem efeito civil nos termos da lei. Alm do disposto no texto constitucional, nosso ordenamento jurdico possui ainda mais algumas prerrogativas legais em normas ordinrias, como o disposto no ARTIGO 20 DA LEI N 9.459, de 13 de maio de 1997, que probe de discriminao de qualquer tipo: "Praticar, induzir ou incitar a discriminao ou preconceito de raa, cor, etnia, religio ou procedncia nacional." O legislador imps ainda ao estado brasileiro o respeito ao ato pessoal de culto. Quer dizer que, respeitadas as excees previstas em lei, o oficial de justia est obrigado a aguardar o trmino do culto para cumprir a ordem do juiz, que ,sabemos deve ser5

cumprida sob pena de priso. Trata-se, portanto, de uma limitao do poder judicirio por motivao religiosa. o caso do artigo 217 do Cdigo de Processo Civil(Casos Excepcionais): "No se far, porm, a citao, salvo para evitar o perecimento do direito. [ ... ] Inciso II A quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso... " Temos tambm a tipificao de um delito religioso no artigo 208 do Cdigo Penal (Ultraje a culto e impedimento ou perturbao de ato a ele relativo): "Escarnecer de algum publicamente, por motivo de crena ou funo religiosa; impedir ou perturbar cerimnia ou prtica de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso ... " Todos os preceitos jurdicos aqui mencionados, desde que respeitados os limites da cidadania, se constituem em exemplos das garantias legais do cidado brasileiro para expressar sua espiritualidade e f, pessoalmente ou atravs de organizao religiosa. O direito associativo A Constituio Federal de 1988 inovou ao estabelecer, em seu artigo 5, "os direitos e garantias do cidado", no qual se incluem diversos preceitos relativos s associaes, dandolhe completa garantia de funcionamento legal. Embora o cdigo civil tenha modificado o enquadramento das igrejas de associaes para organizaes religiosas, no h no Brasil, uma legislao especfica que regulamente a igreja e a organizao religiosa. Com isso, j que as igrejas apresentam, por suas caractersticas intrnsecas, carter associativo, o judicirio, por analogia, dever buscar na regulamentao das associaes os parmetros necessrios para enfrentar litgios pessoais, financeiros, administrativos ou patrimoniais que envolvam integrantes de igrejas e organizaes religiosas. O direito associativo visa, portanto, a entender as manifestaes associativas que unem pessoas com finalidades comuns, de carter social e sem motivao financeira. Os limites impostos pela lei a liberdade de criao, organizao, estrutura interna e funcionamento das organizaes religiosas, contidos no recm criado pargrafo primeiro do artigo 44, inserindo pelo legislador aps o inciso IV, so operacionalizados no artigo 120 da lei n 6015, de 3 de dezembro de 1973. Essas normas devero ser compatibilizadas com as do cdigo civil, especialmente aps a alterao promovida pela lei n. 10 825/03, para que as igrejas possam providenciar a6

inscrio no rgo competente e assim receber o CNPJ--Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica. Pelo Decreto n 119-A, em 7 de janeiro de 1890. A independncia religiosa e a separao entre o estado e a igreja, publicado no Dirio Oficial do dia 8 de janeiro de 1890: Decreto n 119-A, 7 de janeiro de 1890. Probe a interveno da autoridade federal e dos estados federados em matria religiosa, consagrada a plena liberdade de cultos, extingue o padroado e estabelece outras providncias. O Marechal Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisrio da Repblica dos Estados Unidos do Brasil, constitudo pelo Exrcito e Armada, em nome da Nao, decreta: Art.1 proibido autoridade federal,assim como a dos estados federados,expedir leis, regulamentos ou atos administrativos estabelecendo alguma religio ou vedando- a, e criar diferenas entre os habitantes do Pas, ou nos servios sustentados causa do oramento, por motivo de crenas ou opinies filosficas ou religiosas. Art.2 A todas as confisses religiosas pertence por igual faculdade de exercerem culto, regerem-se segundo a sua f e no serem contrariadas nos atos particulares ou pblicos, que interessem o exerccio deste decreto. Art.3 A liberdade aqui instituda abrange no s os indivduos nos atos individuais, se no tambm as igrejas, associaes e institutos em que se acharem e viverem coletivamente, segundo o seu credo e a sua disciplina, sem interveno do Poder Pblico. Art.4 Fica extinto o padroado com todas as suas instituies, recursos e prerrogativas. Art.5 a todas as igrejas e confisses religiosas se reconhece a personalidade jurdica, para adquirirem bens e os administrarem, sob os limites impostos pelas leis concernentes propriedade mo-morta, mantendo-se a cada uma o domnio de seus haveres atuais, bem como dos seus edifcios de culto. Art.6 O Governo Federal continua a prover cngrua, sustentao dos atuais serventurios do culto catlico e subvencionar por um ano as cadeiras dos seminrios; ficando livre a cada estado o arbtrio de manter os futuros ministros desse ou de outro culto, sem contraveno do disposto nos artigos antecedentes. Art.7 Revogam-se as disposies em contrario.

Sala das sesses do Governo Provisrio, 7 de janeiro de 1890,7

2 da Repblica. MANOEL DEODORO DA FONSECA-Aristides da Silveira Lobo. -Ruy Barbosa Benjamin Constant Botelho de Magalhes- Eduardo Wandernholk- M.Ferraz de Campos Salles-Demtrio Nunes Ribeiro-Q |Bocayuva. Dos Direitos E Deveres Individuais E Coletivos Artigo 5 Inciso V- assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral,ou imagem; VI- inviolvel a liberdade de conscincia e de crena sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e as suas liturgias ; VII- assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva; VIII - ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei. XIX- as associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicial, exigindo-se no primeiro caso, o trnsito em julgado; XXI- as entidades associativas , quando expressamente autorizadas, tm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. XXXIV - so todos assegurados, independente do pagamento de taxas: a) b) O direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de direitos ou A obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos contra ilegalidade ou abuso de poder. e esclarecimentos de situaes de interesse pessoal; XXXVIII - reconhecida a instituio do jri , com a organizao que lhe der a lei, assegurados: a) b) c) A plenitude de defesa O sigilo das votaes A soberania dos veredictos

8

Do Sistema Tributrio Nacional ARTIGO 150- Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedada unio, aos estados, ao distrito Federal e aos Municpios: Inciso VI- instituir impostos sobre: a) Patrimnio, rendas ou servios, uns dos outros; b) c) Templos de qualquer culto; Patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes,

das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Para Gozo De Iseno Para que as igrejas e instituies de outras naturezas sem fins lucrativas gozem de iseno de impostos, devem cumprir as exigncias da lei, como segue. De conformidade com a Lei 5.172 de 25110/66, artigo 9, vedado a unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios do inciso I, instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabelea ,ressalvado" quanto majorao, o disposto nos artigos 21,26,65, inciso IV , que tratam sobre cobrar imposto a templos de qualquer culto. Artigo 14- O disposto na alnea C do inciso IV do artigo 9 subordinado observncia dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas; Inciso 1- No distribuir qualquer parcela de seu patrimnio ou de suas rendas, a titulo de lucro ou participao no seu resultado; Inciso II- Aplicarem integralmente, no Pas, os seus recursos na manuteno dos seus objetivos institucionais ; Inciso III- Manter escriturao de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidade capazes de assegurar sua exatido , isto ter um livro caixa, registrado em cartrio competente , devidamente escriturado e assinado por um contador habilitado ou por um contador habilitado ou por um tcnico em contabilidade. Pargrafo primeiro- Na falta de cumprimento no disposto neste artigo 9, a autoridade competente suspender a iseno.

9

Captulo II Organizao Legal-Enquadramento-Estatuto- Membros-Ciso O CCB define no artigo 54 que a igreja ser regida por estatuto,contendo o que for do interesse dos associados.Quanto disciplina e deliberao das assemblias, Lei Orgnica Interna deciso do grupo associado.Todavia, necessrio atender as peculiaridades de determinado ministrio, dos capos e igrejas em particular.Entendemos que as convenes, Nacional e Estadual tero que autorizar aos pastores presidentes, em conjunto com sua membresia,a elaborao do seu Estatuto, dentro daquilo que j vive naquele grupo. Uma assemblia Geral do Acre ou da Bahia pode aprovar um Estatuto que a de Gois no aprovaria e vice versa. Portanto, cada Estatuto uma Roupa feita especialmente para cada igreja , observando suas necessidades, usos e costumes, e muito mais agora que a Assemblia Geral soberana .O Estatuto dever ser registrado conforme prev o artigo 46 do CCB e conter : 4 Art.46. O registro declarar: Ihouver; IIIIIIVVVIneste caso. Alm da obrigatoriedade das normas supra, constar no Estatuto: ABCDERequisitos para admisso,demisso e excluso de associados. Direitos e deveres dos associados Fontes de recursos para manuteno Forma de constituio e funcionamento dos deliberativos e administrativos Condies para alterao do Estatuto e para dissoluo da associao10

A denominao, os fins, a sede, o tempo de durao e o fundo social, quando O nome e a individualizao dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; O modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e Se o ato constitutivo reformvel no tocante administrao, e de que modo; Se os membros respondem,ou no ,subsidiamente, pelas obrigaes sociais; As condies de extino da pessoa jurdica e o destino do seu patrimnio,

extrajudicialmente;

F-

Os requisitos exigidos para registro do Estatuto, continuam de acordo com a Obs.: A omisso de um desses requisitos torna o Estatuto nulo Reforma Do Estatuto O Estatuto um contrato entre a igreja e os membros e de ambos com os rgos

Lei n 6.015 de 1973, Lei dos registros pblicos.

pblicos normativos das atividades sociais. Portanto para ser alterado, deve ser observado a Lei Orgnica da Igreja e a Lei. Contudo, deve-se cuidar de registrar na Carta Magna da Igreja as clusulas definidas como ptreas, aquelas que no podero sofrer alterao. O Quorum nos Estatutos Quorum refere-se ao nmero legal mnimo de membros para que uma

Assemblia possa reunir e exercer suas deliberaes. O quorum tem que ser previsto no estatuto.Veja a seguir os diversos tipos de Quorum. - Quorum Simples nmero de votantes presentes uma assemblia,sesso ou reunio. -Quorum Especial- nmero mnimo necessrio de votantes presentes previsto em estatuto,para que uma assemblia,sesso ou reunio possa se realizar. _Maioria Simples ( Relativa)- maior nmero de votos favorveis,na hipotese de mais de duas opes,para que haja aprovao da matria. -Maioria Absoluta-Nmero mnimo da metade ,ais um de votos favorveis para que haja aprovao da matria. -Matria Qualificada- Nmero mnimo de votos favorveis necessrios,numa proporo pr-fixada nos estatutos sobre o total dos votantes possveis,para que haja aprovao da matria(nmero sempre maior de votos do que na maioria absoluta). Exemplos: a) Maioria Simples ( 98 votantes) Nmeros apurados na votao: Opo A- 32 votos favorveis ( Vencedora) Opo B- 28 votos favorveis Opo C- 15 votos favorveis 10 votos em branco11

03votos nulos

b) Maioria Absoluta( 300 votantes) sero necessrios para aprovao da matria no mnimo 151 votos favorveis c) maioria Qualificada( 500 votanates) Sero necessrios 300 votos favorveis para a aprovao da matria, isto na hiptese da exigncia de 3/5 dos votantes.(3/5de 500= 300) O novo cdigo Civil impe,para alguns casos,quorum especfico,por ele ditado. ( Art.57 e 59). Administrao E Responsabilidade (Art.47 Do Ccb) No existe restrio quanto administrao da Igreja, mas , seja qual for a forma , o(s) administrador(ES) responder(ao) civil e criminalmente, inclusive pblicos. Das Decises Administrativas (Art.49 Do Ccb) Sero tornadas por maioria de votos na administrao coletiva, ou como dispe o Estatuto. Todavia na vacncia do administrador do administrador, por requerimento de interessado, o juiz nomear interventor quando acontecer anormalidades administrativas, ilegalidades de atos, desvio de conduta moral, resistncia s decises da Assemblia Geral e incapacidade do administrador. Direitos Da Personalidade Jurdica (Art.552 Do Ccb) O artigo 52 do CCB assegura s pessoas jurdicas o direito da personalidade, ou seja , direito ao nome, marca, honra objetiva, imagem e segredo. Na violao destes,cabe a igreja pleitear judicialmente a indenizao, quer seja por prejuzos morais ou patrimoniais (Smula 227 de 08/09/99- STJ. A pessoa jurdica pode sofrer dano moral). O inverso tambm legal. Exemplo : se o membro for excludo(por exemplo) por12

com seu

patrimnio pelos atos que vierem a causar danos aos membros,a terceiros ou aos rgos

adultrio, sem formalizao legal,e o fato constar em ata,e a(o) esposa(o) usar a ata para requerer separao judicial,cabe a ao indenizatria por dano moral.A excluso no pode violar a intimidade do excludo,conforme o artigo 21 do CCB : A vida privada da pessoa natural inviolvel, e o juiz, a requerimento do interessado,adotar as providncias cabveis, para cessar e reparar a agresso a intimidade pessoal. Abuso Da Personalidade Jurdica (Art.50 Do Ccb) Havendo desvio de sua finalidade, que dificulte separar o patrimnio do presidente, diretores e administradores, do patrimnio da Igreja,poder quaisquer que enxerguem irregularidades ou forem prejudicados, propor ao cabvel. Extino, Dissoluo E Ciso (Art. 51 E 61 Do Ccb) A pessoa jurdica extingue-se : ABCDJudicialmente, por sentena irrecorrvel; Por mtuo consentimento dos associados; Ciso , quando ocorre a diviso da pessoa jurdica,e de duas ou mais formando Cassao do alvar de funcionamento por deciso de autoridade; Quando o Estatuto for omisso quanto extino da igreja e seu patrimnio recorrer-se- ao artigo 61 do CCB. Admisso De Membros Em razo dos direitos e deveres que os membros tero, deve-se cuidar de faz-los conhecer o Estatuto, entregando uma cpia mediante recibo. Isso far com que o novo membro se enquadre ou no ao Estatuto, evitando pregressar sua vida, o que pode acarretar ao indenizatria contra a igreja, conforme prev o artigo 5,X da carta magna. No estatuto devero constar as faltas que levaro a suspenso ou excluso do membro. inadmissvel o uso das palavras :pecado,adultrio e vicio, ou ainda: conduta contrria a Bblia Sagrada. Os termos devem ser tcnicos e precisos terminologicamente,as penalidades devero constar no estatuto e serem definidas gradualmente dependendo da transgresso. O artigo 423 do CCB estabelece que nos contratos de adeso (Estatuto) ambguos ou contraditrios,dever-se- adotar a interpretao mais favorvel ao aderente. O artigo 1.723, do CCB, bem como o art.2263 CF/88 legaliza a unio estvel, por tanto no podem ser privados de nenhum ato da igreja o homem e a mulher que vivem13

cada parte uma pessoa jurdica independente;

reconhecidamente esse tipo de unio, ainda mais quando artigo 1.513 do CCB diz que defeso(proibido) a qualquer pessoa de direito pblico ou privado interferir na comunho de vida instituda pela famlia. Membros : Direitos E Deveres No Estatuto, com especial clareza,devem constar direitos e deveres dos membros da Igreja,como votar e ser votado, bem como exercer com liberdade a funo para qual foi eleito ou indicado. O artigo 58 do CCB diz que nenhum associado pode ser impedido de exercer direito ou funo que lhe foi conferido a no ser nos casos previstos no Estatuto.Nas associaes, o direito de votar e ser votado invulnervel e mesmo a assemblia geral no pode vetar esse direito. Todos os associados devem ter iguais direitos,mas,o Estatuto poder instituir categorias com vantagens especiais(Art.55,CCB/02). Desligamento Ou Excluso de bom alvitre que os presidentes de campos ou ministrios faam cumprir o que determina a Lei, caso contrrio tero que se expor nos tribunais, acarretando prejuzos de ordem econmica e moral para a Igreja. O art. 54 inciso II do CCB diz que o Estatuto conter os requisitos para admisso,demisso e excluso dos associados. J o art. 57 fala das normas que disciplinam a excluso do membro.Portanto necessrio atentar para cumprimento desse artigo literalmente,pois demisso uma vontade do membro, de acordo com a igreja; excluso deciso unilateral da igreja, e quem acusa , assume a responsabilidade legal de provar a acusao. A igreja no pode expor a intimidade de quem quer que seja, e o fazendo, o direito tutela essa proteo atravs da nao indenizatria. aconselhvel usar os termos afastamento ou suspenso da comunho, e no excluso. Excluir eliminar, desvincular,enquanto afastamento despoja o membro das atividades eclesisticas,mas, faculta o direito de cultuar o Senhor Jesus, dizimar e ofertar. As faltas cometidas devem ter provas irrefutveis,testemunhadas por quem presenciou o fato, e no baseadas em emeras alegaes. O acusado deve ser notificado oficialmente da acusao to logo inicie a apurao. Se o autor confessar o fato, o depoimento deve ser tomado por escrito,bem como a oitiva do mesmo,sempre com, no mnimo, duas testemunhas facultando ao acusado todos os meios de provas admitidas no nosso Direito positivo,respeitando,assim,o princpio da formalidade processual e ampla defesa. Se o acusado no comparecer a assemblia geral,dever ser notificado da deciso via correio com AR. A comisso ou rgo disciplinador deve manter14

todo em absoluto sigilo.

Instaurao Do Processo Disciplinar Para iniciar o processo disciplinar necessrio oficio do presidente comisso ou diretoria disciplinadora a qual deve concluir a apurao em at 60 dias. Aps ser enviada ao relator que poder denunciar ou no o associado. No oferecida a denuncia , ser arquivado. Se porm , for oferecida,abrir-se- prazo para o acusado apresentar defesa escrita ou oral,que ser tomada a termo; aps , voltar comisso para diligncias ou juntadas; em seguida para junta julgadora que absolver ou aplicar a pena disciplinar. Cautelarmente , deve ser ouvido o advogado da igreja assemblia geral. A igreja no pode deixar de receber ou excluir um homossexual sob pena do mesmo ser indenizado por agresso a sua honra e intimidade no Estatuto constaro os motivos para afastamento, o qual dever ser fundamentado para provar a existncia de motivos graves. E , ento ser submetido Assemblia Geral, convocada especialmente para isto, pois ela o rgo maior no governo da Igreja. De acordo com a Constituio, a associao se reveste do carter de voluntariedade, portanto a excluso de acordo com o Estatuto no confere direito indenizao, conforme o artigo 57 do CCB, o legislador foi zeloso com a excluso, ou seja, a denuncia vazia no permitida. em todos os processos A ,resguardando parte prejudicada apelar para instncia superior no caso da igreja :

I-Modelo de estatuto Estatuto15

DO NOME, SEDE, E SEUS FINS: Artigo 1_ A instituio denominada........................................................................................... Fundada em....../............../.................. uma sociedade civil sem fins lucrativos, de prazo de durao por tempo indeterminado de carter religioso. Artigo 2-A instituio tem domiclio, sede e foro nesta cidade

de ............................................... Estado de ............................... Localizada (Rua Av.)............................................................................................................................................... N................................................Bairro de ................................................................................. Artigo 3_ A instituio tem a finalidade de prestar culto a Deus em esprito e verdade.

Das Atividades: Artigo 4-A instituio tem as seguintes atividades: l- Pregar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, batizar os conversos, ensinar os fiis a guardar a doutrina e prtica da Escritura Sagrada; 2-Manter cursos educacionais, culturais e teolgicos; 3- Manter uma obra social e beneficente; 4-Promover encontro para as famlias; 5-Promover encontros, congressos, simpsios e cruzadas evangelsticas, atravs de todos os meios disponveis de comunicao, orientando os crentes e o povo em geral, mostrando o valor e a necessidade de uma vida crist dinmica; 6-Distribuir folhetos evangelsticos, com a finalidade de difundir o conhecimento de Deus para a salvao da humanidade, e colaborar com a sociedade, no sentido de liberar os homens dos vcios, contribuindo para sua regenerao de vida; 7-A instituio poder criar e manter tantos departamentos que se fizerem necessrios, desde que se enquadre em suas atividades. Dos Membros, Seus Direitos, Deveres E Excluses: Artigo 5-A instituio ter numero ilimitado de membros, os quais sero admitidos na qualidade de crentes em nosso Senhor Jesus Cristo, pessoas de ambos os sexos, nacionalidade, cor condio social ou poltica. Pargrafo nico- A instituio se reserva o direito de aceitar como membros, os que forem ou16

aceitarem o batismo nas guas por imerso, em nome do pai, do Filho e do Esprito Santo, com bom testemunho pblico, tendo a Bblia Sagrada por regra de f e governo. Artigo 6-Direitos dos membros: a) b) Votar e serem votados Tomar parte nas assemblias gerais, ordinrias e extraordinrias

Pargrafo nico - Para cumprimento do Artigo 6 deste Estatuto, s podero ser votados aqueles que preencherem os requisitos legais quando exigidos pela diretoria. Artigo 7-Deveres dos membros a) b) c) d) e) f) g) Cumprir o estatuto e as decises do rgo de administrao; Prestar ajuda e colaborao instituio ,quando para tanto forem solicitados, sempre Comparecerem nas assemblias gerais ordinrias e extraordinrias, quando Zelar pelo patrimnio moral e material da instituio; Prestigiar a instituio e propagar o Evangelho de nosso senhor Jesus Cristo, no Cooperar voluntariamente para o aumento e conservao do patrimnio da instituio; Se eleito a qualquer cargo inclusive da diretoria, desempenhar suas funes com

gratuitamente; convocados;

Esprito Cristo;

presteza e desinteressadamente, sem pretender ou exigir qualquer remunerao ou participao de seus bens patrimoniais; Artigo 8-Das excluses: As excluses de membros, inclusive da diretoria, se dar nos seguintes casos: a) b) c) d) Os que abandonarem a igreja Os que se desviarem da Igreja e dos preceitos bblicos, recomendados como regra de Os que violarem o cdigo moral da sociedade; Os que no cumprirem seus deveres expressos neste Estatuto e no rgo de

f e pratica;

administrao da igreja; e) Os que praticarem atos de rebeldia contra os princpios bblicos e os expostos neste estatuto.17

Pargrafo nico: Nenhum direito patrimonial econmico ou financeiro, nem participao nos bens de qualquer espcie da igreja, ter quem for excludo do seu rol de membros. Deste modo, ficam nulas quaisquer pretenses os direitos contra a instituio a qual pertenceu na condio de membro. Dos Recursos E Modo De Aplicao: Artigo 9-Os recursos da igreja sero obtidos voluntariamente, atravs dos dzimos, coletas, ofertas e doaes de quaisquer pessoas que se proponham a contribuir para a instituio. Artigo 10- Os recursos da igreja sero aplicados integralmente no Pas, na manuteno e no desenvolvimento dos objetivos sociais, conforme a lei 5.172 de 25/10/66 do C.T. N(Cdigo Tributrio Nacional), artigol4, inciso II. Artigo 11 vedado remunerao, de qualquer espcie dos membros da diretoria e de outros dirigentes, bem como a distribuio de lucros , dividendos, bonificaes ou vantagens do patrimnio ou rendas da instituio a dirigentes, administradores ou membros, sob qualquer forma ou pretexto. Das Assemblias: Artigo 12- Haver dois tipos de assemblias gerais: a) b) Assemblia Geral Ordinria Assemblia Geral Extraordinria.

Artigo 13-A assemblia Geral Ordinria soberana. Ter lugar na primeira quinzena de janeiro a cada dois anos ,para eleger a diretoria e a comisso de conta. O ato ser procedido por votos de aclamao ou escrutnio secreto. Artigo 14-A Assemblia Geral Extraordinria se reunir a qualquer tempo, para tratar, exclusivamente, de assuntos urgentes, relativos instituio, nos casos que justificarem a convocao especial. Artigo 15-Qualquer assemblia instalar-se-, em primeira convocao, com dois teros (2/3) de seus membros em comunho; e em seguida convocao, com qualquer nmero.

18

Da Diretoria Artigo 16-Para mant-la de modo eficiente, de acordo com a providncia e a vontade de Deus, a igreja ter uma diretoria composta de seis (6) membros: um presidente, que o pastor, um vice-presidente, o primeiro e o segundo secretrio" o primeiro e o segundo tesoureiro. Alem desta ,funcionar uma comisso de conta composta de trs (3) membros,eleitos atravs de uma assemblia geral ordinria. Artigo 17-A diretoria ser empossada logo aps a eleio. Artigo 18-A diretoria ter mandato de dois anos, podendo ser reeleitos os seus membros. Artigo 19-A diretoria prestar sua colaborao gratuitamente, estando os seus membros cientes de que no podero exigir ou pretender qualquer remunerao. Da Diretoria: Artigo 20- A diretoria compete: 1-Elaborar o programa anual de atividade e execut-lo 2-Elaborar o plano de trabalho, e as propostas oramentrias para o ano seguinte. 3-Contratar e demitir funcionrios; Artigo 21-Ao presidente compete: 10- Representar a igreja, passiva, judicial e extra-judicialmente, em juzo ou fora dele; 2-Convocar e presidir nas assemblias gerais ordinrias e extraordinrias; 3- Zelar pelo bom funcionamento; 4-Cumprir e fazer cumprir todos os artigos, pargrafos e alneas deste Estatuto; 5-Supervisionar todos os departamentos da igreja; Artigo 22- Ao vice-presidente compete: 1-Substituir interinamente o presidente, na sua falta ou impedimento; 2-Auxiliar o presidente, no que for necessrio. Artigo 23-Ao primeiro-secretrio compete: 1-Redigir e ler para aprovao as competentes atas; 2-Ter em boa ordem o arquivo da igreja; 3-Ler anualmente o relatrio da secretaria, ou quando solicitado pelo presidente; 4-Assinar com o presidente, quando for o caso, as correspondncias oficiais; Artigo 24- Ao segundo -secretrio compete:19

1-Substituir interinamente o primeiro secretrio, na sua falta ou impedimento; 2-Auxiliar o primeiro secretario no que for necessrio; Artigo 25-Ao primeiro-tesoureiro compete: l- Superintender o movimento financeiro da tesouraria; 2- Fazer todos os pagamentos, mediante comprovantes em nome da igreja e ter sob sua guarda os documentos financeiros em geral; 3- Ter em boa ordem as escrituraes; feita com clareza, de todas as receitas e despesas da igreja; 4- Ler anualmente o relatrio financeiro da tesouraria, ou quando for solicitado pelo presidente; Artigo 26- Ao segundo-tesoureiro compete: 1-Substituir interinamente o primeiro-tesoureiro, na sua falta ou impedimento; 2- Auxiliar o primeiro- tesoureiro, no que for necessrio. Artigo 27- comisso de conta compete: 1-Examinar os livros da tesouraria, e conferir se as somas e os lanamentos esto corretos; 2-Dar o parecer nas assemblias gerais e ordinrias, esclarecendo que o livro caixa da tesouraria foi examinado em nossa gesto e se encontra em perfeita ordem; 3-0 mandato da comisso de conta coincide com o da diretoria. Da Perda De Mandato: Artigo 28-Qualquer membro da diretoria ou da comisso de conta perder o seu mandato nos seguintes casos: 1-Por renncia ou abandono 2-Por excluso 3-Por falecimento 4-Por grave infrao cometida 5-Por rebeldia 6-Por prtica de imoralidade sexual, ou qualquer violao da moral da sociedade; Artigo 29-Em caso de vacncia do cargo de presidncia da igreja ser convocado uma assemblia geral extraordinria, a fim de se eleger o novo presidente, o qual ser empossado20

com o mesmo tempo de mandato do seu antecessor. Pargrafo nico: A perda de mandato ser declarada atravs de uma assemblia geral extraordinria, convocada para esse fim, depois que uma junta de pastores julgar procedente a acusao contra o presidente ou qualquer outro membro da diretoria. Durante o processo, caber ao acusado o pleno direito de defesa. Artigo 30-Em caso de vacncia no cargo de vice-presidente, secretrio, tesoureiro, ou de membro da comisso de conta, cabe ao presidente da igreja convocar uma assemblia geral extraordinria, a fim de eleger o substituto para o cargo em vacncia, com o mesmo tempo de mandato do seu antecessor. Dos Bens: Artigo 31-Os bens da igreja sero administrados pela respectiva diretoria. O presidente e primeiro tesoureiro assinaro em conjunto os documentos pertinentes rea de finanas bem como: cheques, procuraes, ttulos e contratos em geral, inclusive, levantamento de dinheiro para fundo de caixa da igreja, no Banco do Brasil S/A, ou em outra agncia bancria, sendo nulo o documento com assinatura singular. Do Patrimnio: Artigo 32-0 patrimnio da igreja compreende quaisquer bens imveis, mveis, veculos ou semoventes, que possua ou venha possuir, os quais sero escriturados em nome da instituio. Das Filiais: Artigo 33-Compreende-se como filial, as igrejas subordinadas e gerenciadas pela igreja matriz, sua fiel mantenedora, as quais de conformidade com este Estatuto cumpram fielmente suas finalidades Artigo 34-As filiais abertas e as que se unirem a igreja matriz sero a esta vinculada e subordinadas, de acordo com este Estatuto, atravs de uma assemblia geral extraordinria, convocada para esse fim, devendo o evento ser transcrito em ata, para os devidos fins. Artigo 35- Todos os bens imveis, mveis, veculos ou semoventes das filiais, bem como qualquer valor em dinheiro, pertencem de fato e de direito igreja sede, ou matriz, a qual a fiel mantenedora dos membros. Artigo 36-No caso de haver ciso nas filiais, estas no tero qualquer direto sobre os bens patrimoniais sob sua guarda e responsabilidade, mesmo que o grupo dissidente seja a maioria dos membros ou congregados. No caber aos dissidentes qualquer reclamo ou ao em juzo ou fora dele, postulando direitos sobre os ditos patrimnios, os quais so propriedades da igreja matriz, sua fiel mantenedora.21

Artigo 37- vedado s filiais fazerem qualquer operao financeira estranha as suas atribuies tais como: penhora, fiana, aval, passar procurao, vender bens patrimoniais, bem como registrar em cartrios, ata, ou estatuto sem ordem por escrito da igreja matriz. Qualquer ato desta natureza, cometido por uma filial, ser embargado. Artigo 38-As filiais devero, mensalmente, prestar conta dos movimentos financeiros a tesouraria na igreja matriz. Todas as despesas devero ser devidamente comprovadas. Artigo 39-Cabe a igreja matriz gerenciar todos os movimentos financeiros e econmicos das filiais. Artigo 40-Cabe ao presidente da igreja matriz, nomear ou substituir dirigentes das filiais, sem prejuzo ou nus para a mantenedora. Artigo 41-Poder haver alienao de bens patrimoniais a favor das filiais no caso de emancipao. Uma filial passar a ter personalidade jurdica somente depois da aprovao, atravs do voto da maioria dos membros da igreja matriz. Tal votao ser valida, quando realizada em uma assemblia geral extraordinria, convocada para esse fim, sendo elaborado um estatuto pela igreja na mesma sesso que concedeu a emancipao. Das Convenes Artigo 42- Quando surgirem problemas de difceis solues ou se tornarem impossvel igreja resolv-los, esta recorrer conveno a qual estiver filiada, a fim de resolver tudo em amor e em verdade. Artigo 43-As consagraes de ministros do Evangelho s sero feitas atravs de uma conveno. Artigo44- Cabe a conveno homologar a ordenao de ministros, como tambm cassar a do ministro que no permanecer fiel doutrina das Escrituras Sagradas, nem pautar sua vida dentro dos parmetros da boa ordem e da fraternidade crist.

Disposies Gerais: Artigo 45-A igreja, como pessoa jurdica (e no os seus membros, individual ou subsidiariam ente, com os seus bens particulares), responder com seus bens pelas obrigaes por ela contradas. Artigo 46-Este estatuto s poder ser reformado, parcial ou totalmente, em casos especiais, ou por aprovao da maioria de seus membros em comunho, reunidos em assemblia geral22

extraordinria, convocada para esse fim. Artigo 47-A igreja s poder ser extinta por sentena judicial ou por aprovao, reunidos em assemblia geral extraordinria, convocada para esse fim. Artigo 48-Em caso de dissoluo, depois de pagos todos os compromissos, os bens da igreja revertero em beneficio de outra congnere. Ou ento, a assemblia geral extraordinria decidir quanto ao destino de seus bens, depois de solvidos todos os compromissos. Artigo 49-Os casos omissos deste Estatuto sero resolvidos em assemblia geral extraordinria e registrados em ata, para que tenham fora estaturia. Para os devidos fins, fica eleito o foro desta cidade de............................. Estatuto de........................................................... Artigo 50-Este Estatuto entra em vigor depois de registrado em cartrio competente. Artigo 51- Revogam-se as disposies em contrrio. (cidade) .........................................de...................de 20................... _______________________________________________ Nome e assinatura do presidente Nmero do RG e CPF ________________________________________________ Nome e assinatura do Vice Presidente Nmero do RG e CPF ________________________________________________ 1 Secretrio __________________________________________________ Tesoureiro Conselheiros: 1_______________________________________________ 2_______________________________________________ 3_______________________________________________ ________________________________________________ Nome e assinatura do Advogado Nmero da OAB e CPF Captulo III Assemblias, Requerimentos,Atas23

So os rgos mximos para deliberarem sobre assunto eclesisticos jurdicos ou de ordem administrativa. a forma democrtica, sob direo do Senhor Jesus,para se tomar decises. No existe distino nas assemblias, todas so dirigidas em prol do reino de DEUS. Seria inslito a igreja reunir ora para assuntos seculares, ora para assuntos espirituais. Sugere se que as Assemblias Ordinrias sejam para tratar de assuntos internos da igreja, previamente avisados aos membros. J as Assemblias Gerais sero convocadas observando o artigo 59 e 60 do CCB, no sendo convocada pela diretoria, podendo ser convocada por um quinto dos membros. Somente a Assemblia Geral pode eleger ou exonerar a diretoria estatutria no todo ou em parte , aprovar atos administrativos e contas. No caso de exonerao de diretores e alterao de Estatuto necessrio dois teros dos votos na primeira convocao ou um tero na segunda. O artigo no menciona, mas juridicamente valido o voto por procurao especfica, observando a capacidade cvica dos mesmos, para evitar a nulidade. Qualquer erro, dolo,fraude,ou violao do Estatuto, s poder ser anulado at trinta e seis meses da data do fato. O art. 57 do CCB diz que a excluso do membro s pode ocorrer por justa causa, obedecendo o disposto no Estatuto. Se a falta no constar no Estatuto,a Assemblia Geral especialmente convocada deliberar o fato. No Estatuto dever constar a forma de escrutnio, se aclamao,votao secreta ou outras que convencionar. O pargrafo nico do art.57 do CCB outorgou ao excludo o direito de recorrer a Assemblia Geral, especialmente para esta finalidade. O cdigo , do art. 55 ao 61, traz regras que devem ser literalmente cumpridas, pois, caso contrrio, as igrejas estaro ilegais, irregulares,e portanto vulnerveis a serem questionadas judicialmente. MODELO DE ATA DE REUNIO Ata da Assemblia Geral Extraordinria, realizada na sede da Igreja.................., Localizada Rua.................., n............. Bairro................. Municpio de .............. Estado de................. Estando presentes dois teros dos membros em comunho, foi escolhido por unanimidade para presidir esta assemblia o Pastor (nome por extenso do pastor), o qual agradeceu sua indicao. Presidente nomeou para Secretrio Ad hoc o irmo............................................ E declarou instalada esta Assemblia Geral Extraordinria e aberta sesso, s dezenove horas e trinta minutos do dia quinze de abril de mil novecentos e noventa e cinco, esclarecendo que a presente convocao tem como finalidade a fundao (nome da instituio); a aprovao do Estatuto e a eleio da diretoria da mesma. A seguir , o Presidente determinou que se procedesse eleio da Diretoria da novel( nome da instituio) .Os candidatos foram escolhidos e seus nomes submetidos apreciao da Assemblia , sendo eleitos os seguintes irmos para compor em diretoria nos cargos assim24

qualificados:Presidente.......................,brasileiro,casado,, ministro do evangelho,residente e domiciliado nesta cidade de ..........................,na Rua.............. N, bairro.............. Estado do............ Vice presidente:.....................brasileiro,casado,(profisso),residente e domiciliado nesta cidade de ..........................na Rua.................n............Bairro..............Estado do.............. Portador do RG n.................. CPF........................; Primeiro Secretrio:......................... Brasileiro, casado,, (profisso), residente e domiciliado nesta cidade de......................... Na Rua................. n............Bairro..............Estado do.............. Portador do RG n.................. CPF........................; Primeiro-Tesoureiro:..................... brasileiro,casado, (profisso),residente e domiciliado nesta cidade de .........................na Rua ............. N..... Bairro.................... Estado do..................... Portador do RG n................ CPF..................... SegundoTesoureiro:..................... Brasileiro, casado, (profisso), residente e domiciliado nesta cidade de.......................... na Rua.................n............Bairro..............Estado do.............. Portador do RG n.................. CPF........................; Foram eleitos para a comisso de conta, os seguintes irmos...............;..................; e...........................; Depois de fazer apresentao dos pastores presentes e ler um trecho da Bblia sagrada, em Romanos 8.1, o presidente considerou definitivamente fundado a (nome da instituio), e aprovado o seu Estatuto. Em seguida deu posse diretoria eleita. Aps o ato solene, o presidente interrompeu a sesso por um tempo, a fim de que fosse lavrada a ata. Reaberta a sesso, o presidente determinou que fosse feita a leitura da ata, que depois de lida foi aprovada por unanimidade. Nada mais havendo a tratar,eu................., secretrioAd hoc, lavrei a presente e a assino com os demais. (cidade).................. De......................... de20........

_______________________________________ Presidente (nome e assinatura) RG e CPF _____________________________________ Secretrio Ad hoc (nome e assinatura) RG e CPF _______________________________ Advogado (nome e assinatura) OAB e CPF MODELO DE REQUERIMENTO AO: Cartrio de registro Civil das Pessoa Jurdicas ASSUNTO: Registro do Estatuto e da Eleio da diretoria25

Senhor tabelio: (nome e requerente), brasileiro, casado, Ministro do Evangelho, residente e domiciliado nesta cidade de....................................... , na Rua..................................................... n ...............Bairro............................ Estado de................................... , Presidente da Igreja Evanglica................................................ Rua....................................................... n................ de................................................. Estado de...................................; requer de V.S.,se digne mandar registrar em quatro vias de igual teor a Ata da Assemblia Geral Extraordinria, onde consta a eleio da diretoria da igreja acima citada e a aprovao do seu estatuto. Requer, ainda que mande arquivar nesse cartrio uma cpia do referido estatuto. Nestes termos, pede deferimento (cidade) .........................de.................... de 2009. __________________________________________ Nome e assinatura do requerente RG e CPF Bairro.....................................,Municpio Localizada na

MODELO DE ATA DE REFORMA DO ESTATUTO Ata nmero .... da Assemblia Plenria de reforma do estatuto. Aos dezenove dias do ms de .... , a Igreja ..... reuniu- em sua sede em Assemblia Geral, nos termos do estatuto em26

vigor para tratar da reforma do estatuto. Foi aprovada a reforma dos artigos abaixo mencionados, que passam a ter a seguinte redao:( segue -se a nova redao dos artigos reformados) Tendo sido convocada para esse fim , concluda a matria, foi a sesso encerrada aps a aprovao desta ata que vai assinada pelos membros da Diretoria.

MODELO DE EXTRATO DE ESTATUTO PARA PUBLICAO NO DIRIO OFICIAL "Reforma de estatuto. A igreja ... , com sede na Rua .... , reunida em sua sede nos termos do estatuto em vigor, aprova a reforma dos artigos abaixo mencionados de seu estatuto, que passaram a ter a seguinte redao .... " (segue -se o novo texto dos artigos reformados .) A seguir, a data e as assinaturas.

O LIVRO DE ATAS nas atas que se faro os registros das ocorrncias verificadas durante as reunies, e, por terem valor legal, devem redigidas em livros prprios e jamais em folhas avulsas. So, para o futuro, a base supletiva da organizao do grupo,pois iro conter a jurisprudncia das decises adotadas pela presidncia e pelo grupo, em grau de recurso, nos casos em que os Estatutos e o Regimento Interno sejam lacunosos ou omissos. As atas servem, nestes casos, como suplemento do Regime Interno. I-Aspectos do livro de Atas: 1. Deve ser registrado no Cartrio de Registro de Pessoas Jurdicas 2. Suas folhas devem ser numeradas e rubricadas(geralmente vem numeradas). 3. Deve conter o Termo de Abertura e Termo de Encerramento. Ex.: Igreja Evanglica ... 4. O livro de atas deve ser no tamanho 22x33 cm, sendo os textos manuscritos. 5. Nos cultos, faz-se somente um rascunho dos acontecimentos para, mais tarde, consign-los no livro de Atas. Considerando os pontos:27

a)

Termo de abertura

Contem este livro (50 ou 100 ou mais folhas) folhas tipograficamente numeradas e por mim rubricadas com a rubrica (constar neste parntese a rubrica) que uso como 10 secretario, as quais serviro para o registro das atas das sesses ordinrias Igreja Evanglica.................., tomando este o n01(etc.). Local e Data Assinatura e carimbo da igreja b) Termo de encerramento (ltima pagina) "Repetir o mesmo, alterando somente a expresso" serviro "para "serviram". II- Deve as atas conter o seguinte roteiro: I. 2. 3. Corpo Fecho (encerramento) I) a) b) c) "quorum". 2. Corpo o registro dos assuntos, medida em que vo sendo tratados; devem ser numerados estes assuntos. As deliberaes tomadas em relao a cada um dos itens do temrio , a autoria e as propostas devem ser registradas para reconhecimento futuro.Em casos especiais, as propostas so transcritas na integra. 3. Encerramento ou Fecho A ata deve ser assinada apenas pelo Secretrio, que a lavrou, e pelo Presidente da reunio na qual a ata aprovada, e o seu fecho habitual : "Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a sesso com oraes e graas a Deus, lavrando-se, para constar, o presente ata foi assinada por mim (primeiro, segundo ou "ad hoc") secretrio, e pelo presidente desta igreja. III- Devido a sua importncia entre as muitas recomendaes existentes, registremos as que se28

(ou

extraordinrias)

da

Cabealho

Cabealho Constar o numero da ata, obrigatoriamente o nome da associao, o Se a reunio ordinria ou extraordinria e neste caso, quem a O numero de membros presentes para que se constate a verificao do

local, data e hora da reunio, com a finalidade da reunio. convocou, esclarecendo-se o indispensvel para a sua validade.

seguem: I) A ata deve ser resumida, sem que sua elaborao tenha carter literrio; opinies ou comentrios do Secretrio sobre os registros so dispensveis. Em casos especiais, o Presidente pode autorizar transcries fundamentais para que fiquem registrados pontos importantes sobre propostas de grande valor. 2) 3) A Ata impessoal. Expresses como :"0 irmo fulano apresentou brilhante Nmeros e datas devem ser escritos por extenso, o mesmo ocorrendo proposta .... "devem ser supressas.O correto :"0 irmo fulano apresentou proposta ... " com nomes com siglas, Deve-se grafar, por extenso, os nmeros considerados fundamentais e repeti-los em algarismos para facilidade da leitura, entre parnteses. 4) A Ata no deve conter espaos vagos, linhas em branco, rasuras ou entrelinhas. Ocorrendo rasuras ou entrelinhas, estas devem ser ressalvadas no fim da ata, com assinatura do presidente. 5) Quando ocorrer algum erro, deve o Secretrio usar a expresso "digo" e prosseguir a redao. Exemplo: O senhor presidente chamou, digo,falou sobre o novo plano ... Quando, aps o fecho da data, for notado erro de redao, usa-se resumo :"em tempo", seguindo-se o que deseja acrescentar ou retificar." 6) A aprovao da ata dada na reunio seguinte, devendo os membros prestarem ateno sua leitura. Cabendo correes admitidas, devem constar da ata seguinte. Ex: "cedida palavra ao 10 secretrio, foi lida a ata no dia ... sem emendas (ou com a seguinte emenda: onde se l, leia-se ) Aps a leitura da ata, o senhor presidente perguntou se h alguma emenda a fazer. No havendo, ele mesmo a declara aprovada. 7) 8) 9) Devem constar das atas relatrios dos conselhos e comisses, em resumo, com Deve haver dois livros distintos: um para a lavratura das atas, outro para As propostas no aprovadas no necessitam ser registradas em ata, a no ser as respectivas deliberaes. H excees, quando os relatrios constam na integra. o registro da presena (conforme determinar o Estatuto.) em casos especiais. Assim das atas constaro necessariamente: a. A natureza da reunio29

b. A hora, dia, ms, ano e local da sua realizao c. O nome de quem a presidiu d. Os membros presentes e ausentes, com justificativa (em Assemblias gerais ou no) e. O expediente recebido e remetido f. A sntese das resolues tomadas. g. O resultado das votaes h. Se solicitado, declarao de voto i. Qualquer outro fato tratado na reunio - A linguagem da Ata Ata , pois, o registro de decises. "O registro no qual se relata o que se passou numa sesso, conveno, congresso, etc." necessrio que haja fidelidade no resumo dos assuntos, pois apesar de em alguns casos muito se falar, realmente os fatos e decises so poucos. O professor Gilberto Maia, falando sobre linguagem da ata, diz: "O cuidado com a linguagem, se no constitui o ponto principal, , em ordem decrescente de importncia, o segundo colocado. "Palavras h que escapam ao controle do defensor de uma causa justa ou injusta, as quais nunca teriam sido pronunciadas se o tempo fosse suficiente para a contagem de um a dez. No dia seguinte, tudo serenar, a cabea esfriar e o mpeto de ontem ceder lugar ao bom senso de hoje." "Alm de deixar do lado de fora a aspereza de linguagem, o secretrio, se no for taquigrafo, abandonar os adjetivos, os advrbios, que no sejam essenciais; as preposies e as locues prepositivas, semelhana do que se faz nos termos dos telegramas." Essa medida em muito ajudar o secretrio a anotar mais rapidamente o que estiver sendo dito para, mais tarde, em sua linguagem concluir a ata. a) Geralmente, as igrejas tm seus cultos de membros s teras-feiras e, algumas delas, fazem atas em todos eles. Todavia, este processo pode ser mudado, lendo-se a ata, apenas uma vez por ms, em dia estabelecido no Estatuto (primeiro dia do ms ou outro), condensando-se a todos os assuntos das quatro semanas. b) No so todos os cultos ou reunies em que se registra uma ata. Apenas nos de membros, na Ordenao de Ministros, na Jubilao de Pastor, nas reunies do ministrio (ou presbitrio) ou diretoria.30

TERMO DE POSSE Aos ________________________________________(dois mil e ____________), por tempo indeterminado, tomou posse como dirigente da congregao: n___ da Igreja Evanglica Assemblia de Deus- Campo Central , sito ______________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ O () _____________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Que foi indicado pelo Presidente do Campo, conforme Artigo 8, Pargrafo Segundo do Estatuto vigente. O dirigente empossado(a) leu e assinou o seguinte termo de posse: Eu, ___________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Brasileiro (a),_______________ , portador da carteira de identidade n__________________ rgo exp.___________ , CPF n ______________________________ , residente e domiciliado nesta capital, assumo o pastorado desta congregao, de conformidade com o Estatuto da Sede; e sob a gide do Esprito Santo, promete honrar e dignificar o Ministrio que me confiado nesta Grei, de acordo com o que est exarado na Palavra de Deus. Goinia ________/________/__________.

_________________________ Secretrio Geral _________________________ Dirigente Empossado _________________________ Testemunha Captulo IV

__________________________ Pastor Presidente ___________________________ Dirigente Afastado ____________________________ Testemunha A Igreja e o empregado

1. Procedimentos para registro de empregado31

Uma vez escolhido o candidato, verifica-se o mesmo possui documentos necessrios para ocupao do cargo, exigindo-se a apresentao dos seguintes documentos: a) b) c) d) e) Carteira de Trabalho e Previdncia Social Para os de sexo masculino, cpia do certificado de alistamento militar (de 17 a Cpia da carteira de identidade. Cpia do CPF. Cpia da certido de nascimento ou casamento.

20 anos) e certificado de reservista ou iseno militar (de 20 a 45 anos).

Aprovado o candidato, o mesmo enviado para exame mdico e providencia-se a elaborao do contrato de experincia de trabalho, pelo prazo de30(trinta) dias, marcando a data de inicio do trabalho. Esse contrato poder ser prorrogado por mais 30 ou 60 dias, no podendo ultrapassar a 90 dias. Aps a admisso, exigem-se ainda os documentos: a) b) c) d) e) caso. f) Duas fotografias 3x4. Recebidos todos os documentos, o candidato assina 2(duas) vias do contrato de experincia do trabalho destinam-se: a) b) 1 via pasta funcional do empregado. 2 via entregue ao empregado. Cpia das certides de nascimento dos filhos menores de 14 anos. Caderneta de vacina dos filhos menores de 15 anos. Carto de inscrio no PIS, se j for inscrito neste programa. Exame mdicos realizados por conta do empregador. Certificado ou diploma que comprove o grau de instruo declarado se for o

A partir do momento em que a CTPS e o contrato de experincia forem assinados, o candidato passa para a condio de empregado, devendo a igreja providenciar, imediatamente: a) O registro na ficha ou no livro de registro de empregado. A abertura de uma pasta para o empregado, onde ficaro arquivados os seguintes32

documentos que lhe dizem respeito, desde a sua admisso at o seu desligamento, por qualquer motivo: empregado. Inscrio do novo empregado no PIS, se o empregado ainda no for inscrito. Contrato de experincia. Declarao de encargos de famlia para fins de imposto de renda. Ficha de salrio-famlia; (Termo de Responsabilidade) Cpias das certides de nascimento dos filhos menores de 14 anos. Fichas do salrio maternidade (quando for ocaso) Recibo de frias Cpia de cadastro geral de empregados e desempregados. Correspondncia recebida e ou cpia das remetidas pelo empregador ao

Verificar se o empregado j sofreu o desconto da contribuio sindical, no ano, e registrar o seu valor no livro de registro de empregados, caso j tenha sido feito. Procedimentos na demisso do empregado prvio Do aviso prvio: Para o cumprimento do aviso prvio,existem duas possibilidades: ou o empregado cumpre (trabalha por 23 dias corridos,laborando o mesmo n de horas dirias, ou poder trabalhar 30 dias com a diminuio de 2 horas dirias.Em caso de aviso prvio trabalhado o prazo para pagamento das verbas rescisrias no 1 dia til subseqente ao trmino do cumprimento do aviso prvio. Fazer os clculos e elaborar a resciso do contrato de trabalho. Homologao da resciso dever ser feita, no rgo competente da Delegacia Regional do Trabalho ou no Sindicato da Categoria, exceto se empregado tiver menos de 1 (um) ano de trabalho, hiptese em que a resciso ser feita no prprio escritrio da igreja. Uma cpia da homologao dever ser arquivada na pasta do empregado e a 133

Ao ser demitido, por iniciativa da igreja, o empregado assinar o aviso prvio, O acerto final de contas com o empregado demitido ser feito dentro de 10

e ser dispensado de cumpri-Ia, salvo determinao superior, em contrario. (dez) dias aps o seu desligamento; caso tenha sido dispensado do cumprimento do aviso

via dever ser entregue a ele. Por ocasio da demisso, o empregado ser submetido a exame mdico, por Entregar ao empregado a Guia do Seguro Desemprego. conta do empregador.

Procedimento aps demisso Preparo do cadastro de empregado e desempregado a ser enviada a Delegacia A pasta do funcionrio demitido dever permanecer arquivada por mais de 30

Regional do Trabalho. (trinta) anos para ser exibida a fiscalizao, quando exigida, ou prestar informaes ao ex empregado, se necessrias, por ocasio de sua aposentadoria. Horas Extras A durao da jornada de trabalho no pode ser superior a oito horas dirias e quarenta e quatro semanais. Esta jornada pode , por lei,ser acrescida de horas suplementares, no superior a duas horas dirias. A esse acrscimo denominamos horas extras. Horas Extras Habituais: So aqueles praticadas com habitualidade em carter reiterado,seguidamente,ms a ms, de forma a estabelecer um regime de trabalho continuado que venha a representar para o empregado uma remunerao que integre o seu patrimnio. No o nmero fixo,certo, de horas prestadas diariamente que caracteriza a habitualidade,mas sim a sua execuo continuada. As horas extras habituais, no excedentes de duas, s vezes ocorrem por necessitar o empregador do trabalho do empregado.neste caso remunera o conforme a Lei. Esta prtica legal, mas depende de acordo entre empregador e empregado.As horas extras habituais,devido o instituto da habitualidade,integram o salrio do empregado,no podendo ser suprimidas. Dispensa-se o acrscimo de remunerao se o excesso de horas em um dia , nunca superior a 2 hs for compensado pela correspndente diminuio em outro dia.Esta hiptese tambm depende de acordo igualmente entre o empregado e o empregador,homologado por sindicato. No caso de comprovada fora maior ou necessidade imperiosa do servio , o empregador pode prolongar a jornada, sendo que, nesse caso o valor da hora extra igual o34

valor da hora o valor da hora normal. O valor das horas extras: em qualquer de suas modalidades, exceto a do item anterior, o valor das horas extras ser superior em 50% da hora normal. O acrscimo de salrio, das horas extras, no caso de fora maior, poder ser compensado por diminuir em outro dia,dispensando,neste caso o acrscimo de salrio. Frias Frias o periodo anual em que o empregado goza do direito de repouso, sem prejuzo da respectiva remunerao. Direito das Frias A cada perodo de doze meses da vigncia do contrato de tarbalho, o empregado ter direito s frias, o empregado que permanecer em gozo de licena, com percepa de salrio por mais de trinta dias, e o que tiver percebido prestao de acidentes de trabalho ou auxlio doena, por mais de seis mess, ainda que descontnuos. poca da concesso de Frias As frias sero concedidas por ato do empregador em um s perodo, nos doze mess subseqntes a data que o empregado tiver adquirido o direito. Em casos excepcionais as frias podero ser concedidas em dois perodos, um dos quais nom pode ser inferior a dez dias, exceto nos casos de menores de dezoito anos e maiores de cinqnta, hipteses em que as frias devero ser gozadas, necessariamente, em um s periodo. Os membros de uma s famlia que prestam servio ao mesmo empregador, tero direito,se desejarem, de gozar as frias no mesmo perodo.

Procedimento na concesso das Frias A concesso das frias deve ser participado, por escrito ao empregado, com antecedncia de no mnimo trinta dias. Antes de sair de frias o empregado deve: - Apresentar ao empregador sua carteira de trabalho para as devidas anotaes; - Na mesma ocasio as frias devem ser anotadas no livro de ou ficha de Registro de35

Empregados; - O empregado deve assinar o recibo da quitao das frias. Frias vencidas e no pagas Como j foi dito as frias sero concedidas nos doze meses subsequentes a data em que o empregado tiver adquirido o direito.Se for concedida aps esse prazo devero ser pagas em dobro. Valor das Frias As frias so remuneradas com um tero a mais do que o salario normal. Frias Pagas em Dinheiro Com excesso de duas hipoteses proibido pagar frias em dinheiro.Neste sentido temos a seguinte acrdo. Constitui-se fraude lei a substituio das frias que deveriam ser gozadas pelo empregado, pelo pagamento em dinheiro,mesmo que haja assentimento do trabalhador;consequentemente deve o empregador pag-la novamente. (TRT 4 Ac.2T,21.12.76) Hipoteses em que permitido pagar frias em dinheiro - um tero do valor em dinheiro quando requerido pelo empregado, 15 dias antes do trmino do perodo aquisitivo; - Por ocasio da resciso contratual, quando as frias sero pagas com as demais rubricas que o empregado tem direito. denominada frias proporcionais.

Gratificao de natal- 13 Salrio Todo empregado tem direito de receber , at o dia 20 de Dezembro , uma gratificao, correspndente ao salrio de dezembro, independente da remunerao que faa jus no referido ms. A frao igual ou superior a 15 dias de trabalho tida como ms integral para este efeito.36

Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, a Igreja empregadora pagar, como adiantamente, de uma s vez, metade do salrio recebido pelo empregado, no ms anterior. Esse adiantamento poder ser feito, ao ensejo das frias, sempre que o empregado requerer do empregador durante o ms de janeiro. Ocorrendo a resciso do contrato de trabalho , ainda que por iniciativa do empregado, e mesmo que seja antes de dezembro, a gratificao ser devida proporcionalmente, nessa ocasio. Licena Gestante A licena gestante , sem prejuizo do empregado e do salrio de 120 dias. O salrio, chamado salrio naternidade, pago diretamente pelo INSS, com incio vinte e oito dias antes e trmino noventa e um dia, depois do parto . Os perodos de repouso anterior e posterior ao parto, podem ser aumentadas por mais duas semanas, mediante atestado mdico especfico. A confirmao da gestao se faz com atestado mdico ou com a certido de nascimento do filho. A gestante goza de estabilidade no emprego, no podendo ser despedida desde o incio da gravidez at cinco meses aps o parto,sendo irrelevante o conhecimento ou no do empregador da gravidez da empregada. Neste sentido ensina- nos o seguinte acrdo: Atualmente, totalmente irrelevante a comprovao de conhecimento do empregador da gravidez da obreira,eis que o direito nasce com a confirmao da gestao.A confirmao da gravidez se faz atravs de atestado mdico ou certido de nascimento do filho. (TRT-1R.Ac. da 5 T publ.no DJ de 1-4-96 RO 1.939/94-RJ Rel.desig.Juiz Nelson Tomaz Braga). Licena Paternidade A constituio Federal de 1988,trata da Licena Paternidade. Assim diz o texto legal. So direito dos trabalhadores,alm de outro... licena paternidade, nos termos fixados em lei.At que a lei venha disciplinar o disposto no art. 7,XIX da constituio, o parzo da licena paternidade... de cinco dias. ( Art.7,XIX,CF/88,art.10 1 das disposies constitucionais tarnsitrias.) A dvida que paira no caso do empregado que no trabalha sbado e domingo, se37

esses dois dias so computados na licena. O entendimento da doutrina jurdica tem sido que o empregado tem direito aos cinco dias utis,uma vez que neste caso, o sbado e o domingo j um direito dele, independente da licena paternidade.Assim sendo, se o filho nasceu numa 3 feira, a licena passa a vigorar a partir da 4 feira da mesma semana. O seu retorno ao trabalho deve ser na 4 feira da semana seguinte. A CLT, tratando do mesmo assunto, art.473,III, diz que a licena deve decorrer da primeira semana. H entendimento, que semana,nessa hipotese,no trata de semana, de sbado a domingo, e sim aquela que inicia seguinte ao nascimento do filho. No exemplo , atrs citado, a semana comea na 4 feira e termina na 3 feira. Fundo de Garantia por Tempo de Servio-(FGTS) O empregador obrigado a depositar, at o dia 07 de cada ms, em conta bancria vinculada, atualmente centralizada na Caixa Econmica Federal, a importncia correspondente a 8% ( oito por cento ), da remunerao paga ou devida, do ms anterior, a cada trabalhador, inclusive a gratificao de natal ( 13 salrio). O depsito devido, tambm,nos casos de interrupo do contrato, nas seguintes hipteses: Prestao do servio militar Licena para tratamento de sade de at quinze dias Licena por acidente de trabalho Licena Gestante Licena paternidade

No caso de dispensa, sem justa causa o empregador obrigado a depositar na mesma conta do empregado,40% do saldo total do FGTS. Captulo V A igreja e o Pastor A habitualidade na execuo de qualquer tarefa gera vinculo empregatcio com todos os deveres e obrigaes trabalhistas por parte do empregador mesmo no caso de diaristas e autnomos. Os doutrinadores jurdicos e a jurisprudncia em geral tm entendido que o trabalho da faxineira, tambm conhecia como diarista, realizado habitualmente e com freqncia faz gerar vinculo empregatcio. No importa que o trabalho seja prestado a uma famlia ou a uma38

pessoa jurdica. Dentre os diversos acrdos existentes sobre o assunto, citamos o seguinte: "Ainda que preste servio em apenas alguns dias por semana, a diarista possui vinculo empregatcio, pois esto presentes os requisitos da personalidade, da subordinao jurdica, do trabalho no interesse do empregador e do salrio ... " (acrdo TRT. 9 turma - RRA 4.138/88) Quanto aos prestadores de servios e autnomos se houver cumprimento obrigatrio de horrio e subordinao hierrquica e se o servio for no eventual, ocorre igualmente o vinculo. Embora remunerado, jamais o autnomo poder ser um assalariado. No poder haver,enfim,vinculo empregatcio. No tem direito a Frias, 13 Salrio, salriofamlia, FGTS, Salrio-Maternidade, PIS ou qualquer indenizao trabalhista. O zelador ou outro empregado da igreja tem de ser, pois, necessariamente, empregado regido pela CL T, com todos os diretores e obrigaes previstos no referido diploma legal, uma vez que a atividade da zeladoria continua e no eventual. Para que seja reconhecido o vnculo trabalhista entre duas pessoas, a relao dever primordialmente, ter as caractersticas enunciadas no artigo 3 da consolidao das leis do Trabalho, a saber: Art.3- considera-se empregado toda pessoa fsica que prestar servios de natureza no eventual a empregador, sob a dependncia deste e mediante salrio. Acontece que a relao jurdica existente entre os diversos ministros de confisses religiosas Pastores, bispos ou outra nomenclatura qualquer, no preenche os requisitos do artigo 3 da CLT; portanto, nunca deve ser entendida a relao entre pastor e igreja como relao de emprego. O pastor no um prestador de servios espirituais; ele , sob ponto de vista jurdico, um vocacionado (assim tem sido o entendimento dos tribunais) para uma atividade religiosa. O pastor no est sob a dependncia da igreja nem recebe salrio, de acordo somente com artigo 3 da CLT. Alm disso, a relao entre o pastor e a igreja tambm no possui outras caractersticas da relao de emprego, tais como a pessoalidade, subordinao e assiduidade. Nossos tribunais reiteradamente tm entendido a inexistncia de vnculo empregatcio entre o pastor e sua igreja, conforme podemos verificar adiante em recente deciso preferida pela E. Ia turma do C. TRT da 15 Regio:39

Vinculo De Emprego Inexistente Pastor Evanglico O Pastor liga-se s igrejas Evanglicas atravs de vocao religiosa, para o exerccio de exclusiva atividade espiritual, que no se confunde com atividade profissional. Incogitvel a pretendida criao de vnculo de emprego com a instituio religiosa. (TRT-15a Regio _Ia T.,o Rec.Ord n 34.904/96-2 - Ribeiro Preto - SP,o Rei. Juiz Antnio Miguel Pereira; J. 18. 08. 1998,OAB/SP , 2 084/8 03-j, de 07.12.1998. Penso Para Religioso- Cngrua Acrdo Contra a R. sentena de fls. 318/323, que julgou IMPROCEDENTE a ao, recorre ordinariamente o reclamante, alegando as fls.326/331, em resumo, que, de acordo com a prova dos autos, esto preenchidos todos os requisitos do artigo 3 da consolidao das Leis do Trabalho, ou seja, onerosidade vinda de uma nica fonte pagadora, exclusividade, habitualmente e pessoalidade na prestao de servios. Afirma que a lei, a doutrina e a jurisprudncia dominante consideram que igreja e pessoa jurdica de direito privado e que, portanto, pode celebrar contratos de trabalho. Afirma que no existe nos autos impugnao aos salrios recebidos e que sequer foram questionados pagamentos de frias, 13 salrio, combustvel e FGTS. Requer, pois, total provimento ao recurso. Recolheu custas, conforme fls. 332. Manifestao do Ministrio Pblico do Trabalho s fls. 340 o relatrio

Voto Conheo do recurso, por regulamento processado. O recorrente,Pastor Evanglico, pretende o reconhecimento do vnculo empregatcio com a recorrida , Igreja Evanglica, alegando preencher todos os requisitos do artigo 3 da consolidao das Leis de Trabalho. Incontroverso nos autos que o reclamante era Pastor e recebia importncia mensal, que no configura salrio, como pretende, mas, como alega recorrida, essa importncia denomina-se cngrua, que uma penso destinada conveniente sustentao do religioso e sua famlia, que pode ser confundida como contra prestao. Tanto assim, que no havia desconto se o40

recorrente faltasse aos cultos, e a cngrua estava ligada arrecadao monetria da Igreja. O pagamento de uma gratificao natalina, que o recorrente denomina de 13 salrio, no tem o condo de caracterizar vnculo de emprego, tampouco pagamento de salrios. No h prestao pessoal de servios, porque o Pastor no pode ser considerado profissional, no sentido tcnico do termo, pois existe apenas o exerccio de uma vocao, que o habilita ao servio religioso e que no fica restrito direo dos cultos, mas orientao nos estudos da Bblia e do ensino nas Escolas Dominicais, alm da assistncia religiosa aos paroquianos, que no pode ser dissociada da assistncia social e educacional. A direo dos cultos, a orientao espiritual, a assistncia social e o ensino nas Escolas Dominicais no podem ser considerados atividades profissionais, mas apenas o exerccio de vocao religiosa sem qualquer interesse em resultados econmicos, apenas em resultados espirituais decorrentes do voto religioso. A subordinao aos superiores religiosos no tem o significado de subordinao profissional, mas, submisso espiritual decorrente da f e da vocao religiosa, no se confundindo a hierarquia da igreja com a hierarquia profissional, porque o religioso submisso, no s a Deus, mas tambm aos seus representantes eleitos pela f. No h subordinao, apenas convergncia de vontades e comunho de f com os superiores e paroquianos com objetivo comum de difundir, pelo culto e pela pregao, o iderio da igreja. A dedicao e exclusividade no caracterizam vinculo de emprego, nem mesmo nas atividades profissionais, e muito menos nas atividades religiosas. A definio de empregado contida no artigo 3 da Consolidao das Leis do Trabalho complementada pela definio de empregador contida no artigo 2~ que a empresa com a atividade econmica, equiparando-se a empresa, na conformidade do 1 ~ as instituies sem fim lucrativo, que admitem trabalhadores como empregados. Dessa forma, as Igrejas, de qualquer culto, equiparam-se s empresas e so considerados empregadores somente em relao aos seus trabalhadores, e estes no se confundem com os Pastores, Sacerdotes e Irms religiosas pertencentes ordem ou Congregao, que exercem uma vocao impulsionada pela f, e no pela contra prestao econmica. A atividade piedosa da igreja no se confunde com a atividade empresarial e somente se equipara o empregador em relao aos seus trabalhadores que so os serventes e outros profissionais que lhe prestam servios ligados contra prestao. Tanto assim, que se transferem de emprego por salrios maiores, diferenciando-se dos Pastores, que se dedicam41

do esprito piedoso. Dessa forma, o Pastor liga-se s Igrejas Evanglicas atravs de vocao religiosa, para o exerccio de exclusividade atividade profissional, sendo incogitvel a criao de vinculo de emprego com a instituio religiosa. Concluso Isso posta, nego provimento ao recurso ordinrio interposto para manter integra a r.sentena de primeiro grau, nos termos da fundamentao. Para fins recursais, mantendo os valores arbitrados pela r.deciso recorrida. Custas j satisfeita (fls.332). Antnio Miguel Pereira Juiz Relator Portanto, o ministrio pastoral no nem mesmo considerado uma atividade profissional. De maneira apropriada, o tema exposto por Rubens Moraes: "se o cargo de pastor fosse uma profisso regulamentada pelo Ministrio do Trabalho. O pastor, como tal, no exerce uma profisso pastoral, nem o seu ministrio se confunde com a prestao de servio, como se ele fosse um profissional liberal" (Moraes, Rubens, Legislao para Igrejas, Rio de Janeiro, RJ, CP AD, 7aEd. 2000).

Captulo VI Trabalho Voluntrio

normal a igrejas terem voluntrios como : zelador,vigilante,copeira, cozinheira, cantineira, pedreiro,marceneiro, pintor etc. Inicialmente, sem problema, mas o tempo passa e muitos tm negado que eram voluntrios,levando a igreja aos tribunais. A igreja deve elaborar o contrato42

de prestao de servio voluntrio juntamente com o prprio voluntrio, de acordo com a lei n 9.608 de 18 de Fevereiro de 1998. Este contrato de trabalho de voluntrio para os que colaboram gratuitamente na igreja com prestao de servios sem vnculo empregatcio. Modelo De Trabalho Voluntrio (Nome do contratante)................................................Presidente e representante legal da igreja ............................................ localizada na Rua...................................n.......Bairro de...........................Municpio de ........................................ estado de......................................, devidamente registrada no Cartrio civil das Pessoas Jurdicas, sob nmero de ordem...........de .........../........../20.........e no CGC...............................................................doravante denominado simplesmente CONTRATANTE; e ( nome do contratado)...................... brasileiro, casado, (profisso), residente e domiciliado nesta cidade de estado .................................bairro....................... na de Rua................................n..........................,

doravante denominado simplesmente VOLUNTRIO, fazem entre si o presente contrato de trabalho voluntrio, de conformidade com as seguintes clusulas: Art. 1- O voluntrio, contratado por tempo indeterminado, aceita prestar servios a esta igreja ( ou instituio) sem qualquer vinculo empregatcio. Art.2- O voluntrio declara que prestara os seus servios gratuitamente, a esta igreja (ou instituio) a titulo de colaborao sem pretender ou exigir qualquer direito trabalhista ou remunerao,tais como: salrio, gratificaes, bonificaes, ajuda de custo, indenizaes ou qualquer outra forma que possa ser qualificada como remunerao. Art.3- O contratante compromete-se a reembolsar as despesas feitas pelo voluntrio, tais como conduo e refeio comercial, devidamente comprovadas. E por estarem de pleno acordo, as partes assinam o presente contrato. (cidade)................................................,de................................de 20.............. ____________________________ (nome e assinatura do contratante) Presidente43

RG CPF ___________________________ (nome e assinatura do contratado) RG CPF Testemunhas: 1__________________________ 2 _________________________

Captulo VII A Igreja e as obrigaes tributrias A Igreja obrigada a entregar |Receita Federal a declarao de ajustes de rendimentos; a igreja tem imunidade tributria (art.150,VI,b,CF) de acordo com artigo 12 2,a-h da Lei n 9.532/97: a igreja goza da imunidade tributria contato que : no remunere seus administradores, aplique seus recursos de acordo com o Estatuto ou seja para finalidade44

social, mantenha a receita e despesa devidamente escriturada, recolha os tributos retidosINSS e imposto de renda na fonte. Qualquer remunerao paga aos administradores a titulo de frias,gratificaes.salrios. passvel de perder a imunidade,pois deixou de ser pessoa jurdica sem fins lucrativos. Qualquer remunerao a favor de administradores,cantores,preletores,dever ser escriturada a conta prebenda. bom lembrar que a Receita federal pode fiscalizar movimento bancrio,cartes de crdito e evoluo patrimonial dos diretores e administradores das igrejas. A igreja pode ser fiscalizada pela Receita Federal, visando principalmente detectar caixa dois, distribuio de lucros,remessas para o exterior, ocorrncias que so punveis, inclusive com suspenso da imunidade tributria, motivos que esto levando diversas Igrejas aos tribunais. Regulamento Do Imposto De Renda De conformidade com o Decreto Federal 1.041 de 11/01/94, artigo 159, gozaro de iseno do imposto de renda as entidades sem fins lucrativos, desde que cumpram a Lei 4.506/64, art.3,com os seguintes incisos : 1) No remunerem a diretoria da entidade; 2) Apliquem os recursos na manuteno e no desenvolvimento da instituio : 3) 4) Mantenham escrituraes de suas receitas e despesas, em livros Prestem s reparties o pagamento do imposto retido na fonte. das formalidades, que assegurem a respectiva exatido; Os tesoureiros da igreja matriz e das congregaes devem ter o Maximo cuidado com os documentos de despesas irregulares. Erros tm ocorrido , no por m f dos responsveis pela rea financeira da igreja, mas por falta de conhecimento especfico sobre o assunto, ou por serem mal informados .Por isso , os tesoureiros auxiliares das congregaes devem ter a maior cautela com os relatrios financeiros e com despesas que no inspirem confiana, a fim de evitarem prejuzos futuros. Todos os documentos, comprovantes de despesas, devero estar, obrigatoriamente, em nome da igreja matriz (ou outra razo social). De maneira alguma podero estar em nome da igreja matriz (ou outra razo social).De maneira alguma podero estar em nome de terceiros ou dos prprios dirigentes. Os recibos de aluguel das congregaes, bem como os respectivos contratos de locao, devem estar em nome da igreja matriz.45

Na relao desses recibos e contratos, deve constar a expresso: contrato (ou recibo) de aluguel de salo. No se deve fazer recibo comum, referente aos pagamentos de conta de luz, gua, telefone, farmcia etc., mas sim apresentar o prprio documento. Quando de efetuar compras em supermercados, deve se exigir sempre a nota fiscal, juntamente com ticket da via registradora. Exigir sempre a Ia via da nota fiscal, pois os seguintes documentos no possuem credibilidade nem servem como comprovantes perante o fisco: 1) 2) 3) 4) 5) 6) Ticket de caixa registradora Nota fiscal simplificada Nota de pedido Nota de oramento Recibo Copia da nota fiscal, ou as 2a vias.

OBS. Quando a igreja fizer uma compra mediante recibo, e no por nota fiscal, existe uma maneira de tom-lo vlido.Para tanto, o recibo deve ser feito conforme o modelo a seguir: A igreja evanglica (ou entidade sem fins lucrativos, para os devidos fins, declara haver pago a (nome do vendedor) portador da identidade n ...... e do CPF................................... o valor de R$...................................(................................ ),pela compra de ................................, usado e em perfeito estado de funcionamento. (cidade),......................de..................................de 20......................... _________________________________________ Nome do responsvel pela entidade compradora Declaro ter recebido a importncia acima declarada __________________________________________ Nome e assinatura do vendedor Efetuar, rigorosamente, at a data do vencimento, os pagamentos de contas de gua, luz, telefone e outras, pois os pagamentos efetuados com atraso de um dia j oneram a igreja com multas, juros etc. Seguramente, muitas igrejas e congregaes tm as suas despesas oneradas porque pagam suas contas com considervel atraso. Outra advertncia: as igrejas e congregaes no devem aceitar documentos de despesas, tais46

como: notas fiscais, recibos, etc., contendo rasuras. Se as igrejas fizerem tudo conforme esclarecido aqui, com certeza ficaro isentas de problemas futuros com as autoridades fiscais. Desse modo, cada responsvel deve atentar para estas orientaes, a fim de cumprir satisfatoriamente as suas tarefas. Toda pessoa jurdica est obrigada a entregar declarao de ajuste anual Receita Federal, e, por ser pessoa jurdica, as igrejas tambm esto obrigadas a tal. A declarao, no significa que a igreja ter de pagar impostos de renda, mas, sim que a vida financeira e contbil da igreja pode ser auditada sem que aconteam surpresas, como a existncia de caixa dois, distribuio disfarada de lucros, remessa de numerrios para o exterior, e os outros fatos igualmente desabonadores da conduta da igreja, que devem ser penalmente punidos. Em relao tributao de seu patrimnio, a igreja goza de imunidade constitucional (alis, entendemos imunidade como intuito de no-tributao, constitucional por excelncia; no existe imunidade se no for disposio expressa da Constituio Federal). O artigo 150 VI, "b", da Constituio Federal dispe que: Art.150- Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado unio aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios: VI- instituir imposto sobre: b) templos de qualquer culto Decorre dessa norma o no pagamento do imposto Territorial Urbano, pois o tributo que incide sobre o templo. Para que a igreja possa se beneficiar dessa imunidade constitucional necessrio que seja requerida no municpio no qual esteja instalado seu tempo. Em relao ao Imposto de Renda, a igreja sustentada financeiramente pelas ofertas dos irmos que livremente queiram contribuir, e no aufere qualquer valor que possa servir de base de clculo para o Imposto de Renda. Da mesma maneira, a igreja no dever contribuir para o PIS ou COFINS e Contribuio Social sobre o Lucro, pois no existe o fato gerador de tais tributos na atividade da igreja. Mas a igreja dever efetuar o pagamento de suas contribuies sociais, tais como contribuio ao INSS, parte empresa e parte empregado, quando houver, Contribuio ao Fundo de Garantia por Tempo de Servio -FGTS, e demais exaes incidentes sobre a folha de pagamento de seus empregados. A possibilidade de responsabilidade pessoal dos administradores da igreja, em decorrncia de uma gerncia de alto risco dos recursos financeiros dela, na qual os ativos financeiros e47

mesmo imobilizados da igreja acabam por se confundir com os recursos pessoais de seu pastor presidente, o qual teria a tarefa de gerenciar tais recursos e por eles responsvel, trar conseqncias patrimoniais para igreja e para seu administrador, responder pessoalmente por tais atos. No caso do no cumprimento das obrigaes para com o fisco, o administrador poder ser pessoalmente responsabilizado, inclusive criminalmente, caso seja configurado, por exemplo, o crime de apropriao indbita previdenciria, conforme artigo 168 A do cdigo Penal, ou seja, a igreja retm uma importncia que foi descontada da remunerao de um de seus empregados e no a recolhe aos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social, ou crime de omitir informao ou prestar declarao falsa para uma autoridade fazendria, conforme inciso I do artigo 10 da lei 8137/80, e alguns outros ilcitos penais em que poderia incorrer. Frise-se que a igreja no pode ser r em ao penal, mais sim seus administradores e responsveis.

Captulo VIII Aquisio de Imveis Nada impede uma igreja, ou instituio de outra natureza sem fins lucrativos, com seu estatuto devidamente registrado em cartrio, e com uma diretoria eleita e empossada, de adquirir um imvel; pois estar cumprindo suas finalidades, aplicando seus recursos em prol48

do desenvolvimento dos objetivos sociais da entidade. No entanto para adquirir um imvel, faz-se necessrio tomar algumas providencias. Vejamos os passos a seguir: O presidente, ou uma comisso, dever examinar o imvel no local para avaliar suas condies de conservao, observando os seguintes requisitos: Verificar se o terreno plano ou acidentado; Tem-se melhoramento urbano, ou se h plano de urbanizao do local; Se o imvel tem escritura definitiva; ou de posse; Se os herdeiros esto de pleno acordo em assinar a procurao Se o contrato de concesso de direito legal; Se for bom o estado de conservao do imvel;

1) Documentos obrigatrios que devem ser exigidos do vendedor: Este o ponto mais importante do negcio a ser realizado. Todo cuidado pouco, pois os prejuzos podero ser de grande monta se no forem observadas algumas medidas de precauo, vejamos: o interessado deve exigir do vendedor os seguintes documentos: a) Certido do 1, 2, 3, 4 e 9 Ofcio Distribuidor; Obs.: As certides do 1 a 4 Oficio Distribuidor, servem para verificar se existe cumprimento de acordo com a lei; a do 9 para verificar se existe dvida com os estado ou municpio; b) c) d) ao municpio. e) Certido do Registro de Imvel, para verificar se sobre o imvel descrito no pesa hipotecas, nem quaisquer outros nus reais. S


Recommended